sábado, 24 de setembro de 2016

Cristianismo 175 até 24-09-2016

"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68

Domingo, dia 18 de Setembro de 2016

25.º Domingo do Tempo Comum - Ano C

Escutai bem, vós que espezinhais o pobre e quereis eliminar os humildes da Terra.
Vós dizeis: «Quando passará a lua nova para podermos vender o nosso grão? Quando chegará o fim de sábado para podermos abrir os celeiros de trigo? Faremos a medida mais pequena, aumentaremos o preço, arranjaremos balanças falsas.
Compraremos os necessitados por dinheiro e os indigentes por um par de sandálias. Venderemos até as cascas do nosso trigo».
O SENHOR jurou contra a soberba de Jacob: "Não esquecerei jamais nenhuma das suas obras."
Livro de Salmos 113(112),1-2.4-6.7-8.
Louvai, servidores do Senhor,
louvai o nome do Senhor.
Bendito seja o nome do Senhor,
agora e para sempre.

O Senhor domina sobre todos os povos,
a sua glória está acima dos céus.
Quem se compara ao Senhor nosso Deus,
que tem o seu trono nas alturas

e Se inclina lá do alto
a olhar o céu e a Terra?
Levanta do pó o indigente e tira o pobre da miséria,
para o fazer sentar com os grandes,

com os grandes do seu povo.
1.ª Carta a Timóteo 2,1-8.
Caríssimo: Recomendo, antes de tudo, que se façam preces, orações, súplicas e acções de graças por todos os homens,
pelos reis e por todas as autoridades, para que possamos levar uma vida tranquila e pacífica, com toda a piedade e dignidade.
Isto é bom e agradável aos olhos de Deus, nosso Salvador;
Ele quer que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da Verdade.
Há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, o Homem Jesus Cristo,
que Se entregou à morte pela redenção de todos. Tal é o testemunho que foi dado a seu tempo
e do qual fui constituído arauto e apóstolo __ digo a verdade, não minto __ mestre dos gentios na fé e na verdade.
Quero, portanto, que os homens rezem em toda a parte, erguendo para o Céu as mãos santas, sem ira nem contenda.
Evangelho segundo S. Lucas 16,1-13.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Um homem rico tinha um administrador que foi denunciado por andar a desperdiçar os seus bens.
Mandou chamá-lo e disse-lhe: ‘Que é isto que ouço dizer de ti? Presta contas da tua administração porque já não podes continuar a administrar’.
O administrador disse consigo: ‘Que hei-de fazer, agora que o meu senhor me vai tirar a administração? Para cavar não tenho forças, de mendigar tenho vergonha.
Já sei o que hei-de fazer para que, ao ser despedido da administração, alguém me receba em sua casa’.
Mandou chamar um por um os devedores do seu senhor e disse ao primeiro: ‘Quanto deves ao meu senhor?’.
Ele respondeu: ‘Cem talhas de azeite’. O administrador disse-lhe: ‘Toma a tua conta: senta-te depressa e escreve cinquenta’.
A seguir disse a outro: ‘E tu quanto deves?’ Ele respondeu: ‘Cem medidas de trigo’. Disse-lhe o administrador: ‘Toma a tua conta e escreve oitenta’.
E o senhor elogiou o administrador desonesto, por ter procedido com esperteza. De facto, os filhos deste mundo são mais espertos do que os filhos da luz, no trato com os seus semelhantes».
«E Eu digo-vos: Arranjai amigos com o dinheiro desonesto para que, quando este faltar, eles vos recebam nas moradas eternas.
Quem é fiel nas coisas pequenas também é fiel nas grandes e quem é injusto nas coisas pequenas, também é injusto nas grandes.
Se não fostes fiéis no que se refere ao vil dinheiro, quem vos confiará o verdadeiro bem?
E se não fostes fiéis no bem alheio, quem vos entregará o que é vosso?
Nenhum servidor pode servir a dois senhores porque, ou não gosta de um deles e estima o outro ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São Gregório de Nazianzo (330-390), bispo, doutor da Igreja
Homilia sobre o amor aos pobres
«Arranjai amigos com o dinheiro desonesto para que, quando este faltar, eles vos recebam nas moradas eternas»: socorrer os pobres
Meus amigos e meus irmãos, não sejamos maus gestores dos bens que nos foram confiados para não ouvirmos dizer: «Envergonhai-vos, vós que guardais o que não vos pertence; imitai a justiça de Deus e não haverá mais pobres.» Não nos esgotemos a juntar e a pôr de reserva enquanto outros estão esgotados de fome; só assim não mereceremos a acusação amarga e a ameaça do profeta Amós: «Cuidado, vós que dizeis: "Quando acabará este mês para podermos vender o nosso trigo? Quando acabará o sábado para podermos vender a nossa farinha?"» (8,5). [...]
Imitemos a lei sublime e primordial de Deus «que faz cair a chuva sobre justos e pecadores e também para todos faz nascer o sol» (Mt 5,45). Ele cumula todos os que vivem na Terra de imensas extensões de pastos, de nascentes, de rios e de florestas; aos pássaros dá os ares e a água a todos os animais aquáticos.
Para a vida de todos, dá em abundância os recursos naturais que não podem ser nem agarrados pelos fortes, medidos pelas leis ou delimitados pelas fronteiras; mas dá-os a todos, de modo que nada falte a ninguém. Assim, pela partilha igual dos seus dons, Ele honra a igualdade natural de todos e mostra toda a generosidade da sua bondade. [...] Por isso, também tu, imita esta misericórdia divina.

Segunda-feira, dia 19 de Setembro de 2016

Segunda-feira da 25.ª semana do Tempo Comum

Festa da Igreja : Nossa Senhora da Salette
Santo do dia : S. Januário, bispo, mártir, +305

Livro de Provérbios 3,27-34.
Meu filho: Não negues um benefício a quem dele precisa, se estiver nas tuas mãos poder concedê-lo.
Não digas ao teu próximo: «Vai e volta depois, amanhã te darei», quando o puderes logo atender.
Não maquines o mal contra teu próximo, quando ele deposita confiança em ti.
Não litigues contra ninguém sem motivo, quando não te fez mal algum.
Não invejes o homem violento, nem adoptes o seu procedimento,
porque o Senhor abomina o homem perverso, mas reserva para os rectos a sua intimidade.
A maldição do Senhor cai sobre a casa do ímpio, mas Ele abençoa a morada dos justos.
Ele escarnece dos escarnecedores, mas concede a sua graça aos humildes.
Livro de Salmos 15(14),2-3ab.3cd-4ab.5.
O que vive sem mancha e pratica a justiça
e diz a verdade que tem no seu coração
e guarda a sua língua da calúnia.
O que não faz mal ao seu próximo,

O que não faz mal ao seu próximo
nem ultraja o seu semelhante,
o que tem por desprezível o ímpio (= ateu),
mas estima os que adoram o Senhor.

e não empresta dinheiro com usura
nem aceita presentes para condenar o inocente.
Quem assim proceder jamais será abalado.

Evangelho segundo S. Lucas 8,16-18.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo à multidão: «Ninguém acende uma lâmpada para a cobrir com uma vasilha ou a colocar debaixo da cama, mas coloca-a num candelabro para que os que entram, vejam a luz.
Não há nada oculto que não se torne manifesto nem secreto que não seja conhecido à luz do dia.
Portanto tende cuidado com a maneira como ouvis, pois àquele que tem (bem), dar-se-á (+ bem); mas àquele que não tem (bem), até o que julga ter (bem) lhe será tirado».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São Cromácio de Aquileia (?-407), bispo
Homilias sobre o Evangelho de Mateus
A lâmpada no candelabro
O Senhor chama aos seus discípulos «luz do mundo» (Mt 5, 4) porque, iluminados por Ele, que é a luz eterna e verdadeira (Jo 1,9), eles próprios se tornam uma luz no meio das trevas. Porque Ele é o «Sol da justiça» (Mal 3,20), o Senhor pode chamar aos seus discípulos «luz do mundo»: é por meio deles que irradia sobre o mundo inteiro a luz da sua própria ciência. [...] Iluminados por eles, também nós passámos das trevas à luz, como diz o Apóstolo: «Outrora éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor; vivei como filhos da luz» (Ef 3,8). E noutro passo: «Não sois filhos da noite nem das trevas, mas sois filhos da luz e filhos do dia» (1Tess 5,5). Com razão diz também S. João na sua primeira epístola: «Deus é luz» (1,5) e «quem permanece em Deus está na luz» (1,7). [...] Portanto, uma vez que temos a felicidade de estar libertos das trevas do erro, devemos andar sempre na luz, como filhos da luz que somos. [...] Por isso diz o Apóstolo: «Vós brilhais entre eles como estrelas no mundo, ostentando a palavra da vida» (Tess 2,15). [...]
Aquela lâmpada resplandecente que foi acesa para nossa salvação, deve brilhar sempre em nós. [...] Por isso é nosso dever não ocultar esta lâmpada da lei e da fé, mas colocá-la sempre no candelabro da Igreja para salvação de todos, a fim de nós próprios gozarmos da luz da sua verdade e de com ela serem iluminados todos os crentes.

Terça-feira, dia 20 de Setembro de 2016

Terça-feira da 25.ª semana do Tempo Comum

O coração do rei é como água corrente nas mãos do Senhor, Ele o dirigirá para onde quiser.
Os caminhos do homem parecem-lhe sempre rectos, mas é o Senhor quem pesa os corações.
A prática da justiça e da equidade é mais agradável ao Senhor do que os sacrifícios.
Olhares altivos, coração soberbo (do sol): a lâmpada dos ímpios (= ateus) é o pecado.
Os projectos do homem diligente têm êxito, mas quem se precipita cai certamente na ruína.
Os tesouros adquiridos pela mentira são vaidade passageira e laço de morte.
A alma do ímpio deseja o mal; não terá compaixão do seu próximo.
Com o castigo do insolente, o ingénuo ficará mais sábio; quando se adverte o sábio, ele adquire mais saber.
O justo está atento à família do ímpio e precipita os maus na desventura.
Aquele que se faz surdo ao clamor do pobre, também um dia clamará e não será ouvido.
Livro de Salmos 119(118),1.27.30.34.35.44.
Felizes os que seguem o caminho perfeito
e andam na lei do Senhor.
Fazei-me compreender o caminho dos vossos preceitos
para meditar nas vossas maravilhas.

Escolhi o caminho da verdade
e decidi-me pelos vossos juízos.
Dai-me entendimento para guardar a vossa lei
e para a cumprir de todo o coração.

Conduzi-me pela senda dos vossos mandamentos,
pois nela estão as minhas delícias.
Assim cumprirei continuamente a tua lei,
para todo o sempre.

Evangelho segundo S. Lucas 8,19-21.
Naquele tempo, vieram ter com Jesus Cristo sua Mãe e seus irmãos, mas não podiam chegar junto d’Ele por causa da multidão.
Então disseram-Lhe: «Tua Mãe e teus irmãos estão lá fora e querem ver-Te».
Mas Jesus Cristo respondeu-lhes: «Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Santo Ireneu de Lyon (c. 130-c. 208), bispo, teólogo, mártir
Contra as heresias, III, 22
Somos seus irmãos porque sua Mãe ouviu a palavra e a pôs em prática
A Virgem Maria foi obediente quando disse: «Eis a escrava do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra» (Lc 1,38). Pelo contrário, Eva foi desobediente, tendo desobedecido quando era ainda virgem. E assim como Eva, desobedecendo, se tornou causa de morte para si mesma e para todo o género humano, assim também Maria, tendo por esposo aquele que lhe tinha sido antecipadamente destinado mas mantendo-se virgem, se tornou, pela sua obediência, causa de salvação para si mesma e para todo o género humano. […] Porque o que foi ligado só pode ser desligado quando se faz em sentido inverso o processo que tinha dado origem ao nó, de tal maneira que o primeiro laço é desatado por um segundo, tendo o segundo a função de desatar o primeiro.
Era por isso que o Senhor dizia que os primeiros seriam os últimos e os últimos os primeiros (Mt 19,30). E também o profeta afirma a mesma coisa, ao dizer: «Em lugar dos teus pais, virão os teus filhos» (Sl 44,17). Porque, ao tornar-Se «o Primogénito dos mortos», ao receber no seu seio os pais antigos, o Senhor fê-los renascer para a vida em Deus, tornando-Se Ele mesmo «o princípio» (Col 1,18), já que Adão fora o princípio dos mortos. É também por isso que Lucas começa a sua genealogia pelo Senhor, fazendo-a depois remontar até Adão (Lc 3,23ss.), indicando assim que não foram os pais que deram a vida ao Senhor, mas foi Ele, pelo contrário, que os fez renascer no Evangelho da vida. Da mesma maneira, o nó da desobediência de Eva foi desatado pela obediência de Maria porque aquilo que a virgem Eva tinha atado pela sua incredulidade foi desatado pela Virgem Maria pela sua fé.

Quarta-feira, dia 21 de Setembro de 2016

S. Mateus, Apóstolo e Evangelista – Festa

Santo do dia : S. Mateus, apóstolo e evangelista

Carta aos Efésios 4,1-7.11-13.
Irmãos: Eu, prisioneiro pela causa do Senhor, recomendo-vos que vos comporteis segundo a maneira de viver a que fostes chamados:
procedei com toda a humildade, mansidão e paciência; suportai-vos uns aos outros com caridade;
empenhai-vos em manter a unidade do espírito pelo vínculo da paz.
Há um só Corpo e um só Espírito, como existe uma só esperança na vida a que fostes chamados.
Há um só Senhor, uma só fé, um só Baptismo.
Há um só Deus e Pai de todos que está acima de todos, actua em todos e em todos Se encontra.
A cada um de nós foi concedida a graça, na medida em que recebeu o dom de Jesus Cristo.
Foi Ele que a uns constituiu apóstolos, a outros evangelistas e a outros pastores e mestres
para o aperfeiçoamento dos cristãos, em ordem ao trabalho do ministério para a edificação do Corpo de Jesus Cristo
até que cheguemos todos à unidade da fé e do conhecimento do Filho (de Deus), ao estado de homem perfeito, à medida de Jesus Cristo na sua plenitude.
Livro de Salmos 19(18),2-3.4-5.
Os céus proclamam a glória de Deus
e o firmamento anuncia a obra das suas mãos.
O dia transmite ao outro esta mensagem
e a noite a dá a conhecer à outra noite.

Não são palavras nem linguagem
cujo sentido se não perceba.
O seu eco ressoou por toda a Terra
e a sua notícia até aos confins do mundo.

Evangelho segundo S. Mateus 9,9-13.
Naquele tempo, Jesus Cristo ia a passar, quando viu um homem chamado Mateus, sentado no posto de cobrança dos impostos e disse-lhe: «Segue-Me». Ele levantou-se e seguiu Jesus Cristo.
Um dia em que Jesus Cristo estava à mesa em casa de Mateus, muitos publicanos e pecadores vieram sentar-se com Ele e os seus discípulos.
Vendo isto, os fariseus diziam aos discípulos: «Por que motivo é que o vosso Mestre come com os publicanos e os pecadores?».
Jesus Cristo ouviu-os e respondeu: «Não são os que têm saúde que precisam do médico, mas sim os doentes.
Ide aprender o que significa: ‘Prefiro a misericórdia ao sacrifício’. Porque Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Santo Ireneu de Lyon (c. 130-c. 208), bispo, teólogo, mártir
Contra as heresias, III, 11,8; 9,1
Uma das primeiras afirmações históricas dos evangelistas
Os apóstolos foram até ao fim do mundo proclamar a Boa Nova das graças que Deus nos concede e anunciar aos homens a paz do céu (Lc 2,14), eles que possuíam – todos igualmente e cada um em particular – a Boa Nova de Deus. Encontrando-se entre hebreus, Mateus publicou uma das versões escritas do Evangelho nessa língua, enquanto Pedro e Paulo evangelizavam Roma e aí fundavam a Igreja. Depois da morte destes, Marcos, discípulo e intérprete de Pedro (1Ped 5,13), transmitiu-nos por escrito a pregação de Pedro. Da mesma forma, Lucas, companheiro de Paulo, consignou em livro o Evangelho por este pregado. Seguidamente João, discípulo do Senhor, o mesmo que apoiou a cabeça sobre o seu peito (Jo 13,25), publicou também o Evangelho durante a sua permanência em Éfeso.
No seu evangelho, Mateus regista a genealogia de Jesus Cristo como homem: «genealogia de Jesus Cristo, filho de David, filho de Abraão» (Mt 1,1-18). Este evangelho apresenta Jesus Cristo na sua forma humana; nele, Jesus Cristo é um homem permanentemente animado de sentimentos de humildade e de mansidão. [...] O apóstolo Mateus conhece um único Deus, o mesmo que prometeu a Abraão multiplicar a sua descendência como as estrelas do céu (Gn 15,5) e que, por seu Filho Cristo Jesus, nos chamou do culto das pedras até ao seu conhecimento (Mt 3,9), de forma que [se cumprisse a Escritura que diz]: «Àquele que não é meu povo hei-de chamar meu povo e minha amada àquela que não é minha amada» (Os 2,25; Rom 9,25).

Quinta-feira, dia 22 de Setembro de 2016

Quinta-feira da 25.ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : S. Maurício e companheiros (soldados romanos), mártires, séc. III

Livro de Eclesiastes 1,2-11.
Vaidade das vaidades – diz Coelet – vaidade das vaidades: tudo é vaidade.
Que proveito pode tirar o homem de todo o esforço que faz debaixo do sol?
Uma geração passa, outra vem e a Terra permanece sempre.
O sol nasce e o sol põe-se e visa o ponto donde volta a despontar.
O vento vai em direcção ao sul, depois ruma ao norte e gira, torna a girar e passa e recomeça as suas idas e vindas.
Todos os rios correm para o mar e o mar não se enche. Para onde sempre correram, continuam os rios a correr.
Todas as palavras estão gastas, o homem não consegue já dizê-las. A vista não se sacia com o que vê nem o ouvido se contenta com o que ouve.
Aquilo que foi é aquilo que será; aquilo que foi feito, há-de voltar a fazer-se e nada há de novo debaixo do sol!
Se de alguma coisa alguém diz: «Eis aí algo de novo!», ela já existia nas eras que nos precederam.
Não há memória das coisas antigas e também não haverá memória do que há-de suceder depois nem ficará disso memória entre aqueles que hão-de vir mais tarde.
Livro de Salmos 90(89),3-4.5-6.12-13.14.17.
Vós reduzis o homem ao pó da terra
e dizeis: «Voltai, filhos de Adão».
Mil anos a vossos olhos
são como o dia de ontem que passou
e como uma vigília da noite.

Vós os arrebatais como um sonho,
como a erva que de manhã reverdece;
de manhã floresce e viceja,
de tarde ela murcha e seca.

Ensinai-nos a contar os nossos dias
para chegarmos à sabedoria do coração.
Voltai, Senhor! Até quando...
Tende piedade dos vossos servidores.

Saciai-nos desde a manhã com a vossa bondade
para nos alegrarmos e exultarmos todos os dias.
Desça sobre nós a graça do Senhor, nosso Deus.
Confirmai, Senhor, a obra das nossas mãos.

Evangelho segundo S. Lucas 9,7-9.
Naquele tempo, o tetrarca Herodes ouviu dizer tudo o que Jesus Cristo fazia e andava perplexo porque alguns diziam: «É João Baptista que ressuscitou dos mortos».
Outros diziam: «É Elias que reapareceu». E outros diziam ainda: «É um dos antigos profetas que ressuscitou».
Mas Herodes disse: «A João mandei-o eu decapitar. Mas quem é este homem, de quem oiço dizer tais coisas?». E procurava ver Jesus Cristo.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Orígenes (c. 185-253), presbítero, teólogo
Homilias sobre o Génesis
E procurava ver Jesus Cristo.
O sol e a lua iluminam o nosso corpo; Jesus Cristo e a Igreja iluminam o nosso espírito. Isto é, iluminam-nos se não formos espiritualmente cegos (se não formos das trevas. Os das trevas projectam de si as trevas). Porque, do mesmo modo que o sol e a lua não deixam de derramar a sua claridade sobre os cegos que, contudo, não podem acolher a luz, também Jesus Cristo envia a sua luz aos nossos espíritos, mas esta iluminação só tem lugar se a nossa cegueira não lhe puser obstáculos. Por isso, os cegos devem começar por seguir a Jesus Cristo gritando: «Tem piedade de nós, Filho de David!» (Mt 9,27) e, quando tiverem recuperado a vista graças a Ele, poderão ser iluminados com o esplendor da luz (= aura).
Mas nem todos os que vêem são iluminados de igual forma por Jesus Cristo; cada um o é na medida em que pode receber a luz (cf Lc 23,8 ss). [...] Não é da mesma maneira que todos vamos a Ele, mas «cada um segundo as suas próprias possibilidades» (Mt 25,15).

Sexta-feira, dia 23 de Setembro de 2016

Sexta-feira da 25.ª semana do Tempo Comum


Santo do dia : S. Pio de Petrelcina (Padre Pio), presbítero, +1968

Livro de Eclesiastes 3,1-11.
Para tudo há um momento e um tempo para cada coisa que se deseja debaixo do céu:
tempo para nascer e tempo para morrer, tempo para plantar e tempo para arrancar o que se plantou,
tempo para matar e tempo para curar, tempo para destruir e tempo para edificar,
tempo para chorar e tempo para rir, tempo para se lamentar e tempo para dançar,
tempo para atirar pedras e tempo para as ajuntar, tempo para abraçar e tempo para evitar o abraço,
tempo para procurar e tempo para perder, tempo para guardar e tempo para atirar fora,
tempo para rasgar e tempo para coser, tempo para calar e tempo para falar,
tempo para amar e tempo para odiar, tempo para guerra e tempo para paz.
Que proveito tira das suas fadigas aquele que trabalha?
Eu vi a tarefa que Deus impôs aos filhos dos homens para que dela se ocupem.
Todas as coisas que Deus 
(isto é, o Construtor) fez, são boas a seu tempo (porque DEUS está acima de todos, é o Máximo; O Destruidor também não é Deus; é uma divindade, importante também, mas divindade, Senhor das trevas.)
 Até a eternidade colocou no coração deles, sem que nenhum ser humano possa compreender a obra divina do princípio ao fim.
Livro de Salmos 144(143),1a.2abc.3-4.
Bendito seja o Senhor, meu refúgio;
meu amparo e fortaleza,
meu baluarte e meu libertador
meu escudo e o meu abrigo,

Senhor, que é o homem, para cuidares dele,
e o filho do homem, para nele pensares?
O homem é semelhante ao sopro da brisa;
os seus dias passam como uma sombra.

Evangelho segundo S. Lucas 9,18-22.
Um dia, Jesus Cristo orava sozinho, estando com Ele apenas os discípulos. Então perguntou-lhes: «Quem dizem as multidões que Eu sou?».
Eles responderam: «Uns dizem que és João Baptista; outros que és Elias e outros que és um dos antigos profetas que ressuscitou».
Disse-lhes Jesus Cristo: «E vós, quem dizeis que Eu sou?». Pedro tomou a palavra e respondeu: «És o Messias de Deus».
Ele, porém proibiu-lhes severamente de o dizerem fosse a quem fosse
e acrescentou: «O Filho (do homem) tem de sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos príncipes dos sacerdotes e pelos escribas; tem de ser morto e ressuscitar ao terceiro dia» (porque entrou no mundo dominado pelas trevas, mas ressuscitará ao terceiro dia porque venceu a morte, as trevas.)
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Beato Paulo VI (1897-1978), papa de 1963 a 1978
Homilia em Manila, 29/11/70 (© Libreria Editrice Vaticana)
«E vós, quem dizeis que Eu sou?»
Jesus Cristo! Sinto a necessidade de O anunciar, não posso calá-Lo: «Ai de mim, se não anunciar o Evangelho!» (1Cor 9,16) Fui enviado por Ele para isso mesmo; sou apóstolo, sou testemunha. Quanto mais longe está o objectivo e mais difícil é a missão, mais premente é o amor que me impele (2Cor 5,14). Tenho de proclamar o seu nome: Jesus é o Cristo, o Filho do Deus vivo (Mt 16,16). É Ele que nos revela o Deus invisível; Ele é o primogénito de toda a criatura, o fundamento de todas as coisas (Col 1,15s). Ele é o Mestre da humanidade e o Redentor: nasceu, morreu e ressuscitou por nós. Ele é o centro da história e do mundo, é quem nos conhece e nos ama, é o companheiro e o amigo da nossa vida. É o homem da dor e da esperança. É o que há-de vir, que será um dia nosso juiz e também, assim o esperamos, a plenitude eterna da nossa existência, a nossa felicidade.
Nunca mais acabaria de falar dele: Ele é a luz e a verdade; mais, Ele é «o Caminho, a Verdade e a Vida» (Jo 14,6). Ele é o Pão e a Fonte de água viva que responde à nossa fome e à nossa sede (Jo 6,35; 7,38); Ele é o nosso Pastor, o nosso guia, o nosso exemplo, o nosso conforto, o nosso irmão. Como nós, e mais do que nós, foi pequeno, pobre, humilhado, trabalhador, infeliz e paciente. Por nós, falou, realizou milagres, fundou um Reino novo onde os pobres são bem-aventurados, onde a paz é o princípio da vida em comum, onde os que têm o coração puro e os que choram são exaltados e consolados, onde os que aspiram à justiça são atendidos, onde os pecadores podem ser perdoados, onde todos são irmãos.
Jesus Cristo: já ouvistes falar dele e a maioria de vós pertence-lhe, pois sois cristãos. Pois bem! A vós, cristãos, repito o seu nome, a todos anuncio: Jesus Cristo é «o princípio e o fim, o alfa e o omega» (Ap 21,6). Ele é o Rei do mundo novo; é o segredo da história, a chave do nosso destino; ele é o Mediador, a ponte entre a Terra e o Céu [...]; é o Filho (do homem), o Filho (de Deus) [...], o Filho (de Maria)... Jesus Cristo! Recordai: este é o anúncio que fazemos para a eternidade, é a voz que fazemos ressoar por toda a Terra (Rom 10,18) e pelos séculos que hão-de vir.

Sábado, dia 24 de Setembro de 2016

Sábado da 25.ª semana do Tempo Comum

Jovem, regozija-te na tua mocidade e alegra o teu coração na flor dos teus anos. Segue os impulsos do teu coração e o que agradar aos teus olhos, mas sabe que, de tudo isso, Deus te pedirá contas.
Lança fora do teu coração a tristeza, poupa o sofrimento ao teu corpo: também a meninice e a juventude são ilusão.
Lembra-te do teu Criador nos dias da tua juventude, antes que venham os dias maus e cheguem os anos, dos quais dirás: «Não sinto neles prazer algum»;
antes que escureçam o sol e a luz, a lua e as estrelas e voltem as nuvens depois da chuva;
quando os guardas da tua casa começarem a tremer e os homens robustos, a vergar; quando as mós deixarem de moer por serem poucas e se escurecer a vista dos que olham pela janela;
quando se fecham as portas da rua, quando enfraquece a voz do moinho, quando se acorda com o piar de um pássaro e emudecem as canções.
Então também haverá o medo das subidas e haverá sobressaltos no caminho, enquanto a amendoeira abre em flor, o gafanhoto engorda, e a alcaparra perde as suas propriedades. Então o homem encaminha-se para a sua casa da eternidade e as carpideiras percorrem as ruas;
antes que se rompa o cordão de prata e se quebre a bacia de oiro; antes que se parta a bilha na fonte e se desenrole a roldana sobre a cisterna.
Então o pó voltará à terra de onde saiu e o espírito voltará para Deus que o concedeu.
Ilusão das ilusões - disse Qohélet - tudo é ilusão.
Livro de Salmos 90(89),3-4.5-6.12-13.14.17.
Vós reduzis o homem ao pó da terra
e dizeis: «Voltai, filhos de Adão».
Mil anos a vossos olhos
são como o dia de ontem que passou
e como uma vigília da noite.

Vós os arrebatais como um sonho,
como a erva que de manhã reverdece;
de manhã floresce e viceja,
de tarde ela murcha e seca.

Ensinai-nos a contar os nossos dias,
para chegarmos à sabedoria do coração.
Voltai, Senhor! Até quando...
Tende piedade dos vossos servidores.

Saciai-nos desde a manhã com a vossa bondade,
para nos alegrarmos e exultarmos todos os dias.
Desça sobre nós a graça do Senhor, nosso Deus.
Confirmai, Senhor, a obra das nossas mãos.

Evangelho segundo S. Lucas 9,43b-45.
Naquele tempo, estavam todos admirados com tudo o que Jesus Cristo fazia. Então Ele disse aos discípulos:
«Escutai bem o que vou dizer-vos. O Filho (do homem) vai ser entregue às mãos dos homens».
Eles, porém não compreendiam aquelas palavras; eram misteriosas para eles e não as entendiam. Mas tinham medo de O interrogar sobre tal assunto.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São Tomás de Aquino (1225-1274), teólogo dominicano, doutor da Igreja
Comentário sobre a Epístola aos Gálatas, 6
O nosso título de glória é o Filho do Homem entregue nas mãos dos homens
«Quanto a mim, Deus me livre de me gloriar a não ser na cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo», diz São Paulo (Gal 6,14). Repara, observa Santo Agostinho: onde o sábio segundo este mundo julgou encontrar a vergonha, aí descobriu o apóstolo Paulo um tesouro; pois aquilo que para outro é loucura é para ele sabedoria (1Cor 1,17s) e título de glória.
Com efeito, cada um retira a sua glória daquilo que, a seus olhos, o torna grande; se julga ser um homem importante por ser rico, glorifica-se nos seus bens. Mas aquele que não encontra grandeza para si senão em Jesus Cristo põe a sua glória apenas em Jesus Cristo; assim era o apóstolo Paulo que dizia: «Já não sou eu que vivo, é Jesus Cristo que vive em mim»(Gal 2,20). É por isso que apenas se gloria em Jesus Cristo e, sobretudo na cruz de Jesus Cristo. É que nesta cruz estão reunidos todos os motivos de glória que um homem pode ter.
Há pessoas que retiram a sua glória da amizade com os grandes e poderosos; Paulo, porém apenas tem necessidade da cruz de Jesus Cristo, onde descobre o sinal mais evidente da amizade de Deus: «Deus demonstra o seu amor para connosco pelo facto de Jesus Cristo haver morrido por nós quando ainda éramos pecadores» (Rom 5,8). Não, nada manifesta tão bem o amor de Deus para connosco como a morte de Jesus Cristo. «Oh, testemunho inestimável do amor!», exclama São Gregório. «Para resgatar o escravo, entregastes o Filho!».
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sábado, 17 de setembro de 2016

Cristianismo 174 até 17-09-2016


"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68


"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68

Domingo, dia 11 de Setembro de 2016

24.º Domingo do Tempo Comum - Ano C

Santo do dia : São João Gabriel Perboyre, presbítero, mártir, +1840

Livro de Êxodo 32,7-11.13-14.
Naqueles dias, o Senhor falou a Moisés, dizendo: «Desce depressa porque o teu povo, que tiraste da terra do Egipto, corrompeu-se.
Não tardaram em desviar-se do caminho que lhes tracei. Fizeram um bezerro de metal fundido, prostraram-se diante dele, ofereceram-lhe sacrifícios e disseram: ‘Este é o teu Deus, Israel, que te fez sair da terra do Egipto’».
O Senhor disse ainda a Moisés: «Tenho observado este povo: é um povo de dura cerviz.
Agora deixa que a minha indignação se inflame contra eles e os destrua. De ti farei uma grande nação».
Então Moisés procurou aplacar o Senhor, seu Deus, dizendo: «Por que razão, Senhor, se há-de inflamar a vossa indignação contra o vosso povo que libertastes da terra do Egipto com tão grande força e mão tão poderosa?
Lembrai-Vos dos vossos servidores Abraão, Isaac e Israel, a quem jurastes pelo vosso nome, dizendo: ‘Farei a vossa descendência tão numerosa como as estrelas do céu e dar-lhe-ei para sempre em herança toda a terra que vos prometi’».
Então o Senhor desistiu do mal com que tinha ameaçado o seu povo.
Livro de Salmos 51(50),3-4.12-13.17.19.
Compadecei-Vos de mim, ó Deus, pela vossa bondade, pela vossa grande misericórdia, apagai os meus pecados.
Lavai-me de toda a iniquidade (= não-equidade) e purificai-me de todas as faltas.
Criai em mim, ó Deus, um coração puro e fazei nascer dentro de mim um espírito firme.
Não queirais repelir-me da vossa presença e não retireis de mim o vosso espírito de santidade.
Abri, Senhor, os meus lábios e a minha boca anunciará o vosso louvor.
Sacrifício agradável a Deus é um espírito arrependido: não desprezeis, Senhor, um espírito humilhado e contrito.

1.ª Carta a Timóteo 1,12-17.
Caríssimo: Agradeço Àquele que me deu força, Jesus Cristo, Nosso Senhor, que me julgou digno de confiança e me chamou ao seu serviço,
a mim que tinha sido blasfemo, perseguidor e violento. Mas alcancei misericórdia porque agi por ignorância, quando ainda era descrente.
A graça de Nosso Senhor superabundou em mim com a fé e a caridade que temos em Cristo Jesus.
É digna de fé esta palavra e merecedora de toda a aceitação: Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores e eu sou o primeiro deles.
Mas alcancei misericórdia para que, em mim primeiramente, Jesus Cristo manifestasse toda a sua magnanimidade, como exemplo para os que hão-de acreditar n’Ele, para a vida eterna.
Ao Rei dos séculos, Deus imortal, invisível e único, honra e glória pelos séculos dos séculos. Amen.
Evangelho segundo S. Lucas 15,1-32.
Naquele tempo, os publicanos e os pecadores aproximavam-se todos de Jesus Cristo, para O ouvirem.
Mas os fariseus e os escribas murmuravam entre si, dizendo: «Este homem acolhe os pecadores e come com eles».
Jesus Cristo disse-lhes então a seguinte parábola:
«Quem de vós, que possua cem ovelhas e tenha perdido uma delas, não deixa as outras noventa e nove no deserto, (não é no prado verdejante) para ir à procura da que anda perdida, até a encontrar?
Quando a encontra, põe-na alegremente aos ombros
e, ao chegar a casa, chama os amigos e vizinhos e diz-lhes: ‘Alegrai-vos comigo porque encontrei a minha ovelha perdida’.
Eu vos digo: Assim haverá mais alegria no Céu por um só pecador que se arrependa do que por noventa e nove justos que não precisam de arrependimento.
Ou então, qual é a mulher que, possuindo dez dracmas e tendo perdido uma, não acende uma lâmpada, varre a casa e procura cuidadosamente a moeda até a encontrar?
Quando a encontra, chama as amigas e vizinhas e diz-lhes: ‘Alegrai-vos comigo porque encontrei a dracma perdida’.
Eu vos digo: Assim haverá alegria entre os Anjos de Deus por um só pecador que se arrependa (= não volte a praticar o mal)».
Jesus Cristo disse-lhes ainda: «Um homem tinha dois filhos.
O mais novo disse ao pai: ‘Pai, dá-me a parte da herança que me toca’. O pai repartiu os bens pelos filhos. (os bens que o pai tem, são do pai e não dos filhos. Os filhos usufruem os bens do pai, mas enquanto ele viver, os seus bens são dele e só dele.)
Alguns dias depois, o filho mais novo, juntando todos os seus haveres, partiu para um país distante e por lá esbanjou quanto possuía numa vida dissoluta.
Tendo gastado tudo, houve uma grande fome naquela região e ele começou a passar privações.
Entrou então ao serviço de um dos habitantes daquela terra que o mandou para os seus campos guardar porcos.
Bem desejava ele matar a fome com as alfarrobas que os porcos comiam, mas ninguém lhas dava.
Então, caindo em si, disse: ‘Quantos trabalhadores de meu pai têm pão em abundância e eu aqui a morrer de fome!
Vou-me embora, vou ter com meu pai e dizer-lhe: Pai, pequei contra o Céu e contra ti.
Já não mereço ser chamado teu filho, mas trata-me como um dos teus trabalhadores’.
Pôs-se a caminho e foi ter com o pai. Ainda ele estava longe, quando o pai o viu: enchendo-se de compaixão, correu a lançar-se-lhe ao pescoço, cobrindo-o de beijos.
Disse-lhe o filho: ‘Pai, pequei contra o Céu e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho’.
Mas o pai disse aos servos: ‘Trazei depressa a melhor túnica e vesti-lha. Ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés.
Trazei o vitelo gordo e matai-o. Comamos e festejemos
porque este meu filho estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi reencontrado’. E começou a festa.
Ora o filho mais velho estava no campo. Quando regressou, ao aproximar-se da casa, ouviu a música e as danças.
Chamou um dos servos e perguntou-lhe o que era aquilo.
O servo respondeu-lhe: ‘O teu irmão voltou e teu pai mandou matar o vitelo gordo porque ele chegou são e salvo’.
Ele ficou ressentido e não queria entrar. Então o pai veio cá fora instar com ele.
Mas ele respondeu ao pai: ‘Há tantos anos que eu te sirvo, sem nunca transgredir uma ordem tua e nunca me deste um cabrito para fazer uma festa com os meus amigos.
E agora, quando chegou esse teu filho que consumiu os teus bens com mulheres de má vida, mataste-lhe o vitelo gordo’.
Disse-lhe o pai: ‘Filho, tu estás sempre comigo e tudo o que é meu é teu.
Mas tínhamos de fazer uma festa e alegrar-nos porque este teu irmão estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi reencontrado’».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São Pedro Crisólogo (c. 406-450), bispo de Ravena, doutor da Igreja
Sermão 5 sobre o filho pródigo; PL 52,197
«Trazei depressa a melhor túnica e vesti-lha»
O filho regressa a casa do pai e exclama : «Pai, pequei contra o Céu e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho, mas trata-me como um dos teus trabalhadores.» [...] Mas o pai acorreu e acorreu de longe. «Quando ainda éramos pecadores, Jesus Cristo morreu por nós» (Rom 5, 8). O Pai acorreu [...] na pessoa do Filho, quando por Ele desceu do Céu à Terra. «O Pai que Me enviou está comigo», diz Ele no evangelho (Jo 16,32). E lançou-se-lhe ao pescoço: lançou-Se a nós quando, por Jesus Cristo, toda a sua divindade desceu do Céu e Se instalou na nossa carne. E cobriu-o de beijos. Quando? Quando «se encontraram a compaixão e a verdade, se abraçaram a justiça e a paz» (Sl 84,11).
Mandou trazer-lhe a melhor túnica, a túnica que Adão tinha perdido, a glória eterna da imortalidade. Pôs-lhe um anel no dedo: o anel da honra, o título de liberdade, o especial penhor do espírito, o sinal da fé, a caução das núpcias celestes. Ouve o que diz o apóstolo Paulo: «Desposei-vos com um único esposo, como virgem pura oferecida a Cristo» (2Cor 11,2). E calçou-lhe umas sandálias: para termos os pés calçados quando anunciamos a boa nova do evangelho, a fim de que sejam «os pés daqueles que anunciam a boa nova da paz» (Is 52,7; Rom 10,15).
Por ele mandou matar o vitelo gordo. [...] O vitelo foi morto por ordem do pai porque Jesus Cristo, o Filho (de Deus), não podia ser morto contra a vontade do Pai. Ouve novamente o apóstolo Paulo: «Ele não poupou o seu próprio Filho, mas entregou-O por todos nós» (Rom 8,32).

Segunda-feira, dia 12 de Setembro de 2016

Segunda-feira da 24.ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : S. Guido de Anderlecht, peregrino, +1012, Beata Maria Vitória Fornari, viúva, religiosa, fundadora, +1617

1.ª Carta aos Coríntios 11,17-26.33.
Irmãos: Ao dar-vos as minhas instruções, não posso louvar as vossas assembleias que, em vez de serem proveitosas, se tornam prejudiciais.
Em primeiro lugar, ouço dizer que há entre vós divisões, quando vos reunis em assembleia e, em parte, acredito nisso.
Na verdade, é preciso que haja divisões entre vós, para se manifestarem aqueles que resistem a esta prova.
Quando vos reunis em comum, já não é para comer a ceia do Senhor,
pois cada um se adianta a comer a sua própria ceia e, enquanto um passa fome, outro fica embriagado.
Será que não tendes as vossas casas para comer e beber? Ou desprezais a Igreja de Deus e envergonhais aqueles que são pobres? Que vos direi? Devo louvar-vos? Nisto não vos louvo.
Porque eu recebi do Senhor o que também vos transmiti: o Senhor Jesus Cristo, na noite em que ia ser entregue, tomou o pão
e, dando graças, partiu-o e disse: «Isto é o meu Corpo, entregue por vós. Fazei isto em memória de Mim».
Do mesmo modo, no fim da ceia, tomou o cálice e disse: «Este cálice é a nova aliança no meu Sangue. Todas as vezes que o beberdes, fazei-o em memória de Mim».
Na verdade, todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes deste cálice, anunciareis a morte do Senhor até que Ele venha.
Portanto, irmãos, quando vos reunis para comer a ceia do Senhor, esperai uns pelos outros.
Livro de Salmos 40(39),7-8a.8b-9.10.17.
Não Vos agradaram sacrifícios nem oblações,
mas abristes-me os ouvidos;
não pedistes holocaustos nem expiações,
então clamei: «Aqui estou».

«De mim está escrito no livro da Lei
que faça a vossa vontade.
Assim o quero, ó meu Deus,
a vossa lei está no meu coração».

Proclamarei a justiça na grande assembleia,
não fechei os meus lábios, Senhor, bem o sabeis.
Alegrem-se e exultem em Vós
todos os que Vos procuram.

Digam sempre: «Grande é o Senhor»
os que desejam a vossa salvação.
Evangelho segundo S. Lucas 7,1-10.
Naquele tempo, quando Jesus Cristo acabou de falar ao povo, entrou em Cafarnaum.
Um centurião tinha um servo a quem estimava muito e que estava doente, quase a morrer.
Tendo ouvido falar de Jesus Cristo, enviou-Lhe alguns anciãos dos judeus para Lhe pedir que fosse salvar aquele servo.
Quando chegaram à presença de Jesus Cristo, os anciãos suplicaram-Lhe insistentemente: «Ele é digno de que lho concedas,
pois estima a nossa gente e foi ele que nos construiu a sinagoga».
Jesus Cristo acompanhou-os. Já não estava longe da casa, quando o centurião Lhe mandou dizer por uns amigos: «Não Te incomodes, Senhor, pois não mereço que entres em minha casa
nem me julguei digno de ir ter contigo. Mas diz uma palavra e o meu servo será curado.
Porque também eu, que sou um subalterno, tenho soldados sob as minhas ordens. Digo a um ‘Vai’ e ele vai e a outro ‘Vem’ e ele vem e ao meu servo ‘Faz isto’ e ele faz».
Ao ouvir estas palavras, Jesus Cristo sentiu admiração por ele e, voltando-se para a multidão que O seguia, exclamou: «Digo-vos que nem mesmo em Israel encontrei tão grande fé».
Ao regressarem a casa, os enviados encontraram o servo de perfeita saúde.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Basílio de Selêucia (?-c. 468), bispo
Homilia sobre o centurião
«Diz uma palavra»
«Senhor, o meu servo está de cama, paralisado e sofre muito. Embora seja um escravo, o que foi atingido por este mal não é por isso menos homem. Não olhes, pois para a pequenez do escravo, mas para a grandeza do mal.» Assim falava o centurião. E que lhe diz a Bondade suprema? «Eu irei contigo e curá-lo-ei. Eu que, em atenção aos homens, Me fiz homem, Eu que vim para todos, não desprezarei ninguém. Irei e curá-lo-ei.» Com a rapidez da sua promessa, Jesus Cristo aguça a fé do centurião: «Senhor, eu não mereço que entres em minha casa.» Estás a ver como o Senhor, qual caçador, fez sair a fé escondida no segredo do coração? «Mas diz uma palavra e o meu servo ficará curado do seu mal, liberto da servidão da sua doença. Porque eu, que estou sujeito a superiores, também tenho soldados às minhas ordens e digo a um 'Vai' e ele vai, e a outro 'Vem' e ele vem. Foi deste modo que conheci a força do teu poder: a partir do que eu próprio tenho, reconheci aquele que me ultrapassa. Vejo os exércitos das curas, vejo os milagres como uma tropa à espera das tuas ordens. Envia-os contra a doença, envia-os tal como eu envio os meus soldados.»    
Jesus Cristo encheu-Se de admiração e disse: «Nem mesmo em Israel encontrei tão grande fé. Este homem, que era estranho à vocação, que não fazia parte do povo da aliança, que não participou nos milagres de Moisés, que não foi iniciado nas suas leis, que não conheceu as palavras dos profetas, este ultrapassou os outros pela sua

Terça-feira, dia 13 de Setembro de 2016

Terça-feira da 24.ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : S. João Crisóstomo, bispo, Doutor da Igreja, +407

1.ª Carta aos Coríntios 12,12-14.27-31a.
Irmãos: Assim como o corpo é um só e tem muitos membros e todos os membros do corpo, apesar de numerosos, constituem um só corpo, assim sucede também em Jesus Cristo.
Na verdade, todos nós – judeus e gregos, escravos e homens livres – fomos baptizados num só Espírito para constituirmos um só corpo e a todos nos foi dado a beber um só Espírito.
De facto, o corpo não é constituído por um só membro, mas por muitos.
Vós sois o corpo de Jesus Cristo e sois os seus membros, cada um por sua parte.
Assim Deus estabeleceu na Igreja em primeiro lugar apóstolos, em segundo profetas, em terceiro doutores. Vêm a seguir os dons dos milagres, das curas, da assistência, de governar, de falar diversas línguas.
Serão todos apóstolos? Todos profetas? Todos doutores? Todos farão milagres?
Todos terão o poder de curar? Todos falarão línguas? Terão todos o dom de as interpretar?
Aspirai com ardor aos dons mais elevados.
Livro de Salmos 100(99),2.3.4.5.
Aclamai o Senhor, Terra inteira,
servi o Senhor com alegria,
vinde a Ele com cânticos de júbilo.
Sabei que o Senhor é Deus,

Ele nos fez, a Ele pertencemos,
somos o seu povo, as ovelhas do seu rebanho.
Entrai pelas suas portas, agradecendo,
penetrai em seus átrios com hinos de louvor,

glorificai-O, bendizei o seu nome.
Porque o Senhor é bom,
eterna é a sua misericórdia,
a sua fidelidade estende-se de geração em geração.

Evangelho segundo S. Lucas 7,11-17.
Naquele tempo, dirigia-Se Jesus Cristo para uma cidade chamada Naim; iam com Ele os seus discípulos e uma grande multidão.
Quando chegou à porta da cidade, levavam um defunto a sepultar, filho único de sua mãe que era viúva. Vinha com ela muita gente da cidade.
Ao vê-la, o Senhor compadeceu-Se dela e disse-lhe: «Não chores».
Jesus Cristo aproximou-Se e tocou no caixão e os que o transportavam, pararam. Disse Jesus Cristo: «Jovem, Eu te ordeno: levanta-te».
O morto sentou-se e começou a falar e Jesus Cristo entregou-o à sua mãe.
Todos se encheram de temor e davam glória a Deus, dizendo: «Apareceu no meio de nós um grande profeta; Deus visitou o seu povo».
E a fama deste acontecimento espalhou-se por toda a Judeia e pelas regiões vizinhas.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos -
www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
Sermão 98
«Jovem, Eu te ordeno: Levanta-te!»
No evangelho encontramos três mortos ressuscitados pelo Senhor de forma visível e milhares ressuscitados de forma invisível. […] A filha do chefe da sinagoga (Mc 5,22ss), o filho da viúva de Naim e Lázaro (Jo 11) […] são símbolos dos três tipos de pecadores ainda hoje ressuscitados pelo Senhor. A menina ainda se encontrava em casa de seu pai […], o filho da viúva já não estava em casa de sua mãe, mas também ainda não estava no túmulo […] e Lázaro já estava sepultado. […]
Assim, há pessoas com o pecado dentro do coração, mas que ainda não o cometeram. […] Tendo consentido no pecado, ele habita-lhes a alma como morto, mas não saiu ainda para fora. Ora acontece amiúde […] aos homens esta experiência interior: depois de terem escutado a palavra de Deus, parece-lhes que o Senhor lhes diz: «Levanta-te!» E condenando o consentimento que dantes haviam dado ao mal, retomam fôlego para viver na salvação e na justiça. […] Outros, após aquele consentimento, partem para os actos, transportando assim o morto que traziam escondido no fundo do coração para o expor diante de todos. Deveremos desesperar deles? Não, disse o Salvador ao jovem de Naim: «Eu te ordeno: Levanta-te!»? Não o devolveu a sua mãe? O mesmo acontece a quem actua desse modo: tocado e comovido pela Palavra da Verdade, ressuscita à voz de Jesus Cristo e volta à vida. É certo que deu mais um passo na via do pecado, mas não pereceu para sempre.
Já aqueles que se embrenharam nos maus hábitos, a ponto de perderem a noção do próprio mal que cometem, procuram defender os seus actos maus e enfurecem-se quando alguém lhos censura. […] A esses, esmagados pelo peso do hábito de pecar, albergam as mortalhas e os túmulos […] e cada pedra colocada sobre o seu sepulcro mais não é do que a força tirânica do hábito que lhes oprime a alma e os impede de se levantarem para respirar. […]
Por isso, irmãos caríssimos, façamos de tal modo que, quem vive, viva e quem está morto, volte à vida […] e faça penitência. […] Os que vivem, conservem a vida e os que estão mortos, apressem-se a ressuscitar.

Quarta-feira, dia 14 de Setembro de 2016

Exaltação da Santa Cruz – Festa

Festa da Igreja : Exaltação da Santa Cruz
Calendário da Igreja disponível este dia

Livro de Números 21,4b-9.
Naqueles dias, o povo de Israel impacientou-se
e falou contra Deus e contra Moisés: «Porque nos fizeste sair do Egipto para morrermos neste deserto? Aqui não há pão nem água e já nos causa fastio este alimento miserável».
Então o Senhor mandou contra o povo serpentes venenosas que mordiam nas pessoas e morreu muita gente de Israel.
O povo dirigiu-se a Moisés, dizendo: «Pecámos ao falar contra o Senhor e contra ti. Intercede junto do Senhor, para que afaste de nós as serpentes». E Moisés intercedeu pelo povo.
Então o Senhor disse a Moisés: «Faz uma serpente de bronze e coloca-a sobre um poste. Todo aquele que for mordido e olhar para ela ficará curado».
Moisés fez uma serpente de bronze e fixou-a num poste. Quando alguém era mordido por uma serpente, olhava para a serpente de bronze e ficava curado.
Livro de Salmos 78(77),1-2.34-35.36-37.38.
Escuta, meu povo, a minha instrução,
presta ouvidos às palavras da minha boca.
Vou falar em forma de provérbio,

vou revelar os mistérios dos tempos antigos.
Quando Deus castigava os antigos, eles O procuravam,
tornavam a voltar-se para Ele
e recordavam-se de que Deus era o seu protector,

o Altíssimo, o seu redentor.
Eles, porém enganavam-n’O com a boca
e mentiam-Lhe com a língua;

o seu coração não era sincero
nem eram fiéis à sua aliança.
Mas Deus, compadecido, perdoava o pecado

e não os exterminava.
Muitas vezes reprimia a sua cólera
e não executava toda a sua ira.

Evangelho segundo S. João 3,13-17.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo a Nicodemos: «Ninguém subiu ao Céu senão Aquele que desceu do Céu: o Filho (do homem).
Assim como Moisés elevou a serpente no deserto, também o Filho (do homem) será elevado,
para que todo aquele que acredita tenha n’Ele a vida eterna.
Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho Unigénito, para que todo o homem que acredita n’Ele não pereça, mas tenha a vida eterna.
Porque Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São Teodoro Estudita (759-826), monge de Constantinopla
Homilia para a adoração da cruz
A cruz, árvore de vida
Como é bela a imagem da cruz! A sua beleza não oferece mistura de mal e de bem, como outrora a árvore do jardim do Éden. Toda ela é admirável, «uma delícia para os olhos e desejável» (Gn 3,6). É uma árvore que dá a vida e não a morte; a luz e não a cegueira. Que leva a entrar no Éden e não a sair dele. Esta árvore, à qual Jesus Cristo subiu como um rei para o seu carro de triunfo, derrotou o diabo que tinha o poder da morte e libertou o género humano da escravidão do tirano. Foi sobre esta árvore que o Senhor, qual guerreiro de eleição, ferido nas mãos, nos pés e no seu divino peito, curou as cicatrizes do pecado, quero dizer, a nossa natureza ferida por Satanás.
Depois de termos sido mortos pelo madeiro, encontrámos a vida pelo madeiro; depois de termos sido enganados pelo madeiro, é pelo madeiro que repelimos a serpente enganadora. Que permutas surpreendentes! A vida em vez da morte, a imortalidade em vez da corrupção, a glória em vez da ignomínia. Por este motivo, o apóstolo Paulo exclamou: «Toda a minha glória está na cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo» (Gal 6,14). […] Mais do que qualquer sabedoria, esta sabedoria que floresceu na cruz tornou ignóbeis as pretensões da sabedoria do mundo (1 Cor 1,17s). […]
Foi pela cruz que a morte foi morta e Adão restituído à vida. Foi pela cruz que todos os apóstolos foram glorificados, todos os mártires coroados, todos os santos santificados. Foi pela cruz que fomos reconduzidos como ovelhas de Jesus Cristo e reunidos no redil do alto.

Quinta-feira, dia 15 de Setembro de 2016

Nossa Senhora das Dores – Memória Obrigatória

Festa da Igreja : Nossa Senhora das Dores
Santo do dia :
Santa Catarina de Génova, viúva, +1510

Carta aos Hebreus 5,7-9.
Nos dias da sua vida mortal, Jesus Cristo dirigiu preces e súplicas, com grandes clamores e lágrimas, Àquele que O podia livrar da morte e foi atendido por causa da sua piedade.
Apesar de ser Filho, aprendeu a obediência no sofrimento
e, tendo atingido a sua plenitude, tornou-Se para todos os que Lhe obedecem causa de salvação eterna.
Livro de Salmos 31(30),2-3a.3bc-4.5-6.15-16.20.
Em Vós, Senhor, me refugio,
jamais serei confundido,
pela vossa justiça, salvai-me.
Inclinai para mim os vossos ouvidos,
apressai-vos em me libertar.

Sede a rocha do meu refúgio
porque Vós sois a minha força
e o meu refúgio, por amor do vosso nome,
guiai-me e conduzi-me.
Livrai-me da armadilha que me prepararam

porque Vós sois o meu refúgio.
Em vossas mãos entrego o meu espírito,
Senhor, Deus fiel, salvai-me.
Eu, porém confio no Senhor:

Disse: «Vós sois o meu Deus,
nas vossas mãos está o meu destino».
Livrai-me das mãos dos meus inimigos
e de quantos me perseguem.

Como é grande, Senhor, a vossa bondade
que tendes reservada para os que Vos adoram:
na Vossa presença, Vós a concedeis
àqueles que em Vós confiam.

Evangelho segundo S. João 19,25-27.
Naquele tempo, estavam junto à cruz de Jesus Cristo, sua Mãe, a irmã de sua Mãe, Maria, esposa de Cléofas, e Maria de Magdala (Madalena, isto é, de Magdala).
Ao ver sua Mãe e o discípulo predilecto, Jesus Cristo disse a sua Mãe: «Mulher, eis o teu filho».
Depois disse ao discípulo: «Eis a tua Mãe». E a partir daquela hora, o discípulo recebeu-a em sua casa.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos -
www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São Romano, o Melodista (?-c. 560), compositor de hinos
Hino 25, Maria na cruz
«Uma espada trespassará a tua alma»
Ovelha contemplando o seu cordeiro levado ao matadouro (Is 53,7), consumida de dor, Maria segue com as outras mulheres, chorando: «Para onde vais, meu Filho? Por que percorres assim depressa o teu caminho? (Sl 18,6) Há outra boda em Caná e é para lá que Te diriges tão depressa, para transformar a água em vinho? Posso acompanhar-Te, meu Filho, ou será melhor esperar por Ti? Diz-me uma palavra que seja, Tu que és o Verbo, não passes diante de mim em silêncio […], Tu, que és o meu Filho e o meu Deus. […]
»Encaminhas-Te para uma morte injusta e ninguém partilha o teu sofrimento. Não Te acompanha Pedro que dizia: "Mesmo que tenha de morrer contigo, não Te negarei" (Mt 26,35). Abandonou-Te Tomé que exclamara: "Vamos nós também para morrermos com Ele" (Jo 11,16). E os outros, os íntimos, aqueles que hão-de julgar as doze tribos (Mt 19,28), onde estão eles? Não está cá nenhum; mas Tu, sozinho, meu Filho, Tu morres por todos. É o salário que recebes por teres salvado todos os homens, por os teres servido, meu Filho e meu Deus.»
Voltando-Se para Maria, Aquele que saiu dela exclama: «Porque choras, Mãe? […] Eu, não sofrer, não morrer? Como salvaria Adão? Não habitar o túmulo? Como devolveria à vida aqueles que moram na mansão dos mortos? Porque choras? Exclama antes: "Sofre voluntariamente, o meu Filho e meu Deus." Virgem prudente, não te tornes semelhante às insensatas (Mt 25,1ss.): tu estás no banquete de núpcias, não ajas como se tivesses ficado de fora. […] Não chores, pois, diz antes: "Tem piedade de Adão, sê misericordioso com Eva, meu Filho e meu Deus."
»Descansa, Mãe, serás tu a primeira a ver-Me sair do túmulo. Virei mostrar-te de que males resgatei Adão, que suores derramei por ele. Revelarei aos meus amigos as marcas que trarei nas mãos. Então verás Eva viva como foi outrora e exclamarás cheia de alegria: "Ele salvou os meus pais, o meu Filho e meu Deus!"»

Sexta-feira, dia 16 de Setembro de 2016

Sexta-feira da 24.ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : S. Cornélio, papa, mártir, +253, S. Cipriano, bispo, mártir, +258

1.ª Carta aos Coríntios 15,12-20.
Irmãos: Se pregamos que Jesus Cristo ressuscitou dos mortos, porque dizem alguns no meio de vós que não há ressurreição dos mortos?
Se não há ressurreição dos mortos, também Jesus Cristo não ressuscitou.
E se Jesus Cristo não ressuscitou, então a nossa pregação é inútil e também é inútil a vossa fé.
E nós aparecemos como falsas testemunhas de Deus porque damos testemunho contra Deus, ao afirmar que Ele ressuscitou Jesus Cristo, quando de facto não O ressuscitou, a ser verdade que os mortos não ressuscitam.
Porque, se os mortos não ressuscitam, também Jesus Cristo não ressuscitou.
E se Jesus Cristo não ressuscitou, é inútil a vossa fé, ainda estais nos vossos pecados
e assim, os que morreram em Jesus Cristo também se perderam.
Se é só para a vida presente que temos posta em Jesus Cristo a nossa esperança, somos os mais miseráveis de todos os homens.
Mas não. Jesus Cristo ressuscitou dos mortos, como primícias dos que morreram.
Livro de Salmos 17(16),1.6-7.8b.15.
Ouvi, Senhor, uma causa justa, atendei a minha súplica. Escutai a minha oração, feita com sinceridade.
Eu Vos invoco, ó Deus, respondei-me,
ouvi e escutai as minhas palavras.
Mostrai a vossa admirável misericórdia, Vós que salvais quem se acolhe à vossa direita.
protegei-me à sombra das vossas asas.
Mereça eu estar na Vossa presença e, ao despertar, saciar-me com a vossa imagem.


Evangelho segundo S. Lucas 8,1-3.
Naquele tempo, Jesus Cristo ia caminhando por cidades e aldeias, a pregar e a anunciar a boa nova do reino de Deus. Acompanhavam-n’O os Doze
bem como algumas mulheres que tinham sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades. Eram Maria de Magdala (= Madalena), de quem tinham saído sete demónios,
Joana, mulher de Cusa, administrador de Herodes, Susana e muitas outras que serviam Jesus Cristo e os discípulos com os seus bens.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Bento XVI, Papa de 2005 a 2013
Audiência geral de 14/2/07 (© copyright Libreria Editrice Vaticana)
«Acompanhavam-No os Doze, bem como algumas mulheres»
Sabemos que, de entre os seus discípulos, Jesus Cristo escolheu doze homens como pais do novo Israel e escolheu-os para «estarem com Ele e para os enviar a pregar» (Mc 3, 14). Este facto é evidente, mas, além dos Doze, colunas da Igreja, pais do novo Povo de Deus, também há muitas mulheres que são incluídas no número dos discípulos. Posso apenas mencionar brevemente aquelas que se encontram no caminho do próprio Jesus Cristo, a começar pela profetisa Ana (Lc 2,36-38) até à Samaritana (Jo 4,1-39), à mulher síriofenícia (Mc 7,24-30), à hemorroíssa (Mt 9,20-22) e à pecadora perdoada (Lc 7,36-50). Não me referirei sequer às protagonistas de algumas eficazes parábolas, por exemplo a uma dona de casa que amassa o pão (Mt 13,33), à mulher que perde a dracma (Lc 15,8-10), à viúva que importuna o juiz (Lc 18,1-8). Mais significativas nesta nossa reflexão são aquelas mulheres que desenvolveram um papel activo no contexto da missão de Jesus Cristo.
Em primeiro lugar, pensamos naturalmente na Virgem Maria que, com a sua fé e a sua obra maternal, colaborou de modo único na nossa Redenção, de tal forma que Isabel a proclamou «bendita [...] entre as mulheres» (Lc 1,42), acrescentando: «Feliz de ti que acreditaste» (Lc 1,45). Tornando-se discípula de seu Filho, Maria manifestou em Caná total confiança nele (Jo 2,5) e seguiu-O até à Cruz, onde recebeu dele uma missão maternal para com todos os seus discípulos de todos os tempos, representados por João (Jo 19,25-27).
Surgem depois várias mulheres que, a diversos títulos, gravitaram em torno da figura de Jesus Cristo, com funções de responsabilidade. São exemplo eloquente disso as mulheres que seguiam Jesus Cristo para O assistir com os seus bens e das quais Lucas nos transmite alguns nomes: Maria de Magdala, Joana, Susana e «muitas outras» (Lc 8,2-3). Depois, os Evangelhos informam-nos de que as mulheres, diversamente dos Doze, não abandonaram Jesus Cristo na hora da Paixão (Mt 27,56.61; Mc 15,40). Entre elas destaca-se, em particular, Madalena que presenciou a Paixão, mas que foi também a primeira testemunha do Ressuscitado e quem O anunciou (Jo 20,1.11-18). É precisamente para Maria de Magdala que S. Tomás de Aquino reserva a singular qualificação de «apóstola dos apóstolos», dedicando-lhe este bonito comentário: «Assim como uma mulher tinha anunciado ao primeiro homem palavras de morte assim também foi uma mulher a primeira a anunciar aos apóstolos palavras de vida».

Sábado, dia 17 de Setembro de 2016

Sábado da 24ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : S. Roberto Belarmino, bispo, Doutor da Igreja, +1621, Santa Hildegarda, monja, +1179

1.ª Carta aos Coríntios 15,35-37.42-49.
Irmãos: Alguém poderia perguntar: «Como ressuscitam os mortos? Com que espécie de corpo voltam eles?».
Insensato! O que tu semeias, não volta à vida sem morrer.
E o que semeias não é a planta que há-de nascer, mas um simples grão, de trigo, por exemplo, ou de qualquer outra espécie.
Assim é também a ressurreição dos mortos: semeado corruptível, o corpo ressuscita incorruptível; (= isto é, nós somos habitados por muitos seres para estarmos completos. Se nenhum foi condenado à morte, todos regressam aos seus mundos depois de julgados até aos momentos finais da existência terrena de cada um: inclusive a pessoa natural. A questão é que há poucas pessoas naturais que não são condenadas à morte. As mais conhecidas são Elias e Jesus Cristo. Em Jesus Cristo, nada foi condenado à morte: nem a sua Pessoa Celeste, o Filho, nem a pessoa natural e todos os outros.)
semeado desprezível, ressuscita glorioso; semeado na fraqueza, ressuscita cheio de força;
semeado como corpo natural, ressuscita como corpo espiritual. Se há um corpo natural, também há um corpo espiritual.
Assim está escrito: O primeiro homem, Adão, foi criado como um ser vivo; o último Adão tornou-se um espírito que dá vida.
O primeiro não foi o espiritual, mas o natural; depois é que veio o espiritual.
O primeiro homem, tirado da terra, é terreno; o segundo homem veio do Céu.
O homem que veio da terra é o modelo dos homens terrenos; o homem que veio do Céu, o Filho, é o modelo dos homens celestes.
E assim como trouxemos em nós a imagem do homem terreno, trazemos também em nós a imagem do homem/ mulher celeste.
Livro de Salmos 56(55),10.11-12.13-14.
Então os meus inimigos retrocederão
no dia em que eu clamar;
bem sei que o Senhor está por mim.
Enalteço a palavra do Senhor,
enalteço a promessa do Senhor.

Em Deus confio e nada temo:
que poderão fazer-me os homens?
Oferecer-Vos-ei sacrifícios de acção de graças
porque salvastes a minha vida da morte;
preservastes os meus pés da queda
para andar na vossa presença, à luz da vida.

Evangelho segundo S. Lucas 8,4-15.
Naquele tempo, reuniu-se uma grande multidão que vinha ter com Jesus Cristo de todas as cidades e Ele falou-lhes por meio da seguinte parábola:
«O semeador saiu para semear a sua semente. Quando semeava, uma parte da semente caiu à beira do caminho: foi calcada e as aves do céu comeram-na.
Outra parte caiu em terreno pedregoso: depois de ter nascido, secou por falta de humidade.
Outra parte caiu entre espinhos: os espinhos cresceram com ela e sufocaram-na.
Outra parte caiu em boa terra: nasceu e deu fruto cem por um». Dito isto, exclamou: «Quem tem ouvidos para ouvir, oiça».
Os discípulos perguntaram a Jesus Cristo o que significava aquela parábola
e Ele respondeu: «A vós foi concedido conhecer os mistérios do reino de Deus, mas aos outros serão apresentados só em parábolas, para que, ao olharem, não vejam e, ao ouvirem, não entendam.
É este o sentido da parábola: A semente é a palavra de Deus.
Os que estão à beira do caminho são aqueles que ouvem, mas depois vem o diabo (= o senhor das trevas) tirar-lhes a palavra do coração, para que não acreditem e se salvem.
Os que estão em terreno pedregoso são aqueles que, ao ouvirem, acolhem a palavra com alegria, mas, como não têm raiz, acreditam por algum tempo e afastam-se quando chega a provação (= as dificuldades).
A semente que caiu entre espinhos são aqueles que ouviram, mas, sob o peso dos cuidados, da riqueza e dos prazeres da vida, sentem-se sufocados e não chegam a amadurecer.
A semente que caiu em boa terra são aqueles que ouviram a palavra com um coração nobre e generoso, a conservam e dão fruto pela sua perseverança».


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos -
www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São Boaventura (1221-1274), franciscano, doutor da Igreja
Breviloquium, Prólogo, 2-5
«A semente é a palavra de Deus»
A origem da Escritura não se situa na investigação humana, mas na Revelação divina que provém do «Pai das Luzes», «a quem toda a paternidade no céu e na Terra vai buscar o nome» (Tim 1,17; Ef 3,15). Dele, por seu Filho, Jesus Cristo, se derrama em nós o Espírito Santo. Pelo Espírito Santo que distribui os seus dons a cada um de nós segundo a sua vontade (Heb 2,4), é-nos dada a fé e «pela fé, Jesus Cristo habita nos nossos corações» (Ef 3,17). Deste conhecimento de Jesus Cristo deriva, como de uma fonte, a solidez e a inteligência de toda a Sagrada Escritura. É, pois impossível entrar no conhecimento da Escritura sem possuir, em primeiro lugar, a fé infusa em Jesus Cristo que é a luz, a porta e o alicerce de toda a Escritura. [...]
O resultado ou o fruto da Sagrada Escritura [...] é a plenitude da felicidade eterna. Porque a Escritura encerra «as palavras de vida eterna» (Jo 6,68); portanto ela não foi escrita só para que acreditemos, mas também para que possuamos a vida eterna na qual veremos e amaremos e, onde os nossos desejos serão inteiramente satisfeitos. Então, com os desejos satisfeitos, conheceremos verdadeiramente «o amor que ultrapassa todo o conhecimento» e assim ficaremos «cheios da plenitude de Deus» (Ef 3,19). É nesta plenitude que a divina Escritura se esforça por nos introduzir; é em vista deste fim, é com esta intenção que a Sagrada Escritura deve ser estudada, ensinada e entendida.
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1.º – As Amendoeiras em Flor e o Corridinho Algarvio.wmv           http://www.youtube.com/watch?v=NtaRei5qj9M&feature=youtu.be
2.º – O Cemitério de Lagos
3.º – Lagos e a sua Costa Dourada
4.º – Natal de 2012
5.º – Tempo de Poesia

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