sábado, 29 de agosto de 2015

Cristianismo 121 até 29-08-2015

 

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"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68

Domingo, dia 23 de Agosto de 2015

21º Domingo do Tempo Comum - Ano B

Naqueles dias, Josué reuniu todas as tribos de Israel em Siquém. Convocou os anciãos de Israel, os chefes, os juízes e os magistrados, que se apresentaram diante de Deus.
Josué disse então a todo o povo:
«Se não vos agrada servir o Senhor, escolhei hoje a quem quereis servir: se os deuses que os vossos pais serviram no outro lado do rio, se os deuses dos amorreus em cuja terra habitais. Eu e a minha família serviremos o Senhor».
Mas o povo respondeu: «Longe de nós abandonar o Senhor para servir outros deuses
porque o Senhor é o nosso Deus que nos fez sair, a nós e a nossos pais, da terra do Egipto, da casa da escravidão. Foi Ele que, diante dos nossos olhos, realizou tão grandes prodígios e nos protegeu durante o caminho que percorremos entre os povos por onde passámos.
Também nós queremos servir o Senhor, porque Ele é o nosso Deus».
Livro de Salmos 34(33),2-3.16-17.18-19.20-21.22-23.
A toda a hora bendirei o Senhor,
o seu louvor estará sempre na minha boca.
A minha alma gloria-se no Senhor:
escutem e alegrem-se os humildes.

Os olhos do Senhor estão voltados para os justos
e os ouvidos atentos aos seus rogos.

O Senhor volta-se contra os que fazem o mal
para apagar da terra a sua memória.

Os justos clamaram e o Senhor os ouviu,
livrou-os de todas as suas angústias.
O Senhor está perto dos que têm o coração atribulado
e salva os de ânimo abatido.

Muitas são as tribulações do justo,
mas de todas elas o livra o Senhor.
Guarda todos os seus ossos,
nem um só será quebrado.

A maldade leva o ímpio à morte,
os inimigos do justo serão castigados.
O Senhor defende a vida dos seus servos,
não serão castigados os que n’Ele se refugiam.

Carta aos Efésios 5,21-32.
Sede submissos uns aos outros no Amor de Jesus Cristo.
As mulheres submetam-se aos maridos como ao Senhor
porque o marido é a cabeça da mulher como Jesus Cristo é a cabeça da Igreja, seu Corpo, do qual é o Salvador.
Ora como a Igreja se submete a Jesus Cristo assim também as mulheres se devem submeter em tudo aos maridos.
Maridos, amai as vossas mulheres como Jesus Cristo amou a Igreja e Se entregou por ela.
Ele quis santificá-la, purificando-a no baptismo da água pela palavra da vida
para a apresentar a Si mesmo como Igreja cheia de glória, sem mancha nem ruga nem coisa alguma semelhante, mas santa e imaculada.
Assim devem os maridos amar as suas mulheres como os seus corpos. Quem ama a sua esposa, ama-se a si mesmo.
Ninguém, de facto, odiou jamais o seu corpo, antes o alimenta e lhe presta cuidados como Jesus Cristo à Igreja
porque nós somos membros do seu Corpo.
Por isso, o homem deixará pai e mãe para se unir à sua esposa e serão dois numa só carne.
É grande este mistério, digo-o em relação a Jesus Cristo e à Igreja.
Evangelho segundo S. João 6,60-69.
Naquele tempo, muitos discípulos, ao ouvirem Jesus Cristo, disseram: «Estas palavras são duras. Quem pode escutá-las?».
Jesus Cristo, conhecendo interiormente que os discípulos murmuravam por causa disso, perguntou-lhes: «Isto escandaliza-vos?
E se virdes o Filho do homem subir para onde estava anteriormente?
O espírito é que dá vida(nele o Filho), a carne não serve de nada. As palavras que Eu vos disse são espírito e vida.
Mas, entre vós, há alguns que não acreditam». Na verdade, Jesus Cristo bem sabia, desde o início, quais eram os que não acreditavam e quem era aquele que O havia de entregar.
E acrescentou: «Por isso é que vos disse: Ninguém pode vir a Mim se não lhe for concedido por meu Pai».
A partir de então, muitos dos discípulos afastaram-se e já não andavam com Ele.
Jesus Cristo disse aos Doze: «Também vós quereis ir embora?».
Respondeu-Lhe Simão Pedro: «Para quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna.
Nós acreditamos e sabemos que Tu és o Santo de Deus».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja
Homilias sobre o evangelho de Mateus n° 82; PG 58, 743
«As palavras que vos disse são espírito e são vida»
«Tomai e comei», disse Jesus Cristo, «isto é o meu corpo entregue por vós» (cf 1Cor 11,24). Porque é que os discípulos não ficaram perturbados quando ouviram estas palavras? Porque Jesus Cristo já lhes havia dito muitas coisas sobre este assunto (Jo 6). [...] Tenhamos, nós também, plena confiança no Senhor Deus. Não apresentemos objecções, mesmo quando o que Ele diz parece contrário aos nossos raciocínios e ao que vemos. Que a sua palavra seja dona da nossa razão e mesmo da nossa vista. Assumamos esta atitude perante os mistérios sagrados: não vejamos neles apenas o que pode ser apreendido pelos nossos sentidos, mas tenhamos sobretudo em conta as palavras do Senhor. A sua palavra nunca nos pode enganar, ao passo que os nossos sentidos nos enganam facilmente; Ela nunca erra, mas eles erram frequentemente. Quando o Verbo diz: «Isto é o meu corpo», confiemos nele, acreditemos e contemplemo-Lo com os olhos do espírito. [...]
Quantos dizem hoje: «Gostaria de ver Jesus Cristo em pessoa, o seu rosto, as suas vestes, as suas sandálias.» Pois bem, na Eucaristia, é Ele que vês, que tocas, que recebes! Desejavas ver as suas vestes e é Ele que Se dá a ti, não apenas para O veres, mas para O tocares, O receberes, O acolheres no teu coração. Que ninguém se aproxime, pois com indiferença ou frouxidão, mas que todos venham a Ele animados de um amor ardente.

Segunda-feira, dia 24 de Agosto de 2015

S. Bartolomeu, Apóstolo – Festa

Santo do dia : S. Bartolomeu, apóstolo

Livro do Apocalipse 21,9b-14.
O Anjo falou-me, dizendo: «Vou mostrar-te a noiva, a esposa do Cordeiro».
Transportou-me em espírito ao cimo de uma alta montanha e mostrou-me a cidade santa de Jerusalém que descia do Céu, da presença de Deus,
resplandecente da glória de Deus. O seu esplendor era como o de uma pedra preciosíssima, como uma pedra de jaspe cristalino.
Tinha uma grande e alta muralha, com doze portas e, junto delas, doze Anjos; tinha também nomes gravados, os nomes das doze tribos dos filhos de Israel:
três portas ao oriente, três portas ao norte, três portas ao sul e três portas ao ocidente.
A muralha da cidade tinha na base doze reforços salientes e neles doze nomes: os dos doze Apóstolos do Cordeiro.
Livro de Salmos 145(144),10-11.12-13ab.17-18.
Graças Vos dêem, Senhor, todas as criaturas
e bendigam-Vos os vossos fiéis.
Proclamem a glória do vosso reino
e anunciem os vossos feitos gloriosos

Para darem a conhecer aos homens o vosso poder,
a glória e o esplendor do vosso reino.
O vosso reino é um reino eterno,
o vosso domínio estende-se por todas as gerações.

O Senhor é justo em todos os seus caminhos,
perfeito em todas as suas obras.
O Senhor está perto de quantos O invocam,
de quantos O invocam em verdade.

Evangelho segundo S. João 1,45-51.
Naquele tempo, Filipe encontrou Natanael e disse-lhe: «Encontrámos Aquele de quem está escrito na Lei de Moisés e nos Profetas. É Jesus de Nazaré, filho de José».
Disse-lhe Natanael: «De Nazaré pode vir alguma coisa boa?». Filipe respondeu-lhe: «Vem ver».
Jesus Cristo viu Natanael que vinha ao seu encontro e disse: «Eis um verdadeiro israelita, em quem não há fingimento».
Perguntou-lhe Natanael: «De onde me conheces?». Jesus Cristo respondeu-lhe: «Antes que Filipe te chamasse, Eu vi-te quando estavas debaixo da figueira».
Disse-lhe Natanael: «Mestre, Tu és o Filho de Deus, Tu és o Rei de Israel!».
Jesus Cristo respondeu: «Porque te disse: ‘Eu vi-te debaixo da figueira’, acreditas. Verás coisas maiores do que estas».
E acrescentou: «Em verdade, em verdade vos digo: Vereis o Céu aberto e os Anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem».


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Bento XVI, papa de 2005 a 2013
Audiência geral de 04/10/2006 (© Libreria Editrice Vaticana; rev)
Natanael-Bartolomeu reconhece o Messias, Filho de Deus
O evangelista João refere-nos que, quando Jesus Cristo vê Natanael aproximar-se, exclama: «Aí vem um verdadeiro Israelita, em quem não há fingimento» (Jo 1,47). Trata-se de um elogio que recorda o texto de um Salmo: «Feliz o homem a quem o Senhor não acusa de iniquidade e em cujo espírito não há engano» (Sl 32,2), mas que suscita a curiosidade de Natanael, o qual responde com admiração: «Donde me conheces?» (Jo 1,48). A resposta de Jesus Cristo não é imediatamente compreensível. Ele diz: «Antes de Filipe te chamar, Eu vi-te quando estavas debaixo da figueira!» (Jo 1,48). Não sabemos o que aconteceu debaixo desta figueira, mas é evidente que se trata de um momento decisivo na vida de Natanael. Ele sente-se comovido com estas palavras de Jesus Cristo, sente-se compreendido e compreende: este homem sabe tudo de mim, Ele sabe e conhece o caminho da vida, a este homem posso realmente confiar-me. E assim responde com uma confissão de fé límpida e bela, dizendo: «Rabi, Tu és o filho de Deus, Tu és o Rei de Israel!» (Jo 1,49).
Nela é dado um primeiro e importante passo no percurso de adesão a Jesus Cristo. As palavras de Natanael sublinham um aspecto duplo e complementar da identidade de Jesus: Ele é reconhecido, quer na sua relação especial com Deus Pai, do qual é Filho Unigénito, quer na relação com o povo de Israel, do qual é proclamado rei, qualificação própria do Messias esperado. Nunca devemos perder de vista nenhuma destas duas componentes porque, se proclamarmos apenas a dimensão celeste de Jesus Cristo,  corremos  o  risco  de  O  transformar num ser sublime e evanescente e se, ao contrário, reconhecermos apenas a sua situação concreta na história, acabamos por negligenciar a dimensão divina que propriamente O qualifica.

Terça-feira, dia 25 de Agosto de 2015

Terça-feira da 21 semana do Tempo Comum

Irmãos, vós próprios bem sabeis que não foi vã a nossa estada entre vós;
Apesar dos sofrimentos e insultos que suportámos em Filipos, como sabeis, no nosso Deus encontrámos coragem para vos anunciar o seu Evangelho no meio de grandes lutas.
A nossa pregação não nasce do erro nem da impureza ou da fraude.
Mas, como Deus nos encontrou dignos de nos confiar o Evangelho, assim o pregamos, não para agradar aos homens, mas a Deus que põe à prova os nossos corações.
Bem sabeis que nunca usámos palavras de lisonja nem recursos de ganância; Deus é testemunha.
Também não procurámos as honras humanas quer da vossa parte quer da parte dos outros,
embora pudéssemos fazer valer a nossa autoridade como apóstolos de Jesus Cristo. Ao contrário, apresentámo-nos no meio de vós com bondade como a mãe que acalenta os filhos que anda a criar.
Pela viva afeição que vos dedicámos, desejávamos partilhar convosco não só o Evangelho de Deus, mas ainda a própria vida, tão caros vos tínheis tornado para nós.
Livro de Salmos 139(138),1-3.4-6.
Senhor, Vós conheceis o íntimo do meu ser:
sabeis quando me sento e quando me levanto.
De longe penetrais o meu pensamento:
Vós me vedes quando caminho e quando descanso,

Vós observais todos os meus passos.
Ainda a palavra me não chegou à língua
e já, Senhor, a conheceis perfeitamente.
Por todos os lados me envolveis

e sobre mim pondes a vossa mão.
Prodigiosa ciência que não posso compreender,
tão sublime que a não posso alcançar!

Evangelho segundo S. Mateus 23,23-26.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo: «Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, porque pagais o dízimo da hortelã, do funcho e do cominho, mas omitis as coisas mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia e a fidelidade. Devíeis praticar estas coisas sem omitir as outras.
Guias cegos! Coais o mosquito e engolis o camelo.
Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, porque limpais o exterior do copo e do prato que por dentro estão cheios de rapina e intemperança.
Fariseu cego! Limpa primeiro o interior do copo e do prato para que também o exterior fique limpo».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São João Eudes (1601-1680), presbítero, pregador, fundador de institutos religiosos
Coração admirável, cap. 12
«Purifica primeiro o interior»
Ó Senhor Deus, quão admirável é o Vosso amor por nós! Sois infinitamente digno de ser amado, louvado e glorificado! Não tendo nós coração nem espírito que seja digno deste amor, a vossa sabedoria e a vossa bondade concederam-nos, porém forma de o sermos: destes-nos o Espírito e o coração do vosso Filho para que eles fossem o nosso próprio espírito e o nosso próprio coração, segundo a promessa que fizestes pelo vosso profeta: «Dar-vos-ei um coração novo e introduzirei em vós um espírito novo» (Ez 36,26) e, para que soubéssemos que coração e que espírito novos eram estes, acrescentastes: «Dentro de vós porei o meu espírito» (27). Só o Espírito e o coração de Deus são dignos de amar e de louvar a Deus, são capazes de O bendizer e de O amar como Ele deve ser bendito e amado. Foi por isso que nos destes o vosso coração, o coração do vosso Filho, Jesus Cristo, bem como o coração de sua Mãe e o coração de todos os santos e anjos que, em conjunto, formam um só coração como a cabeça e os membros formam um só corpo (Ef 4,15). [...]
Renunciai, pois, irmãos, ao vosso coração e ao vosso espírito, à vossa vontade e ao vosso amor-próprio. Dai-vos a Jesus Cristo para entrardes na imensidão do seu coração que contém o de sua Mãe e o de todos os santos para vos perderdes nesse abismo de amor, de humildade e de paciência. Se amais o vosso próximo e tendes de fazer um acto de caridade, amai-o o fazei o que deveis no coração de Jesus Cristo. Se se trata de vos humilhardes, que seja na humildade desse coração. Se se trata de obedecerdes, que seja na obediência do seu coração. Se tendes de louvar, de adorar, de agradecer a Deus, que seja em união com a adoração, o louvor e a acção de graças que nos são dados por esse grande coração. [...] O que quer que façais, fazei todas as coisas no espírito desse coração, renunciando ao vosso, entregando-vos a Jesus Cristo para agirdes no Espírito que anima o seu coração.

Quarta-feira, dia 26 de Agosto de 2015

Quarta-feira da 21ª semana do Tempo Comum

Bem vos lembrais, irmãos, dos nossos trabalhos e canseiras. Foi a trabalhar noite e dia para não sermos pesados a nenhum de vós, que vos pregámos o Evangelho de Deus.
Vós sois testemunhas e Deus também, de como nos portámos de maneira justa, santa e irrepreensível em relação a vós, os crentes.
E bem sabeis que, como um pai trata os seus filhos,
exortámos, animámos e conjurámos cada um de vós a proceder de maneira digna do Senhor Deus que vos chama ao seu reino e à sua glória.
Por isso, não cessamos de agradecer a Deus porque, depois de terdes recebido a palavra de Deus por nós pregada, vós a acolhestes, não como palavra humana, mas como ela é realmente, palavra de Deus, que permanece activa em vós, os crentes.
Livro de Salmos 139(138),7-8.9-10.11-12ab.
Onde poderei ocultar-me ao vosso espírito?
Onde evitarei a vossa presença?
Se subir ao céu, Vós lá estais;
se descer aos abismos, ali Vos encontrais.

Se voar nas asas da aurora,
se habitar nos confins do oceano,
mesmo ali a vossa mão me guiará
e a vossa direita me sustentará.

Se disser: «Talvez as trevas me hão-de ocultar
e a luz, em volta de mim, se fará noite»,
nem as trevas me ocultariam de ti
e a noite seria, para ti, brilhante como o dia.

A luz e as trevas seriam a mesma coisa!
Evangelho segundo S. Mateus 23,27-32.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo: «Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, porque sois semelhantes a sepulcros caiados: por fora parecem belos, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos e de toda a podridão.
Assim sois vós também: por fora pareceis justos aos olhos dos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e maldade.
Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, porque edificais os sepulcros dos profetas e ornamentais os túmulos dos justos
e dizeis: ‘Se tivéssemos vivido no tempo dos nossos pais, não teríamos sido cúmplices na morte dos profetas’.
Assim dais testemunho contra vós mesmos, confessando que sois os filhos daqueles que mataram os profetas.
Completai então a obra dos vossos pais».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Epístola dita de Barnabé (c. 130)
§20
Afastar-se do caminho da hipocrisia e do mal

Há duas vias para o ensino e para a acção: a da luz e a das trevas. A distância entre estas duas vias é grande. [...] A via das trevas é tortuosa e semeada de maldições. É o caminho da morte e do castigo eterno e nele se encontra tudo quanto pode arruinar uma vida: idolatria, arrogância, orgulho do poder, hipocrisia, duplicidade de coração, adultério, assassínio, roubo, vaidade, desobediência, fraude, malícia [...], cupidez, desprezo de Deus (=ateísmo). Por aí vão os que perseguem as pessoas de bem, os inimigos da verdade [...], os que são indiferentes à viúva e ao órfão [...], os que não dão atenção ao indigente e esmagam o oprimido. [...]
Por isso, é justo instruir-se acerca das vontades do Senhor Deus e caminhar de acordo com elas. O que assim agir será glorificado no Reino de Deus. Mas todo aquele que escolher o outro caminho morrerá com as suas obras. É por isso que há uma ressurreição e uma retribuição. A vós, portanto dirijo um pedido: se estais rodeados de pessoas a quem fazer o bem, não deixeis de o fazer. 

Quinta-feira, dia 27 de Agosto de 2015

Quinta-feira da 21ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : Santa Mónica, viúva, mãe de Santo Agostinho, +387

1ª Carta aos Tessalonicenses 3,7-13.
A vossa fé, irmãos, foi para nós um motivo de conforto no meio de todas as nossas angústias e tribulações.
Agora sentimo-nos reviver porque estais firmes no Senhor.
Como poderemos agradecer a Deus por vós, por toda a alegria que nos destes diante do nosso Deus?
Noite e dia Lhe dirigimos as mais instantes súplicas para que nos permita tornar a ver-vos e completar o que ainda falta à vossa fé.
Deus, nosso Pai e Senhor, e Jesus Cristo, nosso Senhor, (Deus é Senhor também do Senhor Jesus Cristo) dirijam o nosso caminho para junto de vós.
O Senhor vos faça crescer e abundar na caridade uns para com os outros e para com todos assim como nós a temos tido para convosco.
O Senhor confirme os vossos corações numa santidade irrepreensível, diante de Deus, nosso Pai, no dia da vinda de Jesus Cristo, nosso Senhor, com todos os seus santos.
Livro de Salmos 90(89),3-4.12-13.14.17.
Vós reduzis o homem ao pó da terra
e dizeis: «Voltai, filhos de Adão».
Mil anos a vossos olhos
são como o dia de ontem que passou

e como uma vigília da noite.
Ensinai-nos a contar os nossos dias
para chegarmos à sabedoria do coração.
Voltai, Senhor! Até quando...

Tende piedade dos vossos servos.
Saciai-nos desde a manhã com a vossa bondade
para nos alegrarmos e exultarmos todos os dias.
Desça sobre nós a graça do Senhor, nosso Deus.

Confirmai, Senhor, a obra das nossas mãos.
Evangelho segundo S. Mateus 24,42-51.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Vigiai porque não sabeis em que dia virá o vosso Senhor.
Compreendei isto: se o dono da casa soubesse a que horas da noite viria o ladrão, estaria vigilante e não deixaria arrombar a sua casa.
Por isso, estai vós também preparados porque na hora em que menos pensais, virá o Filho do homem.
Quem é o servo, fiel e prudente, que o senhor pôs à frente da sua casa para lhe dar o alimento em tempo oportuno?
Feliz aquele servo que o senhor, ao chegar, encontrar procedendo assim.
Em verdade vos digo que lhe confiará a administração de todos os seus bens.
Mas se o servo for mau e disser consigo: ‘O meu senhor demora-se’
e começar a espancar os companheiros e a comer e beber com os ébrios,
quando o senhor daquele servo chegar, em dia que ele não espera e à hora que ele não pensa,
expulsá-lo-á e lhe dará a sorte dos hipócritas. Aí haverá choro e ranger de dentes» (expulso para as trevas).

Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Homilia atribuída a São Macário (?-390), monge do Egipto
Homilias espirituais, nº 33
Pela oração, vigiar à espera de Deus
Para rezar, não são precisos gestos, nem gritos, nem silêncio, nem genuflexões. A nossa oração, ao mesmo tempo sábia e fervorosa, deve ser uma espera de Deus até que Ele venha visitar a nossa alma por todas as suas vias de acesso, por todos os seus caminhos, por todos os seus sentidos. Demos tréguas aos nossos silêncios, aos nossos gemidos, aos nossos soluços: não procuremos na oração senão o abraço apertado do Senhor Deus.
Não é verdade que, no trabalho, empregamos todo o nosso corpo num mesmo esforço? Não colaboram nisso todos os nossos membros? Pois que também a nossa alma se consagre toda à oração e ao amor do Senhor; que não se deixe distrair nem bloquear com pensamentos; que toda ela seja espera de Jesus Cristo. Então Jesus Cristo iluminá-la-á, ensinar-lhe-á a verdadeira oração, conceder-lhe-á a súplica pura e espiritual de acordo com a vontade de Deus, a adoração «em espírito e verdade» (Jo 4,24).
Aquele que exerce um comércio não procura simplesmente ter lucro. Esforça-se também, por todos os meios, por aumentá-lo e acrescentá-lo: empreende novas viagens e renuncia às que lhe parecem não trazer proveito; só parte com a esperança de um negócio. Como ele, saibamos também conduzir a nossa alma pelos caminhos mais diversos e mais oportunos e adquiriremos, oh ganho supremo e verdadeiro, esse Deus que nos ensina a rezar na verdade.
O Senhor repousa numa alma fervorosa, faz dela o seu trono de glória, ali Se senta e ali permanece.


Sexta-feira, dia 28 de Agosto de 2015
Sexta-feira da 21ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : Santo Agostinho, bispo, Doutor da Igreja, +430

Ver comentário em baixo, ou carregando aqui
São Gregório Magno : «As nossas lâmpadas estão a apagar-se»

1ª Carta aos Tessalonicenses 4,1-8.
Irmãos: Eis o que vos pedimos e recomendamos no Senhor Jesus Cristo: Recebestes de nós instruções sobre o modo como deveis proceder para agradar a Deus e assim estais procedendo. Mas continuai a progredir ainda mais,
pois conheceis bem as normas que vos demos da parte do Senhor Jesus Cristo.
A vontade de Deus é que vos santifiqueis, que eviteis a imoralidade,
que saiba cada um de vós conservar o seu corpo em santidade e honra
sem se deixar dominar pelas paixões como os pagãos que não conhecem a Deus.
Ninguém lese ou prejudique seu irmão nesta matéria (usar o traseiro), pois de tudo isto Se vinga o Senhor, como já vos temos dito e assegurado.
Porque Deus não nos chamou a viver na impureza, mas na santidade.
Portanto, quem rejeita estas instruções não rejeita um homem mas o próprio Deus que vos dá o Espírito Santo.

Livro de Salmos 97(96),1.2b.5-6.10.11-12.
O Senhor é rei: exulte a Terra,
rejubile a multidão das ilhas.
Ao seu redor nuvens e trevas;
a justiça e o direito são a base do seu trono.

Derretem-se os montes como cera
diante do Senhor de toda a Terra.
Os céus proclamam a sua justiça
e todos os povos contemplam a sua glória.

O Senhor ama os que detestam o mal,
guarda as almas dos seus fiéis;
o Senhor protege os seus servos
e livra-os das mãos dos ímpios.

A luz resplandece para os justos
e a alegria para os corações rectos.
Alegrai-vos, ó justos, no Senhor
e louvai o seu nome santo.

Evangelho segundo S. Mateus 25,1-13.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos a seguinte parábola: «O reino dos Céus pode comparar-se a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, foram ao encontro do esposo.
Cinco eram insensatas e cinco eram prudentes.
As insensatas, ao tomarem as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo
enquanto as prudentes, com as lâmpadas, levaram azeite nas almotolias.
Como o esposo se demorava, começaram todas a dormitar e adormeceram.
No meio da noite ouviu-se um brado: ‘Aí vem o esposo; ide ao seu encontro’.
Então as virgens levantaram-se todas e começaram a preparar as lâmpadas.
As insensatas disseram às prudentes: ‘Dai-nos do vosso azeite que as nossas lâmpadas estão a apagar-se’.
Mas as prudentes responderam: ‘Talvez não chegue para nós e para vós. Ide antes comprá-lo aos vendedores’.
Mas, enquanto foram comprá-lo, chegou o esposo: as que estavam preparadas entraram com ele para o banquete nupcial e a porta fechou-se.
Mais tarde, chegaram também as outras virgens e disseram: ‘Senhor, senhor, abre-nos a porta’.
Mas ele respondeu: ‘Em verdade vos digo: Não vos conheço’.
Portanto, vigiai porque não sabeis o dia nem a hora».
(virgens = crentes; homens e mulheres com vida. Azeite = vida; uns desbaratam-na, cedendo-a a quem não a tem porque a perdeu, porque usou do mal e assim vão continuar a fazer om aquela que lhes foi cedida por insensatos; outros preservam a vida que foram recebendo, apenas cedendo alguma a alguns do bem, vítimas do mal e assim ganham mais vida. Para estes há a ressurreição porque preservaram a vida como o seu melhor tesouro que é e há o mundo do Senhor Jesus Cristo.)  

Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São Gregório Magno (c. 540-604), papa, doutor da Igreja
Homilias sobre os Evangelhos, 12

«As nossas lâmpadas estão a apagar-se»

«As insensatas, ao tomarem as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo, enquanto as prudentes, com as lâmpadas, levaram azeite nas almotolias.» O azeite designa aqui o esplendor da glória; as almotolias são os nossos corações, onde guardamos todos os nossos pensamentos. As virgens prudentes levam azeite nas almotolias, porque guardam na sua consciência todo o esplendor da sua glória, como diz São Paulo: «O que faz a nossa glória é o testemunho da nossa consciência» (2Cor 1,12). As virgens loucas, pelo contrário, não levam azeite consigo porque não guardam a sua glória no segredo do coração, isto é, fazem-na depender dos louvores dos outros.
«No meio da noite ouviu-se um brado: "Aí vem o esposo; ide ao seu encontro".» Todas as virgens se levantaram. Mas as candeias das virgens loucas apagaram-se porque as suas obras, que de fora pareciam resplandecentes aos olhos dos homens, por dentro não eram mais do que trevas e não receberam de Deus nenhuma recompensa, considerando que já tinham recebido dos homens os louvores que as satisfaziam.

Sábado, dia 29 de Agosto de 2015

Martírio de S. João Baptista – Memória Obrigatória

Festa da Igreja : Martírio de S. João Baptista
Calendário da Igreja disponível este dia

Livro de Jeremias 1,17-19.
Naqueles dias, o Senhor dirigiu-me a palavra, dizendo: «Cinge os teus rins e levanta-te para ires dizer tudo o que Eu te ordenar. Não temas diante deles, senão serei Eu que te farei temer a sua presença.
Hoje mesmo faço de ti uma cidade fortificada, uma coluna de ferro e uma muralha de bronze, diante de todo este país, dos reis de Judá e dos seus chefes, diante dos sacerdotes e do povo da terra.
Eles combaterão contra ti, mas não poderão vencer-te porque Eu estou contigo para te salvar».
Livro de Salmos 71(70),1-2.3-4a.5-6ab.15ab.17.
Em Vós, Senhor, me refugio,
jamais serei confundido.
Pela vossa justiça, defendei-me e salvai-me,
prestai ouvidos e libertai-me.

Sede para mim um refúgio seguro,
a fortaleza da minha salvação.
Vós sois a minha defesa e o meu refúgio:
Senhor Deus, salvai-me do pecador.

Sois Vós, Senhor, a minha esperança,
a minha confiança desde a juventude.
Desde o nascimento Vós me sustentais,
desde o seio materno sois o meu protector.

A minha boca proclamará a vossa justiça,
dia após dia a vossa infinita salvação.
Desde a juventude Vós me ensinais
e até hoje anunciei sempre os vossos prodígios.


Evangelho segundo S. Marcos 6,17-29.
Naquele tempo, o rei Herodes mandara prender João e algemá-lo no cárcere, por causa de Herodíades, a mulher do seu irmão Filipe, que ele tinha tomado por esposa.
João dizia a Herodes: «Não podes ter contigo a mulher do teu irmão».
Herodíades odiava João Baptista e queria dar-lhe a morte, mas não podia
porque Herodes respeitava João, sabendo que era justo e santo e por isso o protegia. Quando o ouvia, ficava perturbado, mas escutava-o com prazer.
Entretanto, chegou um dia oportuno, quando Herodes, no seu aniversário natalício, ofereceu um banquete aos grandes da corte, aos oficiais e às principais personalidades da Galileia.
Entrou então a filha de Herodíades que dançou e agradou a Herodes e aos convidados. O rei disse à jovem: «Pede-me o que desejares e eu to darei».
E fez este juramento: «Dar-te-ei o que me pedires ainda que seja a metade do meu reino».
Ela saiu e perguntou à mãe: «Que hei-de pedir?». A mãe respondeu-lhe: «Pede a cabeça de João Baptista».
Ela voltou apressadamente à presença do rei e fez-lhe este pedido: «Quero que me dês sem demora, num prato, a cabeça de João Baptista».
O rei ficou consternado, mas por causa do juramento e dos convidados, não quis recusar o pedido.
E mandou imediatamente um guarda, com ordem de trazer a cabeça de João. O guarda foi à cadeia, cortou a cabeça de João
e trouxe-a num prato. A jovem recebeu-a e entregou-a à mãe.
Quando os discípulos de João souberam a notícia, foram buscar o seu cadáver e deram-lhe sepultura.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Liturgia bizantina
Tropários e konkadion de S. João Baptista
Precursor do Senhor na sua vida e na sua morte
O Jordão, aterrado com a tua vinda na carne, ó Jesus Cristo, voltou para trás tremendo; cumprindo a sua tarefa espiritual, João fez-se pequeno no seu temor. O exército dos anjos estava tomado de espanto ao ver-Te no rio, a ser baptizado segundo a carne; o exército das trevas foi iluminado e nós Te cantamos, Senhor, a Ti que Te manifestas e iluminas o universo.
A memória do justo deve ser exaltada; mas a ti, João Precursor, bastou-te o testemunho do Senhor. Na realidade, tu és o mais venerável de todos os profetas porque foste achado digno de baptizar nas águas Aquele que os outros profetas apenas tinham anunciado. Por isso, depois de teres lutado pela verdade, foste anunciar ao mundo dos mortos o Filho aparecido na carne, Aquele que tira o pecado do mundo (Jo 1,29) e nos dá a sua imensa piedade.
O glorioso martírio do Precursor foi uma etapa na obra da salvação, uma vez que até na pátria dos mortos ele foi anunciar a vinda do Salvador. Que Herodíades gema agora, ela que reivindica este assassinato ímpio, porque o que ela amou não foi a lei de Deus nem a vida eterna, mas as ilusões que apenas duram um momento. 
©



Os meus filmes

1.º – As Amendoeiras em Flor e o Corridinho Algarvio.wmv           http://www.youtube.com/watch?v=NtaRei5qj9M&feature=youtu.be
2.º – O Cemitério de Lagos
3.º – Lagos e a sua Costa Dourada
4.º – Natal de 2012
5.º – Tempo de Poesia

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sábado, 22 de agosto de 2015

Cristianismo 120 até 22-08-2015

 
"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68

Domingo, dia 16 de Agosto de 2015

20º Domingo do Tempo Comum - Ano B

A Sabedoria edificou a sua casa e levantou sete colunas.
Abateu os seus animais, preparou o vinho e pôs a mesa.
Enviou as suas servas a proclamar nos pontos mais altos da cidade:
«Quem é inexperiente venha por aqui». E aos insensatos ela diz:
«Vinde comer do meu pão e beber do vinho que vos preparei.
Deixai a insensatez e vivereis; segui o caminho da prudência».
Livro de Salmos 34(33),2-3.10-11.12-13.14-15.
A toda a hora bendirei o Senhor,
o seu louvor estará sempre na minha boca.
A minha alma gloria-se no Senhor:
escutem e alegrem-se os humildes.

Adorai o Senhor, vós os seus fiéis,
porque nada falta aos que O adoram.
Os poderosos empobrecem e passam fome,
aos que procuram o Senhor não faltará riqueza alguma.

Vinde, filhos, escutai-me,
vou ensinar-vos o amor do Senhor.
Qual é o homem que ama a vida,
que deseja longos dias de felicidade?

Guarda do mal a tua língua
e da mentira os teus lábios.
Evita o mal e faz o bem,
procura a paz e segue os seus passos.

Carta aos Efésios 5,15-20.
Irmãos: Vede bem como procedeis. Não vivais como insensatos, mas como pessoas inteligentes.
Aproveitai bem o tempo porque os dias que correm são maus.
Por isso não sejais irreflectidos, mas procurai compreender qual é a vontade do Senhor.
Não vos embriagueis com o vinho que é causa de luxúria, mas enchei-vos do Espírito Santo,
recitando entre vós salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando e salmodiando em vossos corações,
agradecendo, por tudo e em todo o tempo, a Deus e ao Pai, em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Evangelho segundo S. João 6,51-58.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo à multidão: «Eu sou o pão vivo que desceu do Céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que Eu hei-de dar é minha carne que Eu darei pela vida do mundo».
Os judeus discutiam entre si: «Como pode Ele dar-nos a sua carne a comer?».
E Jesus Cristo disse-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: Se não comerdes a carne do Filho do homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós.
Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e Eu o ressuscitarei no último dia.
A minha carne é verdadeira comida e o meu sangue é verdadeira bebida.
Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em Mim e Eu nele.
Assim como o Pai, que vive, Me enviou e Eu vivo pelo Pai, também aquele que Me come viverá por Mim.
Este é o pão que desceu do Céu; não é como o dos vossos pais que o comeram e morreram: quem comer deste pão viverá eternamente».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São Gaudêncio de Brescia (?-após 406), bispo
Homilia pascal; CSEL 68, 30
«Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em Mim e Eu nele.»
O sacrifício celeste instituído por Jesus Cristo é verdadeiramente a herança legada pelo seu novo testamento; Ele deixou-no-la na noite em que ia ser entregue para ser crucificado como garante da sua presença. Ele é o viático da nossa viagem, o nosso alimento no caminho da vida até chegarmos à outra Vida, depois de deixarmos este mundo. Era por isso que o Senhor dizia: «Se não comerdes a carne do Filho do homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós.»
Ele quis que os seus benefícios permanecessem entre nós; quis que as almas resgatadas pelo seu sangue precioso fossem sempre santificadas à imagem da sua própria Paixão. Foi por essa razão que ordenou aos seus discípulos fiéis, que estabeleceu como primeiros sacerdotes da sua Igreja, que celebrassem estes mistérios de vida eterna. [...] Com efeito a multidão dos fiéis devia ter todos os dias diante dos olhos a representação da Paixão de Jesus Cristo; tendo-a nas mãos, recebendo-a na boca e no coração, ficaremos com uma recordação indelével da nossa redenção.
É preciso que o pão seja feito com a farinha de numerosos grãos de fermento misturada com água e que receba do fogo o seu acabamento. Aí temos então uma imagem semelhante ao corpo de Jesus Cristo, pois sabemos que Ele forma um só corpo com a multidão dos homens, que recebeu o seu acabamento do fogo do Espírito Santo. [...] Do mesmo modo o vinho do seu sangue é extraído de diversos cachos de uvas, isto é, de uvas da vinha plantada por Ele, esmagadas sob o peso da cruz; vertido no coração dos fiéis, aí borbulha pelo seu próprio poder.
É este o sacrifício da Páscoa que traz a salvação a todos os que foram libertados da escravatura do Egipto e do Faraó, isto é, do demónio. Recebei-o em união connosco com a avidez de um coração religioso.

Segunda-feira, dia 17 de Agosto de 2015

Segunda-feira da 20ª semana do Tempo Comum

Naqueles dias, os filhos de Israel procederam mal aos olhos do Senhor e prestaram culto aos ídolos.
Abandonaram o Senhor, Deus dos seus pais, que os tinha feito sair da terra do Egipto e seguiram outros deuses dos povos vizinhos; adoraram-nos e provocaram a indignação do Senhor.
Abandonaram o Senhor e prestaram culto a Baal e a Astarté.
A ira do Senhor inflamou-se contra os israelitas. O Senhor deixou-os à mercê de salteadores que os saquearam, entregou-os nas mãos dos inimigos que os rodeavam e a quem nunca mais puderam resistir.
Em todas as suas expedições, a mão do Senhor estava contra eles como o Senhor tinha dito e jurado. E assim se viram na maior aflição.
Então o Senhor suscitava juízes que livravam os israelitas das mãos dos salteadores.
Mas eles nem sequer escutavam os juízes: prostituíam-se no culto de outros deuses e prostravam-se diante deles. Depressa se desviaram do caminho que seus pais tinham seguido na obediência aos mandamentos do Senhor. Mas eles não os imitavam.
Quando o Senhor lhes suscitava um juiz, o Senhor estava com o juiz. Salvava-os das mãos dos inimigos durante o tempo em que o juiz vivia porque o Senhor compadecia-Se quando eles gemiam por causa dos seus opressores e tiranos.
Mas quando o juiz morria, voltavam a corromper-se mais do que os seus pais, seguindo outros deuses, prestando-lhes culto e prostrando-se diante deles, sem abandonarem as suas más acções nem o seu comportamento perverso.
Livro de Salmos 106(105),34-35.36-37.39-40.43ab.44.
Não exterminaram os povos
como o Senhor lhes tinha mandado,
mas misturaram-se com os pagãos
e imitaram os seus costumes.

Prestaram culto aos seus ídolos
que foram para eles uma armadilha;
e imolaram seus filhos
e suas filhas aos demónios.

Contaminaram-se com as suas próprias obras, prostituíram-se com seus crimes.
Por isso se inflamou a ira do Senhor contra o seu povo
e Ele abominou a sua herança.
Muitas vezes Deus os libertou,
mas eles mostraram-se rebeldes nos seus caprichos
e mergulharam sempre mais na sua maldade.
Contudo Ele reparou na sua aflição
e ouviu os seus lamentos. 


Evangelho segundo S. Mateus 19,16-22.
Naquele tempo, aproximou-se de Jesus Cristo um jovem que Lhe perguntou: «Mestre, que hei-de fazer de bom para alcançar a vida eterna?»
Jesus Cristo respondeu-lhe: «Porque Me interrogas sobre o que é bom? Bom é um só(só o Bem salva e nos faz felizes e nos mantém com Deus). Mas se queres entrar na vida, guarda os mandamentos».
Ele perguntou: «Que mandamentos?». Jesus Cristo respondeu-lhe: «Não matarás, não cometerás adultério; não furtarás; não levantarás falso testemunho;
honra pai e mãe; ama o teu próximo como a ti mesmo».
Disse-lhe o jovem: «Tudo isso tenho eu guardado. Que me falta ainda?».
Jesus Cristo respondeu-lhe: «Se queres ser perfeito, vende o que tens e dá-o aos pobres e terás um tesouro nos Céus. Depois vem e segue-Me».
Ao ouvir estas palavras, o jovem retirou-se entristecido porque tinha muitos bens.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São Gregório Magno (c. 540-604), papa, doutor da Igreja
Homilia 5 sobre o Evangelho
«Terás um tesouro nos céus»
Que ninguém diga, ao ver como outros deixam grandes bens: «Gostaria de imitar aqueles que assim se desprendem do mundo, mas não tenho nada para deixar.» Deixais muito, meus irmãos, quando renunciais aos desejos terrenos. Com efeito, os nossos bens exteriores, mesmo sendo pequenos, são suficientes aos olhos do Senhor, pois Ele vê o coração e não a fortuna. Ele não pesa o valor mercantil do sacrifício, mas a intenção daquele que o oferece. [...] O Reino de Deus não tem preço e, no entanto, para ti custa exactamente aquilo que tens. [...] A Pedro e a André custou o abandono de uma barca e de umas redes; à viúva, duas pequenas moedas; a outro, um copo de água fresca (Mt l0,42). O Reino de Deus, como dissemos, custa aquilo que tens. Vedes, meus irmãos, como é fácil adquiri-lo e precioso possuí-lo?
Mas talvez nem tenhas um copo de água fresca a oferecer ao pobre que dela necessita. Mesmo então a Palavra de Deus pacifica-nos. [...] «Paz na terra aos homens de boa vontade» (Lc 2,l4). [...] Ainda que exteriormente não tenha nada para Te oferecer, ó Senhor Deus, em mim mesmo encontro o que colocarei sobre o altar para teu louvor. Tu comprazes-Te com as ofertas do coração.

Terça-feira, dia 18 de Agosto de 2015

Terça-feira da 20 semana do Tempo Comum

Naqueles dias, o Anjo do Senhor veio sentar-se debaixo do carvalho de Ofra que pertencia a Joás, da família de Abiezer. Seu filho Gedeão estava a malhar trigo no lagar para o esconder dos madianitas.
O Anjo do Senhor apareceu-lhe e disse-lhe: «O Senhor está contigo, valente guerreiro».
Gedeão respondeu-lhe: «Perdão, meu senhor. Se o Senhor está connosco porque nos têm sucedido todas estas desgraças? Onde estão todos esses prodígios que os nossos pais nos contaram, dizendo: ‘O Senhor libertou-nos da terra do Egipto’? Mas agora o Senhor abandonou-nos e entregou-nos nas mãos de Madiã».
Então o Senhor voltou-Se para ele e disse-lhe: «Vai com essa tua força salvar Israel das mãos de Madiã. Não sou Eu que te envio?».
Gedeão respondeu: «Perdão, meu Senhor. Como poderei salvar Israel? A minha família é a mais humilde de Manassés e eu sou o último da casa de meu pai».
O Senhor disse-lhe: «Eu estarei contigo e tu vencerás Madiã como se ele fosse um só homem».
Disse Gedeão: «Se encontrei graça a vossos olhos, dai-me um sinal de que sois Vós que me falais.
Não Vos afasteis daqui até que eu volte para junto de Vós, trazendo a minha oferta para a colocar na vossa presença». O Senhor respondeu: «Ficarei até que voltes».
Gedeão entrou em casa, preparou um cabrito e com uma medida de farinha fez pães ázimos. Colocou a carne num cesto, deitou o molho num tacho, levou tudo para debaixo do carvalho e ofereceu-Lho.
Disse-lhe o Anjo do Senhor: «Toma a carne e os pães ázimos, coloca-os sobre essa pedra e derrama o molho sobre eles». Gedeão assim fez.
O Anjo do Senhor estendeu a ponta da vara que tinha na mão e tocou na carne e nos pães ázimos. Saiu então fogo da rocha e consumiu a carne e os pães. E o Anjo do Senhor desapareceu da sua vista.
Gedeão reconheceu que era o Anjo do Senhor e disse: «Ai de mim, Senhor Deus! Eu vi face a face o Anjo do Senhor».
Mas o Senhor respondeu-lhe: «A paz esteja contigo. Não tenhas medo porque não morrerás».
Gedeão ergueu ali um altar ao Senhor e chamou-lhe «O Senhor é a paz».
Livro de Salmos 85(84),9.11-12.13-14.
Escutemos o que diz o Senhor:
Deus fala de paz ao seu povo e aos seus fiéis
e a quantos de coração a Ele se convertem (passam a praticar só o bem).
Encontraram-se a misericórdia e a fidelidade, abraçaram-se a paz e a justiça.

A fidelidade vai germinar da terra
e a justiça descerá do Céu.
O Senhor dará ainda o que é bom
e a nossa terra produzirá os seus frutos.

A justiça caminhará à sua frente
e a paz seguirá os seus passos.


Evangelho segundo S. Mateus 19,23-30.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Em verdade vos digo: Um rico dificilmente entrará no reino dos Céus.
É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no reino de Deus».
Ao ouvirem estas palavras, os discípulos ficaram muito admirados e disseram: «Quem poderá então salvar-se?».
Jesus Cristo olhou para eles e respondeu: «Aos homens isso é impossível, mas a Deus tudo é possível».
Então Pedro tomou a palavra e disse-Lhe: «Nós deixámos tudo para Te seguir. Que recompensa teremos?».
Jesus Cristo respondeu: «Em verdade vos digo: No mundo renovado, quando o Filho do homem vier sentar-Se no seu trono de glória, também vós que Me seguistes vos sentareis em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel.
E todo aquele que tiver deixado casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos ou terras, por causa do meu nome, receberá cem vezes mais e terá como herança a vida eterna.
Muitos dos primeiros (crentes) serão os últimos (na vida eterna) e muitos dos últimos (crentes) serão os primeiros (na vida eterna porque são os que se converteram mesmo)».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São Pedro Damião (1007-1072), eremita, bispo, doutor da Igreja
Sermão 9; PL 1, 54-553
«Receberá cem vezes mais agora, no tempo presente» (Mc 10, 30)
Temos de viver desligados das coisas que possuímos e da nossa própria vontade se quisermos seguir Aquele que não tinha «onde reclinar a cabeça» (Lc 9,58) e que não veio para fazer a sua vontade mas, como Ele próprio disse, «a vontade daquele que Me enviou» (Jo 6,38). [...]. Conheceremos assim por experiência própria o que a Vontade promete a todo aquele que tudo abandona e que caminha seguindo os seus passos: «Receberá cem vezes mais agora [...] e no tempo futuro, a vida eterna» (Mc 10,30). De facto, o dom do cêntuplo é um grande conforto para a nossa caminhada e a posse da vida eterna será a felicidade infinita na pátria celeste.
Mas o que é este cêntuplo? É, muito simplesmente, o consolo do Espírito que é doce como mel, as visitas que Ele nos faz e os seus primeiros frutos. É o testemunho da nossa consciência, é a feliz e muito alegre espera dos justos, é a memória da bondade generosa de Deus e é também, na verdade, a imensidão da sua doçura. Os que experienciaram estes dons não precisam que deles lhes falemos; mas como descrevê-los, por simples palavras, a quem não os conhece?

Quarta-feira, dia 19 de Agosto de 2015

Quarta-feira da 20ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : S. João Eudes, presbítero, +1680

Livro de Juízes 9,6-15.
Naqueles dias, todos os chefes de Siquém e todo o Bet-Milo se reuniram junto do carvalho da estela que está em Siquém e proclamaram rei Abimelec.
Quando deram a notícia a Joatão, ele foi colocar-se no cimo do monte Garizim e levantou a voz, dizendo: «Escutai-me, chefes de Siquém e Deus também vos escutará.
Certo dia, as árvores resolveram escolher um rei. Disseram à oliveira: ‘Reina sobre nós’.
A oliveira respondeu-lhes: ‘Terei de renunciar ao meu azeite que dá honra aos deuses e aos homens para me baloiçar por cima das árvores?’.
Então as árvores disseram à figueira: ‘Vem tu reinar sobre nós’.
Mas a figueira respondeu-lhes: ‘Terei de renunciar à doçura do meu saboroso fruto para ir baloiçar-me por cima das árvores?’.
E as árvores disseram à videira: ‘Vem tu reinar sobre nós’.
Mas a videira respondeu-lhes: ‘Terei de renunciar ao meu vinho novo que alegra os deuses e os homens para ir baloiçar-me por cima das árvores?’.
Então todas as árvores disseram ao espinheiro: ‘Vem tu reinar sobre nós’.
E o espinheiro respondeu às árvores: ‘Se é de boa-fé que me quereis ungir como vosso rei, vinde acolher-vos à minha sombra. Se não, sairá fogo do espinheiro e devorará os cedros do Líbano’».
Livro de Salmos 21(20),2-3.4-5.6-7.
Senhor, o rei alegra-se com o vosso poder
e exulta de contente com o vosso auxílio.
Satisfizestes os anseios do seu coração,
não rejeitastes o pedido de seus lábios.

Vós o cumulastes de bênçãos preciosas,
cingistes sua fronte com uma coroa de ouro fino.
Pediu-vos a vida e Vós lha concedestes,
uma vida longa para muitos anos.

Graças à vossa protecção, é grande a sua glória,
Vós o revestistes de esplendor e majestade.
Para sempre o abençoastes
e enchestes de alegria na vossa presença.


Evangelho segundo S. Mateus 20,1-16a.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos a seguinte parábola: «O reino dos Céus pode comparar-se a um proprietário que saiu muito cedo a contratar trabalhadores para a sua vinha.
Ajustou com eles um denário por dia e mandou-os para a sua vinha.
Saiu a meia manhã, viu outros que estavam na praça ociosos
e disse-lhes: ‘Ide vós também para a minha vinha e dar-vos-ei o que for justo’.
E eles foram. Voltou a sair por volta do meio-dia e pelas três horas da tarde e fez o mesmo.
Saindo ao cair da tarde, encontrou ainda outros que estavam parados e disse-lhes: ‘Porque ficais aqui todo o dia sem trabalhar?’.
Eles responderam-lhe: ‘Ninguém nos contratou’. Ele disse-lhes: ‘Ide vós também para a minha vinha’.
Ao anoitecer, o dono da vinha disse ao capataz: ‘Chama os trabalhadores e paga-lhes o salário a começar pelos últimos e a acabar nos primeiros’.
Vieram os do entardecer e receberam um denário cada um.
Quando vieram os primeiros, julgaram que iam receber mais, mas receberam também um denário cada um.
Depois de o terem recebido, começaram a murmurar contra o proprietário, dizendo:
‘Estes últimos trabalharam só uma hora e deste-lhes a mesma paga que a nós que suportámos o peso do dia e o calor’.
Mas o proprietário respondeu a um deles: ‘Amigo, em nada te prejudico. Não foi um denário que ajustaste comigo?
Leva o que é teu e segue o teu caminho. Eu quero dar a este último tanto como a ti.
Não me será permitido fazer o que quero do que é meu? Ou serão maus os teus olhos porque eu sou bom?’.
Assim os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos» (porque quis este proprietário começar pelos últimos? Porque assim iria conhecer verdadeiramente todos eles. Os últimos como ficaram? Agradecidos? Acharam justo? Os primeiros compreenderam que os últimos e as suas famílias teriam as mesmas necessidades que eles? Só não tiveram a sorte de serem logo contratados? Uma coisa é aquele que se vê, outra é quem ele realmente é e na vida não há equívocos; não pode entrar o mal. Depois tudo foi feito de acordo com o estabelecido).
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja
Homilia para Sexta-feira Santa «A cruz e o ladrão»
O homem da décima primeira hora: «Os últimos serão os primeiros»
Que fez, pois o ladrão para receber em herança o paraíso, logo a seguir à cruz? [...] Enquanto Pedro negou a Jesus Cristo, o ladrão, do alto da cruz, deu testemunho dele. Não digo isto para denegrir Pedro; digo-o para pôr em evidência a grandeza de alma do ladrão. [...] Aquele ladrão não deu a menor importância à população que, à sua volta acusava e vociferava, cobrindo-os de blasfémias e de sarcasmos nem sequer teve em conta o estado miserável do Crucificado que tinha diante de si, mas lançou sobre tudo isso um olhar cheio de fé. [...] Virou-se para o Senhor dos céus e, entregando-se a Ele, disse: «Lembra-te de mim, Senhor, quando fores para o teu Reino» (Lc 23,42). Não menosprezemos o exemplo do ladrão nem tenhamos vergonha de o tomarmos como mestre, a ele que nosso Senhor não desdenhou de fazer entrar no paraíso em primeiro lugar. [...]
Ele não lhe disse como fizera a Pedro: «Vem, segue-Me e farei de ti um pescador de homens» (Mt 4,19). Também não lhe disse como aos Doze: «Sentar-vos-eis sobre doze tronos para julgar as doze tribos de Israel» (Mt 19,28). Não o agraciou com nenhum título; não lhe mostrou qualquer milagre. O ladrão não O viu ressuscitar mortos nem expulsar demónios; não viu o mar obedecer-Lhe. Jesus Cristo não lhe disse nada acerca do Reino nem da geena. E, contudo este homem deu testemunho dele diante de todos e recebeu o Reino em herança.

Quinta-feira, dia 20 de Agosto de 2015

Quinta-feira da 20ª semana do Tempo Comum

Naqueles dias, o espírito do Senhor veio sobre Jefté que percorreu Galaad e Manassés, atravessou Mispá de Galaad e dali passou ao território dos amonitas.
Jefté fez este voto ao Senhor: «Se me entregardes os amonitas nas minhas mãos e eu voltar em paz da campanha contra eles,
a primeira pessoa que sair da porta da minha casa para vir ao meu encontro, pertencerá ao Senhor e eu a oferecerei em holocausto».
Jefté passou então ao território dos amonitas para travar combate com eles e o Senhor entregou-os nas suas mãos.
Desbaratou-os desde Aroer até perto de Minit, tomando vinte cidades e chegou até Abel-Queramin. Com esta enorme derrota, os amonitas ficaram humilhados perante os filhos de Israel.
Quando Jefté voltava para casa em Mispá, sua filha saiu ao seu encontro, dançando ao som de tamborins. Era filha única; além dela não tinha outros filhos ou filhas.
Logo que a viu, Jefté rasgou as vestes e disse: «Ai, minha filha, que me trazes tanta angústia! És a causa da minha desgraça! Eu tomei um compromisso diante do Senhor e não posso voltar atrás».
Ela respondeu-lhe: «Meu pai, se te comprometeste com o Senhor, trata-me segundo o compromisso que tomaste uma vez que o Senhor te concedeu a desforra contra os filhos de Amon, teus inimigos».
Depois disse ao pai: «Apenas te peço um favor: Deixa-me livre durante dois meses para eu ir pelos montes com as minhas companheiras e chorar por ter de morrer virgem».
O pai respondeu-lhe: «Então vai!». E deixou-a partir por dois meses. Ela foi com as suas companheiras e andou a chorar pelos montes por ter de morrer virgem.
Passados os dois meses, voltou para junto do pai e ele cumpriu o voto que fizera.
Livro de Salmos 40(39),5.7-8a.8b-9.10.
Feliz de quem pôs a sua confiança no Senhor
e não se voltou para os arrogantes.
Feliz de quem pôs a sua confiança no Senhor
e não se voltou para os que seguem a mentira.

Não Vos agradaram sacrifícios nem oblações,
mas abristes-me os ouvidos;
não pedistes holocaustos nem expiações,
então clamei: «Aqui estou».

«De mim está escrito no livro da Lei
que faça a vossa vontade (praticar apenas o bem).
Assim o quero, ó Senhor Deus,
a vossa lei está no meu coração».

Proclamei a justiça na grande assembleia,
não fechei os meus lábios, Senhor, bem o sabeis.
Evangelho segundo S. Mateus 22,1-14.
Naquele tempo, Jesus Cristo dirigiu-Se de novo aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos do povo e, falando em parábolas, disse-lhes:
«O reino dos Céus pode comparar-se a um rei que preparou um banquete nupcial para o seu filho.
Mandou os servos chamar os convidados para as bodas, mas eles não quiseram vir.
Mandou ainda outros servos, ordenando-lhes: ‘Dizei aos convidados: Preparei o meu banquete, os bois e cevados foram abatidos, tudo está pronto. Vinde às bodas’.
Mas eles, sem fazerem caso, foram um para o seu campo e outro para o seu negócio;
os outros apoderaram-se dos servos, trataram-nos mal e mataram-nos.
O rei ficou muito indignado e enviou os seus exércitos que acabaram com aqueles assassinos e incendiaram a cidade.
Disse então aos servos: ‘O banquete está pronto, mas os convidados não eram dignos.
Ide às encruzilhadas dos caminhos e convidai para as bodas todos os que encontrardes’.
Então os servos, saindo pelos caminhos, reuniram todos os que encontraram, maus e bons. E a sala do banquete encheu-se de convidados.
O rei, quando entrou para ver os convidados, viu um homem que não estava vestido com o traje nupcial
e disse-lhe: ‘Amigo, como entraste aqui sem o traje nupcial?’ Mas ele ficou calado (não era do Bem; era egoísta, praticava o mal).
O rei disse então aos servos: ‘Amarrai-lhe os pés e as mãos e lançai-o às trevas exteriores(ao mundo das trevas, da escuridão); aí haverá choro (porque sem Deus e no mal) e ranger de dentes (porque muito frio)’.
Na verdade, muitos são os chamados, mas poucos os escolhidos (porque só os que não praticam o mal)».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São Tiago de Sarug (c. 449-521), monge e bispo sírio
Homilia sobre o véu de Moisés
«Vinde ao banquete de núpcias»
As mulheres não estão tão fortemente unidas aos maridos como a Igreja está ao Filho de Deus. Que esposo, para além de Nosso Senhor, morreu jamais por sua esposa, que esposa escolheu jamais um crucificado como esposo? Quem deu jamais o seu sangue como presente a sua esposa senão Aquele que morreu na cruz, selando a união nupcial por meio das suas chagas? Quem se viu jamais morto e jacente no banquete das próprias núpcias com a esposa a seu lado, pedindo para ser consolada? Em que festa, em que banquete senão neste se distribuiu aos convivas, sob a forma de pão, o corpo do esposo?
A morte separa as esposas dos maridos, mas neste caso une a Esposa a seu Bem-Amado. Ele morreu na cruz, deixando o seu corpo a sua gloriosa Esposa; agora, Ela toma-O em alimento todos os dias à sua mesa. Alimenta-se dele sob a forma de pão e sob a forma de vinho para que o mundo reconheça que já não são dois, mas um só.

Sexta-feira, dia 21 de Agosto de 2015

Sexta-feira da 20ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : S. Pio X, papa, +1914

Livro de Rute 1,1.3-6.14b-16.22.
No tempo em que os juízes governavam, houve uma fome no país. Certo homem deixou Belém de Judá e emigrou para os campos de Moab com a mulher e dois filhos.
Elimelec, marido de Noémi, faleceu e ela ficou só com os seus dois filhos.
Ambos casaram com esposas moabitas, uma chamada Orpa e a outra Rute. Permaneceram lá cerca de dez anos.
Entretanto os filhos também morreram e Noémi ficou só sem os dois filhos e sem o marido.
Resolveu então voltar dos campos de Moab, juntamente com as noras, por ter sabido, nos campos de Moab, que o Senhor tinha abençoado o seu povo, dando-lhe pão.
Orpa despediu-se da sogra e voltou para o seu povo; mas Rute ficou com Noémi.
Disse-lhe Noémi: «Olha que a tua cunhada voltou para o seu povo e para o seu deus. Vai também com ela».
Rute respondeu-lhe: «Não insistas comigo para que te deixe e me afaste de ti, pois irei para onde fores e viverei onde viveres. O teu povo será o meu povo e o teu Deus será o meu Deus».
Foi assim que Noémi regressou dos campos de Moab, trazendo consigo sua nora Rute, a moabita. Chegaram a Belém no início da ceifa da cevada.
Livro de Salmos 146(145),5-6.7.8-9a.9bc-10.
Feliz o que tem por auxílio o Deus de Jacob,
o que põe a sua confiança no Senhor Deus,
Criador dos céus e da terra,
do mar e de tudo o que ele encerra.

O Senhor faz justiça aos oprimidos,
dá pão aos que têm fome
e a liberdade aos cativos.
O Senhor ilumina os olhos dos cegos,
o Senhor levanta os abatidos,
o Senhor ama os justos.

O Senhor protege os peregrinos,
ampara o órfão e a viúva
E entrava o caminho aos pecadores.
O Senhor reina eternamente;
o teu Deus, ó Sião,
é rei por todas as gerações.


Evangelho segundo S. Mateus 22,34-40.
Naquele tempo, os fariseus, ouvindo dizer que Jesus Cristo tinha feito calar os saduceus, reuniram-se em grupo
e um doutor da Lei perguntou a Jesus Cristo para O experimentar:
«Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?».
Jesus Cristo respondeu: «‘Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todo o teu espírito’.
Este é o maior e o primeiro mandamento.
O segundo, porém é semelhante a este: ‘Amarás o teu próximo como a ti mesmo’.
Nestes dois mandamentos se resumem toda a Lei e os Profetas».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São Basílio (c. 330-379), monge, bispo de Cesareia da Capadócia, doutor da Igreja
Grandes Regras
«Este é o maior e o primeiro mandamento. O segundo, porém, é semelhante a este»
Recebemos o preceito de amar o nosso próximo como a nós mesmos, mas Deus deu-nos também uma disposição natural para o fazermos. Com efeito, nada é mais conforme à nossa natureza do que vivermos juntos, procurarmo-nos uns aos outros e amarmos o nosso semelhante. O Senhor pede-nos assim os frutos daquilo que já depositou em nós como germe quando diz: «Dou-vos um mandamento novo: que vos ameis uns aos outros» (Jo 13,34).
Com o objectivo de excitar a nossa alma a obedecer a este preceito, Ele não quis que a marca dos seus discípulos se encontrasse em prodígios ou em obras extraordinárias, ainda que eles tivessem recebido o dom do Espírito Santo. Pelo contrário, diz: «Reconhecerão que sois meus discípulos por esse amor que tiverdes uns pelos outros» (Jo 13,35). E coloca uma tal ligação entre os dois mandamentos que considera como feitas a Si mesmo as boas acções realizadas para com o próximo: «Porque tive sede e destes-Me de beber.» E acrescenta: «Tudo o que tiverdes feito ao mais pequeno (insignificante na escala social) dos meus irmãos (praticantes do bem), foi a Mim que o fizestes» (Mt 25,35-40).
A observância do primeiro mandamento contém assim a observância do segundo e pelo segundo retornamos ao primeiro. Aquele que ama a Deus amará o seu próximo: «Aquele que Me ama cumprirá os meus mandamentos», diz o Senhor. «O meu mandamento é este: que vos ameis uns aos outros como Eu vos amei» (Jo 14,23; 15,12). Repito-vos, pois: quem ama o seu próximo cumpre o seu dever de amor para com Deus porque Deus considera esse dom como feito a Si próprio.

Sábado, dia 22 de Agosto de 2015

Sábado da 20ª semana do Tempo Comum

Festa da Igreja : Nossa Senhora Rainha
Calendário da Igreja disponível este dia

Livro de Rute 2,1-3.8-11.4,13-17.
Noémi tinha um parente da parte do marido, homem importante pela sua fortuna. Era da família de Elimelec e chamava-se Booz.
Um dia, Rute, a moabita, disse a Noémi: «Deixa-me ir ao campo apanhar espigas, atrás de quem me acolher favoravelmente». Noémi respondeu-lhe: «Vai, minha filha».
Ela saiu para ir apanhar espigas no campo, atrás dos ceifeiros e foi ter por acaso a um campo que era de Booz, parente de Elimelec.
Booz disse a Rute: «Escuta, minha filha, não vás apanhar espigas noutro campo. Não te afastes daqui, fica com as minhas servas.
Repara bem no terreno em que estão a ceifar e vai atrás delas que eu dei ordens aos meus servos para não te incomodarem. Se tiveres sede, vai às bilhas beber da água que eles beberem».
Então Rute prostrou-se de rosto em terra e disse-lhe: «Porque encontrei favor a teus olhos, de modo que te interessaste por mim que sou uma estrangeira?».
Booz respondeu-lhe: «Eu estou informado de tudo o que tens feito à tua sogra, depois da morte do teu marido. Deixaste pai e mãe e a terra onde nasceste e vieste para um povo que não conhecias».
Depois desposou Rute que se tornou sua mulher e conviveu com ela. O Senhor deu-lhe a graça de conceber e ela deu à luz um filho.
As mulheres disseram a Noémi: «Bendito seja o Senhor que não te recusou hoje quem assegurasse a tua descendência. O seu nome seja celebrado em Israel!
Será a consolação da tua alma e o amparo da tua velhice, pois nasceu da tua nora que é tão tua amiga e vale mais para ti do que sete filhos».
Noémi tomou o menino ao colo e foi ela que o criou.
As vizinhas deram nome ao menino, dizendo: «Nasceu um filho a Noémi». E deram-lhe o nome de Obed. Obed foi o pai de Jessé, pai de David.
Livro de Salmos 128(127),1-2.3.4.5.
Feliz de ti, que adoras o Senhor
e andas nos seus caminhos.
Comerás do trabalho das tuas mãos,
serás feliz e tudo te correrá bem.

Tua esposa será como videira fecunda
no íntimo do teu lar;
teus filhos serão como ramos de oliveira
ao redor da tua mesa.

Assim será abençoado o homem que adora o Senhor.
De Sião te abençoe o Senhor:
vejas a prosperidade de Jerusalém
todos os dias da tua vida.


Evangelho segundo S. Mateus 23,1-12.
Naquele tempo, Jesus Cristo falou à multidão e aos discípulos, dizendo:
«Na cadeira de Moisés sentaram-se os escribas e os fariseus.
Fazei e observai tudo quanto vos disserem, mas não imiteis as suas obras porque eles dizem e não fazem.
Atam fardos pesados e põem-nos aos ombros dos homens, mas eles nem com o dedo os querem mover.
Tudo o que fazem é para serem vistos pelos homens: alargam as filactérias e ampliam as borlas;
gostam do primeiro lugar nos banquetes e dos primeiros assentos nas sinagogas,
das saudações nas praças públicas e que os tratem por ‘Mestres’.
Vós, porém não vos deixeis tratar por ‘Mestres’ porque um só é o vosso Mestre e vós sois todos irmãos.
Na terra não chameis a ninguém vosso ‘Pai’ porque um só é o vosso pai, o Pai celeste.
Nem vos deixeis tratar por ‘Doutores’ porque um só é o vosso doutor (médico).
Aquele que for o maior entre vós, será o vosso servo. (o universo de Deus é do serviço; o das trevas da opressão, egoísmo, destruição)
Quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São Bento (480-547), monge, co-padroeiro da Europa
Regra monástica, cap. 7
«O maior de entre vós será o vosso servo»
Irmãos, a Escritura divina proclama-nos que «quem se exaltar será humilhado e quem se humilhar será exaltado» e com isso quer mostrar-nos que toda a exaltação é uma forma de orgulho. Assim prova o salmista que dele se acautela quando diz: «Senhor, o meu coração não é orgulhoso nem os meus olhos são altivos; não corro atrás de grandezas ou de coisas superiores a mim» (Sl 130,1). [...] Daqui resulta, irmãos, que, se quisermos atingir o cume da suprema humildade e chegar rapidamente às alturas celestes aonde podemos subir pela humildade de vida terrena, temos de pôr de pé a escada que apareceu em sonhos a Jacob e trepar por ela com os nossos actos tal como ele viu «os anjos subir e descer» (Gn 28,12), pois este subir e este descer não podem ter para nós outro significado senão o de, pela exaltação, descer e pela humildade subir. Ora aquela escada posta de pé mais não é do que a nossa vida neste mundo que o Senhor levanta até ao céu sempre que o nosso coração se humilha. [...] (caminho da santidade e não da felicidade)
O primeiro degrau da humildade consiste em ter sempre presente no pensamento o temor de Deus e em nunca o esquecer, esforçando-nos por relembrar sempre tudo aquilo a que Deus mandou obedecer. [...] Para estar vigilante contra a malícia dos seus pensamentos, o irmão deveras humilde há-de repetir sem parar no seu coração: «Tenho sido sincero para com Deus e guardei-me do pecado» (Sl 17,24). E quanto a seguirmos a nossa vontade própria, a Escritura no-lo impede ao dizer-nos: «Refreia os teus apetites» (Sir 18,30). É por essa razão que, no Pai Nosso, pedimos a Deus que a sua vontade se faça em nós. [...] «Os olhos do Senhor observam maus e bons; do céu o Senhor olha para os seres humanos a ver se há alguém sensato, alguém que ainda procure a Deus» (Pr 15,3; Sl 13,2). [...]
Tendo subido todos os degraus da humildade, o monge depressa chegará ao amor de Deus, a esse amor que, tornado perfeito, afugenta todo o temor (1Jo 4,18); graças a ele, tudo aquilo que dantes cumpria a medo, agora levará a cabo sem custo algum, com toda a naturalidade e de modo habitual, [...] por amor a Jesus Cristo, por hábito do bem e gosto da virtude. Tudo isso o Senhor Se dignará manifestar de aí em diante no seu operário, pelo Espírito Santo.
©

Os meus filmes

1.º – As Amendoeiras em Flor e o Corridinho Algarvio.wmv           http://www.youtube.com/watch?v=NtaRei5qj9M&feature=youtu.be
2.º – O Cemitério de Lagos
3.º – Lagos e a sua Costa Dourada
4.º – Natal de 2012
5.º – Tempo de Poesia

Os meus blogues

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http://www.passo-a-rezar.net/       meditações cristãs
http://www.descubriter.com/pt/             Rota Europeia dos Descobrimentos
http://www.psd.pt/ Homepage - “Povo Livre” - Arquivo - PDF
http://www.radiosim.pt/        18,30h – terço todos os dias
(livros, música, postais, … cristãos)
Página 1          (novo jornal online gratuito)
http://www.livestream.com/stantonius         16h20 – terço;  17h00 – missa  (hora de Lisboa)        http://www.santo-antonio.webnode.pt/



  
"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68

Domingo, dia 16 de Agosto de 2015

20º Domingo do Tempo Comum - Ano B

A Sabedoria edificou a sua casa e levantou sete colunas.
Abateu os seus animais, preparou o vinho e pôs a mesa.
Enviou as suas servas a proclamar nos pontos mais altos da cidade:
«Quem é inexperiente venha por aqui». E aos insensatos ela diz:
«Vinde comer do meu pão e beber do vinho que vos preparei.
Deixai a insensatez e vivereis; segui o caminho da prudência».
Livro de Salmos 34(33),2-3.10-11.12-13.14-15.
A toda a hora bendirei o Senhor,
o seu louvor estará sempre na minha boca.
A minha alma gloria-se no Senhor:
escutem e alegrem-se os humildes.

Adorai o Senhor, vós os seus fiéis,
porque nada falta aos que O adoram.
Os poderosos empobrecem e passam fome,
aos que procuram o Senhor não faltará riqueza alguma.

Vinde, filhos, escutai-me,
vou ensinar-vos o amor do Senhor.
Qual é o homem que ama a vida,
que deseja longos dias de felicidade?

Guarda do mal a tua língua
e da mentira os teus lábios.
Evita o mal e faz o bem,
procura a paz e segue os seus passos.

Carta aos Efésios 5,15-20.
Irmãos: Vede bem como procedeis. Não vivais como insensatos, mas como pessoas inteligentes.
Aproveitai bem o tempo porque os dias que correm são maus.
Por isso não sejais irreflectidos, mas procurai compreender qual é a vontade do Senhor.
Não vos embriagueis com o vinho que é causa de luxúria, mas enchei-vos do Espírito Santo,
recitando entre vós salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando e salmodiando em vossos corações,
agradecendo, por tudo e em todo o tempo, a Deus e ao Pai, em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Evangelho segundo S. João 6,51-58.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo à multidão: «Eu sou o pão vivo que desceu do Céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que Eu hei-de dar é minha carne que Eu darei pela vida do mundo».
Os judeus discutiam entre si: «Como pode Ele dar-nos a sua carne a comer?».
E Jesus Cristo disse-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: Se não comerdes a carne do Filho do homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós.
Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e Eu o ressuscitarei no último dia.
A minha carne é verdadeira comida e o meu sangue é verdadeira bebida.
Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em Mim e Eu nele.
Assim como o Pai, que vive, Me enviou e Eu vivo pelo Pai, também aquele que Me come viverá por Mim.
Este é o pão que desceu do Céu; não é como o dos vossos pais que o comeram e morreram: quem comer deste pão viverá eternamente».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São Gaudêncio de Brescia (?-após 406), bispo
Homilia pascal; CSEL 68, 30
«Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em Mim e Eu nele.»
O sacrifício celeste instituído por Jesus Cristo é verdadeiramente a herança legada pelo seu novo testamento; Ele deixou-no-la na noite em que ia ser entregue para ser crucificado como garante da sua presença. Ele é o viático da nossa viagem, o nosso alimento no caminho da vida até chegarmos à outra Vida, depois de deixarmos este mundo. Era por isso que o Senhor dizia: «Se não comerdes a carne do Filho do homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós.»
Ele quis que os seus benefícios permanecessem entre nós; quis que as almas resgatadas pelo seu sangue precioso fossem sempre santificadas à imagem da sua própria Paixão. Foi por essa razão que ordenou aos seus discípulos fiéis, que estabeleceu como primeiros sacerdotes da sua Igreja, que celebrassem estes mistérios de vida eterna. [...] Com efeito a multidão dos fiéis devia ter todos os dias diante dos olhos a representação da Paixão de Jesus Cristo; tendo-a nas mãos, recebendo-a na boca e no coração, ficaremos com uma recordação indelével da nossa redenção.
É preciso que o pão seja feito com a farinha de numerosos grãos de fermento misturada com água e que receba do fogo o seu acabamento. Aí temos então uma imagem semelhante ao corpo de Jesus Cristo, pois sabemos que Ele forma um só corpo com a multidão dos homens, que recebeu o seu acabamento do fogo do Espírito Santo. [...] Do mesmo modo o vinho do seu sangue é extraído de diversos cachos de uvas, isto é, de uvas da vinha plantada por Ele, esmagadas sob o peso da cruz; vertido no coração dos fiéis, aí borbulha pelo seu próprio poder.
É este o sacrifício da Páscoa que traz a salvação a todos os que foram libertados da escravatura do Egipto e do Faraó, isto é, do demónio. Recebei-o em união connosco com a avidez de um coração religioso.

Segunda-feira, dia 17 de Agosto de 2015

Segunda-feira da 20ª semana do Tempo Comum

Naqueles dias, os filhos de Israel procederam mal aos olhos do Senhor e prestaram culto aos ídolos.
Abandonaram o Senhor, Deus dos seus pais, que os tinha feito sair da terra do Egipto e seguiram outros deuses dos povos vizinhos; adoraram-nos e provocaram a indignação do Senhor.
Abandonaram o Senhor e prestaram culto a Baal e a Astarté.
A ira do Senhor inflamou-se contra os israelitas. O Senhor deixou-os à mercê de salteadores que os saquearam, entregou-os nas mãos dos inimigos que os rodeavam e a quem nunca mais puderam resistir.
Em todas as suas expedições, a mão do Senhor estava contra eles como o Senhor tinha dito e jurado. E assim se viram na maior aflição.
Então o Senhor suscitava juízes que livravam os israelitas das mãos dos salteadores.
Mas eles nem sequer escutavam os juízes: prostituíam-se no culto de outros deuses e prostravam-se diante deles. Depressa se desviaram do caminho que seus pais tinham seguido na obediência aos mandamentos do Senhor. Mas eles não os imitavam.
Quando o Senhor lhes suscitava um juiz, o Senhor estava com o juiz. Salvava-os das mãos dos inimigos durante o tempo em que o juiz vivia porque o Senhor compadecia-Se quando eles gemiam por causa dos seus opressores e tiranos.
Mas quando o juiz morria, voltavam a corromper-se mais do que os seus pais, seguindo outros deuses, prestando-lhes culto e prostrando-se diante deles, sem abandonarem as suas más acções nem o seu comportamento perverso.
Livro de Salmos 106(105),34-35.36-37.39-40.43ab.44.
Não exterminaram os povos
como o Senhor lhes tinha mandado,
mas misturaram-se com os pagãos
e imitaram os seus costumes.

Prestaram culto aos seus ídolos
que foram para eles uma armadilha;
e imolaram seus filhos
e suas filhas aos demónios.

Contaminaram-se com as suas próprias obras, prostituíram-se com seus crimes.
Por isso se inflamou a ira do Senhor contra o seu povo
e Ele abominou a sua herança.
Muitas vezes Deus os libertou,
mas eles mostraram-se rebeldes nos seus caprichos
e mergulharam sempre mais na sua maldade.
Contudo Ele reparou na sua aflição
e ouviu os seus lamentos. 


Evangelho segundo S. Mateus 19,16-22.
Naquele tempo, aproximou-se de Jesus Cristo um jovem que Lhe perguntou: «Mestre, que hei-de fazer de bom para alcançar a vida eterna?»
Jesus Cristo respondeu-lhe: «Porque Me interrogas sobre o que é bom? Bom é um só(só o Bem salva e nos faz felizes e nos mantém com Deus). Mas se queres entrar na vida, guarda os mandamentos».
Ele perguntou: «Que mandamentos?». Jesus Cristo respondeu-lhe: «Não matarás, não cometerás adultério; não furtarás; não levantarás falso testemunho;
honra pai e mãe; ama o teu próximo como a ti mesmo».
Disse-lhe o jovem: «Tudo isso tenho eu guardado. Que me falta ainda?».
Jesus Cristo respondeu-lhe: «Se queres ser perfeito, vende o que tens e dá-o aos pobres e terás um tesouro nos Céus. Depois vem e segue-Me».
Ao ouvir estas palavras, o jovem retirou-se entristecido porque tinha muitos bens.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São Gregório Magno (c. 540-604), papa, doutor da Igreja
Homilia 5 sobre o Evangelho
«Terás um tesouro nos céus»
Que ninguém diga, ao ver como outros deixam grandes bens: «Gostaria de imitar aqueles que assim se desprendem do mundo, mas não tenho nada para deixar.» Deixais muito, meus irmãos, quando renunciais aos desejos terrenos. Com efeito, os nossos bens exteriores, mesmo sendo pequenos, são suficientes aos olhos do Senhor, pois Ele vê o coração e não a fortuna. Ele não pesa o valor mercantil do sacrifício, mas a intenção daquele que o oferece. [...] O Reino de Deus não tem preço e, no entanto, para ti custa exactamente aquilo que tens. [...] A Pedro e a André custou o abandono de uma barca e de umas redes; à viúva, duas pequenas moedas; a outro, um copo de água fresca (Mt l0,42). O Reino de Deus, como dissemos, custa aquilo que tens. Vedes, meus irmãos, como é fácil adquiri-lo e precioso possuí-lo?
Mas talvez nem tenhas um copo de água fresca a oferecer ao pobre que dela necessita. Mesmo então a Palavra de Deus pacifica-nos. [...] «Paz na terra aos homens de boa vontade» (Lc 2,l4). [...] Ainda que exteriormente não tenha nada para Te oferecer, ó Senhor Deus, em mim mesmo encontro o que colocarei sobre o altar para teu louvor. Tu comprazes-Te com as ofertas do coração.

Terça-feira, dia 18 de Agosto de 2015

Terça-feira da 20 semana do Tempo Comum

Naqueles dias, o Anjo do Senhor veio sentar-se debaixo do carvalho de Ofra que pertencia a Joás, da família de Abiezer. Seu filho Gedeão estava a malhar trigo no lagar para o esconder dos madianitas.
O Anjo do Senhor apareceu-lhe e disse-lhe: «O Senhor está contigo, valente guerreiro».
Gedeão respondeu-lhe: «Perdão, meu senhor. Se o Senhor está connosco porque nos têm sucedido todas estas desgraças? Onde estão todos esses prodígios que os nossos pais nos contaram, dizendo: ‘O Senhor libertou-nos da terra do Egipto’? Mas agora o Senhor abandonou-nos e entregou-nos nas mãos de Madiã».
Então o Senhor voltou-Se para ele e disse-lhe: «Vai com essa tua força salvar Israel das mãos de Madiã. Não sou Eu que te envio?».
Gedeão respondeu: «Perdão, meu Senhor. Como poderei salvar Israel? A minha família é a mais humilde de Manassés e eu sou o último da casa de meu pai».
O Senhor disse-lhe: «Eu estarei contigo e tu vencerás Madiã como se ele fosse um só homem».
Disse Gedeão: «Se encontrei graça a vossos olhos, dai-me um sinal de que sois Vós que me falais.
Não Vos afasteis daqui até que eu volte para junto de Vós, trazendo a minha oferta para a colocar na vossa presença». O Senhor respondeu: «Ficarei até que voltes».
Gedeão entrou em casa, preparou um cabrito e com uma medida de farinha fez pães ázimos. Colocou a carne num cesto, deitou o molho num tacho, levou tudo para debaixo do carvalho e ofereceu-Lho.
Disse-lhe o Anjo do Senhor: «Toma a carne e os pães ázimos, coloca-os sobre essa pedra e derrama o molho sobre eles». Gedeão assim fez.
O Anjo do Senhor estendeu a ponta da vara que tinha na mão e tocou na carne e nos pães ázimos. Saiu então fogo da rocha e consumiu a carne e os pães. E o Anjo do Senhor desapareceu da sua vista.
Gedeão reconheceu que era o Anjo do Senhor e disse: «Ai de mim, Senhor Deus! Eu vi face a face o Anjo do Senhor».
Mas o Senhor respondeu-lhe: «A paz esteja contigo. Não tenhas medo porque não morrerás».
Gedeão ergueu ali um altar ao Senhor e chamou-lhe «O Senhor é a paz».
Livro de Salmos 85(84),9.11-12.13-14.
Escutemos o que diz o Senhor:
Deus fala de paz ao seu povo e aos seus fiéis
e a quantos de coração a Ele se convertem (passam a praticar só o bem).
Encontraram-se a misericórdia e a fidelidade, abraçaram-se a paz e a justiça.

A fidelidade vai germinar da terra
e a justiça descerá do Céu.
O Senhor dará ainda o que é bom
e a nossa terra produzirá os seus frutos.

A justiça caminhará à sua frente
e a paz seguirá os seus passos.


Evangelho segundo S. Mateus 19,23-30.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Em verdade vos digo: Um rico dificilmente entrará no reino dos Céus.
É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no reino de Deus».
Ao ouvirem estas palavras, os discípulos ficaram muito admirados e disseram: «Quem poderá então salvar-se?».
Jesus Cristo olhou para eles e respondeu: «Aos homens isso é impossível, mas a Deus tudo é possível».
Então Pedro tomou a palavra e disse-Lhe: «Nós deixámos tudo para Te seguir. Que recompensa teremos?».
Jesus Cristo respondeu: «Em verdade vos digo: No mundo renovado, quando o Filho do homem vier sentar-Se no seu trono de glória, também vós que Me seguistes vos sentareis em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel.
E todo aquele que tiver deixado casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos ou terras, por causa do meu nome, receberá cem vezes mais e terá como herança a vida eterna.
Muitos dos primeiros (crentes) serão os últimos (na vida eterna) e muitos dos últimos (crentes) serão os primeiros (na vida eterna porque são os que se converteram mesmo)».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São Pedro Damião (1007-1072), eremita, bispo, doutor da Igreja
Sermão 9; PL 1, 54-553
«Receberá cem vezes mais agora, no tempo presente» (Mc 10, 30)
Temos de viver desligados das coisas que possuímos e da nossa própria vontade se quisermos seguir Aquele que não tinha «onde reclinar a cabeça» (Lc 9,58) e que não veio para fazer a sua vontade mas, como Ele próprio disse, «a vontade daquele que Me enviou» (Jo 6,38). [...]. Conheceremos assim por experiência própria o que a Vontade promete a todo aquele que tudo abandona e que caminha seguindo os seus passos: «Receberá cem vezes mais agora [...] e no tempo futuro, a vida eterna» (Mc 10,30). De facto, o dom do cêntuplo é um grande conforto para a nossa caminhada e a posse da vida eterna será a felicidade infinita na pátria celeste.
Mas o que é este cêntuplo? É, muito simplesmente, o consolo do Espírito que é doce como mel, as visitas que Ele nos faz e os seus primeiros frutos. É o testemunho da nossa consciência, é a feliz e muito alegre espera dos justos, é a memória da bondade generosa de Deus e é também, na verdade, a imensidão da sua doçura. Os que experienciaram estes dons não precisam que deles lhes falemos; mas como descrevê-los, por simples palavras, a quem não os conhece?

Quarta-feira, dia 19 de Agosto de 2015

Quarta-feira da 20ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : S. João Eudes, presbítero, +1680

Livro de Juízes 9,6-15.
Naqueles dias, todos os chefes de Siquém e todo o Bet-Milo se reuniram junto do carvalho da estela que está em Siquém e proclamaram rei Abimelec.
Quando deram a notícia a Joatão, ele foi colocar-se no cimo do monte Garizim e levantou a voz, dizendo: «Escutai-me, chefes de Siquém e Deus também vos escutará.
Certo dia, as árvores resolveram escolher um rei. Disseram à oliveira: ‘Reina sobre nós’.
A oliveira respondeu-lhes: ‘Terei de renunciar ao meu azeite que dá honra aos deuses e aos homens para me baloiçar por cima das árvores?’.
Então as árvores disseram à figueira: ‘Vem tu reinar sobre nós’.
Mas a figueira respondeu-lhes: ‘Terei de renunciar à doçura do meu saboroso fruto para ir baloiçar-me por cima das árvores?’.
E as árvores disseram à videira: ‘Vem tu reinar sobre nós’.
Mas a videira respondeu-lhes: ‘Terei de renunciar ao meu vinho novo que alegra os deuses e os homens para ir baloiçar-me por cima das árvores?’.
Então todas as árvores disseram ao espinheiro: ‘Vem tu reinar sobre nós’.
E o espinheiro respondeu às árvores: ‘Se é de boa-fé que me quereis ungir como vosso rei, vinde acolher-vos à minha sombra. Se não, sairá fogo do espinheiro e devorará os cedros do Líbano’».
Livro de Salmos 21(20),2-3.4-5.6-7.
Senhor, o rei alegra-se com o vosso poder
e exulta de contente com o vosso auxílio.
Satisfizestes os anseios do seu coração,
não rejeitastes o pedido de seus lábios.

Vós o cumulastes de bênçãos preciosas,
cingistes sua fronte com uma coroa de ouro fino.
Pediu-vos a vida e Vós lha concedestes,
uma vida longa para muitos anos.

Graças à vossa protecção, é grande a sua glória,
Vós o revestistes de esplendor e majestade.
Para sempre o abençoastes
e enchestes de alegria na vossa presença.


Evangelho segundo S. Mateus 20,1-16a.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos a seguinte parábola: «O reino dos Céus pode comparar-se a um proprietário que saiu muito cedo a contratar trabalhadores para a sua vinha.
Ajustou com eles um denário por dia e mandou-os para a sua vinha.
Saiu a meia manhã, viu outros que estavam na praça ociosos
e disse-lhes: ‘Ide vós também para a minha vinha e dar-vos-ei o que for justo’.
E eles foram. Voltou a sair por volta do meio-dia e pelas três horas da tarde e fez o mesmo.
Saindo ao cair da tarde, encontrou ainda outros que estavam parados e disse-lhes: ‘Porque ficais aqui todo o dia sem trabalhar?’.
Eles responderam-lhe: ‘Ninguém nos contratou’. Ele disse-lhes: ‘Ide vós também para a minha vinha’.
Ao anoitecer, o dono da vinha disse ao capataz: ‘Chama os trabalhadores e paga-lhes o salário a começar pelos últimos e a acabar nos primeiros’.
Vieram os do entardecer e receberam um denário cada um.
Quando vieram os primeiros, julgaram que iam receber mais, mas receberam também um denário cada um.
Depois de o terem recebido, começaram a murmurar contra o proprietário, dizendo:
‘Estes últimos trabalharam só uma hora e deste-lhes a mesma paga que a nós que suportámos o peso do dia e o calor’.
Mas o proprietário respondeu a um deles: ‘Amigo, em nada te prejudico. Não foi um denário que ajustaste comigo?
Leva o que é teu e segue o teu caminho. Eu quero dar a este último tanto como a ti.
Não me será permitido fazer o que quero do que é meu? Ou serão maus os teus olhos porque eu sou bom?’.
Assim os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos» (porque quis este proprietário começar pelos últimos? Porque assim iria conhecer verdadeiramente todos eles. Os últimos como ficaram? Agradecidos? Acharam justo? Os primeiros compreenderam que os últimos e as suas famílias teriam as mesmas necessidades que eles? Só não tiveram a sorte de serem logo contratados? Uma coisa é aquele que se vê, outra é quem ele realmente é e na vida não há equívocos; não pode entrar o mal. Depois tudo foi feito de acordo com o estabelecido).
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja
Homilia para Sexta-feira Santa «A cruz e o ladrão»
O homem da décima primeira hora: «Os últimos serão os primeiros»
Que fez, pois o ladrão para receber em herança o paraíso, logo a seguir à cruz? [...] Enquanto Pedro negou a Jesus Cristo, o ladrão, do alto da cruz, deu testemunho dele. Não digo isto para denegrir Pedro; digo-o para pôr em evidência a grandeza de alma do ladrão. [...] Aquele ladrão não deu a menor importância à população que, à sua volta acusava e vociferava, cobrindo-os de blasfémias e de sarcasmos nem sequer teve em conta o estado miserável do Crucificado que tinha diante de si, mas lançou sobre tudo isso um olhar cheio de fé. [...] Virou-se para o Senhor dos céus e, entregando-se a Ele, disse: «Lembra-te de mim, Senhor, quando fores para o teu Reino» (Lc 23,42). Não menosprezemos o exemplo do ladrão nem tenhamos vergonha de o tomarmos como mestre, a ele que nosso Senhor não desdenhou de fazer entrar no paraíso em primeiro lugar. [...]
Ele não lhe disse como fizera a Pedro: «Vem, segue-Me e farei de ti um pescador de homens» (Mt 4,19). Também não lhe disse como aos Doze: «Sentar-vos-eis sobre doze tronos para julgar as doze tribos de Israel» (Mt 19,28). Não o agraciou com nenhum título; não lhe mostrou qualquer milagre. O ladrão não O viu ressuscitar mortos nem expulsar demónios; não viu o mar obedecer-Lhe. Jesus Cristo não lhe disse nada acerca do Reino nem da geena. E, contudo este homem deu testemunho dele diante de todos e recebeu o Reino em herança.

Quinta-feira, dia 20 de Agosto de 2015

Quinta-feira da 20ª semana do Tempo Comum

Naqueles dias, o espírito do Senhor veio sobre Jefté que percorreu Galaad e Manassés, atravessou Mispá de Galaad e dali passou ao território dos amonitas.
Jefté fez este voto ao Senhor: «Se me entregardes os amonitas nas minhas mãos e eu voltar em paz da campanha contra eles,
a primeira pessoa que sair da porta da minha casa para vir ao meu encontro, pertencerá ao Senhor e eu a oferecerei em holocausto».
Jefté passou então ao território dos amonitas para travar combate com eles e o Senhor entregou-os nas suas mãos.
Desbaratou-os desde Aroer até perto de Minit, tomando vinte cidades e chegou até Abel-Queramin. Com esta enorme derrota, os amonitas ficaram humilhados perante os filhos de Israel.
Quando Jefté voltava para casa em Mispá, sua filha saiu ao seu encontro, dançando ao som de tamborins. Era filha única; além dela não tinha outros filhos ou filhas.
Logo que a viu, Jefté rasgou as vestes e disse: «Ai, minha filha, que me trazes tanta angústia! És a causa da minha desgraça! Eu tomei um compromisso diante do Senhor e não posso voltar atrás».
Ela respondeu-lhe: «Meu pai, se te comprometeste com o Senhor, trata-me segundo o compromisso que tomaste uma vez que o Senhor te concedeu a desforra contra os filhos de Amon, teus inimigos».
Depois disse ao pai: «Apenas te peço um favor: Deixa-me livre durante dois meses para eu ir pelos montes com as minhas companheiras e chorar por ter de morrer virgem».
O pai respondeu-lhe: «Então vai!». E deixou-a partir por dois meses. Ela foi com as suas companheiras e andou a chorar pelos montes por ter de morrer virgem.
Passados os dois meses, voltou para junto do pai e ele cumpriu o voto que fizera.
Livro de Salmos 40(39),5.7-8a.8b-9.10.
Feliz de quem pôs a sua confiança no Senhor
e não se voltou para os arrogantes.
Feliz de quem pôs a sua confiança no Senhor
e não se voltou para os que seguem a mentira.

Não Vos agradaram sacrifícios nem oblações,
mas abristes-me os ouvidos;
não pedistes holocaustos nem expiações,
então clamei: «Aqui estou».

«De mim está escrito no livro da Lei
que faça a vossa vontade (praticar apenas o bem).
Assim o quero, ó Senhor Deus,
a vossa lei está no meu coração».

Proclamei a justiça na grande assembleia,
não fechei os meus lábios, Senhor, bem o sabeis.
Evangelho segundo S. Mateus 22,1-14.
Naquele tempo, Jesus Cristo dirigiu-Se de novo aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos do povo e, falando em parábolas, disse-lhes:
«O reino dos Céus pode comparar-se a um rei que preparou um banquete nupcial para o seu filho.
Mandou os servos chamar os convidados para as bodas, mas eles não quiseram vir.
Mandou ainda outros servos, ordenando-lhes: ‘Dizei aos convidados: Preparei o meu banquete, os bois e cevados foram abatidos, tudo está pronto. Vinde às bodas’.
Mas eles, sem fazerem caso, foram um para o seu campo e outro para o seu negócio;
os outros apoderaram-se dos servos, trataram-nos mal e mataram-nos.
O rei ficou muito indignado e enviou os seus exércitos que acabaram com aqueles assassinos e incendiaram a cidade.
Disse então aos servos: ‘O banquete está pronto, mas os convidados não eram dignos.
Ide às encruzilhadas dos caminhos e convidai para as bodas todos os que encontrardes’.
Então os servos, saindo pelos caminhos, reuniram todos os que encontraram, maus e bons. E a sala do banquete encheu-se de convidados.
O rei, quando entrou para ver os convidados, viu um homem que não estava vestido com o traje nupcial
e disse-lhe: ‘Amigo, como entraste aqui sem o traje nupcial?’ Mas ele ficou calado (não era do Bem; era egoísta, praticava o mal).
O rei disse então aos servos: ‘Amarrai-lhe os pés e as mãos e lançai-o às trevas exteriores(ao mundo das trevas, da escuridão); aí haverá choro (porque sem Deus e no mal) e ranger de dentes (porque muito frio)’.
Na verdade, muitos são os chamados, mas poucos os escolhidos (porque só os que não praticam o mal)».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São Tiago de Sarug (c. 449-521), monge e bispo sírio
Homilia sobre o véu de Moisés
«Vinde ao banquete de núpcias»
As mulheres não estão tão fortemente unidas aos maridos como a Igreja está ao Filho de Deus. Que esposo, para além de Nosso Senhor, morreu jamais por sua esposa, que esposa escolheu jamais um crucificado como esposo? Quem deu jamais o seu sangue como presente a sua esposa senão Aquele que morreu na cruz, selando a união nupcial por meio das suas chagas? Quem se viu jamais morto e jacente no banquete das próprias núpcias com a esposa a seu lado, pedindo para ser consolada? Em que festa, em que banquete senão neste se distribuiu aos convivas, sob a forma de pão, o corpo do esposo?
A morte separa as esposas dos maridos, mas neste caso une a Esposa a seu Bem-Amado. Ele morreu na cruz, deixando o seu corpo a sua gloriosa Esposa; agora, Ela toma-O em alimento todos os dias à sua mesa. Alimenta-se dele sob a forma de pão e sob a forma de vinho para que o mundo reconheça que já não são dois, mas um só.

Sexta-feira, dia 21 de Agosto de 2015

Sexta-feira da 20ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : S. Pio X, papa, +1914

Livro de Rute 1,1.3-6.14b-16.22.
No tempo em que os juízes governavam, houve uma fome no país. Certo homem deixou Belém de Judá e emigrou para os campos de Moab com a mulher e dois filhos.
Elimelec, marido de Noémi, faleceu e ela ficou só com os seus dois filhos.
Ambos casaram com esposas moabitas, uma chamada Orpa e a outra Rute. Permaneceram lá cerca de dez anos.
Entretanto os filhos também morreram e Noémi ficou só sem os dois filhos e sem o marido.
Resolveu então voltar dos campos de Moab, juntamente com as noras, por ter sabido, nos campos de Moab, que o Senhor tinha abençoado o seu povo, dando-lhe pão.
Orpa despediu-se da sogra e voltou para o seu povo; mas Rute ficou com Noémi.
Disse-lhe Noémi: «Olha que a tua cunhada voltou para o seu povo e para o seu deus. Vai também com ela».
Rute respondeu-lhe: «Não insistas comigo para que te deixe e me afaste de ti, pois irei para onde fores e viverei onde viveres. O teu povo será o meu povo e o teu Deus será o meu Deus».
Foi assim que Noémi regressou dos campos de Moab, trazendo consigo sua nora Rute, a moabita. Chegaram a Belém no início da ceifa da cevada.
Livro de Salmos 146(145),5-6.7.8-9a.9bc-10.
Feliz o que tem por auxílio o Deus de Jacob,
o que põe a sua confiança no Senhor Deus,
Criador dos céus e da terra,
do mar e de tudo o que ele encerra.

O Senhor faz justiça aos oprimidos,
dá pão aos que têm fome
e a liberdade aos cativos.
O Senhor ilumina os olhos dos cegos,
o Senhor levanta os abatidos,
o Senhor ama os justos.

O Senhor protege os peregrinos,
ampara o órfão e a viúva
E entrava o caminho aos pecadores.
O Senhor reina eternamente;
o teu Deus, ó Sião,
é rei por todas as gerações.


Evangelho segundo S. Mateus 22,34-40.
Naquele tempo, os fariseus, ouvindo dizer que Jesus Cristo tinha feito calar os saduceus, reuniram-se em grupo
e um doutor da Lei perguntou a Jesus Cristo para O experimentar:
«Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?».
Jesus Cristo respondeu: «‘Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todo o teu espírito’.
Este é o maior e o primeiro mandamento.
O segundo, porém é semelhante a este: ‘Amarás o teu próximo como a ti mesmo’.
Nestes dois mandamentos se resumem toda a Lei e os Profetas».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São Basílio (c. 330-379), monge, bispo de Cesareia da Capadócia, doutor da Igreja
Grandes Regras
«Este é o maior e o primeiro mandamento. O segundo, porém, é semelhante a este»
Recebemos o preceito de amar o nosso próximo como a nós mesmos, mas Deus deu-nos também uma disposição natural para o fazermos. Com efeito, nada é mais conforme à nossa natureza do que vivermos juntos, procurarmo-nos uns aos outros e amarmos o nosso semelhante. O Senhor pede-nos assim os frutos daquilo que já depositou em nós como germe quando diz: «Dou-vos um mandamento novo: que vos ameis uns aos outros» (Jo 13,34).
Com o objectivo de excitar a nossa alma a obedecer a este preceito, Ele não quis que a marca dos seus discípulos se encontrasse em prodígios ou em obras extraordinárias, ainda que eles tivessem recebido o dom do Espírito Santo. Pelo contrário, diz: «Reconhecerão que sois meus discípulos por esse amor que tiverdes uns pelos outros» (Jo 13,35). E coloca uma tal ligação entre os dois mandamentos que considera como feitas a Si mesmo as boas acções realizadas para com o próximo: «Porque tive sede e destes-Me de beber.» E acrescenta: «Tudo o que tiverdes feito ao mais pequeno (insignificante na escala social) dos meus irmãos (praticantes do bem), foi a Mim que o fizestes» (Mt 25,35-40).
A observância do primeiro mandamento contém assim a observância do segundo e pelo segundo retornamos ao primeiro. Aquele que ama a Deus amará o seu próximo: «Aquele que Me ama cumprirá os meus mandamentos», diz o Senhor. «O meu mandamento é este: que vos ameis uns aos outros como Eu vos amei» (Jo 14,23; 15,12). Repito-vos, pois: quem ama o seu próximo cumpre o seu dever de amor para com Deus porque Deus considera esse dom como feito a Si próprio.

Sábado, dia 22 de Agosto de 2015

Sábado da 20ª semana do Tempo Comum

Festa da Igreja : Nossa Senhora Rainha
Calendário da Igreja disponível este dia

Livro de Rute 2,1-3.8-11.4,13-17.
Noémi tinha um parente da parte do marido, homem importante pela sua fortuna. Era da família de Elimelec e chamava-se Booz.
Um dia, Rute, a moabita, disse a Noémi: «Deixa-me ir ao campo apanhar espigas, atrás de quem me acolher favoravelmente». Noémi respondeu-lhe: «Vai, minha filha».
Ela saiu para ir apanhar espigas no campo, atrás dos ceifeiros e foi ter por acaso a um campo que era de Booz, parente de Elimelec.
Booz disse a Rute: «Escuta, minha filha, não vás apanhar espigas noutro campo. Não te afastes daqui, fica com as minhas servas.
Repara bem no terreno em que estão a ceifar e vai atrás delas que eu dei ordens aos meus servos para não te incomodarem. Se tiveres sede, vai às bilhas beber da água que eles beberem».
Então Rute prostrou-se de rosto em terra e disse-lhe: «Porque encontrei favor a teus olhos, de modo que te interessaste por mim que sou uma estrangeira?».
Booz respondeu-lhe: «Eu estou informado de tudo o que tens feito à tua sogra, depois da morte do teu marido. Deixaste pai e mãe e a terra onde nasceste e vieste para um povo que não conhecias».
Depois desposou Rute que se tornou sua mulher e conviveu com ela. O Senhor deu-lhe a graça de conceber e ela deu à luz um filho.
As mulheres disseram a Noémi: «Bendito seja o Senhor que não te recusou hoje quem assegurasse a tua descendência. O seu nome seja celebrado em Israel!
Será a consolação da tua alma e o amparo da tua velhice, pois nasceu da tua nora que é tão tua amiga e vale mais para ti do que sete filhos».
Noémi tomou o menino ao colo e foi ela que o criou.
As vizinhas deram nome ao menino, dizendo: «Nasceu um filho a Noémi». E deram-lhe o nome de Obed. Obed foi o pai de Jessé, pai de David.
Livro de Salmos 128(127),1-2.3.4.5.
Feliz de ti, que adoras o Senhor
e andas nos seus caminhos.
Comerás do trabalho das tuas mãos,
serás feliz e tudo te correrá bem.

Tua esposa será como videira fecunda
no íntimo do teu lar;
teus filhos serão como ramos de oliveira
ao redor da tua mesa.

Assim será abençoado o homem que adora o Senhor.
De Sião te abençoe o Senhor:
vejas a prosperidade de Jerusalém
todos os dias da tua vida.


Evangelho segundo S. Mateus 23,1-12.
Naquele tempo, Jesus Cristo falou à multidão e aos discípulos, dizendo:
«Na cadeira de Moisés sentaram-se os escribas e os fariseus.
Fazei e observai tudo quanto vos disserem, mas não imiteis as suas obras porque eles dizem e não fazem.
Atam fardos pesados e põem-nos aos ombros dos homens, mas eles nem com o dedo os querem mover.
Tudo o que fazem é para serem vistos pelos homens: alargam as filactérias e ampliam as borlas;
gostam do primeiro lugar nos banquetes e dos primeiros assentos nas sinagogas,
das saudações nas praças públicas e que os tratem por ‘Mestres’.
Vós, porém não vos deixeis tratar por ‘Mestres’ porque um só é o vosso Mestre e vós sois todos irmãos.
Na terra não chameis a ninguém vosso ‘Pai’ porque um só é o vosso pai, o Pai celeste.
Nem vos deixeis tratar por ‘Doutores’ porque um só é o vosso doutor (médico).
Aquele que for o maior entre vós, será o vosso servo. (o universo de Deus é do serviço; o das trevas da opressão, egoísmo, destruição)
Quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São Bento (480-547), monge, co-padroeiro da Europa
Regra monástica, cap. 7
«O maior de entre vós será o vosso servo»
Irmãos, a Escritura divina proclama-nos que «quem se exaltar será humilhado e quem se humilhar será exaltado» e com isso quer mostrar-nos que toda a exaltação é uma forma de orgulho. Assim prova o salmista que dele se acautela quando diz: «Senhor, o meu coração não é orgulhoso nem os meus olhos são altivos; não corro atrás de grandezas ou de coisas superiores a mim» (Sl 130,1). [...] Daqui resulta, irmãos, que, se quisermos atingir o cume da suprema humildade e chegar rapidamente às alturas celestes aonde podemos subir pela humildade de vida terrena, temos de pôr de pé a escada que apareceu em sonhos a Jacob e trepar por ela com os nossos actos tal como ele viu «os anjos subir e descer» (Gn 28,12), pois este subir e este descer não podem ter para nós outro significado senão o de, pela exaltação, descer e pela humildade subir. Ora aquela escada posta de pé mais não é do que a nossa vida neste mundo que o Senhor levanta até ao céu sempre que o nosso coração se humilha. [...] (caminho da santidade e não da felicidade)
O primeiro degrau da humildade consiste em ter sempre presente no pensamento o temor de Deus e em nunca o esquecer, esforçando-nos por relembrar sempre tudo aquilo a que Deus mandou obedecer. [...] Para estar vigilante contra a malícia dos seus pensamentos, o irmão deveras humilde há-de repetir sem parar no seu coração: «Tenho sido sincero para com Deus e guardei-me do pecado» (Sl 17,24). E quanto a seguirmos a nossa vontade própria, a Escritura no-lo impede ao dizer-nos: «Refreia os teus apetites» (Sir 18,30). É por essa razão que, no Pai Nosso, pedimos a Deus que a sua vontade se faça em nós. [...] «Os olhos do Senhor observam maus e bons; do céu o Senhor olha para os seres humanos a ver se há alguém sensato, alguém que ainda procure a Deus» (Pr 15,3; Sl 13,2). [...]
Tendo subido todos os degraus da humildade, o monge depressa chegará ao amor de Deus, a esse amor que, tornado perfeito, afugenta todo o temor (1Jo 4,18); graças a ele, tudo aquilo que dantes cumpria a medo, agora levará a cabo sem custo algum, com toda a naturalidade e de modo habitual, [...] por amor a Jesus Cristo, por hábito do bem e gosto da virtude. Tudo isso o Senhor Se dignará manifestar de aí em diante no seu operário, pelo Espírito Santo.
©

Os meus filmes

1.º – As Amendoeiras em Flor e o Corridinho Algarvio.wmv           http://www.youtube.com/watch?v=NtaRei5qj9M&feature=youtu.be
2.º – O Cemitério de Lagos
3.º – Lagos e a sua Costa Dourada
4.º – Natal de 2012
5.º – Tempo de Poesia

Os meus blogues

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http://www.passo-a-rezar.net/       meditações cristãs
http://www.descubriter.com/pt/             Rota Europeia dos Descobrimentos
http://www.psd.pt/ Homepage - “Povo Livre” - Arquivo - PDF
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(livros, música, postais, … cristãos)
Página 1          (novo jornal online gratuito)
http://www.livestream.com/stantonius         16h20 – terço;  17h00 – missa  (hora de Lisboa)        http://www.santo-antonio.webnode.pt/