domingo, 24 de junho de 2012

Cristianismo 65


=CRISTIANISMO=


«Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna» Jo 6,68

Saúda-vos com amizade a equipa de Evangelho Quotidiano em língua portuguesa.

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Com os votos de uma santa e frutuosa caminhada,

A equipa portuguesa do Evangelho Quotidiano

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Domingo, dia 17 de Junho de 2012


11º Domingo do Tempo Comum - Ano B


Festa da Igreja : Décimo primeiro domingo do tempo comum (semana III do saltério)
Santo do dia : S. Bessário, eremita, séc. IV,
S. Rainério de Pisa, peregrino, +1160 Livro de Ezequiel 17,22-24.

Eis o que diz o Senhor Deus: « Do cimo do cedro frondoso, dos seus ramos mais altos, Eu próprio arrancarei um haste nova e plantá-la-ei num monte bastante alto.
Plantá-la-ei na montanha elevada de Israel: deitará ramos, produzirá frutos e tornar-se-á um cedro magnífico. Nele habitarão todas as espécies de aves; à sombra dos seus ramos repousarão todas as espécies de voláteis

e todas as árvores dos campos saberão que sou Eu, o SENHOR, quem humilha a árvore elevada e eleva a árvore humilhada, quem faz secar a árvore verdejante e florescer a que está seca. Eu, o SENHOR, o disse e o cumpro."

Livro de Salmos 92(91),2-3.13-14.15-16.

É bom louvar-te, Senhor,
e cantar salmos ao teu nome, ó Altíssimo!
É bom anunciar pela manhã os teus louvores
e pela noite, a tua fidelidade.
Os justos florescerão como a palmeira
e crescerão como os cedros do Líbano.
Plantados na casa do Senhor,
florescerão nos átrios do nosso Deus.-
Até na velhice continuarão a dar frutos
e hão-de manter sempre a seiva e o frescor
para proclamar que o Senhor é justo:
Ele é o meu rochedo e nele não há falsidade.
2ª Carta aos Coríntios 5,6-10.

Irmãos: Nós estamos sempre confiantes e conscientes de que, permanecendo neste corpo, vivemos exilados, longe do Senhor,
pois caminhamos pela fé e não pela visão...
Cheios dessa confiança, preferimos exilar-nos do corpo para irmos morar junto do Senhor.
Por isso também quer permaneçamos na nossa morada quer a deixemos, esforçamo-nos por lhe agradar.
Com efeito, todos havemos de comparecer perante o tribunal de Jesus Cristo a fim de que cada um receba conforme aquilo que fez de bem ou de mal, enquanto estava no corpo.

Evangelho segundo S. Marcos 4,26-34.

Naquele tempo, disse Jesus Cristo à multidão: «O Reino de Deus é como um homem que lançou a semente à terra.
Quer esteja a dormir quer se levante, de noite e de dia, a semente germina e cresce sem ele saber como.
A terra produz por si primeiro o caule, depois a espiga e finalmente o trigo perfeito na espiga.
E quando o fruto amadurece, logo ele lhe mete a foice porque chegou o tempo da ceifa.»
Dizia também: «Com que havemos de comparar o Reino de Deus? Ou com qual parábola o representaremos?
É como um grão de mostarda que, ao ser deitado à terra, é a mais pequena de todas as sementes que existem;
mas, uma vez semeado, cresce, transforma-se na maior de todas as plantas do horto e estende tanto os ramos que as aves do céu se podem abrigar à sua sombra.»
Com muitas parábolas como estas, pregava-lhes a Palavra conforme eram capazes de compreender.
Não lhes falava senão em parábolas; mas explicava tudo aos discípulos, em particular.

São Pedro Crisólogo (c. 406-450), bispo de Ravena, doutor da Igreja Sermão 98, 1-2; CCL 24A, 602

«Mas, uma vez semeado, cresce e ultrapassa todas as plantas do horto»

Irmãos, ouvistes que o Reino dos céus, em toda a sua grandeza, é parecido a um grão de mostarda. [...] É apenas isto que os crentes esperam? É isto que os fiéis aguardam? [...] É isto «o que o olho não viu nem o ouvido ouviu, nem jamais veio ao coração do homem»? É isto que o apóstolo Paulo promete e que está reservado no mistério inexprimível da salvação àqueles que amam? (1Cor 2,9) Não nos deixemos desconcertar pelas palavras do Senhor. Se, de facto, «a fraqueza de Deus é mais forte do que o homem e a loucura de Deus é mais sábia do que o homem» (1 Cor 1,25), essa pequena coisa que é o bem de Deus é mais esplêndida do que a imensidão do mundo.

Possamos nós semear no nosso coração esta semente de mostarda de modo que ela venha a ser a grande árvore do conhecimento (Gn 2,9), elevando-se em toda a sua altura para elevar os nossos pensamentos para o céu e desenvolvendo todos os ramos da inteligência. […]

Jesus Cristo é o Reino. Como se fosse um grão de mostarda, ele foi lançado num jardim, o corpo da Virgem. Cresceu e tornou-Se a árvore da cruz que cobre a Terra inteira. Depois de ter sido esmagado pela Paixão, o Seu fruto produziu sabor suficiente para dar o Seu bom gosto e o Seu aroma a todos os seres vivos que n'Ele tocam. Pois, enquanto a semente de mostarda está intacta, as suas virtudes permanecem ocultas, mas desenvolvem toda a sua pujança quando a semente é esmagada. Da mesma forma, Jesus Cristo quis que o Seu corpo fosse esmagado para que a sua força não ficasse oculta. [...] Jesus Cristo é Rei porque é a fonte de toda a autoridade. Jesus Cristo é o Reino, pois n'Ele está toda a glória do Seu reino.

Segunda-feira, dia 18 de Junho de 2012

Segunda-feira da 11ª semana do Tempo Comum


Santo do dia : S. Gregório Barbarigo, bispo, +1697, Beata Marina de Spoleto, virgem, mártir, séc. XIII, Beata Osana, religiosa, +1505 Livro de 1º Reis 21,1-16.

Naquele tempo, Nabot de Jezrael tinha uma vinha junto ao palácio de Acab, rei da Samaria.
Disse então Acab a Nabot. «Cede-me a tua vinha para que eu a transforme em horta, pois fica junto da minha casa. Dar-te-ei em troca uma vinha melhor ou, se te convier, pagar-te-ei o seu valor em dinheiro.»
Nabot disse a Acab: «Pelo Senhor! Seria um sacrilégio ceder-te a herança de meus pais.»
Acab voltou para casa triste e irritado pelo facto de Nabot lhe ter dito: «Não te darei a herança de meus pais». Deitou-se na cama, voltou o rosto para a parede e não quis mais comer.
Sua esposa veio ter com ele e perguntou-lhe: «Por que razão estás assim irritado e não queres comer?»
Ele respondeu: «Porque falei a Nabot de Jezrael, dizendo-lhe: ‘Cede-me a tua vinha por dinheiro ou, se mais te convier, dar-te-ei por ela outra vinha’, e ele respondeu-me: ‘Não te darei a minha vinha’.
Então Jezabel, sua esposa, disse-lhe: «Não és tu o rei de Israel? Levanta-te, come, não te aflijas! Eu mesma te darei a vinha de Nabot de Jezrael.»
Escreveu cartas em nome de Acab, selando-as com o selo real e enviou-as aos anciãos e aos magistrados da cidade, concidadãos de Nabot.
Nelas lhes dizia: «Proclamai um jejum e fazei sentar Nabot na primeira fila da assembleia.
Fazei vir à sua presença dois homens malvados que o acusem dizendo: ‘Tu blasfemaste contra Deus e contra o rei!’ Levai-o depois para fora da cidade e apedrejai-o até ele morrer».
Os homens da cidade, os anciãos e os magistrados, concidadãos de Nabot, fizeram o que lhes mandara Jezabel conforme o conteúdo da carta que ela lhes enviara.
Proclamaram um jejum e fizeram sentar Nabot em lugar de honra.
Vieram então os dois malvados, puseram-se na presença de Nabot e depuseram contra ele perante o povo, dizendo: «Nabot blasfemou contra o Deus e contra o rei!» Fizeram-no sair da cidade, apedrejaram-no e ele morreu.
Mandaram então dizer a Jezabel: «Nabot foi apedrejado e morreu.»
Quando Jezabel teve conhecimento de que Nabot fora apedrejado e já estava morto, disse a Acab. «Levanta-te e toma posse da vinha que Nabot de Jezrael recusara ceder-te por dinheiro. Nabot já não é vivo! Morreu!»
Mal Acab ouviu dizer que Nabot tinha morrido, levantou-se logo para descer até à vinha de Nabot de Jezrael a fim de tomar posse dela.

Livro de Salmos 5,2-3.5-6.7.

Ouve, Senhor, as minhas palavras
e atende a minha súplica.
Escuta a voz do meu clamor,
ó meu Rei e meu Deus.-
Tu não és um Deus que se agrade do mal;
os maus não podem viver a teu lado.
Os arrogantes não poderão
subsistir na tua presença.-
Detestas os que praticam a iniquidade
e exterminas os mentirosos.
O homem sanguinário e fraudulento
é detestado pelo Senhor.
Evangelho segundo S. Mateus 5,38-42.

Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Ouvistes o que foi dito: Olho por olho e dente por dente.
Eu, porém digo-vos: Não oponhais resistência ao mau. Mas, se alguém te bater na face direita, oferece-lhe também a outra. (porque se é do Bem)
Se alguém quiser litigar contigo para te tirar a túnica, dá-lhe também a capa.
E se alguém te obrigar a acompanhá-lo durante uma milha, caminha com ele duas.
Dá a quem te pede e não voltes as costas a quem te pedir emprestado.»

São Cipriano (c. 200-258), bispo de Cartago e mártir Os benefícios da paciência, 15-16; SC 291

«Eu porém digo-vos: Não oponhais resistência ao mau»

«Suportai-vos uns aos outros no amor, esforçando-vos por manter a unidade do espírito mediante o vínculo da paz» (Ef 4,2). Não é possível manter a unidade e a paz, se os irmãos não se encorajarem uns aos outros para o apoio mútuo, mantendo um bom entendimento graças à paciência. […]

Perdoar ao irmão que nos ofende, não só setenta vezes sete vezes, mas todas as faltas, amar os inimigos, rezar pelos adversários e pelos perseguidores (Mt 5,39.44; 18,22) – como chegar aí se não formos firmes na paciência e na benevolência? É o que vemos em Estêvão [...]: em vez de pedir a vingança, pediu o perdão para os seus carrascos, dizendo: «Senhor, não lhes imputes este pecado» (Ac 7,60). Eis o que fez o primeiro mártir de Jesus Cristo [...], que se tornou não só pregador da Paixão do Senhor, mas também imitador da Sua paciente doçura.

Que dizer da cólera, da discórdia, da rivalidade? Que não têm lugar entre os cristãos. A paciência deve preencher o seu coração; nele não se encontrará nenhum destes males. [...] O apóstolo Paulo avisa-nos: «Não entristeçais o Espírito Santo de Deus [...]: fazei desaparecer da vossa vida tudo o que é amargura, raiva, cólera, gritos ou insultos» (Ef 4,30-31). Se o cristão foge dos assaltos da nossa natureza caída como de um mar em fúria e se estabelece no porto de Jesus Cristo, na paz e na calma, não deve admitir no seu coração nem a cólera nem a desordem. Não lhe é permitido pagar o mal com o mal (Rm 12,17) nem conceber o ódio.

Terça-feira, dia 19 de Junho de 2012

Terça-feira da 11ª semana do Tempo Comum



Depois de Nabot de Jezrael ter sido assassinado por não querer vender a sua vinha ao rei Acab, o Senhor dirigiu a palavra ao profeta Elias, o tesbita, dizendo:
«Desce e vai ter com Acab, rei de Israel, que vive na Samaria; ele está agora a descer para se apossar da vinha de Nabot.
Diz-lhe: Assim fala o Senhor: ‘Cometeste um homicídio e agora vais ainda apoderar-te do alheio?’ Acrescentarás ainda: ‘Isto diz o Senhor: No mesmo lugar onde os cães lamberam o sangue de Nabot, hão-de lamber também o teu!’»
Então Acab respondeu a Elias: «Tornaste a apanhar-me, meu inimigo!» Elias replicou: «Sim, tornei a apanhar-te porque te prestaste a uma perfídia, fazendo o que é mal aos olhos do Senhor.

Farei cair uma desgraça sobre ti, varrer-te-ei e hei-de exterminar todos os homens da casa de Acab, sejam escravos ou homens livres em Israel.
Tornarei a tua casa semelhante à casa de Joroboão, filho de Nabat, e à de Basa, filho de Aías, porque provocaste a minha ira e fizeste pecar Israel (país).»
O Senhor falou também para Jezabel: «Os cães hão-de devorar Jezabel na propriedade de Jezrael.
Todos os membros da casa de Acab que morrerem na cidade, os cães os hão-de devorar e todos os membros que morrerem no campo, comê-los-ão as aves do céu.
Não houve nunca ninguém como Acab que se prestasse à perfídia para fazer o mal aos olhos do Senhor. E a sua esposa Jezabel incitava-o ainda mais.
Ele cometeu graves abominações, seguindo os ídolos exactamente como os amorreus a quem o Senhor despojara diante dos filhos de Israel.»
Ao ouvir estas palavras, Acab rasgou as vestes, cobriu-se de saco e jejuou; dormia sobre um saco e caminhava pensativo.
Então a palavra do Senhor foi dirigida a Elias, dizendo:
«Viste como Acab se humilhou na minha presença? Já que ele procedeu assim, não o castigarei durante a sua vida, mas nos dias de seu filho mandarei o castigo sobre a sua casa.»
Livro de Salmos 51(50),3-4.5-6a.11.16.

Tem compaixão de mim, ó Deus, pela tua bondade;
pela tua grande misericórdia, apaga o meu pecado.
Lava-me de toda a iniquidade;
purifica-me dos meus delitos.-
Reconheço as minhas culpas
e tenho sempre diante de mim os meus pecados.
Contra ti pequei, só contra ti,
fiz o mal diante dos teus olhos.-
Desvia o teu rosto dos meus pecados
e apaga todas as minhas culpas.
Ó Deus, meu salvador, livra-me do crime de sangue
e a minha língua anunciará a tua justiça.
Evangelho segundo S. Mateus 5,43-48.

Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos:«Ouvistes o que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo.
Eu, porém digo-vos: Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem (praticai apenas o bem.).
Fazendo assim, tornar-vos-eis filhos do vosso Pai que está no Céu, pois Ele faz com que o Sol se levante sobre os bons e os maus e faz cair a chuva sobre os justos e os pecadores.
Porque, se amais os que vos amam, que recompensa haveis de ter? Não fazem já isso os cobradores de impostos?
E se saudais somente os vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Não o fazem também os pagãos?
Portanto, sede perfeitos como é perfeito o vosso Pai celeste.»

Bem-aventurada Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade No Greater Love, p. 50

«Sede santos porque Eu sou santo» (Lv 19,2)

Todos sabemos que há um Deus que nos ama e que nos fez. Podemos voltar-nos para Ele e pedir-Lhe: «Meu Pai, ajuda-me agora. Quero ser santo, quero ser bom, quero amar». A santidade não é um luxo destinado a uma elite; ela não está reservada só a alguns. Estamos destinados a ela, tu, eu e toda a gente. É uma tarefa simples porque, se aprendermos a amar, aprendemos a ser santos.

A primeira etapa é querê-lo. Jesus Cristo quer que nós sejamos santos como o Seu Pai é santo. A minha santidade consiste no cumprimento da vontade de Deus na alegria. Dizer : «Quero ser santo» significa: «Vou despojar-me de tudo o que não é Deus. Vou despojar-me e esvaziar o meu coração de todas as coisas materiais. Vou renunciar à minha vontade, aos meus gostos, às minhas fantasias, à minha inconstância; tornar-me-ei um escravo generoso da vontade de Deus. Com toda a minha vontade vou amar Deus, vou escolher em Seu favor, vou correr para Ele, vou chegar até Ele e vou possuí-Lo». Mas tudo depende destas palavrinhas: «Eu quero» ou «Eu não quero». Devo aplicar toda a minha energia nestas palavras: «Eu quero».

Quarta-feira, dia 20 de Junho de 2012

Quarta-feira da 11ª semana do Tempo Comum



Naqueles dias, quando o Senhor quis arrebatar Elias ao céu, num redemoinho, Elias e Eliseu partiram de Gálgala. Quando chegaram a Jericó,
Elias disse a Eliseu: «Fica aqui porque o Senhor envia-me ao Jordão.» Mas Eliseu respondeu: «Pelo Deus vivo e pela tua vida, juro que não te deixarei.» E partiram juntos.
Seguiram-nos cinquenta filhos dos profetas que pararam ao longe, voltados para eles, enquanto Elias e Eliseu se detinham na margem do Jordão.
Elias tomou o seu manto, dobrou-o e bateu com ele nas águas que se separaram de um e de outro lado de modo que passaram os dois a pé enxuto.
Tendo passado, Elias disse a Eliseu: «Pede o que quiseres, antes que eu seja separado de ti. Que posso fazer por ti?» Eliseu respondeu: «Seja-me concedida uma porção dupla do teu espírito.»
Elias replicou: «Pedes uma coisa difícil. No entanto, se me vires quando estiver a ser arrebatado de junto de ti, terás aquilo que pedes; mas, se não me vires, não o terás.»
Continuando o seu caminho, entretidos a conversar, eis que, de repente, um carro de fogo e uns cavalos de fogo os separaram um do outro e Elias subiu ao céu num redemoinho.
Eliseu viu tudo isto e exclamou: «Meu pai, meu pai! Carro e condutor de Israel!» E não o voltou a ver mais. Tomando então as suas vestes, rasgou-as em duas partes.
Eliseu apanhou o manto que Elias deixara cair e, voltando, parou na margem do Jordão.
Pegou no manto que Elias deixara cair, bateu com ele nas águas e disse: «Onde está agora o Senhor, o Deus de Elias? Onde está Ele?» Ao bater nas águas, estas separaram-se para um e outro lado e Eliseu passou.

Livro de Salmos 31(30),20.21.24.

Como é grande, Senhor, a bondade
que reservas para os que te são fiéis!
Tu a concedes, à vista de todos,
àqueles que em ti confiam.-
Ao abrigo da tua face, Tu os guardas
das intrigas dos homens;
na tua tenda os defendes
contra as línguas maldizentes.-
Amai o Senhor,
todos vós que sois seus amigos!
O Senhor protege os seus fiéis,
mas castiga com rigor os orgulhosos.
Evangelho segundo S. Mateus 6,1-6.16-18.

Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Guardai-vos de fazer as vossas boas obras diante dos homens para vos tornardes notados por eles; de outro modo, não tereis nenhuma recompensa do vosso Pai que está no Céu.
Quando, pois deres esmola, não permitas que toquem trombeta diante de ti como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas a fim de serem louvados pelos homens. Em verdade vos digo: Já receberam a sua recompensa.
Quando deres esmola, que a tua mão esquerda não saiba o que faz a tua direita
a fim de que a tua esmola permaneça em segredo e teu Pai, que vê o oculto, há-de premiar-te.»
«Quando orardes, não sejais como os hipócritas, que gostam de rezar de pé nas sinagogas e nos cantos das ruas para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa.
Tu, porém quando orares, entra no quarto mais secreto e, fechada a porta, reza em segredo a teu Pai, pois Ele, que vê o oculto, há-de recompensar-te.
«E quando jejuardes, não mostreis um ar sombrio como os hipócritas que desfiguram o rosto para que os outros vejam que eles jejuam. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa.
Tu, porém quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto
para que o teu jejum não seja conhecido dos homens, mas apenas do teu Pai que está presente no oculto e o teu Pai, que vê no oculto, há-de recompensar-te.» (quando mais ninguém nos recompensa, Deus e os do Bem recompensam-nos; então somos sempre recompensados por praticar o bem.)

São João da Cruz (1542-1591), carmelita, doutor da Igreja O Cântico espiritual, segunda versão, estrofe 1, 6-7

«Quando orares, entra no quarto mais secreto»

A alma pergunta ao Esposo: «Aonde Te escondeste?» [...] Respondamos a essa pergunta indicando o lugar mais certo onde está escondido, o lugar onde a encontrará mais seguramente e com tanta perfeição e gosto que se pode ter nesta vida. A partir daí, não começará a vaguear em vão atrás das pegadas de seus consortes (cf. Ct 3,2).

Para tal é necessário advertir que o Verbo, o Filho de Deus, juntamente com o Pai e o Espírito Santo, está escondido, essencial e presencialmente, no ser mais íntimo da alma. Portanto, para O encontrar há-de abandonar tudo, quer no afecto, quer na vontade e recolher-se ao máximo dentro de si mesma, vivendo como se as coisas não existissem. Santo Agostinho, falando nos Solilóquios com Deus, dizia: 'Vós estáveis dentro de mim, mas eu estava fora e fora de mim vos procurava'. Portanto, Deus está escondido na alma. É ali que o bom contemplativo O há-de procurar com amor, dizendo: Aonde Te escondeste?

Portanto, ó alma formosíssima entre todas as criaturas, que tanto desejas saber onde está o teu Amado para te encontrares e unires a Ele, já te foi dito que tu mesma és o aposento onde Ele mora, o refúgio e o esconderijo onde Se oculta. Oxalá seja motivo de grande consolação e alegria para ti reconhecer que todo o teu bem se encontra tão perto de ti, melhor dizendo, tão dentro de ti, que já não podes existir sem Ele. Sabei, diz o Esposo, que o reino de Deus está dentro de vós (Lc 17,21) e o apóstolo São Paulo, Seu servo, diz: Vós sois o templo de Deus (2Co 6,16).

Quinta-feira, dia 21 de Junho de 2012

Quinta-feira da 11ª semana do Tempo Comum


Santo do dia : S. Luís Gonzaga, religioso, +1591 Livro de Eclesiástico 48,1-15.

O profeta Elias levantou-se impetuoso como o fogo; as suas palavras eram ardentes como um facho.
Fez vir sobre eles a fome e, no seu zelo, reduziu-os a poucos.
Com a palavra do Senhor fechou o céu e assim fez cair fogo por três vezes.
Quão glorioso te tornaste, Elias, pelos teus prodígios! Quem pode gloriar-se de ser como tu?
Tu que arrancaste um homem à morte, da morada dos mortos, pela palavra do Altíssimo;
tu precipitaste os reis na ruína e fizeste cair do seu leito homens gloriosos;
tu ouviste, no Sinai, o juízo do Senhor e, no monte Horeb, os decretos da sua vingança;
tu sagraste reis para vingar crimes e estabeleceste profetas para te sucederem;
tu foste arrebatado num redemoinho de fogo, num carro puxado por cavalos de fogo;
tu foste escolhido, nos decretos dos tempos, para abrandar a ira antes de enfurecer, reconciliar os corações dos pais com os filhos e restabelecer as tribos de Jacob.
Felizes os que te viram e os que morreram no amor; pois nós também viveremos certamente.
Quando Elias foi envolvido num redemoinho, Eliseu ficou repleto do seu espírito. Nunca em seus dias, ele temeu príncipe algum e ninguém pôde subjugá-lo.
Nada era muito difícil para ele e, ainda depois de morto, o seu corpo profetizou.
Durante a vida, fez prodígios e, depois da morte, operou maravilhas.
E apesar de tudo isso, o povo não se converteu, não se afastou dos seus pecados até que foi expulso da sua terra e espalhado por todo o mundo.

Livro de Salmos 97(96),1-2.3-4.5-6.7.

O Senhor é rei: alegre-se a Terra
e rejubile a multidão das ilhas!
Ele está rodeado de nuvens e escuridão;
a justiça e o direito são a base do seu trono.
Um fogo vai à sua frente
e devora os inimigos que o cercam.
Os seus relâmpagos iluminam o mundo;
a Terra vê-os e estremece.-
As montanhas derretem-se como cera
diante do Senhor de toda a Terra.
Os céus proclamam a justiça de Deus
e todos os povos contemplam a sua grandeza.
Fiquem confundidos os que adoram ídolos,
os que se gloriam em deuses inúteis;
todos os deuses se prostram diante do Senhor.
Evangelho segundo S. Mateus 6,7-15.

Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos:« Nas vossas orações, não sejais como os gentios que usam de vãs repetições porque pensam que, por muito falarem, serão atendidos.
Não façais como eles porque o vosso Pai celeste sabe do que necessitais antes de vós lho pedirdes
«Rezai, pois assim:'
Pai nosso, que estás no Céu, santificado seja o teu nome,
venha o teu Reino; faça-se a tua vontade como no Céu assim também na Terra.
Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia;
perdoa as nossas ofensas como nós perdoamos a quem nos tem ofendido;
e não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do Mal.

Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas também o vosso Pai celeste vos perdoará a vós.
Se, porém não perdoardes aos homens as suas ofensas também o vosso Pai vos não perdoará as vossas

Bem-aventurado João XXIII (1881-1963), Papa Discursos, mensagens, colóquios, t.1, Vaticano 1958

«Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia»

Queremos insistir no triplo privilégio desse «pão de cada dia» que os filhos da Igreja devem pedir ao Pai celeste e esperar com confiança na Sua divina providência. Deve ser antes de tudo, o «pão nosso», isto é o pão pedido em nome de todos. «O Senhor», diz-nos São João Crisóstomo, «ensinou-nos, no Pai Nosso, a dirigir a Deus uma oração em nome de todos os nossos irmãos. Quer deste modo que as orações que elevamos a Deus digam respeito tanto aos interesses do nosso próximo como aos nossos. Pretende com isso combater as inimizades e reprimir a arrogância.»

Ele deve ser, além disso, um pão «substancial» (cf. Mt 6,11 grego), indispensável à nossa subsistência, ao nosso alimento. Mas, se o homem é composto por um corpo, é também composto por um espírito imortal e o pão que convém pedir ao Senhor não deve ser apenas um pão material. Deve ser, como observa, tão a propósito, esse doutor da Eucaristia que é São Tomás de Aquino, deve ser antes de mais um pão espiritual. Esse pão é o próprio Deus, verdade e bondade a contemplar e a amar; um pão sacramental: o Corpo do Salvador, testemunho e viático da vida eterna.

A terceira qualidade exigida a esse pão não é menos importante que as precedentes. É que seja «único», símbolo e causa da unidade (cf. 1Co 10,17) e São João Crisóstomo acrescenta: «Do mesmo modo que esse corpo está unido a Jesus Cristo assim nos unimos nós por meio deste pão».

Sexta-feira, dia 22 de Junho de 2012

Sexta-feira da 11ª semana do Tempo Comum



Naqueles dias, Atália, mãe de Acazias, ao ver seu filho morto, decidiu exterminar toda a descendência real.
Joseba, porém filha do rei Jorão e irmã de Acazias, tomou Joás, filho de Acazias, e livrou-o do massacre dos filhos do rei, escondendo-o com a sua ama de leite no quarto de dormir. Ocultaram-no assim de Atália, de modo que pôde escapar à morte.
Esteve seis anos escondido com Joseba no templo do Senhor, no tempo em que Atália reinava no país.
No sétimo ano, Joiadá convocou os centuriões dos cários e os guardas e introduziu-os no templo do Senhor. Fez com eles um pacto e, depois de os fazer jurar no templo do Senhor, mostrou-lhes o filho do rei.
Os centuriões executaram fielmente as ordens do sacerdote Joiadá. Tomaram cada um os seus homens, tanto os que começavam o serviço ao sábado como os que terminavam, e foram ter com o sacerdote Joiadá.
Este deu-lhes a lança e os escudos do rei David que se encontravam no templo do Senhor.
Os guardas prostraram-se à volta do rei, todos de armas na mão, ao longo do altar e do templo, desde o lado sul até ao lado norte do templo.
Então Joiadá trouxe para fora o filho do rei, pôs-lhe o diadema na cabeça e entregou-lhe o documento da aliança. Proclamaram-no rei, ungiram-no e todos o aplaudiram, gritando: «Viva o rei!»
Atália, ao ouvir a gritaria que faziam os guardas e o povo, entrou no templo do Senhor pelo meio da multidão.
E viu surpreendida que o rei estava de pé sobre o estrado, segundo o costume, tendo ao seu lado os cantores e as trombetas, enquanto o povo se alegrava, tocando trombetas. Então ela rasgou as vestes, gritando: «Conspiração! Conspiração!»
Mas o sacerdote Joiadá ordenou aos centuriões que comandavam as tropas: «Levai-a para fora do recinto do templo e, se alguém a seguir, matai-o com a espada.» Pois o pontífice proibira que a matassem no templo do Senhor.
Agarraram-na, por conseguinte, e ao chegarem ao palácio real pelo caminho da entrada dos cavalos, ali a mataram.
Joiadá fez uma aliança com o Senhor, o rei e o povo, segundo a qual o povo devia ser o povo do Senhor. Fez também uma aliança entre o rei e o povo.
Todo o povo da Terra entrou então no templo de Baal e destruiu-o; derrubaram os altares, partiram em bocados as imagens e assassinaram Matan, sacerdote de Baal, diante do altar. O sacerdote Joiadá colocou guardas no templo do Senhor.
Todo o povo da Terra se alegrou e a cidade ficou em paz. Atália tinha sido morta à espada no palácio real.

Livro de Salmos 132(131),11.12.13-14.17-18.

O Senhor fez um juramento a David,
uma promessa a que não faltará:
«Hei-de colocar no teu trono
um descendente da tua família.
Se os teus filhos guardarem a minha aliança
e os preceitos que lhes hei-de ensinar
também os filhos deles
se hão-de sentar para sempre no teu trono.»-
O Senhor escolheu Sião,
preferiu-a para sua morada:
«Este será para sempre o meu lugar de repouso,
aqui habitarei porque o escolhi.
Ali farei surgir descendência para David
e farei brilhar a luz do meu ungido.
Cobrirei de vergonha os seus inimigos,
mas sobre ele farei brilhar o seu diadema.»
Evangelho segundo S. Mateus 6,19-23.

Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Não acumuleis tesouros na Terra onde a traça e a ferrugem os corroem e os ladrões arrombam os muros a fim de os roubar.
Acumulai tesouros no Céu (praticando o bem), onde a traça e a ferrugem não corroem e onde os ladrões não arrombam nem furtam. (e este tesouro será o suporte do tesouro na Terra. Sem o do Céu não há o da Terra.)
Pois onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração.
A lâmpada do corpo são os olhos; se os teus olhos estiverem sãos, todo o teu corpo andará iluminado.
Se, porém os teus olhos estiverem doentes, todo o teu corpo andará em trevas. Portanto, se a luz que há em ti são trevas, quão grandes serão essas trevas!

São Cesário de Arles (470-543), monge e bispo Sermão 32, 1-3; SC 243

«Onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração»

Deus aceita as nossas ofertas de dinheiro e apraz-lhe que dêmos aos pobres, mas com esta condição: que todo o pecador, quando oferecer a Deus o seu dinheiro, ofereça também a alma. [...] Quando o Senhor diz: «Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus» (Mc 12, 17), que quererá Ele dizer, senão: «Tal como dais a César nas moedas de prata, a sua imagem em efígie, dai também a Deus, em vós mesmos, a imagem de Deus» (cf Gn 1, 26)?

Assim e como já bastas vezes dissemos, quando distribuirmos dinheiro aos pobres, ofereçamos a nossa alma a Deus de forma a que, onde estiver o nosso dinheiro, possa também estar o nosso coração. De facto, por que nos pede Deus que demos dinheiro? É seguramente porque sabe que lhe temos um apreço especial e que não deixamos de pensar nele e porque sabe que, onde tivermos o dinheiro, teremos também o coração. Eis porque Deus nos exorta a construir tesouros no céu através de dádivas feitas aos pobres; é para que o nosso coração vá até onde tivermos enviado o tesouro e para que, quando o sacerdote disser: «Corações ao alto», possamos responder de consciência tranquila: «O nosso coração está em Deus».


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Criado em 2001, EVANGELIZO propõe aos seus leitores um acesso fácil e rápido a todas as leituras da liturgia católica do dia, à vida dos santos e a um comentário feito por uma grande figura da Igreja.

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Um por dia! Não é pedir muito, pois não? O Senhor vos agradecerá.

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Com os votos de uma santa e frutuosa caminhada,

A equipa portuguesa do Evangelho Quotidiano

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Domingo, dia 17 de Junho de 2012


11º Domingo do Tempo Comum - Ano B


Festa da Igreja : Décimo primeiro domingo do tempo comum (semana III do saltério)
Santo do dia : S. Bessário, eremita, séc. IV,
S. Rainério de Pisa, peregrino, +1160 Livro de Ezequiel 17,22-24.

Eis o que diz o Senhor Deus: « Do cimo do cedro frondoso, dos seus ramos mais altos, Eu próprio arrancarei um haste nova e plantá-la-ei num monte bastante alto.
Plantá-la-ei na montanha elevada de Israel: deitará ramos, produzirá frutos e tornar-se-á um cedro magnífico. Nele habitarão todas as espécies de aves; à sombra dos seus ramos repousarão todas as espécies de voláteis

e todas as árvores dos campos saberão que sou Eu, o SENHOR, quem humilha a árvore elevada e eleva a árvore humilhada, quem faz secar a árvore verdejante e florescer a que está seca. Eu, o SENHOR, o disse e o cumpro."

Livro de Salmos 92(91),2-3.13-14.15-16.

É bom louvar-te, Senhor,
e cantar salmos ao teu nome, ó Altíssimo!
É bom anunciar pela manhã os teus louvores
e pela noite, a tua fidelidade.
Os justos florescerão como a palmeira
e crescerão como os cedros do Líbano.
Plantados na casa do Senhor,
florescerão nos átrios do nosso Deus.-
Até na velhice continuarão a dar frutos
e hão-de manter sempre a seiva e o frescor
para proclamar que o Senhor é justo:
Ele é o meu rochedo e nele não há falsidade.
2ª Carta aos Coríntios 5,6-10.

Irmãos: Nós estamos sempre confiantes e conscientes de que, permanecendo neste corpo, vivemos exilados, longe do Senhor,
pois caminhamos pela fé e não pela visão...
Cheios dessa confiança, preferimos exilar-nos do corpo para irmos morar junto do Senhor.
Por isso também quer permaneçamos na nossa morada quer a deixemos, esforçamo-nos por lhe agradar.
Com efeito, todos havemos de comparecer perante o tribunal de Jesus Cristo a fim de que cada um receba conforme aquilo que fez de bem ou de mal, enquanto estava no corpo.

Evangelho segundo S. Marcos 4,26-34.

Naquele tempo, disse Jesus Cristo à multidão: «O Reino de Deus é como um homem que lançou a semente à terra.
Quer esteja a dormir quer se levante, de noite e de dia, a semente germina e cresce sem ele saber como.
A terra produz por si primeiro o caule, depois a espiga e finalmente o trigo perfeito na espiga.
E quando o fruto amadurece, logo ele lhe mete a foice porque chegou o tempo da ceifa.»
Dizia também: «Com que havemos de comparar o Reino de Deus? Ou com qual parábola o representaremos?
É como um grão de mostarda que, ao ser deitado à terra, é a mais pequena de todas as sementes que existem;
mas, uma vez semeado, cresce, transforma-se na maior de todas as plantas do horto e estende tanto os ramos que as aves do céu se podem abrigar à sua sombra.»
Com muitas parábolas como estas, pregava-lhes a Palavra conforme eram capazes de compreender.
Não lhes falava senão em parábolas; mas explicava tudo aos discípulos, em particular.

São Pedro Crisólogo (c. 406-450), bispo de Ravena, doutor da Igreja Sermão 98, 1-2; CCL 24A, 602

«Mas, uma vez semeado, cresce e ultrapassa todas as plantas do horto»

Irmãos, ouvistes que o Reino dos céus, em toda a sua grandeza, é parecido a um grão de mostarda. [...] É apenas isto que os crentes esperam? É isto que os fiéis aguardam? [...] É isto «o que o olho não viu nem o ouvido ouviu, nem jamais veio ao coração do homem»? É isto que o apóstolo Paulo promete e que está reservado no mistério inexprimível da salvação àqueles que amam? (1Cor 2,9) Não nos deixemos desconcertar pelas palavras do Senhor. Se, de facto, «a fraqueza de Deus é mais forte do que o homem e a loucura de Deus é mais sábia do que o homem» (1 Cor 1,25), essa pequena coisa que é o bem de Deus é mais esplêndida do que a imensidão do mundo.

Possamos nós semear no nosso coração esta semente de mostarda de modo que ela venha a ser a grande árvore do conhecimento (Gn 2,9), elevando-se em toda a sua altura para elevar os nossos pensamentos para o céu e desenvolvendo todos os ramos da inteligência. […]

Jesus Cristo é o Reino. Como se fosse um grão de mostarda, ele foi lançado num jardim, o corpo da Virgem. Cresceu e tornou-Se a árvore da cruz que cobre a Terra inteira. Depois de ter sido esmagado pela Paixão, o Seu fruto produziu sabor suficiente para dar o Seu bom gosto e o Seu aroma a todos os seres vivos que n'Ele tocam. Pois, enquanto a semente de mostarda está intacta, as suas virtudes permanecem ocultas, mas desenvolvem toda a sua pujança quando a semente é esmagada. Da mesma forma, Jesus Cristo quis que o Seu corpo fosse esmagado para que a sua força não ficasse oculta. [...] Jesus Cristo é Rei porque é a fonte de toda a autoridade. Jesus Cristo é o Reino, pois n'Ele está toda a glória do Seu reino.

Segunda-feira, dia 18 de Junho de 2012

Segunda-feira da 11ª semana do Tempo Comum


Santo do dia : S. Gregório Barbarigo, bispo, +1697, Beata Marina de Spoleto, virgem, mártir, séc. XIII, Beata Osana, religiosa, +1505 Livro de 1º Reis 21,1-16.

Naquele tempo, Nabot de Jezrael tinha uma vinha junto ao palácio de Acab, rei da Samaria.
Disse então Acab a Nabot. «Cede-me a tua vinha para que eu a transforme em horta, pois fica junto da minha casa. Dar-te-ei em troca uma vinha melhor ou, se te convier, pagar-te-ei o seu valor em dinheiro.»
Nabot disse a Acab: «Pelo Senhor! Seria um sacrilégio ceder-te a herança de meus pais.»
Acab voltou para casa triste e irritado pelo facto de Nabot lhe ter dito: «Não te darei a herança de meus pais». Deitou-se na cama, voltou o rosto para a parede e não quis mais comer.
Sua esposa veio ter com ele e perguntou-lhe: «Por que razão estás assim irritado e não queres comer?»
Ele respondeu: «Porque falei a Nabot de Jezrael, dizendo-lhe: ‘Cede-me a tua vinha por dinheiro ou, se mais te convier, dar-te-ei por ela outra vinha’, e ele respondeu-me: ‘Não te darei a minha vinha’.
Então Jezabel, sua esposa, disse-lhe: «Não és tu o rei de Israel? Levanta-te, come, não te aflijas! Eu mesma te darei a vinha de Nabot de Jezrael.»
Escreveu cartas em nome de Acab, selando-as com o selo real e enviou-as aos anciãos e aos magistrados da cidade, concidadãos de Nabot.
Nelas lhes dizia: «Proclamai um jejum e fazei sentar Nabot na primeira fila da assembleia.
Fazei vir à sua presença dois homens malvados que o acusem dizendo: ‘Tu blasfemaste contra Deus e contra o rei!’ Levai-o depois para fora da cidade e apedrejai-o até ele morrer».
Os homens da cidade, os anciãos e os magistrados, concidadãos de Nabot, fizeram o que lhes mandara Jezabel conforme o conteúdo da carta que ela lhes enviara.
Proclamaram um jejum e fizeram sentar Nabot em lugar de honra.
Vieram então os dois malvados, puseram-se na presença de Nabot e depuseram contra ele perante o povo, dizendo: «Nabot blasfemou contra o Deus e contra o rei!» Fizeram-no sair da cidade, apedrejaram-no e ele morreu.
Mandaram então dizer a Jezabel: «Nabot foi apedrejado e morreu.»
Quando Jezabel teve conhecimento de que Nabot fora apedrejado e já estava morto, disse a Acab. «Levanta-te e toma posse da vinha que Nabot de Jezrael recusara ceder-te por dinheiro. Nabot já não é vivo! Morreu!»
Mal Acab ouviu dizer que Nabot tinha morrido, levantou-se logo para descer até à vinha de Nabot de Jezrael a fim de tomar posse dela.

Livro de Salmos 5,2-3.5-6.7.

Ouve, Senhor, as minhas palavras
e atende a minha súplica.
Escuta a voz do meu clamor,
ó meu Rei e meu Deus.-
Tu não és um Deus que se agrade do mal;
os maus não podem viver a teu lado.
Os arrogantes não poderão
subsistir na tua presença.-
Detestas os que praticam a iniquidade
e exterminas os mentirosos.
O homem sanguinário e fraudulento
é detestado pelo Senhor.
Evangelho segundo S. Mateus 5,38-42.

Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Ouvistes o que foi dito: Olho por olho e dente por dente.
Eu, porém digo-vos: Não oponhais resistência ao mau. Mas, se alguém te bater na face direita, oferece-lhe também a outra. (porque se é do Bem)
Se alguém quiser litigar contigo para te tirar a túnica, dá-lhe também a capa.
E se alguém te obrigar a acompanhá-lo durante uma milha, caminha com ele duas.
Dá a quem te pede e não voltes as costas a quem te pedir emprestado.»

São Cipriano (c. 200-258), bispo de Cartago e mártir Os benefícios da paciência, 15-16; SC 291

«Eu porém digo-vos: Não oponhais resistência ao mau»

«Suportai-vos uns aos outros no amor, esforçando-vos por manter a unidade do espírito mediante o vínculo da paz» (Ef 4,2). Não é possível manter a unidade e a paz, se os irmãos não se encorajarem uns aos outros para o apoio mútuo, mantendo um bom entendimento graças à paciência. […]

Perdoar ao irmão que nos ofende, não só setenta vezes sete vezes, mas todas as faltas, amar os inimigos, rezar pelos adversários e pelos perseguidores (Mt 5,39.44; 18,22) – como chegar aí se não formos firmes na paciência e na benevolência? É o que vemos em Estêvão [...]: em vez de pedir a vingança, pediu o perdão para os seus carrascos, dizendo: «Senhor, não lhes imputes este pecado» (Ac 7,60). Eis o que fez o primeiro mártir de Jesus Cristo [...], que se tornou não só pregador da Paixão do Senhor, mas também imitador da Sua paciente doçura.

Que dizer da cólera, da discórdia, da rivalidade? Que não têm lugar entre os cristãos. A paciência deve preencher o seu coração; nele não se encontrará nenhum destes males. [...] O apóstolo Paulo avisa-nos: «Não entristeçais o Espírito Santo de Deus [...]: fazei desaparecer da vossa vida tudo o que é amargura, raiva, cólera, gritos ou insultos» (Ef 4,30-31). Se o cristão foge dos assaltos da nossa natureza caída como de um mar em fúria e se estabelece no porto de Jesus Cristo, na paz e na calma, não deve admitir no seu coração nem a cólera nem a desordem. Não lhe é permitido pagar o mal com o mal (Rm 12,17) nem conceber o ódio.

Terça-feira, dia 19 de Junho de 2012

Terça-feira da 11ª semana do Tempo Comum



Depois de Nabot de Jezrael ter sido assassinado por não querer vender a sua vinha ao rei Acab, o Senhor dirigiu a palavra ao profeta Elias, o tesbita, dizendo:
«Desce e vai ter com Acab, rei de Israel, que vive na Samaria; ele está agora a descer para se apossar da vinha de Nabot.
Diz-lhe: Assim fala o Senhor: ‘Cometeste um homicídio e agora vais ainda apoderar-te do alheio?’ Acrescentarás ainda: ‘Isto diz o Senhor: No mesmo lugar onde os cães lamberam o sangue de Nabot, hão-de lamber também o teu!’»
Então Acab respondeu a Elias: «Tornaste a apanhar-me, meu inimigo!» Elias replicou: «Sim, tornei a apanhar-te porque te prestaste a uma perfídia, fazendo o que é mal aos olhos do Senhor.

Farei cair uma desgraça sobre ti, varrer-te-ei e hei-de exterminar todos os homens da casa de Acab, sejam escravos ou homens livres em Israel.
Tornarei a tua casa semelhante à casa de Joroboão, filho de Nabat, e à de Basa, filho de Aías, porque provocaste a minha ira e fizeste pecar Israel (país).»
O Senhor falou também para Jezabel: «Os cães hão-de devorar Jezabel na propriedade de Jezrael.
Todos os membros da casa de Acab que morrerem na cidade, os cães os hão-de devorar e todos os membros que morrerem no campo, comê-los-ão as aves do céu.
Não houve nunca ninguém como Acab que se prestasse à perfídia para fazer o mal aos olhos do Senhor. E a sua esposa Jezabel incitava-o ainda mais.
Ele cometeu graves abominações, seguindo os ídolos exactamente como os amorreus a quem o Senhor despojara diante dos filhos de Israel.»
Ao ouvir estas palavras, Acab rasgou as vestes, cobriu-se de saco e jejuou; dormia sobre um saco e caminhava pensativo.
Então a palavra do Senhor foi dirigida a Elias, dizendo:
«Viste como Acab se humilhou na minha presença? Já que ele procedeu assim, não o castigarei durante a sua vida, mas nos dias de seu filho mandarei o castigo sobre a sua casa.»
Livro de Salmos 51(50),3-4.5-6a.11.16.

Tem compaixão de mim, ó Deus, pela tua bondade;
pela tua grande misericórdia, apaga o meu pecado.
Lava-me de toda a iniquidade;
purifica-me dos meus delitos.-
Reconheço as minhas culpas
e tenho sempre diante de mim os meus pecados.
Contra ti pequei, só contra ti,
fiz o mal diante dos teus olhos.-
Desvia o teu rosto dos meus pecados
e apaga todas as minhas culpas.
Ó Deus, meu salvador, livra-me do crime de sangue
e a minha língua anunciará a tua justiça.
Evangelho segundo S. Mateus 5,43-48.

Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos:«Ouvistes o que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo.
Eu, porém digo-vos: Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem (praticai apenas o bem.).
Fazendo assim, tornar-vos-eis filhos do vosso Pai que está no Céu, pois Ele faz com que o Sol se levante sobre os bons e os maus e faz cair a chuva sobre os justos e os pecadores.
Porque, se amais os que vos amam, que recompensa haveis de ter? Não fazem já isso os cobradores de impostos?
E se saudais somente os vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Não o fazem também os pagãos?
Portanto, sede perfeitos como é perfeito o vosso Pai celeste.»

Bem-aventurada Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade No Greater Love, p. 50

«Sede santos porque Eu sou santo» (Lv 19,2)

Todos sabemos que há um Deus que nos ama e que nos fez. Podemos voltar-nos para Ele e pedir-Lhe: «Meu Pai, ajuda-me agora. Quero ser santo, quero ser bom, quero amar». A santidade não é um luxo destinado a uma elite; ela não está reservada só a alguns. Estamos destinados a ela, tu, eu e toda a gente. É uma tarefa simples porque, se aprendermos a amar, aprendemos a ser santos.

A primeira etapa é querê-lo. Jesus Cristo quer que nós sejamos santos como o Seu Pai é santo. A minha santidade consiste no cumprimento da vontade de Deus na alegria. Dizer : «Quero ser santo» significa: «Vou despojar-me de tudo o que não é Deus. Vou despojar-me e esvaziar o meu coração de todas as coisas materiais. Vou renunciar à minha vontade, aos meus gostos, às minhas fantasias, à minha inconstância; tornar-me-ei um escravo generoso da vontade de Deus. Com toda a minha vontade vou amar Deus, vou escolher em Seu favor, vou correr para Ele, vou chegar até Ele e vou possuí-Lo». Mas tudo depende destas palavrinhas: «Eu quero» ou «Eu não quero». Devo aplicar toda a minha energia nestas palavras: «Eu quero».

Quarta-feira, dia 20 de Junho de 2012

Quarta-feira da 11ª semana do Tempo Comum



Naqueles dias, quando o Senhor quis arrebatar Elias ao céu, num redemoinho, Elias e Eliseu partiram de Gálgala. Quando chegaram a Jericó,
Elias disse a Eliseu: «Fica aqui porque o Senhor envia-me ao Jordão.» Mas Eliseu respondeu: «Pelo Deus vivo e pela tua vida, juro que não te deixarei.» E partiram juntos.
Seguiram-nos cinquenta filhos dos profetas que pararam ao longe, voltados para eles, enquanto Elias e Eliseu se detinham na margem do Jordão.
Elias tomou o seu manto, dobrou-o e bateu com ele nas águas que se separaram de um e de outro lado de modo que passaram os dois a pé enxuto.
Tendo passado, Elias disse a Eliseu: «Pede o que quiseres, antes que eu seja separado de ti. Que posso fazer por ti?» Eliseu respondeu: «Seja-me concedida uma porção dupla do teu espírito.»
Elias replicou: «Pedes uma coisa difícil. No entanto, se me vires quando estiver a ser arrebatado de junto de ti, terás aquilo que pedes; mas, se não me vires, não o terás.»
Continuando o seu caminho, entretidos a conversar, eis que, de repente, um carro de fogo e uns cavalos de fogo os separaram um do outro e Elias subiu ao céu num redemoinho.
Eliseu viu tudo isto e exclamou: «Meu pai, meu pai! Carro e condutor de Israel!» E não o voltou a ver mais. Tomando então as suas vestes, rasgou-as em duas partes.
Eliseu apanhou o manto que Elias deixara cair e, voltando, parou na margem do Jordão.
Pegou no manto que Elias deixara cair, bateu com ele nas águas e disse: «Onde está agora o Senhor, o Deus de Elias? Onde está Ele?» Ao bater nas águas, estas separaram-se para um e outro lado e Eliseu passou.

Livro de Salmos 31(30),20.21.24.

Como é grande, Senhor, a bondade
que reservas para os que te são fiéis!
Tu a concedes, à vista de todos,
àqueles que em ti confiam.-
Ao abrigo da tua face, Tu os guardas
das intrigas dos homens;
na tua tenda os defendes
contra as línguas maldizentes.-
Amai o Senhor,
todos vós que sois seus amigos!
O Senhor protege os seus fiéis,
mas castiga com rigor os orgulhosos.
Evangelho segundo S. Mateus 6,1-6.16-18.

Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Guardai-vos de fazer as vossas boas obras diante dos homens para vos tornardes notados por eles; de outro modo, não tereis nenhuma recompensa do vosso Pai que está no Céu.
Quando, pois deres esmola, não permitas que toquem trombeta diante de ti como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas a fim de serem louvados pelos homens. Em verdade vos digo: Já receberam a sua recompensa.
Quando deres esmola, que a tua mão esquerda não saiba o que faz a tua direita
a fim de que a tua esmola permaneça em segredo e teu Pai, que vê o oculto, há-de premiar-te.»
«Quando orardes, não sejais como os hipócritas, que gostam de rezar de pé nas sinagogas e nos cantos das ruas para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa.
Tu, porém quando orares, entra no quarto mais secreto e, fechada a porta, reza em segredo a teu Pai, pois Ele, que vê o oculto, há-de recompensar-te.
«E quando jejuardes, não mostreis um ar sombrio como os hipócritas que desfiguram o rosto para que os outros vejam que eles jejuam. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa.
Tu, porém quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto
para que o teu jejum não seja conhecido dos homens, mas apenas do teu Pai que está presente no oculto e o teu Pai, que vê no oculto, há-de recompensar-te.» (quando mais ninguém nos recompensa, Deus e os do Bem recompensam-nos; então somos sempre recompensados por praticar o bem.)

São João da Cruz (1542-1591), carmelita, doutor da Igreja O Cântico espiritual, segunda versão, estrofe 1, 6-7

«Quando orares, entra no quarto mais secreto»

A alma pergunta ao Esposo: «Aonde Te escondeste?» [...] Respondamos a essa pergunta indicando o lugar mais certo onde está escondido, o lugar onde a encontrará mais seguramente e com tanta perfeição e gosto que se pode ter nesta vida. A partir daí, não começará a vaguear em vão atrás das pegadas de seus consortes (cf. Ct 3,2).

Para tal é necessário advertir que o Verbo, o Filho de Deus, juntamente com o Pai e o Espírito Santo, está escondido, essencial e presencialmente, no ser mais íntimo da alma. Portanto, para O encontrar há-de abandonar tudo, quer no afecto, quer na vontade e recolher-se ao máximo dentro de si mesma, vivendo como se as coisas não existissem. Santo Agostinho, falando nos Solilóquios com Deus, dizia: 'Vós estáveis dentro de mim, mas eu estava fora e fora de mim vos procurava'. Portanto, Deus está escondido na alma. É ali que o bom contemplativo O há-de procurar com amor, dizendo: Aonde Te escondeste?

Portanto, ó alma formosíssima entre todas as criaturas, que tanto desejas saber onde está o teu Amado para te encontrares e unires a Ele, já te foi dito que tu mesma és o aposento onde Ele mora, o refúgio e o esconderijo onde Se oculta. Oxalá seja motivo de grande consolação e alegria para ti reconhecer que todo o teu bem se encontra tão perto de ti, melhor dizendo, tão dentro de ti, que já não podes existir sem Ele. Sabei, diz o Esposo, que o reino de Deus está dentro de vós (Lc 17,21) e o apóstolo São Paulo, Seu servo, diz: Vós sois o templo de Deus (2Co 6,16).

Quinta-feira, dia 21 de Junho de 2012

Quinta-feira da 11ª semana do Tempo Comum


Santo do dia : S. Luís Gonzaga, religioso, +1591 Livro de Eclesiástico 48,1-15.

O profeta Elias levantou-se impetuoso como o fogo; as suas palavras eram ardentes como um facho.
Fez vir sobre eles a fome e, no seu zelo, reduziu-os a poucos.
Com a palavra do Senhor fechou o céu e assim fez cair fogo por três vezes.
Quão glorioso te tornaste, Elias, pelos teus prodígios! Quem pode gloriar-se de ser como tu?
Tu que arrancaste um homem à morte, da morada dos mortos, pela palavra do Altíssimo;
tu precipitaste os reis na ruína e fizeste cair do seu leito homens gloriosos;
tu ouviste, no Sinai, o juízo do Senhor e, no monte Horeb, os decretos da sua vingança;
tu sagraste reis para vingar crimes e estabeleceste profetas para te sucederem;
tu foste arrebatado num redemoinho de fogo, num carro puxado por cavalos de fogo;
tu foste escolhido, nos decretos dos tempos, para abrandar a ira antes de enfurecer, reconciliar os corações dos pais com os filhos e restabelecer as tribos de Jacob.
Felizes os que te viram e os que morreram no amor; pois nós também viveremos certamente.
Quando Elias foi envolvido num redemoinho, Eliseu ficou repleto do seu espírito. Nunca em seus dias, ele temeu príncipe algum e ninguém pôde subjugá-lo.
Nada era muito difícil para ele e, ainda depois de morto, o seu corpo profetizou.
Durante a vida, fez prodígios e, depois da morte, operou maravilhas.
E apesar de tudo isso, o povo não se converteu, não se afastou dos seus pecados até que foi expulso da sua terra e espalhado por todo o mundo.

Livro de Salmos 97(96),1-2.3-4.5-6.7.

O Senhor é rei: alegre-se a Terra
e rejubile a multidão das ilhas!
Ele está rodeado de nuvens e escuridão;
a justiça e o direito são a base do seu trono.
Um fogo vai à sua frente
e devora os inimigos que o cercam.
Os seus relâmpagos iluminam o mundo;
a Terra vê-os e estremece.-
As montanhas derretem-se como cera
diante do Senhor de toda a Terra.
Os céus proclamam a justiça de Deus
e todos os povos contemplam a sua grandeza.
Fiquem confundidos os que adoram ídolos,
os que se gloriam em deuses inúteis;
todos os deuses se prostram diante do Senhor.
Evangelho segundo S. Mateus 6,7-15.

Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos:« Nas vossas orações, não sejais como os gentios que usam de vãs repetições porque pensam que, por muito falarem, serão atendidos.
Não façais como eles porque o vosso Pai celeste sabe do que necessitais antes de vós lho pedirdes
«Rezai, pois assim:'
Pai nosso, que estás no Céu, santificado seja o teu nome,
venha o teu Reino; faça-se a tua vontade como no Céu assim também na Terra.
Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia;
perdoa as nossas ofensas como nós perdoamos a quem nos tem ofendido;
e não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do Mal.

Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas também o vosso Pai celeste vos perdoará a vós.
Se, porém não perdoardes aos homens as suas ofensas também o vosso Pai vos não perdoará as vossas

Bem-aventurado João XXIII (1881-1963), Papa Discursos, mensagens, colóquios, t.1, Vaticano 1958

«Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia»

Queremos insistir no triplo privilégio desse «pão de cada dia» que os filhos da Igreja devem pedir ao Pai celeste e esperar com confiança na Sua divina providência. Deve ser antes de tudo, o «pão nosso», isto é o pão pedido em nome de todos. «O Senhor», diz-nos São João Crisóstomo, «ensinou-nos, no Pai Nosso, a dirigir a Deus uma oração em nome de todos os nossos irmãos. Quer deste modo que as orações que elevamos a Deus digam respeito tanto aos interesses do nosso próximo como aos nossos. Pretende com isso combater as inimizades e reprimir a arrogância.»

Ele deve ser, além disso, um pão «substancial» (cf. Mt 6,11 grego), indispensável à nossa subsistência, ao nosso alimento. Mas, se o homem é composto por um corpo, é também composto por um espírito imortal e o pão que convém pedir ao Senhor não deve ser apenas um pão material. Deve ser, como observa, tão a propósito, esse doutor da Eucaristia que é São Tomás de Aquino, deve ser antes de mais um pão espiritual. Esse pão é o próprio Deus, verdade e bondade a contemplar e a amar; um pão sacramental: o Corpo do Salvador, testemunho e viático da vida eterna.

A terceira qualidade exigida a esse pão não é menos importante que as precedentes. É que seja «único», símbolo e causa da unidade (cf. 1Co 10,17) e São João Crisóstomo acrescenta: «Do mesmo modo que esse corpo está unido a Jesus Cristo assim nos unimos nós por meio deste pão».

Sexta-feira, dia 22 de Junho de 2012

Sexta-feira da 11ª semana do Tempo Comum



Naqueles dias, Atália, mãe de Acazias, ao ver seu filho morto, decidiu exterminar toda a descendência real.
Joseba, porém filha do rei Jorão e irmã de Acazias, tomou Joás, filho de Acazias, e livrou-o do massacre dos filhos do rei, escondendo-o com a sua ama de leite no quarto de dormir. Ocultaram-no assim de Atália, de modo que pôde escapar à morte.
Esteve seis anos escondido com Joseba no templo do Senhor, no tempo em que Atália reinava no país.
No sétimo ano, Joiadá convocou os centuriões dos cários e os guardas e introduziu-os no templo do Senhor. Fez com eles um pacto e, depois de os fazer jurar no templo do Senhor, mostrou-lhes o filho do rei.
Os centuriões executaram fielmente as ordens do sacerdote Joiadá. Tomaram cada um os seus homens, tanto os que começavam o serviço ao sábado como os que terminavam, e foram ter com o sacerdote Joiadá.
Este deu-lhes a lança e os escudos do rei David que se encontravam no templo do Senhor.
Os guardas prostraram-se à volta do rei, todos de armas na mão, ao longo do altar e do templo, desde o lado sul até ao lado norte do templo.
Então Joiadá trouxe para fora o filho do rei, pôs-lhe o diadema na cabeça e entregou-lhe o documento da aliança. Proclamaram-no rei, ungiram-no e todos o aplaudiram, gritando: «Viva o rei!»
Atália, ao ouvir a gritaria que faziam os guardas e o povo, entrou no templo do Senhor pelo meio da multidão.
E viu surpreendida que o rei estava de pé sobre o estrado, segundo o costume, tendo ao seu lado os cantores e as trombetas, enquanto o povo se alegrava, tocando trombetas. Então ela rasgou as vestes, gritando: «Conspiração! Conspiração!»
Mas o sacerdote Joiadá ordenou aos centuriões que comandavam as tropas: «Levai-a para fora do recinto do templo e, se alguém a seguir, matai-o com a espada.» Pois o pontífice proibira que a matassem no templo do Senhor.
Agarraram-na, por conseguinte, e ao chegarem ao palácio real pelo caminho da entrada dos cavalos, ali a mataram.
Joiadá fez uma aliança com o Senhor, o rei e o povo, segundo a qual o povo devia ser o povo do Senhor. Fez também uma aliança entre o rei e o povo.
Todo o povo da Terra entrou então no templo de Baal e destruiu-o; derrubaram os altares, partiram em bocados as imagens e assassinaram Matan, sacerdote de Baal, diante do altar. O sacerdote Joiadá colocou guardas no templo do Senhor.
Todo o povo da Terra se alegrou e a cidade ficou em paz. Atália tinha sido morta à espada no palácio real.

Livro de Salmos 132(131),11.12.13-14.17-18.

O Senhor fez um juramento a David,
uma promessa a que não faltará:
«Hei-de colocar no teu trono
um descendente da tua família.
Se os teus filhos guardarem a minha aliança
e os preceitos que lhes hei-de ensinar
também os filhos deles
se hão-de sentar para sempre no teu trono.»-
O Senhor escolheu Sião,
preferiu-a para sua morada:
«Este será para sempre o meu lugar de repouso,
aqui habitarei porque o escolhi.
Ali farei surgir descendência para David
e farei brilhar a luz do meu ungido.
Cobrirei de vergonha os seus inimigos,
mas sobre ele farei brilhar o seu diadema.»
Evangelho segundo S. Mateus 6,19-23.

Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Não acumuleis tesouros na Terra onde a traça e a ferrugem os corroem e os ladrões arrombam os muros a fim de os roubar.
Acumulai tesouros no Céu (praticando o bem), onde a traça e a ferrugem não corroem e onde os ladrões não arrombam nem furtam. (e este tesouro será o suporte do tesouro na Terra. Sem o do Céu não há o da Terra.)
Pois onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração.
A lâmpada do corpo são os olhos; se os teus olhos estiverem sãos, todo o teu corpo andará iluminado.
Se, porém os teus olhos estiverem doentes, todo o teu corpo andará em trevas. Portanto, se a luz que há em ti são trevas, quão grandes serão essas trevas!

São Cesário de Arles (470-543), monge e bispo Sermão 32, 1-3; SC 243

«Onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração»

Deus aceita as nossas ofertas de dinheiro e apraz-lhe que dêmos aos pobres, mas com esta condição: que todo o pecador, quando oferecer a Deus o seu dinheiro, ofereça também a alma. [...] Quando o Senhor diz: «Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus» (Mc 12, 17), que quererá Ele dizer, senão: «Tal como dais a César nas moedas de prata, a sua imagem em efígie, dai também a Deus, em vós mesmos, a imagem de Deus» (cf Gn 1, 26)?

Assim e como já bastas vezes dissemos, quando distribuirmos dinheiro aos pobres, ofereçamos a nossa alma a Deus de forma a que, onde estiver o nosso dinheiro, possa também estar o nosso coração. De facto, por que nos pede Deus que demos dinheiro? É seguramente porque sabe que lhe temos um apreço especial e que não deixamos de pensar nele e porque sabe que, onde tivermos o dinheiro, teremos também o coração. Eis porque Deus nos exorta a construir tesouros no céu através de dádivas feitas aos pobres; é para que o nosso coração vá até onde tivermos enviado o tesouro e para que, quando o sacerdote disser: «Corações ao alto», possamos responder de consciência tranquila: «O nosso coração está em Deus».

Sábado, dia 23 de Junho de 2012

Sábado da 11ª semana do Tempo Comum



Depois da morte de Joiadá, os chefes de Judá foram prostrar-se diante do rei e o rei deu-lhes ouvidos.
Abandonaram o templo do Senhor, Deus de seus pais, e prestaram culto aos postes sagrados e aos ídolos. Por causa dessa infidelidade, a ira divina inflamou-se contra Judá e Jerusalém.
O Senhor enviou-lhes profetas a fim de os fazer voltar para Si. Os profetas fizeram-lhes as suas advertências, mas eles não quiseram escutá-los.
Então o espírito de Deus veio sobre Zacarias, filho do sacerdote Joiadá. Zacarias apresentou-se diante do povo e disse-lhe: «Assim fala Deus: Por que razão transgredis os mandamentos do Senhor, atraindo a desgraça sobre vós? Uma vez que abandonastes o Senhor também Ele vai abandonar-vos».
Conspiraram então contra o profeta e apedrejaram-no por ordem do rei no átrio do templo do Senhor.
Assim o rei Joás, esquecendo a dedicação de Joiadá, pai de Zacarias, deu a morte ao profeta. Zacarias disse ao morrer: «O Senhor veja isto e faça justiça».
No princípio do ano seguinte, o exército dos arameus marchou contra Joás e invadiu Judá e Jerusalém. Os arameus mataram todos os chefes do povo e enviaram todos os seus despojos ao rei de Damasco.
Embora o exército dos arameus tivesse vindo com poucos homens, o Senhor entregou em suas mãos um grande exército porque o povo tinha abandonado o Senhor, Deus de seus pais. Os arameus infligiram justo castigo a Joás
e quando se retiraram, deixando-o gravemente doente, os seus servos conspiraram contra ele por ter derramado o sangue do filho do sacerdote Joiadá e deram-lhe a morte no próprio leito. Morto o rei, deram-lhe sepultura na Cidade de David, mas não nos sepulcros dos reis.

Livro de Salmos 89(88),4-5.29-30.31-32.33-34.

"Fiz uma aliança com o meu eleito,
jurei a David, meu servo:
'Estabelecerei a tua descendência para sempre
e o teu trono há-de manter-se eternamente'."-
Hei-de assegurar-lhe para sempre o meu favor
e a minha aliança com ele há-de manter-se firme.
Estabelecerei para sempre a sua descendência
e o seu trono terá a duração dos céus.-
Se os seus filhos abandonarem a minha lei
e não seguirem os meus preceitos;
se violarem as minhas ordens
e não guardarem os meus mandamentos-
Então hei-de castigar severamente as suas rebeldias
e fazê-los sofrer pelas suas maldades,
mas não lhes retirarei o meu favor
nem faltarei à minha promessa.
Evangelho segundo S. Mateus 6,24-34.

Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Ninguém pode servir a dois senhores: ou não gostará de um deles e estimará o outro ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro.»
«Por isso vos digo: Não vos inquieteis quanto à vossa vida, com o que haveis de comer ou beber nem quanto ao vosso corpo, com o que haveis de vestir. Porventura não é a vida mais do que o alimento e o corpo mais do que o vestido?
Olhai as aves do céu: não semeiam nem ceifam nem recolhem em celeiros e o vosso Pai celeste alimenta-as. Não valeis vós mais do que elas?
Qual de vós, por mais que se preocupe, pode acrescentar um só côvado à duração de sua vida?
Porque vos preocupais com o vestuário? Olhai como crescem os lírios do campo: não trabalham nem fiam!
Pois Eu vos digo: Nem Salomão, em toda a sua magnificência, se vestiu como qualquer deles.
Ora se Deus veste assim a erva do campo que hoje existe e amanhã será lançada ao fogo, como não fará muito mais por vós, homens de pouca fé?
Não vos preocupeis, dizendo: 'Que comeremos, que beberemos ou que vestiremos?’
Os pagãos, esses sim, afadigam-se com tais coisas; porém o vosso Pai celeste bem sabe que tendes necessidade de tudo isso.
Procurai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça e tudo o mais se vos dará por acréscimo.
Não vos preocupeis, portanto com o dia de amanhã, pois o dia de amanhã já terá as suas preocupações. Basta a cada dia o seu problema.»

São Rafael Arnaiz Baron (1911-1938), monge trapista espanhol Escritos espirituais, 04/03/1938

«Se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã será lançada ao fogo, como não fará muito mais por vós, homens de pouca fé?»

Em nome do Deus santo, tomo hoje a pena para que as minhas palavras que se imprimem sobre a folha branca, sirvam de louvor perpétuo ao Deus bendito, autor da minha vida, da minha alma, do meu coração. Gostaria que o universo inteiro com os planetas, todos os astros e os inúmeros sistemas estelares fosse uma imensa extensão, polida e brilhante, onde eu pudesse escrever o nome de Deus. Gostaria que a minha voz fosse mais potente que mil trovões, mais forte que o estrépito do mar e mais terrível que o bramido dos vulcões para dizer apenas: Deus! Gostaria que o meu coração fosse tão grande como o céu, puro como o dos anjos, simples como o da pomba (Mt 10,16) para nele pôr Deus! Mas dado que toda esta grandeza com que sonhaste não se pode tornar realidade, contenta-te com pouco e contigo, que não és nada, Irmão Rafael, porque o nada deve bastar-te [...].

Por quê calar? Por que escondê-lO? Por que não gritar ao mundo inteiro e bradar aos quatro ventos as maravilhas de Deus? Por que não dizer às pessoas e a todos os que quiserem entender: vêem o que sou? Vêem o que fui? Vêem a minha miséria que se arrasta na lama? Pouco importa: maravilhem-se; apesar de tudo, Deus é meu amigo! Deus ama-me, a mim, com tal amor que, se o mundo inteiro o compreendesse, todas as criaturas ficariam loucas e bramiriam de assombro. Mas isso ainda é pouco. Deus ama-me tanto que nem os próprios anjos o compreendem! (cf 1P 1,12) A misericórdia de Deus é grande! Amar-me, a mim, ser meu Amigo, meu Irmão, meu Pai, meu Senhor, sendo Ele Deus e eu o que sou!

Ah, Senhor Jesus Cristo, não tenho nem papel, nem pena. Que posso dizer! Como não enlouquecer?


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