=CRISTIANISMO=
«Senhor,
a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna» Jo 6,68
Queridos
Amigos
Toda
a equipa de Evangelho Quotidiano vos deseja que tenham tido uma
santa e feliz festa de Natal!
Nesta
noite, santa entre todas as noites, desprendamos o nosso coração
do mundo, da sua agitação, das suas riquezas materiais e
venhamos simples e humildemente ajoelhar-nos diante do Nosso
Salvador. Sigamo-lo no seu despojamento para contemplarmos as
realidades eternas: no mistério do Natal, o Filho de Deus vem ao
nosso encontro e convida-nos a entrar numa atitude de profunda
alegria, de amor e de gratidão porque é a cada um de nós que
Deus dá o Seu Filho. Preparemos as nossas almas para receber este
inestimável presente e cantemos com os anjos a glória de Deus!
Tal
como o Filho nasceu para o mundo através de Maria que Ele nasça
também em cada um de nós pela Graça e pelo Amor.
A
equipa de Evangelho Quotidiano em língua portuguesa.
P.S.
Não se esqueçam de que podem oferecer o "Evangelho
Quotidiano" como prenda de Natal aos vossos amigos...
Aproveitamos
para vos anunciar, neste ano que começa, a abertura de duas novas
versões de Evangelizo, a acrescentar à versão grega
recentemente iniciada:
A
liturgia ambrosiana é bastante próxima da romana tradicional com
algumas especificidades particulares tais como um calendário e
leituras próprias. Abrimos esta versão a pedido de numerosos
leitores de língua italiana e de um bispo. O rito ambrosiano está
em vigor na diocese de Milão e em três vales do Tessino (na
Suíça), o que representa 51 paróquias.
Fiéis
ao espírito do serviço Evangelizo, estamos felizes por vos fazer
descobrir, através deste rito ambrosiano, a extraordinária
riqueza litúrgica da nossa Igreja.
Queremos
anunciar-nos a extensão do nosso serviço à versão grega:
evaggeliokathemera.org.
Que ela possa ser um apoio diário aos membros deste povo que
sofre. Não deixem se informar os vossos conhecidos deste novo
serviço.
Queremos
agradecer também a quantos, com a sua contribuição, permitem o
financiamento e o desenvolvimento do serviço. Como sabem, ele é
e será sempre gratuito, mas essas contribuições servem, em
parte, para apoiar os mosteiros que nos ajudam na selecção e
tradução diária dos comentários bem como para financiar o
material informático. É por esta relação entre a vida activa e
a contemplativa que o Evangelho Quotidiano pode funcionar.
Criado
em 2001, EVANGELIZO propõe aos seus leitores um acesso fácil e
rápido a todas as leituras da liturgia católica do dia, à vida
dos santos e a um comentário feito por uma grande figura da
Igreja.
Fazemo-vos
uma proposta; um amigo por dia. É um mínimo que não ocupa quase
tempo nenhum. Abram o nosso site (www.evangelizo.org)
e, clicando na bandeira que vos interessa, inscrevam o amigo de
que se lembrarem na casa “o seu endereço e-mail”. Confirmem e
já está! Ele receberá uma carta nossa a pedir se aceita a
inscrição.
Um
por dia! Não é pedir muito, pois não? O Senhor vos agradecerá.
O
serviço está agora disponível gratuitamente em vários meios e
suportes: por correio electrónico; no computador:
http://www.evangelhoquotidiano.org/;
em telefone móvel: http://mobile, evangelizo.org; em telefone
“Iphone” e “Android”: aplicações “Evangelizo”.
Com
os votos renovados de uma boa caminhada ao longo deste ano que
começa, saúda-vos
A
equipa portuguesa do Evangelho Quotidiano
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Domingo,
dia 23 de Dezembro de 2012
4º
Domingo do Advento - Ano C
Festa
da Igreja : Quarto
Domingo do Advento (semana IV do saltério) Santo
do dia : S.
João Câncio, presbítero, professor, +1473,
Santo
Ivo, presbítero, advogado, +1303,
Santa
Vitória, mártir, séc. III
Livro
de Miqueias 5,1-4.
Eis
o que diz o Senhor: «Mas tu, Belém-Efrata, tão pequena entre as
famílias de Judá, é de ti que me há-de sair aquele que
governará em Israel. As suas origens remontam aos tempos antigos,
aos dias de um passado longínquo. Por isso, Deus abandonará
o seu povo até ao tempo em que der à luz aquela que há-de dar à
luz e em que o resto dos seus irmãos há-de voltar para junto dos
filhos de Israel. Ele permanecerá firme e apascentará o seu
rebanho com a força do Senhor e com a majestade do nome do
Senhor, seu Deus. Estarão tranquilos porque ele será grande até
aos confins da Terra. Ele próprio será a paz. Se a Assíria
vier ao nosso país e calcar aos pés os nossos palácios,
opor-lhe-emos sete pastores e oito governadores de homens.
Livro
de Salmos 80(79),2ac.3b.15-16.18-19.
Mostrai-nos,
Senhor, o vosso rosto e seremos salvos
Ó
pastor de Israel, escuta, Tu que tens o teu trono sobre os
querubins aparecei. Desperta o teu poder e vem salvar-nos!
Ó
Deus do universo, volta, por favor, olha lá do céu e vê:
cuida desta vinha! Trata da cepa que a tua mão direita
plantou, dos rebentos que fizeste crescer para Vós.
Deus
dos Exércitos, vinde de novo, olhai dos céus e vede, visitai
esta vinha. Protegei a cepa que a vossa mão direita plantou,
o rebento que fortalecestes para Vós.
Mas
estende a tua mão sobre o teu escolhido, sobre o homem que
para ti fortaleceste. E nunca mais nos afastaremos de Ti;
conserva-nos a vida e invocaremos o Teu nome.
Carta
aos Hebreus 10,5-10.
Por
isso, ao entrar no mundo, Jesus Cristo diz: Tu não quiseste
sacrifício nem oferenda, mas preparaste-me um corpo. Não te
agradaram holocaustos nem sacrifícios pelos pecados. Então
Eu disse: Eis que venho – como está escrito no livro a meu
respeito – para fazer, ó Deus, a tua vontade. Disse
primeiro: “Não quiseste nem te agradaram sacrifícios,
oferendas e holocaustos pelos pecados” e, no entanto, eram
oferecidos segundo a Lei. Disse em seguida: “Eis que venho
para fazer a tua vontade.” Suprime assim o primeiro culto para
instaurar o segundo. E foi por essa vontade que nós fomos
santificados, pela oferta do corpo de Jesus Cristo feita uma vez
para sempre.
Evangelho
segundo S. Lucas 1,39-45.
Naqueles
dias, Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se à pressa para a
montanha, a uma cidade da Judeia. Entrou em casa de Zacarias e
saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o
menino saltou-lhe de alegria no seio e Isabel ficou cheia do
Espírito Santo. Então, erguendo a voz, exclamou: «Bendita
és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. E
donde me é dado que venha ter comigo a mãe do meu Senhor? Pois
logo que chegou aos meus ouvidos a tua saudação, o menino saltou
de alegria no meu seio. Feliz de ti que acreditaste porque se
vai cumprir tudo o que te foi dito da parte do Senhor.»
Beato
Guerric de Igny
(c. 1080-1157), abade cisterciense 2º
Sermão para o Advento,
§§1-2; SC 166
«A voz de meu amado! Ei-lo
que chega, correndo pelos montes, saltando sobre as colinas» (Ct
2,8)
«Eis o rei que vem: acorramos a
receber o nosso Salvador» (liturgia do Advento). Bem dizia
Salomão que «água fresca para boca sedenta, assim é uma boa
nova vinda de terra longínqua» (Pr 25,25). Sim, é bom
mensageiro aquele que anuncia o advento do Salvador, a
reconciliação do mundo, os bens do mundo futuro. «Que formosos
são sobre os montes os pés do mensageiro que anuncia a paz, que
apregoa a boa-nova e que proclama a salvação!» (Is 52,7). […]
Tais mensageiros são uma água
fresca e uma bebida salutar para a alma sedenta de Deus; na
verdade, aquele que anuncia o advento do Senhor ou os Seus
mistérios dá-nos a beber água tirada com alegria das fontes da
salvação (Is 12,3). É por isso que me parece que, àquele que
traz tal anúncio, [...] a alma responde com as palavras de Isabel
que fora saciada com o mesmo Espírito: «E donde me é dado que
venha ter comigo a Mãe do meu Senhor? Pois logo que chegou aos
meus ouvidos a tua saudação», o meu espírito exultou de
alegria no meu coração, impaciente por ir ao encontro do Deus,
seu Salvador.
Na verdade, meus irmãos, é de
espírito exultante que temos de ir ao encontro de Jesus Cristo
que vem. [...] «Meu Salvador e meu Deus!» (Sl 42,5) Com que
condescendência saúdas os Teus servos e, mais ainda, os salvas!
[...] Tu deste-nos a salvação, não apenas por palavras de paz,
mas pelo beijo da paz, isto é, unindo-Te à nossa carne e
salvaste-nos pela Tua morte na cruz.» Que o nosso espírito
exulte, pois num transporte de alegria, que corra a receber o seu
Salvador que vem de longe, aclamando-O com estas palavras:
«Senhor, salva-nos! Senhor, dá-nos a vitória! Bendito o que vem
em nome do Senhor!» (Sl 117,25-26).
Segunda-feira,
dia 24 de Dezembro de 2012
NATAL
DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, solenidade com Oitava - Missa da
Noite
O
povo que andava nas trevas viu uma grande luz; habitavam numa
terra de sombras, mas uma luz brilhou sobre eles.
Multiplicaste a alegria, aumentaste o júbilo; alegram-se
diante de ti como os que se alegram no tempo da colheita, como se
regozijam os que repartem os despojos, pois Tu quebraste o seu
jugo pesado, a vara que lhe feria o ombro e o bastão do seu
capataz como na jornada de Madiã porque a bota que pisa o
solo com arrogância e a capa empapada em sangue serão queimadas
e serão pasto das chamas porquanto um menino nasceu para nós,
um filho nos foi dado; tem a soberania sobre os seus ombros e o
seu nome é: Conselheiro-Admirável, Deus herói, Pai-Eterno,
Príncipe da paz. Dilatará o seu domínio, com uma paz sem
limites, sobre o trono de David e sobre o seu reino. Ele o
estabelecerá e o consolidará com o direito e com a justiça
desde agora e para sempre. Assim fará o amor ardente do SENHOR do
universo.
Livro de Salmos
96(95),1-2a.2b-3.11-12.13.
Alegrem-se
os céus, exulte a Terra.
Cantai ao Senhor um cântico
novo, cantai ao Senhor, Terra inteira! Cantai ao Senhor,
bendizei o seu nome.
Anunciai dia a dia a sua salvação,
publicai entre as nações a sua glória em todos os
povos, as suas maravilhas.
Foi o Senhor quem criou os
céus. Na sua presença há majestade e esplendor, no seu
santuário há poder e beleza.
Na presença do Senhor que
se aproxima e vem para governar a Terra! Ele governará o
mundo com justiça e os povos com fidelidade.
Diante do
Senhor que vem, que vem para julgar a Terra. Julgará o
mundo com justiça e os povos com fidelidade.
Carta
a Tito 2,11-14.
Caríssimo:
Com efeito, manifestou-se a graça de Deus, portadora de salvação
para todos os homens, para nos ensinar a renúncia à
impiedade e aos desejos mundanos a fim de vivermos no século
presente com sobriedade, justiça e piedade,
aguardando a bem-aventurada esperança e a gloriosa
manifestação do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo. Ele
entregou-se por nós a fim de nos resgatar de toda a iniquidade e
de purificar e constituir um povo de sua exclusiva posse e zeloso
na prática do bem.
Evangelho segundo S.
Lucas 2,1-14.
Por
aqueles dias, saiu um édito da parte de César Augusto para ser
recenseada toda a Terra. Este recenseamento foi o primeiro que
se fez, sendo Quirino governador da Síria. Todos iam
recensear-se, cada qual à sua própria cidade. Também José,
deixando a cidade de Nazaré, na Galileia, subiu até à Judeia, à
cidade de David, chamada Belém, por ser da casa e linhagem de
David, a fim de se recensear com Maria, sua esposa, que se
encontrava grávida. E quando eles ali se encontravam,
completaram-se os dias de ela dar à luz e teve o seu filho
primogénito que envolveu em panos e recostou numa manjedoura por
não haver lugar para eles na hospedaria. Na mesma região,
encontravam-se uns pastores que pernoitavam nos campos, guardando
os seus rebanhos durante a noite. Um anjo do Senhor
apareceu-lhes e a glória do Senhor refulgiu em volta deles e
tiveram muito medo. O anjo disse-lhes: «Não temais, pois
anuncio-vos uma grande alegria que o será para todo o povo:
Hoje, na cidade de David, nasceu-vos um Salvador que é o
Messias Senhor. Isto vos servirá de sinal: encontrareis um
menino envolto em panos e deitado numa manjedoura.» De
repente, juntou-se ao anjo uma multidão do exército celeste,
louvando a Deus e dizendo: «Glória a Deus nas alturas e paz
na Terra aos homens do seu agrado.»
Tomás
de Celano
(c. 1190-c. 1260), biógrafo de São Francisco e de Santa Clara
Primeira
vida de São Francisco,
§§84-86
São Francisco no primeiro
presépio
Quinze dias antes do Natal,
Francisco disse [...]: «Quero evocar a memória do Menino que
nasceu em Belém e de todos os sofrimentos que padeceu desde a Sua
infância. Quero vê-Lo com os meus olhos carnais, tal como Ele
estava, deitado numa manjedoura, dormindo sobre o feno, entre uma
vaca e um burro». […]
Chegou o dia da alegria. [...]
Convocaram-se os irmãos de vários conventos dos arredores.
Segundo as possibilidades de cada um, com a alma em festa, o povo
dos campos, homens e mulheres, prepararam tochas e círios para
iluminar essa noite em que se elevou a estrela cintilante que
ilumina todos os séculos. Ao chegar, o santo viu que tudo estava
pronto e alegrou-se muito. Tinham trazido uma manjedoura e feno;
também tinham trazido uma vaca e um burro. Ali valorizava-se a
simplicidade, era o triunfo da pobreza, a melhor lição de
humildade: Greccio tinha-se tornado uma nova Belém. A noite
fez-se luminosa como o dia e deliciosa quer para os animais quer
para os homens. Multidões acorreram e a renovação do mistério
reavivou a alegria. Os bosques ressoavam com os cânticos; as
montanhas repercutiam ecos. Os irmãos cantavam os louvores do
Senhor e toda a noite foi repleta de alegria. O santo passou o
serão de pé diante do presépio, pleno de compaixão e cheio de
uma alegria inexprimível. Por fim, celebraram a missa com a
manjedoura a fazer de altar e o sacerdote sentiu um fervor nunca
antes experimentado.
Francisco revestiu-se da
dalmática, pois era diácono, e cantou o Evangelho com voz
sonora. [...] Depois pregou ao povo e encontrou palavras doces
como o mel para falar do nascimento do pobre Rei e da pequena
aldeia de Belém.
Terça-feira,
dia 25 de Dezembro de 2012
NATAL
DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, solenidade com Oitava. - Missa do
Dia
Que
formosos são sobre os montes os pés do mensageiro que anuncia a
paz, que apregoa a boa nova e que proclama a salvação! Que diz a
Sião: «O teu Deus é rei!» Ouve: as tuas sentinelas gritam,
cantam em coro porque vêem olhos nos olhos o regresso do SENHOR a
Sião. Ruínas de Jerusalém, irrompei em cânticos de alegria
porque o SENHOR consola o seu povo com a libertação de
Jerusalém. O SENHOR mostra a força do seu braço poderoso
aos olhos das nações e todos os confins da Terra verão o
triunfo do nosso Deus.
Livro de Salmos
98(97),1.2-3ab.3cd-4.5-6.
Todos
os confins da Terra viram a salvação do nosso Deus.
Cantai
ao Senhor um cântico novo pelas maravilhas que Ele operou; A
sua mão direita e o seu santo braço Lhe deram a vitória.
O Senhor deu a conhecer a salvação, revelou aos
olhos das nações a sua justiça. Recordou-Se da sua bondade
e fidelidade em favor da casa de Israel.
Os confins da
Terra puderam ver a salvação do nosso Deus. Aclamai a
Deus, terra inteira, exultai de alegria e cantai.
Cantai
ao Senhor ao som da cítara, ao som da cítara e da lira; ao
som da tuba e da trombeta, aclamai o Senhor, nosso rei.
Carta
aos Hebreus 1,1-6.
Muitas
vezes e de muitos modos, falou Deus aos nossos pais, nos tempos
antigos, por meio dos profetas. Nestes dias, que são os
últimos, Deus falou-nos por meio do Filho, a quem constituiu
herdeiro de todas as coisas e por meio de quem fez o mundo. Este
Filho que é resplendor da sua glória e imagem fiel da sua
substância e que tudo sustenta com a sua palavra poderosa, depois
de ter realizado a purificação dos pecados, sentou-se à direita
da Majestade nas alturas, tão superior aos anjos quanto
superior ao deles é o nome que recebeu em herança. Com
efeito, a qual dos anjos disse Deus alguma vez “Tu és meu
Filho, Eu hoje te gerei”? E ainda “Eu serei para Ele um Pai e
Ele será para mim um Filho”? E de novo, quando introduz o
Primogénito no mundo, diz: Adorem-no todos os anjos de Deus.
Evangelho segundo S. João
1,1-18.
No
princípio era o Verbo; o Verbo estava em Deus e o Verbo era Deus.
No princípio Ele estava em Deus. Por Ele é que tudo
começou a existir e sem Ele nada veio à existência. Nele é
que estava a Vida de tudo o que veio a existir e a Vida era a Luz
dos homens. A Luz brilhou nas trevas, mas as trevas não a
receberam. Apareceu um homem, enviado por Deus, que se
chamava João. Este vinha como testemunha para dar testemunho
da Luz e todos crerem por meio dele. Ele não era a Luz, mas
vinha para dar testemunho da Luz. O Verbo era a Luz verdadeira
que, ao vir ao mundo, a todo o homem ilumina. Ele estava no
mundo e por Ele o mundo veio à existência, mas o mundo não o
reconheceu. Veio para o que era seu e os seus não o
receberam. Mas, a quantos o receberam, aos que nele crêem,
deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus. Estes não
nasceram de laços de sangue nem de um impulso da carne nem da
vontade de um homem, mas sim de Deus. E o Verbo fez-se homem e
veio habitar connosco e nós contemplámos a sua glória, a glória
que possui como Filho Unigénito do Pai, cheio de graça e de
verdade. João deu testemunho dele ao clamar: «Este era
aquele de quem eu disse: 'O que vem depois de mim passou-me à
frente porque existia antes de mim.'» Sim, todos nós
participamos da sua plenitude, recebendo graças sobre graças. É
que a Lei foi dada por Moisés, mas a graça e a verdade
vieram-nos por Jesus Cristo. A Deus jamais alguém o viu. O
Filho Unigénito, que é Deus e está no seio do Pai, foi Ele quem
o deu a conhecer.
Beato
Guerric de Igny
(c. 1080-1157), abade cisterciense 5º
sermão de Natal
«E o Verbo fez-Se homem e
veio habitar connosco e nós contemplámos a Sua glória»
Hoje, meus irmãos, foi para
ouvir a palavra de Deus feito homem que vos reunistes. Eis que
Deus nos prepara melhor: hoje é-nos dado, não só escutar, mas
também ver a Palavra de Deus. Vê-la-emos se formos a Belém ver
essa Palavra, essa nova que o Senhor fez e nos apresenta. [...] É
mais difícil acreditar naquilo que escutamos sem ver. [...] Assim
Deus, que Se molda à nossa fraqueza, depois de ter tornado a
Palavra audível, torna-Se hoje visível e mesmo palpável. Foi
assim que as primeiras testemunhas do mistério puderam afirmar:
«O que existia desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com
os nossos olhos, o que contemplámos e as nossas mãos tocaram
relativamente ao Verbo da Vida, isso vos anunciamos» (1Jo 1,1.3).
[…]
Se houver no meio de nós algum
irmão que seja ainda lento a crer, não quero fatigar-lhe os
ouvidos mais tempo com a minha palavra sem valor. Que também ele
vá a Belém! Que contemple com os seus olhos Aquele que os anjos
desejam ver (cf 1Pe 1,12); o Verbo de Deus que o Senhor nos
revela, a Palavra de Deus «viva e eficaz» (Heb 4,12) repousa
numa manjedoura. Se a fé ilumina o olhar que contempla, haverá
espectáculo mais admirável? [...] «É uma palavra fiel e digna
de toda a confiança» (1Tm 1,15) a tua Palavra omnipotente,
Senhor. Descida com grande profundidade de silêncio do alto da
Tua morada real (Sb 18,14-15) até uma manjedoura, a Tua Palavra
fala-nos agora melhor através do Seu próprio silêncio. […]
Vós também, irmãos,
encontrareis hoje o Menino, a Palavra silenciosa, envolvido em
panos, pousado no berço do altar. Que a banalidade do que O
envolve não perturbe o olhar da vossa fé quando contemplardes o
Seu corpo adorável nas espécies sacramentais. Tal como Maria
outrora O envolveu em panos assim também a graça e a sabedoria
de Deus envolvem hoje a majestade oculta da Palavra de Deus.
Quarta-feira,
dia 26 de Dezembro de 2012
Sto.
ESTÊVÃO, primeiro mártir (Festa)
Naqueles
dias, cheio de graça e força, Estêvão fazia extraordinários
milagres e prodígios entre o povo. Ora alguns membros da
sinagoga, chamada dos libertos, dos cireneus, dos alexandrinos e
dos da Cilícia e da Ásia, vieram para discutir com Estêvão;
mas era-lhes impossível resistir à sabedoria e ao
Espírito com que ele falava. Ao ouvirem tais palavras,
encheram-se intimamente de raiva e rangeram os dentes contra
Estêvão. (o mal, mesmo inconscientemente, odeia o bem e quer
destruí-lo) Mas este, cheio do Espírito Santo e de olhos
fixos no Céu, viu a glória de Deus e Jesus Cristo de pé, à
direita de Deus. «Olhai, disse ele, eu vejo o Céu aberto e o
Filho do Homem de pé, à direita de Deus.» Eles então
soltaram um grande grito e taparam os ouvidos; depois, à uma,
atiraram-se a ele e, arrastando-o para fora da cidade,
começaram a apedrejá-lo. As testemunhas depuseram as capas aos
pés de um jovem chamado Saulo. E enquanto o apedrejavam,
Estêvão orava, dizendo: «Senhor Jesus, recebe o meu espírito.»
Livro de Salmos
31(30),3cd-4.6.8ab.16bc.17.
Em
vossas mãos entrego o meu espírito,
Em vossas mãos
entrego o meu espírito, Senhor, Deus fiel, salvai-me. Em
Vós, Senhor, ponho a minha confiança: hei-de exultar e
alegrar-me com a vossa misericórdia.
Sede a rocha do meu
refúgio e a fortaleza da minha salvação porque Vós
sois a minha força e o meu refúgio por amor do Vosso nome,
guiai-me e conduzi-me.
Livrai-me das mãos dos meus
inimigos e de quantos me perseguem. Fazei brilhar sobre a
mim a vossa face, salvai-me pela vossa bondade.
Evangelho
segundo S. Mateus 10,17-22.
Naquele
tempo, disse Jesus Cristo aos seus apóstolos: «Tende cuidado com
os homens: hão-de entregar-vos aos tribunais e açoitar-vos nas
sinagogas; sereis levados perante governadores e reis, por
minha causa, para dar testemunho diante deles e dos pagãos. Mas,
quando vos entregarem, não vos preocupeis nem como haveis de
falar nem com o que haveis de dizer; nessa altura, vos será
inspirado o que tiverdes de dizer. Não sereis vós a falar,
mas o Espírito do vosso Pai é que falará por vós. O irmão
entregará o seu irmão à morte e o pai, o seu filho; os filhos
hão-de erguer-se contra os pais e hão-de causar-lhes a morte e
vós sereis odiados por todos, por causa do meu nome, mas aquele
que se mantiver firme até ao fim será salvo.
Santa
Teresa Benedita da Cruz
(Edith Stein) (1891-1942), carmelita, mártir, copadroeira da
Europa Das
Weihnachtsgeheimnis
«A Luz brilhou nas trevas,
mas as trevas não a receberam» (Jo 1,5)
O Menino da manjedoura estende
as mãozinhas e o Seu sorriso já parece exprimir o que os lábios
do homem pronunciarão mais tarde: «Vinde a Mim todos os que
estais cansados e oprimidos» (Mt 11,28). [...] «Segui-Me!»,
dizem as mãos da criança, como dirão mais tarde os lábios do
homem. Foi assim que o jovem discípulo que o Senhor amava foi
chamado e faz agora parte do cortejo do presépio. São João, um
jovem de coração puro, deixou tudo sem perguntar onde nem
porquê: abandonou o barco de seu pai (Mt 4,22) e seguiu o Senhor
por todos os Seus caminhos até ao Gólgota (Jo 19,26).
«Segue-Me!» O jovem Estêvão
também ouviu este chamamento e seguiu o Mestre na Sua luta contra
os poderes das trevas, contra a cegueira e a teimosa recusa em
acreditar, dando testemunho d'Ele pela sua palavra e pelo seu
sangue. Estêvão caminhou segundo o Seu espírito, o espírito de
amor que combate o pecado, mas ama o pecador e que, mesmo na
morte, defende o assassino diante de Deus.
Aqueles que se ajoelham em torno
do presépio são filhos da luz: frágeis santos inocentes,
pastores cheios de fé, reis humildes, Estevão, o discípulo
fervoroso, e João, o apóstolo do amor, todos eles seguindo o
chamamento do Mestre. Diante deles, na dureza da noite e na
cegueira inconcebível, estão os doutores da Lei que, sabendo o
tempo e o lugar onde nasceria o Salvador (Mt 2,5), não partiram
para Belém e o rei Herodes que queria matar o Senhor da vida.
Perante a Criança da manjedoura, os espíritos dividem-se. Ele é
o Rei dos reis, o Senhor da vida e da morte; Ele diz «Segue-Me»
e quem não é por Ele é contra Ele (Mt 12,30) e também no-lo
diz a nós, colocando-nos na situação de escolhermos entre a
luz e as trevas.
Quinta-feira,
dia 27 de Dezembro de 2012
S.
JOÃO, apóstolo e evangelista (Festa)
Caríssimos:
O que existia desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com
os nossos olhos, o que contemplámos e as nossas mãos tocaram
relativamente ao Verbo da Vida – de facto, a Vida
manifestou-se; nós vimo-la, dela damos testemunho e anunciamo-vos
a Vida eterna que estava junto do Pai e que se manifestou a nós –
o que nós vimos e ouvimos, isso vos anunciamos para que
também vós estejais em comunhão connosco e nós estamos
em comunhão com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo.
Escrevemo-vos isto para que a nossa alegria seja completa.
Livro de Salmos
97(96),1-2.5-6.11-12.
Alegrai-vos,
justos, no Senhor.
O Senhor é rei: alegre-se a Terra e
rejubile a multidão das ilhas! Ele está rodeado de nuvens e
escuridão; a justiça e o direito são a base do seu trono.
Derretem-se os montes como cera diante do Senhor de
toda a Terra. Os céus proclamam a sua justiça e todos os
povos contemplam a sua glória.
A luz desponta para os
justos e a alegria para os rectos de coração. Alegrai-vos,
justos, no Senhor, proclamai que o seu nome é
santo!
Evangelho segundo S. João 20,2-8.
No
primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ter com Simão Pedro e
com o outro discípulo, o que Jesus Cristo amava, e disse-lhes: «O
Senhor foi levado do túmulo e não sabemos onde o puseram.»
Pedro saiu com o outro discípulo e foram ao túmulo. Corriam
os dois juntos, mas o outro discípulo correu mais do que Pedro e
chegou primeiro ao túmulo. Inclinou-se para observar e
reparou que os panos de linho estavam espalmados no chão, mas não
entrou. Entretanto, chegou também Simão Pedro que o seguira.
Entrou no túmulo e ficou admirado ao ver os panos de linho
espalmados no chão ao passo que o lenço, que estivera em
volta da cabeça, não estava espalmado no chão juntamente com os
panos de linho, mas de outro modo, enrolado noutra posição.
Então entrou também o outro discípulo, o que tinha chegado
primeiro ao túmulo. Viu e começou a crer.
Rupert
de Deutz
(c. 1075-1130), monge beneditino As
obras do Espírito Santo,
IV, 10; SC 165
O discípulo que teve «o
conhecimento do mistério de Deus: Jesus Cristo, em Quem estão
escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento» (Col
2,2-3)
De acordo com graça que fez com
que Jesus Cristo o amasse e o fez inclinar-se sobre o Seu peito na
Última Ceia (cf Jo 13,23), João recebeu com abundância os dons
do entendimento e da sabedoria (Is 11,2) – o entendimento para
compreender as Escrituras e a sabedoria para escrever os seus
próprios livros com arte admirável. Para dizer a verdade, não
recebeu este dom no momento em descansou sobre o peito do Senhor,
apesar de ter tocado o coração «em que estão escondidos todos
os tesouros da sabedoria e do conhecimento» (Col 2,3). Quando
João diz que, ao entrar no túmulo «viu e acreditou» reconhece
que «ainda não tinham entendido a Escritura, segundo a qual
Jesus Cristo devia ressuscitar dos mortos» (Jo 20,9). Como os
outros apóstolos, João recebeu plenamente a sua medida quando o
Espírito Santo desceu sobre os apóstolos [no Pentecostes],
quando a graça foi dada a cada um «segundo a medida do dom de
Cristo» (Ef 4,7). […]
O Senhor Jesus Cristo amou este
discípulo mais do que os outros [...] e abriu-lhe os segredos do
céu [...] para fazer dele o escrivão do mistério profundo sobre
o qual o homem não é capaz de falar só por si mesmo: o mistério
do Verbo, da Palavra de Deus, do Verbo que Se fez carne é o fruto
desse amor. Mas, mesmo amando-o, não foi a ele que Jesus Cristo
disse: «Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a Minha
Igreja» (Mt 16,18). [...] Embora amasse todos os Seus discípulos
e especialmente Pedro, com um amor espiritual e da alma, Nosso
Senhor amou João com um amor do coração. [...] Na ordem do
apostolado, Simão Pedro recebeu o primeiro lugar e as «chaves do
reino dos céus» (Mt 16,19); João, recebeu outro legado: o
Espírito de entendimento, «uma alegria e uma coroa de júbilo»
(Sir 15,6).
Sexta-feira,
dia 28 de Dezembro de 2012
SANTOS
INOCENTES, mártires (Festa)
Caríssimos:
Eis a mensagem que ouvimos de Jesus Cristo e vos anunciamos: Deus
é luz e nele não há nenhuma espécie de trevas. Se dizemos
que temos comunhão com Ele, mas caminhamos nas trevas, mentimos e
não praticamos a verdade. Pelo contrário, se caminhamos na
luz como Ele que está na luz, então temos comunhão uns com os
outros e o sangue do seu Filho Jesus Cristo purifica-nos de todo o
pecado. Se dizemos que não temos pecado, enganamo-nos a nós
mesmos e a verdade não está em nós. Se confessamos os
nossos pecados, Deus é fiel e justo para nos perdoar os pecados e
nos purificar de toda a iniquidade (= não-equidade). Se
dizemos que não somos pecadores, fazemo-lo mentiroso e a sua
palavra não está em nós. Filhinhos meus, escrevo-vos estas
coisas para que não pequeis; mas se alguém pecar, temos junto do
Pai um advogado, Jesus Cristo, o Justo, pois Ele é a vítima
que expia os nossos pecados e não somente os nossos, mas também
os de todo o mundo.
Livro de Salmos
124(123),2-3.4-5.7b-8.
O
Senhor nos liberta daqueles que nos perseguem.
Se o Senhor
não estivesse do nosso lado quando os homens se levantaram
contra nós ter-nos-iam engolido vivos quando a sua fúria
ardia contra nós.
As águas ter-nos-iam submergido, a
torrente teria passado sobre nós. Teriam passado sobre nós
as águas turbulentas.
Rompeu-se o laço e nós
libertámo-nos. O nosso auxílio está no nome do Senhor, que
fez o céu e a Terra.
Evangelho segundo S. Mateus
2,13-18.
Depois
de os magos partirem, o anjo do Senhor apareceu em sonhos a José
e disse-lhe: «Levanta-te, toma o menino e sua mãe, foge para o
Egipto e fica lá até que eu te avise, pois Herodes procurará o
menino para O matar.» E ele levantou-se de noite, tomou o
menino e sua mãe e partiu para o Egipto, permanecendo ali até
à morte de Herodes. Assim se cumpriu o que o Senhor anunciou pelo
profeta: Do Egipto chamei o meu filho. Então Herodes, ao ver
que tinha sido enganado pelos magos, ficou muito irado e mandou
matar todos os meninos de Belém e de todo o seu território, da
idade de dois anos para baixo, conforme o tempo que diligentemente
tinha inquirido dos magos. Cumpriu-se então o que o profeta
Jeremias dissera: Ouviu-se uma voz em Ramá, uma lamentação
e um grande pranto: É Raquel que chora os seus filhos e não quer
ser consolada porque já não existem.
São
Gregório de Nissa
(c. 335-395), monge, bispo Sermão
da Natividade de Cristo;
PG 46,1128 ss.
Hoje começa o mistério da
Paixão
«Com a notícia do nascimento
do Salvador, Herodes perturbou-se e toda a Jerusalém com ele»
(Mt 2,3). [...] É o mistério da Paixão que aparecia já na
mirra dos Magos; os recém-nascidos foram massacrados sem dó nem
piedade. [...] O que significa esta matança de crianças? Por quê
ousar crime tão horrendo? «É que, dizem Herodes e os seus
conselheiros, um estranho sinal apareceu no céu; um sinal que
garantiu aos Magos que chegara outro rei.» Entendes tu, Herodes,
o que são estes sinais? [...] Se Jesus Cristo é senhor dos
astros, não estará ao abrigo dos teus ataques? Julgas ter poder
de vida e de morte, mas não tens nada a temer de criança tão
terna. Se Deus O submeteu ao teu poder; por que conspiras contra
ele? […]
Mas deixemos o luto, «a queixa
amarga de Raquel que chora os seus filhos» porque hoje o Sol de
Justiça (Mal 3,20) dissipa as trevas do mal e espalha a Sua luz
sobre toda a natureza, Ele que assume a nossa natureza humana.
[...] Nesta festa da Natividade «as portas da morte são
destruídas, as barras de ferro estão quebradas» (Sl 107,16);
agora, «abrem-se as portas da justiça» (Sl 118,19). [...] Já
que por um homem, Adão, veio a morte; hoje, por um homem vem a
salvação (Rom 5,18). [...] Depois da árvore do pecado está a
árvore da bondade, a cruz. [...] Hoje começa o mistério da
Paixão.
Sábado,
dia 29 de Dezembro de 2012
5º Dia
da Oitava do Natal
Caríssimos:
Nós sabemos que conhecemos Jesus Cristo, se guardamos os seus
mandamentos. Quem diz: «Eu conheço-o», mas não guarda
os seus mandamentos é um mentiroso e a verdade não está
nele; ao passo que quem guarda a sua palavra, nesse é
que o amor de Deus é verdadeiramente perfeito; por isto
reconhecemos que estamos nele. Quem diz que permanece
em Deus também deve caminhar como Ele caminhou. Caríssimos,
não vos escrevo um mandamento novo, mas um mandamento antigo que
já tínheis desde o princípio: este mandamento antigo é a
palavra que ouvistes. É, contudo um mandamento novo o que vos
escrevo – o que é verdade nele e em vós – pois as trevas
passaram e a luz verdadeira já brilha. Quem diz que está na
luz, mas tem ódio a seu irmão, ainda está nas trevas. Quem
ama o seu irmão permanece na luz e não corre perigo de
tropeçar. Mas quem tem ódio ao seu irmão está nas trevas e
nas trevas caminha, sem saber para onde vai porque as trevas lhe
cegaram os olhos.
Livro de Salmos
96(95),1-2a.2b-3.5b-6.
Alegrem-se
os céus, exulte a Terra.
Cantai ao Senhor um cântico
novo, cantai ao Senhor, Terra inteira! Cantai ao Senhor,
bendizei o seu nome.
Anunciai dia a dia a sua salvação
publicai entre as nações a sua glória em todos os
povos, as suas maravilhas.
Foi o Senhor quem criou os
céus. Na sua presença há majestade e esplendor,
no seu santuário há poder e beleza.
Evangelho
segundo S. Lucas 2,22-35.
Ao
chegarem os dias da purificação, segundo a Lei de Moisés, Maria
e José levaram Jesus Cristo a Jerusalém para O apresentarem ao
Senhor, conforme está escrito na Lei do Senhor: «Todo o
primogénito varão será consagrado ao Senhor» e para
oferecerem em sacrifício, como se diz na Lei do Senhor, duas
rolas ou duas pombas. Ora vivia em Jerusalém um homem chamado
Simeão; era justo e piedoso e esperava a consolação de Israel.
O Espírito Santo estava nele. Tinha-lhe sido revelado pelo
Espírito Santo que não morreria antes de ter visto o Messias do
Senhor. Impelido pelo Espírito, veio ao templo, quando os
pais trouxeram o menino Jesus a fim de cumprirem o que ordenava a
Lei a seu respeito. Simeão tomou-o nos braços e bendisse a
Deus, dizendo: «Agora, Senhor, segundo a tua palavra,
deixarás ir em paz o teu servo porque meus olhos viram a
Salvação que ofereceste a todos os povos, Luz para se
revelar às nações e glória de Israel, teu povo.» Seu pai
e sua mãe estavam admirados com o que se dizia dele. Simeão
abençoou-os e disse a Maria, sua mãe: «Este menino está aqui
para queda e ressurgimento de muitos em Israel e para ser sinal de
contradição; uma espada trespassará a sua alma. Assim
hão-de revelar-se os pensamentos de muitos corações.»
Liturgia
bizantina
Hino
acatista à Mãe de Deus
do séc. VII, 9-16
«Simeão abençoou-os»
Sabendo ler os sinais dos
astros, os Magos reconheceram nos braços da Virgem o Criador da
humanidade e adoraram o Senhor que tomou a condição de servo (Fl
2,7), oferecendo-Lhe as suas prendas e cantando em louvor da Toda
Abençoada [o seguinte hino]:
Rejubila, mãe da Luz sem
declínio Rejubila, reflexo da claridade de Deus Rejubila,
ausência total da corrosão da mentira Rejubila, estandarte
que nos mostra a Trindade.
Rejubila porque expulsaste o
tirano do seu reino Rejubila porque nos mostras a Jesus Cristo
Senhor, Amigo dos homens (Sb 1,6) Rejubila porque destronaste
os ídolos pagãos Rejubila porque nos libertaste das nossas
obras vazias.
Rejubila, tu que extinguiste o culto do fogo
pagão Rejubila, tu que nos livraste do fogo das paixões
Rejubila, tu que conduzes os crentes até Jesus Cristo,
Sabedoria de Deus (1Cor 1,24) Rejubila, tu que alegras todas
as gerações.
Rejubila, Esposa por desposar. [...]
Quando
Simeão chegou ao fim da vida, Senhor, apresentaste-Te como bebé
de colo a este homem que, reconhecendo em Ti a perfeição da
divindade, exclamou, cheio de admiração infinita: «Aleluia,
aleluia, aleluia!» […]
Sem deixar de ser Deus nem
abandonar as prerrogativas do Alto, o Verbo que nada pode conter
tomou a nossa condição humana e veio habitar connosco este
mundo, baixando inteiro ao seio de uma Virgem digna de todos os
louvores [a quem dizemos]:
Rejubila, templo da imensidão
de Deus Rejubila, pórtico do mistério escondido desde todos
os séculos Rejubila, novidade inacreditável para os
descrentes Rejubila, Boa-Nova para todos os crentes.
Rejubila, carruagem d'Aquele que está sentado sobre os
querubins (Sl 80(79),2) Rejubila, trono d'Aquele que está
acima dos serafins (Is 6,2) Rejubila, ponto de união de todos
os contrários Rejubila, fusão da virgindade e da
maternidade.
Rejubila, propiciadora do perdão dos pecados
Rejubila, restauradora do Paraíso Rejubila, chave do
Reino de Jesus Cristo e porta do Céu Rejubila, esperança dos
bens eternos.
Rejubila, Esposa por desposar. [...]
Todos
os anjos do céu ficaram abismados com a Tua Incarnação, Senhor,
Tu, a Quem os homens nunca dantes haviam visto e que assim Te
mostraste a nós, mortais e entre nós permaneceste (Jo 1,14.18).
A Ti aclama toda a terra: «Aleluia, aleluia, aleluia!»
O
meus clube de leitura
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Os
meus filmes
1.º
– As Amendoeiras em Flor e o Corridinho Algarvio.wmv
2.º
– O Cemitério de Lagos
3.º
– Lagos e a sua Costa Dourada
4.º
– Natal de 2012
Os meus blogues
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