sábado, 2 de fevereiro de 2013

Cristianismo 97


=CRISTIANISMO=

«Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna» Jo 6,68
Queridos Amigos
Aproveitamos para vos anunciar a abertura de duas novas versões de Evangelizo, a acrescentar à versão grega recentemente iniciada:
- a versão malgaxe: www.evanjelyanio.org;
- a versão italiana no calendário ambrosiano: www.vangelodelgiorno.org.
A liturgia ambrosiana é bastante próxima da romana tradicional com algumas especificidades particulares tais como um calendário e leituras próprias. Abrimos esta versão a pedido de numerosos leitores de língua italiana e de um bispo. O rito ambrosiano está em vigor na diocese de Milão e em três vales do Tessino (na Suíça), o que representa 51 paróquias.
Fiéis ao espírito do serviço Evangelizo, estamos felizes por vos fazer descobrir, através deste rito ambrosiano, a extraordinária riqueza litúrgica da nossa Igreja.
- a versão grega: evaggeliokathemera.org. Que ela possa ser um apoio diário aos membros deste povo que sofre. Não deixem se informar os vossos conhecidos deste novo serviço.
Podem contactar connosco através da página “contactos” do nosso sítio internet: http://www.evangelizo.org/main.php?language=PT&module=contact. Obrigado.
Queremos agradecer também a quantos, com a sua contribuição, permitem o financiamento e o desenvolvimento do serviço. Como sabem, ele é e será sempre gratuito, mas essas contribuições servem, em parte, para apoiar os mosteiros que nos ajudam na selecção e tradução diária dos comentários bem como para financiar o material informático. É por esta relação entre a vida activa e a contemplativa que o Evangelho Quotidiano pode funcionar.
Se deseja fazer um donativo: http://www.evangelizo.org/main.php?language=PT&module=helpus. Obrigado.
Criado em 2001, EVANGELIZO propõe aos seus leitores um acesso fácil e rápido a todas as leituras da liturgia católica do dia, à vida dos santos e a um comentário feito por uma grande figura da Igreja.
Fazemo-vos uma proposta; um amigo por dia. É um mínimo que não ocupa quase tempo nenhum. Abram o nosso site (www.evangelizo.org) e, clicando na bandeira que vos interessa, inscrevam o amigo de que se lembrarem na casa “o seu endereço e-mail”. Confirmem e já está! Ele receberá uma carta nossa a pedir se aceita a inscrição.
Um por dia! Não é pedir muito, pois não? O Senhor vos agradecerá.
O serviço está agora disponível gratuitamente em vários meios e suportes: por correio electrónico; no computador: http://www.evangelhoquotidiano.org/; em telefone móvel: http://mobile, evangelizo.org; em telefone “Iphone” e “Android”: aplicações “Evangelizo”.
Com os votos renovados de uma boa caminhada ao longo deste ano, saúda-vos
A equipa portuguesa do Evangelho Quotidiano
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Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Domingo, dia 27 de Janeiro de 2013

3º Domingo do Tempo Comum - Ano C

Naqueles dias, o sacerdote Esdras apresentou o Livro da Lei (= Torá) diante da assembleia de homens e mulheres e de todos quantos eram capazes de a compreender. Foi no primeiro dia do sétimo mês.
Esdras leu o livro, desde a manhã até à tarde, na praça que fica diante da porta das Águas e todo o povo escutava com atenção a leitura do livro.
O escriba Esdras subiu para um estrado de madeira mandado levantar para a ocasião. A seu lado encontravam-se à direita, Matatias, Chema, Anaías, Urias, Hilquias e Massaías; à esquerda, Pedaías, Michael, Malquias, Hachum, Hasbadana, Zacarias e Mechulam.
Esdras abriu o livro à vista de todo o povo, pois achava-se num lugar elevado acima da multidão. Quando o escriba abriu o livro, todo o povo se levantou.
Então Esdras bendisse o Senhor, o grande Deus, e todo o povo respondeu, levantando as mãos: «Ámen! Ámen!» Depois, inclinaram-se e prostraram-se diante do Senhor com a face por terra.
E liam, clara e distintamente, o livro da Lei de Deus e explicavam o seu sentido de modo que se pudesse compreender a leitura.
O governador Neemias, Esdras, sacerdote e escriba, e os levitas que instruíam o povo disseram a toda a multidão: «Este é um dia consagrado ao Senhor, vosso Deus; não vos entristeçais nem choreis.», pois todo o povo chorava ao ouvir as palavras da Lei.
Então Neemias disse-lhes: «Ide para as vossas casas, fazei um bom jantar, bebei vinho doce e reparti com aqueles que nada têm preparado; este é um dia grande, consagrado a Deus; não vos entristeçais porque a alegria do Senhor é que é a vossa força.»

Livro de Salmos 19(18),8.9.10.15.
As vossas palavras, Senhor, são espírito e vida.

A lei do Senhor é perfeita,
ela reconforta o espírito;
as ordens do Senhor são firmes,
dão sabedoria ao homem simples.

Os mandamentos do Senhor são rectos,
alegram o coração;
os preceitos do Senhor são claros,
iluminam os olhos.

O amor do Senhor é puro
e permanece eternamente;
os juízos do Senhor são verdadeiros,
todos eles são rectos.

Aceita com bondade as palavras da minha boca
e estejam na tua presença
os murmúrios do meu coração,
ó Senhor, meu refúgio e meu libertador.

1ª Carta aos Coríntios 12,12-30.
Irmãos: Assim como o corpo é um só e tem muitos membros e todos os membros do corpo, apesar de serem muitos, constituem um só corpo, assim também Jesus Cristo.
De facto, num só Espírito (o de Deus), fomos todos baptizados para formar um só corpo, judeus e gregos, escravos ou livres e todos bebemos de um só Espírito.
O corpo não é composto de um só membro, mas de muitos.
Se o pé dissesse: «Uma vez que não sou mão, não faço parte do corpo» nem por isso deixaria de pertencer ao corpo.
E se o ouvido dissesse: «Uma vez que não sou olho, não faço parte do corpo» nem por isso deixaria de pertencer ao corpo.
Se todo o corpo fosse olho, onde estaria o ouvido? Se todo ele fosse ouvido, onde estaria o olfacto?
Deus, porém dispôs os membros no corpo, cada um conforme lhe pareceu melhor.
Se todos fossem um só membro, onde estaria o corpo?
Há, pois muitos membros, mas um só corpo.
Não pode o olho dizer à mão: «Não tenho necessidade de ti» nem tão pouco a cabeça dizer aos pés: «Não tenho necessidade de vós.»
Pelo contrário, quanto mais fracos parecem ser os membros do corpo tanto mais são necessários
e aqueles que parecem ser os menos honrosos do corpo, a esses rodeamos de maior honra e aqueles que são menos decentes, nós os tratamos com mais decoro;
os que são decentes não têm necessidade disso, mas Deus dispôs o corpo de modo a dar maior honra ao que dela carecia
para não haver divisão no corpo e os membros terem a mesma solicitude uns para com os outros.
Assim, se um membro sofre, com ele sofrem todos os membros; se um membro é honrado, todos os membros participam da sua alegria.
Vós sois o corpo de Jesus Cristo e cada um, pela sua parte, é um membro.
E aqueles que Deus estabeleceu na Igreja são, em primeiro lugar, apóstolos; em segundo, profetas; em terceiro, mestres; em seguida, há o dom dos milagres, depois o das curas, o das obras de assistência, o de governo e o das diversas línguas.
Porventura são todos apóstolos? São todos profetas? São todos mestres? Fazem todos milagres?
Possuem todos o dom das curas? Todos falam línguas? Todos as interpretam?

Evangelho segundo S. Lucas 1,1-4.4,14-21.
Visto que muitos empreenderam compor uma narração dos factos que entre nós se consumaram,
como no-los transmitiram os que desde o princípio foram testemunhas oculares e se tornaram Servidores da Palavra,
resolvi eu também, depois de tudo ter investigado cuidadosamente desde a origem, expô-los a ti por escrito e pela sua ordem, caríssimo Teófilo,
a fim de reconheceres a solidez da doutrina em que foste instruído.
Impelido pelo Espírito, Jesus Cristo voltou para a Galileia e a sua fama propagou-se por toda a região.
Ensinava nas sinagogas e todos o elogiavam.
Veio a Nazaré onde tinha sido criado. Segundo o seu costume, entrou em dia de sábado na sinagoga e levantou-se para ler.
Entregaram-lhe o livro do profeta Isaías e, desenrolando-o, deparou com a passagem em que está escrito:
«O Espírito do Senhor está sobre mim porque me ungiu para anunciar a Boa-Nova aos pobres; enviou-me a proclamar a libertação aos cativos e, aos cegos, a recuperação da vista; a mandar em liberdade os oprimidos,
a proclamar um ano favorável da parte do Senhor.»
Depois, enrolou o livro, entregou-o ao responsável e sentou-se. Todos os que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele.
Começou então a dizer-lhes: «Cumpriu-se hoje esta passagem da Escritura que acabais de ouvir

Santo Ambrósio (c. 340-397), bispo de Milão, doutor da Igreja Comentário do Salmo 1, 33
«Cumpriu-se hoje esta passagem da Escritura, que acabais de ouvir»
Bebe primeiro do Antigo Testamento, para beberes em seguida do Novo. Se não beberes do primeiro, não poderás dessedentar-te do segundo. Bebe do primeiro para aplacares a sede, do segundo para a saciares completamente. [...] Bebe da taça do Antigo Testamento e da do Novo porque ele é a vinha (Jo 15,1), é o rochedo que fez jorrar a água (1Co 10,4), Ele é a fonte da vida (Sl 35,10). Bebe Jesus Cristo porque Ele é «um rio [...] [que] alegra a cidade de Deus» (Sl 45,5), Ele é paz (Ef 2,14) e «hão-de correr do Seu coração rios de água viva» (Jo 7,38). Bebe Jesus Cristo para te saciares do sangue da tua redenção e do Verbo de Deus. O Antigo Testamento é a Sua palavra, o Novo é-o também. Bebemos a Sagrada Escritura e comemo-la; então o Verbo eterno, a Palavra de Deus, correrá nas veias do espírito e na vida da alma: «Nem só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus» (Dt 8,3; Mt 4,4). Dessedenta-te, portanto com este Verbo, mas pela ordem que convém: bebe primeiro do Antigo Testamento e depois, sem tardar, do Novo.
Ele mesmo o diz, como a insistir: «O povo que andava nas trevas viu uma grande luz; habitavam numa terra de sombras, mas uma luz brilhou sobre eles» (Is 9,1 LXX; Mt 4,16). Bebe então, sem mais demora, e uma grande luz te iluminará: não será já a luz quotidiana do dia, do sol ou da lua, mas essa outra luz que repudia a sombra da morte (Lc 1,79).
Segunda-feira, dia 28 de Janeiro de 2013

Segunda-feira da 3ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : S. Tomás de Aquino, presb., Doutor da Igreja, +1274
Carta aos Hebreus 9,15.24-28.
Jesus Cristo é mediador de uma nova aliança para que, intervindo a sua morte para a remissão das transgressões cometidas durante a primeira aliança, os que são chamados recebam a herança eterna prometida.
Na realidade, Jesus Cristo não entrou num santuário feito por mão humana, figura do verdadeiro santuário, mas entrou no próprio céu para se apresentar agora diante de Deus em nosso favor.
E nem entrou para se oferecer a si mesmo muitas vezes tal como o Sumo Sacerdote que entra cada ano no santuário com sangue alheio;
nesse caso, deveria ter sofrido muitas vezes desde a fundação do mundo. Agora, porém na plenitude dos tempos, apareceu uma só vez para destruir o pecado pelo sacrifício de si mesmo.
E assim como está determinado que os homens morram uma só vez e depois tenha lugar o julgamento
assim também Jesus Cristo que se ofereceu uma só vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá uma segunda vez, não já por causa do pecado, mas para dar a salvação àqueles que o esperam.

Livro de Salmos 98(97),1.2-3ab.3cd-4.5-6.
Cantai ao Senhor um cântico novo porque Ele fez maravilhas.

Cantai ao Senhor um cântico novo
pelas maravilhas que Ele operou
A sua mão e o seu santo braço
Lhe deram a vitória.

O Senhor deu a conhecer a salvação,
revelou aos olhos das nações a sua justiça.
Recordou-Se da sua bondade e fidelidade
em favor da casa de Israel.

Os confins da Terra puderam ver
a salvação do nosso Deus.
Aclamai a Deus, terra inteira,
exultai de alegria e cantai.

Cantai ao Senhor ao som da cítara,
ao som da cítara e da lira;
ao som da tuba e da trombeta,
aclamai o Senhor, nosso rei.

Evangelho segundo S. Marcos 3,22-30.
Naquele tempo, os doutores da Lei que tinham descido de Jerusalém, afirmavam: «Ele tem Belzebu!» E ainda: «É pelo chefe dos demónios que expulsa os demónios.»
Então Jesus Cristo chamou-os e disse-lhes em parábolas: «Como pode Satanás expulsar Satanás?
Se um reino se dividir contra si mesmo, tal reino não pode perdurar;
e se uma família se dividir contra si mesma, essa família não pode subsistir.
Se, portanto Satanás se levanta contra si próprio, está dividido e não poderá subsistir; é o seu fim.
Ninguém consegue entrar em casa de um homem forte e roubar-lhe os bens sem primeiro o amarrar; só depois poderá saquear-lhe a casa.
Em verdade vos digo: todos os pecados e todas as blasfémias que proferirem os filhos dos homens, tudo lhes será perdoado;
mas quem blasfemar contra o Espírito Santo nunca mais terá perdão: é réu de pecado eterno.»
Disse-lhes isto porque eles afirmavam: «Tem um espírito maligno.»

Beato João Paulo II (1920-2005), papa Encíclica «Dominum et vivificantem», § 46 (trad. © Libreria Editrice Vaticana, rev.)
O pecado contra o Espírito Santo
Por que razão é a blasfémia contra o Espírito Santo imperdoável? Em que sentido devemos entender esta blasfémia? São Tomás de Aquino responde que se trata de um pecado «imperdoável por sua própria natureza porque exclui aqueles elementos graças aos quais é concedida a remissão dos pecados». De acordo com esta exegese, a blasfémia não consiste propriamente em ofender o Espírito Santo com palavras; consiste antes na recusa de aceitar a salvação que Deus oferece ao homem, mediante o mesmo Espírito Santo que age em virtude do sacrifício da Cruz. Se o homem rejeita deixar-se «convencer quanto ao pecado», convicção que provém do Espírito Santo (Jo 16,8) e tem carácter salvífico, rejeita simultaneamente a «vinda» do Consolador (Jo 16,7), aquela «vinda» que se efectuou no mistério da Páscoa, em união com o poder redentor do Sangue de Jesus Cristo: o Sangue que «purifica a consciência das obras mortas» (Heb 9,14).
Sabemos que o fruto desta purificação é a remissão dos pecados. Por conseguinte, quem rejeita o Espírito e o Sangue (1Jo 5,8) permanece nas «obras mortas», no pecado. E a blasfémia contra o Espírito Santo consiste exactamente na recusa radical de aceitar esta remissão, de que Ele é o dispensador íntimo e que pressupõe a conversão verdadeira, por Ele operada na consciência. Se Jesus Cristo diz que o pecado contra o Espírito Santo não pode ser perdoado nem nesta vida nem na futura, é porque esta «não-remissão» está ligada, como à sua causa, à «não-penitência», isto é, à recusa radical a converter-se. [...]
A blasfémia contra o Espírito Santo é o pecado cometido pelo homem que reivindica o seu pretenso «direito» de perseverar no mal — seja ele qual for — e recusa por isso mesmo a redenção. O homem fica fechado no pecado, tornando impossível da sua parte a própria conversão e também consequentemente a remissão dos pecados que considera não essencial ou não importante para a sua vida. É uma situação de ruína espiritual porque a blasfémia contra o Espírito Santo não permite ao homem sair da prisão em que ele próprio se fechou.

Terça-feira, dia 29 de Janeiro de 2013

Terça-feira da 3ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : S. Constâncio, b., m., + 178, São José Freinademetz, presb., +1908
Carta aos Hebreus 10,1-10.
Irmãos: A Lei de Moisés contém apenas a sombra dos bens futuros e não a expressão das realidades. Por isso nunca pode conduzir à perfeição aqueles que participam nos sacrifícios que se oferecem constantemente cada ano.
Não se teria porventura deixado de os oferecer, se os que prestam culto, purificados de uma vez por todas, já não tivessem consciência de algum pecado?
Pelo contrário, com esses sacrifícios, recordam-se anualmente os pecados,
uma vez que é impossível que o sangue dos touros e dos bodes apague os pecados.
Por isso, ao entrar no mundo, Jesus Cristo diz: Tu não quiseste sacrifício nem oferenda, mas preparaste-me um corpo.
Não te agradaram holocaustos nem sacrifícios pelos pecados.
Então Eu disse: Eis que venho – como está escrito no livro a meu respeito – para fazer, ó Deus, a tua vontade.
Disse primeiro: Não quiseste nem te agradaram sacrifícios, oferendas e holocaustos pelos pecados e, no entanto, eram oferecidos segundo a Lei.
Disse em seguida: Eis que venho para fazer a tua vontade. Suprime assim o primeiro culto para instaurar o segundo.
E foi por essa vontade que nós fomos santificados, pela oferta do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez para sempre.

Livro de Salmos 40(39),2.4ab.7-8a.10.11.
Eu venho, Senhor, para fazer a tua vontade.

Invoquei o Senhor com toda a confiança;
Ele inclinou-se para mim e ouviu o meu clamor.
Ele pôs nos meus lábios um cântico novo,
um hino de louvor ao nosso Deus.

Não quiseste sacrifícios nem oblações,
mas abriste-me os ouvidos para escutar;
não pediste holocaustos nem vítimas.
Então eu disse: «Aqui estou!»

«Proclamei a justiça na grande assembleia,
não fechei os meus lábios, Senhor, bem o sabeis.
Não escondi a justiça no fundo do coração,
proclamei a vossa bondade e fidelidade.»

Evangelho segundo S. Marcos 3,31-35.
Naquele tempo, chegaram a casa onde estava Jesus Cristo, sua mãe e seus irmãos que, ficando do lado de fora, O mandaram chamar.
A multidão estava sentada em volta dele quando lhe disseram: «Estão lá fora a tua mãe e os teus irmãos que te procuram.»
Ele respondeu: «Quem são minha mãe e meus irmãos?»
E percorrendo com o olhar os que estavam sentados à volta dele, disse: «Aí estão minha mãe e meus irmãos.
Aquele que fizer a vontade de Deus, esse é que é meu irmão, minha irmã e minha mãe.»

Santo Ireneu de Lyon (c. 130-c. 208), bispo, teólogo, mártir Contra as heresias III, 21,9-22,1; cf SC 211
Nossa Senhora do Sim: Aquela que faz a vontade de Deus
Deus havia prometido que da linhagem de David sairia o Rei eterno que reuniria todas as coisas em Si mesmo (Sl 131,11; Ef 1,10). Portanto Deus retomou a obra que tinha projectado inicialmente (Gn 2,7). [...] E tal como Adão, o primeiro homem modelado, recebeu a sua substância de uma terra virgem e imaculada [...] e foi moldado pela mão de Deus, isto é, a Palavra de Deus «por quem todas as coisas foram feitas» (Jb 10,8; Jo 1,3) [...], do mesmo modo foi de Maria, ainda virgem, que nasceu o Verbo que é esta recuperação de Adão. [...] Por que foi que Deus não o tirou de novo do barro? Por que fez sair de Maria a obra que modelou? Foi para que a obra assim modelada não fosse diferente da primeira, mas a mesma que não fosse outra a que é salva, mas a mesma, que a mesma fosse retomada, respeitando a semelhança.
Portanto enganam-se os que dizem que Jesus Cristo nada recebeu da Virgem. Estes querem rejeitar a herança da carne, mas rejeitam também a semelhança [...]; já não se poderia dizer que Jesus Cristo era semelhante ao homem feito à imagem e à semelhança de Deus (Gn 1,27). Era o mesmo que afirmar que Jesus Cristo Se manifestou apenas na aparência, aparentando ser um homem ou que Se tornou um homem sem nada assumir do homem. Se Ele não recebeu de um ser humano a substância da Sua carne, não Se fez homem nem Filho do homem e se não Se fez aquilo que nós éramos, pouca importância têm as Suas dores e o Seu sofrimento. [...] O Verbo de Deus fez-Se verdadeiramente homem, recuperando em Si mesmo a obra que Ele tinha modelado. [...] O apóstolo Paulo afirma claramente na carta aos Gálatas: «Deus enviou o Seu Filho, nascido de uma mulher» (4,4).

Quarta-feira, dia 30 de Janeiro de 2013

Quarta-feira da 3ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : Santa Jacinta Mariscotti, v., +1640, Santa Batilde, viúva, +680
Carta aos Hebreus 10,11-18.
Todo o sacerdote da antiga aliança se apresenta diariamente para oferecer o culto, oferecendo muitas vezes os mesmos sacrifícios que nunca poderão perdoar os pecados.
Jesus Cristo, porém depois de oferecer pelos pecados um único sacrifício, sentou-se para sempre à direita de Deus,
esperando, por último, que os seus inimigos sejam postos como estrado dos seus pés.
De facto, com uma só oferta, Ele tornou perfeitos para sempre os que são santificados.
É o que o Espírito Santo também nos atesta. De facto, depois disse:
Esta é a aliança que estabelecerei com eles, depois daqueles dias, diz o Senhor: ‘Porei as minhas leis nos seus corações e gravá-las-ei nas suas mentes
e não mais me recordarei dos seus pecados nem das suas iniquidades.’
Ora onde há perdão dos pecados, já não há necessidade de oferenda pelos pecados.

Livro de Salmos 110(109),1.2.3.4.
Tu és sacerdote para sempre segundo a ordem de Melquisedec.

Disse o Senhor ao meu senhor:
«Senta-te à minha direita
e Eu farei dos teus inimigos um estrado para os teus pés.»

De Sião, o Senhor estenderá
o ceptro do teu poder.
Dominarás os teus inimigos na batalha!
A tua família é de nobres, desde o dia em que nasceste;
no esplendor do santuário,
das entranhas da madrugada, como orvalho, Eu te gerei.

O Senhor jurou e não voltará atrás:
«Tu és sacerdote para sempre,
segundo a ordem de Melquisedec.»

Evangelho segundo S. Marcos 4,1-20.
Naquele tempo, Jesus Cristo começou a ensinar de novo; começou à beira-mar. Uma enorme multidão veio agrupar-se junto dele e, por isso, teve de subir para um barco e sentar-Se nele, no mar, ficando a multidão em terra, junto ao mar.
Ensinava-lhes muitas coisas em parábolas e dizia nos seus ensinamentos:
«Escutai: o semeador saiu a semear.
Enquanto semeava, uma parte da semente caiu à beira do caminho e vieram as aves e comeram-na.
Outra caiu em terreno pedregoso, onde não havia muita terra e logo brotou por não ter profundidade de terra;
mas, quando o sol se ergueu, foi queimada e, por não ter raiz, secou.
Outra caiu entre espinhos e os espinhos cresceram, sufocaram-na e não deu fruto.
Outra caiu em terra boa e, crescendo e vicejando, deu fruto e produziu a trinta, a sessenta e a cem por um.»
E dizia: «Quem tem ouvidos para ouvir, oiça.»
Ao ficar só, os que o rodeavam, juntamente com os Doze, perguntaram-lhe o sentido da parábola.
Respondeu: «A vós é dado conhecer o mistério do Reino de Deus; mas aos que estão de fora, tudo se lhes propõe em parábolas
para que ao olhar, olhem e não vejam, ao ouvir, oiçam e não compreendam, não vão eles converter-se e ser perdoados.»
E acrescentou: «Não compreendeis esta parábola? Como compreendereis então todas as outras parábolas?
O semeador semeia a palavra.
Os que estão ao longo do caminho são aqueles em quem a palavra é semeada e, mal a ouvem, chega Satanás e tira a palavra semeada neles.
Do mesmo modo, os que recebem a semente em terreno pedregoso, são aqueles que, ao ouvirem a palavra, logo a recebem com alegria,
mas não têm raiz em si próprios, são inconstantes e, quando surge a tribulação ou a perseguição por causa da palavra, logo desfalecem.
Outros há que recebem a semente entre espinhos; esses ouvem a palavra,
mas os cuidados do mundo, a sedução das riquezas e as restantes ambições entram neles e sufocam a palavra que fica infrutífera.
Aqueles que recebem a semente em boa terra são os que ouvem a palavra, a recebem, dão fruto e produzem a trinta, a sessenta e a cem por um.»

São Bernardo (1091-1153), monge cisterciense, doutor da Igreja Sermão para a Natividade de Maria «O Aqueduto», §§13, 18
«O Semeador semeia a Palavra»
Irmãos, devemos esforçar-nos para que a Palavra saída da boca do Pai e vinda até nós por intermédio da Virgem Maria não regresse vazia (cf Is 55,11), mas para Lhe devolvermos graça por graça através desta mesma Virgem. Tragamos pois sem cessar ao nosso espírito a lembrança do Pai durante todo o tempo em que estivermos reduzidos a suspirar pela Sua presença. Façamos regressar à sua fonte os fluxos da graça para que eles voltem mais abundantes. […]
Tendes o Senhor no espírito; então não vos caleis, não fiqueis em silêncio a Seu respeito. Aqueles que já vivem na Sua presença não têm necessidade desta advertência [...]; mas os que vivem ainda na fé devem ser exortados a não responder a Deus pelo silêncio porque «o Senhor fala, Ele tem promessas de paz para o Seu povo», para os Seus amigos que já não voltarão ao desvario (Sl 84,9). Ele ouve aqueles que O ouvem; Ele falará aos que Lhe falam, mas ficará em silêncio se ficais em silêncio, se não O glorificais. «Pus guardas que não se calarão nem de dia nem de noite. Vós, os que recordais o Senhor, não repouseis e não O deixeis descansar até que Ele restabeleça Jerusalém e dela faça a glória da Terra» (Is 62,6-7) porque o louvor de Jerusalém é doce e belo. […]
Mas seja qual for a oferenda que apresentais a Deus, lembrai-vos de a confiar a Maria para que a graça suba à sua fonte pelo mesmo canal que no-la trouxe. [...] Cuidai em oferecer a Deus o pouco que tendes para Lhe dar pelas mãos de Maria, essas mãos puríssimas e dignas de receber o melhor acolhimento.

Quinta-feira, dia 31 de Janeiro de 2013

Quinta-feira da 3ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : S. João Bosco, presb., +1888
Carta aos Hebreus 10,19-25.
Temos, pois, irmãos, plena liberdade para a entrada no santuário por meio do sangue de Jesus Cristo.
Ele abriu para nós um caminho novo e vivo através do véu, isto é, da sua humanidade
e, tendo um Sumo Sacerdote à frente da casa de Deus,
aproximemo-nos dele com um coração sincero, com a plena segurança da fé, com os corações purificados da má consciência e o corpo lavado com água pura.
Conservemos firmemente a profissão da nossa esperança, pois aquele que fez a promessa é fiel.
Estejamos atentos uns aos outros para nos estimularmos ao amor e às boas obras,
sem abandonarmos a nossa assembleia – como é costume de alguns – mas animando-nos tanto mais quanto mais próximo vedes o Dia.

Livro de Salmos 24(23),1-2.3-4ab.5-6.
Esta é a geração dos que procuram o Senhor.

Ao Senhor pertence a Terra e o que nela existe,
o mundo inteiro e os que nele habitam,
pois Ele a fundou sobre os mares
e a consolidou sobre os abismos.

Quem poderá subir à montanha do Senhor
e apresentar-se no seu santuário?
O que tem as mãos inocentes e o coração limpo,
o que não ergue o espírito para as coisas vãs.

Este há-de receber a bênção do Senhor
e a recompensa de Deus, seu salvador.
Esta é a geração dos que O procuram,
dos que buscam o Deus de Jacob.

Evangelho segundo S. Marcos 4,21-25.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo à multidão: «Põe-se porventura a candeia debaixo do alqueire ou debaixo da cama? Não é para ser colocada no candelabro?
Porque não há nada escondido que não venha a descobrir-se nem há nada oculto que não venha à luz.
Se alguém tem ouvidos para ouvir, oiça.»
E prosseguiu: «Tomai sentido no que ouvis. Com a medida que empregardes para medir é que sereis medidos e ainda vos será acrescentado.
Pois àquele que tem, será dado e ao que não tem, mesmo aquilo que tem lhe será tirado.»

Beata Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade «No Greater Love», p. 67
Ser a luz do mundo (cf. Mt 5,14)
Pode acontecer que eu seja incapaz de manter a minha atenção completamente fixa em Deus enquanto trabalho — mas Deus não exige isso de mim. Contudo, posso perfeitamente desejar e projectar fazer o meu trabalho com Jesus Cristo e para Jesus Cristo e isso é uma coisa muito bonita e é isso que Deus quer. Quer que a nossa vontade e o nosso desejo se dirijam para Ele, para a nossa família, os nossos filhos, os nossos irmãos e os pobres.
Cada um de nós continua a ser apenas um pequeno instrumento. Se observarmos os componentes de um aparelho eléctrico, veremos um emaranhado de fios, grandes e pequenos, novos e velhos, caros e baratos. Se a corrente não passar por eles, não pode haver luz. Esses fios és tu e sou eu. A corrente é Deus. Nós temos o poder de deixar passar a corrente através de nós, de deixar que ela nos utilize, de deixar que ela produza a luz do mundo ou de nos recusarmos a ser utilizados, deixando que as trevas alastrem.

Sexta-feira, dia 01 de Fevereiro de 2013

Sexta-feira da 3ª semana do Tempo Comum

Irmãos: Recordai os primeiros dias nos quais, depois de terdes sido iluminados,
suportastes a grande luta dos sofrimentos tanto sendo expostos publicamente a insultos e tribulações como sendo solidários com os que assim eram tratados.
Tomastes parte nos sofrimentos dos encarcerados, aceitastes com alegria a confiscação dos vossos bens, sabendo que possuís bens melhores e mais duradouros.
Não percais, pois a vossa confiança, à qual está reservada uma grande recompensa.
Na realidade, tendes necessidade de perseverança para que, tendo cumprido a vontade de Deus, alcanceis a promessa,
pois ainda um pouco, de facto, um pouco apenas e o que há-de vir, virá e não tardará.
O meu justo viverá pela fé, mas, se ele voltar atrás, a minha alma não encontrará nele satisfação.
Nós, porém não somos daqueles que voltam atrás para a perdição, mas homens de fé para a salvação da nossa alma.

Livro de Salmos 37(36),3-4.5-6.23-24.39-40.
A salvação dos justos vem do Senhor.

Confia no Senhor e faz o bem;
habitarás a Terra e viverás tranquilo.
Procura no Senhor a tua felicidade
e Ele satisfará os desejos do teu coração.

Confia ao Senhor o teu destino,
confia n'Ele e Ele há-de ajudar-te.
Fará brilhar a tua luz como a justiça
e, como sol do meio dia, os teus direitos.

O Senhor consolida os passos do homem
e aprova os seus caminhos.
Se cair, não ficará por terra
porque o Senhor o tomará pela mão.

A Salvação dos justos vem do Senhor,
Ele é o seu refúgio no tempo da tribulação.
O Senhor os ajuda e defende
porque n'Ele procuram refúgio.

Evangelho segundo S. Marcos 4,26-34.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo à multidão: «O Reino de Deus é como um homem que lançou a semente à terra.
Quer esteja a dormir quer se levante, de noite e de dia, a semente germina e cresce sem ele saber como.
A terra produz por si, primeiro o caule, depois a espiga e finalmente o trigo perfeito na espiga.
E quando o fruto amadurece, logo ele lhe mete a foice porque chegou o tempo da ceifa.»
Dizia também: «Com que havemos de comparar o Reino de Deus? Ou com qual parábola o representaremos?
É como um grão de mostarda que, ao ser deitado à terra, é a mais pequena de todas as sementes que existem;
mas, uma vez semeado, cresce, transforma-se na maior de todas as plantas do horto e estende tanto os ramos que as aves do céu se podem abrigar à sua sombra.»
Com muitas parábolas como estas, pregava-lhes a Palavra conforme eram capazes de compreender.
Não lhes falava senão em parábolas; mas explicava tudo aos discípulos, em particular.

Beato John Henry Newman (1801-1890), presbítero, fundador do Oratório em Inglaterra Sermão «The Invisible World» PPS, vol. 4, n°13
As parábolas do Reino
Tal é o Reino escondido de Deus: do mesmo modo que está agora escondido assim será revelado no momento dado. Os homens pensam que são os donos do mundo e que podem fazer o que querem. [...] Na verdade, aparentemente «tudo permanece igual desde o início» e os trocistas perguntam: «Em que fica a promessa da Sua vinda?» (2P 3,4), mas, no tempo designado, haverá uma «revelação dos filhos de Deus» e os santos escondidos «resplandecerão como o sol no Reino de Seu Pai» (Rm 8,19; Mt 13,43).
Quando os anjos apareceram aos pastores, aconteceu de repente. [...] A noite parecia ser igual a todas as outras noites, tal como a noite em que Jacob teve a sua visão parecia igual a todas as outras noites (Gn 28,11ss). Os pastores velavam os seus rebanhos e viam a noite passar, as estrelas seguiam o seu curso, era meia-noite; não pensavam em tal coisa quando o anjo lhes apareceu. Tais são o poder e a virtude escondidas no visível: manifestam-se quando Deus quer. […]
Quem poderia conceber, dois ou três meses antes da Primavera, que a face da natureza, aparentemente morta, pudesse tornar-se tão esplêndida e variada? [...] O mesmo acontece com essa Primavera eterna que todos os cristãos esperam: ela virá, ainda que venha tarde. Esperemo-la, pois «O que há-de vir, virá e não tardará» (Heb 10,37). É por isso que dizemos em cada dia: «Venha a nós o Vosso reino», o que quer dizer: Senhor mostra-Te a nós; mostra-Te, «Tu que estás sentado sobre os querubins. Resplandece; mostra a Tua grandeza e vem em nosso auxílio» (cf Sl 80,2-3). A terra que vemos já não nos satisfaz: não é senão um princípio, uma promessa do que há-de vir. Mesmo no seu maior esplendor, coberta de todas as suas flores quando mostra da maneira mais sedutora o que mantém escondido, mesmo assim não nos chega. Sabemos que há nela mais coisas do que as que vemos. [...] O que vemos não é senão a camada exterior de um reino eterno. É nesse reino que fixamos os olhos da nossa fé.

Sábado, dia 02 de Fevereiro de 2013

Apresentação do Senhor, festa.

Santo do dia : Nossa Senhora dos Navegantes
Livro de Malaquias 3,1-4.
Assim fala o Senhor: «Vou enviar o meu mensageiro a fim de que ele prepare o caminho à minha frente. E imediatamente entrará no seu santuário o Senhor que vós procurais e o mensageiro da aliança que vós desejais. Ei-lo que chega! – diz o Senhor do universo.
Quem suportará o dia da sua chegada? Quem poderá resistir quando ele aparecer? Porque ele é como o fogo do fundidor e como a barrela das lavadeiras
Ele sentar-se-á como fundidor e purificador. Purificará os filhos de Levi e os refinará como se refinam o ouro e a prata e assim eles serão para o Senhor os que apresentam a oferta legítima.
Então a oferta de Judá e de Jerusalém será agradável ao Senhor como nos dias antigos como nos anos de outrora.

Livro de Salmos 24(23),7.8.9.10.
O Senhor do Universo é o Rei da glória.

Ó portas, levantai os vossos umbrais!
Alteai-vos, pórticos eternos,
que vai entrar o rei glorioso.

Quem é esse rei glorioso?
É o Senhor, poderoso herói,
o Senhor, herói na batalha.

Ó portas, levantai os vossos umbrais!
Alteai-vos, pórticos eternos,
que vai entrar o rei glorioso.

Quem é Ele, esse rei glorioso?
É o Senhor do universo!
É Ele o rei glorioso.

Evangelho segundo S. Lucas 2,22-40.
Ao chegarem os dias da purificação, segundo a Lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus Cristo a Jerusalém para O apresentarem ao Senhor
conforme está escrito na Lei do Senhor: «Todo o primogénito varão será consagrado ao Senhor»
e para oferecerem em sacrifício, como se diz na Lei do Senhor, duas rolas ou duas pombas.
Ora vivia em Jerusalém um homem chamado Simeão; era justo e piedoso e esperava a consolação de Israel. O Espírito Santo estava nele.
Tinha-lhe sido revelado pelo Espírito Santo que não morreria antes de ter visto o Messias do Senhor.
Impelido pelo Espírito, veio ao templo, quando os pais trouxeram o menino Jesus a fim de cumprirem o que ordenava a Lei a seu respeito.
Simeão tomou-o nos braços e bendisse a Deus, dizendo:
«Agora, Senhor, segundo a tua palavra, deixarás ir em paz o teu servo
porque meus olhos viram a Salvação
que ofereceste a todos os povos,
Luz para se revelar às nações e glória de Israel, teu povo.»
Seu pai e sua mãe estavam admirados com o que se dizia dele.
Simeão abençoou-os e disse a Maria, sua mãe: «Este menino está aqui para queda e ressurgimento de muitos em Israel e para ser sinal de contradição;
uma espada trespassará a sua alma. Assim hão-de revelar-se os pensamentos de muitos corações.»
Havia também uma profetisa, Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser, a qual era de idade muito avançada. Depois de ter vivido casada sete anos, após o seu tempo de donzela,
ficou viúva até aos oitenta e quatro anos. Não se afastava do templo, participando no culto noite e dia, com jejuns e orações.
Aparecendo nessa mesma ocasião, pôs-se a louvar a Deus e a falar do menino a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém.
Depois de terem cumprido tudo o que a Lei do Senhor determinava, regressaram à Galileia, à sua cidade de Nazaré.
Entretanto o menino crescia e robustecia-se, enchendo-se de sabedoria e a graça de Deus estava com Ele.

São Bernardo (1091-1153), monge cisterciense, doutor da Igreja 3º Sermão para a Apresentação, §2
«Maria e José levaram Jesus Cristo a Jerusalém para O apresentarem ao Senhor»
Oferece o teu Filho, Virgem santa, e apresenta ao Senhor o bendito fruto de teu ventre (Lc 1,42). Oferece a todos, para nossa reconciliação, a vítima santa que agrada a Deus. Deus aceitará sem dúvida esta nova oferenda, esta vítima de grande preço, acerca de Quem disse: «Este é o Meu Filho muito amado, no qual pus todo o Meu agrado» (Mt 3,17).
Tal oferenda, irmãos, parece contudo algo suave: foi simplesmente apresentada ao Senhor, resgatada por pombas e imediatamente levada. Virá o dia em que o Filho já não será oferecido ao Templo, nem tomado nos braços de Simeão – mas sê-lo-á fora da cidade e nos braços da cruz. Virá o dia em que Ele já não será resgatado pelo sangue de uma vítima, mas em que será Ele a resgatar os outros com o Seu próprio sangue [...]. Será o sacrifício da noite. E este é o sacrifício da manhã: um sacrifício alegre, mas aquele será total e não será oferecido na altura do nascimento, mas na plenitude da idade. A um e a outro pode aplicar-se o que o profeta havia predito: «[...] ofereceu-Se porque Ele próprio assim o quis» (Is 53,7 Vulg). Hoje, com efeito, não Se ofereceu porque tivesse necessidade de Se oferecer ou porque estivesse sujeito à Lei, mas porque Ele próprio o quis. E já na cruz igualmente não Se oferecerá porque tenha merecido a morte ou porque os Seus inimigos tivessem poder sobre Ele, mas porque Ele próprio o quis. Portanto «de bom grado eu Te oferecerei sacrifícios», Senhor (Sl 53,8), porque foi voluntariamente que Te ofereceste para a minha salvação [...]. Ofereçamos-Lhe também nós, irmãos, o que de melhor temos, ou seja, nós próprios. Ele ofereceu-Se a Si próprio; quem és tu para hesitares ofereceres-te inteiro?

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