domingo, 29 de janeiro de 2017

Cristianismo 192 até 28-01-2017



"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68

Domingo, dia 22 de Janeiro de 2017

3.º Domingo do Tempo Comum

Assim como no tempo passado, o Senhor humilhou a terra de Zabulão e o país de Neftali; no futuro cobrirá de glória o caminho do mar, do outro lado do Jordão, a Galileia dos gentios.
O povo que andava nas trevas viu uma grande luz; para aqueles que habitavam nas sombras da morte uma luz se levantou.
Multiplicastes a sua alegria, aumentastes o seu contentamento. Rejubilam na vossa presença, como os que se alegram no tempo da colheita, como exultam os que repartem despojos.
Vós quebrastes, como no dia de Madiã, o jugo que pesava sobre o povo, o madeiro que ele tinha sobre os ombros e o bastão do opressor.
Livro de Salmos 27(26),1.4.13-14.
O Senhor é minha luz e salvação:
a quem hei-de temer?
O Senhor é protector da minha vida:
de quem hei-de ter medo?

Uma coisa peço ao Senhor, por ela anseio:
habitar na casa do Senhor todos os dias da minha vida,
para gozar da suavidade do Senhor
e visitar o seu santuário.

Espero vir a contemplar a bondade do Senhor
na terra dos vivos.
Confia no Senhor, sê forte.
Tem coragem e confia no Senhor.

1.ª Carta aos Coríntios 1,10-13.17.
Irmãos: Rogo-vos, pelo nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, que faleis todos a mesma linguagem e que não haja divisões entre vós, permanecendo bem unidos, no mesmo pensar e no mesmo agir.
Eu soube, meus irmãos, pela gente de Cloé, que há divisões entre vós,
que há entre vós quem diga: «Eu sou de Paulo», «eu de Apolo», «eu de Pedro», «eu de Jesus Cristo».
Estará Jesus Cristo dividido? Porventura Paulo foi crucificado por vós? Foi em nome de Paulo que recebestes o Baptismo?
Na verdade, Jesus Cristo não me enviou para baptizar, mas para anunciar o Evangelho; não, porém com sabedoria de palavras, a fim de não desvirtuar a cruz de Jesus Cristo.
Evangelho segundo S. Mateus 4,12-23.
Quando Jesus Cristo ouviu dizer que João Baptista fora preso, retirou-Se para a Galileia.
Deixou Nazaré e foi habitar em Cafarnaum, terra à beira-mar,
no território de Zabulão e Neftali. Assim se cumpria o que o profeta Isaías anunciara, ao dizer:
«Terra de Zabulão e terra de Neftali, caminho do mar, além do Jordão, Galileia dos gentios:
o povo que vivia nas trevas viu uma grande luz; para aqueles que habitavam na sombria região da morte, uma luz se levantou».
Desde então, Jesus Cristo começou a pregar: «Arrependei-vos porque está próximo o reino dos Céus».
Caminhando ao longo do mar da Galileia, viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André, que lançavam as redes ao mar, pois eram pescadores.
Disse-lhes Jesus Cristo: «Vinde e segui-Me e farei de vós pescadores de homens».
Eles deixaram logo as redes e seguiram-n’O.
Um pouco mais adiante, viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João que estavam no barco, na companhia de seu pai Zebedeu, a consertar as redes. Jesus Cristo chamou-os
e eles, deixando o barco e o pai, seguiram-n’O.
Depois começou a percorrer toda a Galileia, ensinando nas sinagogas, proclamando o Evangelho do reino e curando todas as doenças e enfermidades entre o povo.


Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
Lansperge o Cartuxo (1489-1539), religioso e teólogo
Sermão 5; Opera Omnia
«O povo que habitava nas trevas viu elevar-se uma grande luz» (Is 9,1)
Meus irmãos, ninguém ignora que todos nós nascemos nas trevas e que nelas vivemos outrora. Mas façamos por não continuar nelas, agora que nasceu para nós o sol de justiça (Mal 3,20). [...]
Jesus Cristo veio «iluminar aqueles que jazem nas trevas e nas sombras da morte, para guiar os seus passos no caminho da paz» (Lc 1,79). De que trevas falamos? Tudo aquilo que está na nossa inteligência, na nossa vontade ou na nossa memória e que não é Deus ou não provém de Deus; melhor dizendo, tudo aquilo que em nós não é para glória de Deus e causa separação entre Deus e a alma é trevas. [...] É que Jesus Cristo, tendo em Si a luz, trouxe-a até nós para que pudéssemos ver os nossos pecados e odiar as nossas trevas. Na verdade, a pobreza que Ele escolheu quando não encontrou lugar na hospedaria é para nós a luz pela qual podemos conhecer, a partir de então, a felicidade dos pobres em espírito a quem pertence o Reino dos Céus (Mt 5,3).
O amor de que Jesus Cristo deu testemunho, consagrando-Se à nossa instrução e expondo-Se a suportar por nós as vicissitudes, o exílio, a perseguição, as chagas e a morte na cruz, o amor que finalmente O fez orar pelos seus carrascos é para nós a luz graças à qual também nós podemos aprender a amar os nossos inimigos.

Segunda-feira, dia 23 de Janeiro de 2017

Segunda-feira da 3.ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : Beata Josefa Maria de Benigánim, virgem, +1696, S. João Esmoler, b., +616, Santo Ildefonso, b., +667

Carta aos Hebreus 9,15.24-28.
Cristo é mediador de uma nova aliança para que, intervindo a sua morte para remissão das transgressões cometidas durante a primeira aliança, os que são chamados recebam a herança eterna prometida.
Jesus Cristo não entrou num santuário feito por mãos humanas, figura do verdadeiro, mas no próprio Céu, para Se apresentar agora na presença de Deus em nosso favor.
E não entrou para Se oferecer muitas vezes, como o sumo sacerdote que entra cada ano no Santuário, com sangue alheio;
nesse caso, Jesus Cristo deveria ter padecido muitas vezes, desde o princípio do mundo. Mas Ele manifestou-Se uma só vez, na plenitude dos tempos, para destruir o pecado pelo sacrifício de Si mesmo.
E como está determinado que os homens morram uma só vez e a seguir haja o julgamento (é ao contrário: primeiro julgamento e penitência e a seguir a morte)
assim também Jesus Cristo, depois de Se ter oferecido uma só vez para tomar sobre Si os pecados da multidão, aparecerá segunda vez, sem a aparência do pecado, para dar a salvação àqueles que O esperam.
Livro de Salmos 98(97),1.2-3ab.3cd-4.5-6.
Cantai ao Senhor um cântico novo
pelas maravilhas que Ele operou.
A sua mão e o seu santo braço
Lhe deram a vitória.

O Senhor deu a conhecer a salvação,
revelou aos olhos das nações a sua justiça.
Recordou-Se da sua bondade e fidelidade
em favor da Casa de Israel.

Os confins da Terra puderam ver
a salvação do nosso Deus.
Aclamai o Senhor, Terra inteira,
exultai de alegria e cantai.

Cantai ao Senhor ao som da cítara,
ao som da cítara e da lira;
ao som da tuba e da trombeta,
aclamai o Senhor, nosso Rei.


Evangelho segundo S. Marcos 3,22-30.
Naquele tempo, os escribas que tinham descido de Jerusalém diziam: «Está possesso de Belzebu» e ainda: «É pelo chefe dos demónios que Ele expulsa os demónios».
Mas Jesus Cristo chamou-os e começou a falar-lhes em parábolas: «Como pode Satanás expulsar Satanás?
Se um reino estiver dividido contra si mesmo, tal reino não pode aguentar-se.
E se uma casa estiver dividida contra si mesma, essa casa não pode durar.
Portanto, se Satanás se levanta contra si mesmo e se divide, não pode subsistir: está perdido.
Ninguém pode entrar em casa de um homem forte e roubar-lhe os bens, sem primeiro o amarrar: só então poderá saquear a casa.
Em verdade vos digo: Tudo será perdoado aos filhos dos homens: os pecados e blasfémias que tiverem proferido;
mas quem blasfemar contra o Espírito Santo nunca terá perdão: será réu de pecado para sempre».
Referia-Se aos que diziam: «Está possesso de um espírito impuro».
Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
Orígenes (c. 185-253), presbítero, teólogo
Homilias sobre o Êxodo, n.º 1, 5
«Ele expulsa os demónios»
Reconhecei-o: «em ti se levantou um novo rei, um rei do Egipto» (Ex 1,8). Foi ele que te requisitou para o trabalho, que te obrigou a fazer os tijolos e a argamassa. É ele que te impõe capatazes e encarregados, que te força com a vergasta e o chicote ao trabalho da terra e te obriga a construir cidades. É ele que te incita a percorrer o mundo e a mover montanhas para satisfazeres os teus apetites. [...]
Este rei do Egipto sabia que uma guerra assim era inevitável, pois pressentiu a vinda daquele «que pode despojar poderes e autoridades e triunfar deles com audácia, cravando-os na cruz» (Col 2,14-15). [...] Sente próxima a hora da destruição do seu povo e por isso declara: «O povo de Israel é mais poderoso do que nós!» (Ex 1,9). Pudesse ele dizer o mesmo de nós e achar-nos mais fortes do que ele! Como? Se não acolhermos os maus pensamentos e os apetites perversos que ele nos inspira, se repelirmos «as suas setas incendiadas, com o escudo da » (Ef 6,16), se, de cada vez que ele fizer uma insinuação à nossa alma (pessoa celeste, pessoa espiritual, pessoa natural), lhe dissermos, lembrando-nos de Jesus Cristo, Nosso Senhor: «Fora, Satanás! Está escrito: é ao Senhor, teu Deus, que adorarás e só a Ele servirás» (Dt 6,13/Mt 4,10).
Com efeito, o Senhor Jesus Cristo veio submeter a Si «poderes, autoridades e dominações» (Col 1,16), veio poupar os filhos de Israel à violência dos seus inimigos [...], para nos ensinar de novo a ver o Espírito do Senhor [Is 61,1-2/Lc 4,18-22], a abandonar o trabalho do faraó, a sair da terra do Egipto e renunciar aos seus bárbaros costumes, a «despojar-nos completamente do homem velho e das suas obras e revestir-nos do homem novo criado em conformidade com Deus» (Ef 4,22-24/Col 3,9-10), a «renovar-nos sem cessar, dia após dia» (2Cor 4,16) à imagem daquele que nos criou, Cristo Jesus, Nosso Senhor, a quem seja dada a glória e o poder pelos séculos dos séculos, Ámen.

Terça-feira, dia 24 de Janeiro de 2017

Terça-feira da 3.ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : S. Francisco de Sales, b., Doutor da Igreja, +1622

Carta aos Hebreus 10,1-10.
Irmãos: A Lei de Moisés contém apenas a sombra dos bens futuros e não a expressão das realidades. Por isso nunca pode levar à perfeição aqueles que se aproximam do altar com os mesmos sacrifícios que indefinidamente se oferecem ano após ano.
De outro modo, não teriam deixado de os oferecer, se os que prestam esse culto, purificados de uma vez para sempre, já não tivessem consciência de qualquer pecado?
Ao contrário, por tais sacrifícios se evoca anualmente a lembrança dos pecados
porque é impossível que o sangue de touros e cabritos perdoe os pecados (em que é que isso converte o pecador, altera os seus actos? Os discípulos do Senhor Jesus Cristo são convertidos no coração).
Por isso, ao entrar no mundo, Jesus Cristo disse: «Não quiseste sacrifícios nem oblações, mas formaste-Me um corpo.
Não Te agradaram holocaustos nem imolações pelo pecado.
Então Eu disse: ‘Eis-Me aqui; no livro sagrado está escrito a meu respeito: Eu venho, ó Deus, para fazer a tua vontade’».
Primeiro disse: «Não quiseste sacrifícios nem oblações, não Te agradaram holocaustos nem imolações pelo pecado». E no entanto, eles são oferecidos segundo a Lei.
Depois acrescenta: «Eis-Me aqui: Eu venho para fazer a tua vontade». Assim aboliu o primeiro culto para estabelecer o segundo.
É em virtude dessa vontade que nós fomos santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita de uma vez para sempre.
Livro de Salmos 40(39),2.4ab.7-8a.10.11.
Esperei no Senhor com toda a confiança,
e Ele atendeu-me.
Pôs em meus lábios um cântico novo,
um hino de louvor ao nosso Deus.

Não Vos agradaram sacrifícios nem oblações,
mas abristes-me os ouvidos;
não pedistes holocaustos nem expiações,
então clamei: «Aqui estou».

Proclamei a justiça na grande assembleia,
não fechei os meus lábios, Senhor, bem o sabeis.
Não escondi a justiça no fundo do coração,
proclamei a vossa bondade e fidelidade».


Evangelho segundo S. Marcos 3,31-35.
Naquele tempo, chegaram à casa (onde morava Jesus Cristo) onde estava Jesus Cristo, sua Mãe e seus irmãos que, ficando fora, O mandaram chamar.
A multidão estava sentada em volta d’Ele, quando Lhe disseram: «Tua Mãe e teus irmãos estão lá fora à tua procura».
Mas Jesus Cristo respondeu-lhes: «Quem é minha Mãe e meus irmãos?».
Quem fizer a vontade de Deus esse é meu irmão, minha irmã e minha Mãe».

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
Isaac da Estrela (?-c. 1171), monge cisterciense
Homilia 51, para a Assunção
«Quem fizer a vontade de Deus esse é meu irmão, minha irmã e minha Mãe»
O Filho (de Deus) é o primogénito de muitos irmãos (Rom 8,29) pois, sendo Filho único por natureza, uma multidão de irmãos a Si próprio juntou pela graça, com Ele formando um apenas: «A quantos O receberam, Ele deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus» (Jo 1,12). Ao ser filho de homem, fez da multidão dos homens filhos de Deus. A eles Se juntou, Ele que é único no seu amor e poder. Os homens, em si próprios, pelo nascimento na carne, são uma multidão; mas pelo segundo nascimento, o nascimento divino, são com Ele apenas um. Só Jesus Cristo, único e total, é a cabeça e o corpo (Col 1,18).  

E este Jesus Cristo único é o Filho de um só Deus no Céu e de uma só Mãe na Terra. Há muitos filhos e há um único filho. E tal como a cabeça e o corpo são um único filho e vários filhos também Maria e a Igreja são uma única Mãe e várias mães, uma só Virgem e várias virgens. Uma e outra são Mães; uma e outra, Virgens. Uma e outra conceberam do Espírito Santo, sem desejo carnal. Uma e outra deram uma progenitura a Deus e Pai, sem pecado. Uma gerou, sem pecado algum, uma cabeça para o corpo; a outra fez nascer, na remissão dos pecados, um corpo para a cabeça. Uma e outra são Mães de Jesus Cristo, mas nenhuma das duas O deu à luz completamente sem a outra. É também com razão que, nas Escrituras divinamente inspiradas, o que é dito em geral acerca da virgem mãe que é a Igreja se aplica em particular à Virgem Maria. E o que é dito em particular acerca da Virgem Mãe que é Maria compreende-se em geral acerca da virgem mãe que é a Igreja.

Quarta-feira, dia 25 de Janeiro de 2017

Conversão de São Paulo, apóstolo, festa

Calendário da Igreja disponível este dia

Livro dos Actos dos Apóstolos 22,3-16.
Naqueles dias, Paulo disse ao povo: «Eu sou judeu e nasci em Tarso da Cilícia. Fui, porém educado nesta cidade de Jerusalém e recebi na escola de Gamaliel uma formação estritamente fiel à Lei dos nossos pais. Era tão zeloso no serviço de Deus, como vós todos sois hoje.
Persegui até à morte esta nova religião, algemando e metendo na prisão homens e mulheres
como podem testemunhar o Sumo Sacerdote e todo o Senado. Recebi até, da parte deles, cartas para os irmãos de Damasco e para lá me dirigi, com a missão de trazer algemados os que lá estivessem, a fim de serem castigados em Jerusalém.
Sucedeu, porém que, no caminho, ao aproximar-me de Damasco, por volta do meio-dia, de repente brilhou ao redor de mim uma intensa luz vinda do Céu.
Caí por terra e ouvi uma voz que me dizia: ‘Saulo, Saulo, porque Me persegues?’.
Eu perguntei: ‘Quem és Tu, Senhor?’. E Ele respondeu-me: ‘Eu sou Jesus de Nazaré, a quem tu persegues’.
Os meus companheiros viram a luz, mas não ouviram a voz que me falava.
Então perguntei: ‘Que hei-de fazer, Senhor?’. E o Senhor disse-me: ‘Levanta-te e vai a Damasco; lá te dirão tudo o que deves fazer’.
Como eu deixei de ver, por causa do esplendor daquela luz, cheguei a Damasco guiado pelas mãos dos meus companheiros.
Entretanto, veio procurar-me certo Ananias, homem piedoso segundo a Lei e de boa fama entre todos os judeus que ali viviam.
Ele veio ao meu encontro e, ao chegar junto de mim, disse-me: ‘Saulo, meu irmão, recupera a vista’. E no mesmo instante, pude vê-lo.
Ele acrescentou: ‘O Deus dos nossos pais destinou-te para conheceres a sua vontade, para veres o Justo e ouvires a voz da sua boca.
Tu serás sua testemunha diante de todos os homens, acerca do que viste e ouviste.
Agora, porque esperas? Levanta-te, recebe o baptismo e purifica-te dos teus pecados, invocando o seu nome’».
Livro de Salmos 117(116),1.2.
Louvai o Senhor, todas as nações,
aclamai-O, todos os povos.
É firme a sua misericórdia para connosco,
a fidelidade do Senhor permanece para sempre.

Evangelho segundo S. Marcos 16,15-18.
Naquele tempo, Jesus Cristo apareceu aos Onze e disse-lhes: «Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura.
Quem acreditar e for baptizado será salvo; mas quem não acreditar será condenado.
Eis os milagres que acompanharão os que acreditarem: expulsarão os demónios em meu nome; falarão novas línguas;
se pegarem em serpentes ou beberem veneno, não sofrerão nenhum mal e quando impuserem as mãos sobre os doentes, eles ficarão curados».
Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
Sermão 279
O perseguidor transformado em pregador
Vinda do alto do Céu, a voz de Jesus fez com que Saulo caísse por terra: recebeu ordem de não continuar com as suas perseguições e caiu por terra. Era preciso que tombasse e, em seguida, se erguesse; primeiro caído e depois curado. Porque Jesus não teria nunca vivido nele se Saulo não tivesse abandonado a sua antiga vida de pecado. Caído por terra, que ouve ele? «Saulo, Saulo, porque Me persegues? É duro para ti recalcitrar contra o aguilhão» (At 26,14). Ao que ele respondeu: «Quem és Tu, Senhor?» E a voz do alto continuou: «Sou Jesus de Nazaré, que tu persegues». Os membros ainda estão na Terra, a cabeça grita do alto do Céu e não diz: «Porque persegues os meus servidores?» mas: «Porque Me persegues?»
E Paulo, que empregava todo o seu ardor nas perseguições, dispõe-se desde logo a obedecer: «Que queres que eu faça?» Já o perseguidor se transformou em pregador, o lobo em ovelha, o inimigo em defensor. Paulo aprende o que deve fazer: se ficou cego, se a luz do mundo lhe foi subtraída durante um certo tempo, foi para que no seu coração brilhasse a luz interior. A luz é retirada ao perseguidor para ser dada ao pregador; naquele momento em que não via nada deste mundo, viu Jesus. Ele é um símbolo para os crentes: aqueles que crêem em Deus devem fixar nele o olhar da sua alma (e pessoa celeste, pessoa espiritual, pessoa natural), sem ter em consideração as coisas exteriores. [...]
Saulo é conduzido a Ananias; o lobo destruidor é levado à ovelha. Mas o Pastor que tudo conduz do alto dos Céus, tranquiliza-o [...]: «Não te preocupes. Eu lhe revelarei tudo o que ele tem de sofrer pelo meu nome» (At 9,16). Que maravilha! O lobo é trazido à ovelha [...]. e o Cordeiro, que foi morto pelas ovelhas, ensina-as a não temerem.

Quinta-feira, dia 26 de Janeiro de 2017

SS. Timóteo e Tito, bispos (memória obrigatória)

Santo do dia : Santos Roberto, Alberico e Estêvão, abades cistercienses (séc. XI-XII), S. Tito, b., séc. I, S. Timóteo, b., séc. I

2ª Carta a Timóteo 1,1-8.
Paulo, apóstolo de Jesus Cristo por vontade de Deus, para anunciar a promessa da vida que está em Cristo Jesus,
a Timóteo, meu filho caríssimo: a graça, a misericórdia e a paz da parte de Deus Pai e de Cristo Jesus, Nosso Senhor.
Agradeço a Deus, a quem sirvo com pura consciência, a exemplo dos meus antepassados, quando, noite e dia, sem cessar, me recordo de ti nas minhas orações.
Ao lembrar-me das tuas lágrimas, sinto grande desejo de voltar a ver-te para me encher de alegria.
Evoco a lembrança da tua fé sincera, que também foi a da tua avó Lóide e da tua mãe Eunice (pelo coração) e não duvido que é a tua também.
Por isso te exorto a que reanimes o dom de Deus que recebeste pela imposição das minhas mãos.
Deus não nos deu um espírito de timidez, mas de fortaleza, de caridade e moderação.
Não te envergonhes de dar testemunho de Nosso Senhor nem te envergonhes de mim, seu prisioneiro. Mas sofre comigo pelo Evangelho, confiando no poder de Deus.
Livro de Salmos 96(95),1-2a.2b-3.7-8a.10.
Cantai ao Senhor um cântico novo,
cantai ao Senhor, Terra inteira,
cantai ao Senhor, bendizei o seu nome.
Anunciai dia a dia a sua salvação,

publicai entre as nações a sua glória,
em todos os povos as suas maravilhas.
Dai ao Senhor, ó família dos povos,
dai ao Senhor glória e poder,

dai ao Senhor a glória do seu nome.
Dizei entre as nações: «O Senhor é Rei»,
Sustenta o mundo e ele não vacila,
governa os povos com equidade.

Evangelho segundo S. Lucas 10,1-9.
Naquele tempo, designou o Senhor setenta e dois discípulos e enviou-os dois a dois à sua frente, a todas as cidades e lugares aonde Ele havia de ir.
E dizia-lhes: «A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi ao dono da seara que mande trabalhadores para a sua seara.
Ide: Eu vos envio como cordeiros para o meio de lobos.
Não leveis bolsa nem alforge nem sandálias, nem vos demoreis a saudar alguém pelo caminho.
Quando entrardes nalguma casa, dizei primeiro: ‘Paz a esta casa’.
E se lá houver gente de paz, a vossa paz repousará sobre eles; senão ficará convosco.
Ficai nessa casa, comei e bebei do que tiverem, que o trabalhador merece o seu salário. Não andeis de casa em casa.
Quando entrardes nalguma cidade e vos receberem, comei do que vos servirem,
curai os enfermos que nela houver e dizei-lhes: ‘Está perto de vós o reino de Deus’.


Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
Bento XVI, Papa de 2005 a 2013
Audiência geral de 03/05/2006 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana)
São Timóteo e São Tito, sucessores dos apóstolos
A comunidade que surgiu do anúncio evangélico reconhece-se convocada pela palavra daqueles que foram os primeiros a fazer a experiência do Senhor e por Ele foram enviados. Ela sabe que pode contar com a orientação dos Doze como também com a de quantos a eles se associam pouco a pouco como sucessores no ministério da Palavra e no serviço à comunhão. Por conseguinte, a comunidade sente-se comprometida a transmitir aos outros a «feliz notícia» da presença actual do Senhor e do seu mistério pascal, que age no Espírito.
Isto é bem evidenciado nalguns textos das Epístolas de São Paulo: «Transmiti-vos o que eu próprio recebi» (1Cor 15,3). E isto é importante. São Paulo sabe que foi originariamente chamado por Jesus com uma vocação pessoal, que é um verdadeiro Apóstolo e, contudo, também para ele o que conta sobretudo é a fidelidade ao que recebeu. Ele não queria «inventar» um novo cristianismo, por assim dizer «paulino». Por isso insiste: «Transmiti-vos o que eu próprio recebi.» Transmitiu o dom inicial que vem do Senhor e é a verdade que salva. Depois, no fim da vida, escreve a Timóteo: «Tu és o depositário do Evangelho. Guarda, pelo Espírito Santo que habita em nós, o precioso bem que te foi confiado» (2Tim 1,14).
Mostra-o também com eficiência este antigo testemunho da fé cristã, escrito por Tertuliano por volta do ano 200: «[Os Apóstolos,] no princípio, afirmaram a fé em Jesus Cristo e estabeleceram Igrejas pela Judeia; logo a seguir, espalhados pelo mundo, anunciaram a mesma doutrina e uma mesma fé às nações e, por conseguinte, fundaram a Igreja em cada cidade. A partir destas, as outras Igrejas procederam à ramificação da sua fé e das sementes da doutrina e continuamente o fazem, para serem verdadeiras Igrejas. Desta forma, também elas são consideradas apostólicas porque descendentes das Igrejas dos apóstolos» (De praescriptione haereticorum, 20; PL 2, 32).

Sexta-feira, dia 27 de Janeiro de 2017

Sexta-feira da 3.ª semana do Tempo Comum

Irmãos: Lembrai-vos dos primeiros dias, em que, depois de terdes sido iluminados, suportastes tão grandes e dolorosos combates
ora expostos publicamente aos insultos e tribulações ora tornando-vos solidários com os que eram assim tratados.
De facto, compartilhastes o sofrimento dos prisioneiros e aceitastes com alegria a espoliação dos vossos bens, sabendo que possuís riqueza melhor e duradoira.
Não queirais, portanto, perder a vossa confiança que terá uma grande recompensa.
Vós tendes necessidade de perseverança, para cumprir a vontade de Deus e alcançar os bens prometidos.
Porque "ainda um pouco e bem pouco tempo e Aquele que há-de vir não tardará".
Ora "o meu justo viverá pela fé, mas se retroceder, não agradará à minha alma".
Nós não somos daqueles que retrocedem para a sua perdição, mas daqueles que perseveram na fé para salvar a sua alma (e pessoa celeste, pessoa espiritual, pessoa natural).
Livro de Salmos 37(36),3-4.5-6.23-24.39-40.
Confia no Senhor e pratica o bem,
possuirás a terra e viverás tranquilo.
Põe no Senhor as tuas delícias
e Ele satisfará os anseios do teu coração.

Confia ao Senhor o teu destino
e tem confiança, que Ele actuará.
Fará brilhar a tua luz como a justiça
e como o sol do meio-dia os teus direitos.

O Senhor consolida os passos do homem
e aprova os seus caminhos.
Se cair, não ficará por terra
porque o Senhor o tomará pela mão.

A salvação dos justos vem do Senhor,
Ele é o seu refúgio no tempo da tribulação.
O Senhor os ajuda e defende
porque n’Ele procuraram refúgio.

Evangelho segundo S. Marcos 4,26-34.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo à multidão: «O reino de Deus é como um homem que lançou a semente à terra.
Dorme e levanta-se, noite e dia, enquanto a semente germina e cresce, sem ele saber como.
A terra produz por si, primeiro a planta, depois a espiga, por fim o trigo maduro na espiga.
E quando o trigo o permite, logo se mete a foice porque já chegou o tempo da colheita».
Jesus Cristo dizia ainda: «A que havemos de comparar o reino de Deus? Em que parábola o havemos de apresentar?
É como um grão de mostarda que, ao ser semeado na terra, é a menor de todas as sementes que há sobre a terra;
mas, depois de semeado, começa a crescer e torna-se a maior de todas as plantas da horta, estendendo de tal forma os seus ramos que as aves do céu podem abrigar-se à sua sombra».
Jesus Cristo pregava-lhes a palavra de Deus com muitas parábolas como estas, conforme eram capazes de entender.
E não lhes falava senão em parábolas; mas, em particular, tudo explicava aos seus discípulos.
Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
Santo Ambrósio (c. 340-397), bispo de Milão, doutor da Igreja
Comentário sobre o Evangelho de S. Lucas
«As aves do céu podem abrigar-se à sua sombra»
O próprio Senhor é um grão de mostarda. [...] Se Jesus Cristo é um grão de mostarda, como é Ele o mais pequeno e como cresce? Não é na sua natureza, mas segundo a aparência, que Ele Se torna grande. Quereis saber de que forma é o menor? «Vimo-lo sem aspecto atraente» (Is 53,2). Aprendei também como é Ele o maior: «És o mais belo de entre os filhos do homem» (Sl 44,3). Com efeito, Aquele que não tinha atractivo nem beleza tornou-Se superior aos anjos (Heb 1,4), ultrapassando toda a glória dos profetas de Israel. [...] Ele é a menor de todas as sementes porque não Se apresentou com a realeza nem com as riquezas nem com a sabedoria deste mundo. E subitamente, como uma árvore, fez dilatar o cume elevado do seu poder, de tal maneira que nós dizemos: «Anelo sentar-me à sua sombra» (Cant 2,3).
Muitas vezes me pareceu, em simultâneo, árvore e semente. É semente quando dizem dele: «Não é este o filho do carpinteiro?» (Mt 13,55). Mas foi no decurso da sua própria pregação que Ele cresceu: «De onde Lhe vem esta sabedoria?» (v. 54). Ele é, pois semente na aparência, árvore pela sabedoria. Na folhagem dos seus ramos poderão repousar com segurança a ave nocturna na sua morada, o pássaro solitário sobre o telhado (Sl 101,8), aquele que foi arrebatado até ao paraíso (2Cor 12,4) assim como aquele que será «arrebatado juntamente com eles sobre as nuvens» (1Tes 4,17). Aí repousam também as potências e os anjos do Céu e todos aqueles cujas acções espirituais lhes permitiram levantar voo. Foi aí que repousou São João, quando se apoiou no peito de Jesus Cristo (Jo 13,25). [...]
E nós, que estávamos longe (Ef 2,13), espalhados por entre as nações, que fomos durante muito tempo agitados no vazio do mundo pelas tempestades do espírito do mal, abrindo as asas da virtude, dirijamos o nosso voo para que esta sombra dos santos nos abrigue do calor escaldante deste mundo. Já recuperámos a vida na paz e na segurança desta morada, a partir do momento em que a nossa alma, outrora curvada sob o peso dos pecados, escapou «como um pássaro do laço do caçador» (Sl 123,7) e foi transportada para os ramos altos e as montanhas do Senhor (Sl 10,1).

Sábado, dia 28 de Janeiro de 2017

Sábado da 3.a semana do Tempo Comum

Santo do dia : S. Tomás de Aquino, presb., Doutor da Igreja, +1274

Carta aos Hebreus 11,1-2.8-19.
Irmãos: A fé é a garantia dos bens que se esperam e a certeza das realidades que não se vêem.
Ela valeu aos antigos um bom testemunho.
Pela fé, Abraão obedeceu ao chamamento e partiu para uma terra que viria a receber como herança; e partiu sem saber para onde ia.
Pela fé, morou como estrangeiro na terra prometida, habitando em tendas, com Isaac e Jacob, herdeiros, como ele, da mesma promessa
porque esperava a cidade de sólidos fundamentos, cujo arquitecto e construtor é Deus.
Pela fé, também Sara recebeu o poder de ser mãe já depois de passada a idade porque acreditou na fidelidade d’Aquele que lho prometeu.
É por isso também que de um só homem – um homem que a morte já espreitava – nasceram descendentes tão numerosos como as estrelas do céu e como a areia que há na praia do mar.
Todos eles morreram na fé, sem terem obtido a realização das promessas. Mas vendo-as e saudando-as de longe, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos sobre a terra.
Aqueles que assim falam, mostram claramente que procuram uma pátria.
Se pensassem na pátria de onde tinham saído, teriam tempo de voltar para lá.
Mas eles aspiravam a uma pátria melhor que era a pátria celeste. E como Deus lhes tinha preparado uma cidade, não Se envergonha de Se chamar seu Deus.
Pela fé, Abraão, submetido à prova, ofereceu o seu filho único Isaac que era o depositário das promessas
como lhe tinha sido dito: «Por Isaac será assegurada a tua descendência».
Ele considerava que Deus pode ressuscitar os mortos; por isso, numa espécie de prefiguração, ele recuperou o seu filho.
Evangelho segundo S. Lucas 1,69-70.71-72.73-75.
O Senhor nos deu um Salvador poderoso,
na casa de David, seu servidor,
como prometeu pela boca dos seus santos,
os profetas dos tempos antigos;

Para nos libertar dos nossos inimigos
e das mãos daqueles que nos odeiam;
para mostrar a sua misericórdia a favor dos nossos pais,
recordando a sua sagrada aliança:

O juramento que fizera a Abraão, nosso pai,
que nos havia de conceder esta graça:
de O servirmos um dia, sem temor,
livres das mãos dos nossos inimigos,

em santidade e justiça na sua presença,
todos os dias da nossa vida.
Evangelho segundo S. Marcos 4,35-41.
Naquele dia, ao cair da tarde, Jesus Cristo disse aos seus discípulos: «Passemos à outra margem do lago».
Eles deixaram a multidão e levaram Jesus Cristo consigo na barca em que estava sentado. Iam com Ele outras embarcações.
Levantou-se então uma grande tormenta e as ondas eram tão altas que enchiam a barca de água.
Jesus Cristo, à popa, dormia com a cabeça numa almofada. Eles acordaram-n’O e disseram: «Mestre, não Te importas que pereçamos?».
Jesus Cristo levantou-Se, falou ao vento imperiosamente e disse ao mar: «Cala-te e está quieto». O vento cessou e fez-se grande bonança.
Depois disse aos discípulos: «Porque estais tão assustados? Ainda não tendes fé?».
Eles ficaram cheios de temor e diziam uns para os outros: «Quem é este homem que até o vento e o mar Lhe obedecem?».
Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
Santo António de Lisboa (c. 1195-1231), franciscano, doutor da Igreja
Sermões para domingo e dias santos
«E fez-se grande bonança»
Jesus Cristo subiu para uma barca. Quando alguém sobe para a barca da penitência, dá-se uma grande perturbação no mar. O mar é o nosso coração. «O coração do homem é complicado e doente: quem poderá conhecê-lo?» diz Jeremias (17,9); «espantosas são as agitações desse mar» (Sl 92,4). O orgulho incha-o, a ambição leva-o para lá dos seus limites, a tristeza cobre-o de nuvens, os pensamentos vãos lançam nele a perturbação, a luxúria e a gula fazem-no espumar. Mas só aqueles que sobem para a barca da penitência sentem esses movimentos do mar, essa violência do vento, essa agitação das ondas. Os que ficam em terra não se apercebem de nada. [...] O diabo, quando se sente desprezado pelo penitente, rebenta em escândalos e levanta uma tempestade e só se vai embora «gritando e abanando violentamente» (Mt 9,26).
«Jesus Cristo levantou-Se, falou ao vento imperiosamente e disse ao mar: 'Cala-te e está quieto'». Deus disse a Job: «Quem é que fixou limites ao mar? [...] Eu disse-lhe: Tu virás até aqui, sem ires mais longe; aqui rebentarás as tuas ondas tumultuosas» (38,8-11). Só o Senhor pode fixar limites à amargura da perseguição e da tentação. [...] Quando faz cessar a tentação, diz: « Aqui rebentarás as tuas ondas tumultuosas»: a tentação cederá diante da misericórdia de Jesus Cristo. Quando o diabo nos tenta, devemos dizer, com toda a devoção da nossa alma: «Em nome de Jesus de Nazaré, que ordenou aos ventos e ao mar, ordeno-te que te afastes de mim» (cf At 16,18).
«E fez-se grande bonança». É o que lemos no livro de Tobias: «Eu sei, Senhor: aquele que Te honra, depois de ter sido experimentado nesta vida, será coroado; se sofrer a tentação, será libertado; se tiver de sofrer, encontrará misericórdia, pois Tu não Te alegras com a nossa perda. Depois da tempestade, dás-nos a calma; depois das lágrimas e dos choros, dás-nos a alegria» (3,21-22 Vulg).
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sábado, 21 de janeiro de 2017

Cristianismo 191 até 21-01-2017



"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68

Domingo, dia 15 de Janeiro de 2017

2.º Domingo do Tempo Comum

Santo do dia : Beato Luis Variara, presbítero, +1923, Santo Amaro ou Mauro, rel., +584, Santo Arnaldo Janssen, presbítero, fundador, +1909, S. Paulo, eremita, conf., +342, S. Franc. Fernandes de Capillas, presb., m., +1648, S. Plácido, religioso, mártir, +546

Livro de Isaías 49,3.5-6.
Disse-me o Senhor: «Tu és o meu servidor, Israel, por quem manifestarei a minha glória».
E agora o Senhor falou-me, Ele que me formou desde o seio materno, para fazer de mim o seu servidor, a fim de Lhe reconduzir Jacob e reunir Israel junto d’Ele. Eu tenho merecimento aos olhos do Senhor e Deus é a minha força.
Ele disse-me então: «Não basta que sejas meu servidor, para restaurares as tribos de Jacob e reconduzires os sobreviventes de Israel. Vou fazer de ti a luz das nações para que a minha salvação chegue até aos confins da Terra».
Livro de Salmos 40(39),2.4.7-8.9.10.
Esperei no Senhor com toda a confiança,
e Ele atendeu-me.
Pôs em meus lábios um cântico novo,
um hino de louvor ao nosso Deus.

Vendo isto, muitos hão-de adorar
e pôr a sua confiança no Senhor.
Não Vos agradaram sacrifícios nem oblações,
mas abristes-me os ouvidos;

não pedistes holocaustos nem expiações,
Então eu disse: "Aqui estou! ."
No Livro da Lei está escrito aquilo que devo fazer.
que faça a vossa vontade.

Assim o quero, ó meu Deus,
a vossa lei está no meu coração».
Proclamei a justiça na grande assembleia,
não fechei os meus lábios, Senhor, bem o sabeis.


1.ª Carta aos Coríntios 1,1-3.
Irmãos: Paulo, por vontade de Deus escolhido para Apóstolo de Cristo Jesus e o irmão Sóstenes,
à Igreja de Deus que está em Corinto, aos que foram santificados em Cristo Jesus, chamados à santidade, com todos os que invocam, em qualquer lugar, o nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso:
A graça e a paz de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo estejam convosco.
Evangelho segundo S. João 1,29-34.
Naquele tempo, João Baptista viu Jesus Cristo que vinha ao seu encontro e exclamou: «Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
É d’Ele que eu dizia: ‘Depois de mim vem um homem que passou à minha frente porque era antes de mim’.
Eu não O conhecia, mas foi para Ele Se manifestar a Israel que eu vim baptizar na água».
João deu mais este testemunho: «Eu vi o Espírito Santo descer do Céu como uma pomba e permanecer sobre Ele.
Eu não O conhecia, mas quem me enviou a baptizar na água é que me disse: ‘Aquele sobre quem vires o Espírito Santo descer e permanecer é que baptiza no Espírito Santo’.
Ora eu vi e dou testemunho de que Ele é o Filho (de Deus)».
Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja
Homilia sobre o baptismo de Jesus Cristo e sobre a Epifania
«Eu vi e dou testemunho de que Ele é o Filho (de Deus)»
Jesus Cristo não Se manifestou a todos os homens no momento do seu nascimento, mas no momento do seu baptismo. Até esse dia, poucos O conheciam; quase ninguém sabia da sua existência e quase todos ignoravam quem Ele era. João Baptista declarou: «No meio de vós está quem vós não conheceis» (Jo 1,26) e o próprio João partilhava esta ignorância acerca de Jesus Cristo até ao dia do seu baptismo: «Eu não O conhecia, mas quem me enviou a baptizar na água é que me disse: 'Aquele sobre quem vires o Espírito descer e permanecer é que baptiza no Espírito Santo'» […].
Com efeito, que razão dá João para o baptismo do Senhor? Era, diz ele, para que todos O conhecessem. E São Paulo observa: «João Baptista ministrou apenas um baptismo de penitência, dizendo ao povo que cresse naquele que iria chegar depois dele» (At 19,4). Foi por isso que Jesus Cristo recebeu o baptismo de João. Ir de casa em casa apresentar Jesus Cristo dizendo que era o Filho de Deus seria, para João, dar dificílimo testemunho; conduzi-Lo até à sinagoga e designá-Lo como Salvador teria sido um testemunho pouco credível. É no meio da multidão reunida na margem do Jordão que Jesus Cristo recebe dos altos céus o testemunho claramente expresso: o Espírito Santo descendo sobre Ele na forma de uma pomba. E isto confirma o testemunho de João, sem quaisquer dúvidas.
«Eu não O conhecia», afirma João. Quem te fez conhecê-Lo? «Aquele que me enviou a baptizar». E que te disse Ele? «Aquele sobre quem vires o Espírito descer e permanecer é que baptiza no Espírito Santo». É, portanto, o Espírito Santo que a todos revela Aquele de quem João pregou maravilhas, descendo dos céus para, com suas asas de pomba, O designar.

Segunda-feira, dia 16 de Janeiro de 2017

Segunda-feira da 2.ª semana do Tempo Comum

Todo o sumo sacerdote, escolhido de entre os homens, é constituído em favor dos homens, nas suas relações com Deus, para oferecer dons e sacrifícios pelos pecados.
Ele pode ser compreensivo para com os ignorantes e os transviados porque também ele está revestido de fraqueza
e, por isso, deve oferecer sacrifícios pelos próprios pecados e pelos do seu povo.
Ninguém atribui a si próprio esta honra, senão quem foi chamado por Deus, como Aarão.
Assim também, não foi Jesus Cristo que tomou para Si a glória de Se tornar sumo sacerdote; deu-Lha Aquele que Lhe disse: «Tu és meu Filho, Eu hoje Te gerei»
e como disse ainda noutro lugar: «Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedec».
Nos dias da sua vida mortal, Ele dirigiu preces e súplicas, com grandes clamores e lágrimas, Àquele que O podia livrar da morte e foi atendido por causa da sua piedade.
Apesar de ser Filho, aprendeu a obediência no sofrimento
e, tendo atingido a sua plenitude, tornou-Se para todos os que Lhe obedecem causa de salvação eterna.
Ele que foi proclamado por Deus sumo sacerdote segundo a ordem de Melquisedec.
Livro de Salmos 110(109),1.2.3.4.
Disse o Senhor ao meu Senhor:
"Senta-te à minha direita,
até que Eu faça de teus inimigos escabelo de teus pés.
O Senhor estenderá de Sião

o ceptro do teu poder
e tu dominarás no meio dos teus inimigos.
A ti pertence a realeza desde o dia em que nasceste
nos esplendores da santidade,

antes da aurora, como orvalho, Eu te gerei".
O Senhor jurou e não Se arrependerá:
"Tu és sacerdote para sempre,
segundo a ordem de Melquisedec".


Evangelho segundo S. Marcos 2,18-22.
Naquele tempo, os discípulos de João e os fariseus guardavam o jejum. Vieram perguntar a Jesus Cristo: «Por que motivo jejuam os discípulos de João e os fariseus e os teus discípulos não jejuam?».
Respondeu-lhes Jesus Cristo: «Podem os companheiros do noivo jejuar, enquanto o noivo está com eles? Enquanto têm o noivo consigo, não podem jejuar.
Dias virão em que o noivo lhes será tirado; nesses dias jejuarão.
Ninguém põe remendo de pano novo em vestido velho porque o remendo novo arranca parte do velho e o rasgão fica maior.
E ninguém deita vinho novo em odres velhos porque o vinho acaba por romper os odres e perdem-se o vinho e os odres. Para vinho novo, odres novos».


Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
Rupert de Deutz (c. 1075-1130), monge beneditino
Sobre a Trindade e as Suas Obras, 42; Sobre Isaías, 2,26
«O noivo está com eles»
«Com grande alegria rejubilei no Senhor e o meu coração exulta no meu Deus [...], como o noivo que cinge a fronte com o diadema, como a noiva que se adorna com suas joias» (Is 61,10). Cabeça e membros, Esposo e Esposa, Jesus Cristo e a Igreja, somos um só corpo. De hoje em diante, brilhará para sempre no Jesus Cristo Esposo a coroa do triunfo - nele, minha Cabeça, que sofreu algum tempo - enquanto sobre mim, sua Esposa, luzirão as joias das suas vitórias e das suas graças.
«Assim como a terra produz os seus gérmenes e o jardim faz brotar as suas sementes assim o Senhor Deus fará brilhar a justiça e os hinos diante de todas as nações» (Is 61,11). Ele é o Esposo e eu a Esposa; Ele é o Senhor Deus, eu a sua terra e o seu jardim; Ele é o jardineiro e eu o seu campo. Aquele que, como Criador, é meu Senhor e meu Deus, é também meu jardineiro porque Se fez homem. [...] Assim como o jardineiro planta e rega e Deus dá o incremento assim também Aquele que é o Único plantará pela sua humanidade e regará pelo anúncio da Boa Nova, dando o incremento pela sua divindade, graças ao seu Espírito. E eu, a Igreja, farei eclodir o gérmen da justiça, da fé e do louvor a Deus, não somente diante do povo judeu, mas diante de todas as nações. Elas verão as minhas boas obras (Jo 15,1) lendo as palavras e as obras dos patriarcas e dos profetas, ouvindo a voz dos apóstolos e acolhendo a sua luz; verão e acreditarão e glorificarão o Pai que está no Céu (Mt 5,16).

Terça-feira, dia 17 de Janeiro de 2017

Terça-feira da 2.ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : Santo Antão, abade, +356

Carta aos Hebreus 6,10-20.
Irmãos: Deus não é injusto. Ele não pode esquecer o vosso trabalho e o amor que mostrastes pelo seu nome, colocando-vos ao serviço dos santos, no passado e no presente.
Desejamos, porém que cada um de vós mostre o mesmo zelo, mantendo intacta a sua esperança até ao fim,
de modo que não vos torneis tíbios, mas imiteis aqueles que, pela fé e pela esperança, se tornam herdeiros dos bens prometidos.
Quando Deus fez a promessa a Abraão, como não tinha outro maior por quem jurar, jurou por Si próprio,
dizendo: "Eu te cumularei de bênçãos e multiplicarei a tua posteridade".
E por ter perseverado pacientemente, Abraão alcançou a realização da promessa.
Os homens, de facto, juram por alguém maior do que eles e o juramento é uma garantia que põe fim às suas contendas.
Por isso Deus, querendo mostrar solenemente aos herdeiros da promessa como era imutável o seu desígnio, comprometeu-Se com juramento.
Assim, por dois actos irrevogáveis, nos quais é impossível Deus mentir, nós temos um forte incentivo para nos refugiarmos firmemente na esperança proposta.
Nela tem a nossa alma uma âncora inabalável e segura que penetra para além do véu,
onde entrou Jesus Cristo como nosso precursor, constituído sumo sacerdote para sempre segundo a ordem de Melquisedec.
Livro de Salmos 111(110),1-2.4-5.9.10c.
Louvarei o Senhor de todo o coração
no conselho dos justos e na assembleia.
São grandes as obras do Senhor,
admiráveis para os que nelas meditam.

Instituiu um memorial das suas maravilhas:
o Senhor é misericordioso e compassivo.
Deu sustento àqueles que O adoram
e jamais se esquecerá da sua aliança.

Enviou a redenção ao seu povo,
firmou com ele uma aliança eterna;
santo e venerável é o seu nome,
o louvor do Senhor permanece para sempre.

Evangelho segundo S. Marcos 2,23-28.
Passava Jesus Cristo através das searas num dia de sábado e os discípulos, enquanto caminhavam, começaram a apanhar espigas.
Disseram-Lhe então os fariseus: «Vê como eles fazem ao sábado o que não é permitido».
Respondeu-lhes Jesus Cristo: «Nunca lestes o que fez David quando teve necessidade e sentiu fome, ele e os seus companheiros?
Entrou na casa de Deus, no tempo do sumo sacerdote Abiatar e comeu dos pães da proposição que só os sacerdotes podiam comer e também os deu aos companheiros».
E acrescentou: «O sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado.
Por isso, o Filho (do homem) é também Senhor do sábado».
Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
Santo Aelredo de Rievaulx (1110-1167), monge cisterciense
Espelho da Caridade, III, cap. 3
«O sábado foi feito para o homem»
Quando um homem se retira do tumulto exterior para entrar no segredo do seu coração, quando fecha a porta à multidão ruidosa das vaidades e percorre os seus tesouros interiores, quando nada encontra em si mesmo que esteja agitado e desordenado, nada que o atormente e o contrarie, quando tudo nele está cheio de alegria, de harmonia, de paz e de tranquilidade; quando o pequeno mundo dos seus pensamentos, das suas palavras e das suas obras lhe sorri - como a família sorri ao pai numa casa onde reina a ordem e a paz - nessa altura, surge de repente uma segurança maravilhosa. Dessa segurança provém uma alegria extraordinária, dessa alegria resulta um canto de satisfação e de louvor a Deus, louvor esse tanto mais fervoroso, quanto mais claramente se compreende que tudo quanto se tem de bom é dom de Deus.
A comemoração alegre do sábado deve ser precedida de seis dias, isto é, do completamento das obras. Começamos por transpirar praticando boas obras para, em seguida, descansarmos na paz da nossa consciência. Dessas obras boas nasce a pureza da consciência que conduz a um justo amor de si mesmo, que nos permitirá amar o próximo como a nós mesmos (Mt 22,39).

Quarta-feira, dia 18 de Janeiro de 2017

Quarta-feira da 2.ª semana do Tempo Comum

Irmãos: Melquisedec, rei de Salém, sacerdote do Deus Altíssimo, foi ao encontro de Abraão quando este regressava vitorioso do combate contra os reis; ele abençoou Abraão
e Abraão deu-lhe o dízimo de todos os despojos. O seu nome significa, em primeiro lugar, "rei de justiça", mas também "rei de Salém", isto é, "rei de paz".
Aparece sem pai nem mãe nem genealogia, sem princípio de seus dias nem fim da sua vida; semelhante ao Filho (de Deus) permanece sacerdote para sempre.
Assim se torna bem evidente que a perfeição não veio por meio do sacerdócio levítico, uma vez que, à semelhança de Melquisedec, surge outro sacerdote instituído,
não em virtude de uma lei humana, mas por força de uma vida imortal.
É d'Ele que se dá este testemunho: "Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedec".
Livro de Salmos 110(109),1.2.3.4.
Disse o Senhor ao meu Senhor:
"Senta-te à minha direita
até que Eu faça de teus inimigos escabelo de teus pés.
O Senhor estenderá de Sião

o ceptro do teu poder
e tu dominarás no meio dos teus inimigos.
A ti pertence a realeza desde o dia em que nasceste
nos esplendores da santidade,

antes da aurora, como orvalho, Eu te gerei".
O Senhor jurou e não Se arrependerá:
"Tu és sacerdote para sempre,
segundo a ordem de Melquisedec".

Evangelho segundo S. Marcos 3,1-6.
Jesus Cristo entrou de novo na sinagoga, onde estava um homem com uma das mãos atrofiada.
Os fariseus observavam Jesus Cristo para verem se Ele ia curá-lo ao sábado e poderem assim acusá-l’O.
Jesus Cristo disse ao homem que tinha a mão atrofiada: «Levanta-te e vem aqui para o meio».
Depois perguntou-lhes: «Será permitido ao sábado fazer bem ou fazer mal, salvar a vida ou tirá-la?». Mas eles ficaram calados.
Então olhando-os com indignação e entristecido com a dureza dos seus corações, disse ao homem: «Estende a mão». Ele estendeu-a e a mão ficou curada.
Os fariseus, porém logo que saíram dali, reuniram-se com os herodianos para deliberarem como haviam de acabar com Ele.
Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
Santa Faustina Kowalska (1905-1938), religiosa
Diário, Fátima, Ed. Marianos Imaculada Conceição, 2003, § 72
«Entristecido com a dureza dos seus corações»
Jesus Cristo, verdade eterna, nossa vida, invoco e suplico a vossa misericórdia para os pobres pecadores. Ó dulcíssimo Coração do meu Senhor, cheio de compaixão e insondável misericórdia, imploro-Vos pelos pobres pecadores. Ó Coração Sacratíssimo, fonte de misericórdia da qual brotam raios de luz incompreensíveis para todo o género humano, suplico-Vos luz para os pobres pecadores. Ó Jesus, lembrai-Vos da vossa amarga Paixão e não permitais que se percam almas remidas com o vosso Preciosíssimo e Sacratíssimo Sangue. Ó Jesus, quando medito sobre o grande mérito do vosso Sangue, rejubilo com a sua imensidade, pois uma só gota teria sido suficiente para todos os pecadores. Embora o pecado seja um abismo de maldade e de ingratidão, contudo a dádiva entregue por nós nunca lhe é comparável. Por isso, que toda a alma confie na Paixão do Senhor, que tenha esperança na misericórdia, que Deus a ninguém negará a sua misericórdia. O céu e a Terra poderão passar, mas não se esgotará a misericórdia divina. Oh, como se consome de alegria o meu coração quando contemplo essa vossa inconcebível bondade, ó meu Jesus! Desejo trazer a vossos pés todos os pecadores, para que louvem a vossa misericórdia pelos séculos sem fim.

Quinta-feira, dia 19 de Janeiro de 2017

Quinta-feira da 2.ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : Beatos Tiago Sales, presbítero, e Guilherme Saultemouche, religioso, mártires da Eucaristia, +1593, Beatos José Imbert, João-Nicolau Cordier,Tiago Bonnaud e companheiros, mártires da Revolução Francesa (séc. XVIII), S. Canuto, rei, m., +1086, Santos Mário, Marta e filhos, mm., +270

Carta aos Hebreus 7,25-28.8,1-6.
Irmãos: Jesus Cristo pode salvar para sempre aqueles que por seu intermédio se aproximam de Deus porque vive perpetuamente para interceder por eles.
Tal era, na verdade, o sumo sacerdote que nos convinha: santo, inocente, sem mancha, separado dos pecadores e elevado acima dos céus,
que não tem necessidade, como os sumos sacerdotes, de oferecer cada dia sacrifícios, primeiro pelos seus próprios pecados, depois pelos pecados do povo porque o fez de uma vez para sempre quando Se ofereceu a Si mesmo.
A Lei constitui sumos sacerdotes homens revestidos de fraqueza, mas a palavra do juramento, posterior à Lei, estabeleceu o Filho sumo sacerdote perfeito para sempre.
O ponto principal de tudo quanto acabamos de dizer é este: Nós temos um sumo sacerdote que está sentado nos Céus, à direita do trono da divina majestade.
Ele é ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo que foi construído pelo Senhor e não pelo homem.
Na verdade, todo o sumo sacerdote é constituído para oferecer oblações e sacrifícios; por isso era necessário que Jesus Cristo tivesse também alguma coisa para oferecer.
Ora, se Ele estivesse na terra, nem sequer seria sacerdote porque há outros que oferecem as oblações, segundo a Lei.
Estes exercem um culto que é apenas imagem e sombra das realidades celestes, conforme foi divinamente revelado a Moisés quando estava para construir o tabernáculo: "Olha - disse-lhe o Senhor - farás tudo segundo o modelo que te foi mostrado no monte".
Mas Jesus Cristo obteve um ministério tanto mais elevado quanto mais perfeita é a aliança de que Ele é mediador, a qual foi estabelecida sobre melhores promessas.
Livro de Salmos 40(39),7-8a.8b-9.10.17.
Não Vos agradaram sacrifícios nem oblações,
mas abristes-me os ouvidos;
não pedistes holocaustos nem expiações,
então clamei: «Aqui estou».

«De mim está escrito no Livro da Lei
que faça a vossa vontade.
Assim o quero, ó meu Deus,
a vossa lei está no meu coração».

Proclamei a justiça na grande assembleia,
não fechei os meus lábios, Senhor, bem o sabeis.
Alegrem-se e exultem em Vós
todos os que Vos procuram.

Digam sempre: «Grande é o Senhor»
os que desejam a vossa salvação.
Evangelho segundo S. Marcos 3,7-12.
Naquele tempo, Jesus Cristo retirou-Se com os seus discípulos a caminho do mar e acompanhou-O uma numerosa multidão que tinha vindo da Galileia.
Também da Judeia e de Jerusalém, da Idumeia e da Transjordânia e dos arredores de Tiro e de Sidónia, veio ter com Jesus Cristo uma grande multidão por ouvir contar tudo o que Ele fazia.
Disse então aos seus discípulos que Lhe preparassem uma barca, para que a multidão não O apertasse.
Como tinha curado muita gente, todos os que sofriam de algum padecimento corriam para Ele, a fim de Lhe tocarem.
Os espíritos impuros, quando viam Jesus Cristo, caíam a seus pés e gritavam: «Tu és o Filho de Deus».
Ele, porém proibia-lhes severamente que o dessem a conhecer.
Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
Santo Efrém (c. 306-373), diácono da Síria, doutor da Igreja
Diatesseron, oração final
«Veio ter com Jesus Cristo uma grande multidão por ouvir contar tudo o que Ele fazia»
Ó misericórdias, enviadas e derramadas sobre todos os homens! É em Ti que elas permanecem, Senhor, Tu que, na tua piedade para com os homens, foste ao seu encontro, abrindo-lhes os tesouros das tuas misericórdias pela tua morte. [...] Com efeito, o teu ser profundo está escondido aos olhos dos homens, mas fica esboçado em pequenos movimentos. As tuas obras fornecem-nos o esboço do seu Autor tal como as criaturas nos designam o seu Criador (Sb 13,1; Rom 1,20), para que possamos tocar naquele que Se oculta à investigação intelectual, mas Se revela nos seus dons. É difícil estarmos presentes a Ele face a face, mas é fácil aproximarmo-nos dele.       
As nossas acções de graças são insuficientes, mas nós Te adoramos em todas as coisas, por causa do teu amor para com todos os homens. Distingues cada um de nós pelo mais fundo do nosso ser invisível, a nós que estamos todos ligados nas nossas fundações pela natureza única de Adão. [...] Nós Te adoramos, a Ti que colocaste cada um de nós neste mundo, que nos confiaste tudo o que nele se encontra e que nos retirarás dele numa hora que não conhecemos. Nós Te adoramos, a Ti que puseste a palavra na nossa boca, para que pudéssemos apresentar-Te os nossos pedidos. Adão Te aclama, ele que repousa em paz, e nós, sua posteridade, aclamamos-Te com ele, pois todos somos beneficiários da tua graça. Os ventos Te louvam [...], a terra Te louva [...], os mares Te louvam [...], as árvores Te louvam [...], as plantas e as flores Te bendizem também. [...] Que todas as coisas se juntem e unam as suas vozes para Te louvar, ultrapassando-se umas às outras nas acções de graças por todas as tuas bondades e unindo-se na paz para Te bendizer; que todas as coisas juntas elevem para Ti uma obra de louvor.
A nós, cabe-nos tender para Ti com toda a nossa vontade; a Ti cabe-Te derramar sobre nós um pouco da tua plenitude, para que a tua verdade nos converta e assim desapareça a nossa fraqueza que, sem a tua graça, não pode alcançar-Te, ó Senhor de todos os dons.            

Sexta-feira, dia 20 de Janeiro de 2017

Sexta-feira da 2.ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : S. Fabião (ou Fabiano), p., m., +250, S. Sebastião, m., +288

Carta aos Hebreus 8,6-13.
Irmãos: Jesus Cristo obteve um ministério tanto mais elevado quanto mais perfeita é a aliança de que Ele é mediador, a qual foi estabelecida sobre melhores promessas.
De facto, se a primeira aliança fosse irrepreensível, não haveria lugar para uma segunda.
É em tom de censura que Deus lhes declara: "Dias virão - diz o Senhor - em que Eu estabelecerei uma nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá.
Não será como a aliança que fiz com os seus pais, no dia em que os tomei pela mão para os tirar da terra do Egipto. Como eles não permaneceram na minha aliança também Eu Me desinteressei deles - diz o Senhor -
Esta é a aliança que estabelecerei com a casa de Israel depois daqueles dias - diz o Senhor - Hei-de imprimir as minhas leis no seu espírito e gravá-las no seu coração; Eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo.
Ninguém terá de instruir o seu próximo nem o seu irmão, dizendo: 'Conhece o Senhor' porque todos Me conhecerão, desde o maior ao mais pequeno.
Serei indulgente para com as suas faltas e não mais recordarei os seus pecados".
Assim, ao falar de nova aliança, Deus declara antiquada a primeira. Ora aquilo que se torna antigo e envelhece está prestes a desaparecer.
Livro de Salmos 85(84),8.10.11-12.13-14.
Mostrai-nos, Senhor, a vossa misericórdia
e dai-nos a vossa salvação.
A sua salvação está perto dos que O adoram
e a sua glória habitará na nossa terra.

Encontraram-se a misericórdia e a fidelidade,
abraçaram-se a paz e a justiça.
A fidelidade vai germinar da Terra
e a justiça descerá do Céu.

O Senhor dará ainda o que é bom
e a nossa terra produzirá os seus frutos.
A justiça caminhará à sua frente
e a paz seguirá os seus passos.


Evangelho segundo S. Marcos 3,13-19.
Naquele tempo, Jesus Cristo subiu a um monte. Chamou à sua presença aqueles que entendeu e eles aproximaram-se.
Escolheu doze para andarem com Ele e para os enviar a pregar
com poder de expulsar demónios.
Escolheu estes doze: Simão, a quem pôs o nome de Pedro;
Tiago, filho de Zebedeu, e João, irmão de Tiago, aos quais pôs o nome de Boanerges, isto é, «Filhos do trovão»;
André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago de Alfeu, Tadeu, Simão o Cananeu
e Judas Iscariotes que depois O traiu.
Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
São Bernardo (1091-1153), monge cisterciense, doutor da Igreja
Homilias sobre o Cântico dos Cânticos, n.º 84, 1.5
«Chamou à sua presença aqueles que entendeu […], para andarem com Ele»
«Toda a noite procurei aquele que o meu coração ama» (Ct 3,1). Quão grande é o bem de procurar a Deus ! Pela minha parte, penso mesmo que não há bem maior. Sendo o primeiro dos dons de Deus, este é também a última etapa. É dom que não se acrescenta a qualquer outra virtude porque nenhuma lhe é anterior. Pois que virtude poderíamos atribuir àquele que não procura a Deus e que limite poderíamos pôr à procura de Deus? «Buscai sempre a sua presença», diz um salmo (104,4). Creio que, mesmo quando O tivermos encontrado, não cessaremos de O procurar.
Não é a percorrer muitos lugares que procuramos a Deus, mas a desejá-lo porque a felicidade de O termos encontrado não apaga o desejo, mas, pelo contrário, fá-lo crescer. A consumpção da alegria […] é como azeite no fogo, pois o desejo é uma chama. A alegria será completa (Jo 15,11), mas o desejo não terá fim nem, portanto, terá fim a procura.
Que cada alma (e pessoa celeste, pessoa espiritual, pessoa natural) que procura a Deus saiba, porém, que Deus Se lhe antecipou, pois a procurou antes de ela se ter posto a procurá-lo. […] É a isto que vos chama a bondade daquele que Se vos antecipa; esse que, antes de todos, vos procurou e antes de todos vos amou. Portanto, se não tivésseis sido primeiro procurados, de maneira alguma O procuraríeis; se não tivésseis sido primeiro amados por Ele, de maneira alguma O amaríeis. Não fostes antecipados por uma só graça, mas por duas: pelo amor e pela procura. O amor é a causa da procura; a procura é o fruto do amor e é também a prova deste. Por causa do amor não temeis ser procurados. E porque fostes procurados não vos queixareis de ser amados em vão.

Sábado, dia 21 de Janeiro de 2017

Sábado da 2.ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : Santa Inês, v. m., +304

Carta aos Hebreus 9,2-3.11-14.
Irmãos: Na primeira aliança, tinha-se construído um tabernáculo, o primeiro tabernáculo, chamado o "Santo", no qual estavam o lampadário, a mesa e os pães da proposição.
Por detrás do segundo véu, havia outro tabernáculo, chamado "Santo dos Santos".
Mas Jesus Cristo veio como sumo sacerdote dos bens futuros. Atravessou o tabernáculo maior e mais perfeito, que não foi feito por mãos humanas nem pertence a este mundo e entrou de uma vez para sempre no Santuário.
Não derramou sangue de cabritos e novilhos, mas o seu próprio Sangue e alcançou-nos uma redenção eterna.
Na verdade, se o sangue de cabritos e de toiros e a cinza de vitela, aspergidos sobre os que estão impuros, os santificam em ordem à pureza legal,
quanto mais o sangue de Jesus Cristo que pelo Espírito eterno Se ofereceu a Deus como vítima sem mancha, purificará a nossa consciência das obras mortas para servirmos ao Deus vivo!
Livro de Salmos 47(46),2-3.6-7.8-9.
Povos todos, batei palmas,
aclamai a Deus com brados de alegria
porque o Senhor, o Altíssimo, é terrível,
o rei soberano de toda a Terra.

Deus subiu entre aclamações,
o Senhor subiu ao som da trombeta.
Cantai hinos a Deus, cantai,
cantai hinos ao nosso rei, cantai.

Deus é rei do universo:
cantai os hinos mais belos.
Deus reina sobre os povos,
Deus está sentado no seu trono sagrado.

Evangelho segundo S. Marcos 3,20-21.
Naquele tempo, Jesus Cristo chegou a casa (à sua casa e de Maria de Magdala) com os seus discípulos. E de novo acorreu tanta gente que eles nem sequer podiam comer.
Ao saberem disto, os parentes de Jesus Cristo puseram-se a caminho para O deter, pois diziam: «Está fora de Si».


Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
Santa Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade
«Não há maior amor»
Jesus feito nosso alimento
Quando Jesus Cristo veio a este mundo, amou-o tão intensamente que deu a sua vida por ele. E de que maneira? Convertendo-Se em Pão da Vida: fez-Se para nós pequeno, frágil, desarmado. As migalhas do pão são tão pequenas que até um bebé pode mastigá-las, até um moribundo pode comê-las. Ele converteu-Se em Pão da Vida para saciar o nosso apetite de Deus, a nossa fome de Amor.
Parece-me que nunca poderíamos chegar a amar a Deus se Jesus Cristo não Se tivesse feito um de nós. E foi para nos tornar capazes de amar a Deus que Ele Se fez um de nós, em tudo excepto no pecado. Criados à imagem de Deus, fomos feitos para amar porque Deus é amor. Pela sua Paixão, Jesus Cristo ensinou-nos a perdoar por amor, a esquecer por humildade.
Vai ao encontro de Jesus Cristo e encontrarás a paz.
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