"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna".
João 6, 68
Domingo,
dia 23 de Julho de 2017
16.º
Domingo do Tempo Comum
Não há Deus, além de Vós, que tenha cuidado de todas as coisas; a
ninguém tendes de mostrar que não julgais injustamente.
O vosso poder é o princípio da justiça e o vosso domínio soberano torna-Vos
indulgente para com todos.
Mostrais a vossa força aos que não acreditam na vossa omnipotência e
confundis a audácia daqueles que a conhecem.
Mas Vós, o Senhor poderoso, julgais com bondade e governais-nos com muita
indulgência porque sempre podeis usar da força quando quiserdes.
Agindo deste modo, ensinastes ao vosso povo que o justo deve ser humano e aos
vossos filhos destes a esperança feliz de que, após o pecado, dais lugar ao
arrependimento.
Livro de Salmos 86(85),5-6.9-10.15-16a.
Vós, Senhor, sois bom e indulgente,
cheio de misericórdia para com todos
os que Vos invocam.
Ouvi, Senhor, a minha oração,
atendei a voz da minha súplica.
Todos os povos que criastes virão adorar-Vos, Senhor,
e glorificar o vosso nome
porque Vós sois grande e operais maravilhas,
Vós sois o único Deus.
Senhor, sois um Deus bondoso e compassivo,
paciente e cheio de misericórdia e fidelidade.
Voltai para mim os vossos olhos
e tende piedade de mim.
Carta aos Romanos 8,26-27.
Irmãos: O Espírito Santo vem em auxílio da nossa fraqueza porque não sabemos que pedir nas nossas orações;
mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inefáveis
e Aquele que vê no íntimo dos corações conhece as aspirações do Espírito,
pois é em conformidade com Deus que o Espírito intercede pelos cristãos.
Evangelho segundo S. Mateus 13,24-43.
Naquele tempo, Jesus Cristo disse às multidões mais esta
parábola: «O reino dos Céus pode comparar-se a um homem que semeou boa
semente no seu campo.
Enquanto todos dormiam, veio o inimigo, semeou joio no meio do trigo e foi-se
embora.
Quando o trigo cresceu e começou a espigar, apareceu também o joio.
Os servos do dono da casa foram dizer-lhe: ‘Senhor, não semeaste boa semente
no teu campo? Donde vem então o joio?’.
Ele respondeu-lhes: ‘Foi um inimigo que fez isso’. Disseram-lhe os servos:
‘Queres que vamos arrancar o joio?’.
‘Não! – disse ele – não suceda que, ao arrancardes o joio, arranqueis também
o trigo.
Deixai-os crescer ambos até à ceifa e, na altura da ceifa, direi aos
ceifeiros: Apanhai primeiro o joio e atai-o em molhos para queimar e ao
trigo, recolhei-o no meu celeiro’». (Trata-se da progressão humana do egoísmo
para a comunhão; quando se faz comunhão com o Senhor Deus e o Senhor Jesus
Cristo o nosso espírito atingiu a perfeição ou quase. Entretanto o percurso é
o que provocam morte e destruição são condenados à morte e destruição. Pelas obras
se conhecem.)
Jesus Cristo disse-lhes outra parábola: «O reino dos Céus pode comparar-se ao
grão de mostarda que um homem tomou e semeou no seu campo.
Sendo a menor de todas as sementes, depois de crescer, é a maior de todas as
plantas da horta e torna-se árvore, de modo que as aves do céu vêm abrigar-se
nos seus ramos». (o universo da Vida e do Bem, de pequeno foi crescendo,
crescendo até ser o maior de todos os universos; contudo todos os universos
são necessários, pois tudo está em progressão e por isso somos diferentes,
mas quem provoca a morte é morto – Lei Universal.)
Disse-lhes outra parábola: «O reino dos Céus pode comparar-se ao fermento que
uma mulher toma e mistura em três medidas de farinha, até ficar tudo
levedado».
Tudo isto disse Jesus Cristo em parábolas e sem parábolas nada lhes dizia,
a fim de se cumprir o que fora anunciado pelo profeta que disse: «Abrirei a
minha boca em parábolas, proclamarei verdades ocultas desde a criação do
mundo».
Jesus Cristo deixou então as multidões e foi para casa. Os discípulos
aproximaram-se d’Ele e disseram-Lhe: «Explica-nos a parábola do joio no
campo».
Jesus Cristo respondeu: «Aquele que semeia a boa semente é o Filho (do homem)
e o campo é o mundo. A boa semente são os filhos do reino, o joio são os
filhos do Maligno
e o inimigo que o semeou é o Diabo. A ceifa é o fim do mundo (era cósmica) e
os ceifeiros são os Anjos.
Como o joio é apanhado e queimado no fogo assim será no fim do mundo:
o Filho (do homem) enviará os seus Anjos que tirarão do seu reino todos os
escandalosos e todos os que praticam a iniquidade (= não-equidade)
e hão-de lançá-los na fornalha ardente; aí haverá choro e ranger de dentes.
Então os justos brilharão como o sol no reino do seu Pai. Quem tem ouvidos,
oiça».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Homilia atribuída a São Macário (?-390), monge do Egipto
Homilias espirituais, n.º 51
«Foi um inimigo que fez isso.»
Escrevo-vos,
irmãos bem amados, para que saibais que, desde o dia em que Adão foi criado
até ao fim do mundo, o Maligno fez e fará guerra constante aos santos (Ap
13,7). [...] Contudo são poucos os que se dão conta de que o saqueador das
almas coabita com eles nos seus corpos, muito perto das suas almas. Vivem na
tribulação e não há neste mundo ninguém que os possa reconfortar. Por isso, levantam
o olhar para o Céu e aí colocam a sua esperança, contando receber alguma
coisa dentro de si próprios. Desta forma e graças à armadura do Espírito (Ef
6,13), vencerão. Com efeito, é do Céu que recebem a força que permanece
escondida aos olhos da carne. Enquanto procurarem Deus com todo o seu
coração, a força de Deus virá secretamente em seu auxílio a todo o momento.
[...] É precisamente porque tocam com o dedo na sua fraqueza porque são
incapazes de vencer que eles solicitam ardentemente a armadura de Deus e,
assim revestidos com o equipamento do Espírito para o combate (Ef 6,13),
tornam-se vitoriosos. [...]
Sabei, pois, irmão bem amados, que em todos os que preparam a sua alma (e
pessoa celeste, pessoa espiritual, pessoa natural) para se tornarem terra boa
para a semente celeste, o inimigo apressa-se a semear o seu joio. [...] Sabei
também que aqueles que não procuram o Senhor com todo o coração não são
tentados por Satanás de forma tão evidente; é mais às escondidas e por manhas
que ele tenta [...] afastá-los de Deus.
Mas agora, irmãos, tende coragem e não receeis. Não vos deixeis assustar com
imaginações suscitadas pelo inimigo. Na oração, não vos entregueis a uma
agitação confusa, multiplicando gritos sem nexo, mas acolhei a graça do
Senhor na contrição e no arrependimento. [...] Tende coragem,
reconfortai-vos, resisti, preocupai-vos com a vossa alma, perseverai
zelosamente na oração. [...] Porque todos os que procuram Deus com verdade
receberão uma força divina na sua alma e, recebendo essa unção celeste,
sentirão em si o gozo e a doçura do mundo que há-de vir. Que a paz do Senhor,
aquela que esteve com todos os santos padres e os guardou das tentações,
permaneça também convosco.
Segunda-feira,
dia 24 de Julho de 2017
Segunda-feira da 16.ª
semana do Tempo Comum
Santo do dia : Santa
Cristina, virgem e mártir, séc. IV, Beato
João Soreth, religioso, presbítero, +1471, S.
Charbel (Sarbélio) Makhluf, presbítero, +1898, Santa
Cristina, religiosa, +1224
Livro de Êxodo 14,5-18.
Naqueles dias, quando anunciaram ao rei do Egipto que o povo
israelita fugira, mudou-se o coração do faraó e dos seus servos contra o
povo e disseram: «Que fizemos nós, deixando partir Israel que não mais nos
servirá?».
O faraó mandou atrelar o carro e tomou a sua gente consigo.
Prepararam seiscentos carros escolhidos e todos os carros do Egipto cada
qual com os seus combatentes.
O Senhor permitiu que se endurecesse o coração do faraó, rei do Egipto, o
qual perseguiu os filhos de Israel que partiram de mão erguida.
Os egípcios perseguiram-nos – com os cavalos e carros do faraó, com os seus
cavaleiros e o seu exército – e alcançaram-nos, quando eles estavam
acampados junto ao mar, junto de Piairot, em frente de Baalsefon.
Quando o faraó se aproximava, os filhos de Israel levantaram os olhos e
viram que os egípcios vinham atrás deles. Cheios de pavor, os filhos de
Israel clamaram ao Senhor
e disseram a Moisés: «Foi por falta de túmulos no Egipto que nos trouxeste
para morrermos no deserto? Que nos fizeste, tirando-nos do Egipto?
Não era isto que te dizíamos no Egipto: ‘Deixa-nos servir em paz os
egípcios; mais vale servir os egípcios que morrer no deserto’?».
Então Moisés disse ao povo: «Não temais. Permanecei firmes e vereis a salvação
que o Senhor nos dará neste dia, pois aqueles egípcios que hoje vedes,
nunca mais os vereis.
O Senhor combaterá por vós e vós nada tereis de fazer».
O Senhor disse a Moisés: «Porque estás a bradar por Mim? Diz aos filhos de
Israel que se ponham em marcha.
E tu ergue a tua vara, estende a mão sobre o mar e divide-o para que os
filhos de Israel entrem nele a pé enxuto.
Entretanto vou permitir que se endureça o coração dos egípcios que hão-de
perseguir os filhos de Israel. Manifestarei então a minha glória,
triunfando do faraó, de todo o seu exército, dos seus carros e dos seus
cavaleiros.
Os egípcios reconhecerão que Eu sou o Senhor quando Eu manifestar a minha
glória, vencendo o faraó, os seus carros e os seus cavaleiros».
Livro de Êxodo 15,1-2.3-4.5-6.
Cantarei ao Senhor que fez brilhar a sua glória:
precipitou no mar o cavalo e o cavaleiro.
O Senhor é a minha força e a minha protecção:
foi Ele quem me salvou.
Ele é o Senhor Deus: eu O exalto
Ele é o Deus de meu pai: eu O glorifico.
O Senhor é um guerreiro, Omnipotente é o seu nome;
precipitou no mar os carros do Faraó e o seu exército.
Os seus melhores combatentes afogaram-se no Mar Vermelho,
foram engolidos pelas ondas,
caíram como pedra no abismo.
A vossa mão direita, Senhor, revelou a sua força,
a vossa mão direita, Senhor, destroçou o inimigo.
Evangelho segundo S. Mateus 12,38-42.
Naquele tempo, alguns escribas e fariseus disseram a Jesus
Cristo: «Mestre, queremos ver um sinal da tua parte».
Mas Jesus Cristo respondeu-lhes: «Esta geração perversa e infiel pretende
um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, senão o sinal do profeta Jonas.
Assim como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da baleia, assim
o Filho (do homem) estará três dias e três noites no seio da terra.
No dia do Juízo, os homens de Nínive levantar-se-ão com esta geração e
hão-de condená-la porque fizeram penitência quando Jonas pregou e aqui está
quem é maior do que Jonas.
No dia do Juízo, a rainha do Sul erguer-se-á com esta geração e há-de
condená-la porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de
Salomão e aqui está quem é maior do que Salomão».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Rupert de Deutz (c. 1075-1130),
monge beneditino
Da Trindade e suas obras, 42, 4; PL 167, 1130
«Aqui está quem é maior do que Salomão».
O profeta Natã
e Betsabé defenderam o seu projecto perante o velho e sábio rei David que
estava a morrer (1Rs 1). Foi então que Salomão, cujo nome significa «senhor
pacífico», recebeu a unção real. E todos se aproximaram dele e o seguiram,
tocando flauta e fazendo uma grande festa, de modo que a terra inteira
vibrava com as aclamações, pois o rei havia declarado: «Estabeleço Salomão
como rei de Israel e de Judá» (v. 35.40). Esta entronização prefigura
indubitavelmente o mistério de que Daniel falava: «O tribunal realizou
sessão e foram abertos os livros. Vi aproximar-se, sobre as nuvens do céu,
um ser semelhante a um Filho do homem que avançou até ao ancião, para diante
do qual O conduziram. E foram-Lhe dadas a soberania, a glória e a realeza»
(Dn 7,10-14).
Foi, pois por iniciativa de um profeta que Salomão foi estabelecido como
rei, tal como foi ao cumprir as profecias no seu sentido espiritual que Jesus
Cristo, Filho de Deus, foi reconhecido como Rei pacífico, Rei da glória do
Pai, atraindo tudo a Si. Salomão tornou-se rei ainda em vida de seu pai,
tal como Jesus Cristo foi estabelecido rei por Deus Pai que não pode
morrer. Sim, Ele fá-lo rei, «herdeiro de todas as coisas» (Heb 1,2), Aquele
que não morre nem morrerá nunca. E coisa admirável e única, Jesus Cristo, o
herdeiro de um Pai sempre vivo e que não pode morrer, morreu; mas
ressuscitou e nunca mais conhecerá a morte.
Então Salomão foi sentado na mula do rei (1Rs 1,38). Bem melhor, porém, é
no trono de seu Pai, isto é, sobre toda a Igreja [...], «acima de todo o
principado, potestade, virtude e dominação» (Ef 1,21), que Jesus Cristo
está agora sentado «à direita da Majestade nos céus» (Heb 1,3). É por isso
que a multidão vai atrás dele, a multidão que canta e se alegra. E a terra
vibra com as suas aclamações. Também nós ouvimos a enorme alegria daqueles
que proclamam esta glória, ou seja, a alegria dos apóstolos falando as
línguas de todos (At 2) pois «por toda a terra se ouve o seu eco, até aos
confins do universo a sua palavra» (Sl 18,5).
Terça-feira,
dia 25 de Julho de 2017
S. Tiago, apóstolo
– Festa
Irmãos: Nós trazemos em vasos de barro (= o nosso corpo natural)
o tesouro do nosso ministério, para que se reconheça que um poder tão
sublime vem de Deus e não de nós.
Em tudo somos oprimidos, mas não esmagados; andamos perplexos, mas não
desesperados;
perseguidos, mas não abandonados; abatidos, mas não aniquilados.
Levamos sempre e em toda a parte no nosso corpo os sofrimentos da morte
de Jesus Cristo, a fim de que se manifeste também no nosso corpo a vida
de Jesus Cristo.
Porque, estando ainda vivos, somos constantemente entregues à morte por
causa de Jesus Cristo, para que se manifeste também na nossa carne mortal
a vida de Jesus Cristo.
E assim, a morte actua em nós e a vida em vós.
Diz a Escritura: «Acreditei; por isso falei». Com este mesmo espírito de
fé, também nós acreditamos e por isso falamos, sabendo que
Aquele que ressuscitou o Senhor Jesus Cristo também nos há-de ressuscitar
com Jesus Cristo e nos levará convosco para junto d’Ele.
Tudo isto é por vossa causa, para que uma graça mais abundante
multiplique as acções de graças de um maior número de cristãos para
glória de Deus.
Livro de Salmos 126(125),1-2ab.2cd-3.4-5.6.
Quando o Senhor fez regressar os cativos de Sião,
parecia-nos viver um sonho.
Da nossa boca brotavam expressões de alegria
e de nossos lábios cânticos de júbilo.
Diziam então os pagãos:
«O Senhor fez por eles grandes coisas».
Sim, grandes coisas fez por nós o Senhor,
estamos exultantes de alegria.
Fazei regressar, Senhor, os nossos cativos,
como as torrentes do deserto.
Os que semeiam em lágrimas
recolhem com alegria.
À ida, vão a chorar,
levando as sementes;
à volta, vêm a cantar,
trazendo os molhos de espigas.
Evangelho segundo S. Mateus 20,20-28.
Naquele tempo, a mãe dos filhos de Zebedeu aproximou-se de
Jesus Cristo com os filhos e prostrou-se para Lhe fazer um pedido.
Jesus Cristo perguntou-lhe: «Que queres?». Ela disse-Lhe: «Ordena que
estes meus dois filhos se sentem no teu reino um à tua direita e outro à
tua esquerda».
Jesus Cristo respondeu: «Não sabeis o que estais a pedir. Podeis beber o
cálice que Eu hei-de beber?». Eles disseram: «Podemos».
Então Jesus Cristo declarou-lhes: «Bebereis do meu cálice. Mas sentar-se
à minha direita e à minha esquerda não pertence a Mim concedê-lo; é para
aqueles a quem meu Pai o designou».
Os outros dez que tinham escutado, indignaram-se com os dois irmãos.
Mas Jesus Cristo chamou-os e disse-lhes: «Sabeis que os chefes das nações
exercem domínio sobre elas e os grandes fazem sentir sobre elas o seu
poder.
Não deve ser assim entre vós. Quem entre vós quiser tornar-se grande seja
vosso servidor
e quem entre vós quiser ser o primeiro seja vosso escravo.
Será como o filho do homem que não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida pela redenção
dos homens».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Eusébio de Cesareia (c.
265-340), bispo, teólogo, historiador
História Eclesiástica, II, 3, 9
O martírio do Apóstolo São Tiago
Se a
doutrina da salvação iluminou subitamente a Terra inteira qual raio de
sol, foi certamente graças à força e à ajuda do Céu. Com efeito, de
acordo com a Sagrada Escritura, a voz dos evangelistas e dos apóstolos
ressoou por toda a Terra «e a sua palavra até aos confins do mundo» [Sl
19,5]. E em cada cidade, em cada burgo, qual eira cheia de trigo,
constituíram-se em massa Igrejas fortes e repletas de fiéis. [...]
Mas, no reinado do imperador Cláudio, «o rei Herodes maltratou alguns
membros da Igreja. Mandou matar à espada Tiago, irmão de João» (At 12,1-2). Clemente [de Alexandria]
faz de Tiago uma narrativa digna de memória, de acordo com a tradição dos
seus predecessores: aquele que o levou ao tribunal ficou
emocionado ao ver o testemunho que dava e confessou que também ele era
cristão. Segundo Clemente, foram ambos conduzidos ao suplício e,
pelo caminho, ele pediu a Tiago que lhe perdoasse. Tiago reflectiu um
instante e abraçou-o, dizendo: «Que a paz esteja contigo!» E foram os
dois decapitados ao mesmo tempo.
Então, diz a Sagrada Escritura, vendo que a iniciativa de matar Tiago
tinha agradado a alguns, Herodes lançou Pedro no cárcere e foi por pouco que este não morreu também.
Mas, graças a uma manifestação divina, um anjo apresentou-se ao Apóstolo
durante a noite e soltou-o milagrosamente das cadeias, libertando-o para
o ministério de pregação (At 12,4-17).
Quarta-feira,
dia 26 de Julho de 2017
Quarta-feira da
16.ª semana do Tempo Comum
Naqueles dias, toda
a comunidade dos filhos de Israel partiu de Elim e chegou ao deserto de
Sin, entre Elim e o Sinai, no dia quinze do segundo mês, após a saída
do Egipto.
Toda a comunidade dos filhos de Israel começou a murmurar no deserto
contra Moisés e Aarão.
Disseram-lhes os filhos de Israel: «Antes tivéssemos morrido às mãos do
Senhor na terra do Egipto, quando estávamos sentados ao pé das panelas
de carne e comíamos pão até nos saciarmos. Trouxestes-nos a este
deserto, para deixar morrer à fome toda esta multidão».
Então o Senhor disse a Moisés: «Vou fazer que chova para vós pão do
céu. O povo sairá para apanhar a quantidade necessária para cada dia.
Vou assim pô-lo à prova, para ver se segue ou não a minha lei.
No sexto dia deverão trazer para casa o dobro do que apanham todos os
dias».
Moisés disse a Aarão: «Ordena a toda a comunidade dos filhos de Israel:
‘Apresentai-vos diante do Senhor, pois Ele ouviu as vossas
murmurações’».
Quando Aarão falava a toda a comunidade dos filhos de Israel, eles
voltaram-se para o deserto e a glória do Senhor apareceu numa nuvem.
Então o Senhor falou assim a Moisés:
Eu ouvi as murmurações dos filhos de Israel. Vai dizer-lhes: ‘Ao cair
da noite comereis carne e de manhã saciar-vos-eis de pão. Então
reconhecereis que Eu sou o Senhor, vosso Deus’».
Nessa tarde apareceram codornizes que cobriram o acampamento e, na
manhã seguinte, havia uma camada de orvalho em volta do acampamento.
Quando essa camada de orvalho se evaporou, apareceu à superfície do
deserto uma substância granulosa, fina como a geada sobre a terra.
Quando a viram, os filhos de Israel perguntaram uns aos outros:
«Man-hu?», quer dizer: «Que é isto?», pois não sabiam o que era.
Disse-lhes então Moisés: «É o pão que o Senhor vos dá em alimento».
Livro de Salmos 78(77),18-19.23-24.25-26.27-28.
Tentaram a Deus em
seus corações,
reclamando alimento segundo os seus apetites.
Murmuraram contra Deus e diziam:
«Poderá Deus pôr a mesa no deserto?».
Deu suas ordens às nuvens do alto
e abriu as portas do céu;
para alimento fez chover o maná,
deu-lhes o pão do céu.
O homem comeu o pão dos fortes!
Mandou-lhes comida com abundância
Fez soprar o vento leste
e dirigiu com o seu poder o vento sul.
Fez chover sobre eles carne como grãos de poeira,
aves tão numerosas como as areias do mar
e caíram no meio do acampamento,
ao redor das suas tendas.
Evangelho segundo S. Mateus 13,1-9.
Naquele dia, Jesus Cristo
saiu de casa e foi sentar-Se à beira-mar.
Reuniu-se à sua volta tão grande multidão que teve de subir para um barco
e sentar-Se, enquanto a multidão ficava na margem.
Disse muitas coisas em parábolas, nestes termos: «Saiu o semeador a
semear.
Quando semeava, caíram algumas sementes ao longo do caminho: vieram as
aves e comeram-nas.
Outras caíram em sítios pedregosos, onde não havia muita terra e logo
nasceram porque a terra era pouco profunda;
mas depois de nascer o sol, queimaram-se e secaram, por não terem raiz.
Outras caíram entre espinhos e os espinhos cresceram e afogaram-nas.
Outras caíram em boa terra e deram fruto: umas, cem; outras, sessenta;
outras, trinta por um.
Quem tem ouvidos, oiça».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
São João Crisóstomo (c.
345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da
Igreja
Homilia sobre Lázaro
«Quem tem ouvidos, oiça».
Um
semeador foi semear o seu grão e uma parte caiu ao longo do caminho,
outra parte em terra boa. Três partes perderam-se, só uma deu fruto.
Mas o semeador não deixou de semear o seu campo; bastou-lhe que uma
parte fosse conservada para não suspender o seu trabalho. É impossível
que o grão que eu lanço neste momento no meio de tão vasto auditório
não venha a germinar. Se nem todos me escutarem, um terço me escutará;
se não for um terço, será um décimo; se nem um décimo me escutasse,
desde que um único membro desta numerosa assembleia me ouvisse, eu não
deixaria de falar.
A salvação de uma só ovelha não é pouca coisa. O Bom Pastor deixou as
outras noventa e nove para ir a correr atrás da ovelha que se tinha perdido
(Lc 15,4). Também eu não poderia desprezar quem quer que fosse. Mesmo
que seja só um, é um homem, um ser querido por Deus. Mesmo que seja um
escravo, não desdenharei dele; porque não procuro a condição social,
mas o valor pessoal, não procuro o poder ou a servidão, mas o homem.
Mesmo que só haja um, será sempre um homem, aquele para quem o sol, o
ar, as fontes e o mar foram criados, os profetas enviados, a Lei dada.
Será sempre aquele ser por quem o Filho único de Deus Se fez homem. O
meu Senhor foi imolado, o seu sangue foi derramado e eu ousaria
desprezar quem quer que fosse? [...]
Não, não deixarei de semear a palavra, mesmo que ninguém me escute. Sou
médico, proponho o remédio. Devo ensinar, foi-me dada ordem de instruir
porque está escrito: «Estabeleci-te como sentinela sobre a casa de
Israel» (Ez 3,17).
Quinta-feira, dia 27 de Julho de 2017
Quinta-feira
da 16.ª semana do Tempo Comum
Três meses depois
de terem saído da terra do Egipto, os filhos de Israel chegaram ao
deserto do Sinai.
Partindo de Refidim, chegaram ao deserto do Sinai, onde acamparam, em
frente do monte.
O Senhor disse a Moisés: «Eu virei ter contigo numa espessa nuvem,
para que o povo Me oiça falar contigo e acredite em ti para sempre».
Depois Moisés comunicou ao Senhor o que o povo tinha dito.
O Senhor disse ainda a Moisés: «Vai ter com o povo e faz que ele se
purifique hoje e amanhã. Devem lavar as suas vestes
e estar preparados para depois de amanhã porque ao terceiro dia o
Senhor descerá sobre o monte Sinai, à vista de todo o povo».
Ao amanhecer do terceiro dia, houve trovões e relâmpagos; uma espessa
nuvem cobria o monte e ouviu-se um fortíssimo som de trombeta. No
acampamento, todo o povo estremeceu.
Moisés fez que o povo saísse do acampamento ao encontro de Deus e
ficaram no sopé do monte.
Todo o monte Sinai fumegava porque o Senhor descera sobre ele no meio
do fogo. O fumo subia como de uma fornalha e todo o monte tremia
violentamente.
O som da trombeta tornava-se cada vez mais forte: Moisés falava e
Deus respondia com voz de trovão.
O Senhor desceu sobre o cimo do monte Sinai e chamou Moisés ao cimo
do monte.
Livro de Daniel 3,52.53.54.55.56.
Bendito sejais,
Senhor, Deus dos nossos pais: digno de louvor e de glória para sempre.
Bendito o vosso nome glorioso e santo: digno de louvor e de glória
para sempre.
Bendito sejais no templo santo da vossa glória: digno de louvor e de
glória para sempre.
Bendito sejais no trono da vossa realeza: digno de louvor e de glória
para sempre.
Bendito sejais, Vós que sondais os abismos e estais sentado sobre os
Querubins: digno de louvor e de glória para sempre.
Bendito sejais no firmamento do céu: digno de louvor e de glória para
sempre.
Evangelho segundo S. Mateus 13,10-17.
Naquele tempo, os
discípulos aproximaram-se de Jesus Cristo e disseram-Lhe: «Porque
lhes falas em parábolas?».
Jesus Cristo respondeu: «Porque a vós é dado conhecer os mistérios do
reino dos Céus, mas a eles não.
Pois àquele que tem (fé) dar-se-á e terá em abundância; mas àquele
que não tem (fé) , até o pouco que tem lhe será tirado.
É por isso que lhes falo em parábolas, porque vêem sem ver e ouvem
sem ouvir nem entender.
Neles se cumpre a profecia de Isaías que diz: ‘Ouvindo ouvireis, mas
sem compreender; olhando olhareis, mas sem ver.
Porque o coração deste povo tornou-se duro: endureceram os seus
ouvidos e fecharam os seus olhos para não acontecer que, vendo com os
olhos e ouvindo com os ouvidos e compreendendo com o coração, se convertam e Eu os cure’.
Quanto a vós, felizes os vossos olhos porque vêem e os vossos ouvidos
porque ouvem! Em verdade vos digo: muitos profetas e justos desejaram
ver o que vós vedes e não viram e ouvir o que vós ouvis e não
ouviram.
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
São Pedro Crisólogo (c.
406-450), bispo de Ravena, doutor da Igreja
Sermão 147
«Muitos profetas e justos desejaram ver o que vós vedes»
Quando
viu o mundo transtornado pelo medo, Deus pôs em acção o seu amor para
o chamar a Si, a sua graça para o convidar, o seu afecto para o
abraçar. Aquando do dilúvio, […] chamou Noé a gerar um mundo novo,
encorajou-o com suaves palavras, deu-lhe uma confiança de predilecto,
instruiu-o com bondade sobre o presente e consolou-o com a sua graça
relativamente ao futuro. […] Participou no seu labor e encerrou na
arca o germe do mundo inteiro, a fim de que o amor pela sua aliança banisse o medo. […]
Em seguida, Deus chamou Abraão do meio das nações, elevou o seu nome
e fez dele pai dos crentes. Acompanhou-o pelo caminho, protegeu-o no
estrangeiro, cumulou-o de riquezas, honrou-o com vitórias,
confirmou-o com as suas promessas, arrancou-o às injustiças,
consolou-o na sua hospitalidade e maravilhou-o com um nascimento
inesperado a fim de que, atraído pela doçura do amor divino, ele aprendesse
a […] adorar a Deus adorando-O
e já não temendo-O.
Mais tarde, por meio de um sonho, Deus consolou Jacob que se
encontrava em fuga. No regresso, provocou-o para um combate e,
durante a luta, estreitou-o nos seus braços, a fim de que ele amasse
o pai dos combates e deixasse de O temer. Depois, chamou Moisés e
falou-lhe com amor de pai para o convidar a libertar o seu povo.
Em todos estes acontecimentos, a chama da caridade divina abrasou o
coração dos homens […] e estes, de alma ferida, começaram a desejar
ver a Deus com os olhos da carne. […] O amor não admite não ver
aquilo que ama. Não é verdade que todos os santos consideraram pouca
coisa tudo quanto obtinham quando não viam a Deus? […] Que ninguém
pense, pois que Deus fez mal em vir ter com os homens por meio de um
homem. Ele tomou carne entre nós para ser visto por nós.
Sexta-feira, dia 28 de Julho de 2017
Sexta-feira
da 16.ª semana do Tempo Comum
Naqueles dias,
Deus pronunciou todas estas palavras:
«Eu sou o Senhor teu Deus que te tirei da terra do Egipto, dessa
casa da escravidão.
Não terás outros deuses diante de Mim.
Não farás para ti qualquer imagem esculpida nem figura do que
existe lá no alto dos céus ou cá em baixo na terra ou nas águas
debaixo da terra.
Não adorarás outros deuses nem lhes prestarás culto. Eu, o Senhor
teu Deus, sou um Deus cioso: castigo a ofensa dos pais nos filhos
até à terceira e quarta geração daqueles que Me ofendem;
mas uso de misericórdia até à milésima geração para com aqueles que
Me amam e guardam os meus mandamentos.
Não invocarás em vão o nome do Senhor teu Deus porque o Senhor não
deixa sem castigo aquele que invoca o seu nome em vão.
Lembrar-te-ás do dia de sábado para o santificares.
Durante seis dias trabalharás e levarás a cabo todas as tuas
tarefas.
Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus. Não farás nenhum
trabalho, nem tu nem o teu filho nem a tua filha nem o teu servo
nem a tua serva nem os teus animais domésticos nem o estrangeiro
que vive na tua cidade.
Porque em seis dias o Senhor fez o céu, a terra, o mar e tudo o que
eles contêm; mas no sétimo dia descansou. Por isso, o Senhor
abençoou e consagrou o dia de sábado.
Honra pai e mãe, a fim de prolongares os teus dias na terra que o
Senhor teu Deus te vai dar.
Não matarás.
Não cometerás adultério.
Não furtarás.
Não levantarás falso testemunho contra o teu próximo.
Não cobiçarás a casa do teu próximo; não desejarás a mulher do teu
próximo nem o seu servo nem a sua serva, o seu boi ou o seu
jumento, nem coisa alguma que lhe pertença».
Livro de Salmos 19(18),8.9.10.11.
A lei do Senhor
é perfeita,
ela reconforta a alma.
As ordens do Senhor são firmes
e dão sabedoria aos simples.
Os preceitos do Senhor são rectos
e alegram o coração.
Os mandamentos do Senhor são claros
e iluminam os olhos.
O amor do Senhor é puro
e permanece eternamente.
Os juízos do Senhor são verdadeiros,
todos eles são rectos.
São mais preciosos do que o ouro,
o ouro mais fino;
são mais doces do que o mel,
o puro mel dos favos.
Evangelho segundo S. Mateus 13,18-23.
Naquele tempo,
disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Escutai o que significa a
parábola do semeador:
Quando um homem ouve a palavra do reino e não a compreende, vem o
Maligno e arrebata o que foi semeado no seu coração. Este é o que
recebeu a semente ao longo do caminho.
Aquele que recebeu a semente em sítios pedregosos é o que ouve a
palavra e a acolhe de momento com alegria,
mas não tem raiz em si mesmo porque é inconstante e, ao chegar a
tribulação ou a perseguição por causa da palavra, sucumbe logo.
Aquele que recebeu a semente entre espinhos é o que ouve a palavra,
mas os cuidados deste mundo e a sedução da riqueza sufocam a
palavra que assim não dá fruto.
E aquele que recebeu a palavra em boa terra é o que ouve a palavra
e a compreende. Esse dá fruto e produz ora cem ora sessenta ora
trinta por um».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
São Cesário de Arles
(470-543), monge, bispo
Sermões ao povo
Receber a palavra em boa terra
Que Jesus
Cristo vos ajude, caríssimos irmãos, a acolher sempre a palavra de
Deus de coração ávido e sedento; assim, a vossa obediência
fidelíssima encher-vos-á de alegria espiritual. Mas, se quereis que
as Sagradas Escrituras vos sejam agradáveis e que os preceitos
divinos vos aproveitem, subtraí-vos durante umas horas às vossas preocupações materiais.
Relede em vossa casa a palavra
de Deus, consagrai-vos inteiramente à sua misericórdia. Assim, conseguireis realizar em vós
aquilo que está escrito acerca do homem feliz: «Meditará dia e
noite na lei do Senhor» (Sl 1,2) e também: «Felizes aqueles que
perscrutam os seus mandamentos, aqueles que O buscam de todo o
coração» (Sl 118,2).
Os comerciantes não procuram retirar lucros de uma só mercadoria,
mas de muitas. Os lavradores procuram melhorar o seu rendimento
semeando diferentes tipos de sementes. Vós, que procurais
benefícios espirituais, não vos contenteis com ouvir os textos
sagrados na igreja: lede-os em casa; quando os dias são curtos,
aproveitai os longos serões. Desse modo, podereis ajuntar o trigo
espiritual no celeiro do vosso coração e guardar no tesouro da
vossa alma as pérolas
preciosas das Escrituras.
Sábado, dia 29 de Julho de 2017
Santa
Marta
Caríssimos:
Amemo-nos uns aos outros porque o amor vem de Deus e todo aquele
que ama, nasceu de Deus e conhece a Deus.
Quem não ama não conhece a Deus porque Deus é amor (= afectos).
Assim se manifestou o amor de Deus para connosco: Deus enviou ao
mundo o seu Filho
Unigénito, para que vivamos
por Ele.
Nisto consiste o amor: não fomos nós que amámos a Deus, mas foi
Ele que nos amou e enviou o seu Filho como vítima de expiação
pelos nossos pecados.
Caríssimos, se Deus nos amou assim, também nós devemos amar-nos
uns aos outros.
Ninguém jamais viu a Deus. Se nos amarmos uns aos outros, Deus
permanece em nós e em nós o seu amor é perfeito.
Nisto conhecemos que estamos n’Ele e Ele em nós: porque nos deu o
seu Espírito.
E nós vimos e damos testemunho de que o Pai enviou o seu Filho
como Salvador do mundo.
Se alguém confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece
nele e ele em Deus.
Nós conhecemos o amor que Deus nos tem e acreditámos no seu amor.
Deus é amor: quem permanece no amor permanece em Deus e Deus
permanece nele.
Livro de Salmos 34(33),2-3.4-5.6-7.8-9.10-11.
A toda a hora
bendirei o Senhor,
o seu louvor estará sempre na minha boca.
A minha alma gloria-se no Senhor:
escutem e alegrem-se os humildes.
Enaltecei comigo o Senhor
e exaltemos juntos o seu nome.
Procurei o Senhor e Ele atendeu-me,
libertou-me de toda a ansiedade.
Voltai-vos para Ele e ficareis radiantes,
o vosso rosto não se cobrirá de vergonha.
Este pobre clamou e o Senhor o ouviu,
salvou-o de todas as angústias.
O Anjo do Senhor protege os que O adoram
e defende-os dos perigos.
Saboreai e vede como o Senhor é bom:
feliz o homem que n’Ele se refugia.
Adorai o Senhor, vós os seus fiéis,
porque nada falta aos que O adoram.
Os poderosos empobrecem e passam fome,
aos que procuram o Senhor não faltará riqueza alguma.
Evangelho segundo S. João 11,19-27.
Naquele
tempo, muitos judeus tinham ido visitar Marta e Maria, para lhes
apresentar condolências pela morte do irmão.
Quando ouviu dizer que Jesus Cristo estava a chegar, Marta saiu
ao seu encontro (porque era a mais velha), enquanto Maria ficou
sentada em casa (obediente).
Marta disse a Jesus Cristo: «Senhor, se tivesses estado aqui, meu
irmão não teria morrido.
Mas sei que, mesmo agora, tudo o que pedires a Deus, Deus To
concederá».
Disse-lhe Jesus Cristo: «Teu irmão ressuscitará».
Marta respondeu: «Eu sei que há-de ressuscitar na ressurreição do
último dia».
Disse-lhe Jesus Cristo: «Eu sou a ressurreição e a vida. Quem
acredita em Mim, ainda que tenha morrido, viverá
e todo aquele que vive e acredita em Mim nunca morrerá. Acreditas
nisto?».
Disse-Lhe Marta: «Acredito, Senhor, que Tu és o Messias, o Filho
de Deus que havia de vir ao mundo».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Santo Agostinho
(354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
Sermão 103, 1, 2; PL 38, 613
«Uma mulher, de nome Marta,
recebeu-O em sua casa» (Lc 10,38)
As
duas irmãs Marta e Maria eram muito próximas, não só pelo sangue,
mas também pela piedade. Ligadas ambas ao Senhor, colocaram-se,
com um só coração, ao seu serviço durante o tempo da sua vida
neste mundo. Marta recebeu-O como se recebe um viajante. E
contudo, era uma servidora que acolhia o seu Senhor, uma doente
que acolhia o seu Salvador, uma criatura que recebia o seu
Criador. [...] Com efeito, o Senhor tinha querido tomar a forma
de servidor, a fim de poder ser alimentado por servidores. [...]
Eis que o Senhor é acolhido como hóspede: «Veio para o que era
seu e os seus não O receberam. Mas, a quantos O receberam, aos
que nele crêem, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus»
(Jo 1,11-12). Os servidores assim adoptados tornaram-se seus
irmãos, os cativos assim libertados tornaram-se co-herdeiros com
Ele. Mas que nenhum de vós diga: «Felizes aqueles que tiveram a
dita de receber Jesus Cristo em sua casa!» Nâo tenhas pena nem te
lamentes por teres nascido numa época onde não podes ver o Senhor
em carne e osso. Pois Ele não te retirou o seu favor, Ele que
declarou: «Sempre que fizestes isto a um destes meus irmãos mais
pequeninos, a Mim mesmo o fizestes» (Mt 25,40). ©
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