sábado, 27 de maio de 2017

Cristianismo 209 até 27-05-2017


"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68

Domingo, dia 21 de Maio de 2017

6.º Domingo da Páscoa

Naqueles dias, Filipe desceu a uma cidade da Samaria e começou a pregar o Messias (= o Filho) àquela gente.
As multidões aderiam unanimemente às palavras de Filipe, ao ouvi-las e ao ver os milagres que fazia.
De muitos possessos saíam espíritos impuros, soltando enormes gritos e numerosos paralíticos e coxos foram curados.
E houve muita alegria naquela cidade.
Quando os Apóstolos que estavam em Jerusalém ouviram dizer que a Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram-lhes Pedro e João.
Quando chegaram lá, rezaram pelos samaritanos, para que recebessem o Espírito Santo
que ainda não tinha descido sobre eles: só estavam baptizados em nome do Senhor Jesus.
Então impunham-lhes as mãos e eles recebiam o Espírito Santo.

Livro de Salmos 66(65),1-3a.4-5.6-7a.16.20.
Aclamai a Deus, Terra inteira,
cantai a glória do seu nome,
celebrai os seus louvores,
dizei a Deus: «Maravilhosas são as vossas obras».

«A Terra inteira Vos adore e celebre,
entoe hinos ao vosso nome».
Vinde contemplar as obras de Deus,
admirável na sua acção pelos homens.

Mudou o mar em terra firme,
atravessaram o rio a pé enxuto.
Alegremo-nos n’Ele:
domina eternamente com o seu poder.

Todos os que adorais a Deus, vinde e ouvi,
vou narrar-vos quanto Ele fez por mim.
Bendito seja Deus que não rejeitou a minha prece
nem me retirou a sua misericórdia.

1.ª Carta de S. Pedro 3,15-18.
Caríssimos: Venerai Jesus Cristo Senhor em vossos corações, prontos sempre a responder, a quem quer que seja, sobre a razão da vossa esperança.
Mas seja com brandura e respeito, conservando uma boa consciência, para que, naquilo mesmo em que fordes caluniados, sejam confundidos os que dizem mal do vosso bom procedimento em Jesus Cristo.
Mais vale padecer por fazer o bem, se for essa a vontade de Deus, do que por fazer o mal.
Na verdade, Jesus Cristo morreu uma só vez pelos nossos pecados – o Justo pelos injustos – para nos conduzir a Deus. Morreu segundo a carne, mas voltou à vida pelo Espírito.

Evangelho segundo S. João 14,15-21.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Se Me amardes, guardareis os meus mandamentos.
E Eu pedirei ao Pai que vos dará outro Paráclito (= Defensor), para estar sempre convosco:
Ele é o Espírito da Verdade que o mundo não pode receber porque não O vê nem O conhece, mas que vós conheceis porque habita convosco e está em vós.
Não vos deixarei órfãos: voltarei para junto de vós.
Daqui a pouco o mundo já não Me verá, mas vós ver-Me-eis (quando se vê o divino de olhos abertos, acordados, é APARIÇÃO; quando adormecidos, se vê o divino é VISÃO) porque Eu vivo e vós vivereis.
Nesse dia reconhecereis que Eu estou no Pai e que vós estais em Mim e Eu em vós.
Se alguém aceita os meus mandamentos e os cumpre, esse realmente Me ama. E quem Me ama será amado por meu Pai e Eu amá-lo-ei e manifestar-Me-ei a ele».
Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
Liturgia latina
Sequência do Espírito Santo
«Ele vos dará outro Paráclito, para estar sempre convosco»
Vinde, ó Espírito Santo,
vinde, amor ardente,
acendei na Terra
vossa luz fulgente.

Vinde, pai dos pobres,
na dor e aflições,
vinde encher de gozo
nossos corações.

Benfeitor supremo,
em todo o momento
habitando em nós
sois o nosso alento.

Descanso na luta
e na paz encanto,
no calor sois brisa,
conforto no pranto.

Luz de santidade,
que no céu ardeis,
abrasai as almas
dos vossos fiéis.

Sem a vossa força
e favor clemente,
nada há no homem
que seja inocente.

Lavai nossas manchas,
a aridez regai,
sarai os enfermos
e a todos salvai.

Abrandai durezas
para os caminhantes,
animai os tristes,
guiai os errantes.

Vossos sete dons
concedei à alma (e pessoa celeste, pessoa espiritual, pessoa natural)
do que em Vós confia:

virtude na vida,
amparo na morte,
no Céu alegria.


Segunda-feira, dia 22 de Maio de 2017

Segunda-feira da 6.ª semana da Páscoa

Naqueles dias, deixámos Tróade e navegámos directamente para Samotrácia. No dia seguinte, fomos para Neápoles
e de lá para Filipos, cidade principal daquela região da Macedónia e colónia romana. Estivemos nesta cidade durante alguns dias.
No sábado, saímos pelas portas da cidade, em direcção à margem do rio, onde julgávamos que havia um lugar de oração. Sentámo-nos e começámos a falar às mulheres ali reunidas.
Uma delas, chamada Lídia, escutava-nos com atenção; era negociante de púrpura, natural da cidade de Tiatira e adorava o verdadeiro Deus. O Senhor abriu-lhe o coração para aderir ao que Paulo dizia.
Quando recebeu o Baptismo, juntamente com toda a sua família, fez-nos este pedido: «Se me considerais fiel ao Senhor, vinde hospedar-vos em minha casa». E obrigou-nos a aceitar.

Livro de Salmos 149(148),1-2.3-4.5-6a.9b.
Cantai ao Senhor um cântico novo,
cantai ao Senhor na assembleia dos santos.
Alegre-se Israel em seu Criador,

rejubilem os filhos de Sião em seu Rei.
Louvem o seu nome com danças,
cantem ao som do tímpano e da cítara

porque o Senhor ama o seu povo,
coroa os humildes com a vitória.
Exultem de alegria os fiéis,
cantem jubilosos em suas casas;

em sua boca os louvores de Deus.
Esta é a glória de todos os seus fiéis.

Evangelho segundo S. João 15,26-27.16,1-4a.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Quando vier o Paráclito que Eu vos enviarei de junto do Pai, o Espírito da Verdade que procede do Pai, Ele dará testemunho de Mim.
E vós também dareis testemunho porque estais comigo desde o princípio.
Disse-vos estas palavras para não sucumbirdes.
Hão-de expulsar-vos das sinagogas e mais ainda, aproxima-se a hora em que todo aquele que vos matar julgará que presta culto a Deus.
Procederão assim por não terem conhecido o Pai nem Me terem conhecido a Mim.
Mas Eu disse-vos isto para que, ao chegar a hora, vos lembreis de que vo-lo tinha dito».

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
Santo António de Lisboa (c. 1195-1231), franciscano, doutor da Igreja
Sermões para o Domingo e para as festas dos santos
«O Espírito da Verdade [...] dará testemunho de Mim»
O Espírito Santo é «um rio de fogo» (Dn 7,10), um fogo divino. Tal como o fogo actua sobre o ferro também este fogo divino actua nos corações maculados, frios e duros. Em contacto com tal fogo, a alma perde, pouco a pouco, a sua negrura, a frieza e a dureza, transformando-se por completo à semelhança do fogo que a inflama. Porque se o Espírito é dado ao homem, se lhe é insuflado, é para o transformar à sua semelhança, tanto quanto for possível. Sob a acção do fogo divino, o homem purifica-se, inflama-se, liquefaz-se, alcança o amor de Deus, como diz o apóstolo Paulo : «o amor de Deus foi derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado» (Rom 5,5).

Terça-feira, dia 23 de Maio de 2017

Terça-feira da 6.ª semana da Páscoa

Naqueles dias, a multidão dos habitantes de Filipos amotinou-se contra Paulo e Silas e os magistrados mandaram que lhes arrancassem as vestes e os açoitassem.
Depois de lhes terem dado muitas vergastadas, meteram-nos na cadeia e ordenaram ao carcereiro que os guardasse cuidadosamente.
Ao receber semelhante ordem, o carcereiro lançou-os no calaboiço interior e prendeu-lhes os pés no cepo.
Por volta da meia-noite, Paulo e Silas, em oração, entoavam louvores a Deus e os outros presos escutavam-nos.
De repente, sentiu-se um tremor de terra tão grande que abalou os alicerces da prisão. Todas as portas se abriram e soltaram-se as cadeias de todos os presos.
O carcereiro acordou e, ao ver abertas as portas da prisão, puxou da espada e queria suicidar-se, julgando que os presos se tinham evadido.
Mas Paulo bradou com voz forte: «Não faças nenhum mal a ti mesmo, pois nós estamos todos aqui».
O carcereiro pediu uma luz, correu para dentro e lançou-se, a tremer, aos pés de Paulo e Silas.
Depois trouxe-os para fora e perguntou-lhes: «Senhores, que devo fazer para ser salvo?»
Eles responderam-lhe: «Acredita no Senhor Jesus e serás salvo, tu e a tua família».
E anunciaram-lhe a palavra do Senhor, bem como a todos os que viviam em sua casa.
O carcereiro, àquela hora da noite, tomou-os consigo, lavou-lhes as feridas e logo recebeu o Baptismo, juntamente com todos os seus.
Depois mandou-os subir para sua casa, pôs-lhes a mesa e alegrou-se com toda a sua família por ter acreditado em Deus.

Livro de Salmos 138(137),1-2a.2bc-3.7c-8.
De todo o coração, Senhor, eu Vos agradeço
porque ouvistes as palavras da minha boca.
Na presença dos Anjos hei-de cantar-Vos
e Vos adorarei, voltado para o vosso templo santo.

Hei-de louvar o vosso nome pela vossa bondade e fidelidade
porque exaltastes acima de tudo o vosso nome e a vossa promessa.
Quando Vos invoquei me respondestes,
aumentastes a fortaleza da minha alma.

A vossa mão direita me salvará,
o Senhor completará o que em meu auxílio começou.
Senhor, a vossa bondade é eterna,
não abandoneis a obra das vossas mãos.

Evangelho segundo S. João 16,5-11.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Agora vou para Aquele que Me enviou e nenhum de vós Me pergunta: ‘Para onde vais?’.
Mas por Eu vos ter dito estas coisas, o vosso coração encheu-se de tristeza.
No entanto, Eu digo-vos a verdade: É do vosso interesse que Eu vá. Se Eu não for, o Paráclito não virá a vós; mas se Eu for, Eu vo-l’O enviarei.
Quando Ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do julgamento:
do pecado porque não acreditam em Mim;
da justiça porque vou para o Pai e não Me vereis mais;
do julgamento porque o príncipe deste mundo já está condenado» (porque condenou um inocente).

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
São Cirilo de Jerusalém (313-350), bispo de Jerusalém, doutor da Igreja
Catequese baptismal n.° 16 (trad. breviário)
«É o Espírito que vivifica» (2Cor 3,6)
«A água que Eu lhe der tornar-se-á nele uma nascente de água a jorrar para a vida eterna» (Jo 4,14). É uma água completamente nova, viva que jorra para aqueles que são dignos dela. Por que razão é o dom do Espírito apelidado de «água»? Porque a água está na base de tudo; porque a água produz a vegetação e a vida; porque a água desce do céu sob a forma de chuva; porque, caindo sob uma única forma, ela actua de maneira multiforme. [...] Ela é uma coisa na palmeira e outra na vinha, mas dá-se inteiramente a todos. Tem apenas uma maneira de ser e não é diferente de si mesma. A chuva não se transforma quando cai aqui ou ali, mas, ao adaptar-se à constituição dos seres que a recebem, produz em cada um deles aquilo que lhe convém.
O Espírito Santo actua assim: apesar de ser único, simples e indivisível, «Ele distribui os seus dons a cada um conforme entende» (1Cor 1211). Da mesma maneira que a lenha seca, associada à água, produz rebentos, a alma que vivia no pecado, mas que a penitência torna capaz de receber o Espírito Santo, produz frutos de justiça. Embora o Espírito seja simples, é Ele que, por ordem de Deus e em nome de Jesus Cristo, anima numerosas virtudes.
Ele utiliza a língua deste ao serviço da sabedoria; ilumina pela profecia a alma daquele; dá a um terceiro o poder de expulsar os demónios; dá a outro ainda o de interpretar as divinas Escrituras. Fortifica a castidade de um, ensina a outro a arte da esmola, ensina àqueloutro o jejum e a ascese, a um quarto ensina a desprezar os interesses do corpo, prepara outro ainda para o martírio. Diferente nos diferentes homens, Ele não é diferente de Si mesmo, tal como está escrito: «Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um para proveito comum» (1Cor 12,7).

 

Quarta-feira, dia 24 de Maio de 2017

Quarta-feira da 6.ª semana da Páscoa

Santo do dia : Santa Joana Antida Thouret, virgem, +1826

Livro dos Actos dos Apóstolos 17,15.22-34.18,1.
Naqueles dias, os que acompanhavam Paulo levaram-no a Atenas e voltaram em seguida, encarregados de transmitirem a Silas e a Timóteo a ordem de irem ter com Paulo o mais depressa possível.
Um dia, Paulo, de pé no meio do Areópago, disse: «Atenienses, vejo que sois em tudo extremamente religiosos.
Na verdade, quando eu andava percorrendo a vossa cidade e observando os vossos monumentos sagrados, encontrei até um altar com a inscrição: ‘Ao Deus desconhecido’. Pois bem: Aquele que venerais sem O conhecer, é esse que eu vos anuncio.
O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe é o Senhor do céu e da Terra. Não habita em templos feitos por mãos humanas
nem é servido pelas mãos dos homens, como se tivesse necessidade de alguma coisa. É Ele que a todos dá a vida, a respiração e tudo o mais.
Criou de um só homem todo o género humano para habitar sobre a superfície da Terra e fixou períodos determinados e os limites da sua habitação,
para que os homens procurassem a Deus e se esforçassem realmente para O atingir e encontrar. Na verdade, Ele não está longe de cada um de nós.
É n’Ele que vivemos, nos movemos e existimos, como disseram alguns dos vossos poetas: ‘Somos da raça de Deus’.
Se nós somos da raça de Deus, não devemos pensar que a divindade é semelhante ao ouro, à prata ou à pedra, trabalhados pela arte e engenho do homem.
Sem olhar a estes tempos de ignorância, Deus fez saber agora aos homens que todos e em toda a parte se devem arrepender;
pois Ele fixou um dia em que há-de julgar o universo com justiça por meio de um homem que escolheu e deu a todos motivo de crédito, ressuscitando-O de entre os mortos».
Ao ouvirem falar da ressurreição dos mortos (dos vivos, digo eu; só se dá a ressurreição para a alma, pessoa celeste, pessoa espiritual, pessoa natural que durante aqueles três dias e, após o julgamento não lhes foi encontrado actos de morte, destruição, … e por isso não são destruídos; permanecem vivos e ressuscitam para os lugares que lhes são adequados), alguns zombavam, mas outros disseram: «Havemos de te ouvir falar disto ainda outra vez».
Foi assim que Paulo saiu do meio deles.
No entanto, alguns homens juntaram-se a Paulo e abraçaram a fé: entre eles, Dionísio, o Areopagita, e também uma mulher chamada Dâmaris, e outros com eles.
Depois disto, Paulo saiu de Atenas e foi para Corinto.

Livro de Salmos 148(147),1-2.11-12ab.12c-14a.14bcd.
Louvai o Senhor do alto dos céus,
louvai-O nas alturas,
Todos os seus anjos louvai-O,
exércitos celestes louvai-O,
sol e lua louvai-O,
estrelas luminosas louvai-O.

Reis e povos do mundo,
príncipes e todos os juízes da Terra,
jovens e donzelas,
velhos e crianças
e as crianças! 
Louvem todos o nome do Senhor

porque o seu nome é sublime,
a sua majestade está acima do céu e da Terra.
Exaltou a força do seu povo:
louvem-n’O todos os seus fiéis,
os filhos de Israel,
seu povo eleito.

Evangelho segundo S. João 16,12-15.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Tenho ainda muitas coisas para vos dizer, mas não as podeis compreender agora.
Quando vier o Espírito da Verdade, Ele vos guiará para a verdade plena porque não falará de Si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará o que há-de vir.
Ele Me glorificará porque receberá do que é meu e vos há-de anunciá-lo.
Tudo o que o Pai tem é meu. Por isso vos disse que Ele receberá do que é meu e vos há-de anunciá-lo».

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
São Gregório de Nazianzo (330-390), bispo, doutor da Igreja
Discurso 31, 5.ª teológica, 25-27; PG 36, 159
«Quando vier o Espírito da Verdade, Ele vos guiará para a verdade plena»
Ao longo dos tempos, duas grandes revoluções abalaram a Terra; são elas os dois Testamentos. Com uma, os homens passaram da idolatria à Lei; com a outra, passaram da Lei ao Evangelho. Um terceiro acontecimento fora previsto: aquele que nos há-de fazer subir às alturas, onde já não haverá movimento nem agitação. Ora, aqueles dois Testamentos apresentaram o mesmo carácter [...]: não transformaram tudo de forma repentina, desde o primeiro impulso do seu movimento [...]. Assim foi para não nos violentar, mas nos persuadir. Porque o que é imposto pela força não perdura no tempo [...].
O Antigo Testamento manifestou o Pai de forma clara, de forma obscura o Filho. O Novo Testamento revelou o Filho e insinuou a divindade do Espírito. Hoje, o Espírito vive entre nós e dá-Se a conhecer mais claramente. Teria sido arriscado, num tempo em que a divindade do Pai não estava ainda reconhecida, pregar abertamente o Filho ou, enquanto a divindade do Filho não estivesse admitida, impor [...] o Santo Espírito. Pois tal como quem traz o estômago demasiado cheio ou como quem, com olhos ainda fracos, fixa de frente o sol, os crentes poderiam perder aquilo para que tinham forças. O esplendor da Trindade haveria, portanto, de resplandecer por sucessivos desenvolvimentos ou, como diz David, por graduais peregrinações (Sl 83,6) e por uma progressão de glória em glória [...].
Acrescentarei ainda esta consideração: o Salvador sabia certas coisas que estimava não poderem estar ao alcance dos discípulos, apesar de todos os ensinamentos que estes já tinham recebido. Pelas razões acima ditas, Ele mantinha essas coisas guardadas. E repetia-lhes que o Espírito, quando viesse, tudo haveria de lhes ensinar.


Quinta-feira, dia 25 de Maio de 2017

Quinta-feira da 6.ª semana da Páscoa

Naqueles dias, Paulo saiu de Atenas e foi para Corinto.
Encontrou lá um judeu chamado Áquila, natural do Ponto, recentemente chegado de Itália, com Priscila, sua esposa porque o imperador Cláudio tinha decretado que todos os judeus saíssem de Roma. Paulo juntou-se a eles
e, como era da mesma profissão, fabricante de tendas, ficou em sua casa para trabalharem juntos.
Todos os sábados, Paulo falava na sinagoga, procurando convencer tanto judeus como gregos.
Quando Silas e Timóteo chegaram da Macedónia, Paulo consagrou-se totalmente à pregação, afirmando aos judeus que Jesus era o Messias.
Mas perante a oposição e blasfémias deles, sacudiu as vestes e declarou-lhes: «O vosso sangue recaia sobre as vossas cabeças. Eu não sou responsável por isso. A partir de agora, vou dirigir-me aos gentios».
Saiu dali e foi para casa de Tício Justo, homem que adorava a Deus e morava junto da sinagoga.
Entretanto, Crispo, chefe da sinagoga, acreditou no Senhor, ele e a sua família, e muitos coríntios que ouviam a palavra de Paulo abraçavam também a fé e recebiam o Baptismo.

Livro de Salmos 98(97),1-4.
Cantai ao Senhor um cântico novo
pelas maravilhas que Ele operou.
A sua mão e o seu santo braço
Lhe deram a vitória.

O Senhor deu a conhecer a salvação,
revelou aos olhos das nações a sua justiça.
Recordou-Se da sua bondade e fidelidade,
em favor da casa de Israel.

Os confins da Terra puderam ver
a salvação do nosso Deus.
Aclamai o Senhor, Terra inteira,
exultai de alegria e cantai.

Evangelho segundo S. João 16,16-20.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Daqui a pouco já não Me vereis e pouco depois voltareis a ver-Me».
Alguns discípulos disseram entre si: «Que significa isto que nos diz: ‘Daqui a pouco já não Me vereis e pouco depois voltareis a ver-Me’ e ainda: ‘Eu vou para o Pai’?».
E perguntavam: «Que é esse pouco tempo de que Ele fala? Não sabemos o que está a dizer».
Jesus Cristo percebeu que O queriam interrogar e disse-lhes: «Procurais entre vós compreender as minhas palavras: ‘Daqui a pouco já não Me vereis e pouco depois voltareis a ver-Me’.
Em verdade, em verdade vos digo: Chorareis e lamentar-vos-eis, enquanto o mundo se alegrará. Estareis tristes, mas a vossa tristeza converter-se-á em alegria».

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
Beato John Henry Newman (1801-1890), teólogo, fundador do Oratório em Inglaterra
Conferências sobre a Justificação, n.º 9, 9
«A vossa vida está escondida com Jesus Cristo em Deus» (Col 3,3)
Jesus Cristo que prometera tornar todos os seus discípulos um só em Deus com Ele, que prometera que estaríamos em Deus e Deus em nós, realizou essa promessa; de um modo misterioso, Ele realizou esta grande obra, este privilégio espantoso. E tê-lo-á feito subindo para o Pai: a sua ascensão corporal foi a sua descida espiritual, a sua assunção da nossa natureza até Deus foi ao mesmo tempo a descida de Deus até nós. Podemos dizer que verdadeiramente, embora em sentido escondido, Ele nos transportou até Deus e trouxe Deus até nós, segundo o ponto de vista que adoptarmos.
Assim, pois quando S. Paulo diz: «a vossa vida está escondida com Jesus Cristo em Deus» (Col 3,3), podemos perceber que quer dizer-nos que o princípio da nossa existência já não é uma origem mortal e terrena, tal como a de Adão depois da queda, mas que nós somos baptizados e escondidos de novo na glória de Deus, nessa luz pura da sua presença que tínhamos perdido a seguir à queda de Adão. Somos verdadeiramente recriados, transformados, espiritualizados, glorificados na natureza divina. Por Jesus Cristo recebemos, como por um canal, a verdadeira presença de Deus, dentro e fora de nós; somos impregnados de santidade e de imortalidade.
E é esta a nossa justificação: a nossa subida por Jesus Cristo até Deus ou a descida de Deus por Jesus Cristo até nós, podemos dizer de uma maneira ou da outra. [...] Nós estamos nele e Ele está em nós; Jesus Cristo é «o único mediador» (1Tim 2,5), «o Caminho, a Verdade e a Vida» (Jo 14,6) que une a Terra ao Céu. E é esta a nossa verdadeira justificação – não apenas o perdão ou o favor, não apenas uma santificação interior, [...] mas a morada em nós de nosso Senhor glorificado. Tal é o grande dom de Deus.

 

Sexta-feira, dia 26 de Maio de 2017

Sexta-feira da 6.ª semana da Páscoa

Santo do dia : S. Filipe Néri, presbítero,fundador, +1595

Livro dos Actos dos Apóstolos 18,9-18.
Quando Paulo estava em Corinto, certa noite o Senhor disse-lhe numa visão: «Não temas, continua a falar
que Eu estou contigo e ninguém porá as mãos sobre ti, para te fazer mal, pois tenho um povo numeroso nesta cidade».
Então Paulo demorou-se ali ano e meio a ensinar aos coríntios a palavra de Deus.
Quando Galião era procônsul da Acaia, os judeus levantaram-se todos contra Paulo e levaram-no ao tribunal,
dizendo: «Este homem induz as pessoas a prestarem culto a Deus à margem da lei».
Quando Paulo ia a abrir a boca, disse Galião aos judeus: «Judeus, se se tratasse de alguma injustiça ou grave delito, escutaria certamente as vossas queixas, como é meu dever.
Uma vez, porém que são questões de doutrina e de nomes da vossa própria lei, o assunto é convosco. Eu não quero ser juiz dessas coisas».
E mandou-os sair do tribunal.
Todos então se apoderaram de Sóstenes, chefe da sinagoga, e começaram a bater-lhe em frente do tribunal. Mas Galião não se importou nada com isso.
Paulo demorou-se ainda algum tempo em Corinto; depois despediu-se dos irmãos e embarcou para a Síria, em companhia de Priscila e Áquila e rapou a cabeça em Cêncreas, por causa de um voto que fizera.

Livro de Salmos 47(46),2-3.4-5.6-7.
Povos todos, batei palmas,
aclamai a Deus com brados de alegria
porque o Senhor, o Altíssimo, é poderoso,
o rei soberano de toda a Terra.

Submeteu os povos à nossa obediência
e pôs as nações a nossos pés.
Para nós escolheu a nossa herança,
glória de Jacob, por Ele amado.

Deus subiu entre aclamações,
o Senhor subiu ao som da trombeta.
Cantai hinos a Deus, cantai,
cantai hinos ao nosso rei, cantai.

Evangelho segundo S. João 16,20-23a.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Em verdade, em verdade vos digo: Chorareis e lamentar-vos-eis, enquanto o mundo se alegrará. Estareis tristes, mas a vossa tristeza converter-se-á em alegria.
A mulher, quando está para ser mãe, sente angústia porque chegou a sua hora. Mas depois que deu à luz um filho, já não se lembra do sofrimento, pela alegria de ter dado um homem ao mundo.
Também vós agora estais tristes; mas Eu hei-de ver-vos de novo e o vosso coração se alegrará e ninguém vos poderá tirar a vossa alegria.
Nesse dia, não Me fareis nenhuma pergunta».

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
São Cesário de Arles (470-543), monge, bispo
Sermão 166
«O Reino de Deus […] é justiça e paz e alegria no Espírito Santo» (Rom 14, 17)
O que é, irmãos, a verdadeira alegria, senão o Reino dos céus? E o que é o Reino dos céus, senão Jesus Cristo Nosso Senhor? Sei que todos os homens desejam possuir uma alegria verdadeira. Aquele, porém que quer alegrar-se com as colheitas sem cultivar o campo está equivocado e engana-se aquele que pretende recolher frutos sem plantar árvores. Não se possui a verdadeira alegria sem justiça e paz. […] Presentemente, respeitando a justiça e possuindo a paz, penamos durante um curto período, como que debruçados sobre uma tarefa. Em seguida, contudo, alegrar-nos-emos sem fim com o fruto desse trabalho.
Escuta o apóstolo Paulo que diz acerca de Jesus Cristo: «Ele é a nossa paz» (Ef 2, 14) [...] E o Senhor, falando aos seus discípulos, diz-lhes: «Voltarei a ver-vos e o vosso coração alegrar-se-á e ninguém poderá tirar-vos a vossa alegria». Que alegria é esta que ninguém poderá tirar-nos, senão Ele próprio, o vosso Senhor, que ninguém poderá tirar-vos?
Examinai, pois a vossa consciência, irmãos; se nela reina a justiça, se quereis e desejais para todos a mesma coisa que a vós próprios, se a paz está em vós, não apenas com os vossos amigos, mas também com os vossos inimigos, sabei que o Reino dos céus, quer dizer Jesus Cristo Senhor, permanece em vós.


Sábado, dia 27 de Maio de 2017

Sábado da 6.ª semana da Páscoa

Santo do dia : Santo Agostinho de Cantuária, bispo, +605

Livro dos Actos dos Apóstolos 18,23-28.
Depois de ter passado algum tempo em Antioquia, Paulo partiu de novo e percorreu sucessivamente a Galácia e a Frígia, fortalecendo todos os discípulos na fé.
Entretanto, chegou a Éfeso um judeu chamado Apolo, natural de Alexandria, homem eloquente, muito versado nas Escrituras.
Fora instruído no caminho do Senhor e pregava com muito entusiasmo, ensinando com exactidão o que se referia a Jesus Cristo, embora só conhecesse o baptismo de João.
E começou a falar também com firmeza na sinagoga. Priscila e Áquila, ouvindo-o falar, tomaram-no consigo e expuseram-lhe com maior exactidão o caminho do Senhor.
Como ele queria partir para a Acaia, os irmãos encorajaram-no e escreveram aos discípulos que o recebessem. Depois de lá ter chegado, ajudava muito os fiéis com o auxílio da graça:
refutava energicamente os judeus em público, demonstrando pelas Escrituras que Jesus era o Messias.

Livro de Salmos 47(46),2-3.8-9.10.
Povos todos, batei palmas,
aclamai a Deus com brados de alegria
porque o Senhor, o Altíssimo, é poderoso,
o rei soberano de toda a Terra.

Deus é rei do universo:
cantai os hinos mais belos.
Deus reina sobre os povos,
Deus está sentado no seu trono sagrado.

porque a Deus pertencem os poderes da Terra,
Ele está acima de todas as coisas.

Evangelho segundo S. João 16,23b-28.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Em verdade, em verdade vos digo: Tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome, Ele vo-lo dará.
Até agora não pedistes nada em meu nome: pedi e recebereis, (se se pedir o bem; quem é do bem, não faz mal, mas é Justo e os seus julgam e decidem) para que a vossa alegria seja completa.
Tenho-vos dito tudo isto em parábolas, mas vai chegar a hora em que não vos falarei mais em parábolas: falar-vos-ei claramente do Pai.
Nesse dia pedireis em meu nome e não vos digo que rogarei por vós ao Pai,
pois o próprio Pai vos ama porque vós Me amastes e acreditastes que Eu saí de Deus.
Saí de Deus e vim ao mundo. Agora deixo o mundo e vou para o Pai».


Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
Santo Anselmo (1033-1109), monge, bispo, doutor da Igreja
Proslogion, 26
«Para que a vossa alegria seja completa.»
Meu Senhor e meu Deus, esperança e alegria do meu coração, diz a esta minha alma se a alegria em que está é essa de que nos dizes, por teu Filho: «pedi e recebereis, para que a vossa alegria seja completa.». Encontrei, com efeito, uma alegria plena e mais do que plena porque o coração, o espírito, a alma e todo o meu ser, ao estar dela repleto, tê-la-á em abundância e sem medida. Não é ela que entrará nos que se alegram; mas serão estes que, com todo o seu ser, nela entrarão.
Fala, Senhor! Diz a este teu servidor, ao mais profundo do seu coração, se o que sinto é mesmo a alegria em que entrarão todos aqueles que hão-de provar a própria glória do seu mestre (Mt 25,21). Mas essa alegria de que os teus servidores desfrutarão é algo «que os olhos não viram, os ouvidos não ouviram, o coração do homem não pressentiu» (1Cor 2,9) [...]. Peço-Te, pois, meu Deus, que me concedas conhecer-Te e amar-Te, para que em Ti eu esteja em alegria.
E, se nesta vida tal não puder plenamente, faz com que caminhe sempre até nela entrar em plenitude um dia. Que, cá na Terra, aumente sempre o conhecimento que tenho de Ti, para que possa chegar à plenitude onde estás. Que o meu amor por Ti cresça, cá, para ser total nas alturas. Que agora a minha alegria seja imensa em esperança, para ser depois total em realidade. Senhor, através de teu Filho ordenas-nos que peçamos e prometes-nos que receberemos, para que a nossa alegria seja perfeita [...]. Faz aumentar a minha fome dessa alegria, para que eu nela entre!
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domingo, 21 de maio de 2017

Cristianismo 208 até 20-05-2017


"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68

Domingo, dia 14 de Maio de 2017

5.º Domingo da Páscoa

Santo do dia : S. Matias, apóstolo, S. Miguel Garicoits, presbítero, +1863

Livro dos Actos dos Apóstolos 6,1-7.
Naqueles dias, aumentando o número dos discípulos, os helenistas começaram a murmurar contra os hebreus porque no serviço diário não se fazia caso das suas viúvas.
Então os Doze convocaram a assembleia dos discípulos e disseram: «Não convém que deixemos de pregar a palavra de Deus para servirmos às mesas.
Escolhei entre vós, irmãos, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, para lhes confiarmos esse cargo.
Quanto a nós, vamos dedicar-nos totalmente à oração e ao ministério da palavra».
A proposta agradou a toda a assembleia e escolheram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Parmenas e Nicolau, prosélito de Antioquia.
Apresentaram-nos aos Apóstolos e estes oraram e impuseram as mãos sobre eles.
A palavra de Deus ia-se divulgando cada vez mais; o número dos discípulos aumentava consideravelmente em Jerusalém e obedecia à fé também grande número de sacerdotes.

Livro de Salmos 33(32),1-2.4-5.18-19.
Justos, aclamai o Senhor,
os corações rectos devem louvá-l’O.
Louvai o Senhor com a cítara,
cantai-Lhe salmos ao som da harpa.

A palavra do Senhor é recta,
da fidelidade nascem as suas obras.
Ele ama a justiça e a rectidão:
a Terra está cheia da bondade do Senhor.

Os olhos do Senhor estão voltados para os que O adoram,
para os que esperam na sua bondade,
para libertar da morte as suas almas (e pessoas celestes, pessoas espirituais, pessoas naturais)
e os alimentar no tempo da fome.

1.ª Carta de S. Pedro 2,4-9.
Caríssimos: Aproximai-vos do Senhor que é a pedra viva, rejeitada pelos homens, mas escolhida e preciosa aos olhos de Deus.
E vós mesmos, como pedras vivas, entrai na construção deste templo espiritual, para constituirdes um sacerdócio santo, destinado a oferecer sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus por Jesus Cristo.
Por isso se lê na Escritura: «Vou pôr em Sião uma pedra angular, escolhida e preciosa e quem nela puser a sua confiança não será confundido».
Honra, portanto, a vós que acreditais. Para os incrédulos, porém «a pedra que os construtores rejeitaram tornou-se pedra angular»,
«pedra de tropeço e pedra de escândalo». Tropeçaram por não acreditarem na palavra, pois foram para isso destinados.
Vós, porém sois «geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo adquirido por Deus, para anunciar os louvores» d’Aquele que vos chamou das trevas para a sua luz admirável.

Evangelho segundo S. João 14,1-12.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Não se perturbe o vosso coração. Se acreditais em Deus, acreditai também em Mim.
Em casa de meu Pai há muitas moradas; se assim não fosse, Eu vos teria dito que vou preparar-vos um lugar?
Quando eu for preparar-vos um lugar, virei novamente para vos levar comigo para que, onde Eu estiver, estejais vós também.
Para onde Eu vou, conheceis o caminho».
Disse-Lhe Tomé: «Senhor, não sabemos para onde vais: como podemos conhecer o caminho?».
Respondeu-lhe Jesus Cristo: «Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por Mim.
Se Me conhecêsseis, conheceríeis também o meu Pai. Mas desde agora já O conheceis e já O vistes».
Disse-Lhe Filipe: «Senhor, mostra-nos o Pai e isto nos basta».
Respondeu-lhe Jesus Cristo: «Há tanto tempo que estou convosco e não Me conheces, Filipe? Quem Me vê, vê o Pai. Como podes tu dizer: ‘Mostra-nos o Pai’?
Não acreditas que Eu estou no Pai e o Pai está em Mim? As palavras que Eu vos digo, não as digo por Mim próprio; mas é o Pai, permanecendo em Mim, que faz as obras.
Acreditai-Me: Eu estou no Pai e o Pai está em Mim; acreditai ao menos pelas minhas obras.
Em verdade, em verdade vos digo: quem acredita em Mim fará também as obras que Eu faço e fará obras ainda maiores porque Eu vou para o Pai».

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
São Bernardo (1091-1153), monge cisterciense, doutor da Igreja
Tratado sobre os graus de humildade.
«Para onde Eu vou, conheceis o caminho»
«Eu sou o caminho, a verdade e a vida». O caminho é a humildade que conduz à verdade. A humildade é o sofrimento; a verdade é o fruto do sofrimento. Poderás perguntar-me: como sabes que Ele fala de humildade, se apenas diz: «Eu sou o caminho»? Porém Ele mesmo responde quando acrescenta: «Aprendei de Mim que sou manso e humilde de coração» (Mt 11,29). Ele apresenta-Se portanto como exemplo de humildade e de mansidão. Se O imitares, não andarás nas trevas, mas terás a luz da vida (Jo 8,12). O que é a luz da vida senão a verdade? Ela ilumina todo o homem que vem a este mundo (Jo 1,9), mostrando-lhe o verdadeiro caminho. [...]
Eu vejo o caminho: é a humildade; eu desejo o fruto: é a verdade. E se a estrada for demasiado difícil para que eu possa chegar onde desejo? Escutai a sua resposta: «Eu sou o caminho, quer dizer o viático que te sustentará ao longo desta estrada». Àqueles que se enganam e não conhecem o caminho, Ele exclama: «Sou eu que sou o caminho»; àqueles que duvidam e não acreditam: «Sou eu que sou a verdade»; aos que já estão em marcha, mas se fatigam: «Eu sou a vida». Escutai ainda isto: «Eu te bendigo ó Pai, Senhor do céu e da Terra porque escondeste isto - esta verdade secreta - aos sábios e aos inteligentes, quer dizer aos orgulhosos e o revelaste aos pequeninos, quer dizer aos humildes» (Lc 10,21). [...]
Escutai a verdade a falar àqueles que a procuram: «Vinde a Mim, vós que Me desejais e sereis saciados com os meus frutos» (Eccl 24,19) e ainda «Vinde a Mim, vós todos que sofreis e tombais sob o peso do vosso fardo que Eu vos aliviarei» ( Mt 11,28). Vinde, diz Ele. Mas para onde? A Mim, a verdade. Por onde? Pelo caminho da humildade.


Segunda-feira, dia 15 de Maio de 2017

Segunda-feira da 5.ª semana da Páscoa

Naqueles dias, surgiu em Icónio um movimento, da parte dos pagãos e dos judeus, com os seus chefes, para maltratar e apedrejar Barnabé e Paulo.
Conscientes da situação, estes refugiaram-se nas cidades da Licaónia, Listra, Derbe e seus arredores,
onde começaram a anunciar a boa nova.
Havia em Listra um homem inválido dos pés, coxo de nascença que nunca tinha podido andar.
Um dia em que escutava as palavras de Paulo, este fixou nele os olhos e, vendo que tinha fé para ser curado,
disse-lhe com voz forte: «Levanta-te e põe-te direito sobre os pés». Ele levantou-se e começou a andar.
Ao ver o que Paulo tinha feito, a multidão exclamou em licaónico (língua): «Os deuses tomaram forma humana e desceram até nós».
A Barnabé chamavam Zeus e a Paulo Hermes porque era este que falava.
Então o sacerdote do templo de Zeus que estava à entrada da cidade, trouxe touros e grinaldas para as portas do templo e, juntamente com a multidão, pretendia oferecer-lhes um sacrifício.
Quando souberam isto, os apóstolos Barnabé e Paulo rasgaram as túnicas e precipitaram-se para a multidão, clamando:
«Amigos, que fazeis? Nós somos homens como vós e vimos anunciar-vos que deveis abandonar estes ídolos e voltar-vos para o Deus vivo que fez o céu, a terra e o mar e tudo o que neles existe.
Nas gerações passadas, permitiu que todas as nações seguissem os seus caminhos.
Mas nem por isso deixou de dar testemunho da sua generosidade, concedendo-vos do céu as chuvas e estações férteis, para saciar de alimento e felicidade os vossos corações».
Com estas palavras, a custo impediram a multidão de lhes oferecer um sacrifício.

Livro de Salmos 115(113B),1-2.3-4.15-16.
Amo o Senhor
porque ouviu a voz da minha súplica.
Ele me atendeu
no dia em que O invoquei.

Apertaram-me os laços da morte,
caíram sobre mim as angústias do além,
vi-me na aflição e na dor.
Os ídolos dos gentios são ouro e prata,

são obra das mãos do homem.

Bendito seja o Senhor,
que fez o céu e a terra.
O céu é a morada do Senhor;
a terra, deu-a aos filhos dos homens.

Evangelho segundo S. João 14,21-26.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Se alguém aceita os meus mandamentos e os cumpre, esse realmente Me ama. E quem Me ama será amado por meu Pai e Eu amá-lo-ei e manifestar-Me-ei a ele».
Disse-Lhe Judas, não o Iscariotes: «Senhor, como é que Te vais manifestar a nós e não ao mundo?»
Quem Me ama guardará a minha palavra e meu Pai o amará; Nós viremos a Ele e faremos nele a nossa morada.
Quem Me não ama não guarda a minha palavra. Ora a palavra que ouvis não é minha, mas do Pai que Me enviou.
Disse-vos estas coisas, estando ainda convosco.
Mas o Paráclito, o Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos recordará tudo o que Eu vos disse.

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
Beato Jan van Ruysbroeck (1293-1381), cónego regular
As Bodas Espirituais, III
«O Espírito Santo [...] vos ensinará todas as coisas»
A vida de contemplação é a vida do céu. [...] Com efeito, graças ao amor de união com Deus, o homem passa para além do seu ser de criatura, para descobrir e saborear a opulência e as delícias do próprio Deus, que Deus deixa escorrer sem cessar para o ponto mais secreto do espírito humano, ali onde ele é semelhante à nobreza de Deus. Quando o homem, recolhido e contemplativo, se une assim à sua imagem eterna e quando, nessa limpidez, graças ao Filho, ele encontra o seu lugar no seio do Pai, fica iluminado pela verdade divina. [...]
Porque é preciso saber que o Pai celestial, abismo vivo, está voltado, pelas suas obras e com tudo o que nele vive, para o seu Filho, como para a sua eterna Sabedoria (Pr 8,22s) e essa mesma Sabedoria, com tudo o que nela vive, reflecte-se, pelas suas obras, no Pai, isto é, no abismo de que saíu. Deste encontro brota a terceira Pessoa, aquele que está entre o Pai e o Filho, quer dizer, o Espírito Santo, o amor mútuo entre eles, que é um com os dois, numa mesma natureza. Esse amor abraça e atravessa com entusiasmo o Pai, o Filho e tudo o que neles vive e fá-lo com uma tal opulência e uma tal alegria que todas as criaturas ficam reduzidas a um silêncio eterno. Porque a maravilha intocável, escondida neste amor, ultrapassará eternamente a compreensão de qualquer criatura.
Quando reconhecemos esta maravilha e a saboreamos sem espanto é porque o nosso espírito se encontra para lá de si mesmo e é um com o Espírito de Deus, saboreando e olhando sem medida, tal como Deus saboreia e olha a sua própria riqueza, na unidade da sua profundeza viva, segundo o seu modo incriado. [...] Este delicioso encontro que tem lugar em nós segundo o modo de Deus, é constantemente renovado. [...] Porque assim como o Pai olha sem cessar todas as coisas como novas no nascimento de seu Filho assim elas são amadas de uma maneira nova pelo Pai e pelo Filho na efusão do Espírito Santo. Eis o encontro do Pai e do Filho, no qual nós somos amorosamente abraçados com um amor eterno, graças ao Espírito Santo.


Terça-feira, dia 16 de Maio de 2017

Terça-feira da 5.ª semana da Páscoa

Santo do dia : S. João Nepomuceno, mártir, +1383, S. Simão Stock, religioso, +1265

Livro dos Actos dos Apóstolos 14,19-28.
Naqueles dias, chegaram uns judeus de Antioquia e de Icónio que aliciaram a multidão, apedrejaram Paulo e arrastaram-no para fora da cidade, dando-o por morto.
Mas, tendo-se reunido os discípulos à sua volta, ele ergueu-se e entrou na cidade. No dia seguinte, partiu com Barnabé para Derbe.
Depois de terem anunciado a boa nova a esta cidade e de terem feito numerosos discípulos, Paulo e Barnabé voltaram a Listra, a Icónio e a Antioquia.
Iam fortalecendo as almas dos discípulos e exortavam-nos a permanecerem firmes na fé «porque __ diziam eles __ temos de sofrer muitas tribulações para entrarmos no reino de Deus».
Estabeleceram anciãos em cada Igreja, depois de terem feito orações acompanhadas de jejum e encomendaram-nos ao Senhor, em quem tinham acreditado.
Atravessaram então a Pisídia e chegaram à Panfília;
depois, anunciaram a palavra em Perga e desceram até Atalia.
De lá embarcaram para Antioquia, de onde tinham partido, confiados na graça de Deus, para a obra que acabavam de realizar.
À chegada, convocaram a Igreja, contaram tudo o que Deus fizera com eles e como abrira aos gentios a porta da fé.
Demoraram-se ali bastante tempo com os discípulos.

Livro de Salmos 145(144),10-11.12-13ab.21.
Vos agradeçam, Senhor, todas as criaturas e bendigam-Vos os vossos fiéis.
Proclamem a glória do vosso reino
e anunciem os vossos feitos gloriosos.
Para darem a conhecer aos homens o vosso poder, a glória e o esplendor do vosso reino.

O vosso reino é um reino eterno,
o vosso domínio estende-se por todas as gerações.
Cante a minha boca os louvores do Senhor
e todo o ser vivo bendiga eternamente o seu nome santo.

Evangelho segundo S. João 14,27-31a.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz. Não vo-la dou como a dá o mundo. Não se perturbe nem intimide o vosso coração.
Ouvistes que Eu vos disse: Vou partir, mas voltarei para junto de vós. Se Me amásseis, ficaríeis contentes por Eu ir para o Pai porque o Pai é maior do que Eu.
Disse-vo-lo agora, antes de acontecer, para que, quando acontecer, acrediteis».
Já não falarei muito convosco porque vai chegar o príncipe deste mundo. Ele nada pode contra Mim,
mas é para que o mundo saiba que amo o Pai e faço como o Pai Me ordenou».

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
Beato Columba Marmion (1858-1923), abade
A União a Deus em Jesus Cristo nas cartas de direcção de D. Marmion
A fonte da paz
Desejo muito que possa alcançar a calma e a paz. O melhor meio de alcançar esta calma é uma resignação absoluta à santa vontade de Deus: é aí que se encontra a região da paz. [...] Procure nada desejar, a nada ligar o seu coração, sem primeiro o ter apresentado a Deus e colocado no Sagrado Coração de Jesus, a fim de o querer nele e com ele.
Uma das principais razões pelas quais perdemos a paz da alma é que desejamos uma coisa, prendemos o nosso coração a um objecto, sem saber se Deus o quer ou não e depois, quando algum obstáculo se opõe aos nossos desejos, ficamos perturbados, saímos da conformidade da sua vontade santa e perdemos a paz.


Quarta-feira, dia 17 de Maio de 2017

Quarta-feira da 5.ª semana da Páscoa

Santo do dia : S. Pascoal Bailão, religioso leigo, +1592, Beata Antónia Mesina, virgem, mártir, +1935

Livro dos Actos dos Apóstolos 15,1-6.
Naqueles dias, alguns homens que desceram da Judeia ensinavam aos irmãos de Antioquia: «Se não receberdes a circuncisão, segundo a Lei de Moisés, não podereis salvar-vos».
Isto provocou muita agitação e uma discussão intensa que Paulo e Barnabé tiveram com eles. Então decidiram que Paulo e Barnabé e mais alguns discípulos subissem a Jerusalém para tratarem dessa questão com os Apóstolos e os anciãos.
Despedidos afavelmente pela Igreja, atravessaram a Fenícia e a Samaria, onde narravam a conversão dos gentios, causando grande contentamento a todos os irmãos.
Ao chegarem a Jerusalém, foram recebidos pela Igreja, pelos Apóstolos e pelos anciãos e contaram tudo o que Deus tinha feito por seu intermédio.
Ergueram-se alguns homens do partido dos fariseus que tinham abraçado a fé para dizerem que era preciso circuncidar os gentios e impor-lhes a observância da Lei de Moisés.
Então os Apóstolos e os anciãos reuniram-se para examinar o assunto.

Livro de Salmos 122(121),1-2.3-4a.4b-5.
Alegrei-me quando me disseram:
«Vamos para a casa do Senhor».
Detiveram-se os nossos passos
às tuas portas, Jerusalém.

Jerusalém, cidade bem edificada,
que forma tão belo conjunto!
Para lá sobem as tribos,
as tribos do Senhor.

Segundo o costume de Israel,
para celebrar o nome do Senhor;
ali estão os tribunais da justiça,
os tribunais da casa de David.

Evangelho segundo S. João 15,1-8.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Eu sou a verdadeira vide e meu Pai é o agricultor.
Ele corta todo o ramo que está em Mim e não dá fruto e limpa todo aquele que dá fruto para que dê ainda mais fruto.
Vós já estais limpos por causa da palavra que vos anunciei.
Permanecei em Mim e Eu permanecerei em vós. Como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira assim também vós, se não permanecerdes em Mim.
Eu sou a videira, vós sois os ramos. Se alguém permanece em Mim e Eu nele, esse dá muito fruto porque sem Mim nada podeis fazer.
Se alguém não permanece em Mim, será lançado fora, como o ramo e secará. Esses ramos, apanham-nos, lançam-nos ao fogo e eles ardem.
Se permanecerdes em Mim e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes e ser-vos-á concedido.
A glória de meu Pai é que deis muito fruto. Então vos tornareis meus discípulos».

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
Santa Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade
«Something Beautiful for God»
«Permanecei em Mim e Eu permanecerei em vós»
Ninguém pode comprometer-se no apostolado directo se não for alma de oração. Tenhamos consciência de sermos um com Jesus Cristo, como Ele tinha consciência de ser um com seu Pai; a nossa actividade só será verdadeiramente apostólica na medida em que O deixarmos trabalhar em nós e através de nós, com o seu poder, o seu desejo e o seu amor. Devemos chegar à santidade, não para nos sentirmos em estado de santidade, mas para que Jesus Cristo possa viver plenamente em nós. Somos chamadas a tornar-nos plenamente amor, fé e pureza para os pobres que servimos. Quando tivermos aprendido a procurar a Deus e a sua vontade, as nossas relações com os pobres tornar-se-ão um caminho de santificação para nós e para os outros.
Amai a oração: ao longo do dia, experimentai frequentemente a necessidade de rezar e adquiri o hábito de rezar. A oração dilata o coração até à capacidade desse dom que Deus nos faz de Si mesmo. Pedi e procurai (Lc 11,9) e o vosso coração alargar-se-á até poderdes acolhê-Lo e guardá-Lo em vós.


Quinta-feira, dia 18 de Maio de 2017

Quinta-feira da 5.ª semana da Páscoa

Naqueles dias, depois de longa discussão, Pedro levantou-se e disse aos Apóstolos e aos anciãos: «Irmãos, vós sabeis que, desde os primeiros dias, Deus me escolheu do meio de vós para que os gentios ouvissem da minha boca a palavra do Evangelho e abraçassem a fé.
Deus, que conhece os corações, deu testemunho a favor deles, ao conceder-lhes o Espírito Santo como a nós;
não fez qualquer distinção entre nós e eles porque purificou os seus corações pela fé.
Porque tentais agora a Deus, impondo aos ombros dos discípulos um jugo que nem os nossos pais nem nós mesmos fomos capazes de suportar?
Aliás, é pela graça do Senhor Jesus Cristo que nós acreditamos que seremos salvos, do mesmo modo que eles».
Então toda a assembleia ficou em silêncio e começou a ouvir Barnabé e Paulo
descrever os milagres e prodígios que Deus realizara por seu intermédio entre os gentios.
Quando eles acabaram de falar, Tiago tomou a palavra e disse: «Irmãos, escutai-me.
Simão contou como Deus, ao princípio, Se dignou intervir para formar de entre os gentios um povo consagrado ao seu nome.
Isto concorda com as palavras dos Profetas, como está escrito:
‘Depois disto, virei para reconstruir a tenda de David que estava caída; reconstruirei as suas ruínas e erguê-las-ei de novo
para que o resto dos homens procurem o Senhor, com todas as nações consagradas ao meu nome. Assim fala o Senhor
que desde sempre dá a conhecer estas coisas’.
Por isso, sou de opinião de que não se devem importunar os gentios convertidos a Deus.
Digam-lhes apenas que se abstenham de tudo o que foi contaminado pela idolatria, das relações imorais, das carnes sufocadas e do sangue.
Desde os tempos antigos, Moisés tem em cada cidade os seus pregadores e é lido todos os sábados nas sinagogas».

Livro de Salmos 96(95),1-2a.2b-3.10.
Cantai ao Senhor um cântico novo,
cantai ao Senhor, Terra inteira,
cantai ao Senhor, bendizei o seu nome.

Anunciai dia a dia a sua salvação,
publicai entre as nações a sua glória,
em todos os povos as suas maravilhas.

Dizei entre as nações: «O Senhor é Rei»,
Sustenta o mundo e ele não vacila,
governa os povos com equidade.

Evangelho segundo S. João 15,9-11.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Assim como o Pai Me amou,  também Eu vos amei. Permanecei no meu amor.
Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor. Assim como Eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e permaneço no seu amor.
Disse-vos estas coisas para que a minha alegria esteja em vós e a vossa alegria seja completa.

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
Santa Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade
«Jesus, The Word to Be Spoken», cap. 12
«Disse-vos estas coisas, para que [...] a vossa alegria seja completa.»
A alegria é para nós uma necessidade e uma força, até fisicamente. Aquelas irmãs que cultivam o espírito de alegria não sentem tanto o cansaço e estão sempre prontas a fazer o bem. Plena de alegria, uma irmã prega sem pregar. Uma irmã alegre é como um raio de sol do amor de Deus, a esperança de uma alegria eterna, a chama de um amor que queima.
A alegria é uma das melhores garantias contra a tentação. O diabo carrega em si pó e lama, que lança sobre nós, para tal aproveitando todas as ocasiões. Um coração alegre sabe proteger-se disso.


Sexta-feira, dia 19 de Maio de 2017

Sexta-feira da 5.ª semana da Páscoa

Naqueles dias, os Apóstolos e os anciãos, de acordo com toda a Igreja de Jerusalém, resolveram escolher alguns irmãos, para os mandarem a Antioquia com Barnabé e Paulo: eram Judas, chamado Barsabás, e Silas, homens de autoridade entre os irmãos.
Mandaram por eles esta carta: «Os Apóstolos e os anciãos, irmãos vossos, saúdam os irmãos de origem pagã residentes em Antioquia, na Síria e na Cilícia.
Tendo sabido que, sem nossa autorização, alguns dos nossos vos foram inquietar, perturbando as vossas almas com as suas palavras,
resolvemos, de comum acordo, escolher delegados para vo-los enviarmos, juntamente com os nossos queridos Barnabé e Paulo,
homens que expuseram a sua vida pelo nome de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Por isso vos mandamos Judas e Silas que vos transmitirão de viva voz as nossas decisões.
O Espírito Santo e nós decidimos não vos impor mais nenhuma obrigação, além destas que são indispensáveis:
abster-vos da carne imolada aos ídolos, do sangue, das carnes sufocadas e das relações imorais (= anais, que provoquem dor ou de busca do prazer…). Procedereis bem, evitando tudo isso. Adeus».
Feitas as despedidas, os delegados desceram a Antioquia, onde reuniram a assembleia e entregaram a carta.
Quando a leram, todos ficaram contentes com aquelas palavras de estímulo.

Livro de Salmos 57(56),8-9.10-12.
Firme está meu coração, ó Deus; meu coração está firme:
quero cantar e salmodiar.
Desperta, minha alma; despertai, lira e cítara:

quero acordar a aurora.
Louvar-Vos-ei, Senhor, entre os povos,
cantar-Vos-ei entre as nações

porque aos céus se eleva a vossa bondade
e até às nuvens a vossa fidelidade.

Evangelho segundo S. João 15,12-17.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «É este o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros, como Eu vos amei.
Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos amigos.
Vós sois meus amigos, se fizerdes o que Eu vos mando.
Já não vos chamo servos porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas chamo-vos amigos porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi a meu Pai.
Não fostes vós que Me escolhestes; fui Eu que vos escolhi e destinei para que vades e deis fruto e o vosso fruto permaneça. E assim tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, Ele vo-lo concederá.
O que vos mando é que vos ameis uns aos outros».

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
São Gregório Magno (c. 540-604), Papa, doutor da Igreja
Homilias sobre os evangelhos, n.º27; PL 76, 1204
«É este o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros, como Eu vos amei»
Todas as palavras sagradas do Evangelho estão cheias de mandamentos do Senhor. Então porque é que o Senhor diz que o amor é o seu mandamento? «É este o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros». É que todos os mandamentos procedem exclusivamente do amor (= afectos), todos os preceitos são apenas um e assentam no fundamento único da caridade. Os ramos de uma árvore vêm da mesma raiz; de igual modo, todas as virtudes nascem exclusivamente da caridade. O ramo de uma boa obra não permanece verde quando esta se desliga da raiz da caridade. Os mandamentos do Senhor são, pois múltiplos e ao mesmo tempo são um só – múltiplos pela diversidade das suas obras, um na raiz do amor.
Como manter este amor? O próprio Senhor o dá a entender: na maior parte dos preceitos do Evangelho, ordena aos seus amigos que se amem nele e amem os seus inimigos por causa dele. Aquele que ama o seu amigo em Deus e o seu inimigo por causa de Deus possui a verdadeira caridade.
Há homens que amam a sua família, mas só por causa dos sentimentos de afecto que nascem da ligação natural. [...] As palavras sagradas do Evangelho não fazem nenhuma recriminação a esses homens. Mas o que se atribui espontaneamente à natureza é uma coisa, o que se deve pela obediência à caridade é outra. Os homens de que tenho estado a falar amam sem dúvida o seu próximo [...], mas segundo a carne e não segundo o espírito. [...] Ao dizer: «É este o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros», o Senhor acrescentou imediatamente: «como Eu vos amei». Estas palavras significam claramente: «Amai pela mesma razão por que Eu vos tenho amado».


Sábado, dia 20 de Maio de 2017

Sábado da 5.ª semana da Páscoa

Naqueles dias, Paulo chegou a Derbe e depois a Listra. Havia lá um discípulo chamado Timóteo, filho de uma judia crente e de pai grego.
Os irmãos de Listra e de Icónio davam dele bom testemunho.
Querendo Paulo levá-lo consigo, mandou-o circuncidar, por causa dos judeus que havia na região, pois todos sabiam que seu pai era grego.
Nas cidades por onde passavam, transmitiam as decisões dos Apóstolos e anciãos de Jerusalém, recomendando que se cumprissem.
Desse modo as Igrejas eram confirmadas na fé e cresciam em número, de dia para dia.
Como o Espírito Santo os tinha impedido de anunciarem a palavra de Deus na Ásia, atravessaram a Frígia e o território da Galácia.
Quando chegaram à fronteira da Mísia, tentaram dirigir-se à Bítínia, mas o Espírito de Jesus Cristo não lho permitiu.
Atravessaram então a Mísia e desceram a Tróade.
Durante a noite, Paulo teve uma visão: Um macedónio estava de pé diante dele e fazia-lhe este pedido: «Passa à Macedónia e vem ajudar-nos».
Logo que ele teve esta visão, procurámos partir para a Macedónia, convencidos de que Deus nos chamava para anunciar ali o Evangelho.

Livro de Salmos 100(99),1-2.3.5.
Aclamai o Senhor, Terra inteira,
servi o Senhor com alegria,
vinde a Ele com cânticos de júbilo.

Sabei que o Senhor é Deus,
Ele nos fez, a Ele pertencemos,
somos o seu povo, as ovelhas do seu rebanho.

Porque o Senhor é bom,
eterna é a sua misericórdia,
a sua fidelidade estende-se de geração em geração.

Evangelho segundo S. João 15,18-21.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Se o mundo vos odeia, sabei que primeiro Me odiou a Mim.
Se fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu. Mas porque não sois do mundo, pois a minha escolha vos separou do mundo, é por isso que o mundo vos odeia.
Lembrai-vos das palavras que Eu vos disse: ‘O servo não é mais do que o seu senhor’.
Se Me perseguiram a Mim, também vos perseguirão a vós. Se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa.
Mas tudo isto vos farão por causa do meu nome porque não conhecem Aquele que Me enviou».

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
São Cipriano (c. 200-258), bispo de Cartago e mártir
A oração do Senhor
«O servo não é mais do que o seu senhor»
O que Jesus Cristo fez e ensinou foi a vontade de Deus: a humildade na conduta, a firmeza na , a contenção nas palavras, a justiça nas acções, a misericórdia nas obras, a rectidão nos costumes; ser incapaz de fazer o mal, mas poder tolerá-lo quando se é vítima dele; manter a paz com os irmãos; querer ao Senhor de todo o coração; amar nele o Pai e adorar a Deus; não pôr nada à frente de Jesus Cristo, pois Ele próprio nada pôs à nossa frente; ligarmo-nos inabalavelmente ao seu amor; abraçar com força e confiança a própria cruz; quando for preciso, lutar pelo seu nome e pela sua honra, mostrar constância na nossa profissão de fé; sob tortura, mostrar essa confiança que sustenta o nosso combate e, na morte, essa perseverança que nos faz alcançar a coroa. Querer ser herdeiro em Jesus Cristo, é nisso que consiste obedecer aos preceitos de Deus. É nisso que consiste cumprir a vontade do Pai.©

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