sábado, 29 de dezembro de 2012

Cristianismo 92


=CRISTIANISMO=

«Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna» Jo 6,68
Queridos Amigos
Toda a equipa de Evangelho Quotidiano vos deseja que tenham tido uma santa e feliz festa de Natal!
Nesta noite, santa entre todas as noites, desprendamos o nosso coração do mundo, da sua agitação, das suas riquezas materiais e venhamos simples e humildemente ajoelhar-nos diante do Nosso Salvador. Sigamo-lo no seu despojamento para contemplarmos as realidades eternas: no mistério do Natal, o Filho de Deus vem ao nosso encontro e convida-nos a entrar numa atitude de profunda alegria, de amor e de gratidão porque é a cada um de nós que Deus dá o Seu Filho. Preparemos as nossas almas para receber este inestimável presente e cantemos com os anjos a glória de Deus!
Tal como o Filho nasceu para o mundo através de Maria que Ele nasça também em cada um de nós pela Graça e pelo Amor.
A equipa de Evangelho Quotidiano em língua portuguesa.
P.S. Não se esqueçam de que podem oferecer o "Evangelho Quotidiano" como prenda de Natal aos vossos amigos...
Aproveitamos para vos anunciar, neste ano que começa, a abertura de duas novas versões de Evangelizo, a acrescentar à versão grega recentemente iniciada:
- a versão malgaxe: www.evanjelyanio.org;
- a versão italiana no calendário ambrosiano: www.vangelodelgiorno.org.
A liturgia ambrosiana é bastante próxima da romana tradicional com algumas especificidades particulares tais como um calendário e leituras próprias. Abrimos esta versão a pedido de numerosos leitores de língua italiana e de um bispo. O rito ambrosiano está em vigor na diocese de Milão e em três vales do Tessino (na Suíça), o que representa 51 paróquias.
Fiéis ao espírito do serviço Evangelizo, estamos felizes por vos fazer descobrir, através deste rito ambrosiano, a extraordinária riqueza litúrgica da nossa Igreja.
Queremos anunciar-nos a extensão do nosso serviço à versão grega: evaggeliokathemera.org. Que ela possa ser um apoio diário aos membros deste povo que sofre. Não deixem se informar os vossos conhecidos deste novo serviço.
Podem contactar connosco através da página “contactos” do nosso sítio internet: http://www.evangelizo.org/main.php?language=PT&module=contact. Obrigado.
Queremos agradecer também a quantos, com a sua contribuição, permitem o financiamento e o desenvolvimento do serviço. Como sabem, ele é e será sempre gratuito, mas essas contribuições servem, em parte, para apoiar os mosteiros que nos ajudam na selecção e tradução diária dos comentários bem como para financiar o material informático. É por esta relação entre a vida activa e a contemplativa que o Evangelho Quotidiano pode funcionar.
Se deseja fazer um donativo: http://www.evangelizo.org/main.php?language=PT&module=helpus. Obrigado.
Criado em 2001, EVANGELIZO propõe aos seus leitores um acesso fácil e rápido a todas as leituras da liturgia católica do dia, à vida dos santos e a um comentário feito por uma grande figura da Igreja.
Fazemo-vos uma proposta; um amigo por dia. É um mínimo que não ocupa quase tempo nenhum. Abram o nosso site (www.evangelizo.org) e, clicando na bandeira que vos interessa, inscrevam o amigo de que se lembrarem na casa “o seu endereço e-mail”. Confirmem e já está! Ele receberá uma carta nossa a pedir se aceita a inscrição.
Um por dia! Não é pedir muito, pois não? O Senhor vos agradecerá.
O serviço está agora disponível gratuitamente em vários meios e suportes: por correio electrónico; no computador: http://www.evangelhoquotidiano.org/; em telefone móvel: http://mobile, evangelizo.org; em telefone “Iphone” e “Android”: aplicações “Evangelizo”.
Com os votos renovados de uma boa caminhada ao longo deste ano que começa, saúda-vos
A equipa portuguesa do Evangelho Quotidiano
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Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org


Domingo, dia 23 de Dezembro de 2012

4º Domingo do Advento - Ano C

Eis o que diz o Senhor: «Mas tu, Belém-Efrata, tão pequena entre as famílias de Judá, é de ti que me há-de sair aquele que governará em Israel. As suas origens remontam aos tempos antigos, aos dias de um passado longínquo.
Por isso, Deus abandonará o seu povo até ao tempo em que der à luz aquela que há-de dar à luz e em que o resto dos seus irmãos há-de voltar para junto dos filhos de Israel.
Ele permanecerá firme e apascentará o seu rebanho com a força do Senhor e com a majestade do nome do Senhor, seu Deus. Estarão tranquilos porque ele será grande até aos confins da Terra.
Ele próprio será a paz. Se a Assíria vier ao nosso país e calcar aos pés os nossos palácios, opor-lhe-emos sete pastores e oito governadores de homens.

Livro de Salmos 80(79),2ac.3b.15-16.18-19.
Mostrai-nos, Senhor, o vosso rosto e seremos salvos
Ó pastor de Israel, escuta,
Tu que tens o teu trono sobre os querubins aparecei.
Desperta o teu poder
e vem salvar-nos!

Ó Deus do universo, volta, por favor,
olha lá do céu e vê: cuida desta vinha!
Trata da cepa que a tua mão direita plantou,
dos rebentos que fizeste crescer para Vós.

Deus dos Exércitos, vinde de novo,
olhai dos céus e vede, visitai esta vinha.
Protegei a cepa que a vossa mão direita plantou,
o rebento que fortalecestes para Vós.

Mas estende a tua mão sobre o teu escolhido,
sobre o homem que para ti fortaleceste.
E nunca mais nos afastaremos de Ti;
conserva-nos a vida e invocaremos o Teu nome.

Carta aos Hebreus 10,5-10.
Por isso, ao entrar no mundo, Jesus Cristo diz: Tu não quiseste sacrifício nem oferenda, mas preparaste-me um corpo.
Não te agradaram holocaustos nem sacrifícios pelos pecados.
Então Eu disse: Eis que venho – como está escrito no livro a meu respeito – para fazer, ó Deus, a tua vontade.
Disse primeiro: “Não quiseste nem te agradaram sacrifícios, oferendas e holocaustos pelos pecados” e, no entanto, eram oferecidos segundo a Lei.
Disse em seguida: “Eis que venho para fazer a tua vontade.” Suprime assim o primeiro culto para instaurar o segundo.
E foi por essa vontade que nós fomos santificados, pela oferta do corpo de Jesus Cristo feita uma vez para sempre.

Evangelho segundo S. Lucas 1,39-45.
Naqueles dias, Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se à pressa para a montanha, a uma cidade da Judeia.
Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel.
Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino saltou-lhe de alegria no seio e Isabel ficou cheia do Espírito Santo.
Então, erguendo a voz, exclamou: «Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre.
E donde me é dado que venha ter comigo a mãe do meu Senhor?
Pois logo que chegou aos meus ouvidos a tua saudação, o menino saltou de alegria no meu seio.
Feliz de ti que acreditaste porque se vai cumprir tudo o que te foi dito da parte do Senhor.»

Beato Guerric de Igny (c. 1080-1157), abade cisterciense 2º Sermão para o Advento, §§1-2; SC 166
«A voz de meu amado! Ei-lo que chega, correndo pelos montes, saltando sobre as colinas» (Ct 2,8)
«Eis o rei que vem: acorramos a receber o nosso Salvador» (liturgia do Advento). Bem dizia Salomão que «água fresca para boca sedenta, assim é uma boa nova vinda de terra longínqua» (Pr 25,25). Sim, é bom mensageiro aquele que anuncia o advento do Salvador, a reconciliação do mundo, os bens do mundo futuro. «Que formosos são sobre os montes os pés do mensageiro que anuncia a paz, que apregoa a boa-nova e que proclama a salvação!» (Is 52,7). […]
Tais mensageiros são uma água fresca e uma bebida salutar para a alma sedenta de Deus; na verdade, aquele que anuncia o advento do Senhor ou os Seus mistérios dá-nos a beber água tirada com alegria das fontes da salvação (Is 12,3). É por isso que me parece que, àquele que traz tal anúncio, [...] a alma responde com as palavras de Isabel que fora saciada com o mesmo Espírito: «E donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor? Pois logo que chegou aos meus ouvidos a tua saudação», o meu espírito exultou de alegria no meu coração, impaciente por ir ao encontro do Deus, seu Salvador.
Na verdade, meus irmãos, é de espírito exultante que temos de ir ao encontro de Jesus Cristo que vem. [...] «Meu Salvador e meu Deus!» (Sl 42,5) Com que condescendência saúdas os Teus servos e, mais ainda, os salvas! [...] Tu deste-nos a salvação, não apenas por palavras de paz, mas pelo beijo da paz, isto é, unindo-Te à nossa carne e salvaste-nos pela Tua morte na cruz.» Que o nosso espírito exulte, pois num transporte de alegria, que corra a receber o seu Salvador que vem de longe, aclamando-O com estas palavras: «Senhor, salva-nos! Senhor, dá-nos a vitória! Bendito o que vem em nome do Senhor!» (Sl 117,25-26).
Segunda-feira, dia 24 de Dezembro de 2012

NATAL DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, solenidade com Oitava - Missa da Noite

Festa da Igreja : Vigília de Natal
Santo do dia :
S. Charbel Makhlouf, monge, eremita, +1898
Livro de Isaías 9,1-6.
O povo que andava nas trevas viu uma grande luz; habitavam numa terra de sombras, mas uma luz brilhou sobre eles.
Multiplicaste a alegria, aumentaste o júbilo; alegram-se diante de ti como os que se alegram no tempo da colheita, como se regozijam os que repartem os despojos,
pois Tu quebraste o seu jugo pesado, a vara que lhe feria o ombro e o bastão do seu capataz como na jornada de Madiã
porque a bota que pisa o solo com arrogância e a capa empapada em sangue serão queimadas e serão pasto das chamas
porquanto um menino nasceu para nós, um filho nos foi dado; tem a soberania sobre os seus ombros e o seu nome é: Conselheiro-Admirável, Deus herói, Pai-Eterno, Príncipe da paz.
Dilatará o seu domínio, com uma paz sem limites, sobre o trono de David e sobre o seu reino. Ele o estabelecerá e o consolidará com o direito e com a justiça desde agora e para sempre. Assim fará o amor ardente do SENHOR do universo.

Livro de Salmos 96(95),1-2a.2b-3.11-12.13.
Alegrem-se os céus, exulte a Terra.

Cantai ao Senhor um cântico novo,
cantai ao Senhor, Terra inteira!
Cantai ao Senhor, bendizei o seu nome.

Anunciai dia a dia a sua salvação,
publicai entre as nações a sua glória
em todos os povos, as suas maravilhas.

Foi o Senhor quem criou os céus.
Na sua presença há majestade e esplendor,
no seu santuário há poder e beleza.

Na presença do Senhor que se aproxima
e vem para governar a Terra!
Ele governará o mundo com justiça
e os povos com fidelidade.

Diante do Senhor que vem,
que vem para julgar a Terra.
Julgará o mundo com justiça
e os povos com fidelidade.

Carta a Tito 2,11-14.
Caríssimo: Com efeito, manifestou-se a graça de Deus, portadora de salvação para todos os homens,
para nos ensinar a renúncia à impiedade e aos desejos mundanos a fim de vivermos no século presente com sobriedade, justiça e piedade,
aguardando a bem-aventurada esperança e a gloriosa manifestação do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo.
Ele entregou-se por nós a fim de nos resgatar de toda a iniquidade e de purificar e constituir um povo de sua exclusiva posse e zeloso na prática do bem.

Evangelho segundo S. Lucas 2,1-14.
Por aqueles dias, saiu um édito da parte de César Augusto para ser recenseada toda a Terra.
Este recenseamento foi o primeiro que se fez, sendo Quirino governador da Síria.
Todos iam recensear-se, cada qual à sua própria cidade.
Também José, deixando a cidade de Nazaré, na Galileia, subiu até à Judeia, à cidade de David, chamada Belém, por ser da casa e linhagem de David,
a fim de se recensear com Maria, sua esposa, que se encontrava grávida.
E quando eles ali se encontravam, completaram-se os dias de ela dar à luz
e teve o seu filho primogénito que envolveu em panos e recostou numa manjedoura por não haver lugar para eles na hospedaria.
Na mesma região, encontravam-se uns pastores que pernoitavam nos campos, guardando os seus rebanhos durante a noite.
Um anjo do Senhor apareceu-lhes e a glória do Senhor refulgiu em volta deles e tiveram muito medo.
O anjo disse-lhes: «Não temais, pois anuncio-vos uma grande alegria que o será para todo o povo:
Hoje, na cidade de David, nasceu-vos um Salvador que é o Messias Senhor.
Isto vos servirá de sinal: encontrareis um menino envolto em panos e deitado numa manjedoura.»
De repente, juntou-se ao anjo uma multidão do exército celeste, louvando a Deus e dizendo:
«Glória a Deus nas alturas e paz na Terra aos homens do seu agrado.»

Tomás de Celano (c. 1190-c. 1260), biógrafo de São Francisco e de Santa Clara Primeira vida de São Francisco, §§84-86
São Francisco no primeiro presépio
Quinze dias antes do Natal, Francisco disse [...]: «Quero evocar a memória do Menino que nasceu em Belém e de todos os sofrimentos que padeceu desde a Sua infância. Quero vê-Lo com os meus olhos carnais, tal como Ele estava, deitado numa manjedoura, dormindo sobre o feno, entre uma vaca e um burro». […]
Chegou o dia da alegria. [...] Convocaram-se os irmãos de vários conventos dos arredores. Segundo as possibilidades de cada um, com a alma em festa, o povo dos campos, homens e mulheres, prepararam tochas e círios para iluminar essa noite em que se elevou a estrela cintilante que ilumina todos os séculos. Ao chegar, o santo viu que tudo estava pronto e alegrou-se muito. Tinham trazido uma manjedoura e feno; também tinham trazido uma vaca e um burro. Ali valorizava-se a simplicidade, era o triunfo da pobreza, a melhor lição de humildade: Greccio tinha-se tornado uma nova Belém. A noite fez-se luminosa como o dia e deliciosa quer para os animais quer para os homens. Multidões acorreram e a renovação do mistério reavivou a alegria. Os bosques ressoavam com os cânticos; as montanhas repercutiam ecos. Os irmãos cantavam os louvores do Senhor e toda a noite foi repleta de alegria. O santo passou o serão de pé diante do presépio, pleno de compaixão e cheio de uma alegria inexprimível. Por fim, celebraram a missa com a manjedoura a fazer de altar e o sacerdote sentiu um fervor nunca antes experimentado.
Francisco revestiu-se da dalmática, pois era diácono, e cantou o Evangelho com voz sonora. [...] Depois pregou ao povo e encontrou palavras doces como o mel para falar do nascimento do pobre Rei e da pequena aldeia de Belém.

Terça-feira, dia 25 de Dezembro de 2012

NATAL DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, solenidade com Oitava. - Missa do Dia

Festa da Igreja : Natal do Senhor (ofício próprio)
Santo do dia :
Natal do Senhor Jesus
Livro de Isaías 52,7-10.
Que formosos são sobre os montes os pés do mensageiro que anuncia a paz, que apregoa a boa nova e que proclama a salvação! Que diz a Sião: «O teu Deus é rei!»
Ouve: as tuas sentinelas gritam, cantam em coro porque vêem olhos nos olhos o regresso do SENHOR a Sião.
Ruínas de Jerusalém, irrompei em cânticos de alegria porque o SENHOR consola o seu povo com a libertação de Jerusalém.
O SENHOR mostra a força do seu braço poderoso aos olhos das nações e todos os confins da Terra verão o triunfo do nosso Deus.

Livro de Salmos 98(97),1.2-3ab.3cd-4.5-6.
Todos os confins da Terra viram a salvação do nosso Deus.

Cantai ao Senhor um cântico novo
pelas maravilhas que Ele operou;
A sua mão direita e o seu santo braço
Lhe deram a vitória.

O Senhor deu a conhecer a salvação,
revelou aos olhos das nações a sua justiça.
Recordou-Se da sua bondade e fidelidade
em favor da casa de Israel.

Os confins da Terra puderam ver
a salvação do nosso Deus.
Aclamai a Deus, terra inteira,
exultai de alegria e cantai.

Cantai ao Senhor ao som da cítara,
ao som da cítara e da lira;
ao som da tuba e da trombeta,
aclamai o Senhor, nosso rei.

Carta aos Hebreus 1,1-6.
Muitas vezes e de muitos modos, falou Deus aos nossos pais, nos tempos antigos, por meio dos profetas.
Nestes dias, que são os últimos, Deus falou-nos por meio do Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas e por meio de quem fez o mundo.
Este Filho que é resplendor da sua glória e imagem fiel da sua substância e que tudo sustenta com a sua palavra poderosa, depois de ter realizado a purificação dos pecados, sentou-se à direita da Majestade nas alturas,
tão superior aos anjos quanto superior ao deles é o nome que recebeu em herança.
Com efeito, a qual dos anjos disse Deus alguma vez “Tu és meu Filho, Eu hoje te gerei”? E ainda “Eu serei para Ele um Pai e Ele será para mim um Filho”?
E de novo, quando introduz o Primogénito no mundo, diz: Adorem-no todos os anjos de Deus.

Evangelho segundo S. João 1,1-18.
No princípio era o Verbo; o Verbo estava em Deus e o Verbo era Deus.
No princípio Ele estava em Deus.
Por Ele é que tudo começou a existir e sem Ele nada veio à existência.
Nele é que estava a Vida de tudo o que veio a existir e a Vida era a Luz dos homens.
A Luz brilhou nas trevas, mas as trevas não a receberam.
Apareceu um homem, enviado por Deus, que se chamava João.
Este vinha como testemunha para dar testemunho da Luz e todos crerem por meio dele.
Ele não era a Luz, mas vinha para dar testemunho da Luz.
O Verbo era a Luz verdadeira que, ao vir ao mundo, a todo o homem ilumina.
Ele estava no mundo e por Ele o mundo veio à existência, mas o mundo não o reconheceu.
Veio para o que era seu e os seus não o receberam.
Mas, a quantos o receberam, aos que nele crêem, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus.
Estes não nasceram de laços de sangue nem de um impulso da carne nem da vontade de um homem, mas sim de Deus.
E o Verbo fez-se homem e veio habitar connosco e nós contemplámos a sua glória, a glória que possui como Filho Unigénito do Pai, cheio de graça e de verdade.
João deu testemunho dele ao clamar: «Este era aquele de quem eu disse: 'O que vem depois de mim passou-me à frente porque existia antes de mim.'»
Sim, todos nós participamos da sua plenitude, recebendo graças sobre graças.
É que a Lei foi dada por Moisés, mas a graça e a verdade vieram-nos por Jesus Cristo.
A Deus jamais alguém o viu. O Filho Unigénito, que é Deus e está no seio do Pai, foi Ele quem o deu a conhecer.

Beato Guerric de Igny (c. 1080-1157), abade cisterciense 5º sermão de Natal
«E o Verbo fez-Se homem e veio habitar connosco e nós contemplámos a Sua glória»
Hoje, meus irmãos, foi para ouvir a palavra de Deus feito homem que vos reunistes. Eis que Deus nos prepara melhor: hoje é-nos dado, não só escutar, mas também ver a Palavra de Deus. Vê-la-emos se formos a Belém ver essa Palavra, essa nova que o Senhor fez e nos apresenta. [...] É mais difícil acreditar naquilo que escutamos sem ver. [...] Assim Deus, que Se molda à nossa fraqueza, depois de ter tornado a Palavra audível, torna-Se hoje visível e mesmo palpável. Foi assim que as primeiras testemunhas do mistério puderam afirmar: «O que existia desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que contemplámos e as nossas mãos tocaram relativamente ao Verbo da Vida, isso vos anunciamos» (1Jo 1,1.3). […]
Se houver no meio de nós algum irmão que seja ainda lento a crer, não quero fatigar-lhe os ouvidos mais tempo com a minha palavra sem valor. Que também ele vá a Belém! Que contemple com os seus olhos Aquele que os anjos desejam ver (cf 1Pe 1,12); o Verbo de Deus que o Senhor nos revela, a Palavra de Deus «viva e eficaz» (Heb 4,12) repousa numa manjedoura. Se a fé ilumina o olhar que contempla, haverá espectáculo mais admirável? [...] «É uma palavra fiel e digna de toda a confiança» (1Tm 1,15) a tua Palavra omnipotente, Senhor. Descida com grande profundidade de silêncio do alto da Tua morada real (Sb 18,14-15) até uma manjedoura, a Tua Palavra fala-nos agora melhor através do Seu próprio silêncio. […]
Vós também, irmãos, encontrareis hoje o Menino, a Palavra silenciosa, envolvido em panos, pousado no berço do altar. Que a banalidade do que O envolve não perturbe o olhar da vossa fé quando contemplardes o Seu corpo adorável nas espécies sacramentais. Tal como Maria outrora O envolveu em panos assim também a graça e a sabedoria de Deus envolvem hoje a majestade oculta da Palavra de Deus.

Quarta-feira, dia 26 de Dezembro de 2012

Sto. ESTÊVÃO, primeiro mártir (Festa)

Santo do dia : Santo Estêvão, diácono, primeiro mártir, séc. I
Livro dos Actos dos Apóstolos 6,8-10.7,54-59.
Naqueles dias, cheio de graça e força, Estêvão fazia extraordinários milagres e prodígios entre o povo.
Ora alguns membros da sinagoga, chamada dos libertos, dos cireneus, dos alexandrinos e dos da Cilícia e da Ásia, vieram para discutir com Estêvão;
mas era-lhes impossível resistir à sabedoria e ao Espírito com que ele falava. Ao ouvirem tais palavras, encheram-se intimamente de raiva e rangeram os dentes contra Estêvão. (o mal, mesmo inconscientemente, odeia o bem e quer destruí-lo)
Mas este, cheio do Espírito Santo e de olhos fixos no Céu, viu a glória de Deus e Jesus Cristo de pé, à direita de Deus.
«Olhai, disse ele, eu vejo o Céu aberto e o Filho do Homem de pé, à direita de Deus.»
Eles então soltaram um grande grito e taparam os ouvidos; depois, à uma, atiraram-se a ele
e, arrastando-o para fora da cidade, começaram a apedrejá-lo. As testemunhas depuseram as capas aos pés de um jovem chamado Saulo.
E enquanto o apedrejavam, Estêvão orava, dizendo: «Senhor Jesus, recebe o meu espírito.»

Livro de Salmos 31(30),3cd-4.6.8ab.16bc.17.
Em vossas mãos entrego o meu espírito,

Em vossas mãos entrego o meu espírito,
Senhor, Deus fiel, salvai-me.
Em Vós, Senhor, ponho a minha confiança:
hei-de exultar e alegrar-me com a vossa misericórdia.

Sede a rocha do meu refúgio
e a fortaleza da minha salvação
porque Vós sois a minha força e o meu refúgio
por amor do Vosso nome, guiai-me e conduzi-me.

Livrai-me das mãos dos meus inimigos
e de quantos me perseguem.
Fazei brilhar sobre a mim a vossa face,
salvai-me pela vossa bondade.

Evangelho segundo S. Mateus 10,17-22.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus apóstolos: «Tende cuidado com os homens: hão-de entregar-vos aos tribunais e açoitar-vos nas sinagogas;
sereis levados perante governadores e reis, por minha causa, para dar testemunho diante deles e dos pagãos.
Mas, quando vos entregarem, não vos preocupeis nem como haveis de falar nem com o que haveis de dizer; nessa altura, vos será inspirado o que tiverdes de dizer.
Não sereis vós a falar, mas o Espírito do vosso Pai é que falará por vós.
O irmão entregará o seu irmão à morte e o pai, o seu filho; os filhos hão-de erguer-se contra os pais e hão-de causar-lhes a morte
e vós sereis odiados por todos, por causa do meu nome, mas aquele que se mantiver firme até ao fim será salvo.

Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein) (1891-1942), carmelita, mártir, copadroeira da Europa Das Weihnachtsgeheimnis
«A Luz brilhou nas trevas, mas as trevas não a receberam» (Jo 1,5)
O Menino da manjedoura estende as mãozinhas e o Seu sorriso já parece exprimir o que os lábios do homem pronunciarão mais tarde: «Vinde a Mim todos os que estais cansados e oprimidos» (Mt 11,28). [...] «Segui-Me!», dizem as mãos da criança, como dirão mais tarde os lábios do homem. Foi assim que o jovem discípulo que o Senhor amava foi chamado e faz agora parte do cortejo do presépio. São João, um jovem de coração puro, deixou tudo sem perguntar onde nem porquê: abandonou o barco de seu pai (Mt 4,22) e seguiu o Senhor por todos os Seus caminhos até ao Gólgota (Jo 19,26).
«Segue-Me!» O jovem Estêvão também ouviu este chamamento e seguiu o Mestre na Sua luta contra os poderes das trevas, contra a cegueira e a teimosa recusa em acreditar, dando testemunho d'Ele pela sua palavra e pelo seu sangue. Estêvão caminhou segundo o Seu espírito, o espírito de amor que combate o pecado, mas ama o pecador e que, mesmo na morte, defende o assassino diante de Deus.
Aqueles que se ajoelham em torno do presépio são filhos da luz: frágeis santos inocentes, pastores cheios de fé, reis humildes, Estevão, o discípulo fervoroso, e João, o apóstolo do amor, todos eles seguindo o chamamento do Mestre. Diante deles, na dureza da noite e na cegueira inconcebível, estão os doutores da Lei que, sabendo o tempo e o lugar onde nasceria o Salvador (Mt 2,5), não partiram para Belém e o rei Herodes que queria matar o Senhor da vida. Perante a Criança da manjedoura, os espíritos dividem-se. Ele é o Rei dos reis, o Senhor da vida e da morte; Ele diz «Segue-Me» e quem não é por Ele é contra Ele (Mt 12,30) e também no-lo diz a nós, colocando-nos na situação de escolhermos entre a luz e as trevas.

Quinta-feira, dia 27 de Dezembro de 2012

S. JOÃO, apóstolo e evangelista (Festa)

Santo do dia : São João, Apóstolo e Evangelista
1ª Carta de S. João 1,1-4.
Caríssimos: O que existia desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que contemplámos e as nossas mãos tocaram relativamente ao Verbo da Vida
– de facto, a Vida manifestou-se; nós vimo-la, dela damos testemunho e anunciamo-vos a Vida eterna que estava junto do Pai e que se manifestou a nós –
o que nós vimos e ouvimos, isso vos anunciamos para que também vós estejais em comunhão connosco e nós estamos em comunhão com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo.
Escrevemo-vos isto para que a nossa alegria seja completa.

Livro de Salmos 97(96),1-2.5-6.11-12.
Alegrai-vos, justos, no Senhor.

O Senhor é rei: alegre-se a Terra
e rejubile a multidão das ilhas!
Ele está rodeado de nuvens e escuridão;
a justiça e o direito são a base do seu trono.

Derretem-se os montes como cera
diante do Senhor de toda a Terra.
Os céus proclamam a sua justiça
e todos os povos contemplam a sua glória.

A luz desponta para os justos
e a alegria para os rectos de coração.
Alegrai-vos, justos, no Senhor,
proclamai que o seu nome é santo!

Evangelho segundo S. João 20,2-8.
No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ter com Simão Pedro e com o outro discípulo, o que Jesus Cristo amava, e disse-lhes: «O Senhor foi levado do túmulo e não sabemos onde o puseram.»
Pedro saiu com o outro discípulo e foram ao túmulo.
Corriam os dois juntos, mas o outro discípulo correu mais do que Pedro e chegou primeiro ao túmulo.
Inclinou-se para observar e reparou que os panos de linho estavam espalmados no chão, mas não entrou.
Entretanto, chegou também Simão Pedro que o seguira. Entrou no túmulo e ficou admirado ao ver os panos de linho espalmados no chão
ao passo que o lenço, que estivera em volta da cabeça, não estava espalmado no chão juntamente com os panos de linho, mas de outro modo, enrolado noutra posição.
Então entrou também o outro discípulo, o que tinha chegado primeiro ao túmulo. Viu e começou a crer.

Rupert de Deutz (c. 1075-1130), monge beneditino As obras do Espírito Santo, IV, 10; SC 165
O discípulo que teve «o conhecimento do mistério de Deus: Jesus Cristo, em Quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento» (Col 2,2-3)
De acordo com graça que fez com que Jesus Cristo o amasse e o fez inclinar-se sobre o Seu peito na Última Ceia (cf Jo 13,23), João recebeu com abundância os dons do entendimento e da sabedoria (Is 11,2) – o entendimento para compreender as Escrituras e a sabedoria para escrever os seus próprios livros com arte admirável. Para dizer a verdade, não recebeu este dom no momento em descansou sobre o peito do Senhor, apesar de ter tocado o coração «em que estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento» (Col 2,3). Quando João diz que, ao entrar no túmulo «viu e acreditou» reconhece que «ainda não tinham entendido a Escritura, segundo a qual Jesus Cristo devia ressuscitar dos mortos» (Jo 20,9). Como os outros apóstolos, João recebeu plenamente a sua medida quando o Espírito Santo desceu sobre os apóstolos [no Pentecostes], quando a graça foi dada a cada um «segundo a medida do dom de Cristo» (Ef 4,7). […]
O Senhor Jesus Cristo amou este discípulo mais do que os outros [...] e abriu-lhe os segredos do céu [...] para fazer dele o escrivão do mistério profundo sobre o qual o homem não é capaz de falar só por si mesmo: o mistério do Verbo, da Palavra de Deus, do Verbo que Se fez carne é o fruto desse amor. Mas, mesmo amando-o, não foi a ele que Jesus Cristo disse: «Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a Minha Igreja» (Mt 16,18). [...] Embora amasse todos os Seus discípulos e especialmente Pedro, com um amor espiritual e da alma, Nosso Senhor amou João com um amor do coração. [...] Na ordem do apostolado, Simão Pedro recebeu o primeiro lugar e as «chaves do reino dos céus» (Mt 16,19); João, recebeu outro legado: o Espírito de entendimento, «uma alegria e uma coroa de júbilo» (Sir 15,6).

Sexta-feira, dia 28 de Dezembro de 2012

SANTOS INOCENTES, mártires (Festa)

Santo do dia : Santos Inocentes, mártires, séc. I
1ª Carta de S. João 1,5-10.2,1-2.
Caríssimos: Eis a mensagem que ouvimos de Jesus Cristo e vos anunciamos: Deus é luz e nele não há nenhuma espécie de trevas.
Se dizemos que temos comunhão com Ele, mas caminhamos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade.
Pelo contrário, se caminhamos na luz como Ele que está na luz, então temos comunhão uns com os outros e o sangue do seu Filho Jesus Cristo purifica-nos de todo o pecado.
Se dizemos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos e a verdade não está em nós.
Se confessamos os nossos pecados, Deus é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a iniquidade (= não-equidade).
Se dizemos que não somos pecadores, fazemo-lo mentiroso e a sua palavra não está em nós.
Filhinhos meus, escrevo-vos estas coisas para que não pequeis; mas se alguém pecar, temos junto do Pai um advogado, Jesus Cristo, o Justo,
pois Ele é a vítima que expia os nossos pecados e não somente os nossos, mas também os de todo o mundo.

Livro de Salmos 124(123),2-3.4-5.7b-8.
O Senhor nos liberta daqueles que nos perseguem.

Se o Senhor não estivesse do nosso lado
quando os homens se levantaram contra nós
ter-nos-iam engolido vivos
quando a sua fúria ardia contra nós.

As águas ter-nos-iam submergido,
a torrente teria passado sobre nós.
Teriam passado sobre nós as águas turbulentas.

Rompeu-se o laço e nós libertámo-nos.
O nosso auxílio está no nome do Senhor,
que fez o céu e a Terra.

Evangelho segundo S. Mateus 2,13-18.
Depois de os magos partirem, o anjo do Senhor apareceu em sonhos a José e disse-lhe: «Levanta-te, toma o menino e sua mãe, foge para o Egipto e fica lá até que eu te avise, pois Herodes procurará o menino para O matar.»
E ele levantou-se de noite, tomou o menino e sua mãe e partiu para o Egipto,
permanecendo ali até à morte de Herodes. Assim se cumpriu o que o Senhor anunciou pelo profeta: Do Egipto chamei o meu filho.
Então Herodes, ao ver que tinha sido enganado pelos magos, ficou muito irado e mandou matar todos os meninos de Belém e de todo o seu território, da idade de dois anos para baixo, conforme o tempo que diligentemente tinha inquirido dos magos.
Cumpriu-se então o que o profeta Jeremias dissera:
Ouviu-se uma voz em Ramá, uma lamentação e um grande pranto: É Raquel que chora os seus filhos e não quer ser consolada porque já não existem.

São Gregório de Nissa (c. 335-395), monge, bispo Sermão da Natividade de Cristo; PG 46,1128 ss.
Hoje começa o mistério da Paixão
«Com a notícia do nascimento do Salvador, Herodes perturbou-se e toda a Jerusalém com ele» (Mt 2,3). [...] É o mistério da Paixão que aparecia já na mirra dos Magos; os recém-nascidos foram massacrados sem dó nem piedade. [...] O que significa esta matança de crianças? Por quê ousar crime tão horrendo? «É que, dizem Herodes e os seus conselheiros, um estranho sinal apareceu no céu; um sinal que garantiu aos Magos que chegara outro rei.» Entendes tu, Herodes, o que são estes sinais? [...] Se Jesus Cristo é senhor dos astros, não estará ao abrigo dos teus ataques? Julgas ter poder de vida e de morte, mas não tens nada a temer de criança tão terna. Se Deus O submeteu ao teu poder; por que conspiras contra ele? […]
Mas deixemos o luto, «a queixa amarga de Raquel que chora os seus filhos» porque hoje o Sol de Justiça (Mal 3,20) dissipa as trevas do mal e espalha a Sua luz sobre toda a natureza, Ele que assume a nossa natureza humana. [...] Nesta festa da Natividade «as portas da morte são destruídas, as barras de ferro estão quebradas» (Sl 107,16); agora, «abrem-se as portas da justiça» (Sl 118,19). [...] Já que por um homem, Adão, veio a morte; hoje, por um homem vem a salvação (Rom 5,18). [...] Depois da árvore do pecado está a árvore da bondade, a cruz. [...] Hoje começa o mistério da Paixão.

Sábado, dia 29 de Dezembro de 2012

5º Dia da Oitava do Natal

Santo do dia : S. Tomás Becket, bispo, mártir, +1170
1ª Carta de S. João 2,3-11.
Caríssimos: Nós sabemos que conhecemos Jesus Cristo, se guardamos os seus mandamentos.
Quem diz: «Eu conheço-o», mas não guarda os seus mandamentos é um mentiroso e a verdade não está nele;
ao passo que quem guarda a sua palavra, nesse é que o amor de Deus é verdadeiramente perfeito; por isto reconhecemos que estamos nele.
Quem diz que permanece em Deus também deve caminhar como Ele caminhou.
Caríssimos, não vos escrevo um mandamento novo, mas um mandamento antigo que já tínheis desde o princípio: este mandamento antigo é a palavra que ouvistes.
É, contudo um mandamento novo o que vos escrevo – o que é verdade nele e em vós – pois as trevas passaram e a luz verdadeira já brilha.
Quem diz que está na luz, mas tem ódio a seu irmão, ainda está nas trevas.
Quem ama o seu irmão permanece na luz e não corre perigo de tropeçar.
Mas quem tem ódio ao seu irmão está nas trevas e nas trevas caminha, sem saber para onde vai porque as trevas lhe cegaram os olhos.

Livro de Salmos 96(95),1-2a.2b-3.5b-6.
Alegrem-se os céus, exulte a Terra.

Cantai ao Senhor um cântico novo,
cantai ao Senhor, Terra inteira!
Cantai ao Senhor, bendizei o seu nome.

Anunciai dia a dia a sua salvação
publicai entre as nações a sua glória
em todos os povos, as suas maravilhas.

Foi o Senhor quem criou os céus.
Na sua presença há majestade e esplendor,
no seu santuário há poder e beleza.

Evangelho segundo S. Lucas 2,22-35.
Ao chegarem os dias da purificação, segundo a Lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus Cristo a Jerusalém para O apresentarem ao Senhor,
conforme está escrito na Lei do Senhor: «Todo o primogénito varão será consagrado ao Senhor»
e para oferecerem em sacrifício, como se diz na Lei do Senhor, duas rolas ou duas pombas.
Ora vivia em Jerusalém um homem chamado Simeão; era justo e piedoso e esperava a consolação de Israel. O Espírito Santo estava nele.
Tinha-lhe sido revelado pelo Espírito Santo que não morreria antes de ter visto o Messias do Senhor.
Impelido pelo Espírito, veio ao templo, quando os pais trouxeram o menino Jesus a fim de cumprirem o que ordenava a Lei a seu respeito.
Simeão tomou-o nos braços e bendisse a Deus, dizendo:
«Agora, Senhor, segundo a tua palavra, deixarás ir em paz o teu servo
porque meus olhos viram a Salvação
que ofereceste a todos os povos,
Luz para se revelar às nações e glória de Israel, teu povo.»
Seu pai e sua mãe estavam admirados com o que se dizia dele.
Simeão abençoou-os e disse a Maria, sua mãe: «Este menino está aqui para queda e ressurgimento de muitos em Israel e para ser sinal de contradição;
uma espada trespassará a sua alma. Assim hão-de revelar-se os pensamentos de muitos corações.»

Liturgia bizantina Hino acatista à Mãe de Deus do séc. VII, 9-16
«Simeão abençoou-os»
Sabendo ler os sinais dos astros, os Magos reconheceram nos braços da Virgem o Criador da humanidade e adoraram o Senhor que tomou a condição de servo (Fl 2,7), oferecendo-Lhe as suas prendas e cantando em louvor da Toda Abençoada [o seguinte hino]:

Rejubila, mãe da Luz sem declínio
Rejubila, reflexo da claridade de Deus
Rejubila, ausência total da corrosão da mentira
Rejubila, estandarte que nos mostra a Trindade.

Rejubila porque expulsaste o tirano do seu reino
Rejubila porque nos mostras a Jesus Cristo Senhor, Amigo dos homens (Sb 1,6)
Rejubila porque destronaste os ídolos pagãos
Rejubila porque nos libertaste das nossas obras vazias.

Rejubila, tu que extinguiste o culto do fogo pagão
Rejubila, tu que nos livraste do fogo das paixões
Rejubila, tu que conduzes os crentes até Jesus Cristo, Sabedoria de Deus (1Cor 1,24)
Rejubila, tu que alegras todas as gerações.

Rejubila, Esposa por desposar. [...]

Quando Simeão chegou ao fim da vida, Senhor, apresentaste-Te como bebé de colo a este homem que, reconhecendo em Ti a perfeição da divindade, exclamou, cheio de admiração infinita: «Aleluia, aleluia, aleluia!» […]
Sem deixar de ser Deus nem abandonar as prerrogativas do Alto, o Verbo que nada pode conter tomou a nossa condição humana e veio habitar connosco este mundo, baixando inteiro ao seio de uma Virgem digna de todos os louvores [a quem dizemos]:

Rejubila, templo da imensidão de Deus
Rejubila, pórtico do mistério escondido desde todos os séculos
Rejubila, novidade inacreditável para os descrentes
Rejubila, Boa-Nova para todos os crentes.

Rejubila, carruagem d'Aquele que está sentado sobre os querubins (Sl 80(79),2)
Rejubila, trono d'Aquele que está acima dos serafins (Is 6,2)
Rejubila, ponto de união de todos os contrários
Rejubila, fusão da virgindade e da maternidade.

Rejubila, propiciadora do perdão dos pecados
Rejubila, restauradora do Paraíso
Rejubila, chave do Reino de Jesus Cristo e porta do Céu
Rejubila, esperança dos bens eternos.

Rejubila, Esposa por desposar. [...]

Todos os anjos do céu ficaram abismados com a Tua Incarnação, Senhor, Tu, a Quem os homens nunca dantes haviam visto e que assim Te mostraste a nós, mortais e entre nós permaneceste (Jo 1,14.18). A Ti aclama toda a terra: «Aleluia, aleluia, aleluia!»

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