"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida
eterna". João 6, 68
Domingo,
dia 04 de Dezembro de 2016
2.º
Domingo do Advento
Naquele dia, sairá um ramo do tronco de Jessé e um rebento
brotará das suas raízes.
Sobre ele repousará o espírito do Senhor: espírito de sabedoria e de
inteligência, espírito de conselho e de fortaleza, espírito de conhecimento e
de amor de Deus.
Animado assim do amor de Deus, não julgará segundo as aparências nem decidirá
pelo que ouvir dizer.
Julgará os infelizes com justiça e com sentenças rectas os humildes do povo.
Com o chicote da sua palavra atingirá o violento e com o sopro dos seus
lábios exterminará o ímpio (= ateu).
A justiça será a faixa dos seus rins e a lealdade a cintura dos seus flancos.
O lobo viverá com o cordeiro e a pantera dormirá com o cabrito; o bezerro e o
leãozinho andarão juntos e um menino os poderá conduzir.
A vitela e a ursa pastarão juntamente, suas crias dormirão lado a lado e o
leão comerá feno como o boi.
A criança de leite brincará junto ao ninho da cobra e o menino meterá a mão
na toca da víbora. (porque o mal e o bem deixaram de coexistir e passou a
existir apenas o bem)
Não mais praticarão o mal nem a destruição em todo o meu santo monte:
o conhecimento do Senhor encherá o país, como as águas enchem o leito
do mar.
Nesse dia, a raiz de Jessé surgirá como bandeira dos povos; as nações virão
procurá-la e a sua morada será gloriosa.
Livro de Salmos
72(71),1-2.7-8.12-13.17.
Ó Deus, dai ao rei o poder de julgar e a vossa justiça ao filho
do rei.
Ele governará o vosso povo com justiça e os vossos pobres com equidade.
Florescerá a justiça nos seus dias e uma grande paz até ao fim dos tempos.
Ele dominará de um ao outro mar, do grande rio até aos confins da terra.
Socorrerá o pobre que pede auxílio e o miserável que não tem amparo.
Terá compaixão dos fracos e dos pobres e defenderá a vida dos oprimidos.
O seu nome será eternamente bendito e durará tanto como a luz do sol; nele
serão abençoadas todas as nações, todos os povos da terra o hão-de bendizer.
Carta aos Romanos 15,4-9.
Irmãos, tudo o que foi escrito no passado foi escrito para nossa
instrução, a fim de que, pela paciência e consolação que vêm das Escrituras,
tenhamos esperança.
O Deus da paciência e da consolação vos conceda que alimenteis os mesmos
sentimentos uns para com os outros, segundo Cristo Jesus,
para que, numa só alma (e pessoa celeste, pessoa espiritual, pessoa natural) e
com uma só voz, glorifiqueis a Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Acolhei-vos, portanto, uns aos outros, como Jesus Cristo vos acolheu, para
glória de Deus.
Pois Eu vos digo que Jesus Cristo Se fez servidor dos judeus para mostrar a
fidelidade de Deus e confirmar as promessas feitas aos nossos antepassados.
Por sua vez, os gentios dão glória a Deus pela sua misericórdia, como está
escrito: «Por isso eu Vos bendirei entre as nações e cantarei a glória do
vosso nome».
Evangelho segundo S.
Mateus 3,1-12.
Naqueles dias, apareceu João Baptista a pregar no deserto da
Judeia, dizendo:
«Arrependei-vos porque está perto o reino dos Céus».
Foi dele que o profeta Isaías falou, ao dizer: «Uma voz clama no deserto:
‘Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas’».
João tinha uma veste tecida com pelos de camelo e uma cintura de cabedal à
volta dos rins. O seu alimento eram gafanhotos e mel silvestre.
Acorria a ele gente de Jerusalém, de toda a Judeia e de toda a região do
Jordão
e eram baptizados por ele no rio Jordão, confessando os seus pecados.
Ao ver muitos fariseus e saduceus que vinham ao seu baptismo, disse-lhes:
«Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira que está para vir?
Praticai acções que se conformem ao
arrependimento que manifestais.
Não penseis que basta dizer: ‘Abraão é o nosso pai’ porque eu vos digo: Deus
pode suscitar, destas pedras, filhos de Abraão.
O machado já está posto à raiz das árvores. Por isso, toda a árvore que não
dá fruto será cortada e lançada ao fogo.
Eu baptizo-vos com água para vos levar ao arrependimento, mas Aquele que vem
depois de mim é mais forte do que eu e não sou digno de levar as suas
sandálias. Ele baptizar-vos-á no Espírito Santo e no fogo.
Tem a pá na sua mão: há-de limpar a eira e recolher o trigo no celeiro, mas a
palha, queimá-la-á num fogo que não se apaga» (lava que existe nos vulcões e
no interior da Terra ou a superfície do sol, depende das suas preferências
pelas coisas das trevas ou do sol).
Tradução
litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
São Gregório Magno (c. 540-604), Papa,
doutor da Igreja
Homilias sobre o Evangelho, n.º 20
«Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas»
É evidente para
todo o leitor que João não pregou apenas, mas também conferiu um baptismo de
penitência. Não pôde, no entanto, dar um baptismo que remisse os pecados,
pois a remissão dos pecados só nos é dada no baptismo em Jesus Cristo. Por
isso o evangelista diz que ele «pregava um baptismo de arrependimento para a
remissão dos pecados» (Lc 3,3); não podendo ele próprio dar um baptismo que
perdoasse os pecados, anunciava esse, ainda por vir. Tal como as suas
palavras de pregação eram precursoras da Palavra do Pai feita carne assim o
seu baptismo […] precedia o do Senhor, como sombra da verdade (Col 2,17).
Este mesmo João, interrogado sobre quem era, respondeu: «Eu sou a voz daquele
que grita no deserto» (Jo 1,23; Is 40,3). O profeta Isaías chamara-lhe «voz»,
pois ele precedia a Palavra. Aquilo que gritava é-nos ensinado a seguir:
«Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas». O que faz aquele
que prega a fé verdadeira e as boas obras, senão preparar a estrada nos
corações dos ouvintes para o Senhor que vem? Possa a graça toda-poderosa
penetrar nestes corações, iluminá-los com a luz da verdade […].
Acrescenta S. Lucas: «Todos os vales sejam levantados, todas as montanhas e
colinas sejam abaixadas». Que designam aqui estes vales, senão os humildes e
os montes e as colinas, senão os orgulhosos? Com a vinda do Redentor, segundo
a sua própria palavra, «quem se exalta será humilhado e quem se humilha será
exaltado» (Lc 14,11). Pela fé no mediador entre Deus e os homens, Jesus
Cristo feito homem (1Tim 2,5), aqueles que nele crêem receberam a plenitude
da graça, enquanto os que se recusam a crer foram humilhados no seu orgulho.
Todos os vales serão levantados porque os corações humildes, ao acolherem a
palavra da santa doutrina, serão cumulados pela graça das virtudes, segundo o
que está escrito: «Das fontes fez jorrar rios que serpenteiam nos vales» (Sl
104,10).
Segunda-feira,
dia 05 de Dezembro de 2016
Segunda-feira da 2.a
semana do Advento
Alegrem-se o deserto e o descampado, rejubile e floresça a
terra árida,
cubra-se de flores como o narciso, exulte com brados de alegria. Ser-lhe-á
dada a glória do Líbano, o esplendor do Carmelo e do Sáron. Verão a glória
do Senhor, o esplendor do nosso Deus.
Fortalecei as mãos fatigadas e robustecei os joelhos vacilantes.
Dizei aos corações perturbados: «Tende coragem, não temais: Aí está o vosso
Deus, vem para fazer justiça
e dar a recompensa. Ele próprio vem salvar-vos».
Então se abrirão os olhos dos cegos e se desimpedirão os ouvidos dos
surdos.
Então o coxo saltará como um veado e a língua do mudo cantará de alegria.
As águas brotarão no deserto e as torrentes na aridez da planície;
a terra seca transformar-se-á em lago e a terra sequiosa em nascentes de
água. No covil dos chacais crescerão canas e juncos.
Aí haverá uma estrada que se chamará «caminho sagrado»; nenhum homem impuro
passará por ele e nele os insensatos não se perderão.
Nesse caminho não haverá leões nem andarão por ali animais ferozes
Voltarão os que o Senhor libertar, hão-de chegar a Sião com brados de
alegria, com eterna felicidade a iluminar-lhes o rosto. Reinarão o satisfação
e o contentamento e acabarão a dor e os gemidos.
Livro de Salmos
85(84),9ab-10.11-12.13-14.
Escutemos o que diz o Senhor:
Deus fala de paz ao seu povo e aos seus fiéis.
A sua salvação está perto dos que O adoram
e a sua glória habitará na nossa terra.
Encontraram-se a misericórdia e a fidelidade,
abraçaram-se a paz e a justiça.
A fidelidade vai germinar da terra
e a justiça descerá do Céu.
O Senhor dará ainda o que é bom
e a nossa terra produzirá os seus frutos.
A justiça caminhará à sua frente
e a paz seguirá os seus passos.
Evangelho segundo S. Lucas 5,17-26.
Certo dia, enquanto Jesus Cristo ensinava, estavam entre a
assistência fariseus e doutores da Lei que tinham vindo de todas as
povoações da Galileia, da Judeia e de Jerusalém e Ele tinha o poder do
Senhor para operar curas.
Apareceram então uns homens, trazendo num catre um paralítico; tentavam levá-lo
para dentro e colocá-lo diante de Jesus.
Como não encontraram modo de o introduzir, por causa da multidão, subiram
ao terraço e, através das telhas, desceram-no com o catre,
deixando-o no meio da assistência, diante de Jesus. (trata-se da casa de
Jesus Cristo e de Maria de Magdala; Jesus Cristo está no salão conversando
com os seus discípulos e convidados e uma multidão cercou a sua casa, como
cada vez mais acontecia, para ser curada. Estes homens subiram ao telhado
da sala, retiraram as telhas e vigas e desceram o catre, colocando-o diante
de Jesus Cristo. Foram-se embora e deixaram o telhado assim. Isto foi a
gota de água que mudou radicalmente a sua vida e atitude porque estes
homens não manifestaram o mínimo
respeito nem por Jesus Cristo nem pelos outros que com ele estavam; não
se dignaram sequer esperar a sua vez como tantos outros. O seu ego era
enorme. Jesus Cristo não era para eles o Senhor, mas sim o seu servo; tinha
de fazer o que eles queriam, como queriam e quando queriam. Era trabalho
gratuito, o de Jesus Cristo; por isso não lhe merecia respeito e usavam
desta agressividade. Imagino o número de vezes que Maria de Magdala se terá
queixado de que a sua casa e a sua vida se tinham tornado um inferno e
agora, vendo o que foi feito à sua casa, certamente terá desatado a chorar.
Jesus Cristo pôs um fim a isto, saindo de casa e não mais voltando para que
a vida de Maria de Magdala, a pouco e pouco, voltasse ao normal. Ele passou
a dormir ao relento, debaixo de uma árvore e com uma pedra por travesseiro
até ao fim dos seus dias e certamente a sua atitude perante esta gente
também mudou: eles não queriam a conversão, mas a cura e continuarem a
viver no seu egoísmo; Jesus Cristo não estava a atingir os seus objectivos)
Ao ver a fé daquela gente, Jesus Cristo disse: «Homem, os teus pecados
estão perdoados».
Os escribas e fariseus começaram a pensar: «Quem é este que profere
blasfémias? Não é só Deus que pode perdoar os pecados?»
Mas Jesus Cristo, que lia os seus pensamentos, tomou a palavra e
disse-lhes: «Que estais a pensar nos vossos corações?
Que é mais fácil dizer: ‘Os teus pecados estão perdoados’ ou ‘Levanta-te e
anda’?
Pois bem, para saberdes que o Filho (do homem) tem na Terra o poder de
perdoar os pecados, Eu te ordeno — disse Ele ao paralítico — levanta-te,
toma a tua enxerga e vai para casa».
Logo ele se levantou à vista de todos, tomou a enxerga em que estivera
deitado e foi para casa, dando glória a Deus.
Ficaram todos muito admirados e davam glória a Deus e, cheios de temor,
diziam: «Hoje vimos maravilhas».
Tradução
litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
São Pedro Crisólogo (c.
406-450), bispo de Ravena, doutor da Igreja
Sermão 50; PL 52, 339
«Que estais a pensar nos vossos corações?»
Por causa da
fé de outrem, a alma do paralítico ia ser curada antes do seu corpo. «Ao
ver a fé daquela gente», diz o evangelho. Notai aqui, irmãos, que Deus não
Se preocupa com o que querem os homens insensatos nem espera encontrar fé
entre os ignorantes [...] ou entre os que se portam mal. Pelo contrário, não
recusa vir em socorro da fé de outrem. Esta fé é um presente da graça e
está de acordo com a vontade de Deus. [...] Na sua divina bondade, este
médico que é Jesus Cristo tenta atrair à salvação, mesmo contra a vontade,
aqueles que foram atingidos pelas doenças da alma, esmagados até ao delírio
pelo peso dos seus pecados e das suas faltas. Mas eles não querem deixar-se
mover.
Ó meus irmãos, se nós quiséssemos, se quiséssemos todos ver até ao fundo a
paralisia da nossa alma! Notaríamos que, privada de forças, ela jaz num
leito de pecados. A acção de Jesus Cristo seria para nós uma fonte de luz.
Compreenderíamos que Ele olha todos os dias para a nossa falta de fé que
nos é tão prejudicial, que Ele nos conduz para os remédios da salvação e
pressiona veementemente a nossa vontade rebelde. «Meu filho», diz Ele, «os
teus pecados estão perdoados.»
Terça-feira,
dia 06 de Dezembro de 2016
Terça-feira da 2.a
semana do Advento
Consolai, consolai o meu povo, diz o vosso Deus.
Falai ao coração de Jerusalém e dizei-lhe em alta voz que terminaram os
seus trabalhos e está perdoada a sua culpa porque recebeu da mão do
Senhor duplo castigo por todos os seus pecados.
Uma voz clama: «Preparai no deserto o caminho do Senhor, abri na estepe
uma estrada para o nosso Deus.
Sejam alteados todos os vales e abatidos os montes e as colinas;
endireitem-se os caminhos tortuosos e aplanem-se as veredas escarpadas.
Então se manifestará a glória do Senhor e todo o homem verá a sua
magnificência porque a boca do Senhor falou».
Uma voz dizia: «Clama». E eu respondi: «Que hei-de clamar?» — «Todo o ser
humano é como a erva, toda a sua glória é como a flor do campo.
A erva seca e as flores murcham, quando o vento do Senhor sopra sobre
elas.
A erva seca e as flores murcham, mas a palavra do nosso Deus permanece
eternamente».
Sobe ao alto de um monte, arauto de Sião; grita com voz forte, arauto de
Jerusalém; levanta sem temor a tua voz e diz às cidades de Judá: «Eis o
vosso Deus.
O Senhor Deus vem com poder, o seu braço dominará. Com Ele vem o seu
prémio, precede-O a sua recompensa.
Como um pastor apascentará o seu rebanho e reunirá os animais dispersos;
tomará os cordeiros em seus braços, conduzirá as ovelhas ao seu
descanso».
Livro de Salmos
96(95),1-2.3.10ac.11-12.13.
Cantai ao Senhor um cântico novo,
cantai ao Senhor, Terra inteira,
cantai ao Senhor, bendizei o seu nome.
Anunciai dia a dia a sua salvação,
publicai entre as nações a sua glória,
em todos os povos as suas maravilhas.
dizei entre as nações: «O Senhor é rei»,
governa os povos com equidade.
Alegrem-se os céus, exulte a Terra,
ressoe o mar e tudo o que ele contém,
exultem os campos e quanto neles existe,
alegrem-se as árvores das florestas.
Diante do Senhor que vem,
que vem para julgar a terra.
Julgará o mundo com justiça
e os povos com fidelidade.
Evangelho segundo S. Mateus 18,12-14.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Que
vos parece? Se um homem tiver cem ovelhas e uma delas se tresmalhar, não
deixará as noventa e nove nos montes para ir procurar a que anda
tresmalhada?
E se chegar a encontrá-la, em verdade vos digo que se alegra mais por
causa dela do que pelas noventa e nove que não se tresmalharam.
Assim também, não é da vontade de meu Pai que está nos Céus que se perca nem
um só destes pequeninos».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Basílio de Selêucia (?-c.
468), bispo
Homilia 26, sobre o Bom Pastor; PG 85, 299
«Alegra-se mais por causa dela do que pelas noventa e nove
que não se tresmalharam»
Observemos
a Jesus Cristo, o nosso Pastor; consideremos o seu amor pelos homens e o
seu enlevo em conduzi-los a verdes prados (Sl 23,2). Tanto Se alegra com
as ovelhas que O rodeiam como procura as que se tresmalharam. Os montes e
os bosques não são para Ele sequer obstáculo; Ele percorre vales
tenebrosos (Sl 23,4) até achar a ovelha perdida e, encontrando-a doente,
em vez de a deixar, cuida dela e, tomando-a aos ombros, cura com a
própria fadiga a ovelha fatigada. Esta fadiga enche-O de alegria porque
encontrou a ovelha perdida e apenas isso O alivia do seu esforço: «Qual é
o homem dentre vós que, possuindo cem ovelhas e tendo perdido uma delas,
não deixa as noventa e nove no deserto (deserto não é o paraíso, mas
local de penitência) e vai à procura da que se tinha perdido até a
encontrar?» (Lc 15,4).
A perda de uma só ovelha vem perturbar a alegria do rebanho reunido, mas
a alegria do reencontro afugenta toda a tristeza: «Ao encontrá-la, põe-na
alegremente aos ombros e, ao chegar a casa, convoca os amigos e vizinhos
e diz-lhes: 'Alegrai-vos comigo porque encontrei a minha ovelha perdida'»
(Lc 15,5-6). Era por isso que Jesus Cristo, que é este Pastor, afirmava:
«Eu sou o Bom Pastor» (Jo 10,11). «Procurarei a [ovelha] que se tinha
perdido, reconduzirei a que se tinha tresmalhado; cuidarei da que está
ferida e tratarei da que está doente» (Ez 34,16).
Quarta-feira,
dia 07 de Dezembro de 2016
Quarta-feira da
2.a semana do Advento
«A quem Me
comparareis que seja semelhante a Mim? — diz o Deus Santo.
Erguei os olhos para o alto e olhai. Quem criou estas estrelas? Aquele
que as conta e as faz marchar como um exército e as chama a todas pelos
seus nomes. Tal é a sua força e tão grande é o seu poder que nenhuma
falta à chamada.
Jacob, porque dizes; Israel, porque afirmas: ‘O meu destino está oculto
ao Senhor e a minha causa passa despercebida ao meu Deus’? Não o sabes,
não o ouvistes dizer?
O Senhor é um Deus eterno, criador da Terra até aos seus confins. Ele
não Se cansa nem Se fatiga e a sua inteligência é insondável.
Dá força ao que anda exausto e vigor ao que anda enfraquecido.
Os jovens cansam-se e fatigam-se e os adultos tropeçam e vacilam.
Mas os que esperam no Senhor renovam as suas forças, formam asas como
as águias. Correm sem se fatigarem, caminham sem se cansarem».
Livro de Salmos
103(102),1-2.3-4.8.10.
Bendiz, ó minha
alma, o Senhor
e todo o meu ser bendiga o seu nome santo.
Bendiz, ó minha alma, o Senhor
e não esqueças nenhum dos seus benefícios.
Ele perdoa todos os teus pecados
e cura as tuas enfermidades.
Salva da morte a tua vida
e coroa-te de graça e misericórdia.
O Senhor é clemente e compassivo,
paciente e cheio de bondade.
não nos tratou segundo os nossos pecados
nem nos castigou segundo as nossas culpas.
Evangelho segundo S. Mateus 11,28-30.
Naquele tempo,
Jesus Cristo exclamou: «Vinde a Mim, todos os que andais cansados e
oprimidos e Eu vos aliviarei.
Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de Mim, que sou manso e humilde
de coração, e encontrareis descanso para as vossas almas (e pessoas
celestes, pessoas espirituais, pessoas naturais).
Porque o meu jugo é suave e a minha carga é leve».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Santo Ambrósio (c. 340-397),
bispo de Milão, doutor da Igreja
A Penitência, I, 1
Ir ao encontro dos outros como o Senhor vem ao nosso
encontro
A
moderação é sem dúvida a mais bela das virtudes. [...] É só a ela que a
Igreja, adquirida pelo preço do sangue do Senhor, deve a sua expansão;
ela é a imagem do benefício celeste da redenção universal. [...]
Consequentemente, quem se aplica a corrigir os defeitos da fraqueza
humana deve suportar e em certa medida sentir o peso desta fraqueza
sobre os próprios ombros e não a rejeitar. Porque lemos que o pastor do
Evangelho levou a ovelha fatigada e não a rejeitou (Lc 15,5) [...] A
moderação, com efeito, deve temperar a justiça. Não sendo assim, como
poderia alguém a quem mostras desaprovação – alguém que pensasse ser objecto
de desprezo e não de compaixão para o seu médico – como poderia ele vir
ter contigo para ser tratado?
Foi por isso que o Senhor Jesus Cristo mostrou compaixão para connosco.
O seu desejo era chamar-nos a Si e não fazer-nos fugir, assustando-nos.
A doçura marca a sua vinda; a sua vinda é marcada pela humildade.
Aliás, Ele disse: «Vinde a Mim, vós que estais aflitos e Eu vos
reconfortarei». Assim, pois o Senhor Jesus Cristo reconforta, não
exclui, não rejeita. E foi com razão que escolheu para discípulos
homens que, sendo fiéis intérpretes da vontade do Senhor, reunissem o
povo de Deus, em vez de o afastar.
Quinta-feira, dia 08 de Dezembro de 2016
Imaculada
Conceição da Virgem Santa Maria, padroeira principal de Portugal -
solenidade
Depois de Adão
ter comido da árvore, o Senhor Deus chamou-o e disse-lhe: «Onde
estás?».
Ele respondeu: «Ouvi o rumor dos vossos passos no jardim e, como
estava nu, tive medo e escondi-me».
Disse Deus: «Quem te deu a conhecer que estavas nu? Terias tu comido
dessa árvore, da qual te proibira comer?».
Adão respondeu: «A mulher que me destes por companheira deu-me do
fruto da árvore e eu comi».
O Senhor Deus perguntou à mulher: «Que fizeste?». E a mulher
respondeu: «A serpente enganou-me e eu comi».
Disse então o Senhor Deus à serpente: «Por teres feito semelhante
coisa, maldita sejas entre todos os animais domésticos e todos os
animais selvagens. Hás-de rastejar e comer do pó da terra todos os
dias da tua vida.
Estabelecerei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência
e a descendência dela. Esta há-de atingir-te na cabeça e tu a
atingirás no calcanhar».
O homem deu à mulher o nome de Eva porque ela foi a mãe de todos os
viventes.
Livro de
Salmos 98(97),1.2-3ab.3cd-4a.6b.
Cantai ao Senhor
um cântico novo
pelas maravilhas que Ele operou.
A sua mão e o seu santo braço
Lhe deram a vitória.
O Senhor deu a conhecer a salvação,
revelou aos olhos das nações a sua justiça.
Recordou-Se da sua bondade e fidelidade
em favor da casa de Israel.
Os confins da Terra puderam ver
a salvação do nosso Deus.
Aclamai o Senhor, Terra inteira,
exultai de alegria e cantai.
Ao som da tuba e da trombeta,
aclamai o Senhor, nosso Rei.
Carta aos
Efésios 1,3-6.11-12.
Bendito seja
Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, que do alto dos Céus nos
abençoou com toda a espécie de bênçãos espirituais em Jesus Cristo.
N’Ele nos escolheu, antes da criação do mundo, para sermos santos e
irrepreensíveis, em caridade, na sua presença.
Ele nos predestinou, conforme a benevolência da sua vontade, a fim de
sermos seus filhos adoptivos, por Jesus Cristo,
para louvor da sua glória e da graça que derramou sobre nós, por seu
amado Filho.
Em Jesus Cristo fomos constituídos herdeiros, por termos sido
predestinados, segundo os desígnios d’Aquele que tudo realiza
conforme a decisão da sua vontade,
para sermos um hino de louvor da sua glória, nós que desde o começo
esperámos em Jesus Cristo.
Evangelho
segundo S. Lucas 1,26-38.
Naquele tempo, o
Anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia chamada
Nazaré,
a uma Virgem desposada com um homem chamado José que era descendente
de David. O nome da Virgem era Maria.
Tendo entrado onde ela estava, disse o Anjo: «Avé, cheia de graça, o
Senhor está contigo».
Ela ficou perturbada com estas palavras e pensava que saudação seria
aquela.
Disse-lhe o Anjo: «Não temas, Maria, porque encontraste graça diante
de Deus.
Conceberás e darás à luz um Filho, a quem porás o nome de Jesus.
Ele será grande e chamar-Se-á Filho do Altíssimo. O Senhor Deus Lhe
dará o trono de seu pai David;
reinará eternamente sobre a casa de Jacob e o seu reinado não terá
fim».
Maria disse ao Anjo: «Como será isto, se eu não conheço homem?».
O Anjo respondeu-lhe: «O Espírito Santo virá sobre ti e a força do
Altíssimo te cobrirá com a sua sombra. Por isso o Santo que vai
nascer será chamado Filho de Deus.
E a tua parenta Isabel concebeu também um filho na sua velhice e este
é o sexto mês daquela a quem chamavam estéril
porque a Deus nada é
impossível».
Maria disse então: «Eis a escrava do Senhor; faça-se em mim segundo a
tua palavra».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Santo Efrém (c. 306-373),
diácono da Síria, doutor da Igreja
Hinos sobre Maria, n.º 7
Maria Imaculada foi cumulada de graças particulares em
atenção aos méritos de seu Filho
Vós
todos que sabeis discernir, vinde, admiremos
A Virgem que é mãe, a filha de David. […]
Vinde, admiremos a Virgem puríssima,
Maravilha em si mesma, única em toda a criação.
Ela deu à luz sem ter conhecido homem,
Sua alma pura inteiramente deslumbrada.
A todo o momento seu espírito se entregava ao louvor
Porque se alegrava com esta dupla maravilha:
Mantendo a virgindade, ter o Filho de todos mais amado!
Jovem pomba (Cant 6,9), transportou a águia,
O Ancião dos dias (Dn 7,9), cantando os seus louvores:
«Meu Filho, Tu, de riqueza sem igual, quiseste crescer
Num ninho miserável. Harpa melodiosa,
Permaneces em silêncio como criança de berço.
Permite-me, pois que cante para Ti. […]
Tua morada, meu Filho, é mais que todas as outras,
Todavia quiseste que fosse eu a tua morada.
O céu é pequeno para conter a tua glória,
Eu, porém, o mais humilde dos seres, Te trago em mim.
Permite a Ezequiel vir ver-Te ao
meu colo,
Reconhecer em Ti Aquele que os querubins
Transportavam no carro (Ez 1) […];
hoje sou eu quem Te transporta […]
E com grande tremor os querubins exclamam:
"Bendita seja a glória de Deus no lugar onde repousas!" (Ez
3, 12).
Esse lugar é em mim, meu seio é tua morada;
Meus braços são o trono da tua grandeza. […]
Vem ver-me, Isaías, vê e alegremo-nos!
Eis que concebi, permanecendo embora virgem (Is 7,14).
Profeta do Espírito, de visões tão ricas,
Vê agora o Emanuel que de ti permaneceu escondido. […]
Vinde, pois todos vós que sabeis discernir,
Vós que, pela vossa voz, dais testemunho do Espírito. […]
Erguei-vos, rejubilai porque eis aqui a colheita!
Olhai: eu tenho nos braços a espiga da vida.»
Sexta-feira, dia 09 de Dezembro de 2016
Sexta-feira
da 2.a semana do Advento
Santo do dia
: S.
João Diogo, indígena mexicano, vidente de Guadalupe, séc. XVI, Beato
Bernardo Maria Silvestrelli, presbítero, +1911, Santa Leocádia,
virgem, mártir, +304
Livro de Isaías 48,17-19.
Eis o que diz o
Senhor, o teu redentor, o Santo de Israel: «Eu sou o Senhor, teu
Deus, que te ensino o que é para teu bem e te conduzo pelo caminho
que deves seguir.
Se tivesses atendido às minhas ordens, a tua paz seria como um rio
e a tua justiça como as ondas do mar.
A tua posteridade seria como a areia, como os seus grãos, os frutos
do teu ventre. O teu nome não seria aniquilado nem destruído diante
de mim.»
Livro de
Salmos 1,1-2.3.4.6.
Feliz o homem
que não segue o conselho dos ímpios
nem se detém no caminho dos pecadores,
mas antes se compraz na lei do Senhor,
e nela medita dia e noite.
É como árvore plantada à beira das águas:
dá fruto a seu tempo
e sua folhagem não murcha.
Tudo quanto fizer será bem sucedido.
Bem diferente é a sorte dos ímpios (= ateus):
são como palha que o vento leva.
O Senhor vela pelo caminho dos justos,
mas o caminho dos pecadores leva à perdição.
Evangelho segundo S. Mateus 11,16-19.
Naquele tempo,
disse Jesus Cristo à multidão: «A quem poderei comparar esta
geração? É como os meninos sentados nas praças que se interpelam
uns aos outros, dizendo:
“Tocámos flauta e não dançastes; entoámos lamentações e não
chorastes”.
Veio João Baptista que não comia nem bebia e dizem que tinha o
demónio com ele.
Veio o Filho (do homem) que come e bebe e dizem: ‘É um glutão e um
ébrio, amigo de publicanos e pecadores’. Mas a sabedoria foi
justificada pelas suas obras».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
São Máximo de Turim
(?-c. 420), bispo
Homilia CC 61a; PL 57, 233
Responder aos apelos de Deus que nos
chama a convertermo-nos do fundo do coração
Mesmo
que eu nada vos dissesse, irmãos, o tempo em que nos encontramos
basta para nos advertir de que está próximo o aniversário da natividade de Jesus Cristo Nosso Senhor.
A própria criação exprime a iminência de um acontecimento que
restaura todas as coisas: também ela deseja impacientemente que as
trevas sejam iluminadas pela claridade de um sol mais brilhante do que
o sol comum. Esta espera da criação pela renovação do seu ciclo
anual convida-nos a esperar o nascimento do novo sol, que é Cristo, que ilumina as trevas dos
nossos pecados. O sol da justiça (Mal 3,20) que surgirá em todo o
seu esplendor, há-de dissipar a obscuridade dos nossos pecados, que
durou já demasiado tempo. Ele não suporta que o curso da nossa vida
seja sufocado pelas trevas da existência; quer dilatá-la pelo seu
poder.
Assim, da mesma maneira que, nestes dias do solstício, a criação
difunde mais amplamente a sua luz, manifestemos também nós a nossa
justiça. Da mesma maneira que a claridade deste dia é um bem comum
a pobres e ricos que também a nossa generosidade se alargue aos
viajantes e aos pobres. Nestes tempos em que o mundo limita a
duração das trevas, suprimamos nós as sombras da nossa avareza. […]
Que o gelo derreta em nossos corações; que a semente da justiça se
desenvolva, aquecida pelos raios do Salvador.
Preparemo-nos, pois, irmãos, para acolher o dia do nascimento do
Senhor, dispondo para nós vestes estonteantes de brancura; falo das
que cobrem a alma e não o corpo. A veste que nos cobre o corpo é
uma túnica sem importância; mas o corpo, objecto precioso, cobre a
alma (e pessoa celeste, pessoa espiritual). A primeira veste é
tecida por mãos humanas; a segunda é obra dos colaboradores de
Deus. E é por isso que temos de velar com a maior solicitude, a fim
de preservar de toda a mancha a obra dos servidores de Deus. […]
Com a natividade do Senhor, purifiquemos a nossa consciência de
toda a mancha. Apresentemo-nos, não revestidos de seda, mas de
obras de valor. […] Comecemos, pois por ornamentar o nosso
santuário interior.
Sábado, dia 10 de Dezembro de 2016
Sábado da
2.a semana do Advento
O profeta
Elias surgiu como um fogo e a sua palavra queimava como um facho
ardente.
Fez vir a fome sobre os homens de Israel e no seu zelo reduziu-os
a um pequeno número.
Pela palavra do Senhor fechou o céu e três vezes fez descer o
fogo.
– Como foste admirável, Elias, pelos teus prodígios! Quem se pode
gloriar de ser como tu?
Foste arrebatado num turbilhão de chamas e num carro puxado por
cavalos de fogo.
Foste designado, na perspectiva dos tempos futuros, para aplacar
a ira divina antes que ela se inflamasse, para reconciliar com os
filhos o coração dos pais e restabelecer as tribos de Jacob.
Felizes os que te viram e os que morreram no amor de Deus,
Livro de
Salmos 80(79),2ac.3b.15-16.18-19.
Pastor de
Israel, escutai,
Vós que estais sentado sobre os Querubins, aparecei.
Despertai o vosso poder
e vinde em nosso auxílio.
Deus dos Exércitos, de novo,
olhai dos
céus e vede, visitai esta vinha.
Protegei a cepa que a vossa mão direita plantou,
o rebento que fortalecestes para Vós.
Estendei a mão sobre o homem que escolhestes,
sobre o filho do homem que para Vós criastes.
Nunca mais nos apartaremos de Vós,
fazei-nos viver e invocaremos o vosso nome.
Evangelho segundo S. Mateus 17,10-13.
Ao descerem
do monte, os discípulos perguntaram a Jesus Cristo: «Porque dizem
os escribas que Elias tem de vir primeiro?»
Jesus Cristo respondeu-lhes: «Certamente Elias há-de vir para
restaurar todas as coisas.
Eu vos digo, porém que Elias já veio (a pessoa espiritual de
Elias); mas, em vez de o reconhecerem, fizeram-lhe tudo o que
quiseram. Assim também o Filho (do homem) será maltratado por
eles».
Então os discípulos compreenderam que Jesus lhes falava de João
Baptista (= Elias).
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
São Romano, o
Melodista (?-c. 560), compositor de hinos
Hino sobre o profeta Elias
«Como eras temível, Elias, [...]
tu que foste arrebatado num turbilhão de fogo, [...] tu que
preparaste o fim dos tempos» (Si 48,9-10)
Perante
a perversidade dos homens, o profeta Elias pensou tornar o
castigo ainda mais duro. Vendo isso, o Misericordioso respondeu
ao profeta: «Eu sei que o zelo pelo bem te consome (1Rs, 19,14),
conheço a tua boa vontade, mas tenho compaixão dos pecadores
quando eles são desmesuradamente castigados. Irritas-te, tu a
quem eles nada podem apontar, e não te resignas? Pois Eu não Me
resigno a que um só deles se perca (Mt 18,14) porque sou o único
amigo dos homens» (Sb 1,6).
Em seguida, o Mestre, vendo o humor enfurecido do profeta para
com os homens, preocupou-Se com eles. Afastou Elias da terra em
que habitavam, dizendo: «Afasta-te da morada dos homens; Eu é
que, na minha misericórdia, descerei ao meio deles fazendo-Me
homem. Deixa então a Terra e sobe, uma vez que não podes tolerar
as faltas dos homens. Mas Eu, que estou no Céu, viverei entre os
pecadores e salvá-los-ei das suas faltas, Eu que sou o único
amigo dos homens. Se não podes viver com os homens culpados,
vem para aqui e mora na casa dos meus amigos, onde já não há
pecado. Eu descerei porque posso tomar aos ombros e reconduzir a
ovelha perdida (Lc 15,5) e gritar aos que sofrem: "Vinde
todos, pecadores, vinde a Mim e repousai" (Mt 11,28) porque
Eu não vim castigar os que criei, mas arrancar os homens à
impiedade, Eu que sou o único amigo dos homens.»
Desta forma, quando foi elevado aos céus (2Rs 2,11), Elias
apareceu como a figura do futuro. Ele foi arrebatado por um carro
de fogo; por seu lado, Jesus Cristo foi elevado entre as nuvens e
as potestades (At 1,9). O primeiro deixou cair do Céu o seu manto
para Eliseu (2Rs 2,13); Jesus Cristo enviou aos seus apóstolos o
Espírito Santo, o Defensor (Jo 15,26) que todos nós, os baptizados,
recebemos e por quem somos santificados, tal como ensina a todos
o único amigo dos homens.©
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D. Rodrigo
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