sábado, 26 de janeiro de 2013

Cristianismo 96


=CRISTIANISMO=

«Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna» Jo 6,68
Queridos Amigos
Aproveitamos para vos anunciar a abertura de duas novas versões de Evangelizo, a acrescentar à versão grega recentemente iniciada:
- a versão malgaxe: www.evanjelyanio.org;
- a versão italiana no calendário ambrosiano: www.vangelodelgiorno.org.
A liturgia ambrosiana é bastante próxima da romana tradicional com algumas especificidades particulares tais como um calendário e leituras próprias. Abrimos esta versão a pedido de numerosos leitores de língua italiana e de um bispo. O rito ambrosiano está em vigor na diocese de Milão e em três vales do Tessino (na Suíça), o que representa 51 paróquias.
Fiéis ao espírito do serviço Evangelizo, estamos felizes por vos fazer descobrir, através deste rito ambrosiano, a extraordinária riqueza litúrgica da nossa Igreja.
- a versão grega: evaggeliokathemera.org. Que ela possa ser um apoio diário aos membros deste povo que sofre. Não deixem se informar os vossos conhecidos deste novo serviço.
Podem contactar connosco através da página “contactos” do nosso sítio internet: http://www.evangelizo.org/main.php?language=PT&module=contact. Obrigado.
Queremos agradecer também a quantos, com a sua contribuição, permitem o financiamento e o desenvolvimento do serviço. Como sabem, ele é e será sempre gratuito, mas essas contribuições servem, em parte, para apoiar os mosteiros que nos ajudam na selecção e tradução diária dos comentários bem como para financiar o material informático. É por esta relação entre a vida activa e a contemplativa que o Evangelho Quotidiano pode funcionar.
Se deseja fazer um donativo: http://www.evangelizo.org/main.php?language=PT&module=helpus. Obrigado.
Criado em 2001, EVANGELIZO propõe aos seus leitores um acesso fácil e rápido a todas as leituras da liturgia católica do dia, à vida dos santos e a um comentário feito por uma grande figura da Igreja.
Fazemo-vos uma proposta; um amigo por dia. É um mínimo que não ocupa quase tempo nenhum. Abram o nosso site (www.evangelizo.org) e, clicando na bandeira que vos interessa, inscrevam o amigo de que se lembrarem na casa “o seu endereço e-mail”. Confirmem e já está! Ele receberá uma carta nossa a pedir se aceita a inscrição.
Um por dia! Não é pedir muito, pois não? O Senhor vos agradecerá.
O serviço está agora disponível gratuitamente em vários meios e suportes: por correio electrónico; no computador: http://www.evangelhoquotidiano.org/; em telefone móvel: http://mobile, evangelizo.org; em telefone “Iphone” e “Android”: aplicações “Evangelizo”.
Com os votos renovados de uma boa caminhada ao longo deste ano, saúda-vos
A equipa portuguesa do Evangelho Quotidiano
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Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Domingo, dia 20 de Janeiro de 2013

2º Domingo do Tempo Comum - Ano C

Santo do dia : S. Sebastião, m., +288, S. Fabião (ou Fabiano), p., m., +250
Livro de Isaías 62,1-5.
Por amor de Sião, não me calarei, por amor de Jerusalém, não descansarei até que apareça a aurora da sua justiça e a sua salvação brilhe como uma chama.
As nações verão a tua justiça e todos os reis, a tua glória. Dar-te-ão um nome novo, designado pela boca do SENHOR.
Serás como uma coroa brilhante nas mãos do SENHOR e um diadema real nas mãos do teu Deus.
Não serás mais chamada a «Desamparada» nem a tua terra será chamada a «Deserta»; antes serás chamada: «Minha Dilecta» e a tua terra a «Desposada» porque o SENHOR elegeu-te como preferida e a tua terra receberá um esposo.
Assim como um jovem se casa com uma jovem também te desposa aquele que te reconstrói. Assim como a esposa é a alegria do seu marido assim tu serás a alegria do teu Deus.

Livro de Salmos 96(95),1-2a.2b-3.7-8a.9-10ac.
Cantai ao Senhor um cântico novo,
cantai ao Senhor, Terra inteira!
Cantai ao Senhor, bendizei o seu nome.

Anunciai dia a dia a sua salvação,
publicai entre as nações a sua glória,
em todos os povos, as suas maravilhas.

Dai ao Senhor, famílias das nações,
dai ao Senhor glória e poder,
dai ao Senhor a glória do seu nome.

Adorai o Senhor com vestes sagradas.
Trema diante d'Ele a Terra inteira!
Proclamai entre os povos:«O Senhor é rei»,
governa os povos com equidade.

1ª Carta aos Coríntios 12,4-11.
Irmãos: Há diversidade de dons, mas o Espírito (o Espírito de Deus; não o Espírito Universal) é o mesmo;
há diversidade de serviços, mas o Senhor é o mesmo;
há diversos modos de agir, mas é o mesmo Deus que realiza tudo em todos.
A cada um é dada a manifestação do Espírito para proveito comum.
A um é dada, pela acção do Espírito, uma palavra de sabedoria; a outro, uma palavra de ciência, segundo o mesmo Espírito;
a outro, a fé no mesmo Espírito; a outro, o dom das curas, no único Espírito;
a outro, o poder de fazer milagres; a outro, a profecia; a outro, o discernimento dos espíritos; a outro, a variedade de línguas; a outro, por fim, a interpretação das línguas.
Tudo isto, porém, o realiza o único e o mesmo Espírito, distribuindo a cada um conforme lhe apraz.

Evangelho segundo S. João 2,1-11.
Naquele tempo, realizou-se um casamento em Caná da Galileia e a mãe de Jesus Cristo estava lá.
Jesus Cristo e os seus discípulos também foram convidados para a boda.
Como viesse a faltar o vinho, a mãe de Jesus Crsto disse-lhe: «Não têm vinho!»
Jesus Cristo respondeu-lhe: «Mulher, que tem isso a ver contigo e comigo? Ainda não chegou a minha hora.»
Sua mãe disse aos serventes: «Fazei o que Ele vos disser!»
Ora havia ali seis vasilhas de pedra preparadas para os ritos de purificação dos judeus com capacidade de duas ou três medidas cada uma.
Disse-lhes Jesus Cristo: «Enchei as vasilhas de água.»
Eles encheram-nas até cima. Então ordenou-lhes: «Tirai agora e levai ao chefe de mesa.»
E eles assim fizeram. O chefe de mesa provou a água transformada em vinho sem saber de onde era, se bem que o soubessem os serventes que tinham tirado a água; chamou o noivo
e disse-lhe: «Toda a gente serve primeiro o vinho melhor e, depois de terem bebido bem, é que serve o pior. Tu, porém guardaste o melhor vinho até agora!»
Assim, em Caná da Galileia, Jesus Cristo realizou o primeiro dos seus sinais miraculosos com o qual manifestou a sua glória e os discípulos creram nele.

São Máximo de Turim (?-c. 420), bispo Homilia 23; PL 57, 274
O vinho novo da verdadeira alegria
Está escrito que o Senhor foi a umas bodas para onde tinha sido convidado. O Filho de Deus foi a estas bodas para santificar com a Sua presença o casamento que já tinha instituído. Foi a umas bodas da Antiga Lei para escolher, no povo pagão, uma esposa que permanecesse sempre virgem. Aquele que não nasceu de um casamento humano foi às bodas e não foi para participar num alegre banquete, mas para Se revelar por meio de um prodígio verdadeiramente admirável; não foi beber vinho, mas dar vinho porque, quando faltou vinho aos convidados, a bem-aventurada Virgem Maria disse-Lhe: «Não têm vinho!» Jesus Cristo, aparentemente contrariado, respondeu-lhe: «Mulher, que tem isso a ver contigo e comigo?» [...] Ao responder: «Ainda não chegou a Minha hora», referia-Se certamente à hora gloriosa da Sua Paixão, onde o vinho foi derramado para vida e salvação de todos. Maria pedia-Lhe um favor temporal, enquanto Jesus Cristo preparava uma alegria eterna.
Mas o Senhor é tão bom que não hesita em conceder pequenas coisas enquanto não chegam as grandes. A bem-aventurada Virgem Maria, sendo verdadeiramente Mãe do Senhor, via em pensamento o que ia passar-se e conhecia antecipadamente a vontade do Senhor. Foi por isso que teve o cuidado de dizer aos servidores: «Fazei o que Ele vos disser!» A Santa Mãe sabia certamente que a palavra de censura que o Filho lhe tinha dirigido não ocultava o ressentimento de um homem irritado, mas continha um mistério de compaixão [...] e eis que subitamente aquelas águas começaram a receber força, a tomar cor, a difundir um bom odor, a adquirir gosto e a sua natureza a mudar por completo. E esta transformação das águas noutra substância manifestou a presença do Criador porque ninguém é capaz de transformar a água noutra coisa, senão Aquele que a criou do nada.
Segunda-feira, dia 21 de Janeiro de 2013

Segunda-feira da 2ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : Santa Inês, v. m., +304
Carta aos Hebreus 5,1-10.
Todo o Sumo Sacerdote tomado de entre os homens é constituído em favor dos homens nas coisas respeitantes a Deus para oferecer dons e sacrifícios pelos pecados.
Pode compadecer-se dos ignorantes e dos que erram, pois também ele está cercado de fraqueza;
por isso, deve oferecer sacrifícios, tanto pelos seus pecados como pelos do povo.
E ninguém tome esta honra para si mesmo, mas somente quem é chamado por Deus, tal como Aarão.
Assim também Jesus Cristo não se atribuiu a glória de se tornar Sumo Sacerdote, mas concedeu-lha aquele que lhe disse: Tu és meu Filho, Eu hoje te gerei.
E como diz noutro passo: Tu és sacerdote para sempre segundo a ordem de Melquisedec.
Nos dias da sua vida terrena, apresentou orações e súplicas àquele que o podia salvar da morte com grande clamor e lágrimas e foi atendido por causa da sua piedade.
Apesar de ser Filho de Deus, aprendeu a obediência por aquilo que sofreu
e, tornado perfeito, tornou-se para todos os que lhe obedecem fonte de salvação eterna,
tendo sido proclamado por Deus Sumo Sacerdote segundo a ordem de Melquisedec.

Livro de Salmos 110(109),1.2.3.4.
Tu és sacerdote para sempre segundo a ordem de Melquisedec.

Disse o Senhor ao meu senhor:
«Senta-te à minha direita
e Eu farei dos teus inimigos um estrado para os teus pés.»

De Sião, o Senhor estenderá o ceptro do teu poder.
Dominarás os teus inimigos na batalha!
A tua família é de nobres, desde o dia em que nasceste;
no esplendor do santuário,
das entranhas da madrugada, como orvalho, Eu te gerei.

O Senhor jurou e não voltará atrás:
«Tu és sacerdote para sempre,
segundo a ordem de Melquisedec.»

Evangelho segundo S. Marcos 2,18-22.
Naquele tempo, os discípulos de João e os fariseus guardavam jejum. Vieram perguntar a Jesus Cristo: «Porque é que os discípulos de João e os dos fariseus guardam jejum e os teus discípulos não jejuam?»
Jesus Cristo respondeu: «Poderão os convidados para a boda jejuar enquanto o esposo está com eles? Enquanto têm consigo o esposo, não podem jejuar.
Dias virão em que o esposo lhes será tirado e então, nesses dias, hão-de jejuar.»
«Ninguém deita remendo de pano novo em roupa velha, pois o pano novo puxa o tecido velho e o rasgão fica maior.
E ninguém deita vinho novo em odres velhos; se o fizer, o vinho romperá os odres e perde-se o vinho tal como os odres. Mas vinho novo, em odres novos.»

São Pedro Crisólogo (c. 406-450), bispo de Ravena, doutor da Igreja
Sermão sobre Marcos 2
; PL 52, 287
«O vinho novo das bodas do Filho»
«Porque é que nós jejuamos e os Teus discípulos não jejuam?» Porquê? Porque para vós o jejum é uma questão de lei. Não é um dom espontâneo. Em si mesmo, o jejum não tem valor; o que conta é o desejo daquele que jejua. Que proveito pensais tirar do vosso jejum, se jejuais constrangidos e forçados por uma lei? O jejum é um arado maravilhoso para lavrar o campo da santidade. Mas os discípulos de Jesus Cristo foram enviados a trabalhar no campo já maduro da santidade; eles comem o pão da colheita nova. Como poderiam eles ser obrigados a praticar jejuns agora caducos? «Poderão os convidados para a boda jejuar enquanto o Esposo está com eles?»
Aquele que se casa, entrega-se inteiramente à alegria e toma parte do banquete; mostra-se muito afável e alegre para com os convidados; faz tudo o que lhe inspira o seu afecto pela esposa. Jesus Cristo celebra as Suas bodas com a Igreja (a Sua Família) enquanto vive na terra. É por isso que aceita tomar parte nas refeições para as quais é convidado. Cheio de benevolência e amor, mostra-Se humano, acessível e amável. Não veio Ele para unir o homem a Deus e fazer dos Seus companheiros membros da família de Deus?
Do mesmo modo, diz Jesus Cristo: «Ninguém deita remendo de pano novo em roupa velha». Esse pano novo é o tecido do Evangelho que está em vias de ser entretecido com a lã do Cordeiro de Deus: uma veste real que o sangue da Paixão irá em breve tingir de vermelho. Como aceitaria Jesus Cristo unir esse pano novo com a vetustez do legalismo de Israel? [...] Assim como «ninguém deita vinho novo em odres velhos; se o fizer, o vinho romperá os odres e perde-se o vinho tal como os odres. Mas vinho novo, em odres novos.» Esses odres novos são os cristãos. O jejum de Jesus Cristo é que purificará esses odres de toda a sujidade para que fique intacto o sabor do vinho novo. O cristão torna-se assim o odre novo, pronto a receber o vinho novo, o vinho das bodas do Filho, pisado na prensa da cruz.

Terça-feira, dia 22 de Janeiro de 2013

Terça-feira da 2ª semana do Tempo Comum

Irmãos: Deus não é injusto para esquecer as vossas obras e o amor que mostrastes pelo seu nome, pondo-vos ao serviço dos santos e servindo-os ainda agora.
Desejamos, porém que cada um de vós mostre o mesmo zelo para a plena realização da sua esperança até ao fim,
de modo que não vos torneis preguiçosos, mas imiteis aqueles que, pela fé e pela perseverança, se tornam herdeiros das promessas.
Quando Deus fez a promessa a Abraão, como não tinha ninguém maior por quem jurar, jurou por si mesmo,
dizendo: Na verdade, Eu te abençoarei e multiplicarei a tua descendência.
E assim Abraão, tendo esperado com paciência, alcançou a promessa.
Ora os homens juram por alguém maior do que eles e o juramento é para eles uma garantia que põe fim a toda a controvérsia.
Por isso, querendo Deus mostrar mais claramente aos herdeiros da promessa que a sua decisão era imutável, interveio com um juramento
para que, graças a duas acções imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, encontrássemos grande estímulo, nós os que procurámos refúgio nele, agarrando-nos à esperança proposta.
Nessa esperança temos como que uma âncora segura e firme da alma que penetra até ao interior do véu
onde Jesus Cristo entrou como nosso precursor, tornando-se Sumo Sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedec.

Livro de Salmos 111(110),1-2.4-5.9.10c.
O Senhor jamais esquecerá a sua aliança.

Louvarei o Senhor de todo o coração,
no conselho dos justos e na assembleia.
Grandes são as obras do Senhor,
dignas de meditação para quem as ama.

Instituiu um memorial das suas maravilhas:
o Senhor é misericordioso e compassivo.
Deu sustento àqueles que O adoram
e jamais se esquecerá da sua aliança.

Enviou a redenção ao seu povo,
firmou com ele uma aliança eterna,
santo e venerável é o seu nome,
o louvor do Senhor permanece para sempre.

Evangelho segundo S. Marcos 2,23-28.
Ora num dia de sábado, indo Jesus Cristo através das searas, os discípulos puseram-se a colher espigas pelo caminho.
Os fariseus diziam-lhe: «Repara! Porque fazem eles ao sábado o que não é permitido?»
Ele disse: «Nunca lestes o que fez David quando teve necessidade e sentiu fome, ele e os que estavam com ele?
Como entrou na casa de Deus, ao tempo do Sumo Sacerdote Abiatar e comeu os pães da oferenda que apenas aos sacerdotes era permitido comer e também os deu aos que estavam com ele?»
E disse-lhes: «O sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado. O Filho do Homem até do sábado é Senhor.»

Papa Bento XVI
Exortação apostólica «Sacramentum caritatis» §72 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana rev.)
«O Filho do Homem até do sábado é Senhor»: a libertação trazida por Jesus Cristo
Esta novidade radical que a Eucaristia introduz na vida do homem revelou-se à consciência cristã desde o princípio; prontamente os fiéis compreenderam a influência profunda que a celebração eucarística exercia sobre o seu estilo de vida. Santo Inácio de Antioquia exprimia esta verdade designando os cristãos como «aqueles que chegaram à nova esperança» e apresentava-os como aqueles que vivem «segundo o domingo». Esta expressão do grande mártir antioqueno põe claramente em evidência a ligação entre a realidade eucarística e a vida cristã no seu dia-a-dia. O costume característico que os cristãos têm de se reunir no primeiro dia depois do sábado para celebrar a ressurreição de Jesus Cristo — conforme a narração do mártir São Justino — é também o dado que define a forma da vida renovada pelo encontro com Jesus Cristo.
Mas a expressão de Santo Inácio — «viver segundo o domingo» — sublinha também o valor paradigmático que este dia santo tem para os restantes dias da semana. De facto, o domingo não se distingue com base na simples suspensão das actividades habituais como se fosse uma espécie de parêntesis dentro do ritmo normal dos dias; os cristãos sempre sentiram este dia como o primeiro da semana porque nele se faz memória da novidade radical trazida por Jesus Cristo. Por isso, o domingo é o dia em que o cristão reencontra a forma eucarística própria da sua existência, segundo a qual é chamado a viver constantemente; «viver segundo o domingo» significa viver consciente da libertação trazida por Jesus Cristo e realizar a própria existência como oferta de si mesmo a Deus para que a Sua vitória se manifeste plenamente a todos os homens através de uma conduta intimamente renovada.

Quarta-feira, dia 23 de Janeiro de 2013

Quarta-feira da 2ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : S. João Esmoler, b., +616, Santo Ildefonso, b., +667
Carta aos Hebreus 7,1-3.15-17.
Irmãos: Melquisedec, rei de Salém, sacerdote do Deus Altíssimo, foi ao encontro de Abraão quando ele voltava da derrota infligida aos reis e abençoou-o;
Abraão concedeu-lhe o dízimo de todas as coisas; o seu nome significa, em primeiro lugar, rei de justiça, e depois, «rei de Salém» que quer dizer «rei de paz».
Sem pai, sem mãe, sem genealogia, sem princípio de dias nem fim de vida, assemelha-se ao Filho de Deus e permanece sacerdote para sempre.
E isto é ainda mais evidente quando aparece outro sacerdote à semelhança de Melquisedec,
instituído, não segundo o mandamento de uma lei humana, mas segundo o poder de uma vida indestrutível.
Na verdade, dele se testemunha: Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedec.

Livro de Salmos 110(109),1.2.3.4.
Tu és sacerdote para sempre segundo a ordem de Melquisedec.

Disse o Senhor ao meu senhor:
«Senta-te à minha direita,
e Eu farei dos teus inimigos um estrado para os teus pés.»

De Sião, o Senhor estenderá
o ceptro do teu poder.
Dominarás os teus inimigos na batalha!
A tua família é de nobres, desde o dia em que nasceste;
no esplendor do santuário,
das entranhas da madrugada, como orvalho, Eu te gerei.

O Senhor jurou e não voltará atrás:
«Tu és sacerdote para sempre,
segundo a ordem de Melquisedec.»

Evangelho segundo S. Marcos 3,1-6.
Jesus Cristo entrou novamente na sinagoga onde estava um homem que tinha uma das mãos paralisada.
Ora eles observavam-no para ver se iria curá-lo ao sábado a fim de o poderem acusar.
Jesus Cristo disse ao homem da mão paralisada: «Levanta-te e vem para o meio.»
E a eles perguntou: «É permitido ao sábado fazer bem ou fazer mal, salvar uma vida ou matá-la?» Eles ficaram calados.
Então, olhando-os com indignação e magoado com a dureza dos seus corações, disse ao homem: «Estende a mão.» Estendeu-a e a mão ficou curada.
Assim que saíram, os fariseus reuniram-se com os partidários de Herodes para deliberar como haviam de matar Jesus Cristo.

Santo Hilário (c. 315-367), bispo de Poitiers, doutor da Igreja Tratado sobre o Salmo 91, 3
Tudo é recriado por Jesus Cristo todos os dias, visto que o Pai tudo opera pelo Filho
Em dia de sábado era imposto a todos, sem excepção, que não fizessem nenhum trabalho e que mesmo o descanso fosse levado a cabo em perfeita inactividade. Como pôde então o Senhor romper a norma do sábado? [...] Em verdade, como são grandes as obras de Deus que sustenta os céus, fornece luz ao sol e a todos os astros, faz crescer as plantas da terra e conserva a vida aos homens (e mulheres). [...] Sim, tudo o que existe na Terra e debaixo do céu fica a dever-se a Deus (e ao) Pai (vinho novo em odres novos porque os velhos não aquentam); tudo vem de Deus e tudo existe pelo Filho. Com efeito, Ele é a cabeça e o princípio de tudo; n'Ele tudo foi criado (Cl 1, 16-18). E foi da Sua plenitude que, por iniciativa do Seu eterno poder, Ele tudo criou em seguida.
Ora, se Jesus Cristo opera em tudo, é necessariamente pela acção d'Aquele que opera em Jesus Cristo. Por isso, diz Ele: «o Meu Pai trabalha a cada momento e eu também» (Jo 5,17) porque tudo o que faz Jesus Cristo, Filho de Deus em Quem o Pai mora, é obra do Pai. Assim todos os dias tudo é recriado pelo Filho, visto que o Pai tudo opera pelo Filho. Por conseguinte, é diária a acção de Jesus Cristo e, segundo penso, as leis da Natureza, as formas dos corpos, o desenvolvimento e o crescimento de tudo o que existe são manifestações dessa mesma acção.

Quinta-feira, dia 24 de Janeiro de 2013

Quinta-feira da 2ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : S. Francisco de Sales, b., Doutor da Igreja, +1622
Carta aos Hebreus 7,25-28.8,1-6.
Irmãos: Jesus Cristo pode salvar de um modo definitivo os que, por meio dele, se aproximam de Deus, pois Ele está vivo para sempre a fim de interceder por eles.
Tal é, com efeito, o Sumo Sacerdote que nos convinha: santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores e elevado acima dos céus,
que não tem necessidade, como os outros sacerdotes, de oferecer vítimas todos os dias, primeiro pelos seus próprios pecados e depois pelos do povo porque Ele o fez uma vez por todas, oferecendo-se a si mesmo.
A Lei, com efeito, constitui sumos sacerdotes a homens sujeitos à debilidade; mas a palavra do juramento, posterior à Lei, constitui o Filho perfeito para sempre.
O ponto principal do que estamos a dizer é que temos um Sumo Sacerdote que se sentou nos céus à direita do trono da Majestade
como ministro do santuário e da verdadeira tenda, construída pelo Senhor e não pelo homem.
Todo o Sumo Sacerdote é constituído para oferecer dons e sacrifícios; daí a necessidade de também ele ter algo para oferecer.
Se Jesus Cristo estivesse na Terra, nem sequer seria sacerdote, pois já existem aqueles que oferecem os dons, segundo a Lei.
Esses prestam um culto que é uma imagem e uma sombra das realidades celestes como foi revelado a Moisés quando estava para construir a tenda. Foi-lhe dito: Presta atenção, faz tudo segundo o modelo que te foi mostrado no monte.
Mas, de facto, ele obteve um ministério tanto mais elevado quanto maior é a aliança de que é mediador, a qual foi estabelecida sobre melhores promessas.

Livro de Salmos 40(39),7-8a.8b-9.10.17.
Eu venho, Senhor, para fazer a vossa vontade.

Não quiseste sacrifícios nem oblações,
mas abriste-me os ouvidos para escutar;
não pediste holocaustos nem vítimas.
Então eu disse: «Aqui estou!»

«No Livro da Lei está escrito aquilo que devo fazer.
Esse é o meu desejo, ó meu Deus;
a tua lei está dentro do meu coração.»
Proclamei a tua fidelidade e a tua salvação.
Não ocultei à grande assembleia
a tua bondade e a tua verdade.

Mas alegrem-se e exultem em ti
todos os que te procuram.
Digam sem cessar os que desejam
a tua salvação: «O Senhor é grande!»

Evangelho segundo S. Marcos 3,7-12.
Naquele tempo, Jesus Cristo retirou-se para o mar com os discípulos. Seguiu-o uma imensa multidão vinda da Galileia. E da Judeia,
de Jerusalém, da Idumeia, de além-Jordão e das cercanias de Tiro e de Sídon, uma grande multidão veio ter com Ele, ao ouvir dizer o que Ele fazia.
E disse aos discípulos que lhe aprontassem um barco a fim de não ser molestado pela multidão,
pois tinha curado muita gente e, por isso, os que sofriam de enfermidades caíam sobre Ele para lhe tocarem.
Os espíritos malignos, ao vê-lo, prostravam-se diante dele e gritavam: «Tu és o Filho de Deus!»
Ele, porém proibia-lhes severamente que o dessem a conhecer.

Beato João XXIII (1881-1963), papa Diário da Alma 29/11/1940 (Paulus Editora)
«Seguiu-O uma imensa multidão vinda da Galileia. E da Judeia, de Jerusalém, da Idumeia, de além-Jordão [...], uma grande multidão veio ter com Ele»
«Senhor, abre os meus lábios e a minha boca anunciará o Teu louvor» (Sl 50,17). [...] Se pensarmos que estas palavras se repetem sempre em Matinas, em nome da Igreja que ora por si própria e por todo o mundo e pelos milhares e centenas de milhares de bocas que se abrem ao toque da graça que invocamos, então o panorama amplia-se e, ao iluminar-se, completa-se. A Igreja apresenta-se, não como um monumento histórico do passado, mas como uma instituição viva. A Santa Igreja não é como um edifício que se constrói ao fim de um ano. É uma cidade vastíssima que terminará por ocupar o universo inteiro: «O seu monte santo, belo em altura, alegria de toda a Terra, o monte Sião, vértice do céu, cidade do grande rei» (Sl 48,3).
A construção começou há vinte séculos, mas continua e estende-se por todas as terras até que o nome de Jesus Cristo seja adorado por toda a parte. E à medida que continua, as novas gentes dão saltos de júbilo perante o anúncio: «E deram uma grande alegria a todos os irmãos» (Act 15,3). Também é belíssimo o pensamento final [...], edificante para todo o sacerdote que reza o breviário: convém que cada um esteja atento a construir essa Santa Igreja.
Quem, pela pregação, se dedica a obra tão bela, diga ao Senhor como anúncio do Seu evangelho: «Senhor, abre os meus lábios e a minha boca anunciará o Teu louvor.» Quem não é missionário suspire também por cooperar no grande esforço do apostolado e, quando recita os salmos sozinho na sua cela, siga ao Senhor: «Senhor, abre os meus lábios» porque, mesmo aí, por comunicação da caridade, deve considerar sua todas as línguas que nesse momento estejam a anunciar o evangelho que é o louvor divino supremo.

Sexta-feira, dia 25 de Janeiro de 2013

Conversão de São Paulo, apóstolo, festa

Santo do dia : Conversão de São Paulo
Livro dos Actos dos Apóstolos 22,3-16.
Naqueles dias, Paulo disse ao povo:«Sou judeu, nascido em Tarso da Cilícia, mas fui educado nesta cidade de Jerusalém, instruído aos pés de Gamaliel, em todo o rigor da Lei dos nossos pais e cheio de zelo pelas coisas de Deus como todos vós sois agora.
Persegui de morte esta «Via», algemando e entregando à prisão homens e mulheres
como o podem testemunhar o Sumo Sacerdote e todos os anciãos. Recebi até, da parte deles, cartas para os irmãos de Damasco, onde ia para prender os que lá se encontrassem e trazê-los agrilhoados a Jerusalém a fim de serem castigados.
Ia a caminho e já próximo de Damasco quando, por volta do meio dia, uma intensa luz, vinda do Céu, me rodeou com a sua claridade.
Caí por terra e ouvi uma voz que me dizia: ‘Saulo, Saulo, porque me persegues?’
Respondi: ‘Quem és Tu, Senhor?’ Ele disse-me então: ‘Eu sou Jesus de Nazaré, a quem tu persegues.’
Os meus companheiros viram a luz, mas não ouviram a voz de quem me falava.
E prossegui: ‘Que hei-de fazer, Senhor?’ O Senhor respondeu-me: ‘Ergue-te, vai a Damasco e lá te dirão o que se determinou que fizesses.’
Mas como eu não via, devido ao brilho daquela luz, fui levado pela mão dos meus companheiros e cheguei a Damasco.
Ora um certo Ananias, homem piedoso e cumpridor da Lei, muito respeitado por todos os judeus da cidade,
foi procurar-me e disse: ‘Saulo, meu irmão, recupera a vista.’ E no mesmo instante, comecei a vê-lo.
Ele prosseguiu: ‘O Deus dos nossos pais predestinou-te para conheceres a sua vontade, para veres o Justo e para ouvires as palavras da sua boca
porque serás testemunha diante de todos os homens, acerca do que viste e ouviste.
E agora, porque esperas? Levanta-te, recebe o baptismo e purifica-te dos teus pecados, invocando o seu nome.’

Livro de Salmos 117(116),1.2.
Ide por todo o mundo e anunciai o Evangelho.

Louvai o Senhor, todas as nações!
Exaltai-O, todos os povos!

Porque o seu amor para connosco não tem limites
e a fidelidade do Senhor é eterna!

Evangelho segundo S. Marcos 16,15-18.
Naquele tempo, Jesus Cristo apareceu aos Onze e disse-lhes: «Ide pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho a toda a criatura.
Quem acreditar e for baptizado será salvo; mas quem não acreditar será condenado.
Estes sinais acompanharão aqueles que acreditarem: em meu nome expulsarão demónios, falarão línguas novas,
apanharão serpentes com as mãos e, se beberem algum veneno mortal, não sofrerão nenhum mal; hão-de impor as mãos aos doentes e eles ficarão curados.»

São Bernardo (1091-1153), monge cisterciense, doutor da Igreja 1º Sermão para a festa da conversão de São Paulo, 1,6
«Senhor, que queres que eu faça?»
É com razão, bem-amados irmãos, que a conversão do «mestre das nações» (1Tm 2,7) é uma festa que hoje todos os povos celebram com alegria. Com efeito, inúmeros foram os rebentos que brotaram dessa raiz; uma vez convertido, Paulo tornou-se instrumento da conversão do mundo inteiro. Outrora, quando ainda vivia na carne, mas não segundo a carne (cf Rm 8,5s), converteu muita gente a Deus através da sua pregação; ainda nos dias de hoje, em que vive junto de Deus uma vida mais feliz, não cessa de trabalhar para a conversão dos homens pelo seu exemplo, a sua oração e a sua doutrina. […]
Esta festa é uma grande fonte de benefícios para os que a celebram. [...] Como desesperar, seja qual for a enormidade das nossas faltas, quando ouvimos que «Saulo, entretanto, respirando sempre ameaças e mortes contra os discípulos do Senhor» se transformou subitamente em «instrumento de eleição»? (cf Act 9,1.15). Quem poderá dizer sob o peso do seu pecado: «Não posso erguer-me para levar uma vida melhor» quando, na mesma estrada por onde o conduzia o seu coração sedento de ódio, o perseguidor encarniçado se tornou subitamente um pregador fiel? Esta conversão mostra-nos, num único e magnífico dia, a misericórdia de Deus e o poder da Sua graça. […]
Eis, portanto, meus irmãos, um modelo perfeito de conversão: O meu coração está firme, ó Deus, o meu coração está firme [...] que queres que eu faça?» (Sl 57,8; cf Act 9,6). Palavra breve, mas tão cheia, viva, eficaz e digna de ser atendida! Quão poucas pessoas estão nessa disposição de obediência perfeita que tenham renunciado à sua vontade ao ponto de o seu próprio coração já não lhes pertencer! E quão poucas pessoas procuram a cada instante, não o que desejam, mas o que Deus quer e Lhe dizem sem cessar: «Senhor, que queres que eu faça?»

Sábado, dia 26 de Janeiro de 2013

SS. Timóteo e Tito, bispos (memória obrigatória)

Santo do dia : S. Tito, b., séc. I, S. Timóteo, b., séc. I
Carta a Tito 1,1-5.
Paulo, servo de Deus e apóstolo de Jesus Cristo, em ordem à fé dos eleitos de Deus e ao conhecimento da verdade que conduz à piedade,
na esperança da vida eterna, prometida desde os tempos antigos pelo Deus que não mente
e que, no devido tempo, manifestou a sua palavra pela pregação que me foi confiada por mandato de Deus, nosso Salvador:
a Tito, meu verdadeiro filho, pela fé comum, a graça e a paz da parte de Deus Pai e de Cristo Jesus, nosso Salvador.
Deixei-te em Creta para acabares de organizar o que ainda falta e para colocares presbíteros em cada cidade, de acordo com as minhas instruções.

Livro de Salmos 96(95),1-2a.2b-3.7-8a.10.
Anunciai a todos os povos as maravilhas do Senhor.
Cantai ao Senhor um cântico novo.
Cantai ao Senhor, Terra inteira.
Cantai ao Senhor, bendizei o seu nome.

Anunciai dia a dia a sua salvação,
publicai entre as nações a sua glória,
em todos os povos, as suas maravilhas.

Dai ao Senhor, famílias das nações,
dai ao Senhor glória e poder,
dai ao Senhor a glória do seu nome.

Dizei entre as nações: «O Senhor é Rei!»
sustenta o mundo e ele não vacila,
governa os povos com equidade.

Evangelho segundo S. Lucas 10,1-9.
Naquele tempo, o Senhor designou outros setenta e dois discípulos e enviou-os dois a dois, à sua frente, a todas as cidades e lugares aonde Ele havia de ir.
Disse-lhes: «A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, portanto ao dono da messe que mande trabalhadores para a sua messe.
Ide! Envio-vos como cordeiros (praticando apenas o bem porque o resto é com Deus e os seus colaboradores) para o meio de lobos.
Não leveis bolsa, nem alforge, nem sandálias e não vos detenhais a saudar ninguém pelo caminho. (para não gerarem a cobiça nos outros que se cruzem com eles e porem as suas vidas em perigo)
Em qualquer casa em que entrardes, dizei primeiro: 'A paz esteja nesta casa!'
E se lá houver um homem de paz, sobre ele repousará a vossa paz; se não, voltará para vós.
Ficai nessa casa, comendo e bebendo do que lá houver, pois o trabalhador merece o seu salário. Não andeis de casa em casa.
Em qualquer cidade em que entrardes e vos receberem, comei do que vos for servido,
curai os doentes que nela houver e dizei-lhes: 'O Reino de Deus já está próximo de vós.'

Catecismo da Igreja Católica
§§ 863-865
Timóteo e Tito, sucessores dos apóstolos
Toda a Igreja é apostólica na medida em que, através dos sucessores de Pedro e dos apóstolos, permanece em comunhão de fé e de vida com a sua origem. Toda a Igreja é apostólica na medida em que é «enviada» a todo o mundo. Todos os membros da Igreja, embora de modos diversos, participam deste envio. «A vocação cristã é também, por natureza, vocação para o apostolado» e chamamos «apostolado» a «toda a actividade do Corpo Místico» tendente a «alargar o Reino de Jesus Cristo à Terra inteira» (Vaticano II).
«Sendo Jesus Cristo, enviado do Pai, a fonte e a origem de todo o apostolado da Igreja», é evidente que a fecundidade do apostolado, tanto dos ministros ordenados como dos leigos, depende da sua união vital a Jesus Cristo. Segundo as vocações, as exigências dos tempos e os vários dons do Espírito Santo, o apostolado toma as formas mais diversas, mas é sempre a caridade, haurida principalmente na Eucaristia, «que é como que a alma de todo o apostolado» (Vaticano II).
A Igreja é una, santa, católica e apostólica na sua identidade profunda e última porque é nela que existe desde já e será consumado no fim dos tempos (= de cada época histórica), «o Reino dos céus», «o Reino de Deus» que veio até nós na Pessoa de Jesus Cristo e que cresce misteriosamente no coração dos que n'Ele estão incorporados até à sua plena manifestação escatológica. Então todos os homens (e mulheres) por Ele resgatados e n' Ele tornados «santos e imaculados na presença de Deus no amor» (Ef 1,4) serão reunidos como o único povo de Deus, «a Esposa do Cordeiro», «a Cidade santa descida do céu, de junto de Deus, trazendo em si a glória do mesmo Deus» e «a muralha da cidade assenta sobre doze alicerces, cada um dos quais tem o nome de um dos Doze apóstolos do Cordeiro» (Ap 21,14).

O meus clube de leitura

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Os meus filmes

1.º – As Amendoeiras em Flor e o Corridinho Algarvio.wmv
2.º – O Cemitério de Lagos
3.º – Lagos e a sua Costa Dourada
4.º – Natal de 2012

Os meus blogues


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Clique aqui para ler o Página 1 25/01/2013 (novo jornal online)
http://www.livestream.com/stantonius 16h20 – terço; 17h00 – missa (hora de Lisboa) http://www.santo-antonio.webnode.pt/

sábado, 19 de janeiro de 2013

Cristianismo 95


=CRISTIANISMO=

«Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna» Jo 6,68
Queridos Amigos
Aproveitamos para vos anunciar a abertura de duas novas versões de Evangelizo, a acrescentar à versão grega recentemente iniciada:
- a versão malgaxe: www.evanjelyanio.org;
- a versão italiana no calendário ambrosiano: www.vangelodelgiorno.org.
A liturgia ambrosiana é bastante próxima da romana tradicional com algumas especificidades particulares tais como um calendário e leituras próprias. Abrimos esta versão a pedido de numerosos leitores de língua italiana e de um bispo. O rito ambrosiano está em vigor na diocese de Milão e em três vales do Tessino (na Suíça), o que representa 51 paróquias.
Fiéis ao espírito do serviço Evangelizo, estamos felizes por vos fazer descobrir, através deste rito ambrosiano, a extraordinária riqueza litúrgica da nossa Igreja.
- a versão grega: evaggeliokathemera.org. Que ela possa ser um apoio diário aos membros deste povo que sofre. Não deixem se informar os vossos conhecidos deste novo serviço.
Podem contactar connosco através da página “contactos” do nosso sítio internet: http://www.evangelizo.org/main.php?language=PT&module=contact. Obrigado.
Queremos agradecer também a quantos, com a sua contribuição, permitem o financiamento e o desenvolvimento do serviço. Como sabem, ele é e será sempre gratuito, mas essas contribuições servem, em parte, para apoiar os mosteiros que nos ajudam na selecção e tradução diária dos comentários bem como para financiar o material informático. É por esta relação entre a vida activa e a contemplativa que o Evangelho Quotidiano pode funcionar.
Se deseja fazer um donativo: http://www.evangelizo.org/main.php?language=PT&module=helpus. Obrigado.
Criado em 2001, EVANGELIZO propõe aos seus leitores um acesso fácil e rápido a todas as leituras da liturgia católica do dia, à vida dos santos e a um comentário feito por uma grande figura da Igreja.
Fazemo-vos uma proposta; um amigo por dia. É um mínimo que não ocupa quase tempo nenhum. Abram o nosso site (www.evangelizo.org) e, clicando na bandeira que vos interessa, inscrevam o amigo de que se lembrarem na casa “o seu endereço e-mail”. Confirmem e já está! Ele receberá uma carta nossa a pedir se aceita a inscrição.
Um por dia! Não é pedir muito, pois não? O Senhor vos agradecerá.
O serviço está agora disponível gratuitamente em vários meios e suportes: por correio electrónico; no computador: http://www.evangelhoquotidiano.org/; em telefone móvel: http://mobile, evangelizo.org; em telefone “Iphone” e “Android”: aplicações “Evangelizo”.
Com os votos renovados de uma boa caminhada ao longo deste ano, saúda-vos
A equipa portuguesa do Evangelho Quotidiano
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Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Domingo, dia 13 de Janeiro de 2013

BAPTISMO DO SENHOR, festa - Ano C

Festa da Igreja : BAPTISMO DO SENHOR, festa - Ano C
Santo do dia : S. Hilário, b., Doutor da Igreja, +367
Livro de Isaías 40,1-5.9-11.
Consolai, consolai o meu povo; é o vosso Deus quem o diz.
Falai ao coração de Jerusalém e gritai-lhe: «Terminou a vossa servidão, estão perdoados os vossos crimes, pois já recebeu da mão do SENHOR o dobro do castigo por todos os seus pecados.»
Uma voz grita: «Preparai no deserto o caminho do SENHOR, aplanai na estepe uma estrada para o nosso Deus.
Todo o vale seja levantado e todas as colinas e montanhas sejam abaixadas, todos os cumes sejam aplanados e todos os terrenos escarpados sejam nivelados!»
Então a glória do SENHOR manifestar-se-á e toda a gente a há-de ver ao mesmo tempo. É o SENHOR quem o declara.
Sobe a um alto monte, arauto de Sião. Grita com voz forte, arauto de Jerusalém; levanta a voz sem receio e diz às cidades de Judá: «Aí está o vosso Deus!
Olhai, o Senhor DEUS vem com a força do seu braço dominador; olhai, vem com o preço da sua vitória e com a recompensa antecipada.
É como um pastor que apascenta o rebanho, reúne-o com o cajado na mão, leva os cordeiros ao colo e faz repousar as ovelhas que têm crias.»

Livro de Salmos 104(103),1b-2.3-4.24-25.27-28.29-30.
Bendiz, ó minha alma, o Senhor: Como sois grande, Senhor, meu Deus!

Senhor Deus, como sois grande,
revestido de esplendor e majestade!
Estendestes o céu como um toldo
assentastes sobre as águas a vossa morada.

Fazes das nuvens o teu carro,
caminhas sobre as asas do vento.
Fazes dos ventos teus mensageiros,
e dos relâmpagos, teus ministros.

Senhor, como são grandes as tuas obras!
Todas elas são fruto da tua sabedoria!
A Terra está cheia das tuas criaturas!

Lá está o mar, grande e vasto,
onde se agitam inúmeros seres,
animais grandes e pequenos.

Todos esperam de ti
que lhes dês comida a seu tempo.
Dás-lhes o alimento que eles recolhem,
abres a tua mão e saciam-se do que é bom.

Se deles te escondes, ficam perturbados;
se lhes tiras o alento, morrem
e voltam ao pó donde saíram.
Se lhes envias o teu espírito, voltam à vida
e assim renovas a face da Terra.

Carta a Tito 2,11-14.3,4-7.
Caríssimo: Com efeito, manifestou-se a graça de Deus, portadora de salvação para todos os homens (e mulheres)
para nos ensinar a renúncia à impiedade e aos desejos mundanos a fim de vivermos no século presente com sobriedade, justiça e piedade,
aguardando a bem-aventurada esperança e a gloriosa manifestação do nosso grande Salvador, Jesus Cristo.
Ele entregou-se por nós a fim de nos resgatar de toda a iniquidade (= não-equidade) e de purificar e constituir um povo de sua exclusiva posse e zeloso na prática do bem.
Mas, quando se manifestou a bondade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com os homens (e mulheres),
Ele salvou-nos, não em virtude de obras de justiça que tivéssemos praticado, mas da sua misericórdia (e da nossa vontade de nos convertermos ao Bem), mediante um novo nascimento e renovação do Espírito Santo (e firme conversão ao Bem)
que Ele derramou abundantemente sobre nós por Jesus Cristo, nosso Salvador, a fim de que, justificados pela sua graça, nos tornemos, segundo a nossa esperança, herdeiros da vida eterna.

Evangelho segundo S. Lucas 3,15-16.21-22.
Naquele tempo, o povo estava na expectativa e todos pensavam intimamente se João não seria o Messias,
João disse a todos: «Eu baptizo-vos em água, mas vai chegar alguém mais forte do que eu, a quem não sou digno de desatar a correia das sandálias. Ele há-de baptizar-vos no Espírito Santo e no fogo.
Todo o povo tinha sido baptizado; tendo Jesus Cristo sido baptizado também e, estando em oração, o Céu rasgou-se
e o Espírito Santo desceu sobre Ele em forma corpórea, como uma pomba e do Céu veio uma voz: «Tu és o meu Filho muito amado; em ti pus todo o meu agrado (as minhas qualidades).»

São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja Homilia nº 12 sobre o Evangelho segundo São Mateus
«O Espírito Santo desceu sobre Ele em forma corpórea como uma pomba»
Consideremos o grande milagre que se produziu a seguir, uma vez que ele constitui o prólogo daquilo que iria passar-se em breve. Logo após o baptismo do Salvador, não foi o antigo Paraíso que se abriu, foi o próprio céu: «Uma vez baptizado, [...] eis que se rasgaram os céus» (Mt 3,16). Porque se terão aberto os céus aquando do baptismo de Jesus Cristo? Para nos ensinar que o mesmo se passa no nosso: assim nos chama Deus à nossa pátria celeste e nos convida a não ter mais nada em comum com a terra. [...] E se agora não conseguimos ver os mesmos sinais, recebemos no entanto as mesmas graças, das quais os sinais eram o símbolo.
Viu-se então uma pomba descer do céu, indicando tanto a João como ao povo hebreu que Jesus era o Filho de Deus; de resto, também a nós nos indica que no momento do nosso baptismo o Espírito Santo desce a nós. E se não desce numa forma visível, é porque já não precisamos que isso aconteça, uma vez que é suficiente a nossa fé. […]
E porque desceu o Espírito Santo na forma de uma pomba? Porque a pomba é mansa e pura, e o Espírito é todo Ele pureza e mansidão. Para além disso, a pomba relembra-nos um episódio do Antigo Testamento (Gn 8,10ss.): depois de a terra ter sido submergida pelo dilúvio e toda a humanidade ter perecido, regressou a pomba a comprovar o fim do cataclismo, de ramo de oliva na boca, anunciando o restabelecimento da paz sobre a terra. Ora tudo isso constitui uma prefiguração dos tempos futuros. [...] Depois de tudo estar perdido, surgiram a libertação e a renovação e assim como tudo dantes aconteceu por um dilúvio de chuva, acontece agora por um dilúvio de graça e misericórdia e já não é só a um homem que a pomba convida a sair da arca para repovoar a terra: agora ela atrai todos os homens para o céu e, em lugar do ramo de oliva, traz aos homens (e mulheres) a dignidade de filhos de Deus.
Segunda-feira, dia 14 de Janeiro de 2013

Segunda-feira da 1ª semana do Tempo Comum

Muitas vezes e de muitos modos, falou Deus aos nossos pais nos tempos antigos, por meio dos profetas.
Nestes dias, que são os últimos, Deus falou-nos por meio do Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas e por meio de quem fez o mundo.
Este Filho que é resplendor da sua glória e imagem fiel da sua substância e que tudo sustenta com a sua palavra poderosa, depois de ter realizado a purificação dos pecados, sentou-se à direita da Majestade nas alturas,
tão superior aos anjos quanto superior ao deles é o nome que recebeu em herança.
Com efeito, a qual dos anjos disse Deus alguma vez: Tu és meu Filho, Eu hoje te gerei? E ainda: Eu serei para Ele um Pai e Ele será para mim um Filho?
E de novo, quando introduz o Primogénito no mundo, diz: Adorem-no todos os anjos de Deus.

Livro de Salmos 97(96),1.2b.6.7c.9.
Adorai o Senhor, todos os seus anjos.

O Senhor é rei: alegre-se a Terra
e rejubile a multidão das ilhas!
a justiça e o direito são a base do seu trono.

Os céus proclamam a sua justiça
e todos os povos contemplam a sua glória,
todos os deuses se prostram diante do Senhor.
Vós, Senhor, sois o Altíssimo sobre toda a Terra,
estais acima de todos as divindades.

Evangelho segundo S. Marcos 1,14-20.
Depois de João ter sido preso, Jesus Cristo foi para a Galileia e proclamava o Evangelho de Deus,
dizendo: «Completou-se o tempo e o Reino de Deus está próximo: arrependei-vos e acreditai no Evangelho.»
Passando ao longo do mar da Galileia, viu Simão e André, seu irmão, que lançavam as redes ao mar, pois eram pescadores.
E disse-lhes Jesus Cristo: «Vinde comigo e farei de vós pescadores de homens.»
Deixando logo as redes, seguiram-no.
Um pouco adiante, viu Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, que estavam no barco a consertar as redes e logo os chamou.
E eles deixaram no barco seu pai Zebedeu com os assalariados e partiram com Ele.

Santo Ireneu de Lyon (c. 130-c. 208), bispo, teólogo, mártir Contra as heresias, 4, 14
«Todos os que são chamados em Meu nome»
Não foi por ter necessidade dos nossos serviços que o Pai ordenou que seguíssemos o Verbo: foi para nos garantir a salvação, pois seguir o Salvador é tomar parte na Sua salvação, tal como seguir a luz é tomar parte na luz. Quando os homens estão na luz, não são eles que fazem a luz resplandecer, mas são eles que são iluminados e são por ela tornados resplandecentes. Longe de acrescentar seja o que for à luz, beneficiam dela e ficam iluminados.
O mesmo acontece no serviço a Deus: nada acrescenta a Deus, pois Deus não precisa do serviço dos homens, mas aos que O servem e O seguem, Deus assegura a vida, uma existência que não perece e a glória eterna. [...] Se Deus, que é bom e misericordioso, solicita o serviço dos homens 8e das mulheres), é para poder dar os Seus benefícios aos que perseveram no Seu serviço, pois, se Deus não tem necessidade de nada, o homem tem necessidade da comunhão com Deus. A glória do homem é perseverar no serviço a Deus.
Foi por isso que o Senhor disse aos Seus apóstolos: «Não fostes vós que Me escolhestes; fui Eu que vos escolhi a vós» (Jo 15,16). [...] E disse ainda: «Quero que onde Eu estiver estejam também Comigo aqueles que Tu Me confiaste para que contemplem a Minha glória» (Jo 17,24). [...] É deles que Isaías diz: «Trarei do Oriente os Teus filhos e congregarei do Ocidente os que Te pertencem. [...] Tragam-Me os Meus filhos lá de longe e as Minhas filhas dos confins da Terra; são todos aqueles que têm o Meu nome, que Eu criei para a Minha glória» (Is 43,5.7).

Terça-feira, dia 15 de Janeiro de 2013

Terça-feira da 1ª semana do Tempo Comum

Deus não submeteu aos anjos o mundo futuro de que falamos.
Mas alguém, em certo lugar, atesta, dizendo: Que é o homem para que te recordes dele ou o filho do homem para que cuides dele?
Fizeste-o por um pouco inferior aos anjos, coroaste-o de honra e de glória,
submeteste tudo aos seus pés. Ora ao submeter-lhe tudo, nada deixou que não lhe estivesse sujeito. Contudo, ainda não vemos que tudo lhe esteja sujeito.
Vemos, porém Jesus Cristo, que foi feito por um pouco inferior aos anjos, coroado de glória e de honra por causa da morte que sofreu a fim de que, pela graça de Deus, experimentasse a morte em favor de todos.
Convinha, com efeito, que aquele por quem e para quem existem todas as coisas, querendo levar muitos filhos à glória, levasse à perfeição, por meio dos sofrimentos, o autor da sua salvação.
De facto, tanto o que santifica como os que são santificados provêm todos de um só; razão pela qual não se envergonha de lhes chamar irmãos,
dizendo: Anunciarei o teu nome aos meus irmãos, no meio da assembleia te louvarei.

Livro de Salmos 8,2a.5.6-7.8-9.
Deste poder ao vosso Filho sobre a obra das vossas mãos.

Senhor, nosso Deus,
como é admirável o teu nome em toda a Terra!
Que é o homem para te lembrares dele,
o filho do homem para com ele te preocupares?

Quase fizeste dele um ser divino;
de glória e de honra o coroaste;
deste-lhe domínio sobre as obras das tuas mãos,
tudo submeteste a seus pés.

Levanta do chão os que vivem prostrados,
retira da miséria os indigentes;
fá-los sentar entre príncipes
e destinha-lhes um lugar de honra.

Evangelho segundo S. Marcos 1,21b-28.
Jesus Cristo chegou a Cafarnaúm e no sábado seguinte, entrou na sinagoga e começou a ensinar.
E maravilhavam-se com o seu ensinamento, pois os ensinava como quem tem autoridade e não como os doutores da Lei.
Na sinagoga deles, encontrava-se um homem com um espírito maligno que começou a gritar:
«Que tens a ver connosco, Jesus de Nazaré? Vieste para nos arruinar? Sei quem Tu és: o Santo de Deus.»
Jesus Cristo repreendeu-o, dizendo: «Cala-te e sai desse homem.»
Então o espírito maligno, depois de o sacudir com força, saiu dele, dando um grande grito.
Tão assombrados ficaram que perguntavam uns aos outros: «Que é isto? Eis um novo ensinamento e feito com tal autoridade que até manda aos espíritos malignos e eles obedecem-lhe!»
E a sua fama logo se espalhou por toda a parte em toda a região da Galileia.

São Jerónimo (347-420), presbítero, tradutor da Bíblia, doutor da Igreja Homilias sobre o Evangelho de Marcos, nº 2
«Cala-te e sai desse homem»
«Jesus Cristo repreendeu-o, dizendo: "Cala-te e sai desse homem"». A verdade não tem necessidade nenhuma do mentiroso. «Não vim para que o teu testemunho Me confirmasse, mas para te expulsar daquele que Eu criei [...]; Não tenho necessidade do reconhecimento daquele que bani. Cala-te! Que o teu silêncio seja o Meu louvor. Não quero ser louvado pela tua voz, mas pelos teus tormentos; o teu castigo é o Meu louvor [...] “Cala-te e sai do homem!”» É como se dissesse: «Sai da Minha casa; que fazes tu na Minha habitação? Eu quero entrar; por isso, cala-te e sai do homem, deste ser dotado de razão (= raciocínio). Sai do homem! Deixa essa morada que Eu preparei para Mim! O Senhor quer a Sua casa, sai deste homem» […]
Vede a que ponto a alma do homem é preciosa. O que contraria os que pensam que os homens e os animais têm uma alma idêntica e que somos animados pelo mesmo espírito. Noutra altura, o demónio foi expulso de um só homem e foi enviado para dois mil porcos (cf Mt 8,32): aquilo que era precioso foi salvo e o que era vil, perdido: «Sai do homem, vai para os porcos. [...] Vai para onde quiseres, vai para os abismos. Deixa o homem que é Minha propriedade. [...] Não te vou deixar possuir o homem, pois seria para Mim um ultraje instalares-te nele em Meu lugar. Assumi um corpo humano, vivo no homem: essa carne que possuis faz parte da Minha carne: sai deste homem!»

Quarta-feira, dia 16 de Janeiro de 2013

Quarta-feira da 1ª semana do Tempo Comum

Pois, tal como os filhos têm em comum a carne e o sangue, também Ele partilhou a condição deles a fim de destruir, pela sua morte, aquele que tinha o poder da morte, isto é, o diabo
e libertar aqueles que, por medo da morte, passavam toda a vida dominados pela escravidão.
Ele, de facto, não veio em auxílio dos anjos, mas veio em auxílio da descendência de Abraão.
Por isso, Ele teve de assemelhar-se em tudo aos seus irmãos para se tornar um Sumo Sacerdote misericordioso e fiel em relação a Deus a fim de expiar os pecados do povo.
É precisamente porque Ele mesmo sofreu e foi posto à prova que pode socorrer os que são postos à prova.

Livro de Salmos 105(104),1-2.3-4.6-7.8-9.
O Senhor recorda a sua aliança para sempre.

Louvai o Senhor, aclamai o seu nome,
anunciai entre os povos as suas obras.
Cantai-lhe hinos e salmos,
proclamai as suas maravilhas.

Orgulhai-vos do seu nome santo;
alegre-se o coração dos que procuram o Senhor.
Recorrei ao Senhor e ao seu poder
e buscai sempre a sua face.

Descendentes de Abraão, seu servo,
filhos de Jacob, seu eleito,
O Senhor é o nosso Deus
e as suas sentenças são lei em toda a Terra.

Ele recorda sempre a sua aliança,
a palavra que empenhou para mil gerações,
o pacto que estabeleceu com Abraão,
o juramento que fez a Isaac.

Evangelho segundo S. Marcos 1,29-39.
Naquele tempo, Jesus Cristo saíu da sinagoga e foi, com Tiago e João, a casa de Simão e André.
A sogra de Simão estava de cama com febre e logo lhe falaram dela.
Aproximando-se, tomou-a pela mão e levantou-a. A febre deixou-a e ela começou a servi-los.
À noitinha, depois do sol-pôr, trouxeram-lhe todos os enfermos e possessos
e a cidade inteira estava reunida junto à porta.
Curou muitos enfermos atormentados por toda a espécie de males e expulsou muitos demónios; mas não deixava falar os demónios porque sabiam quem Ele era.
De madrugada, ainda escuro, levantou-se e saiu; foi para um lugar solitário e ali se pôs em oração.
Simão e os que estavam com Ele seguiram-no.
E, tendo-o encontrado, disseram-lhe: «Todos te procuram.»
Mas Ele respondeu-lhes: «Vamos para outra parte, para as aldeias vizinhas a fim de pregar aí, pois foi para isso que Eu vim
E foi por toda a Galileia, pregando nas sinagogas deles e expulsando os demónios.

São Jerónimo (347-420), presbítero, tradutor da Bíblia, doutor da Igreja Homilias sobre o evangelho de Marcos, n°2C
Ele está presente pela fé
Se Jesus Cristo Se aproximasse de nós e nos curasse da febre com uma simples palavra! Porque cada um de nós tem a sua febre. Quando me irrito, tenho febre – tantos vícios, outras tantas febres. Peçamos aos apóstolos que supliquem a Jesus Cristo que Se aproxime de nós, que nos toque com a mão. Se o fizer, a febre desaparecerá imediatamente porque Jesus Cristo é um excelente médico. É Ele o verdadeiro, o grande médico, o primeiro de todos os médicos. [...] Ele descobre o segredo de todas as doenças e não nos toca no ouvido, nem na testa, [...] mas na mão, ou seja, nas más obras. […]
Jesus Cristo aproxima-Se da doente porque esta não podia levantar-se e correr para Aquele que entrava em sua casa, mas é Ele, o médico cheio de misericórdia, que Se aproxima do leito, Ele que trouxera a ovelha perdida aos ombros (Lc 15,5). [...] Aproxima-Se de Sua livre vontade; é Ele que toma a iniciativa da cura. Aproxima-Se desta mulher e diz-lhe: «Tu devias ter vindo ter Comigo; devias ter vindo receber-Me à porta para que a tua cura não resultasse apenas da Minha misericórdia, mas também da tua vontade. Mas, visto que estás prostrada pela febre e não podes levantar-te, sou Eu que venho ter contigo.»
Jesus Cristo, «aproximando-Se, tomou-a pela mão». Quando corremos perigo, como Pedro no alto mar, e o mundo parece prestes a desmoronar-se, Jesus Cristo toma-nos pela mão e levanta-nos (Mt 14,31). Jesus Cristo levanta esta mulher tomando-a pela mão: toma-lhe a mão na Sua. Bendita amizade, esplendido abraço! [...] Jesus Cristo toma esta mão como médico, apercebendo-Se da intensidade da febre, Ele que é simultaneamente médico e medicamento. Tocou nela e a febre deixou-a. Que Ele toque igualmente na nossa mão, que cure as nossas obras. [...] Levantemo-nos, permaneçamos de pé. [...] Talvez me pergunteis: «Onde está Jesus Cristo?» Está aqui, diante de nós: «No meio de vós, está Quem vós não conheceis. O reino de Deus está entre vós (Jo 1,26; Lc 17,21).

Quinta-feira, dia 17 de Janeiro de 2013

Quinta-feira da 1ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : Santo Antão, abade, +356
Carta aos Hebreus 3,7-14.
Irmãos: Como diz o Espírito Santo: 'Se hoje escutardes a voz do Senhor,
não endureçais os vossos corações como no tempo da revolta, no dia da tentação no deserto
quando os vossos pais me tentaram, pondo-me à prova depois de verem as minhas obras
durante quarenta anos. Por isso me indignei contra esta geração e disse: ‘Erram sempre no seu coração; não conheceram os meus caminhos.’
Assim jurei na minha ira: ‘Não entrarão no meu repouso.’
Tende cuidado, irmãos, que não haja em nenhum de vós um coração mau a ponto de a incredulidade o afastar do Deus vivo.
Exortai-vos antes uns aos outros, cada dia, enquanto dura a proclamação do «hoje» a fim de que não se endureça nenhum de vós, enganado pelo pecado.
De facto, tornamo-nos companheiros de Jesus Cristo desde que mantenhamos firme até ao fim a confiança inicial.

Livro de Salmos 95(94),6-7.8-9.10-11.
Se hoje ouvirdes a voz do Senhor, não fecheis os vossos corações.

Vinde, protremo-nos em terra,
adoremos o Senhor que nos criou,
pois ele é o nosso Deus
e nós o seu povo, as ovelhas do seu rebanho.

Quem dera ouvísseis hoje a sua voz:
"Não endureçais os vossos corações,
como em Meriba, como no dia de Massá, no deserto,
quando os vossos pais me provocaram,
apesar de terem visto as minhas obras.

Durante quarenta anos essa geração desgostou-Me
e Eu disse: "É um povo de coração transviado
que não compreendeu os meus caminhos!"
Então jurei na minha ira:
'Não entrarão no lugar do meu repouso'."

Evangelho segundo S. Marcos 1,40-45.
Naquele tempo, veio ter com Jesus Cristo um leproso. Caiu de joelhos e suplicou-Lhe: «Se quiseres, podes purificar-me.»
Compadecido, Jesus Cristo estendeu a mão, tocou-o e disse: «Quero, fica purificado.»
Imediatamente a lepra deixou-o e ficou purificado.
E logo o despediu, dizendo-lhe em tom severo:
«Livra-te de falar disto a alguém; vai antes mostrar-te ao sacerdote e oferece pela tua purificação o que foi estabelecido por Moisés a fim de lhes servir de testemunho.»
Ele, porém assim que se retirou, começou a proclamar e a divulgar o sucedido a ponto de Jesus Cristo não poder entrar abertamente numa cidade; ficava fora, em lugares despovoados e de todas as partes iam ter com Ele.

Beato João Paulo II (1920-2005), papa Homilia aos jovens
«Jesus Cristo estendeu a mão e tocou-o»
O gesto afectuoso de Jesus Cristo que Se aproxima dos leprosos para os reconfortar e curar, tem a sua expressão plena e misteriosa na Sua Paixão. Torturado e desfigurado pelo suor de sangue, pela flagelação, pela coroação de espinhos, pela crucifixão, abandonado por aqueles que esqueceram o bem que Ele lhes tinha feito; na Sua Paixão, Jesus Cristo identifica-Se com os leprosos. Torna-se Sua imagem e símbolo como o profeta Isaías intuíra ao contemplar o mistério do Servo do Senhor: «Vimo-lo sem beleza nem formosura, desprezado e evitado pelos homens como homem [...] diante de qual se tapa o rosto. [...] Nós o reputávamos como um leproso, ferido por Deus e humilhado» (Is 53,2-4), mas é precisamente das feridas do corpo torturado de Jesus Cristo e do poder da Sua ressurreição que brotam a vida e a esperança para todos os homens atingidos pelo mal e pela enfermidade.
A Igreja sempre foi fiel à sua missão de anunciar a palavra de Jesus Cristo, unida a gestos concretos de misericórdia solidária para com os mais humildes, para com os últimos. Ao longo dos séculos, tem havido um crescendo de dedicação impressionante e extraordinária às pessoas afectadas pelas doenças humanamente mais repugnantes. A história põe claramente em evidência que os cristãos foram os primeiros a preocupar-se com o problema dos leprosos. O exemplo de Jesus Cristo fez escola e deu muitos frutos em actos de solidariedade, de dedicação, de generosidade e de caridade desinteressada.

Sexta-feira, dia 18 de Janeiro de 2013

Sexta-feira da 1a semana do Tempo Comum

Irmãos: Temamos, pois que, permanecendo a promessa de entrar no seu repouso, algum de vós seja considerado excluído
porque a nós como a eles foi anunciada a Boa-Nova; porém a eles a palavra escutada não valeu de nada, pois não permaneceram unidos na fé aos que a tinham escutado.
Quanto a nós, os que acreditámos, entraremos no descanso como Ele disse: Tal como jurei na minha ira, não entrarão no meu repouso. No entanto, as suas obras estavam realizadas desde a fundação do mundo,
pois diz-se em qualquer parte, a propósito do sétimo dia, 'Deus repousou no sétimo dia, de todas as suas obras'
e ainda neste passo 'Não entrarão no meu repouso'.
Apressemo-nos então a entrar nesse repouso para que ninguém caia no mesmo tipo de desobediência.

Livro de Salmos 78(77),3.4bc.6c-7.8.
Não esqueçais as obras de Deus.

O que ouvimos e aprendemos
os nossos antepassados nos transmitiram,
os louvores do Senhor e o seu poder
e as maravilhas que Ele realizou.

Ergam-se e transmitam a seus filhos
para que ponham em Deus a sua confiança
e não esqueçam as obras do Senhor,
mas guardem os seus mandamentos

Para que não fossem como os seus pais,
uma geração rebelde e desobediente,
que não teve coração recto
nem espírito fiel a Deus.

Evangelho segundo S. Marcos 2,1-12.
Quando Jesus Cristo entrou de novo em Cafarnaúm e se soube que estava em casa,
juntou-se tanta gente que nem mesmo à volta da porta havia lugar (por isto foi para Jerusalém e ficava no campo das oliveiras) e anunciava-lhes a Palavra. Vieram então trazer-lhe um paralítico, transportado por quatro homens.
Como não podiam aproximar-se por causa da multidão, descobriram o tecto no sítio onde Ele estava, fizeram uma abertura e desceram o catre em que jazia o paralítico.
Vendo Jesus Cristo a fé daqueles homens, disse ao paralítico: «Filho, os teus pecados estão perdoados.»
Ora estavam lá sentados alguns doutores da Lei que discorriam em seus corações:
«Porque fala este assim? Blasfema! Quem pode perdoar pecados senão Deus?» Jesus Cristo percebeu logo em seu íntimo que eles assim discorriam e disse-lhes: «Porque discorreis assim em vossos corações?
Que é mais fácil? Dizer ao paralítico: 'Os teus pecados estão perdoados’ ou dizer: 'Levanta-te, pega no teu catre e anda’?
Pois bem, para que saibais que o Filho do Homem tem na Terra poder para perdoar os pecados,
Eu te ordeno disse ao paralítico: levanta-te, pega no teu catre e vai para tua casa.»
Ele levantou-se e, pegando logo no catre, saiu à vista de todos, de modo que todos se maravilhavam e glorificavam a Deus, dizendo: «Nunca vimos coisa assim!»

Catecismo da Igreja Católica
§§ 976-982
«Filho, os teus pecados estão perdoados.»
«Creio na remissão dos pecados»: O Símbolo dos Apóstolos liga a fé no perdão dos pecados à fé no Espírito Santo, mas também à fé na Igreja e na comunhão dos santos. Foi ao dar o Espírito Santo aos Apóstolos que Jesus Cristo ressuscitado lhes transmitiu o Seu próprio poder divino de perdoar os pecados: «Recebei o Espírito Santo: àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados e àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos» (Jo 20, 22-23).
«Um só Baptismo para a remissão dos pecados»: Nosso Senhor ligou o perdão dos pecados à fé e ao Baptismo: «Ide por todo o mundo e proclamai a Boa-Nova a todas as criaturas. Quem acreditar e for baptizado será salvo» (Mc 16, 15-16). O Baptismo é o primeiro e principal sacramento do perdão dos pecados porque nos une a Jesus Cristo que morreu pelos nossos pecados e ressuscitou para a nossa justificação a fim de que «também nós vivamos numa vida nova» (Rm 6, 4). «No momento em que fazemos a nossa primeira profissão de fé, ao receber o santo Baptismo que nos purifica, o perdão que recebemos é tão pleno e total que não fica absolutamente nada por apagar quer da falta original quer das faltas cometidas de própria vontade por acção ou omissão; nem qualquer pena a suportar para as expiar […], mas, apesar disso, a graça do Baptismo não isenta ninguém de nenhuma das enfermidades da natureza. Pelo contrário, resta-nos ainda combater os movimentos da concupiscência que não cessam de nos arrastar para o mal» (Cat. Rom).
Neste combate contra a inclinação para o mal, quem seria suficientemente forte e vigilante para evitar todas as feridas do pecado? «Portanto, se era necessário que a Igreja tivesse o poder de perdoar os pecados, [...] era necessário que fosse capaz de perdoar as faltas a todos os penitentes que tivessem pecado até mesmo ao último dia da sua vida» (Cat. Rom.). É pelo sacramento da Penitência (= arrependimento e firme convicção de só praticar o bem, fazendo caminhada para o bem) que o baptizado pode ser reconciliado com Deus e com a Igreja. […]
Não há nenhuma falta, por mais grave que seja, que a santa Igreja não possa perdoar. «Nem há pessoa, por muito má e culpável que seja, a quem não deva ser proposta a esperança certa do perdão desde que se arrependa verdadeiramente dos seus erros» (Cat. Rom.). Jesus Cristo, que morreu por todos os homens, quer que na Sua Igreja as portas do perdão estejam sempre abertas a todo aquele que se afastar do pecado.

Sábado, dia 19 de Janeiro de 2013

Sábado da 1a semana do Tempo Comum

Santo do dia : S. Canuto, rei, m., +1086, Santos Mário, Marta e filhos, mm., +270
Carta aos Hebreus 4,12-16.
Irmãos: A palavra de Deus é viva, eficaz e mais afiada que uma espada de dois gumes; ela penetra até à divisão da alma e do corpo, das articulações e das medulas e discerne os sentimentos e intenções do coração.
Não há nenhuma criatura oculta diante dele, mas todas as coisas estão a nu e a descoberto aos olhos daquele a quem devemos prestar contas.
Uma vez que temos um grande Sumo Sacerdote que atravessou os céus, Jesus, o Filho de Deus, conservemos firme a fé que professamos.
De facto, não temos um Sumo Sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, pois Ele foi provado em tudo como nós, excepto no pecado.
Aproximemo-nos então com grande confiança do trono da graça a fim de alcançar misericórdia e encontrar graça para uma ajuda oportuna.

Livro de Salmos 19(18),8.9.10.15.
As vossas palavras, Senhor, são espírito e vida.

A lei do Senhor é perfeita,
ela reconforta o espírito;
as ordens do Senhor são firmes,
dão sabedoria ao homem simples.

Os mandamentos do Senhor são rectos,
alegram o coração;
os preceitos do Senhor são claros,
iluminam os olhos.

O amor do Senhor é puro
e permanece eternamente;
os juízos do Senhor são verdadeiros,
todos eles são rectos.

Aceita com bondade as palavras da minha boca
e estejam na tua presença
os murmúrios do meu coração,
ó Senhor, meu refúgio e meu libertador.

Evangelho segundo S. Marcos 2,13-17.
Naquele tempo, Jesus Cristo saiu de novo para a beira-mar. Toda a multidão ia ao seu encontro e Ele ensinava-os.
Ao passar, viu Levi, filho de Alfeu, sentado no posto de cobrança e disse-lhe: «Segue-me.» E levantando-se, ele seguiu Jesus Cristo.
Depois, quando se encontrava à mesa em casa dele, muitos cobradores de impostos e pecadores também se puseram à mesma mesa com Jesus Cristo e os seus discípulos, pois eram muitos os que o seguiam.
Mas os doutores da Lei do partido dos fariseus, vendo-o comer com pecadores e cobradores de impostos, disseram aos discípulos: «Porque é que Ele come com cobradores de impostos e pecadores?»
Jesus Cristo ouviu isto e respondeu: «Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os enfermos. Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores.»

São Pedro Crisólogo (c. 406-450), bispo de Ravena, doutor da Igreja Sermão 30; PL 52, 285
«Ele come com cobradores de impostos e pecadores!»
«Porque é que o vosso Mestre come com cobradores de impostos e pecadores?» Deus é acusado de se debruçar sobre o homem, de se sentar perto do pecador, de ter fome da sua conversão e sede do seu regresso, de aceitar comer os alimentos da misericórdia e beber a taça da bondade, mas Jesus Cristo, meus irmãos, veio para esta refeição: a Vida veio para junto destes convivas para fazer com que aqueles que iam morrer vivessem com Ele, da mesma vida que Ele. A Ressurreição sentou-se a esta mesa para que aqueles que jaziam na morte se levantassem do túmulo; a Graça curvou-se para levar os pecadores até ao perdão; Deus veio até ao homem para que o homem chegasse até Deus; o juiz veio até à refeição dos culpados para subtrair a humanidade à sentença da condenação; o médico veio a casa dos doentes para lhes restabelecer as forças esgotadas, comendo com eles; o Bom Pastor curvou-Se para levar a ovelha perdida para o redil da salvação (Lc 15,3ss.). […]
«Porque é que o vosso Mestre come com cobradores de impostos e pecadores?» Mas quem é pecador senão aquele que recusa considerar-se pecador? Não será mergulhar no pecado, isto é, identificar-se com o pecado, deixar de reconhecer que se é pecador? E quem é injusto senão aquele que se considera justo? [...] Vamos, fariseu, confessa o teu pecado e poderás vir à mesa de Jesus Cristo. Por ti, Jesus Cristo far-Se-á pão, o pão que será partido para o perdão dos teus pecados. Jesus Cristo tornar-Se-á para ti a taça, aquela taça que será derramada para remissão dos teus pecados. Vamos, fariseu, partilha a refeição dos pecadores para que possas tomar a tua refeição com Jesus Cristo. Reconhece que és pecador e Jesus Cristo comerá contigo. Entra com os pecadores no festim do teu Senhor e poderás deixar de ser pecador. Entra com o perdão de Jesus Cristo na casa da misericórdia.

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