sábado, 23 de fevereiro de 2013

Cristianismo 100


=CRISTIANISMO=

«Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna» Jo 6,68
Queridos Amigos
Aproveitamos para vos anunciar a abertura de duas novas versões de Evangelizo, a acrescentar à versão grega recentemente iniciada:
- a versão malgaxe: www.evanjelyanio.org;
- a versão italiana no calendário ambrosiano: www.vangelodelgiorno.org.
A liturgia ambrosiana é bastante próxima da romana tradicional com algumas especificidades particulares tais como um calendário e leituras próprias. Abrimos esta versão a pedido de numerosos leitores de língua italiana e de um bispo. O rito ambrosiano está em vigor na diocese de Milão e em três vales do Tessino (na Suíça), o que representa 51 paróquias.
Fiéis ao espírito do serviço Evangelizo, estamos felizes por vos fazer descobrir, através deste rito ambrosiano, a extraordinária riqueza litúrgica da nossa Igreja.
- a versão grega: evaggeliokathemera.org. Que ela possa ser um apoio diário aos membros deste povo que sofre. Não deixem se informar os vossos conhecidos deste novo serviço.
Podem contactar connosco através da página “contactos” do nosso sítio internet: http://www.evangelizo.org/main.php?language=PT&module=contact. Obrigado.
Queremos agradecer também a quantos, com a sua contribuição, permitem o financiamento e o desenvolvimento do serviço. Como sabem, ele é e será sempre gratuito, mas essas contribuições servem, em parte, para apoiar os mosteiros que nos ajudam na selecção e tradução diária dos comentários bem como para financiar o material informático. É por esta relação entre a vida activa e a contemplativa que o Evangelho Quotidiano pode funcionar.
Se deseja fazer um donativo: http://www.evangelizo.org/main.php?language=PT&module=helpus. Obrigado.
Criado em 2001, EVANGELIZO propõe aos seus leitores um acesso fácil e rápido a todas as leituras da liturgia católica do dia, à vida dos santos e a um comentário feito por uma grande figura da Igreja.
Fazemo-vos uma proposta; um amigo por dia. É um mínimo que não ocupa quase tempo nenhum. Abram o nosso site (www.evangelizo.org) e, clicando na bandeira que vos interessa, inscrevam o amigo de que se lembrarem na casa “o seu endereço e-mail”. Confirmem e já está! Ele receberá uma carta nossa a pedir se aceita a inscrição.
Um por dia! Não é pedir muito, pois não? O Senhor vos agradecerá.
O serviço está agora disponível gratuitamente em vários meios e suportes: por correio electrónico; no computador: http://www.evangelhoquotidiano.org/; em telefone móvel: http://mobile, evangelizo.org; em telefone “Iphone” e “Android”: aplicações “Evangelizo”.
Com os votos renovados de uma boa caminhada ao longo deste ano, saúda-vos
A equipa portuguesa do Evangelho Quotidiano
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Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Domingo, dia 17 de Fevereiro de 2013

1º Domingo da Quaresma - Ano C

Moisés falou ao povo, dizendo: «O sacerdote receberá o cesto da tua mão e o depositará diante do altar do Senhor, teu Deus.
Proclamarás então em voz alta, diante do Senhor, teu Deus: ‘Meu pai era um arameu errante: desceu ao Egipto com um pequeno número e ali viveu como estrangeiro, mas depois tornou-se um povo forte e numeroso.
Então os egípcios maltrataram-nos, oprimindo-nos e impondo-nos dura escravidão.
Clamámos ao Senhor, Deus de nossos pais, e o Senhor ouviu o nosso clamor, viu a nossa humilhação, os nossos trabalhos e a nossa angústia
e tirou-nos do Egipto com sua mão forte e seu braço estendido com grandes milagres, sinais e prodígios.
Introduziu-nos nesta região e deu-nos esta terra, terra onde corre leite e mel.
Por isso, aqui trago agora os primeiros frutos da terra que me deste, Senhor!’ Depois, colocarás isso diante do Senhor, teu Deus, e prostrar-te-ás diante do Senhor, teu Deus.

Livro de Salmos 91(90),1-2.10-11.12-13.14-15.
Estai comigo, Senhor, no meio da adversidade.

Aquele que habita sob a protecção do Altíssimo
e mora à sombra do Omnipotente
pode exclamar: "Senhor, Tu és o meu refúgio, a minha cidadela,
o meu Deus, em quem confio!"

Nenhum mal lhe acontecerá
nem a desgraça se aproximará da sua tenda
porque Ele mandará os seus anjos
que o guardem em todos os seus caminhos.

Eles hão-de levar-te na palma das mãos
para que não tropeces em nenhuma pedra.
Poderás caminhar sobre serpentes e víboras,
calcar aos pés leões e dragões.

Porque em Mim confiou, hei-de salvá-lo
hei-de protegê-lo, pois conheceu o Meu nome
e lhe mostrarei a Minha salvação.

Quando Me invocar, hei-de responder-lhe;
estarei a seu lado na tribulação
para o salvar e encher de honras.


Carta aos Romanos 10,8-13.
Irmãos: Que diz a Escritura, afinal? «É junto de ti que está a Palavra: na tua boca e no teu coração.» Esta palavra é a da que anunciamos.
Porque, se confessares com a tua boca: «Jesus Cristo é o Senhor» e acreditares no teu coração que Deus o ressuscitou de entre os mortos, serás salvo.
É que acreditar de coração leva a obter a justiça e confessar com a boca leva a obter a salvação.
É a Escritura que o diz: Todo o que nele acreditar não ficará frustrado.
Assim não há diferença entre judeu e grego, pois todos têm o mesmo Senhor, rico para com todos os que o invocam.
De facto, todo o que invocar o nome do Senhor será salvo. Culpa de Israel: a falta de fé.

Evangelho segundo S. Lucas 4,1-13.
Naquele tempo, Jesus Cristo, cheio do Espírito Santo, retirou-se do Jordão e foi levado pelo Espírito ao deserto
onde esteve durante quarenta dias e era tentado pelo diabo. Não comeu nada durante esses dias e, quando eles terminaram, sentiu fome.
Disse-lhe o diabo: «Se és Filho de Deus, diz a esta pedra que se transforme em pão.» Jesus Cristo respondeu-lhe:
«Está escrito: Nem só de pão vive o homem.»
Levando-o a um lugar alto, o diabo mostrou-lhe, num instante, todos os reinos do universo
e disse-lhe: «Dar-te-ei todo este poderio e a sua glória porque me foi entregue e dou-o a quem me aprouver
se te prostrares diante de mim, tudo será teu.»
Jesus Cristo respondeu-lhe: «Está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a Ele prestarás culto.»
Em seguida, conduziu-o a Jerusalém, colocou-o sobre o pináculo do templo e disse-lhe: «Se és Filho de Deus, atira-te daqui abaixo,
pois está escrito: Aos seus anjos dará ordens a teu respeito a fim de que eles te guardem
e também: Hão-de levar-te nas suas mãos com receio de que firas o teu pé nalguma pedra.»
Disse-lhe Jesus Cristo: «Não tentarás ao Senhor, teu Deus.»
Tendo esgotado toda a espécie de tentação, o diabo retirou-se de junto dele até um certo tempo (o tempo em que foi julgado e condenado por este mundo).

São Rafael Arnaiz Baron (1911-1938), monge trapista espanhol Escritos espirituais, 15/12/1936
O Filho de Deus rejeita a tentação de tomar outras vias e obedece à vontade de Seu Pai
Também eu, quando estava no mundo, corria muitas vezes pelas estradas de Espanha, encantado por ver o velocímetro do meu carro marcar 90 Km à hora! Que disparate! Quando me apercebi de que não tinha mais horizontes, sofri a decepção típica daquele que tem a liberdade deste mundo, pois a Terra é pequena e depressa lhe damos a volta. O homem está rodeado de horizontes pequenos e limitados. Para quem tem a alma sedenta de horizontes infinitos, os da Terra não bastam: abafam-no, não há mundo que lhe chegue e só encontra o que procura na grandeza e imensidão de Deus. Homens livres que percorreis o planeta, não tenho inveja da vossa vida neste mundo; fechado num convento e aos pés do crucifixo, tenho uma liberdade infinita, tenho um céu, tenho Deus. Que sorte tão grande ter um coração apaixonado por Ele! […]
Pobre irmão Rafael! [...] Continua a aguardar, continua a esperar com essa doce serenidade que a esperança certa proporciona; permanece imóvel, pregado, prisioneiro do teu Deus, ao pé do Seu tabernáculo. Escuta ao longe o ruído que fazem os homens que desfrutam dos breves dias da sua liberdade no mundo; escuta ao longe as suas vozes, os seus risos, os seus choros, as suas guerras. Escuta e medita um momento; medita sobre um Deus infinito, o Deus que fez o céu e a Terra e os homens, o Senhor absoluto dos céus e da Terra, dos rios e dos mares; Aquele que, num instante, só por assim o querer, fez sair do nada tudo aquilo que existe.
Medita por momentos na vida de Jesus Cristo e verás que não há nela, nem liberdades, nem barulho, nem burburinho de vozes; verás o Filho de Deus submetido ao homem; verás Jesus Cristo obediente, submisso e numa paz serena, tendo como única regra de vida fazer a vontade de Seu Pai. E finalmente contempla Jesus Cristo pregado na cruz. De que serve então falar de liberdades?
Segunda-feira, dia 18 de Fevereiro de 2013

Segunda-feira da 1ª semana da Quaresma

O Senhor disse a Moisés:
«Fala a toda a comunidade dos filhos de Israel e diz-lhes: ‘Sede santos porque Eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo.
Não furtareis, não mentireis, nem enganareis em detrimento de um compatriota.
Não jurareis falso, em meu nome; desse modo profanareis o nome do vosso Deus. Eu sou o Senhor.
Não roubarás nem furtarás nada ao teu próximo; o salário do jornaleiro não passará a noite em teu poder até à manhã seguinte.
Não insultarás um surdo, não colocarás tropeços diante de um cego. Teme o teu Deus. Eu sou o Senhor.
Não cometerás injustiças nos julgamentos. Não prejudicarás o pobre, nem serás complacente para com o poderoso. Julgarás o teu compatriota com imparcialidade.
Não semearás o mal no meio do teu povo. Não peças o sangue do teu próximo. Eu sou o Senhor.
Não odiarás o teu próximo no teu coração; mas repreende o teu compatriota para não caíres em pecado por causa dele.
Não te vingarás nem guardarás rancor aos filhos do teu povo, mas amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor.

Livro de Salmos 19(18),8.9.10.15.
As vossas palavras, Senhor, são espírito e vida.

A lei do Senhor é perfeita,
ela reconforta o espírito;
as ordens do Senhor são firmes,
dão sabedoria ao homem simples.

Os mandamentos do Senhor são rectos,
alegram o coração;
os preceitos do Senhor são claros,
iluminam os olhos.
O amor do Senhor é puro
e permanece eternamente;
os juízos do Senhor são verdadeiros,
todos eles são rectos.

Aceita, com bondade, as palavras da minha boca
e estejam na tua presença
os murmúrios do meu coração,
ó Senhor, meu refúgio e meu libertador.

Evangelho segundo S. Mateus 25,31-46.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Quando o Filho do Homem vier na sua glória, acompanhado por todos os seus anjos, há-de sentar-se no seu trono de glória.
Perante Ele, vão reunir-se todos os povos e Ele separará as pessoas umas das outras como o pastor separa as ovelhas dos cabritos.
À sua direita porá as ovelhas e à sua esquerda, os cabritos.
O Rei dirá então aos da sua direita: 'Vinde, benditos de meu Pai! Recebei em herança o Reino que vos está preparado desde a criação do mundo
porque tive fome e destes-me de comer, tive sede e destes-me de beber, era peregrino e recolhestes-me,
estava nu e destes-me que vestir, adoeci e visitastes-me, estive na prisão e fostes ter comigo.’
Então os justos vão responder-lhe: 'Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer ou com sede e te demos de beber?
Quando te vimos peregrino e te recolhemos ou nu e te vestimos?
E quando te vimos doente ou na prisão e fomos visitar-te?’
E o Rei vai dizer-lhes em resposta: 'Em verdade vos digo: Sempre que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos a mim mesmo o fizestes.’
Em seguida, dirá aos da esquerda: 'Afastai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno que está preparado para o diabo e para os seus anjos
porque tive fome e não me destes de comer, tive sede e não me destes de beber,
era peregrino e não me recolhestes, estava nu e não me vestistes, doente e na prisão e não fostes visitar-me.’
Por sua vez, eles perguntarão: 'Quando foi que te vimos com fome ou com sede ou peregrino ou nu ou doente ou na prisão e não te socorremos?’
Ele responderá então: 'Em verdade vos digo: Sempre que deixastes de fazer isto a um destes pequeninos foi a mim que o deixastes de fazer.’
Estes irão para o suplício eterno (magma do interior da Terra ou a superfície do sol) e os justos, para a vida eterna.»

Homilia atribuida a
Santo Hipólito de Roma (?-c. 235), presbítero e mártir Tratado sobre o fim do mundo, 41-43
«Vinde, benditos de Meu Pai!»
«Vinde, benditos de Meu Pai! Recebei em herança o Reino que vos está preparado desde a criação do mundo». Vinde, vós que haveis amado os pobres e os estrangeiros. Vinde, vós que permanecestes fiéis ao Meu amor, pois Eu sou o amor(-comunhão). Vinde, vós que haveis escolhido a paz, pois Eu sou a paz. Vinde benditos de Meu Pai e recebei em herança o Reino preparado para vós.
Não honrastes a riqueza, pois destes esmola aos pobres. Socorrestes os órfãos, ajudastes as viúvas, destes de beber a quem tinha sede e de comer a quem tinha fome. Acolhestes os estrangeiros e vestistes os que andavam nus, visitastes os doentes, reconfortastes os presos, ajudastes os cegos. Guardastes intacto o selo da fé e estivestes sempre prontos a reunir-vos nas igrejas. Escutastes as Minhas Escrituras e muito desejastes escutar as Minhas palavras. Observastes a Minha lei de noite e de dia (cf Sl 1,2) e partilhastes os Meus sofrimentos como soldados corajosos para encontrar graça junto a Mim, vosso rei do céu. Eis o Meu Reino preparado e o Meu céu aberto. Eis a Minha imortalidade revelada em toda a sua beleza. Vinde todos e recebei em herança o Reino preparado para vós desde a criação do mundo.

Terça-feira, dia 19 de Fevereiro de 2013

Terça-feira da 1ª semana da Quaresma

Santo do dia : S. Conrado de Placência, confessor, +1351, S. Bonifácio, bispo, +1265
Livro de Isaías 55,10-11.
Assim fala o Senhor: «Assim como a chuva e a neve descem do céu não voltam para lá sem terem regado a terra, sem a terem fecundado e feito produzir para que dê semente ao semeador e pão para comer,
o mesmo sucede à palavra que sai da minha boca: não voltará para mim vazia sem ter realizado a minha vontade e sem cumprir a sua missão.

Livro de Salmos 34(33),4-5.6-7.16-17.18-19.
Deus salva os justos de todos os sofrimentos.

Enaltecei comigo o Senhor;
exaltemos juntos o seu nome.
Procurei o Senhor e Ele atendeu-me,
libertou-me de toda a ansiedade

Voltai-vos para Ele e ficareis radiantes,
o vosso rosto não se cobrirá de vergonha.
Este pobre clamou e o Senhor o ouviu,
salvou-o de todas as angústias.

Os olhos do Senhor estão voltados para os justos
e os Seus ouvidos estão atentos ao seu clamor.
A face do Senhor volta-se contra os que fazem o mal
para apagar da terra a sua memória.

Evangelho segundo S. Mateus 6,7-15.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos:« Nas vossas orações, não sejais como os gentios que usam de vãs repetições porque pensam que, por muito falarem, serão atendidos.
Não façais como eles porque o vosso Pai celeste sabe do que necessitais antes de vós lho pedirdes.»
«Rezai, pois assim:'
Pai nosso, que estás no Céu, santificado seja o teu nome,
venha o teu Reino; faça-se a tua vontade como no Céu assim também na terra.
Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia;
perdoa as nossas ofensas como nós perdoamos a quem nos tem ofendido
e não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do Mal
.’
porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas também o vosso Pai celeste vos perdoará a vós.
Se, porém não perdoardes aos homens as suas ofensas também o vosso Pai vos não perdoará as vossas.»

São Francisco de Assis (1182-1226), fundador da Ordem dos Frades Menores Paráfrase ao Pai Nosso
«Senhor, ensina-nos a orar» (Lc 11,1)
Santíssimo «Pai Nosso»,
nosso Criador, nosso Redentor, nosso Salvador e Consolador.
«Que estais nos céus»,
nos anjos e nos santos, iluminando-os para que Vos conheçam
porque Vós, Senhor, sois a luz;
inflamando-os para que Vos amem porque Vós, Senhor, sois o amor;
habitando neles e enchendo-os com a Vossa divindade
para que adquiram a felicidade porque Vós, Senhor, sois o maior bem,
o bem eterno, donde procede todo o bem, sem o qual não há bem algum.
«Santificado seja o Vosso nome»:
Que o conhecimento que temos de Vós
se torne, em nós, cada vez mais luminoso
para que possamos avaliar o comprimento dos Vossos dons,
a largura das Vossas promessas, a altura da Vossa majestade
e a profundidade dos Vossos julgamentos (Ef 3, 18).
«Venha a nós o Vosso Reino»:
Reinai em nós pela graça;
fazei-nos entrar no Vosso Reino
onde enfim Vos veremos sem sombra,
onde o nosso amor por Vós se tornará perfeito,
bem-aventurada a Vossa companhia, eterno o prazer de Vos termos connosco.
«Seja feita a Vossa vontade assim na Terra como nos céus»:
Que Vos amemos sempre de coração pleno,
pensando sempre em Vós,
desejando-Vos sempre, com todo o nosso espírito;
continuamente dirigindo a Vós todas as nossas intenções,
perseguindo apenas a Vossa glória,
com todas as forças, com todo o coração,
com toda a alma, com todo o entendimento, ao serviço do Vosso amor
e de nada mais (Mc 12, 30).
Amemos o nosso próximo como a nós mesmos (Mt 22,39),
atraindo todos ao Vosso amor como nos for possível,
alegrando-nos com o seu bem como se nosso fosse,
compadecendo-nos com as suas tribulações
e não fazendo a ninguém ofensa alguma.

Quarta-feira, dia 20 de Fevereiro de 2013

Quarta-feira da 1ª semana da Quaresma

A palavra do Senhor foi dirigida pela segunda vez a Jonas, nestes termos:
«Levanta-te e vai a Nínive, à grande cidade e apregoa nela o que Eu te ordenar.»
Jonas levantou-se e foi a Nínive, segundo a ordem do Senhor. Nínive era uma cidade imensamente grande e eram precisos três dias para a percorrer.
Jonas entrou na cidade e andou um dia inteiro a apregoar: «Dentro de quarenta dias Nínive será destruída.»
Os habitantes de Nínive acreditaram em Deus, ordenaram um jejum e vestiram-se de saco, do maior ao menor.
A notícia chegou ao conhecimento do rei de Nínive; ele levantou-se do seu trono, tirou o seu manto, cobriu-se de saco e sentou-se sobre a cinza.
Em seguida, foi publicado na cidade, por ordem do rei e dos príncipes, este decreto: «Os homens e os animais, os bois e as ovelhas não comam nada, não sejam levados a pastar nem bebam água.
Os homens e animais cubram-se de roupas grosseiras e clamem a Deus com força; converta-se cada um do seu mau caminho e da violência que há nas suas mãos.
Quem sabe se Deus não se arrependerá e acalmará o ardor da sua ira, de modo que não pereçamos?»
Deus viu as suas obras, como se convertiam do seu mau caminho e, arrependendo-se do mal que tinha resolvido fazer-lhes, não lho fez.

Livro de Salmos 51(50),3-4.12-13.18-19.
Não desprezeis, Senhor, o nosso coração humilhado e contrito.

Tem compaixão de mim, ó Deus, pela tua bondade;
pela tua grande misericórdia, apaga o meu pecado.
Lava-me de toda a iniquidade;
purifica-me dos meus delitos.

Dá-me de novo a alegria da tua salvação
e sustenta-me com um espírito generoso.
Abre, Senhor, os meus lábios
para que a minha boca possa anunciar o teu louvor.

Evangelho segundo S. Lucas 11,29-32.
Naquele tempo, aglomerava-se uma grande multidão à volta de Jesus Cristo e Ele começou a dizer: «Esta geração é uma geração perversa; pede um sinal, mas não lhe será dado sinal algum a não ser o de Jonas,
pois assim como Jonas foi um sinal para os ninivitas assim o será também o Filho do Homem para esta geração.
A rainha do Sul há-de levantar-se, na altura do juízo, contra os homens desta geração e há-de condená-los porque veio dos confins da Terra para ouvir a sabedoria de Salomão; ora aqui está quem é maior do que Salomão!
Os ninivitas hão-de levantar-se, na altura do juízo, contra esta geração e hão-de condená-la porque fizeram penitência ao ouvir a pregação de Jonas; ora aqui está quem é maior do que Jonas.»

São Rafael Arnaiz Baron (1911-1938), monge trapista espanhol Escritos Espirituais, 1936/12/14
«Assim como Jonas esteve no ventre do monstro marinho três dias e três noites assim o Filho do Homem estará no seio da terra três dias e três noites» (Mt 12,40)
Para se consagrar a uma arte, para aprofundar uma ciência, o espírito precisa de solidão e de isolamento; tem necessidade de recolhimento e silêncio, mas para a alma enamorada de Deus, para a alma que não vê nenhuma outra arte ou ciência que não seja a vida de Jesus Cristo, para a alma que encontrou o tesouro escondido na terra (Mt 13,44), o silêncio não é suficiente, nem o recolhimento na solidão. Ela tem necessidade de se esconder de tudo, precisa de estar escondida com Jesus Cristo, de encontrar um recanto da terra onde não cheguem os olhos profanos do mundo e de permanecer aí sozinha com Deus. O segredo do rei (Tb 12,7) deteriora-se e perde o brilho quando se revela. É este segredo do rei que deve ser escondido para que ninguém o veja, este segredo que muitos acreditam ser feito de comunicações divinas e de consolações sobrenaturais; este segredo do rei que invejamos aos santos, reduz-se muitas vezes a uma cruz.
Não escondamos a luz debaixo do alqueire, diz Jesus Cristo (Mt 5, 15). [...] Proclamemos aos quatro ventos a nossa fé, enchamos o mundo com gritos de entusiasmo por um Deus tão bom, não nos cansemos de pregar o Evangelho e de dizer a todos aqueles que querem ouvir-nos que Jesus Cristo morreu amando, pregado no madeiro, que morreu por mim, por ti, por todos. Se O amamos verdadeiramente, não O escondamos, não ponhamos debaixo do alqueire a luz que pode iluminar os outros.
Pelo contrário, Jesus Cristo bendito, transportemos por dentro e sem que ninguém saiba este segredo divino, este segredo que Tu confias às almas que mais Te amam, esta partícula da Tua cruz, da Tua sede, dos Teus espinhos. Escondamos no canto mais recôndito da terra as nossas lágrimas, as nossas dores e as nossas mágoas, não enchamos o mundo de tristes gemidos, nem atinjamos ninguém com as nossas aflições. [...] Escondamo-nos com Jesus Cristo para O deixarmos participar, só a Ele, naquilo que, vendo bem, Lhe pertence: o segredo da cruz. Aprendamos de uma vez por todas, meditando na Sua vida, na Sua paixão e na Sua morte, que não há outro caminho para chegarmos até Ele senão o caminho da Sua santa cruz.

Quinta-feira, dia 21 de Fevereiro de 2013

Quinta-feira da 1ª da Quaresma

Santo do dia : S. Pedro Damião, bispo, Doutor da Igreja, +1072
Livro de Ester 14,1.3-5.12-14.
Naqueles dias, a rainha Ester, tomada de angústia mortal, procurou refúgio no Senhor
e fez esta súplica ao Senhor, Deus de Israel: «Meu Senhor, nosso único Rei, vinde socorrer-me porque estou só e não tenho outro auxílio senão Vós
e corre perigo a minha vida.
Desde criança, ouvi dizer na minha tribo paterna que Vós, Senhor, escolhestes Israel entre todos os povos e os nossos pais entre os seus antepassados para serem a vossa herança perpétua e cumpristes tudo o que lhes tínheis prometido.
Lembrai-Vos de nós, Senhor, e manifestai-Vos no dia da nossa tribulação. Fortalecei-me, Rei e Senhor dos poderosos.
Ponde em meus lábios palavras harmoniosas quando estiver na presença do leão e mudai o seu coração para que deteste o nosso inimigo e o arruíne com todos os seus cúmplices. (ordens a Deus e não – cumprir a vontade de Deus)
Livrai-nos com a vossa mão; vinde socorrer-me no meu abandono porque não tenho ninguém senão Vós, Senhor».

Livro de Salmos 138(137),1-2a.2bc-3.7c-8.
Na presença dos anjos, eu Vos louvarei, Senhor.

Agradeço-Te, Senhor, de todo o coração
porque ouviste as palavras da minha boca.
Na presença dos anjos hei-de cantar-Te
e adorar-Te voltado para o Teu santo templo.

Hei-de louvar o Teu nome
pela Tua bondade e pela Tua fidelidade
porque foste mais além das Tuas promessas.
Quando Te invoquei, atendeste-me
e aumentaste as forças da minha alma.

Todos os reis da Terra Te louvarão, Senhor,
ao ouvirem as palavras da Tua boca.
Celebrarão os caminhos do Senhor,
pois grande é a Sua glória.

A Vossa mão direita me salvará,
o Senhor completará o que em meu auxílio começou.
Senhor, a Vossa bondade é eterna,
não abandoneis a obra das Vossas mãos.

Evangelho segundo S. Mateus 7,7-12.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Pedi e ser-vos-á dado; procurai e encontrareis; batei e hão-de abrir-vos.
Pois quem pede, recebe e quem procura, encontra e ao que bate, hão-de abrir. Qual de vós, se o seu filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra?
Ou se lhe pedir peixe, lhe dará uma serpente?
Ora bem, se vós, sendo maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos quanto mais o vosso Pai que está no Céu dará coisas boas àqueles que lhas pedirem.» «Portanto o que quiserdes que vos façam os homens, fazei-o também a eles porque isto é a Lei e os Profetas.»

São Tomás de Aquino (1225-1274), teólogo dominicano, doutor da Igreja Compêndio teológico, 2, 1
«Pedi [...], procurai [...], batei»
Quando a súplica é dirigida a um homem, deve primeiro expressar o desejo e a necessidade de quem pede. Tem também por objectivo afrouxar o coração daquele a quem se pede até o fazer ceder. Ora estas duas coisas não têm razão de ser quando a súplica é dirigida a Deus. Ao rezar, não temos de nos preocupar em manifestar os nossos desejos ou as nossas necessidades a Deus: Ele sabe tudo (Mt 6,8). [...] Se a oração é necessária ao homem para obter os benefícios de Deus é porque exerce sobre aquele que reza uma influência que o leva a considerar a sua própria pobreza e lhe inclina o coração a desejar com fervor e espírito filial o que espera obter com a oração. Torna-o assim capaz de o receber. […]
Pedir a Deus torna-nos imediatamente familiarizados com Deus porque a nossa alma se eleva em direcção a Ele, fala carinhosamente com Ele e adora-O em espírito e verdade (Jo 4,23). E assim, nesta amizade familiar com Deus que a oração produz, abre-se o caminho para uma oração ainda mais confiante. É por isso que está dito no Salmo: «Eu clamei», isto é, orei com confiança «porque Tu me respondeste, meu Deus» (16,6). Recebido na intimidade de Deus através de uma primeira oração, o salmista ora em seguida com maior confiança e é por isso que, na petição dirigida a Deus, a assiduidade ou insistência no pedido não é importuna. Pelo contrário, é agradável a Deus porque «é necessário rezar sempre», diz o Evangelho, «sem nunca desistir» (Lc 18,1) e noutro sítio o Senhor convida-nos a pedir: «Pedi e dar-se-vos-á», diz, «batei e abrir-se-vos-á.»

Sexta-feira, dia 22 de Fevereiro de 2013

Cádeira de São Pedro, apóstolo - festa

Festa da Igreja : Cadeira de São Pedro
Santo do dia : Beato Diogo Carvalho, presbítero, mártir, +1624
1ª Carta de S. Pedro 5,1-4.
Aos presbíteros que há entre vós, eu – presbítero como eles e que fui testemunha dos padecimentos de Jesus Cristo e também participante da glória que se há-de manifestar – dirijo-vos esta exortação:
Apascentai o rebanho de Deus que vos foi confiado, governando-o não à força, mas de boa vontade tal como Deus quer; não por um mesquinho espírito de lucro, mas com zelo;
não com um poder autoritário sobre a herança do Senhor, mas como modelos do rebanho.
E quando o supremo Pastor se manifestar, então recebereis a coroa imperecível da glória.

Livro de Salmos 23(22),1-3a.3b-4.5.6.
O Senhor é meu pastor: nada me faltará.
Leva-me a descansar em verdes prados,
conduz-me às águas refrescantes,
reconforta a minha alma
e guia-me por caminhos rectos, por amor do seu nome.

Ainda que atravesse vales tenebrosos,
de nenhum mal terei medo
porque Tu estás comigo.
A tua vara e o teu cajado dão-me confiança.

Preparas a mesa para mim
à vista dos meus inimigos;
ungiste com óleo a minha cabeça;
a minha taça transbordou.

Na verdade, a tua bondade e o teu amor
hão-de acompanhar-me todos os dias da minha vida
e habitarei na casa do Senhor
para todo o sempre.

Evangelho segundo S. Mateus 16,13-19.
Naquele tempo, ao chegar à região de Cesareia de Filipe, Jesus Cristo fez a seguinte pergunta aos seus discípulos: «Quem dizem os homens que é o Filho do Homem?»
Eles responderam: «Uns dizem que é João Baptista; outros que é Elias e outros que é Jeremias ou algum dos profetas.»
Perguntou-lhes de novo: «E vós, quem dizeis que Eu sou?»
Tomando a palavra, Simão Pedro respondeu: «Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo.»
Jesus Cristo disse-lhe em resposta: «És feliz, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que to revelou, mas o meu Pai que está no Céu.
Também Eu te digo: Tu és Pedro e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja e as portas do Abismo nada poderão contra ela.
Dar-te ei as chaves do Reino do Céu; tudo o que ligares na Terra ficará ligado no Céu e tudo o que desligares na Terra será desligado no Céu.»

Papa Bento XVI
Audiência geral de 07/06/2006 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana rev.)
«Também Eu te digo: Tu és Pedro e sobre esta Pedra edificarei a Minha Igreja»
«Também Eu te digo: Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a Minha Igreja. [...] Dar-te-ei as chaves do Reino do Céu; tudo o que ligares na Terra ficará ligado no Céu e tudo o que desligares na Terra será desligado no Céu.» As três metáforas às quais Jesus Cristo recorre são em si muito claras: Pedro será o fundamento rochoso sobre o qual se apoiará o edifício da Igreja; ele terá as chaves do Reino dos céus para abrir ou fechar a quem melhor julgar; por fim, ele poderá ligar ou desligar, no sentido em que poderá estabelecer ou proibir o que considerar necessário para a vida da Igreja que é e permanece de Jesus Cristo. É sempre a Igreja de Jesus Cristo e não de Pedro. Deste modo, é descrito com imagens [...] o que a reflexão posterior qualificará com a designação de «primado de jurisdição».
Esta posição de preeminência que Jesus Cristo decidiu conferir a Pedro verifica-se também depois da ressurreição: Jesus Cristo encarrega as mulheres de irem anunciar a Pedro; [...] será Pedro a primeira testemunha de uma aparição do Ressuscitado (cf Lc 24,34; 1 Cor 15,5). [...] Depois, o facto de vários textos-chave relativos a Pedro poderem ser relacionados com o contexto da Última Ceia, na qual Jesus Cristo confere a Pedro o ministério de confirmar os irmãos (cf Lc 22,31ss.) mostra que a Igreja que nasce do memorial pascal celebrado na Eucaristia, tem no ministério confiado a Pedro um dos seus elementos constitutivos.
Esta contextualização [...] indica também o sentido último deste primado: Pedro deve ser, ao longo dos tempos, o guardião da comunhão com Jesus Cristo; deve conduzir à comunhão com Jesus Cristo; deve preocupar-se por que a rede não se rompa e assim possa perdurar a comunhão universal. Só juntos podemos estar com Jesus Cristo que é o Senhor de todos. A responsabilidade de Pedro é assim garantir a comunhão com Jesus Cristo, pela caridade de Jesus Cristo, conduzindo à realização desta caridade na vida de todos os dias.

Sábado, dia 23 de Fevereiro de 2013

Sábado da 1ª semana da Quaresma

Moisés falou ao povo, dizendo:«O Senhor, teu Deus, ordena-te hoje que cumpras estas leis e preceitos. Observa-os e cumpre-os com todo o teu coração e com toda a tua alma.
Hoje, declaraste ao Senhor que Ele seria o teu Deus e que andarias nos seus caminhos, observando as suas leis, os seus preceitos e os seus mandamentos.
Por sua vez, o Senhor declarou-te hoje que serias o seu povo particular como te tinha dito e que deverias observar todos os seus mandamentos;
que te tornaria superior em honra, fama e esplendor a todos os povos que Ele tinha criado; que serias um povo consagrado ao Senhor, teu Deus, como Ele tinha dito.»

Livro de Salmos 119(118),1-2.4-5.7-8.
Felizes os que seguem o caminho da rectidão
e vivem segundo a lei do Senhor.
Felizes os que cumprem os seus preceitos
e o procuram com todo o coração.

Promulgaste os teus preceitos
para se cumprirem fielmente.
Oxalá os meus passos sejam firmes
no cumprimento dos teus decretos.

Poderei louvar-te de coração sincero,
instruído pelos teus justos juízos.
Hei-de cumprir as tuas leis;
não me abandones mais!

Evangelho segundo S. Mateus 5,43-48.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos:«Ouvistes o que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo.
Eu, porém digo-vos: Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem.
Fazendo assim, tornar-vos-eis filhos do vosso Pai que está no Céu, pois Ele faz com que o Sol se levante sobre os bons e os maus e faz cair a chuva sobre os justos e os pecadores
porque, se amais os que vos amam que recompensa haveis de ter? Não fazem já isso os cobradores de impostos?
E se saudais somente os vossos irmãos que fazeis de extraordinário? Não o fazem também os pagãos?
Portanto sede perfeitos como é perfeito o vosso Pai celeste.»

São Policarpo (69-155), bispo, mártir Carta aos Filipenses, 8-12
«Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem»
Permaneçamos indefectivelmente ligados à nossa esperança e ao garante da nossa justiça, Jesus Cristo. «Ele suportou os nossos pecados no Seu corpo» e, no entanto, «Ele que não cometeu pecado e a Sua boca não proferiu mentira» (1P 2,24.22), mas tudo suportou para que vivamos n'Ele. Sejamos imitadores da Sua constância e, se sofrermos pelo Seu nome, glorifiquemo-Lo. Tal é o exemplo que Ele próprio nos deu (Jo 13,15) e no qual acreditamos. [...] Perseverai nestes sentimentos e segui o exemplo do Senhor, firmes e inabaláveis na fé, amando-vos como irmãos, cheios de afeição mútua, unidos na verdade, ajudando-vos uns aos outros com a ternura do Senhor sem desprezar ninguém. […]
Estou seguro de que conheceis bem os livros sagrados e que eles já não têm mistérios para vós. Não partilho a vossa erudição, mas basta-me esta citação das Escrituras: «Se vos irardes, não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira» (Ef 4,26). Felizes aqueles que se recordam desta palavra! Creio que vós estais entre eles.
Que Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo e Ele próprio, o Grande Sacerdote eterno (He 2,17), Jesus Cristo, Filho de Deus, vos fortaleçam na fé e na verdade, com serenidade, sem cólera, na paciência, na constância, na coragem e na castidade. Que vos façam partilhar a herança dos santos, tal como a nós e a todos aqueles que vivem debaixo do céu e crêem em Nosso Senhor Jesus Cristo e no Seu Pai que O ressuscitou dos mortos. Orai por todos os santos. Orai também pelos reis, os príncipes, os magistrados, por aqueles que vos perseguem e vos odeiam, pelos inimigos da cruz e que assim todos possam contemplar o fruto que vós trazeis e que nele sejais perfeitos.

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sábado, 16 de fevereiro de 2013

Cristianismo 99


Domingo, dia 10 de Fevereiro de 2013


5º Domingo do Tempo Comum - Ano C


Santo do dia : Santa Escolástica, virgem, +543 Livro de Isaías 6,1-2a.3-8.

No ano em que morreu o rei Ozias, rei de Judá, vi o Senhor sentado num trono alto e sublime; as franjas do seu manto enchiam o templo.
Os serafins estavam diante dele, cada um tinha seis asas; com duas asas cobriam o rosto, com duas asas cobriam o corpo, com duas asas voavam
e clamavam uns para os outros: «Santo, santo, santo, o SENHOR do universo! Toda a Terra está cheia da sua glória!»
e tremiam os gonzos das portas ao clamor da sua voz e o templo encheu-se de fumo.
Então disse: «Ai de mim, estou perdido porque sou um homem de lábios impuros que habita no meio de um povo de lábios impuros e vi com os meus olhos o Rei, SENHOR do universo!»
Um dos serafins voou na minha direcção; trazia na mão uma brasa viva que tinha tomado do altar com uma tenaz.
Tocou na minha boca e disse: «Repara bem, isto tocou os teus lábios, foi afastada a tua culpa e apagado o teu pecado!»
Então ouvi a voz do Senhor que dizia: «Quem enviarei? Quem será o nosso mensageiro?» Então eu disse: «Eis-me aqui, envia-me.»


Livro de Salmos 138(137),1-2a.2bc-3.4-5.7c-8.

Na presença dos anjos, eu Vos louvarei, Senhor.

Agradeço-Te , Senhor, de todo o coração
porque ouviste as palavras da minha boca.
Na presença dos anjos hei-de cantar-Te
e adorar-Te voltado para o Teu santo templo.

Hei-de louvar o Teu nome
pela Tua bondade e pela Tua fidelidade
porque foste mais além das Tuas promessas.
Quando Te invoquei, atendeste-me
e aumentaste as forças da minha alma.

Todos os reis da Terra Te louvarão, Senhor,
ao ouvirem as palavras da Tua boca.
Celebrarão os caminhos do Senhor,
pois grande é a Sua glória.

A Vossa mão direita me salvará,
o Senhor completará o que em meu auxílio começou.
Senhor, a Vossa bondade é eterna,
não abandoneis a obra das Vossas mãos.

1ª Carta aos Coríntios 15,1-11.

Lembro-vos, irmãos, o Evangelho que vos anunciei, que vós recebestes, no qual permaneceis firmes
e pelo qual sereis salvos, se o guardardes tal como eu vo-lo anunciei; de outro modo, teríeis acreditado em vão.
Transmiti-vos, em primeiro lugar, o que eu próprio recebi: Jesus Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras;
foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras;
apareceu a Cefas e depois aos Doze.
Em seguida, apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma só vez, a maior parte dos quais ainda vive enquanto alguns já morreram.
Depois, apareceu a Tiago e, a seguir, a todos os Apóstolos.
Em último lugar, apareceu-me também a mim como a um aborto.
É que eu sou o menor dos apóstolos, nem sou digno de ser chamado Apóstolo porque persegui a Igreja de Deus.
Mas, pela graça de Deus, sou o que sou e a graça que me foi concedida, não foi estéril. Pelo contrário, tenho trabalhado mais do que todos eles: não eu, mas a graça de Deus que está comigo.
Portanto, tanto eu como eles, assim é que pregamos e assim também acreditastes.


Evangelho segundo S. Lucas 5,1-11.

Naquele tempo, encontrando-se junto do lago de Genesaré e comprimindo-se à volta dele a multidão para escutar a palavra de Deus,
Jesus Cristo viu dois barcos que se encontravam junto do lago. Os pescadores tinham descido deles e lavavam as redes.
Entrou num dos barcos que era de Simão, pediu-lhe que se afastasse um pouco da terra e, sentando-se, dali se pôs a ensinar a multidão.
Quando acabou de falar, disse a Simão: «Faz-te ao largo e vós, lançai as redes para a pesca.»
Simão respondeu: «Mestre, trabalhámos durante toda a noite e nada apanhámos; mas, porque Tu o dizes, lançarei as redes.»
Assim fizeram e apanharam uma grande quantidade de peixe. As redes estavam a romper-se
e eles fizeram sinal aos companheiros que estavam no outro barco para que os viessem ajudar. Vieram e encheram os dois barcos a ponto de se irem afundando.
Ao ver isto, Simão Pedro caiu aos pés de Jesus Cristo, dizendo: «Afasta-te de mim, Senhor, porque sou um homem pecador.»
Ele e todos os que com ele estavam encheram-se de espanto por causa da pesca que tinham feito; o mesmo acontecera
a Tiago e a João, filhos de Zebedeu e companheiros de Simão. Jesus Cristo disse a Simão: «Não tenhas receio; de futuro, serás pescador de homens.»
E depois de terem reconduzido os barcos para terra, deixaram tudo e seguiram Jesus Cristo.
Catecismo da Igreja Católica

§§ 311-312

«Afasta-Te de mim, Senhor, porque sou um homem pecador.»

Os anjos e os homens, criaturas inteligentes e livres, devem caminhar para o seu último destino por livre escolha e amor preferencial. Podem, por conseguinte, desviar-se. De facto, pecaram. Foi assim que entrou no mundo o mal moral, incomensuravelmente mais grave do que o mal físico. Deus não é, de modo algum, nem directa nem indirectamente, causa do mal moral (151). No entanto, permite-o por respeito pela liberdade da sua criatura e misteriosamente sabe tirar dele o bem:
«Deus todo-poderoso [...] sendo soberanamente bom, nunca permitiria que qualquer mal existisse nas suas obras se não fosse suficientemente poderoso e bom para, do próprio mal, fazer surgir o bem» (152).
312. Assim, com o tempo, é possível descobrir que Deus, na sua omni­potente Providência, pode tirar um bem das consequências de um mal (mesmo moral), causado pelas criaturas: «Não, não fostes vós – diz José a seus irmãos – que me fizestes vir para aqui. Foi Deus. [...] Premeditastes contra mim o mal: o desígnio de Deus aproveitou-o para o bem [...] e um povo numeroso foi salvo» (Gn, 45, 8; 50, 20) (153). Do maior mal moral jamais praticado, como foi o repúdio e a morte do Filho de Deus, causado pelos pecados de todos os homens, Deus, pela superabundância da sua graça (154), tirou o maior dos bens: a glorificação de Jesus Cristo e a nossa redenção, mas nem por isso o mal se transforma em bem.



Segunda-feira, dia 11 de Fevereiro de 2013

Segunda-feira da 5ª semana do Tempo Comum


Calendário da Igreja disponível este dia Livro de Génesis 1,1-19.

No princípio, quando Deus criou os céus e a Terra,
a Terra era informe e vazia, as trevas cobriam o abismo e o espírito de Deus movia-se sobre a superfície das águas.
Deus disse: «Faça-se a luz.» e a luz foi feita.
Deus viu que a luz era boa e separou a luz das trevas.
Deus chamou dia à luz e às trevas, noite. Assim surgiu a tarde e, em seguida, a manhã: foi o primeiro dia.
Deus disse: «Haja um firmamento entre as águas para as manter separadas umas das outras.» E assim aconteceu.
Deus fez o firmamento e separou as águas que estavam sob o firmamento das que estavam por cima do firmamento.
Deus chamou céus ao firmamento. Assim surgiu a tarde e, em seguida, a manhã: foi o segundo dia.
Deus disse: «Reúnam-se as águas que estão debaixo dos céus num único lugar a fim de aparecer a terra seca.» e assim aconteceu.
Deus chamou terra à parte sólida e mar, ao conjunto das águas e Deus viu que isto era bom.
Deus disse: «Que a terra produza verdura, erva com semente, árvores frutíferas que dêem fruto sobre a terra, segundo as suas espécies, e contendo semente.» E assim aconteceu. (os produtos geneticamente transformados não se reproduzem!)
A terra produziu verdura, erva com semente, segundo a sua espécie, e árvores de fruto, segundo as suas espécies, com a respectiva semente. Deus viu que isto era bom.
Assim surgiu a tarde e, em seguida, a manhã: foi o terceiro dia.
Deus disse: «Haja luzeiros no firmamento dos céus para separar o dia da noite e servirem de sinais, determinando as estações, os dias e os anos;
servirão também de luzeiros no firmamento dos céus para iluminarem a Terra.» E assim aconteceu.
Deus fez dois grandes luzeiros: o maior para presidir ao dia e o menor para presidir à noite; fez também as estrelas.
Deus colocou-os no firmamento dos céus para iluminarem a Terra,
para presidirem ao dia e à noite e para separarem a luz das trevas e Deus viu que isto era bom.
Assim surgiu a tarde e, em seguida, a manhã: foi o quarto dia.


Livro de Salmos 104(103),1-2a.5-6.10.12.24.35c.

Rejubile o Senhor nas suas obras.

Bendiz, ó minha alma, o Senhor!
Senhor, meu Deus, como Tu és grande!
Estás revestido de esplendor e majestade!
envolvido em luz como num manto.

Fundaste a Terra sobre bases sólidas,
ela mantém-se inabalável para sempre.
Tu a cobriste com o manto do abismo
e as águas cobriram as montanhas.

Transformas as fontes em rios
que serpenteiam entre as montanhas.
Os pássaros do céu vêm morar nas suas margens;
ali chilreiam entre a folhagem.

Como são grandes as vossas obras!
Tudo fizeste com sabedoria:
a Terra está cheia das vossas criaturas.
Glória a Deus para sempre.

Evangelho segundo S. Marcos 6,53-56.

Naquele tempo, Jesus Cristo e os seus discípulos fizeram a travessia do lago e vieram para a terra de Genesaré onde aportaram.
Assim que saíram do barco, reconheceram-no. (era a segunda visita. Na primeira visita, os porcos tinham-se atirado ao mar dominados pelos espíritos)
Acorreram de toda aquela região e começaram a levar os doentes nos catres para o lugar onde sabiam que Ele se encontrava.
Nas aldeias, cidades ou campos, onde quer que entrasse, colocavam os doentes nas praças e rogavam-lhe que os deixasse tocar pelo menos as franjas das suas vestes. E quantos o tocavam ficavam curados.


São Leão Magno (?-c. 461), papa, doutor da Igreja Carta 28, a Flávio, 3-4; PL 54, 763-767

«Quantos O tocavam ficavam curados»

A pequenez humana foi assumida pela majestade de Deus, a nossa fraqueza pela Sua força, a nossa escravidão à morte pela Sua imortalidade. Para pagar a dívida de nossa condição humana, a natureza inalterável de Deus uniu-Se à nossa natureza exposta ao sofrimento. Assim, para melhor nos curar, «o único mediador entre Deus e os homens, o homem Jesus Cristo» (1Tm 2,5) tinha, por um lado, de poder morrer e, por outro, de não poder morrer.

Foi, portanto na plena e completa natureza de um verdadeiro homem que o verdadeiro Deus nasceu. [...] Ele tomou a natureza do escravo sem a mácula do pecado; ele levantou a humanidade sem abaixar a divindade. Despojando-Se a Si mesmo (Fl 2,7), Aquele que era invisível tornou-Se visível; o Criador e Senhor de todas as coisas quis ser um mortal entre os outros mortais, mas tudo isso foi um favor da Sua misericórdia e não uma derrota do Seu poder [...]. Tudo isso é de uma ordem nova [...]: Aquele que excede qualquer limite quis ser limitado como nós, Aquele que já existia antes da criação do tempo começou a existir no tempo, o Senhor do universo tomou a forma de servo (Fl 2,7), mergulhando na sombra a grandeza infinita da Sua majestade. O Deus incapaz de sofrimento não desdenhou ser um homem capaz de sofrer e Aquele que é imortal, de se submeter às leis da morte. Com efeito, o mesmo Jesus Cristo que é verdadeiro Deus, é também verdadeiro homem. [...] Ele é verdadeiro Deus pelo facto de que «no princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus» e é homem pelo facto de que «o Verbo Se fez carne e habitou entre nós» (Jo 1,1.14).



Terça-feira, dia 12 de Fevereiro de 2013

Terça-feira da 5ª semana do Tempo Comum


Santo do dia : Santa Eulália de Barcelona, virgem e mártir, +304 Livro de Génesis 1,20-31.2,1-4a.

Deus disse: «Que as águas sejam povoadas de inúmeros seres vivos e que por cima da Terra voem aves, sob o firmamento dos céus.»
Deus criou, segundo as suas espécies, os monstros marinhos e todos os seres vivos que se movem nas águas e todas as aves aladas, segundo as suas espécies e Deus viu que isto era bom.
Deus abençoou-os, dizendo: «Crescei e multiplicai-vos e enchei as águas do mar e multipliquem-se as aves sobre a Terra.»
Assim surgiu a tarde e, em seguida, a manhã: foi o quinto dia.
Deus disse: «Que a terra produza seres vivos, segundo as suas espécies, animais domésticos, répteis e animais ferozes, segundo as suas espécies.» e assim aconteceu.
Deus fez os animais ferozes, segundo as suas espécies, os animais domésticos, segundo as suas espécies e todos os répteis da Terra, segundo as suas espécies. e Deus viu que isto era bom.
Depois, Deus disse: «Façamos o ser humano à nossa imagem, à nossa semelhança para que administre os peixes do mar, as aves do céu, os animais domésticos e todos os répteis que rastejam pela terra.»
Deus criou o ser humano à sua imagem, criou-o à imagem de Deus; Ele os criou homem e mulher.
Abençoando-os, Deus disse-lhes: «Crescei e multiplicai-vos, enchei e administrai a terra. Administrai os peixes do mar, as aves dos céus e todos os animais que se movem na terra.»
Deus disse: «Também vos dou (para administrar) todas as ervas com semente que existem à superfície da terra assim como todas as árvores de fruto com semente para que vos sirvam de alimento.
E a todos os animais da terra, a todas as aves dos céus e a todos os seres vivos que existem e se movem sobre a terra, igualmente dou por alimento toda a erva verde que a terra produzir.» e assim aconteceu.
Deus, vendo toda a sua obra, considerou-a muito boa. Assim surgiu a tarde e, em seguida, a manhã: foi o sexto dia.
Foram assim terminados os céus e a Terra e todo o seu conjunto.
Concluída, no sétimo dia, toda a obra que tinha feito, Deus repousou no sétimo dia, de todo o trabalho por Ele realizado.
Deus abençoou o sétimo dia e santificou-o, visto ter sido nesse dia que Ele repousou de toda a obra da criação.
Esta é a origem da criação dos céus e da Terra.


Livro de Salmos 8,4-5.6-7.8-9.

Como é admirável o vosso nome em toda a Terra, Senhor, nosso Deus!

Quando contemplo os céus, obra das Tuas mãos,
a Lua e as estrelas que Tu criaste:
que é o homem para que Te lembres dele,
o filho do homem para dele Te ocupares?

Quase fizeste dele um ser divino;
de glória e de honra o coroaste;
deste-lhe a administração das Tuas obras,
tudo submeteste a seus pés.

Ovelhas e bois, todos os rebanhos
e até animais selvagens,
as aves do céu e os peixes do mar,
tudo o que se move nos oceanos.

Evangelho segundo S. Marcos 7,1-13.

Naquele tempo, os fariseus e alguns doutores da Lei, vindos de Jerusalém, reuniram-se à volta de Jesus Cristo
e viram que vários dos seus discípulos comiam pão com as mãos impuras, isto é, por lavar.
É que os fariseus e todos os judeus em geral não comem sem ter lavado e esfregado bem as mãos, conforme a tradição dos antigos;
ao voltar da praça pública, não comem sem se lavar e há muitos outros costumes que seguem, por tradição: lavagem das taças, dos jarros e das vasilhas de cobre.
Perguntaram-lhe, pois os fariseus e doutores da Lei: «Porque é que os teus discípulos não obedecem à tradição dos antigos e tomam alimento com as mãos impuras?»
Respondeu: «Bem profetizou Isaías a vosso respeito, hipócritas, quando escreveu: Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim.
Vazio é o culto que me prestam e as doutrinas que ensinam não passam de preceitos humanos.
Descurais o mandamento de Deus para vos prenderdes à tradição dos homens.»
E acrescentou: «Anulais a vosso bel-prazer o mandamento de Deus para observardes a vossa tradição,
pois Moisés disse: Honra teu pai e tua mãe e ainda: Quem amaldiçoar o pai ou a mãe seja punido de morte.
Vós, porém dizeis: Se alguém afirmar ao pai ou à mãe: 'Declaro Corban’ isto é, oferta ao Senhor aquilo que poderias receber de mim ...
nada mais lhe deixais fazer por seu pai ou por sua mãe,
anulando a palavra de Deus com a tradição que tendes transmitido e fazeis muitas outras coisas do mesmo género.»


Imitação de Jesus Cristo, tratado espiritual do século XV
Livro II, caps. 5-6 (Moraes Editora)

«Este povo honra-Me com os lábios, mas o seu coração está longe de Mim.»

Muitas vezes não nos damos conta de como somos interiormente cegos. Muitas vezes agimos mal e desculpamo-nos pior. Às vezes somos movidos pela paixão e julgamos ser por zelo. Repreendemos coisas pequenas nos outros e passamos sobre as nossas, bem maiores. Depressa sentimos e pesamos o que aguentamos dos outros, mas não nos damos conta de quanto eles sofrem por nós. Aquele que pesasse bem e rectamente as suas acções, não haveria nada que julgasse duramente nos outros.

O homem que vive pelo espírito prefere o cuidado de si mesmo a todos os cuidados e quem se vigia atentamente facilmente se cala sobre os outros. Nunca serás interior e piedoso se não te calares sobre os outros e olhares especialmente para ti. [...] A alma que ama a Deus, despreza todas as coisas que Lhe estão abaixo. Só Deus eterno e imenso, enchendo tudo, é consolação da alma e verdadeira alegria do coração. […]

Repousarás calmamente se o teu coração de nada te acusar. Não te alegres senão quando fizeres o bem. Os maus nunca têm verdadeira alegria, nem experimentam paz interior porque «não há paz para os pecadores» (Is 48,22). [...] Facilmente estará contente e em paz aquele cuja consciência está limpa. Não és mais santo porque te louvam nem mais pecador porque te injuriam. És aquilo que és e tudo o que disserem de ti não te fará maior do que és aos olhos de Deus. Se atenderes ao que és interiormente, não te preocuparás com o que os homens dirão de ti. «O homem vê a cara, mas Deus o coração» (1Sm 16,7).


Quarta-feira, dia 13 de Fevereiro de 2013

QUARTA-FEIRA DE CINZAS



Diz agora o Senhor: «Convertei-vos a Mim de todo o vosso coração com jejuns, com lágrimas, com gemidos.
Rasgai os vossos corações e não as vossas vestes, convertei-vos ao Senhor, vosso Deus, porque Ele é clemente e compassivo, paciente e rico em misericórdia.
Quem sabe? Talvez Ele mude de ideia e volte atrás, deixando, ao passar, alguma bênção para oferenda e libação ao Senhor, vosso Deus!
Tocai a trombeta em Sião, ordenai um jejum, proclamai uma reunião sagrada.
Reuni o povo, purificai a assembleia, juntai os anciãos, congregai os pequeninos e os meninos de peito. Saia o esposo dos seus aposentos e a esposa do seu tálamo nupcial.
Entre o pórtico e o altar, chorem os sacerdotes e digam os ministros do Senhor: «Tem piedade do teu povo, Senhor, não transformes em ignomínia a tua herança para que ela não se torne o escárnio dos povos! Porque diriam: ‘Onde está o seu Deus?’»
O Senhor encheu-se de zelo pelo seu país e teve compaixão do seu povo.


Livro de Salmos 51(50),3-4.5-6a.12-13.14.17.

Não desprezeis, Senhor, o nosso coração humilhado e contrito.

Tem compaixão de mim, ó Deus, pela tua bondade;
pela tua grande misericórdia, apaga o meu pecado.
Lava-me de toda a iniquidade;
purifica-me dos meus delitos.

Porque eu reconheço os meus pecados
e tenho diante de mim as minhas culpas.
Pequei contra Vós, só contra Vós,
e fiz o mal diante dos vossos olhos.

Não é do sacrifício que vos agradais
e, se eu oferecer um holocausto, não o aceitareis.
Sacrifício agradável a Deus é o espírito arrependido:
não desprezeis, Senhor, um espírito humilhado e contrito.

Dá-me de novo a alegria da tua salvação
e sustenta-me com um espírito generoso.
Abre, Senhor, os meus lábios
para que a minha boca possa anunciar o teu louvor.

2ª Carta aos Coríntios 5,20-21.6,1-2.

Irmãos: É em nome de Jesus Cristo, portanto que exercemos as funções de embaixadores e é Deus quem, por nosso intermédio, vos exorta. Em nome de Jesus Cristo suplicamo-vos: reconciliai-vos com Deus.
Aquele que não havia conhecido o pecado, Deus o fez pecado por nós para que nos tornássemos, nele, justiça de Deus.
E como seus colaboradores, exortamo-vos a não receber em vão a graça de Deus,
pois Ele diz: No tempo favorável, ouvi-te e, no dia da salvação, vim em teu auxílio. É este o tempo favorável, é este o dia da salvação.


Evangelho segundo S. Mateus 6,1-6.16-18.

Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Guardai-vos de fazer as vossas boas obras diante dos homens para vos tornardes notados por eles; de outro modo, não tereis nenhuma recompensa do vosso Pai que está no Céu.
Quando, pois deres esmola, não permitas que toquem trombeta diante de ti como fazem os hipócritas, nas sinagogas e nas ruas a fim de serem louvados pelos homens. Em verdade vos digo: Já receberam a sua recompensa.
Quando deres esmola, que a tua mão esquerda não saiba o que faz a tua direita
a fim de que a tua esmola permaneça em segredo e teu Pai, que vê o oculto, há-de premiar-te.»
«Quando orardes, não sejais como os hipócritas que gostam de rezar de pé nas sinagogas e nos cantos das ruas para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa.
Tu, porém, quando orares, entra no quarto mais secreto e, fechada a porta, reza em segredo a teu Pai, pois Ele, que vê o oculto, há-de recompensar-te.
«E quando jejuardes, não mostreis um ar sombrio como os hipócritas que desfiguram o rosto para que os outros vejam que eles jejuam. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa.
Tu, porém quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto
para que o teu jejum não seja conhecido dos homens, mas apenas do teu Pai que está presente no oculto e o teu Pai, que vê no oculto, há-de recompensar-te.»


Papa Bento XVI
Audiência geral de 17/02/2010 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana, rev.)

«Em nome de Jesus Cristo suplicamo-vos: reconciliai-vos com Deus» (2Cor 5,20)

«Ouvi-te no tempo favorável e ajudei-te no dia da salvação» (2 Cor 6, 1-2). Na realidade, na visão cristã da vida todos os momentos devem ser considerados favoráveis e todos os dias devem ser dias de salvação; mas a liturgia da Igreja refere estas palavras de um modo totalmente particular no tempo da Quaresma. E podemos compreender que os quarenta dias de preparação para a Páscoa são tempo favorável e de graça pelo apelo que o austero rito da imposição das cinzas nos dirige [...]: «Convertei-vos e acreditai no Evangelho!» […]

O apelo à conversão, de facto, ressalta e denuncia a fácil superficialidade que caracteriza com muita frequência a nossa vida. Converter-se significa mudar de direcção no caminho da vida: não com um pequeno ajustamento, mas com uma verdadeira inversão de marcha. Conversão é ir contra a corrente, onde a «corrente» é o estilo de vida superficial, incoerente e ilusório que muitas vezes nos arrasta, nos domina e nos torna escravos do mal ou prisioneiros da mediocridade moral.

Com a conversão, ao contrário, tem-se como objectivo a medida alta da vida cristã, confiamo-nos ao evangelho vivo e pessoal que é Cristo Jesus. A Sua pessoa é a meta final e o sentido profundo da conversão, Ele é o caminho pelo qual todos são chamados a caminhar na vida, deixando-se iluminar pela Sua luz e amparar pela Sua força que move os nossos passos. Deste modo a conversão manifesta o seu rosto mais maravilhoso e fascinante: não é uma simples decisão moral que rectifica o nosso modo de vida, mas é uma escolha de fé que nos envolve totalmente na comunhão íntima com a pessoa viva e concreta de Jesus Cristo. [...] A conversão é o «sim» total de quem entrega a própria existência ao evangelho, respondendo livremente a Jesus Cristo que foi o primeiro a oferecer-Se ao homem como caminho, verdade e vida (Jo 14,6), como o único que liberta e salva. É precisamente este o sentido das primeiras palavras com as quais, segundo o evangelista Marcos, Jesus Cristo abre a pregação do «Evangelho de Deus»: «Completou-se o tempo e o reino de Deus está perto: Arrependei-vos e acreditai na Boa Nova» (Mc 1,15).



Quinta-feira, dia 14 de Fevereiro de 2013

São Cirilo, monge, e São Metódio, bispo: co-padroeiros da Europa - Festa



Naqueles dias, Paulo e Barnabé disseram aos judeus: «Era primeiramente a vós que a palavra de Deus devia ser anunciada. Visto que a repelis e vós próprios vos julgais indignos da vida eterna, voltamo-nos para os pagãos,
pois assim nos ordenou o Senhor: Estabeleci-te como luz dos povos para levares a salvação até aos confins da Terra.»
Ao ouvirem isto, os pagãos encheram-se de alegria e glorificavam a palavra do Senhor e todos os que estavam destinados à vida eterna abraçaram a fé.
Assim a palavra do Senhor divulgava-se por toda aquela região.


Livro de Salmos 117(116),1.2.

Ide por todo o mundo e anunciai o Evangelho.

Louvai o Senhor, todas as nações!
Exaltai-O, todos os povos!

Porque o Seu amor para connosco não tem limites
e a fidelidade do Senhor é eterna!

Evangelho segundo S. Lucas 10,1-9.

Naquele tempo, o Senhor designou setenta e dois discípulos e enviou-os dois a dois, à sua frente, a todas as cidades e lugares aonde Ele havia de ir.
Disse-lhes: «A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, portanto ao dono da messe (= Deus) que mande trabalhadores para a sua messe.
Ide! Envio-vos como cordeiros para o meio de lobos.
Não leveis bolsa, nem alforge, nem sandálias e não vos detenhais a saudar ninguém pelo caminho.
Em qualquer casa em que entrardes, dizei primeiro: 'A paz esteja nesta casa!'
E se lá houver um homem de paz, sobre ele repousará a vossa paz; se não, voltará para vós.
Ficai nessa casa, comendo e bebendo do que lá houver, pois o trabalhador merece o seu salário. Não andeis de casa em casa.
Em qualquer cidade em que entrardes e vos receberem, comei do que vos for servido,
curai os doentes que nela houver e dizei-lhes: 'O Reino de Deus já está próximo de vós.'


Beato João Paulo II (1920-2005), Papa Encíclica «Slavorum apostoli», §§12,14-15 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana, rev.)

«Em qualquer casa onde entrardes, dizei primeiramente: "Paz a esta casa"»

A característica que desejo realçar, de maneira especial, no comportamento seguido pelos apóstolos dos eslavos, Cirilo e Metódio, é o seu modo pacífico de edificar a Igreja, inspirados pela sua concepção da Igreja una, santa e universal. [...] No seu tempo, as divergências entre Constantinopla e Roma já haviam começado a delinear-se como pretextos de desunião, muito embora se estivesse ainda longe da deplorável cisão entre as duas partes da mesma cristandade. […]

Não parece, pois nada anacrónico ver nos santos Cirilo e Metódio os autênticos precursores do ecumenismo, pelo facto de terem querido eficazmente eliminar ou diminuir todas as divisões verdadeiras ou até só aparentes, entre as diversas comunidades que fazem parte da mesma Igreja. [...] A solicitude ardorosa demonstrada por ambos os irmãos, especialmente por Metódio, em virtude da sua responsabilidade episcopal, por conservar a unidade da fé e do amor entre as Igrejas das quais faziam parte, isto é, a Igreja de Constantinopla e a Igreja romana, de uma parte, e as Igrejas nascentes em terras eslavas, de outra, foi e continuará a ser sempre o seu grande mérito. [...] Nesse período tempestuoso, assinalado também por conflitos armados entre povos cristãos confinantes, os santos irmãos de Salônica mantiveram uma fidelidade firme e bem vigilante em relação à recta doutrina e à tradição da Igreja perfeitamente unida. […]

Metódio, de modo especial, não hesitava em enfrentar as incompreensões, os contrastes e até as difamações e perseguições físicas, contanto que não faltasse à sua exemplar fidelidade eclesial. [...] Por este motivo, permanecerá sempre um mestre para todos aqueles que, em qualquer época, procuram atenuar as dissensões, respeitando a plenitude multiforme da Igreja que, segundo a vontade de seu Fundador, Jesus Cristo, deve ser sempre una, santa, católica e apostólica.



Sexta-feira, dia 15 de Fevereiro de 2013

Sexta-feira depois das Cinzas


Santo do dia : S. Cláudio La Colombière, presbítero, + 1682 Livro de Isaías 58,1-9a.

Eis o que diz o Senhor Deus: «Grita em voz alta, sem te cansares. Levanta a tua voz como uma trombeta. Denuncia ao meu povo as suas faltas, aos descendentes de Jacob, os seus pecados.
Consultam-me dia após dia, mostram desejos de conhecer o meu caminho como se fosse um povo que praticasse a justiça e não abandonasse a lei de Deus. Pedem-me sentenças justas, querem aproximar-se de Deus.
Dizem-me: «Para quê jejuar, se vós não fazeis caso? Para quê humilhar-nos, se não prestais atenção?» É porque no dia do vosso jejum só cuidais dos vossos negócios e oprimis todos os vossos empregados.
Jejuais entre rixas e disputas, dando bofetadas sem dó nem piedade. Não jejueis como tendes feito até hoje, se quereis que a vossa voz seja ouvida no alto.
Acaso é esse o jejum que me agrada, no dia em que o homem se mortifica? Curvar a cabeça como um junco, deitar-se sobre saco e cinza? Podeis chamar a isto jejum e dia agradável ao SENHOR?
O jejum que me agrada é este:
libertar os que foram presos injustamente, livrá-los do jugo que levam às costas, pôr em liberdade os oprimidos, quebrar toda a espécie de opressão,
repartir o teu pão com os esfomeados, dar abrigo aos infelizes sem casa, atender e vestir os nus e não desprezar o teu irmão
.
Então a tua luz surgirá como a aurora e as tuas feridas não tardarão a cicatrizar-se. A tua justiça irá à tua frente e a glória do SENHOR atrás de ti.
Então invocarás o SENHOR e Ele te atenderá, pedirás auxílio e te dirá: «Aqui estou!»


Livro de Salmos 51(50),3-4.5-6a.18-19.

Não desprezeis, Senhor, o nosso coração humilhado e contrito.

Tem compaixão de mim, ó Deus, pela tua bondade;
pela tua grande misericórdia, apaga o meu pecado.
Lava-me de toda a iniquidade;
purifica-me dos meus delitos

Porque eu reconheço os meus pecados
e tenho diante de mim as minhas culpas.
Pequei contra Vós, só contra Vós
e fiz o mal diante dos vossos olhos.

Não é do sacrifício que vos agradais
e se eu oferecer um holocausto, não o aceitareis.
Sacrifício agradável a Deus é o espírito arrependido:
não desprezeis, Senhor, um espírito humilhado e contrito.

Evangelho segundo S. Mateus 9,14-15.

Naquele tempo, os discípulos de João Baptista foram ter com Ele e perguntaram-Lhe: «Porque é que nós e os fariseus jejuamos e os teus discípulos não jejuam?»
Jesus Cristo respondeu-lhes: «Porventura podem os convidados para as núpcias estar tristes enquanto o esposo está com eles? Porém hão-de vir dias em que lhes será tirado o esposo e então hão-de jejuar.»


São Gregório Magno (c. 540-604), papa, doutor da Igreja Homilia 16 sobre os Evangelhos

O jejum que agrada a Deus

Ao comer do fruto da árvore proibida, Adão transgrediu os preceitos da vida (Gn 3,6). Quanto a nós, é reduzindo, na medida do possível, o que comemos que nos reergueremos e reencontraremos a alegria do Paraíso.

No entanto, que ninguém fique a pensar que basta essa abstinência. Com efeito, diz Deus pelo Seu profeta: «O jejum que Me agrada é este: [...] repartir o teu pão com os esfomeados, dar abrigo aos infelizes sem casa, atender e vestir os nus e não desprezar o teu irmão» (Is 58,6-7). Aí está o jejum que Deus aprova: aquele que é apresentado com as mãos cheias de esmolas e o coração cheio de amor, um jejum todo preenchido de bondade. Dá a outrem aquilo de que te privas pessoalmente e a tua penitência corporal contribuirá para o bem-estar físico dos que passam necessidades.

Assim poderás compreender a censura do Senhor pela boca do profeta: «Quando jejuastes e chorastes [...], foi realmente em Minha honra que multiplicastes os vossos jejuns? E quando comíeis e bebíeis, não éreis vós os comedores e os bebedores?» (Zc 7,5-6) Ser comedor e bebedor é consumir alimentos destinados ao sustento do corpo sem os partilhar com ninguém, já que eles foram destinados pelo Criador a toda a comunidade humana. Jejuar em proveito próprio é privar-se temporariamente de alimento, mas reservar esse fruto da autorrestrição para o consumir mais tarde. «Ordenai um jejum», diz o profeta (Jl 1,14). [...] Que a cólera cesse e as querelas desapareçam! É vã a mortificação do corpo que não impõe ao coração a disciplina para refrear desejos desordenados. [...] Diz ainda o profeta: «No dia do vosso jejum só cuidais dos vossos negócios e oprimis todos os vossos empregados. Jejuais entre rixas e disputas, dando bofetadas sem dó nem piedade» (Is 58,3-4). [...] Com efeito, só perdoando aos nossos irmãos é que Deus não nos imputará a nossa injustiça.



Sábado, dia 16 de Fevereiro de 2013

Sábado depois das Cinzas


Santo do dia : Beato José Allamano, presbítero, fundador, +1926 Livro de Isaías 58,9b-14.

Eis o que diz o Senhor:« Se tirares do meio de ti toda a opressão, os gestos de ameaças e as palavras ofensivas,
se repartires o teu pão com o faminto e matares a fome ao pobre, a tua luz brilhará na tua escuridão e as tuas trevas tornar-se-ão como o meio-dia.
O SENHOR te guiará constantemente, saciará a tua alma no árido deserto, dará vigor aos teus ossos. Serás como um jardim bem regado, como uma fonte de águas inesgotáveis.
Reconstruirás ruínas antigas, levantarás sobre antigas fundações. Serás chamado: «Reparador de brechas, restaurador de casas em ruínas.»
Se te abstiveres de trabalhar ao sábado, de te ocupares dos teus negócios no meu dia santo, se chamares ao sábado a tua delícia, consagrando-o à glória do SENHOR; se o solenizares, abstendo-te de viagens, de procurares os teus interesses e de tratares os teus negócios
então encontrarás a tua felicidade no SENHOR. Far-te-ei desfilar sobre as alturas da Terra, alimentar-te-ei com a herança do teu pai Jacob. É o próprio SENHOR quem o diz!


Livro de Salmos 86(85),1-2.3-4.5-6.

Ensinai-me, Senhor, o vosso caminho para que eu ande na vossa presença.

Inclina, Senhor, os Teus ouvidos e responde-me
porque estou triste e necessitado.
Protege a minha vida porque Te sou fiel;
salva o Teu servo que em Ti confia.

Senhor, tem compaixão de mim
que a Ti clamo todo o dia.
Alegra o espírito do Teu servo,
pois para Ti, Senhor, elevo a minha alma.

Porque Tu, Senhor, és bom e indulgente,
cheio de misericórdia para quantos Te invocam.
Senhor, ouve a minha oração,
atende os gritos da minha súplica.

Evangelho segundo S. Lucas 5,27-32.

Naquele tempo, Jesus Cristo viu um cobrador de impostos, chamado Levi, sentado no posto de cobrança e disse-lhe: «Segue-me.»
E ele, deixando tudo, levantou-se e seguiu-o.
Levi ofereceu-lhe, em sua casa, um grande banquete e encontravam-se com eles, à mesa, grande número de cobradores de impostos e de outras pessoas.
Os fariseus e os doutores da Lei murmuravam, dizendo aos discípulos: «Porque comeis e bebeis com os cobradores de impostos e com os pecadores?»
Jesus Cristo tomou a palavra e disse-lhes: «Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas os que estão doentes.
Não foram os justos que Eu vim chamar ao arrependimento, mas os pecadores.»


São Rafael Arnaiz Baron (1911-1938), monge trapista espanhol Escritos espirituais, 15/12/1936

«Deixando tudo, o homem levantou-se e seguiu-O»

Há dias em que os aviões atravessam o céu a velocidades prodigiosas, sobrevoando o mosteiro. O ruído dos seus motores assusta os passarinhos que se aninham nos ciprestes do nosso cemitério. Em frente do convento, atravessando os campos, há uma estrada alcatroada por onde circulam a toda a hora camiões e carros de turismo que não se interessam pelo mosteiro. Uma das principais vias férreas de Espanha também atravessa os terrenos do mosteiro. [...] Ouve-se dizer que tudo isto é liberdade. [...] Mas quem meditar um pouco verá como o mundo se engana no meio daquilo a que chama liberdade. […]

Onde se encontra então a liberdade? Encontra-se no coração do homem que apenas ama a Deus. Encontra-se no homem cuja alma não está presa nem ao espírito nem à matéria, mas apenas a Deus. Encontra-se nesta alma que não está submetida ao eu egoísta; na alma que voa por sobre os seus próprios pensamentos, os seus próprios sentimentos, o seu próprio sofrer e fruir. A liberdade está nesta alma cuja única razão de existir é Deus, cuja vida é Deus e nada mais do que Deus.

O espírito humano é pequeno, é reduzido, está sujeito a mil variações, a altos e baixos, a depressões, a decepções, ... e o corpo tem uma grande fraqueza. A liberdade está, portanto em Deus. A alma que, passando realmente por sobre tudo isto, funda a sua vida n'Ele, pode-se dizer que goza de liberdade na medida do possível para quem está ainda neste mundo.


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