Domingo, 10 de
Junho de 2018
10º Domingo do Tempo Comum
10º Domingo do Tempo Comum
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Livro de
Génesis 3,9-15.
Depois de Adão ter comido da árvore, o
Senhor Deus chamou-o e disse-lhe: «Onde estás?».
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Ele respondeu: «Ouvi o rumor
dos vossos passos no jardim e, como estava nu, tive medo e escondi-me».
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Disse Deus: «Quem te deu a
conhecer que estavas nu? Terias tu comido dessa árvore, da qual te proibira
comer?».
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Adão respondeu: «A mulher que
me destes por companheira deu-me do fruto da árvore e eu comi».
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O Senhor Deus perguntou à mulher: «Que fizeste?». E a mulher respondeu: «A serpente enganou-me e eu comi».
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Disse então o Senhor Deus à serpente: «Por teres feito semelhante coisa, maldita sejas entre todos os
animais domésticos e todos os animais selvagens. Hás-de rastejar e comer do
pó da terra todos os dias da tua vida.
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Estabelecerei inimizade
entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a descendência dela. Esta há-de
atingir-te na cabeça e tu a atingirás no calcanhar».
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Livro de
Salmos 130(129),1-2.3-4ab.4c-6.7-8.
Do profundo abismo chamo por Vós, Senhor,
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Senhor, escutai a minha voz.
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Estejam os vossos ouvidos atentos
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à voz da minha súplica.
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Se tiverdes em conta as nossas faltas,
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Senhor, quem poderá salvar-se?
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Mas em Vós está o perdão
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para Vos servirmos com reverência.
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Eu confio no Senhor,
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a minha alma espera na sua palavra.
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Eu confio no Senhor,
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a minha alma confia na sua palavra.
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A minha alma espera pelo Senhor,
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mais do que as sentinelas pela aurora.
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Porque no Senhor está a misericórdia
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e com Ele abundante redenção.
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Ele há-de libertar Israel
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de todas as suas faltas.
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2.ª Carta aos
Coríntios 4,13-18.5,1.
Irmãos: Diz a Escritura: «Acreditei; por isso falei». Com este
mesmo espírito de fé, também nós acreditamos e por isso falamos,
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Aquele que ressuscitou o Senhor Jesus Cristo também nos há-de
ressuscitar com Jesus Cristo e nos levará convosco para junto d’Ele.
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Tudo isto é por vossa causa, para que uma graça mais abundante
multiplique as acções de graças de um maior número de cristãos para glória de
Deus.
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Por isso, não desanimamos. Ainda que em nós o homem exterior se vá
arruinando, o homem interior vai-se renovando de dia para dia.
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Porque a ligeira aflição de um momento prepara-nos, para além de toda
e qualquer medida, um peso eterno de glória.
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Não olhamos para as coisas visíveis, olhamos para as invisíveis: as
coisas visíveis são passageiras ao passo que as invisíveis são eternas.
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Bem sabemos que, se esta tenda que é a nossa morada terrestre, for
desfeita, recebemos nos Céus uma habitação eterna que é obra de Deus e não é
feita pela mão dos homens.
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Evangelho
segundo São Marcos 3,20-35.
Naquele tempo, Jesus Cristo chegou a casa
com os seus discípulos. E de novo acorreu tanta gente que eles nem sequer podiam
comer.
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Ao saberem disto, os parentes de Jesus Cristo puseram-se a caminho
para O deter, pois diziam: «Está fora
de Si».
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Os escribas que tinham descido de Jerusalém diziam: «Está possesso de
Belzebu» e ainda: «É pelo chefe dos demónios que Ele expulsa os demónios».
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Mas Jesus Cristo chamou-os e começou a falar-lhes em parábolas: «Como
pode Satanás expulsar Satanás?
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Se um reino estiver dividido contra si mesmo, tal reino não pode
aguentar-se.
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E se uma casa estiver dividida contra si mesma, essa casa não pode
durar.
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Portanto, se Satanás se levanta contra si mesmo e se divide, não pode
subsistir: está perdido.
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Ninguém pode entrar em casa de um homem forte e roubar-lhe os bens sem
primeiro o amarrar: só então poderá saquear a casa.
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Em verdade vos digo: Tudo será perdoado aos filhos dos homens: os
pecados e blasfémias que tiverem proferido;
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mas quem blasfemar contra o Espírito Santo nunca terá perdão: será réu
de pecado para sempre».
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Referia-Se aos que diziam: «Está possesso de um espírito impuro».
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Entretanto, chegaram sua Mãe e seus irmãos que, ficando fora, O
mandaram chamar.
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A multidão estava sentada em volta d’Ele quando Lhe disseram: «Tua Mãe
e teus irmãos estão lá fora à tua procura».
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Mas Jesus Cristo respondeu-lhes: «Quem é minha Mãe e meus irmãos?».
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E olhando para aqueles que estavam à sua volta, disse: «Eis minha Mãe
e meus irmãos.
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Quem fizer a vontade de Deus esse é meu irmão, minha irmã e minha
Mãe».
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Tradução litúrgica da Bíblia
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São João Paulo II
(1920-2005)
Papa Encíclica «Dominum et vivificantem», § 46 (trad. © Libreria Editrice Vaticana, rev.) |
O pecado
contra o Espírito Santo
Por que razão é a blasfémia contra o
Espírito Santo imperdoável? Em que sentido devemos entender esta blasfémia? São Tomás de Aquino responde que se
trata de um pecado «imperdoável por sua própria natureza porque exclui
aqueles elementos, graças aos quais é concedida a remissão dos pecados». De acordo com esta exegese, a blasfémia
não consiste propriamente em ofender o Espírito Santo com palavras; consiste antes
na recusa em aceitar a salvação
que Deus oferece ao homem, mediante o mesmo Espírito Santo que age em virtude
do sacrifício da Cruz. Se o homem rejeita deixar-se «convencer quanto ao
pecado», convicção que provém do Espírito Santo (Jo 16,8) e tem carácter
salvífico, rejeita simultaneamente a «vinda» do Consolador (Jo 16,7), aquela
«vinda» que se efectuou no mistério da Páscoa, em união com o poder redentor
do sangue de Jesus Cristo: o sangue que «purifica a consciência das obras
mortas» (Heb 9,14).
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Sabemos que o fruto desta purificação é a remissão dos pecados. Por
conseguinte, quem rejeita o Espírito e o sangue (1Jo 5,8) permanece nas
«obras mortas», no pecado. E a blasfémia contra o Espírito Santo consiste exactamente
na recusa radical de aceitar esta remissão, de que Ele é o dispensador íntimo
e que pressupõe a conversão verdadeira, por Ele operada na consciência. Se
Jesus Cristo diz que o pecado contra o Espírito Santo não pode ser perdoado
nem nesta vida nem na futura, é porque esta «não-remissão» está ligada, como
à sua causa, à «não-penitência», isto é, à recusa radical a converter-se. [...]
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A blasfémia contra o Espírito Santo é o
pecado cometido pelo homem que reivindica o seu pretenso «direito» de
perseverar no mal — seja ele qual for — e recusa por isso mesmo a redenção. O
homem fica fechado no pecado, tornando impossível, da sua parte, a própria
conversão e também consequentemente a remissão dos pecados que considera não
essencial ou não importante para a sua vida. É uma situação de ruína
espiritual porque a blasfémia contra o Espírito Santo não permite ao homem
sair da prisão em que ele próprio se fechou.
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Segunda-Feira,
11 de Junho de 2018
São Barnabé, apóstolo - memória
São Barnabé, apóstolo - memória
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Livro dos
Actos dos Apóstolos 11,21b-26.13,1-3.
Naqueles dias, foi grande o número dos que
abraçaram a fé e se converteram ao Senhor.
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A notícia chegou aos ouvidos da Igreja de Jerusalém e mandaram Barnabé
a Antioquia.
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Quando este chegou e viu a acção da graça de Deus, encheu-se de
alegria e exortou a todos a que se conservassem fiéis ao Senhor, de coração
sincero;
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era realmente um homem bom e cheio do Espírito Santo e de fé. Assim
uma grande multidão aderiu ao Senhor.
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Então Barnabé foi a Tarso
procurar Saulo
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e, tendo-o encontrado, trouxe-o para Antioquia. Passaram juntos nesta
Igreja um ano inteiro e ensinaram muita gente. Foi em Antioquia que, pela
primeira vez, se deu aos discípulos o nome de «cristãos».
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Na Igreja de Antioquia havia profetas e doutores: Barnabé, Simeão,
chamado o Negro, Lúcio de Cirene, Manaen, irmão colaço do tetrarca Herodes e
Saulo.
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Estando eles a celebrar o culto e a jejuar, disse-lhes o Espírito
Santo: «Separai Barnabé e Saulo para o
trabalho a que os chamei».
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Então depois de terem jejuado e orado, impuseram-lhes as mãos e
deixaram-nos partir.
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Livro de
Salmos 98(97),1.2-3ab.3c-4.5-6.
Cantai ao Senhor um cântico novo
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pelas maravilhas que Ele operou.
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A sua mão e o seu santo braço
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Lhe deram a vitória.
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O Senhor deu a conhecer a salvação,
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revelou aos olhos das nações a sua justiça.
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Recordou-Se da sua bondade e fidelidade
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em favor da casa de Israel.
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Os confins da Terra puderam ver
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a salvação do nosso Deus
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Aclamai o Senhor, Terra inteira,
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exultai de alegria e cantai.
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Cantai ao Senhor ao som da cítara,
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ao som da cítara e da lira;
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ao som da tuba e da trombeta,
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aclamai o Senhor, nosso Rei.
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Evangelho
segundo São Mateus 10,7-13.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus Apóstolos: «Ide e proclamai que está próximo o reino dos Céus.
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Curai os enfermos,
ressuscitai os mortos, sarai os leprosos, expulsai os demónios. Recebestes de
graça, dai de graça».
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Não adquirais ouro, prata ou cobre, para guardardes nas vossas bolsas;
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nem alforge para o caminho nem duas túnicas nem sandálias nem cajado
porque o trabalhador merece o seu
sustento.
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Quando entrardes em alguma cidade ou aldeia, procurai saber de alguém
que seja digno e ficai em sua casa até partirdes daquele lugar.
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Ao entrardes na casa, saudai-a
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e se for digna, desça a vossa paz sobre ela; mas se não for digna,
volte para vós a vossa paz.
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Tradução litúrgica da Bíblia
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São Gregório Magno
(c. 540-604)
Papa, doutor da Igreja Homilias sobre o Evangelho, n.° 30; PL 76, 1220 |
São Barnabé,
apóstolo que proclama que o Reino dos Céus está próximo
«Como
posso amar alguém que não conheço?» […] Se não podemos ver a Deus, temos,
no entanto, outros meios para erguer os olhos do nosso espírito até Ele. Se
não nos é possível vê-l'O em pessoa, podemos, já aqui, vê-l'O nos seus servidores.
Ao observar como eles fazem maravilhas, ficamos certos de que Deus habita
neles. […] Nenhum de nós pode olhar directamente para o sol, fixando-o no
momento em que se levanta em todo o seu brilho porque os nossos olhos, ao
fixarem-se nos seus raios, ficam encandeados. Mas olhamos para as montanhas
iluminadas pelo sol e percebemos que ele se levantou. Do mesmo modo, dado que
não podemos ver o Sol de justiça (Mal 3,20), olhemos para as montanhas que a
sua claridade ilumina, isto é, os santos apóstolos que brilham pelas suas
virtudes, que resplandecem pelos seus milagres. […] Com efeito, a força de
Deus em si mesma é o sol no céu; a força de Deus espalhada pelos homens é o
sol na Terra […].
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A condição para não tropeçarmos no nosso
caminho na Terra é amarmos a Deus e ao nosso próximo com todo o nosso coração
(Mt 22,37ss) […]. Foi por isso que o Espírito foi dado aos discípulos por
duas vezes: primeiro, pelo Senhor que veio à Terra, depois pelo Senhor já no
Céu (Jo 20,22; At 2,2). Foi-nos dado na Terra para amarmos o próximo; no Céu,
para amarmos a Deus […]. Compreendemos assim estas palavras de São João: «Aquele que não ama o seu irmão, a quem
vê, não pode amar a Deus, a quem não vê» (1Jo 4,20). Assim, pois, meus
irmãos, acarinhemos o nosso próximo, amemos quem está perto de nós, para
sermos capazes de amar Aquele que está acima de nós […] e de fruir, em Deus,
de uma alegria perfeita com esse próximo.
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Terça-Feira,
12 de Junho de 2018
Terça-feira da 10.ª semana do Tempo Comum
Terça-feira da 10.ª semana do Tempo Comum
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1.º Livro de Reis 17,7-16.
Naqueles dias, secou a torrente, junto da
qual se tinha refugiado o profeta Elias porque não tinha chovido na região.
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Então o Senhor dirigiu a palavra a Elias, dizendo:
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«Levanta-te, vai a Sarepta de
Sidónia e fica lá porque Eu ordenei a uma viúva que te dê alimento».
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Elias pôs-se a caminho e foi para Sarepta. Ao chegar às portas da
cidade, encontrou uma viúva a apanhar lenha. Chamou-a e disse-lhe: «Por favor, traz-me uma bilha de água para
eu beber».
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Quando ela ia a buscar a água, Elias chamou-a e disse: «Por favor, traz-me também um pedaço de
pão».
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Mas ela respondeu: «Tão certo
como estar vivo o Senhor, teu Deus, eu não tenho pão cozido, mas somente um
punhado de farinha na panela e um pouco de azeite na almotolia. Vim apanhar
dois cavacos de lenha, a fim de preparar esse resto para mim e meu filho.
Depois comeremos e esperaremos a morte».
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Elias disse-lhe: «Não temas;
volta e faz como disseste. Mas primeiro coze um pãozinho e traz-mo aqui.
Depois farás pão para ti e teu filho.
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Porque assim fala o Senhor,
Deus de Israel: "Não se esgotará a panela da farinha, nem se esvaziará a
almotolia do azeite, até ao dia em que o Senhor mandar chuva sobre a face da
terra"».
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A mulher foi e fez como Elias lhe mandara e comeram ele, ela e seu
filho.
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Desde aquele dia, nem a panela da farinha se esgotou nem se esvaziou a
almotolia do azeite, como o Senhor prometera pela boca de Elias.
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Livro de
Salmos 4,2-3.4-5.7-8.
Quando Vos invocar, ouvi-me, ó Deus de
justiça.
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Vós que na tribulação me tendes protegido,
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compadecei-Vos de mim e ouvi a minha súplica.
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Até quando, ó homens, sereis duros de coração?
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Porque amais a vaidade e procurais a mentira?
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Sabei que o Senhor faz maravilhas pelos seus amigos,
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o Senhor me atende quando O invoco.
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Tremei e não pequeis,
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no silêncio dos vossos leitos falai ao vosso coração.
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Muitos dizem: «Quem nos fará felizes?».
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Fazei brilhar sobre nós, Senhor, a luz da vossa presença.
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Dais ao meu coração uma alegria maior
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do que a deles na abundância de trigo e vinho.
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Evangelho
segundo São Mateus 5,13-16.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus
discípulos: «Vós sois o sal da terra.
Mas se ele perder a força, com que há-de salgar-se? Não serve para nada,
senão para ser lançado fora e pisado pelos homens.
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Vós sois a luz do mundo. Não
se pode esconder uma cidade situada sobre um monte
|
nem se acende uma lâmpada
para a colocar debaixo do alqueire, mas sobre o candelabro, onde brilha para
todos os que estão em casa.
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Assim deve brilhar a vossa
luz diante dos homens para que, vendo as vossas boas obras, glorifiquem o
vosso Pai que está nos Céus.
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Tradução litúrgica da Bíblia
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Homilia atribuída a
São Máximo de Turim (?-c. 420)
bispo (Kephas, vol. 1) |
«Vós sois o
sal da terra. [...] Vós sois a luz do mundo»
O Senhor disse aos seus apóstolos: «Vós sois a luz do mundo». Como são
justas as comparações que o Senhor emprega para designar os nossos pais na
fé! Chama-lhes «sal», a eles que
nos ensinam a sabedoria de Deus, e «luz»,
a eles que afastam dos nossos corações a cegueira e as trevas da
incredulidade. Mas é justo que os apóstolos recebam o nome de luz, pois eles
anunciam, na obscuridade do mundo, a claridade do Céu e o esplendor da
eternidade. Não se tornou Pedro uma luz para o mundo inteiro e para todos os
fiéis quando disse ao Senhor: «Tu és
Cristo, o Filho de Deus vivo» (Mt 16,16)? Que maior claridade poderia o
género humano receber do que ficar a saber por Pedro que o Filho de Deus vivo era o criador da
sua luz?
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E São Paulo não é uma luz menor para o
mundo: quando a Terra estava cega pelas trevas da maldade, ele subiu ao Céu
(2Cor 12,2) e, no seu regresso, revelou os mistérios do esplendor eterno. Foi
por isso que não pôde nem esconder-se, qual cidade fundada no alto de uma
montanha, nem deixar que o escondessem, pois Cristo, pela luz da sua
majestade, tinha-o incendiado como candeia cheia do óleo do Espírito Santo.
Por isso, bem-amados, se, renunciando às ilusões deste mundo, queremos
procurar o sabor da sabedoria de Deus, provemos o sal dos apóstolos.
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Quarta-Feira,
13 de Junho de 2018
Santo António de Lisboa, presbítero e doutor - Festa
Santo António de Lisboa, presbítero e doutor - Festa
, São Fandila de Córdova
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Livro de
Eclesiástico 39,8-14.
Aquele que medita na lei do Altíssimo, se
for do agrado do Senhor omnipotente, será cheio do espírito de inteligência.
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Então ele derramará, como chuva, as suas palavras de sabedoria e na sua oração louvará o Senhor.
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Adquirirá a rectidão do julgamento e da ciência e reflectirá nos
mistérios de Deus.
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Fará brilhar a instrução
que recebeu e a sua glória estará na Lei da Aliança do Senhor.
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Muitos louvarão a sua inteligência
que jamais será esquecida.
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Não desaparecerá a sua memória
e o seu nome viverá de geração em
geração.
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As nações proclamarão a sua sabedoria
e a assembleia celebrará os seus louvores.
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Livro de
Salmos 19(18),8-11.
A lei do Senhor é perfeita,
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ela reconforta a alma.
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As ordens do Senhor são firmes
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e dão sabedoria aos simples.
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Os preceitos do Senhor são rectos
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e alegram o coração.
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Os mandamentos do Senhor são claros
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e iluminam os olhos.
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O temor do Senhor é puro
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e permanece eternamente.
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Os juízos do Senhor são verdadeiros,
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todos eles são rectos.
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São mais preciosos do que o ouro,
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o ouro mais fino;
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são mais doces do que o mel,
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o puro mel dos favos.
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Evangelho
segundo São Mateus 5, 13-19.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus
discípulos: «Vós sois o sal da
terra. Mas se ele perder a força, com que há-de salgar-se? Não serve para
nada, senão para ser lançado fora e pisado pelos homens.
|
Vós sois a luz do mundo.
Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte
|
nem se acende uma lâmpada para a colocar debaixo do alqueire, mas
sobre o candelabro, onde brilha
para todos os que estão em casa.
|
Assim deve brilhar a vossa luz diante dos homens para que, vendo as
vossas boas obras, glorifiquem o vosso Pai que está nos Céus.
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Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim revogar, mas
completar.
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Em verdade vos digo: Antes que passem o céu e a Terra, não passará da
Lei a mais pequena letra ou o mais pequeno sinal sem que tudo se cumpra.
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Portanto, se alguém transgredir um só destes mandamentos, por mais
pequenos que sejam e ensinar assim aos homens, será o menor no reino dos
Céus. Mas aquele que os praticar e
ensinar será grande no reino dos
Céus».
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Tradução litúrgica da Bíblia
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Catecismo da Igreja
Católica
§§ 577-581 |
O cumprimento
da Lei
Jesus Cristo fez uma solene advertência no
início do Sermão da Montanha, ao apresentar a Lei dada
por Deus no Monte Sinai, aquando da primeira Aliança, à luz da graça da Nova
Aliança: «Não penseis que vim revogar
a Lei ou os Profetas; não vim revogá-los, mas levá-los à perfeição» (Mt
5,17-19). [...]
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Jesus, o Messias
de Israel e, portanto, o maior no Reino dos céus, fazia questão de cumprir a
Lei, executando-a integralmente até nos mais pequenos preceitos, segundo as
suas próprias palavras. Foi mesmo o único a poder fazê-lo perfeitamente.
[...] O cumprimento perfeito da Lei só podia ser obra do divino Legislador,
nascido sujeito à Lei na pessoa do Filho.
Em Jesus Cristo, a Lei já não aparece gravada em tábuas de pedra, mas «no
íntimo do coração» (Jer 31,33) do Servidor, o qual, proclamando «fielmente o
direito» (Is 42,3), se tornou «a aliança do povo» (Is 42,6). Jesus Cristo cumpriu
a Lei até ao ponto de tomar sobre Si «a maldição da Lei» (Gal 3,13) em que
incorrem «aqueles que não praticam todos os preceitos da Lei» [Gal 3,10)
porque «a morte de Jesus Cristo foi para remir as faltas cometidas durante a
primeira Aliança» (Heb 9,15).
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Jesus Cristo [...] «ensinava como quem tem
autoridade e não como os escribas» (Mt 7,28-29). N'Ele, era a própria Palavra
de Deus que Se fizera ouvir no Monte Sinai para dar a Moisés a Lei escrita, que de novo Se fazia
ouvir sobre a Montanha das
Bem-Aventuranças (Mt 5,1). Esta Palavra de Deus não aboliu a Lei, mas
cumpriu-a, ao fornecer, de modo divino, a sua interpretação última: «Ouvistes
que foi dito aos antigos [...] Eu, porém, digo-vos» (Mt 5,33-34). Com esta
mesma autoridade divina, desaprova certas «tradições humanas» (Mc 7,8) dos
fariseus que «anulam a Palavra de Deus» (Mc 7,13).
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Quinta-Feira,
14 de Junho de 2018
Quinta-feira da 10.ª semana do Tempo Comum
Quinta-feira da 10.ª semana do Tempo Comum
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1.º Livro de Reis 18,41-46.
Naqueles dias, o profeta Elias disse ao rei
Acab: «Sobe, come e bebe porque já ouço o ruído da chuva».
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Enquanto Acab subiu para comer e beber, Elias foi ao cimo do monte
Carmelo, prostrou-se em terra e pôs a cabeça entre os joelhos.
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Depois disse ao seu servo: «Sobe e olha em direcção ao mar». O servo
subiu, olhou e disse: «Não há nada». Elias ordenou-lhe: «Volta sete vezes».
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À sétima vez, o servo exclamou: «Do lado do mar vem subindo uma
nuvenzinha, tão pequena como a palma da mão». Elias ordenou-lhe: «Vai dizer a
Acab: "Manda atrelar os cavalos e desce para que a chuva te não
detenha"».
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Num instante o céu se cobriu de nuvens, soprou o vento e caiu uma
forte chuvada. Acab subiu para o carro e seguiu para Jezrael.
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A mão do Senhor veio sobre Elias; ele prendeu as vestes à cintura e
correu diante de Acab, até à entrada de Jezrael.
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Livro de
Salmos 65(64),10abcd.10e-11.12-13.
Cuidaste da terra e tornaste-a fértil,
cumulando-a de riquezas. Enches, a transbordar, os rios caudalosos e fazes
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Assim preparais a terra;
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regais os seus sulcos e aplanais as leivas,
|
Vós a inundais de chuva
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e abençoais as sementes.
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Coroastes o ano com os vossos benefícios,
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por onde passastes brotou a abundância.
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Vicejam as pastagens do deserto
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e os outeiros vestem-se de festa.
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Evangelho
segundo São Mateus 5,20-26.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus
discípulos: «Se a vossa justiça não superar a dos escribas e fariseus, não
entrareis no reino dos Céus.
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Ouvistes o que foi dito aos antigos: "Não matarás; quem matar será submetido a julgamento".
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Eu, porém, digo-vos: Todo aquele que se irar contra o seu irmão será
submetido a julgamento. Quem chamar imbecil a seu irmão será submetido ao
Sinédrio e quem lhe chamar louco será submetido à geena de fogo.
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Portanto, se fores apresentar a tua oferta ao altar e ali te
recordares que o teu irmão tem alguma coisa contra ti,
|
deixa lá a tua oferta diante do altar, vai primeiro reconciliar-te com
o teu irmão e vem depois apresentar a tua oferta.
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Reconcilia-te com o teu adversário, enquanto vais com ele a caminho,
não seja caso que te entregue ao juiz, o juiz ao guarda e sejas metido na
prisão.
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Em verdade te digo: Não sairás de lá, enquanto não pagares o último
centavo».
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Tradução litúrgica da Bíblia
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São João Crisóstomo
(c. 345-407)
presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja Homilias sobre a 1.ª carta aos Coríntios, n.º 27 |
«Vai primeiro
reconciliar-te com o teu irmão»
A Igreja não existe para estarmos
divididos, mas para que as nossas divisões acabem; é esse o sentido da
assembleia. Assim, pois, se vimos à eucaristia,
não pratiquemos nenhuma acção que contradiga a eucaristia, não façamos sofrer
o nosso irmão. Se vindes agradecer
pelos bens recebidos, não vos separeis do vosso próximo.
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Jesus Cristo oferece o seu corpo a todos
sem distinção quando diz «Tomei e
comei dele todos» e vós fazeis selecção dos que admitis à vossa mesa?
[...] Estais a fazer memória de Jesus Cristo e desdenhais o pobre? [...] Se
tomais parte neste banquete divino, deveis ser compassivos. Bebestes o sangue
de Jesus Cristo e não reconheceis o vosso irmão? Ainda que o não tenhais
reconhecido até agora, deveis reconhecê-lo a esta mesa. Temos de estar todos
na Igreja como numa casa comum, pois formamos um só corpo, temos um mesmo baptismo,
uma só mesa, uma mesma fonte e um só Pai (cf Ef 4,5; 1Cor 10,17).
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Sexta-Feira,
15 de Junho de 2018
Sexta-feira da 10.ª semana do Tempo Comum
Sexta-feira da 10.ª semana do Tempo Comum
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1.º Livro de Reis 19,9a.11-16.
Naqueles dias, o profeta Elias chegou ao
monte de Deus, o Horeb e passou a noite numa gruta. O Senhor dirigiu-lhe a
palavra,
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dizendo: «Sai e permanece no
monte à espera do Senhor». Então o Senhor passou. Diante d’Ele, uma forte
rajada de vento fendia as montanhas e quebrava os rochedos; mas o Senhor não
estava no vento. Depois do vento, sentiu-se um terramoto; mas o Senhor não
estava no terramoto.
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Depois do terramoto, acendeu-se um fogo; mas o Senhor não estava no
fogo. Depois do fogo, ouviu-se uma ligeira
brisa.
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Quando a ouviu, Elias cobriu o rosto com o manto, saiu e ficou à
entrada da gruta. Ouviu então uma voz que lhe dizia: «Que fazes tu aqui,
Elias?».
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Ele respondeu: «Ardo em zelo por Vós, Senhor, Deus do Universo, porque
os filhos de Israel abandonaram a vossa aliança, derrubaram os vossos altares
e mataram à espada os vossos profetas. Fiquei eu só, mas procuram tirar-me a
vida».
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Disse-lhe o Senhor: «Vai pelo caminho do deserto e regressa a Damasco.
Chegando lá, ungirás Hazael como rei de Aram;
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depois, Jeú, filho de Namsi, como rei de Israel e Eliseu, filho de
Safat, de Abel-Meola, como profeta em teu lugar».
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Livro de
Salmos 27(26),7-8ab.8c-9abc.13-14.
Ouvi, Senhor, a voz da minha súplica,
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tende compaixão de mim e atendei-me.
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Diz-me o coração: «Procurai a
sua presença».
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A vossa presença, Senhor, eu procuro.
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Não escondais de mim a vossa presença
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nem afasteis com ira o vosso servidor.
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Não me rejeiteis nem me abandoneis,
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meu Deus e meu Salvador.
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Espero vir a contemplar a bondade do Senhor
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na terra dos vivos.
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Confia no Senhor, sê forte.
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Tem coragem e confia no Senhor.
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Evangelho
segundo São Mateus 5,27-32.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus
discípulos: Ouvistes o que foi dito aos antigos: "Não cometerás adultério".
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Eu, porém, digo-vos: Todo aquele que olhar para uma mulher com maus
desejos já cometeu adultério com ela no seu coração.
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Se o teu olho direito é para ti ocasião de pecado, arranca-o e lança-o
para longe de ti, pois é melhor perder-se um só dos teus olhos do que todo o
corpo ser lançado na geena.
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E se a tua mão direita é para ti ocasião de pecado, corta-a e lança-a
para longe de ti, porque é melhor que se perca um só dos teus membros do que
todo o corpo ser lançado na geena.
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Também foi dito: "Quem repudiar sua mulher dê-lhe certidão de
repúdio".
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Eu, porém, digo-vos: Todo aquele que repudiar sua mulher, salvo em
caso de união ilegítima, expõe-na ao adultério. E quem se casar com uma
repudiada comete adultério. (A Bíblia também diz que o nosso corpo que vemos
é templo de Deus e de muitos seres para nos mantermos capazes. Tudo o que se
faz de mal a qualquer parte do nosso corpo fazemos também aos seres que nos
habitam para podermos actuar e isso é crime.)
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Tradução litúrgica da Bíblia
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Beato Paulo VI
(1897-1978)
Papa de 1963 a 1978 Encíclica «Humanae vitae», 8-9 |
«Deus criou o
homem à sua imagem, criou-o à imagem de Deus; Ele os criou homem e mulher» (Gn
1, 27)
O amor conjugal exprime a sua verdadeira
natureza e nobreza quando se considera a sua fonte suprema, Deus, que é Amor.
[...] O matrimónio não é, portanto, fruto do acaso ou produto de forças
naturais inconscientes: é uma instituição sapiente do Criador para realizar
na humanidade o seu desígnio de amor. Mediante a doação pessoal recíproca,
[...] os esposos tendem para a comunhão do seu ser, com vista a um
aperfeiçoamento mútuo pessoal, para colaborarem com Deus na geração e educação
de novas vidas. Depois, para os baptizados, o matrimónio revela a dignidade
de sinal sacramental da graça, enquanto representa a união de Jesus Cristo
com a Igreja (Ef 5,32).
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A esta luz, aparecem-nos claramente as
notas características do amor conjugal. [...] É, antes de mais, um amor
plenamente humano, quer dizer, ao mesmo tempo espiritual e sensível. Não é,
portanto, um simples ímpeto do instinto ou do sentimento; mas é também, e
principalmente, um acto da vontade livre, destinado a manter-se e a crescer,
mediante as alegrias e as dores da vida quotidiana, de tal modo que os
esposos se tornem um só coração e uma só alma e alcancem a sua perfeição
humana.
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É, depois, um amor total, quer dizer, uma
forma muito especial de amizade pessoal, em que os esposos generosamente
compartilham todas as coisas, sem reservas indevidas e sem cálculos egoístas.
Quem ama verdadeiramente o próprio consorte não o ama somente por aquilo que
dele recebe, mas por ele mesmo, sentindo-se feliz por poder enriquecê-lo com
o dom de si próprio.
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É ainda um amor fiel e exclusivo até à
morte. Assim o concebem, efetivamente o esposo e a esposa no dia em que
assumem, livremente e com plena consciência, o compromisso do vínculo
matrimonial. [...] É finalmente um amor fecundo, que não se esgota na
comunhão entre os cônjuges, mas que está destinado a continuar-se, suscitando
novas vidas.
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Sábado, 16 de
Junho de 2018
Sábado da 10.ª semana do Tempo Comum
Sábado da 10.ª semana do Tempo Comum
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1º Livro de Reis 19,19-21.
Naqueles dias, o profeta Elias pôs-se a
caminho e encontrou Eliseu, filho de Safat, que andava a lavrar com doze
juntas de bois e guiava a décima segunda. Elias passou junto dele e lançou
sobre ele a sua capa.
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Então Eliseu abandonou os bois, correu atrás de Elias e disse-lhe:
«Deixa-me ir abraçar meu pai e minha mãe; depois irei contigo». Elias
respondeu: «Vai e volta porque eu já fiz o que devia».
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Eliseu afastou-se, tomou uma junta de bois e matou-a; com a madeira do
arado assou a carne que deu a comer à sua gente. Depois levantou-se e seguiu
Elias, ficando ao seu serviço.
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Livro de
Salmos 16(15),1-2a.5.7-8.9-10.
Defendei-me, Senhor; Vós sois o meu refúgio.
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Digo ao Senhor: Vós sois o meu Deus.
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Senhor, porção da minha herança e do meu cálice,
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está nas vossas mãos o meu destino.
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Bendigo o Senhor por me ter aconselhado,
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até de noite me inspira interiormente.
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O Senhor está sempre na minha presença,
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com Ele a meu lado não vacilarei.
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Por isso o meu coração se alegra e a minha alma exulta
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e até o meu corpo descansa tranquilo.
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Vós não abandonareis a minha alma
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na mansão dos mortos
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nem deixareis o vosso fiel conhecer a corrupção.
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Evangelho
segundo São Mateus 5, 33-37.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus
discípulos: «Ouvistes que foi dito aos antigos: "Não faltarás ao que
tiveres jurado, mas cumprirás diante do Senhor o que juraste".
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Eu, porém, digo-vos que não jureis em caso algum: nem pelo Céu, que é
o trono de Deus
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nem pela Terra, que é o escabelo dos seus pés nem por Jerusalém que é
a cidade do grande Rei.
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Também não jures pela tua cabeça porque não podes fazer branco ou
preto um só cabelo.
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A vossa linguagem deve ser: "Sim,
sim; não, não". O que passa disto vem do Maligno».
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Tradução litúrgica da Bíblia
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Doroteu de Gaza (c. 500-?)
monge na Palestina «Instruções», n.° 1, 6-8; SC 92 |
A Lei Nova
A Lei diz: «Olho por olho, dente por dente»
(Ex 21,24). Mas o Senhor exorta-nos, não somente a recebermos a bofetada
daquele que nos bate, mas ainda a
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apresentarmos-lhe humildemente a outra face
(Mt 5,38-39). É que o objectivo da Lei era ensinar-nos a não fazer o que não
queremos suportar; ela impedia-nos de fazer o mal pelo medo de o sofrer. Mas
o que agora nos é pedido, repito-o, é que rejeitemos o ódio, o amor ao
prazer, o gosto pela glória e as outras paixões.
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Numa palavra, a intenção de Jesus Cristo,
nosso mestre, é precisamente ensinar-nos como fomos levados a cometer todos
esses pecados e como caímos em todos esses dias maus. Portanto, Ele começou
por nos libertar pelo santo baptismo, concedendo-nos a remissão dos pecados;
depois, deu-nos o poder de fazer o bem, se quisermos e de não voltarmos a ser
conduzidos, como que à força, para o mal.=
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