Domingo, dia 10 de Fevereiro de 20135º Domingo do Tempo Comum - Ano C
Santo
do dia : Santa
Escolástica, virgem, +543 Livro
de Isaías 6,1-2a.3-8.
No
ano em que morreu o rei Ozias, rei de Judá, vi o Senhor sentado
num trono alto e sublime; as franjas do seu manto enchiam o
templo.
Os serafins estavam diante dele, cada um tinha seis asas; com duas asas cobriam o rosto, com duas asas cobriam o corpo, com duas asas voavam e clamavam uns para os outros: «Santo, santo, santo, o SENHOR do universo! Toda a Terra está cheia da sua glória!» e tremiam os gonzos das portas ao clamor da sua voz e o templo encheu-se de fumo. Então disse: «Ai de mim, estou perdido porque sou um homem de lábios impuros que habita no meio de um povo de lábios impuros e vi com os meus olhos o Rei, SENHOR do universo!» Um dos serafins voou na minha direcção; trazia na mão uma brasa viva que tinha tomado do altar com uma tenaz. Tocou na minha boca e disse: «Repara bem, isto tocou os teus lábios, foi afastada a tua culpa e apagado o teu pecado!» Então ouvi a voz do Senhor que dizia: «Quem enviarei? Quem será o nosso mensageiro?» Então eu disse: «Eis-me aqui, envia-me.» Livro de Salmos 138(137),1-2a.2bc-3.4-5.7c-8.
Na
presença dos anjos, eu Vos louvarei, Senhor.
Agradeço-Te , Senhor, de todo o coração porque ouviste as palavras da minha boca. Na presença dos anjos hei-de cantar-Te e adorar-Te voltado para o Teu santo templo. Hei-de louvar o Teu nome pela Tua bondade e pela Tua fidelidade porque foste mais além das Tuas promessas. Quando Te invoquei, atendeste-me e aumentaste as forças da minha alma. Todos os reis da Terra Te louvarão, Senhor, ao ouvirem as palavras da Tua boca. Celebrarão os caminhos do Senhor, pois grande é a Sua glória. A Vossa mão direita me salvará, o Senhor completará o que em meu auxílio começou. Senhor, a Vossa bondade é eterna, não abandoneis a obra das Vossas mãos. 1ª Carta aos Coríntios 15,1-11.
Lembro-vos,
irmãos, o Evangelho que vos anunciei, que vós recebestes, no
qual permaneceis firmes
e pelo qual sereis salvos, se o guardardes tal como eu vo-lo anunciei; de outro modo, teríeis acreditado em vão. Transmiti-vos, em primeiro lugar, o que eu próprio recebi: Jesus Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras; foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras; apareceu a Cefas e depois aos Doze. Em seguida, apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma só vez, a maior parte dos quais ainda vive enquanto alguns já morreram. Depois, apareceu a Tiago e, a seguir, a todos os Apóstolos. Em último lugar, apareceu-me também a mim como a um aborto. É que eu sou o menor dos apóstolos, nem sou digno de ser chamado Apóstolo porque persegui a Igreja de Deus. Mas, pela graça de Deus, sou o que sou e a graça que me foi concedida, não foi estéril. Pelo contrário, tenho trabalhado mais do que todos eles: não eu, mas a graça de Deus que está comigo. Portanto, tanto eu como eles, assim é que pregamos e assim também acreditastes. Evangelho segundo S. Lucas 5,1-11.
Naquele
tempo, encontrando-se junto do lago de Genesaré e comprimindo-se
à volta dele a multidão para escutar a palavra de Deus,
Jesus Cristo viu dois barcos que se encontravam junto do lago. Os pescadores tinham descido deles e lavavam as redes. Entrou num dos barcos que era de Simão, pediu-lhe que se afastasse um pouco da terra e, sentando-se, dali se pôs a ensinar a multidão. Quando acabou de falar, disse a Simão: «Faz-te ao largo e vós, lançai as redes para a pesca.» Simão respondeu: «Mestre, trabalhámos durante toda a noite e nada apanhámos; mas, porque Tu o dizes, lançarei as redes.» Assim fizeram e apanharam uma grande quantidade de peixe. As redes estavam a romper-se e eles fizeram sinal aos companheiros que estavam no outro barco para que os viessem ajudar. Vieram e encheram os dois barcos a ponto de se irem afundando. Ao ver isto, Simão Pedro caiu aos pés de Jesus Cristo, dizendo: «Afasta-te de mim, Senhor, porque sou um homem pecador.» Ele e todos os que com ele estavam encheram-se de espanto por causa da pesca que tinham feito; o mesmo acontecera a Tiago e a João, filhos de Zebedeu e companheiros de Simão. Jesus Cristo disse a Simão: «Não tenhas receio; de futuro, serás pescador de homens.» E depois de terem reconduzido os barcos para terra, deixaram tudo e seguiram Jesus Cristo.Catecismo da Igreja Católica §§ 311-312
«Afasta-Te de mim, Senhor,
porque sou um homem pecador.»
Os anjos e os homens, criaturas
inteligentes e livres, devem caminhar para o seu último destino
por livre escolha e amor preferencial. Podem, por conseguinte,
desviar-se. De facto, pecaram. Foi assim que entrou no mundo o mal
moral, incomensuravelmente mais grave do que o mal físico. Deus
não é, de modo algum, nem directa nem indirectamente, causa do
mal moral (151). No entanto, permite-o por respeito pela
liberdade da sua criatura e misteriosamente sabe tirar dele o
bem:
«Deus todo-poderoso [...] sendo soberanamente bom, nunca permitiria que qualquer mal existisse nas suas obras se não fosse suficientemente poderoso e bom para, do próprio mal, fazer surgir o bem» (152). 312. Assim, com o tempo, é possível descobrir que Deus, na sua omnipotente Providência, pode tirar um bem das consequências de um mal (mesmo moral), causado pelas criaturas: «Não, não fostes vós – diz José a seus irmãos – que me fizestes vir para aqui. Foi Deus. [...] Premeditastes contra mim o mal: o desígnio de Deus aproveitou-o para o bem [...] e um povo numeroso foi salvo» (Gn, 45, 8; 50, 20) (153). Do maior mal moral jamais praticado, como foi o repúdio e a morte do Filho de Deus, causado pelos pecados de todos os homens, Deus, pela superabundância da sua graça (154), tirou o maior dos bens: a glorificação de Jesus Cristo e a nossa redenção, mas nem por isso o mal se transforma em bem.
Segunda-feira,
dia 11 de Fevereiro de 2013
Segunda-feira da 5ª semana do Tempo Comum
Calendário
da Igreja disponível este dia Livro
de Génesis 1,1-19.
No
princípio, quando Deus criou os céus e a Terra,
a Terra era informe e vazia, as trevas cobriam o abismo e o espírito de Deus movia-se sobre a superfície das águas. Deus disse: «Faça-se a luz.» e a luz foi feita. Deus viu que a luz era boa e separou a luz das trevas. Deus chamou dia à luz e às trevas, noite. Assim surgiu a tarde e, em seguida, a manhã: foi o primeiro dia. Deus disse: «Haja um firmamento entre as águas para as manter separadas umas das outras.» E assim aconteceu. Deus fez o firmamento e separou as águas que estavam sob o firmamento das que estavam por cima do firmamento. Deus chamou céus ao firmamento. Assim surgiu a tarde e, em seguida, a manhã: foi o segundo dia. Deus disse: «Reúnam-se as águas que estão debaixo dos céus num único lugar a fim de aparecer a terra seca.» e assim aconteceu. Deus chamou terra à parte sólida e mar, ao conjunto das águas e Deus viu que isto era bom. Deus disse: «Que a terra produza verdura, erva com semente, árvores frutíferas que dêem fruto sobre a terra, segundo as suas espécies, e contendo semente.» E assim aconteceu. (os produtos geneticamente transformados não se reproduzem!) A terra produziu verdura, erva com semente, segundo a sua espécie, e árvores de fruto, segundo as suas espécies, com a respectiva semente. Deus viu que isto era bom. Assim surgiu a tarde e, em seguida, a manhã: foi o terceiro dia. Deus disse: «Haja luzeiros no firmamento dos céus para separar o dia da noite e servirem de sinais, determinando as estações, os dias e os anos; servirão também de luzeiros no firmamento dos céus para iluminarem a Terra.» E assim aconteceu. Deus fez dois grandes luzeiros: o maior para presidir ao dia e o menor para presidir à noite; fez também as estrelas. Deus colocou-os no firmamento dos céus para iluminarem a Terra, para presidirem ao dia e à noite e para separarem a luz das trevas e Deus viu que isto era bom. Assim surgiu a tarde e, em seguida, a manhã: foi o quarto dia. Livro de Salmos 104(103),1-2a.5-6.10.12.24.35c.
Rejubile
o Senhor nas suas obras.
Bendiz, ó minha alma, o Senhor! Senhor, meu Deus, como Tu és grande! Estás revestido de esplendor e majestade! envolvido em luz como num manto. Fundaste a Terra sobre bases sólidas, ela mantém-se inabalável para sempre. Tu a cobriste com o manto do abismo e as águas cobriram as montanhas. Transformas as fontes em rios que serpenteiam entre as montanhas. Os pássaros do céu vêm morar nas suas margens; ali chilreiam entre a folhagem. Como são grandes as vossas obras! Tudo fizeste com sabedoria: a Terra está cheia das vossas criaturas. Glória a Deus para sempre. Evangelho segundo S. Marcos 6,53-56.
Naquele
tempo, Jesus Cristo e os seus discípulos fizeram a travessia do
lago e vieram para a terra de Genesaré onde aportaram.
Assim que saíram do barco, reconheceram-no. (era a segunda visita. Na primeira visita, os porcos tinham-se atirado ao mar dominados pelos espíritos) Acorreram de toda aquela região e começaram a levar os doentes nos catres para o lugar onde sabiam que Ele se encontrava. Nas aldeias, cidades ou campos, onde quer que entrasse, colocavam os doentes nas praças e rogavam-lhe que os deixasse tocar pelo menos as franjas das suas vestes. E quantos o tocavam ficavam curados. São Leão Magno (?-c. 461), papa, doutor da Igreja Carta 28, a Flávio, 3-4; PL 54, 763-767
«Quantos O tocavam ficavam
curados»
A pequenez humana foi assumida
pela majestade de Deus, a nossa fraqueza pela Sua força, a nossa
escravidão à morte pela Sua imortalidade. Para pagar a dívida
de nossa condição humana, a natureza inalterável de Deus
uniu-Se à nossa natureza exposta ao sofrimento. Assim, para
melhor nos curar, «o único mediador entre Deus e os homens, o
homem Jesus Cristo» (1Tm 2,5) tinha, por um lado, de poder morrer
e, por outro, de não poder morrer.
Foi, portanto na plena e
completa natureza de um verdadeiro homem que o verdadeiro Deus
nasceu. [...] Ele tomou a natureza do escravo sem a mácula do
pecado; ele levantou a humanidade sem abaixar a divindade.
Despojando-Se a Si mesmo (Fl 2,7), Aquele que era invisível
tornou-Se visível; o Criador e Senhor de todas as coisas quis ser
um mortal entre os outros mortais, mas tudo isso foi um favor da
Sua misericórdia e não uma derrota do Seu poder [...]. Tudo isso
é de uma ordem nova [...]: Aquele que excede qualquer limite quis
ser limitado como nós, Aquele que já existia antes da criação
do tempo começou a existir no tempo, o Senhor do universo tomou a
forma de servo (Fl 2,7), mergulhando na sombra a grandeza infinita
da Sua majestade. O Deus incapaz de sofrimento não desdenhou ser
um homem capaz de sofrer e Aquele que é imortal, de se submeter
às leis da morte. Com efeito, o mesmo Jesus Cristo que é
verdadeiro Deus, é também verdadeiro homem. [...] Ele é
verdadeiro Deus pelo facto de que «no princípio era o Verbo e o
Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus» e é homem pelo facto
de que «o Verbo Se fez carne e habitou entre nós» (Jo 1,1.14).
Terça-feira,
dia 12 de Fevereiro de 2013
Terça-feira da 5ª semana do Tempo Comum
Deus
disse: «Que as águas sejam povoadas de inúmeros seres vivos e
que por cima da Terra voem aves, sob o firmamento dos céus.»
Deus criou, segundo as suas espécies, os monstros marinhos e todos os seres vivos que se movem nas águas e todas as aves aladas, segundo as suas espécies e Deus viu que isto era bom. Deus abençoou-os, dizendo: «Crescei e multiplicai-vos e enchei as águas do mar e multipliquem-se as aves sobre a Terra.» Assim surgiu a tarde e, em seguida, a manhã: foi o quinto dia. Deus disse: «Que a terra produza seres vivos, segundo as suas espécies, animais domésticos, répteis e animais ferozes, segundo as suas espécies.» e assim aconteceu. Deus fez os animais ferozes, segundo as suas espécies, os animais domésticos, segundo as suas espécies e todos os répteis da Terra, segundo as suas espécies. e Deus viu que isto era bom. Depois, Deus disse: «Façamos o ser humano à nossa imagem, à nossa semelhança para que administre os peixes do mar, as aves do céu, os animais domésticos e todos os répteis que rastejam pela terra.» Deus criou o ser humano à sua imagem, criou-o à imagem de Deus; Ele os criou homem e mulher. Abençoando-os, Deus disse-lhes: «Crescei e multiplicai-vos, enchei e administrai a terra. Administrai os peixes do mar, as aves dos céus e todos os animais que se movem na terra.» Deus disse: «Também vos dou (para administrar) todas as ervas com semente que existem à superfície da terra assim como todas as árvores de fruto com semente para que vos sirvam de alimento. E a todos os animais da terra, a todas as aves dos céus e a todos os seres vivos que existem e se movem sobre a terra, igualmente dou por alimento toda a erva verde que a terra produzir.» e assim aconteceu. Deus, vendo toda a sua obra, considerou-a muito boa. Assim surgiu a tarde e, em seguida, a manhã: foi o sexto dia. Foram assim terminados os céus e a Terra e todo o seu conjunto. Concluída, no sétimo dia, toda a obra que tinha feito, Deus repousou no sétimo dia, de todo o trabalho por Ele realizado. Deus abençoou o sétimo dia e santificou-o, visto ter sido nesse dia que Ele repousou de toda a obra da criação. Esta é a origem da criação dos céus e da Terra. Livro de Salmos 8,4-5.6-7.8-9.
Como
é admirável o vosso nome em toda a Terra, Senhor, nosso Deus!
Quando contemplo os céus, obra das Tuas mãos, a Lua e as estrelas que Tu criaste: que é o homem para que Te lembres dele, o filho do homem para dele Te ocupares? Quase fizeste dele um ser divino; de glória e de honra o coroaste; deste-lhe a administração das Tuas obras, tudo submeteste a seus pés. Ovelhas e bois, todos os rebanhos e até animais selvagens, as aves do céu e os peixes do mar, tudo o que se move nos oceanos. Evangelho segundo S. Marcos 7,1-13.
Naquele
tempo, os fariseus e alguns doutores da Lei, vindos de Jerusalém,
reuniram-se à volta de Jesus Cristo
e viram que vários dos seus discípulos comiam pão com as mãos impuras, isto é, por lavar. É que os fariseus e todos os judeus em geral não comem sem ter lavado e esfregado bem as mãos, conforme a tradição dos antigos; ao voltar da praça pública, não comem sem se lavar e há muitos outros costumes que seguem, por tradição: lavagem das taças, dos jarros e das vasilhas de cobre. Perguntaram-lhe, pois os fariseus e doutores da Lei: «Porque é que os teus discípulos não obedecem à tradição dos antigos e tomam alimento com as mãos impuras?» Respondeu: «Bem profetizou Isaías a vosso respeito, hipócritas, quando escreveu: Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. Vazio é o culto que me prestam e as doutrinas que ensinam não passam de preceitos humanos. Descurais o mandamento de Deus para vos prenderdes à tradição dos homens.» E acrescentou: «Anulais a vosso bel-prazer o mandamento de Deus para observardes a vossa tradição, pois Moisés disse: Honra teu pai e tua mãe e ainda: Quem amaldiçoar o pai ou a mãe seja punido de morte. Vós, porém dizeis: Se alguém afirmar ao pai ou à mãe: 'Declaro Corban’ isto é, oferta ao Senhor aquilo que poderias receber de mim ... nada mais lhe deixais fazer por seu pai ou por sua mãe, anulando a palavra de Deus com a tradição que tendes transmitido e fazeis muitas outras coisas do mesmo género.» Imitação de Jesus Cristo, tratado espiritual do século XV Livro II, caps. 5-6 (Moraes Editora)
«Este povo honra-Me com os
lábios, mas o seu coração está longe de Mim.»
Muitas vezes não nos damos
conta de como somos interiormente cegos. Muitas vezes agimos mal e
desculpamo-nos pior. Às vezes somos movidos pela paixão e
julgamos ser por zelo. Repreendemos coisas pequenas nos outros e
passamos sobre as nossas, bem maiores. Depressa sentimos e pesamos
o que aguentamos dos outros, mas não nos damos conta de quanto
eles sofrem por nós. Aquele que pesasse bem e rectamente as
suas acções, não haveria nada que julgasse duramente nos
outros.
O homem que vive pelo espírito
prefere o cuidado de si mesmo a todos os cuidados e quem se vigia
atentamente facilmente se cala sobre os outros. Nunca serás
interior e piedoso se não te calares sobre os outros e olhares
especialmente para ti. [...] A alma que ama a Deus, despreza todas
as coisas que Lhe estão abaixo. Só Deus eterno e imenso,
enchendo tudo, é consolação da alma e verdadeira alegria do
coração. […]
Repousarás calmamente se o
teu coração de nada te acusar. Não te alegres senão quando
fizeres o bem. Os maus nunca têm verdadeira alegria, nem
experimentam paz interior porque «não há paz para os pecadores»
(Is 48,22). [...] Facilmente estará contente e em paz aquele cuja
consciência está limpa. Não és mais santo porque te louvam nem
mais pecador porque te injuriam. És aquilo que és e tudo o que
disserem de ti não te fará maior do que és aos olhos de Deus.
Se atenderes ao que és interiormente, não te preocuparás com o
que os homens dirão de ti. «O homem vê a cara, mas Deus o
coração» (1Sm 16,7).
Quarta-feira,
dia 13 de Fevereiro de 2013
QUARTA-FEIRA DE CINZAS
Santo do dia
: Santa
Catarina de Ricci, religiosa, +1590, Beato
Jordão da Saxónia, presbítero, +1237 Livro
de Joel 2,12-18.
Diz
agora o Senhor: «Convertei-vos a Mim de todo o vosso coração
com jejuns, com lágrimas, com gemidos.
Rasgai os vossos corações e não as vossas vestes, convertei-vos ao Senhor, vosso Deus, porque Ele é clemente e compassivo, paciente e rico em misericórdia. Quem sabe? Talvez Ele mude de ideia e volte atrás, deixando, ao passar, alguma bênção para oferenda e libação ao Senhor, vosso Deus! Tocai a trombeta em Sião, ordenai um jejum, proclamai uma reunião sagrada. Reuni o povo, purificai a assembleia, juntai os anciãos, congregai os pequeninos e os meninos de peito. Saia o esposo dos seus aposentos e a esposa do seu tálamo nupcial. Entre o pórtico e o altar, chorem os sacerdotes e digam os ministros do Senhor: «Tem piedade do teu povo, Senhor, não transformes em ignomínia a tua herança para que ela não se torne o escárnio dos povos! Porque diriam: ‘Onde está o seu Deus?’» O Senhor encheu-se de zelo pelo seu país e teve compaixão do seu povo. Livro de Salmos 51(50),3-4.5-6a.12-13.14.17.
Não
desprezeis, Senhor, o nosso coração humilhado e contrito.
Tem compaixão de mim, ó Deus, pela tua bondade; pela tua grande misericórdia, apaga o meu pecado. Lava-me de toda a iniquidade; purifica-me dos meus delitos. Porque eu reconheço os meus pecados e tenho diante de mim as minhas culpas. Pequei contra Vós, só contra Vós, e fiz o mal diante dos vossos olhos. Não é do sacrifício que vos agradais e, se eu oferecer um holocausto, não o aceitareis. Sacrifício agradável a Deus é o espírito arrependido: não desprezeis, Senhor, um espírito humilhado e contrito. Dá-me de novo a alegria da tua salvação e sustenta-me com um espírito generoso. Abre, Senhor, os meus lábios para que a minha boca possa anunciar o teu louvor. 2ª Carta aos Coríntios 5,20-21.6,1-2.
Irmãos:
É em nome de Jesus Cristo, portanto que exercemos as funções de
embaixadores e é Deus quem, por nosso intermédio, vos exorta. Em
nome de Jesus Cristo suplicamo-vos: reconciliai-vos com
Deus.
Aquele que não havia conhecido o pecado, Deus o fez pecado por nós para que nos tornássemos, nele, justiça de Deus. E como seus colaboradores, exortamo-vos a não receber em vão a graça de Deus, pois Ele diz: No tempo favorável, ouvi-te e, no dia da salvação, vim em teu auxílio. É este o tempo favorável, é este o dia da salvação. Evangelho segundo S. Mateus 6,1-6.16-18.
Naquele
tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Guardai-vos de
fazer as vossas boas obras diante dos homens para vos tornardes
notados por eles; de outro modo, não tereis nenhuma recompensa do
vosso Pai que está no Céu.
Quando, pois deres esmola, não permitas que toquem trombeta diante de ti como fazem os hipócritas, nas sinagogas e nas ruas a fim de serem louvados pelos homens. Em verdade vos digo: Já receberam a sua recompensa. Quando deres esmola, que a tua mão esquerda não saiba o que faz a tua direita a fim de que a tua esmola permaneça em segredo e teu Pai, que vê o oculto, há-de premiar-te.» «Quando orardes, não sejais como os hipócritas que gostam de rezar de pé nas sinagogas e nos cantos das ruas para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa. Tu, porém, quando orares, entra no quarto mais secreto e, fechada a porta, reza em segredo a teu Pai, pois Ele, que vê o oculto, há-de recompensar-te. «E quando jejuardes, não mostreis um ar sombrio como os hipócritas que desfiguram o rosto para que os outros vejam que eles jejuam. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa. Tu, porém quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto para que o teu jejum não seja conhecido dos homens, mas apenas do teu Pai que está presente no oculto e o teu Pai, que vê no oculto, há-de recompensar-te.» Papa Bento XVI Audiência geral de 17/02/2010 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana, rev.)
«Em nome de Jesus Cristo
suplicamo-vos: reconciliai-vos com Deus» (2Cor 5,20)
«Ouvi-te no tempo favorável e
ajudei-te no dia da salvação» (2 Cor 6, 1-2). Na realidade, na
visão cristã da vida todos os momentos devem ser considerados
favoráveis e todos os dias devem ser dias de salvação; mas a
liturgia da Igreja refere estas palavras de um modo totalmente
particular no tempo da Quaresma. E podemos compreender que os
quarenta dias de preparação para a Páscoa são tempo favorável
e de graça pelo apelo que o austero rito da imposição das
cinzas nos dirige [...]: «Convertei-vos e acreditai no
Evangelho!» […]
O apelo à conversão, de facto,
ressalta e denuncia a fácil superficialidade que caracteriza com
muita frequência a nossa vida. Converter-se significa mudar de
direcção no caminho da vida: não com um pequeno ajustamento,
mas com uma verdadeira inversão de marcha. Conversão é ir
contra a corrente, onde a «corrente» é o estilo de vida
superficial, incoerente e ilusório que muitas vezes nos arrasta,
nos domina e nos torna escravos do mal ou prisioneiros da
mediocridade moral.
Com a conversão, ao contrário,
tem-se como objectivo a medida alta da vida cristã, confiamo-nos
ao evangelho vivo e pessoal que é Cristo Jesus. A Sua pessoa é a
meta final e o sentido profundo da conversão, Ele é o caminho
pelo qual todos são chamados a caminhar na vida, deixando-se
iluminar pela Sua luz e amparar pela Sua força que move os nossos
passos. Deste modo a conversão manifesta o seu rosto mais
maravilhoso e fascinante: não é uma simples decisão moral que
rectifica o nosso modo de vida, mas é uma escolha de fé que nos
envolve totalmente na comunhão íntima com a pessoa viva e
concreta de Jesus Cristo. [...] A conversão é o «sim» total de
quem entrega a própria existência ao evangelho, respondendo
livremente a Jesus Cristo que foi o primeiro a oferecer-Se ao
homem como caminho, verdade e vida (Jo 14,6), como o único
que liberta e salva. É precisamente este o sentido das primeiras
palavras com as quais, segundo o evangelista Marcos, Jesus Cristo
abre a pregação do «Evangelho de Deus»: «Completou-se o tempo
e o reino de Deus está perto: Arrependei-vos e acreditai na Boa
Nova» (Mc 1,15).
Quinta-feira,
dia 14 de Fevereiro de 2013
São Cirilo, monge, e São Metódio, bispo: co-padroeiros da Europa - Festa
Santo do dia
: S.
Metódio, monge, co-patrono da Europa, +885., São
Cirilo, bispo, +868, co-patrono da Europa Livro
dos Actos dos Apóstolos 13,46-49.
Naqueles
dias, Paulo e Barnabé disseram aos judeus: «Era primeiramente a
vós que a palavra de Deus devia ser anunciada. Visto que a
repelis e vós próprios vos julgais indignos da vida eterna,
voltamo-nos para os pagãos,
pois assim nos ordenou o Senhor: Estabeleci-te como luz dos povos para levares a salvação até aos confins da Terra.» Ao ouvirem isto, os pagãos encheram-se de alegria e glorificavam a palavra do Senhor e todos os que estavam destinados à vida eterna abraçaram a fé. Assim a palavra do Senhor divulgava-se por toda aquela região. Livro de Salmos 117(116),1.2.
Ide
por todo o mundo e anunciai o Evangelho.
Louvai o Senhor, todas as nações! Exaltai-O, todos os povos! Porque o Seu amor para connosco não tem limites e a fidelidade do Senhor é eterna! Evangelho segundo S. Lucas 10,1-9.
Naquele
tempo, o Senhor designou setenta e dois discípulos e enviou-os
dois a dois, à sua frente, a todas as cidades e lugares aonde Ele
havia de ir.
Disse-lhes: «A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, portanto ao dono da messe (= Deus) que mande trabalhadores para a sua messe. Ide! Envio-vos como cordeiros para o meio de lobos. Não leveis bolsa, nem alforge, nem sandálias e não vos detenhais a saudar ninguém pelo caminho. Em qualquer casa em que entrardes, dizei primeiro: 'A paz esteja nesta casa!' E se lá houver um homem de paz, sobre ele repousará a vossa paz; se não, voltará para vós. Ficai nessa casa, comendo e bebendo do que lá houver, pois o trabalhador merece o seu salário. Não andeis de casa em casa. Em qualquer cidade em que entrardes e vos receberem, comei do que vos for servido, curai os doentes que nela houver e dizei-lhes: 'O Reino de Deus já está próximo de vós.' Beato João Paulo II (1920-2005), Papa Encíclica «Slavorum apostoli», §§12,14-15 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana, rev.)
«Em qualquer casa onde
entrardes, dizei primeiramente: "Paz a esta casa"»
A característica que desejo
realçar, de maneira especial, no comportamento seguido pelos
apóstolos dos eslavos, Cirilo e Metódio, é o seu modo pacífico
de edificar a Igreja, inspirados pela sua concepção da Igreja
una, santa e universal. [...] No seu tempo, as divergências entre
Constantinopla e Roma já haviam começado a delinear-se como
pretextos de desunião, muito embora se estivesse ainda longe da
deplorável cisão entre as duas partes da mesma cristandade. […]
Não parece, pois nada
anacrónico ver nos santos Cirilo e Metódio os autênticos
precursores do ecumenismo, pelo facto de terem querido eficazmente
eliminar ou diminuir todas as divisões verdadeiras ou até só
aparentes, entre as diversas comunidades que fazem parte da mesma
Igreja. [...] A solicitude ardorosa demonstrada por ambos os
irmãos, especialmente por Metódio, em virtude da sua
responsabilidade episcopal, por conservar a unidade da fé e do
amor entre as Igrejas das quais faziam parte, isto é, a Igreja de
Constantinopla e a Igreja romana, de uma parte, e as Igrejas
nascentes em terras eslavas, de outra, foi e continuará a ser
sempre o seu grande mérito. [...] Nesse período tempestuoso,
assinalado também por conflitos armados entre povos cristãos
confinantes, os santos irmãos de Salônica mantiveram uma
fidelidade firme e bem vigilante em relação à recta doutrina e
à tradição da Igreja perfeitamente unida. […]
Metódio, de modo especial, não
hesitava em enfrentar as incompreensões, os contrastes e até as
difamações e perseguições físicas, contanto que não faltasse
à sua exemplar fidelidade eclesial. [...] Por este motivo,
permanecerá sempre um mestre para todos aqueles que, em qualquer
época, procuram atenuar as dissensões, respeitando a plenitude
multiforme da Igreja que, segundo a vontade de seu Fundador, Jesus
Cristo, deve ser sempre una, santa, católica e apostólica.
Sexta-feira,
dia 15 de Fevereiro de 2013
Sexta-feira depois das Cinzas
Eis
o que diz o Senhor Deus: «Grita em voz alta, sem te cansares.
Levanta a tua voz como uma trombeta. Denuncia ao meu povo as suas
faltas, aos descendentes de Jacob, os seus pecados.
Consultam-me dia após dia, mostram desejos de conhecer o meu caminho como se fosse um povo que praticasse a justiça e não abandonasse a lei de Deus. Pedem-me sentenças justas, querem aproximar-se de Deus. Dizem-me: «Para quê jejuar, se vós não fazeis caso? Para quê humilhar-nos, se não prestais atenção?» É porque no dia do vosso jejum só cuidais dos vossos negócios e oprimis todos os vossos empregados. Jejuais entre rixas e disputas, dando bofetadas sem dó nem piedade. Não jejueis como tendes feito até hoje, se quereis que a vossa voz seja ouvida no alto. Acaso é esse o jejum que me agrada, no dia em que o homem se mortifica? Curvar a cabeça como um junco, deitar-se sobre saco e cinza? Podeis chamar a isto jejum e dia agradável ao SENHOR? O jejum que me agrada é este: libertar os que foram presos injustamente, livrá-los do jugo que levam às costas, pôr em liberdade os oprimidos, quebrar toda a espécie de opressão, repartir o teu pão com os esfomeados, dar abrigo aos infelizes sem casa, atender e vestir os nus e não desprezar o teu irmão. Então a tua luz surgirá como a aurora e as tuas feridas não tardarão a cicatrizar-se. A tua justiça irá à tua frente e a glória do SENHOR atrás de ti. Então invocarás o SENHOR e Ele te atenderá, pedirás auxílio e te dirá: «Aqui estou!» Livro de Salmos 51(50),3-4.5-6a.18-19.
Não
desprezeis, Senhor, o nosso coração humilhado e contrito.
Tem compaixão de mim, ó Deus, pela tua bondade; pela tua grande misericórdia, apaga o meu pecado. Lava-me de toda a iniquidade; purifica-me dos meus delitos Porque eu reconheço os meus pecados e tenho diante de mim as minhas culpas. Pequei contra Vós, só contra Vós e fiz o mal diante dos vossos olhos. Não é do sacrifício que vos agradais e se eu oferecer um holocausto, não o aceitareis. Sacrifício agradável a Deus é o espírito arrependido: não desprezeis, Senhor, um espírito humilhado e contrito. Evangelho segundo S. Mateus 9,14-15.
Naquele
tempo, os discípulos de João Baptista foram ter com Ele e
perguntaram-Lhe: «Porque é que nós e os fariseus jejuamos e os
teus discípulos não jejuam?»
Jesus Cristo respondeu-lhes: «Porventura podem os convidados para as núpcias estar tristes enquanto o esposo está com eles? Porém hão-de vir dias em que lhes será tirado o esposo e então hão-de jejuar.» São Gregório Magno (c. 540-604), papa, doutor da Igreja Homilia 16 sobre os Evangelhos
O jejum que agrada a Deus
Ao comer do fruto da árvore
proibida, Adão transgrediu os preceitos da vida (Gn 3,6). Quanto
a nós, é reduzindo, na medida do possível, o que comemos que
nos reergueremos e reencontraremos a alegria do Paraíso.
No entanto, que ninguém fique a
pensar que basta essa abstinência. Com efeito, diz Deus pelo Seu
profeta: «O jejum que Me agrada é este: [...] repartir o teu pão
com os esfomeados, dar abrigo aos infelizes sem casa, atender e
vestir os nus e não desprezar o teu irmão» (Is 58,6-7). Aí
está o jejum que Deus aprova: aquele que é apresentado com as
mãos cheias de esmolas e o coração cheio de amor, um jejum todo
preenchido de bondade. Dá a outrem aquilo de que te privas
pessoalmente e a tua penitência corporal contribuirá para o
bem-estar físico dos que passam necessidades.
Assim poderás compreender a
censura do Senhor pela boca do profeta: «Quando jejuastes e
chorastes [...], foi realmente em Minha honra que multiplicastes
os vossos jejuns? E quando comíeis e bebíeis, não éreis vós
os comedores e os bebedores?» (Zc 7,5-6) Ser comedor e bebedor é
consumir alimentos destinados ao sustento do corpo sem os
partilhar com ninguém, já que eles foram destinados pelo Criador
a toda a comunidade humana. Jejuar em proveito próprio é
privar-se temporariamente de alimento, mas reservar esse fruto da
autorrestrição para o consumir mais tarde. «Ordenai um jejum»,
diz o profeta (Jl 1,14). [...] Que a cólera cesse e as querelas
desapareçam! É vã a mortificação do corpo que não
impõe ao coração a disciplina para refrear desejos
desordenados. [...] Diz ainda o profeta: «No dia do vosso jejum
só cuidais dos vossos negócios e oprimis todos os vossos
empregados. Jejuais entre rixas e disputas, dando bofetadas sem dó
nem piedade» (Is 58,3-4). [...] Com efeito, só perdoando aos
nossos irmãos é que Deus não nos imputará a nossa injustiça.
Sábado,
dia 16 de Fevereiro de 2013
Sábado depois das Cinzas
Eis
o que diz o Senhor:« Se tirares do meio de ti toda a opressão,
os gestos de ameaças e as palavras ofensivas,
se repartires o teu pão com o faminto e matares a fome ao pobre, a tua luz brilhará na tua escuridão e as tuas trevas tornar-se-ão como o meio-dia. O SENHOR te guiará constantemente, saciará a tua alma no árido deserto, dará vigor aos teus ossos. Serás como um jardim bem regado, como uma fonte de águas inesgotáveis. Reconstruirás ruínas antigas, levantarás sobre antigas fundações. Serás chamado: «Reparador de brechas, restaurador de casas em ruínas.» Se te abstiveres de trabalhar ao sábado, de te ocupares dos teus negócios no meu dia santo, se chamares ao sábado a tua delícia, consagrando-o à glória do SENHOR; se o solenizares, abstendo-te de viagens, de procurares os teus interesses e de tratares os teus negócios então encontrarás a tua felicidade no SENHOR. Far-te-ei desfilar sobre as alturas da Terra, alimentar-te-ei com a herança do teu pai Jacob. É o próprio SENHOR quem o diz! Livro de Salmos 86(85),1-2.3-4.5-6.
Ensinai-me,
Senhor, o vosso caminho para que eu ande na vossa presença.
Inclina, Senhor, os Teus ouvidos e responde-me porque estou triste e necessitado. Protege a minha vida porque Te sou fiel; salva o Teu servo que em Ti confia. Senhor, tem compaixão de mim que a Ti clamo todo o dia. Alegra o espírito do Teu servo, pois para Ti, Senhor, elevo a minha alma. Porque Tu, Senhor, és bom e indulgente, cheio de misericórdia para quantos Te invocam. Senhor, ouve a minha oração, atende os gritos da minha súplica. Evangelho segundo S. Lucas 5,27-32.
Naquele
tempo, Jesus Cristo viu um cobrador de impostos, chamado Levi,
sentado no posto de cobrança e disse-lhe: «Segue-me.»
E ele, deixando tudo, levantou-se e seguiu-o. Levi ofereceu-lhe, em sua casa, um grande banquete e encontravam-se com eles, à mesa, grande número de cobradores de impostos e de outras pessoas. Os fariseus e os doutores da Lei murmuravam, dizendo aos discípulos: «Porque comeis e bebeis com os cobradores de impostos e com os pecadores?» Jesus Cristo tomou a palavra e disse-lhes: «Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas os que estão doentes. Não foram os justos que Eu vim chamar ao arrependimento, mas os pecadores.» São Rafael Arnaiz Baron (1911-1938), monge trapista espanhol Escritos espirituais, 15/12/1936
«Deixando tudo, o homem
levantou-se e seguiu-O»
Há dias em que os aviões
atravessam o céu a velocidades prodigiosas, sobrevoando o
mosteiro. O ruído dos seus motores assusta os passarinhos que se
aninham nos ciprestes do nosso cemitério. Em frente do convento,
atravessando os campos, há uma estrada alcatroada por onde
circulam a toda a hora camiões e carros de turismo que não se
interessam pelo mosteiro. Uma das principais vias férreas de
Espanha também atravessa os terrenos do mosteiro. [...] Ouve-se
dizer que tudo isto é liberdade. [...] Mas quem meditar um pouco
verá como o mundo se engana no meio daquilo a que chama
liberdade. […]
Onde se encontra então a
liberdade? Encontra-se no coração do homem que apenas ama a
Deus. Encontra-se no homem cuja alma não está presa nem ao
espírito nem à matéria, mas apenas a Deus. Encontra-se nesta
alma que não está submetida ao eu egoísta; na alma que voa por
sobre os seus próprios pensamentos, os seus próprios
sentimentos, o seu próprio sofrer e fruir. A liberdade está
nesta alma cuja única razão de existir é Deus, cuja vida é
Deus e nada mais do que Deus.
O espírito humano é pequeno, é
reduzido, está sujeito a mil variações, a altos e baixos, a
depressões, a decepções, ... e o corpo tem uma grande fraqueza.
A liberdade está, portanto em Deus. A alma que, passando
realmente por sobre tudo isto, funda a sua vida n'Ele, pode-se
dizer que goza de liberdade na medida do possível para quem está
ainda neste mundo.
O meu clube de leitura
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Os meus filmes
1.º
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sábado, 16 de fevereiro de 2013
Cristianismo 99
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