Domingo,
dia 13 de Dezembro de 2015
3º Domingo do Advento
- Ano C
Clama jubilosamente, filha de Sião; solta brados de alegria,
Israel. Exulta, rejubila de todo o coração, filha de Jerusalém.
O Senhor revogou a sentença que te condenava, afastou os teus inimigos. O Senhor Deus, rei de Israel, está no meio de ti e já não temerás
nenhum mal.
Naquele dia, dir-se-á a Jerusalém: «Não temas, Sião, não desfaleçam as tuas
mãos.
O Senhor teu Deus está no meio de ti como poderoso salvador. Por causa de ti,
Ele enche-Se de júbilo, renova-te com o seu amor, exulta de alegria por tua
causa
como nos dias de festa».
Livro de Isaías
12,2-3.4bcd.5-6.
Deus é o meu Salvador,
tenho confiança e nada temo.
O Senhor é a minha força e o meu louvor.
Ele é a minha salvação.
Tirareis água com alegria das fontes da salvação.
Agradecei ao Senhor, invocai o seu nome;
anunciai aos povos a grandeza das suas obras,
proclamai a todos que o seu nome é santo.
Cantai ao Senhor porque Ele fez maravilhas,
anunciai-as em toda a Terra.
Entoai cânticos de alegria, habitantes de Sião,
porque é grande no meio de vós o Santo de Israel.
Carta aos Filipenses 4,4-7.
Irmãos: Alegrai-vos sempre no Senhor. Novamente vos digo:
alegrai-vos.
Seja de todos conhecida a vossa bondade. O Senhor está próximo.
Não vos inquieteis com coisa alguma; mas em todas as circunstâncias,
apresentai os vossos pedidos diante de Deus com orações, súplicas e acções de
graças.
E a paz de Deus, que está acima de toda a inteligência, guardará os vossos
corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus.
Evangelho segundo S.
Lucas 3,10-18.
Naquele tempo, as multidões perguntavam a João Baptista: «Que
devemos fazer?».
Ele respondia-lhes: «Quem tiver duas túnicas reparta com quem não tem nenhuma
e quem tiver mantimentos faça o mesmo».
Vieram também alguns publicanos para serem baptizados e disseram: «Mestre,
que devemos fazer?».
João respondeu-lhes: «Não exijais nada além do que vos foi prescrito».
Perguntavam-lhe também os soldados: «E nós, que devemos fazer?». Ele
respondeu-lhes: «Não pratiqueis violência com ninguém nem denuncieis
injustamente e contentai-vos com o vosso soldo».
Como o povo estava na expectativa e todos pensavam em seus corações se João
não seria o Messias,
João tomou a palavra e disse-lhes: «Eu baptizo-vos com água, mas está a chegar quem é mais forte do
que eu e eu não sou digno de desatar as correias das suas sandálias. Ele baptizar-vos-á com o Espírito Santo e
com o fogo».
Tem na mão a pá para limpar a sua eira
e recolherá o trigo no seu celeiro;
a palha, porém queimá-la-á num fogo
que não se apaga».
Assim com estas e muitas outras exortações, João anunciava ao povo a Boa
Nova».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Orígenes (c. 185-253), presbítero,
teólogo
Homilias sobre S. Lucas, 26, 3-5
«Tem na mão a pá de
joeirar»
O baptismo
pelo qual Jesus baptiza é «no Espírito Santo e no fogo». Se fores santo,
serás baptizado no Espírito Santo; se fores pecador, serás mergulhado no
fogo. O mesmo baptismo tornar-se-á condenação e fogo para os pecadores
indignos; mas os santos, aqueles que se convertem ao Senhor com fé
verdadeira, receberão a graça do Espírito Santo e a salvação.
Portanto, aquele de quem se diz que baptiza «no Espírito Santo e no fogo»
«tem na mão a pá de joeirar e vai limpar a sua eira e malhar o trigo;
guardará o grão no celeiro; quanto à palha, queimá-la-á no fogo que não se
extingue». Gostaria de descobrir por que motivo nosso Senhor tem na mão a pá
de joeirar e com que sopro vai a palha, que é leve, ser transportada para
aqui e para ali, enquanto o trigo, que é mais pesado, se acumula num único
lugar, uma vez que, se o vento não soprar, não se pode separar o trigo da
palha.
Creio que, pelo vento, se devem entender as tentações que, na multidão dos
crentes, revelam que uns são palha e outros são trigo. Porque, quando a
vossa alma foi dominada por uma tentação, não foi a tentação que a
transformou em palha, mas é porque éreis já palha, quer dizer,
homens levianos e sem fé, que a tentação revelou a vossa verdadeira
natureza. Em contrapartida, quando enfrentais corajosamente as tentações,
não é a tentação que vos torna fiéis e constantes; ela revela apenas as
virtudes de constância e de coragem que estavam em vós, mas de uma forma
escondida. [...] «Afligi-te e fiz-te sentir fome para manifestar o que tinhas
no coração» (Dt 8,3-5).
Segunda-feira,
dia 14 de Dezembro de 2015
Segunda-feira da 3a
semana do Advento
Naqueles dias, o profeta Balaão, erguendo os olhos, viu o povo
de Israel acampado por tribos. O Espírito de Deus desceu sobre ele
e ele proferiu a sua profecia, dizendo: «Palavra de Balaão, filho de Beor,
palavra do homem de olhar penetrante,
palavra de quem ouve as revelações de Deus, de quem contempla as visões do
Omnipotente quando cai em êxtase e seus olhos se abrem.
Como são belas as tuas tendas, Jacob, e as tuas moradas, Israel!
São como vales que se prolongam e jardins à beira dum rio, como aloés
plantados pelo Senhor, como cedros junto da corrente.
A água transbordará de seus cântaros e a sua semente será abundantemente
regada. O seu rei é maior do que Agag e a sua realeza será exaltada.
Palavra de Balaão, filho de Beor, palavra do homem de olhar penetrante,
palavra de quem ouve as revelações de Deus, de quem conhece a ciência do
Altíssimo, de quem contempla as visões do Omnipotente quando cai em êxtase
e seus olhos se abrem.
Eu vejo, mas não é para agora; eu contemplo, mas não de perto: Surge uma
estrela de Jacob, levanta-se um ceptro de Israel».
Livro de Salmos
25(24),4bc-5ab.6-7bc.8-9.
Mostrai-me, Senhor, os vossos caminhos,
ensinai-me as vossas veredas.
Guiai-me na vossa verdade e ensinai-me
porque Vós sois Deus, meu Salvador.
Lembrai-Vos, Senhor, das vossas misericórdias
e das vossas graças que são eternas.
Lembrai-Vos de mim segundo a vossa clemência,
por causa da vossa bondade, Senhor.
O Senhor é bom e recto,
ensina o caminho aos pecadores.
Orienta os humildes na justiça
e dá-lhes a conhecer os seus caminhos.
Evangelho segundo S. Mateus 21,23-27.
Naquele tempo, Jesus Cristo foi ao templo e, enquanto ensinava,
aproximaram-se d’Ele os príncipes dos sacerdotes e os anciãos do povo que
Lhe perguntaram: «Com que autoridade fazes tudo isto? Quem Te deu tal
direito?»
Jesus Cristo respondeu-lhes: «Vou fazer-vos também uma pergunta e, se Me
responderdes a ela, dir-vos-ei com que autoridade faço isto.
Donde era o baptismo de João? Do Céu ou dos homens?» Mas eles começaram a
deliberar, dizendo entre si: «Se respondermos que é do Céu, vai dizer-nos:
‘Porque não lhe destes crédito?’
E se respondermos que é dos homens, ficamos com receio da multidão, pois
todos consideram João como profeta».
E responderam a Jesus Cristo: «Não sabemos». Ele por sua vez disse-lhes:
«Então não vos digo com que autoridade faço isto».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Santo Agostinho (354-430), bispo
de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
Sermão 293,3, para a natividade de São João Baptista; PL 38, 1327 (trad.
bréviário 3.º dom. Advento, rev.)
Reconhecer a voz;
reconhecer a Palavra
É difícil
não confundir a palavra com a voz; foi por isso que tomaram João como o
Messias: a voz foi confundida com a Palavra. Mas a voz reconheceu-se a si
mesma como tal para não lesar a Palavra e disse: «Não sou Cristo, nem
Elias, nem o profeta.» Quando lhe perguntaram: «Então quem és?», respondeu:
«Eu sou a voz do que clama no deserto» (Jo 1,23). [...]
Ele é a voz de quem quebra o silêncio: «Preparai o caminho do Senhor», como
se dissesse: «Sou a voz que se faz ouvir apenas para introduzir a Palavra
no vosso coração; mas esta não se dignará entrar onde pretendo introduzi-la
se não lhe preparardes o caminho.» E que quer dizer «Preparai o caminho»
senão: «Suplicai insistentemente»? Que quer dizer «Preparai o caminho»
senão: «Sede humildes de coração»?
Imitai o exemplo de humildade de João Baptista. Consideram-no o Messias,
mas ele responde que não é o que julgam; não se aproveita do erro alheio
para uma afirmação pessoal. Se houvesse dito: «Eu sou o Messias» facilmente
teriam acreditado na sua palavra, pois já o tinham como tal antes de ele o
haver dito. Mas não disse, antes reconheceu o que era e disse o que não
era: foi humilde. Compreendeu donde lhe vinha a salvação; compreendeu que não
era mais do que uma tocha ardente e luminosa e receou que o vento da
soberba pudesse apagá-la.
Terça-feira,
dia 15 de Dezembro de 2015
Terça-feira da 3a
semana do Advento
Santo do dia : Beato
João Henrique Carlos Steeb, presbítero, fundador, +1856, Santa
Maria Crucificada de Rosa, religiosa, fundadora, +1855, Santa
Cristina, mártir cristã, séc. IV
Livro de Sofonias 3,1-2.9-13.
Eis o que diz o Senhor: «Ai da cidade rebelde e impura,
ai da cidade opressora!
Não escutou nenhum apelo nem aceitou qualquer aviso. Não confiou no
Senhor nem se aproximou do seu Deus.
Mas Eu darei aos povos lábios puros para que todos invoquem o nome do
Senhor e O sirvam de coração unânime.
Do outro lado dos rios da Etiópia, os meus adoradores virão trazer-Me
ofertas.
Nesse dia não te envergonharás das acções com que Me ofendeste porque
afastarei do meio de ti os fanfarrões e arrogantes e não tornarás a
vangloriar-te no meu santo monte.
Só deixarei ficar no meio de ti um povo pobre e humilde e procurarão
refúgio no nome do Senhor os sobreviventes de Israel.
Não voltarão a cometer injustiças, não tornarão a dizer mentiras nem mais
se encontrará na sua boca uma língua enganadora. Por isso terão pastagem
e repouso sem que ninguém os perturbe».
Livro de Salmos
34(33),2-3.6-7.17-18.19.23.
A toda a hora
bendirei o Senhor,
o seu louvor estará sempre na minha boca.
A minha alma gloria-se no Senhor:
escutem e alegrem-se os humildes.
Voltai-vos para Ele e ficareis radiantes,
o vosso rosto não se cobrirá de vergonha.
Este pobre clamou e o Senhor o ouviu,
salvou-o de todas as angústias.
O Senhor volta-se contra os que fazem o mal
para apagar da Terra a sua memória.
Os justos clamaram e o Senhor os ouviu,
livrou-os de todas as suas angústias.
O Senhor está perto dos que têm o coração
atribulado e salva os de ânimo
abatido.
O Senhor defende a vida dos seus servos,
não serão castigados os que n’Ele se refugiam.
Evangelho segundo S. Mateus 21,28-32.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos príncipes dos
sacerdotes e aos anciãos do povo: «Que vos parece? Um homem tinha dois
filhos. Foi ter com o primeiro e disse-lhe: ‘Filho, vai hoje trabalhar na
vinha’.
Mas ele respondeu-lhe: ‘Não quero’. Depois, porém arrependeu-se e foi.
O homem dirigiu-se ao segundo filho e falou-lhe do mesmo modo. Ele
respondeu: ‘Eu vou, Senhor’. Mas de facto não foi.
Qual dos dois fez a vontade ao pai?» Eles responderam-Lhe: «O primeiro».
Jesus Cristo disse-lhes: «Em verdade vos digo: Os publicanos e as
mulheres de má vida irão diante de vós para o reino de Deus.
João Baptista veio até vós, ensinando-vos o caminho da justiça e não
acreditastes nele; mas os publicanos e as mulheres de má vida
acreditaram. E vós, que bem o vistes, não vos arrependestes, acreditando
nele».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
São Pedro Crisólogo (c.
406-450), bispo de Ravena, doutor da Igreja
Sermão 167; CCL 248, 1025, PL 52, 636
«João veio até
vós, ensinando-vos o caminho da justiça, e não acreditastes nele»
João
Baptista ensina com palavras e com actos. Verdadeiro mestre, mostra pelo
seu exemplo aquilo que afirma com a sua palavra. O saber faz o mestre,
mas é a conduta que confere autoridade. [...] Ensinar pelos actos é a única regra daquele que quer instruir.
A instrução pelas palavras é sabedoria;
mas quando passa pelos actos é virtude.
Por conseguinte, a sabedoria é autêntica quando unida à virtude: só então
é divina e não humana. [...]
«Naqueles dias, apareceu João, o Baptista, a pregar no deserto da Judeia.
Dizia: "Convertei-vos porque está próximo o Reino do Céu"» (Mt
3,1-2). «Convertei-vos.» Também podia dizer: «Rejubilai.» «Rejubilai
antes porque as realidades humanas dão lugar às realidades divinas, as
terrestres às celestiais, as temporais às eternas, o mal ao bem, a incerteza à segurança, a tristeza à
felicidade, as realidades perecíveis às que permanecerão para sempre. O
Reino dos Céus está muito próximo. Convertei-vos.» Que a tua conduta de
convertido seja evidente. Tu que preferiste o humano ao divino, que
quiseste ser escravo do mundo em vez de vencedor do mundo com o Senhor do
mundo, converte-te (isto é, deixa de praticar o mal; passa a praticar só
o bem e entrega o mal que te fazem aos colaboradores do Senhor Deus.
Melhor do que ninguém eles sabem como agir). Tu que fugiste da liberdade
que as virtudes conferem porque quiseste sofrer o jugo do pecado,
converte-te. Converte-te verdadeiramente, tu que, por medo de possuir a
Vida, te entregaste à morte.
Quarta-feira,
dia 16 de Dezembro de 2015
Quarta-feira da
3a semana do Advento
Santo do dia : Santo
Eusébio, papa, mártir, +309, Santa
Adelaide (ou Alice), imperatriz da Alemanha, +999, Beata
Maria do Anjos, virgem, +1717, Santa
Albina (ou Branca), mártir, séc. III
Livro de Isaías 45,6b-8.18.21b-25.
«Eu sou o Senhor
e não há outro.
Formo a luz e crio as trevas, dou a felicidade e crio a desgraça. Sou
Eu, o Senhor, que faço tudo isto.
Derramai, ó céus, o orvalho lá do alto e as nuvens chovam a justiça;
abra-se a terra e germine a salvação e com ela floresça a justiça. Sou
Eu, o Senhor, que o realizo».
Assim fala o Senhor que criou os céus, o Deus que formou a terra e a
consolida, que não a criou para ficar deserta, mas a formou para ser
habitada: «Eu sou o Senhor e não há outro». Quem anunciou tudo isto no
passado? Quem o predisse há tanto tempo?
Não fui Eu, o Senhor? Não há outro Deus além de Mim; Eu sou o Deus
justo e salvador e não há outro.
Voltai-vos para Mim e sereis salvos, todos os confins da Terra porque Eu sou Deus e não há outro.
Juro pelo meu nome, é justo o que sai da minha boca, a minha palavra é
irrevogável: Diante de Mim se hão-de dobrar todos os joelhos, em meu
nome hão-de jurar todas as línguas,
dizendo: ‘Só no Senhor está a justiça e a fortaleza’». Hão-de vir,
cobertos de vergonha, à sua presença todos os que se levantaram contra
Ele.
No Senhor terá salvação e glória toda a descendência de Israel.
Livro de Salmos
85(84),9ab-10.11-12.13-14.
Escutemos o que
diz o Senhor:
Deus fala de paz ao seu povo e aos seus fiéis.
A sua salvação está perto dos que O adoram
e a sua glória habitará na nossa terra.
Encontraram-se a misericórdia
e a fidelidade,
abraçaram-se a paz e a justiça.
A fidelidade vai germinar da terra
e a justiça descerá do Céu.
O Senhor dará ainda o que é bom
e a nossa terra produzirá os seus frutos.
A justiça caminhará à sua
frente
e a paz seguirá os seus
passos.
Evangelho segundo S. Lucas 7,19-23.
Naquele tempo,
João Baptista chamou dois dos seus discípulos e enviou-os ao Senhor com
esta mensagem: «És Tu Aquele que havia de vir ou devemos esperar
outro?»
Ao chegarem junto de Jesus Cristo, os homens disseram-Lhe: «João
Baptista mandou-nos perguntar-Te: ‘És Tu Aquele que havia de vir ou
devemos esperar outro?’»
Nessa altura, Jesus Cristo curava muitas pessoas, de doenças,
padecimentos e espíritos malignos e deu a vista a muitos cegos.
Então respondeu-lhes: «Ide contar a João o que vistes e ouvistes: os
cegos vêem, os coxos andam, os leprosos ficam limpos, os surdos ouvem,
os mortos ressuscitam e aos pobres é anunciado o Evangelho
e feliz daquele que não encontrar em Mim ocasião de
queda».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Santo Ambrósio (c. 340-397),
bispo de Milão, doutor da Igreja
Comentário ao Evangelho de Lucas
«És tu Aquele
que havia de vir?»
O
Senhor, sabendo que sem o Evangelho ninguém pode ter uma fé plena –
porque se a Bíblia começa pelo Antigo Testamento, é no Novo que ela
atinge a perfeição – não esclarece as questões que Lhe colocam acerca
dele próprio por palavras, mas pelos
seus actos. «Ide contar a João o que vistes e ouvistes: os cegos
vêem, os coxos andam, os leprosos ficam limpos, os surdos ouvem, os
mortos ressuscitam e aos pobres é anunciado o Evangelho e feliz daquele
que não encontrar em Mim ocasião de queda.» Este testemunho é completo
porque foi acerca dele que foi profetizado: «O Senhor liberta os
prisioneiros; o Senhor dá vista aos cegos; o Senhor levanta os caídos.
[...] O Senhor reinará eternamente» (Sl 145,7s). Estas são as marcas de
um poder que não é humano, mas divino. [...]
Contudo estes actos são apenas pequenos exemplos do testemunho trazido
por Jesus Cristo. O que funda a plenitude da fé é a cruz do Senhor, a
sua morte, o seu sepulcro. É por isso que, depois da resposta que
citámos, Ele acrescenta: «E feliz daquele que não encontrar em Mim
ocasião de queda.» Com efeito, a cruz podia provocar a queda dos
próprios escolhidos, mas não há testemunho maior de uma pessoa divina,
nada que mais pareça ultrapassar as forças humanas do que esta oferta
de um só pelo mundo inteiro. É somente assim que o Senhor Se revela
plenamente. Aliás é assim que João O designa: «Eis o Cordeiro de Deus,
eis Aquele que tira o pecado do mundo» (Jo 1,29).
Quinta-feira, dia 17 de Dezembro de 2015
Últimos dias
feriais do Advento - 17 de dezembro
Naqueles dias,
Jacob chamou os seus filhos e disse-lhes: «Reuni-vos e escutai,
filhos de Jacob. Escutai Israel, vosso pai.
Judá, os teus irmãos hão-de louvar-te, a tua mão pesará sobre a
cabeça dos teus inimigos e os filhos de teu pai hão-de inclinar-se
diante de ti.
Judá, tu és um leão novo: voltaste, meu filho, com a tua presa. Ele
dobra o joelho e deita-se como o leão ou como a leoa: quem o fará
levantar-se?
O ceptro não se afastará de Judá nem o bastão de comando de entre os
seus pés até que venha Aquele a quem pertence e a quem os povos hão-de
obedecer».
Livro de
Salmos 72(71),2.3-4ab.7-8.17.
Ó Deus, dai ao
rei o poder de julgar
e a vossa justiça ao filho do rei.
Ele governará o vosso povo com justiça
e os vossos pobres com equidade.
Os montes trarão a paz ao povo
e as colinas a justiça.
Ele fará justiça aos humildes
e salvará os indigentes.
Florescerá a justiça nos seus dias
e uma grande paz até ao fim dos tempos.
Ele dominará de um ao outro mar,
do grande rio até aos confins da Terra.
O seu nome será eternamente bendito
e durará tanto como a luz do sol;
nele serão abençoadas todas as nações,
todos os povos o hão-de bendizer.
Evangelho segundo S. Mateus 1,1-17.
Genealogia de Jesus Cristo, Filho de David,
Filho de Abraão:
Abraão gerou Isaac; Isaac gerou Jacob; Jacob gerou Judá e seus
irmãos.
Judá gerou, de Tamar, Farés e Zara; Farés gerou Esrom; Esrom gerou
Arão;
Arão gerou Aminadab; Aminadab gerou Naasson; Naasson gerou Salmon;
Salmon gerou, de Raab, Booz; Booz gerou, de Rute, Obed; Obed gerou
Jessé;
Jessé gerou o rei David. David, da mulher de Urias, gerou Salomão;
Salomão gerou Roboão; Roboão gerou Abias; Abias gerou Asa;
Asa gerou Josafat; Josafat gerou Jorão; Jorão gerou Ozias;
Ozias gerou Joatão; Joatão gerou Acaz; Acaz gerou Ezequias;
Ezequias gerou Manassés; Manassés gerou Amon; Amon gerou Josias;
Josias gerou Jeconias e seus irmãos, ao tempo do desterro de
Babilónia.
Depois do desterro de Babilónia, Jeconias gerou Salatiel; Salatiel
gerou Zorobabel;
Zorobabel gerou Abiud; Abiud gerou Eliacim; Eliacim gerou Azor;
Azor gerou Sadoc; Sadoc gerou Aquim; Aquim gerou Eliud;
Eliud gerou Eleazar; Eleazar gerou Matã; Matã gerou Jacob;
Jacob gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, chamado
Cristo.
Assim todas estas gerações são: de Abraão a David, catorze gerações;
de David ao desterro de Babilónia, catorze gerações; do desterro de
Babilónia até Jesus Cristo, catorze gerações.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Santo Ireneu de Lyon (c.
130-c. 208), bispo, teólogo, mártir
Contra as heresias, IV, 20, 4-5; SC 100
«Genealogia de
Jesus Cristo»
Há um
único Deus que, pelo seu Verbo, sua Palavra e sua Sabedoria, fez e
harmonizou todas as coisas. Deus Criador deu esse mundo ao género
humano. [...] Na sua grandeza, Ele é desconhecido de todos seres que
criou porque ninguém escrutinou a sua origem. [...] No entanto, no
seu amor, é conhecido desde sempre, graças Àquele por meio do qual
criou todas as coisas (Rom 1,20) que não é outro senão o Verbo, nosso
Senhor Jesus Cristo que, nos últimos tempos, Se fez homem entre os
homens para unir o fim ao princípio, isto é, o homem a Deus.
É por isso que os profetas, depois de terem recebido desta mesma
Palavra o dom da profecia,
pregaram antecipadamente a sua vinda na carne, pela qual se realizou
a comunhão entre Deus e o
homem, de acordo com a vontade do Pai. Desde o início, de facto,
o Verbo anunciou que Deus havia de ser visto pelos homens, que com
eles viveria e conversaria na Terra (Ba 3,38) e que Se tornaria
presente à obra que tinha modelado para a salvar. [...] Portanto os
profetas anunciaram com antecedência que Deus seria visto pelos
homens de acordo com o que o Senhor também disse: «Afortunados os
puros de coração porque ficarão na presença de Deus» (Mt 5,8). É
certo que, em razão da grandeza e da glória indizível de Deus, «o ser
humano não pode ver-Me e permanecer vivo» (Ex 33,20) porque o Pai é
inatingível. Mas em razão do seu amor, da sua bondade para com os
homens e da sua omnipotência, Ele vai ao ponto de conceder àqueles
que O amam o privilégio de estarem na presença de Deus [...] porque «o que é impossível aos homens é
possível a Deus» ( Lc 18,27).
Sexta-feira, dia 18 de Dezembro de 2015
Últimos dias feriais do Advento - 18 de dezembro
Festa da Igreja : Expectação da Virgem Santa MariaNossa
Senhora do Bom Parto
Santo do dia : S. Flávio, presbítero, eremita, séc. VI, Santos
Zózimo e Rufo, mártires, +107
Livro de Jeremias 23,5-8.
«Dias virão —
diz o Senhor— em que farei surgir para David um rebento justo. Será
um verdadeiro rei e governará com sabedoria: há-de exercer no país o direito e a justiça.
Nos seus dias, Judá será salvo e Israel viverá em segurança. Este
será o seu nome: ‘O Senhor é a nossa justiça’».
Por isso, dias virão —oráculo do Senhor— em que já não se dirá:
‘Viva o Senhor que fez sair os filhos de Israel da terra do
Egipto’;
mas sim ‘Viva o Senhor que fez sair e regressar os descendentes da
casa de Israel da região do norte e de todos os países em que os
tinha dispersado para poderem habitar na sua própria terra’».
Livro de
Salmos 72(71),2.12-13.18-19.
Ó Deus, dai
ao rei o poder de julgar
e a vossa justiça ao filho do rei.
Ele governará o vosso povo com justiça
e os vossos pobres com equidade.
Socorrerá o pobre que pede auxílio
e o miserável que não tem amparo.
Terá compaixão dos fracos e dos pobres
e defenderá a vida dos oprimidos.
Bendito seja o Senhor, Deus de Israel:
só Ele faz maravilhas.
Bendito para sempre o seu nome glorioso:
Toda a Terra se encha da sua glória.
Evangelho segundo S. Mateus 1,18-24.
O nascimento
de Jesus Cristo deu-se do seguinte modo: Maria, sua Mãe, noiva de
José, antes de terem vivido em comum, encontrara-se grávida por
virtude do Espírito Santo.
Mas José, seu esposo, que era justo e não queria difamá-la,
resolveu repudiá-la em segredo.
Tinha ele assim pensado, quando lhe apareceu num sonho o Anjo do
Senhor que lhe disse: «José, filho de David, não temas receber
Maria por tua esposa, pois o que nela se gerou é fruto do Espírito
Santo.
Ela dará à luz um filho e tu pôr-Lhe-ás o nome de Jesus porque Ele salvará o
povo dos seus pecados».
Tudo isto aconteceu para se cumprir o que o Senhor anunciara por
meio do profeta que diz:
«A Virgem conceberá e dará à luz um Filho que será chamado
‘Emanuel’, que quer dizer ‘Deus connosco’».
Quando despertou do sono, José fez como o Anjo do Senhor lhe
ordenara e recebeu sua esposa.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Beato Pio IX
(1792-1878), papa
Decreto “Urbi et Orbi” de 8 de Dezembro de 1870
S. José,
esposo de Maria, pai adoptivo de Jesus, patrono da Igreja
Tal
como Deus estabeleceu o Patriarca José, filho de Jacob, governador
de todo o Egipto para assegurar ao povo o alimento necessário à vida
(Gn 41,40s); da mesma forma quando se cumpriram os tempos em que ia
enviar o seu Filho único para resgatar o mundo, o Eterno escolheu
um outro José, do qual o primeiro era a figura, estabeleceu-o
príncipe e senhor da sua casa e dos seus bens e confiou-lhe a
guarda dos seus mais preciosos tesouros. Com efeito, José desposou
a imaculada Virgem Maria, da qual, pelo poder do Espírito Santo,
nasceu Jesus Cristo que quis passar aos olhos de todos por filho de
José e Se dignou ser-lhe submisso. José não só viu Aquele que
tantos profetas e reis tinham desejado ver (Lc 10, 24) como
conversou com Ele, apertou-O nos braços com particular ternura,
cobriu-O de beijos. Com um cuidado cheio de zelo e uma solicitude
sem igual, alimentou Aquele que os fiéis haviam de comer como pão
da vida eterna.
Em virtude desta dignidade sublime a que Deus elevou o seu servo
fiel, sempre a Igreja exaltou e honrou S. José com um culto
excepcional, ainda que inferior ao que presta à Mãe de Deus e
sempre implorou a sua assistência nas horas críticas. [...] Por
isso, declaramos solenemente S. José Patrono da Igreja Católica.
Sábado, dia 19 de Dezembro de 2015
Últimos dias feriais do Advento - 19 de dezembro
Naqueles
dias, vivia em Soreá um homem da tribo de Dã, chamado Manoé, cuja
mulher, sendo estéril, não tinha filhos.
O Anjo do Senhor apareceu a essa mulher e disse-lhe: «És estéril
e sem filhos, mas conceberás e darás à luz um filho.
Agora tem cuidado: não
bebas vinho nem outra
bebida alcoólica nem
comas nada impuro porque vais
conceber e dar à luz um filho.
A navalha não tocará na sua cabeça porque o menino será
consagrado a Deus desde o seio materno e começará a libertar
Israel das mãos dos filisteus».
A mulher foi dizer ao marido: «Veio ter comigo um homem de Deus.
Tinha o aspecto de um Anjo do Senhor, cheio de majestade. Não lhe
perguntei donde vinha nem ele me revelou o seu nome.
Mas disse-me: «Conceberás e darás à luz um filho. Agora não bebas
vinho nem outra bebida alcoólica e não comas nada impuro porque o
menino será consagrado a Deus desde o seio materno até ao dia da
sua morte».
A mulher deu à luz um filho e pôs-lhe o nome de Sansão. O menino
cresceu e o Senhor abençoou-o.
Foi em Maané-Dan, entre Sorá e Estaol, que o espírito do SENHOR
começou a agitar Sansão.
Livro de
Salmos 71(70),3-4a.5-6ab.16-17.
Sede para
mim um refúgio seguro,
a fortaleza da minha salvação.
Vós sois a minha defesa e o meu refúgio:
meu Deus, salvai-me do pecador.
Sois Vós, Senhor, a minha esperança,
a minha confiança desde a juventude.
Desde o nascimento Vós me sustentais,
desde o seio materno sois o meu protector.
Meu Deus, hei-de narrar os vossos feitos grandiosos,
recordarei, Senhor, a vossa justiça sem igual.
Desde a juventude Vós me ensinais
e até hoje anunciei sempre os vossos prodígios.
Evangelho segundo S. Lucas 1,5-25.
Nos dias de
Herodes, rei da Judeia, vivia um sacerdote chamado Zacarias, da
classe de Abias, cuja esposa era descendente de Aarão e se
chamava Isabel.
Eram ambos justos aos olhos de Deus e cumpriam
irrepreensivelmente todos os mandamentos e leis do Senhor.
Não tinham filhos porque Isabel era estéril e os dois eram de
idade avançada.
Quando Zacarias exercia as funções sacerdotais diante de Deus, no
turno da sua classe,
coube-lhe em sorte, segundo o costume sacerdotal, entrar no
Santuário do Senhor para oferecer o incenso.
Toda a assembleia do povo, durante a oblação do incenso, estava
cá fora em oração.
Apareceu-lhe então o Anjo do Senhor, de pé, à direita do altar do
incenso.
Ao vê-lo, Zacarias ficou perturbado e encheu-se de temor.
Mas o Anjo disse-lhe: «Não temas, Zacarias, porque a tua súplica
foi atendida. Isabel, tua esposa, dar-te-á um filho, ao qual
porás o nome de João.
Será para ti motivo de grande alegria e muitos hão-de alegrar-se
com o seu nascimento
porque será grande aos olhos do Senhor. Não beberá vinho nem
bebida alcoólica; será cheio do Espírito Santo desde o seio
materno
e reconduzirá muitos dos filhos de Israel ao Senhor, seu Deus.
Irá à frente do Senhor com
o espírito e o poder de Elias para fazer voltar os corações
dos pais a seus filhos e os rebeldes à sabedoria dos justos a fim
de preparar um povo para o Senhor».
Zacarias disse ao Anjo: «Como hei-de saber que é assim, se eu
estou velho e a minha esposa de idade avançada?».
O Anjo respondeu-lhe: «Eu sou Gabriel que assisto na presença de
Deus e fui enviado para te anunciar esta boa nova.
Mas tu vais guardar silêncio sem poder falar até ao dia em que
tudo isto aconteça por não teres acreditado nas minhas palavras
que se cumprirão a seu tempo.
Entretanto o povo esperava por Zacarias e admirava-se por ele se
demorar no Santuário.
Quando ele saiu, não lhes podia falar e então compreenderam que
tinha tido uma visão no Santuário. Ele fazia-lhes sinais e
continuava mudo.
Ao terminarem os seus dias de serviço, Zacarias voltou para casa.
Algum tempo depois, Isabel, sua esposa, concebeu e permaneceu
oculta durante cinco meses, dizendo:
«Assim procedeu o Senhor para comigo nos dias em que Se dignou
livrar-me desta desonra diante dos homens».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Santo Agostinho
(354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
Sermão 293
«Não
acreditaste nas minhas palavras» (Lc 1,20) «Feliz a que
acreditou» (Lc 1,45)
A
mãe de João Baptista é uma mulher velha e estéril; a de Jesus Cristo,
uma jovem no auge da sua juventude. João é fruto da esterilidade;
Jesus Cristo, da virgindade. […] Um é anunciado pela mensagem de
um anjo; ao anúncio do anjo, o outro é concebido. O pai de João
não acredita na notícia do seu nascimento e emudece; a Mãe de Jesus
Cristo acredita em seu filho e, pela fé, concebe-O no seu seio. O
coração da Virgem acolhe a fé; depois, tornando-se mãe, Maria
recebe um fruto no seu ventre.
As palavras que Maria e Zacarias dirigem ao anjo são, contudo
mais ou menos semelhantes. Quando o anjo lhe anuncia o nascimento
de João, o sacerdote responde: «Como hei-de saber que é assim se
eu sou velho e a minha esposa de idade avançada?» Ao anúncio do
anjo, Maria responde: «Como será isso se eu não conheço homem?»
Sim, são quase as mesmas palavras. […] Contudo, o primeiro é
repreendido e a segunda é esclarecida. A Zacarias é dito: «Por
não teres acreditado»; a Maria: «Eis a resposta que pediste.»
Mais uma vez, são quase as mesmas palavras. […] Mas Aquele que
ouvia as palavras também via os corações, pois nada Lhe está
oculto. A linguagem de cada um velava o seu pensamento; mas, se
esse pensamento estava oculto para os homens, não o estava para o
anjo, ou melhor, para Aquele que falava por intermédio do anjo.©
http://goo.gl/RSVXh5 portal da Confraria Bolos D.
Rodrigo
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2.º – O Cemitério de Lagos
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