domingo, 27 de agosto de 2017

cristianismo 222 até 26-08-2017


"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68


Domingo, dia 20 de Agosto de 2017

20.º Domingo do Tempo Comum

Eis o que diz o Senhor: «Respeitai o direito, praticai a justiça porque a minha salvação está perto e a minha justiça não tardará a manifestar-se.
Quanto aos estrangeiros que desejam unir-se ao Senhor para O servirem, para amarem o seu nome e serem seus servidores, se guardarem o sábado sem o profanarem, se forem fiéis à minha aliança,
hei-de conduzi-los ao meu santo monte, hei-de enchê-los de alegria na minha casa de oração. Os seus holocaustos e os seus sacrifícios serão aceites no meu altar porque a minha casa será chamada ‘casa de oração para todos os povos’».

Livro de Salmos 67(66),2-3.5.6.8.
Deus Se compadeça de nós e nos dê a sua bênção,
resplandeça sobre nós a luz do seu rosto.
Na terra se conhecerão os vossos caminhos
e entre os povos a vossa salvação.

Alegrem-se e exultem as nações
porque julgais os povos com justiça
e governais as nações sobre a Terra.

Os povos Vos louvem, ó Deus,
todos os povos Vos louvem. Deus nos dê a sua bênção
e chegue o seu amor aos confins da Terra.

Carta aos Romanos 11,13-15.29-32.
Irmãos: É a vós, os gentios, que eu falo: Enquanto eu for Apóstolo dos gentios, procurarei prestigiar o meu ministério,
a ver se provoco o ciúme dos homens da minha raça e salvo alguns deles.
Porque, se da sua rejeição resultou a reconciliação do mundo, o que será a sua reintegração senão uma ressurreição de entre os mortos?
Porque os dons e o chamamento de Deus são irrevogáveis.
Vós fostes outrora desobedientes a Deus e agora alcançastes misericórdia, devido à desobediência dos judeus.
Assim também eles desobedecem agora, de modo que, devido à misericórdia obtida por vós, também eles agora alcancem misericórdia.
Efetivamente Deus encerrou a todos na desobediência para usar de misericórdia para com todos.

Evangelho segundo São Mateus 15,21-28.
Naquele tempo, Jesus Cristo retirou-Se para os lados de Tiro e Sidónia.
Então uma mulher cananeia, vinda daqueles arredores, começou a gritar: «Senhor, Filho de David, tem compaixão de mim. Minha filha está cruelmente atormentada por um demónio».
Mas Jesus Cristo não lhe respondeu uma palavra. Os discípulos aproximaram-se e pediram-Lhe: «Atende-a porque ela vem a gritar atrás de nós».
Jesus Cristo respondeu: «Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel».
Mas a mulher veio prostrar-se diante d’Ele, dizendo: «Socorre-me, Senhor».
Ele respondeu: «Não é justo que se tome o pão dos filhos para o lançar aos cachorrinhos». (neste caso, o pão= a Vida porque a Vida é limitada em cada um de nós)
Mas ela insistiu: «É verdade, Senhor; mas também os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa de seus donos».
Então Jesus Cristo respondeu-lhe: «Mulher, é grande a tua fé. Faça-se como desejas». E a partir daquele momento, a sua filha ficou curada.

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
São Beda, o Venerável (c. 673-735), monge beneditino, doutor da Igreja
Homilia sobre os Evangelhos, I, 22: CCL 122, 156-160, PL 94, 102-105
«Mulher, é grande a tua fé. Faça-se como desejas».
O Evangelho mostra-nos a grande fé, a paciência, a perseverança e a humildade da cananeia. [...] Esta mulher era dotada de uma paciência verdadeiramente fora do comum. Ao seu primeiro pedido, o Senhor não responde uma palavra. Apesar disso, longe de cessar de rezar, ela implora-Lhe com redobrada insistência o socorro da sua bondade. [...] Vendo o ardor da nossa fé e a tenacidade da nossa perseverança na oração, o Senhor acabará por ter piedade de nós e conceder-nos-á o que desejamos.
A filha da cananeia era «atormentada por um demónio». Uma vez expulso o nefasto desassossego dos nossos pensamentos e desfeitos os nós dos nossos pecados, recuperaremos a serenidade de espírito, bem como a possibilidade de agirmos correctamente. [...] Se, a exemplo da cananeia, perseverarmos na oração com firmeza inabalável, ser-nos-á concedida a graça do nosso Criador; ela corrigirá todos os nossos erros, santificará tudo o que é impuro, pacificará toda a agitação. Porque o Senhor é fiel e justo, Ele nos perdoará os nossos pecados e nos purificará de toda a mancha se gritarmos por Ele com a voz vigilante do nosso coração.  


Segunda-feira, dia 21 de Agosto de 2017

Segunda-feira da 20.ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : São Pio X, Papa, +1914

Livro de Juízes 2,11-19.
Naqueles dias, os filhos de Israel procederam mal aos olhos do Senhor e prestaram culto aos ídolos.
Abandonaram o Senhor, Deus dos seus pais, que os tinha feito sair da terra do Egipto e seguiram divindades dos povos vizinhos; adoraram-nos e provocaram a indignação do Senhor.
Abandonaram o Senhor e prestaram culto a Baal e a Astarté.
A ira do Senhor inflamou-se contra os israelitas. O Senhor deixou-os à mercê de salteadores que os saquearam, entregou-os nas mãos dos inimigos que os rodeavam e a quem nunca mais puderam resistir.
Em todas as suas expedições, a mão do Senhor estava contra eles, como o Senhor tinha dito e jurado. E assim se viram na maior aflição.
Então o Senhor suscitava juízes que livravam os israelitas das mãos dos salteadores.
Mas eles nem sequer escutavam os juízes: prostituíam-se no culto de divindades e prostravam-se diante deles. Depressa se desviaram do caminho que seus pais tinham seguido, na obediência aos mandamentos do Senhor. Mas eles não os imitavam.
Quando o Senhor lhes suscitava um juiz, o Senhor estava com o juiz (porque era o juiz que sofria pelas suas culpas e perdia a sua Vida. Cada qual tem de responder pelas suas acções e pensamentos e mais ninguém.). Salvava-os das mãos dos inimigos durante o tempo em que o juiz vivia porque o Senhor compadecia-Se quando eles gemiam por causa dos seus opressores e tiranos.
Mas quando o juiz morria, voltavam a corromper-se mais do que os seus pais (porque não havia conversão), seguindo divindades, prestando-lhes culto e prostrando-se diante deles, sem abandonarem as suas más acções nem o seu comportamento perverso.

Livro de Salmos 106(105),34-35.36-37.39-40.43ab.44.
Não exterminaram os povos,
como o Senhor lhes tinha mandado,
Andaram com os pagãos
e imitaram os seus costumes.

Prestaram culto aos seus ídolos,
que foram para eles uma armadilha.
Imolaram aos demónios
seus filhos e suas filhas.

Contaminaram-se com as suas próprias obras,
prostituíram-se com seus crimes.
Por isso se inflamou a ira do Senhor contra o seu povo
e Ele abominou a sua herança.

Muitas vezes Deus os libertou,
mas eles mostraram-se rebeldes nos seus caprichos
e mergulharam sempre mais na sua maldade.
Contudo, Ele reparou na sua aflição

e ouviu os seus lamentos.  

Evangelho segundo São Mateus 19,16-22.
Naquele tempo, aproximou-se de Jesus Cristo um jovem que Lhe perguntou: «Mestre, que hei-de fazer de bom para ter a vida eterna?».
Jesus Cristo respondeu-lhe: «Porque Me interrogas sobre o que é bom? Bom é um só. Mas se queres entrar na Vida, guarda os mandamentos».
Ele perguntou: «Que mandamentos?». Jesus Cristo respondeu-lhe: «Não matarás, não cometerás adultério; não furtarás; não levantarás falso testemunho;
honra pai e mãe; ama o teu próximo como a ti mesmo».
Disse-lhe o jovem: «Tudo isso tenho eu guardado. Que me falta ainda?».
Jesus Cristo respondeu-lhe: «Se queres ser perfeito, vende o que tens e dá-o aos pobres e terás um tesouro nos Céus. Depois vem e segue-Me».
Ao ouvir estas palavras, o jovem retirou-se entristecido porque tinha muitos bens.

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
Santa Clara (1193-1252), monja franciscana
Carta a Inês de Praga, 3-14
A única coisa necessária
Agradeço ao Autor da graça, Àquele de quem provém todo o bem e toda a perfeição, por te ter ornado com tantas virtudes e dotado de tantas perfeições, por te teres tornado imitadora atenta e perfeita do Pai que é perfeito, a ponto de os seus olhos não conseguirem discernir em ti imperfeição alguma. Ei-la, esta perfeição que, no palácio dos céus, selará a tua união com o próprio Rei, que tem a sua sede na glória, num trono estrelado e esta perfeição consistiu, no teu caso, em desprezar as grandezas de um reino terreno; em julgar indigna, por comparação, a proposta de casamento com o imperador; em praticar a santíssima pobreza e, com o impulso do teu amor e da tua humildade, seguir as pegadas daquele para cujas núpcias mereceste ser convidada.
Sei que estás adornada de virtudes, mas não quero importunar-te sobrecarregando-te com louvores supérfluos, ainda que, para ti, nada seja supérfluo se puderes retirar disso alguma consolação. Ora, uma vez que uma só coisa é necessária (cf Lc 10,42), limitar-me-ei a ela, exortando-te, por amor Àquele a quem te ofereceste como hóstia santa e agradável: lembra-te da tua vocação e, qual segunda Raquel, tem sempre na memória os princípios de base que te fazem agir: guarda cuidadosamente aquilo que adquiriste; faz bem aquilo que fazes; nunca recues; pelo contrário, apressa-te e corre com passo ligeiro, sem tropeçares nas pedras do caminho, sem sequer levantares a poeira que te mancharia os pés; avança confiante, alegre e jubilosa. Mas segue com precaução pelo caminho da felicidade, sem te fiares nem te entregares a quem queira desviar-te da tua vocação, entravar-te o caminho e impedir-te de seres fiel ao Altíssimo no estado de perfeição para o qual o Espírito do Senhor te chamou.


Terça-feira, dia 22 de Agosto de 2017

Terça-feira da 20.a semana do Tempo Comum

Festa da Igreja : Nossa Senhora Rainha
Calendário da Igreja disponível este dia

Livro de Juízes 6,11-24a.
Naqueles dias, o Anjo do Senhor veio sentar-se debaixo do carvalho de Ofra que pertencia a Joás, da família de Abiezer. Seu filho Gedeão estava a malhar trigo no lagar para o esconder dos madianitas.
O Anjo do Senhor apareceu-lhe e disse-lhe: «O Senhor está contigo, valente guerreiro».
Gedeão respondeu-lhe: «Perdão, meu senhor. Se o Senhor está connosco, porque nos têm sucedido todas estas desgraças? Onde estão todos esses prodígios que os nossos pais nos contaram, dizendo: ‘O Senhor libertou-nos da terra do Egipto’? Mas agora o Senhor abandonou-nos e entregou-nos nas mãos de Madiã».
Então o Senhor voltou-Se para ele e disse-lhe: «Vai com essa tua força salvar Israel das mãos de Madiã. Não sou Eu que te envio?».
Gedeão respondeu: «Perdão, meu Senhor. Como poderei salvar Israel? A minha família é a mais humilde de Manassés e eu sou o último da casa de meu pai».
O Senhor disse-lhe: «Eu estarei contigo e tu vencerás Madiã como se ele fosse um só homem».
Disse Gedeão: «Se encontrei graça a vossos olhos, dai-me um sinal de que sois Vós que me falais.
Não Vos afasteis daqui até que eu volte para junto de Vós, trazendo a minha oferta, para a colocar na vossa presença». O Senhor respondeu: «Ficarei até que voltes».
Gedeão entrou em casa, preparou um cabrito e com uma medida de farinha fez pães ázimos. Colocou a carne num cesto, deitou o molho num tacho, levou tudo para debaixo do carvalho e ofereceu-Lho.
Disse-lhe o Anjo do Senhor: «Toma a carne e os pães ázimos, coloca-os sobre essa pedra e derrama o molho sobre eles». Gedeão assim fez.
O Anjo do Senhor estendeu a ponta da vara que tinha na mão e tocou na carne e nos pães ázimos. Saiu então fogo da rocha e consumiu a carne e os pães. E o Anjo do Senhor desapareceu da sua vista.
Gedeão reconheceu que era o Anjo do Senhor e disse: «Ai de mim, Senhor Deus! Eu vi face a face o Anjo do Senhor».
Mas o Senhor respondeu-lhe: «A paz esteja contigo. Não tenhas medo porque não morrerás».
Gedeão ergueu ali um altar ao Senhor e chamou-lhe «O Senhor é a paz».

Livro de Salmos 85(84),9.11-12.13-14.
Escutemos o que diz o Senhor:
Deus fala de paz
ao seu povo e aos seus fiéis
e a quantos de coração a Ele se convertem.

Encontraram-se a misericórdia e a fidelidade,
abraçaram-se a paz e a justiça.
A fidelidade vai germinar da terra,
e a justiça descerá do Céu.

O Senhor dará ainda o que é bom
e a nossa terra produzirá os seus frutos.
A justiça caminhará à sua frente,
e a paz seguirá os seus passos.

Evangelho segundo São Mateus 19,23-30.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Em verdade vos digo: Um rico dificilmente entrará no reino dos Céus.
É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no reino de Deus».
Ao ouvirem estas palavras, os discípulos ficaram muito admirados e disseram: «Quem poderá então salvar-se?».
Jesus Cristo olhou para eles e respondeu: «Aos homens isso é impossível, mas a Deus tudo é possível».
Então Pedro tomou a palavra e disse-Lhe: «Nós deixámos tudo para Te seguir. Que recompensa teremos?».
Jesus Cristo respondeu: «Em verdade vos digo: No mundo renovado, quando o Filho (do homem) vier sentar-Se no seu trono de glória, também vós que Me seguistes vos sentareis em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel.
E todo aquele que tiver deixado casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos ou terras por causa do meu nome, receberá cem vezes mais e terá como herança a vida eterna.
Muitos dos primeiros serão os últimos (porque a boca diz uma coisa e o coração outra; não se converteram) e muitos dos últimos serão os primeiros (porque conheceram mais e converteram-se)».

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
São Gregório Magno (c. 540-604), Papa, doutor da Igreja
Homilia 5 sobre o Evangelho; PL 76, 1093
«Nós deixámos tudo para Te seguir».
Ouvistes, meus irmãos, que Pedro e André abandonaram as redes para seguirem o Redentor ao primeiro apelo da sua voz (Mt 4,20). [...]
Talvez algum de vós diga baixinho: «O que abandonaram aqueles dois pescadores para obedecer ao apelo do Senhor, eles que não tinham quase nada?» Nesta matéria, porém, temos de considerar mais as disposições do coração do que os bens que se possuem. Deixa muito aquele que nada retém para si; deixa muito aquele que abandona tudo, mesmo que esse tudo seja pouco. Nós, pelo contrário, conservamos com paixão aquilo que possuímos e buscamos com o desejo aquilo que não temos. Sim, Pedro e André deixaram muito, pois um e outro abandonaram até o desejo de possuir. Abandonaram muito porque, renunciando aos seus bens, renunciaram também às suas ambições. Seguindo o Senhor, renunciaram a tudo o que poderiam ter desejado se O não tivessem seguido.


Quarta-feira, dia 23 de Agosto de 2017

Quarta-feira da 20.ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : Santa Rosa de Lima, virgem, +1617, padroeira da América Latina

Livro de Juízes 9,6-15.
Naqueles dias, todos os chefes de Siquém e todo o Bet-Milo se reuniram junto do carvalho da estela que está em Siquém e proclamaram rei Abimelec.
Quando deram a notícia a Joatão, ele foi colocar-se no cimo do monte Garizim e levantou a voz, dizendo: «Escutai-me, chefes de Siquém e Deus também vos escutará.
Certo dia, as árvores resolveram escolher um rei. Disseram à oliveira: ‘Reina sobre nós’.
A oliveira respondeu-lhes: ‘Terei de renunciar ao meu azeite, que dá honra aos deuses e aos homens, para me baloiçar por cima das árvores?’.
Então as árvores disseram à figueira: ‘Vem tu reinar sobre nós’.
Mas a figueira respondeu-lhes: ‘Terei de renunciar à doçura do meu saboroso fruto, para ir baloiçar-me por cima das árvores?’.
E as árvores disseram à videira: ‘Vem tu reinar sobre nós’.
Mas a videira respondeu-lhes: ‘Terei de renunciar ao meu vinho novo, que alegra os deuses e os homens, para ir baloiçar-me por cima das árvores?’.
Então todas as árvores disseram ao espinheiro: ‘Vem tu reinar sobre nós’.
E o espinheiro respondeu às árvores: ‘Se é de boa que me quereis ungir como vosso rei, vinde acolher-vos à minha sombra. Se não, sairá fogo do espinheiro e devorará os cedros do Líbano’».

Livro de Salmos 21(20),2-3.4-5.6-7.
Senhor, o rei alegra-se com o vosso poder
e exulta de contente com o vosso auxílio.
Satisfizestes os anseios do seu coração,
não rejeitastes o pedido de seus lábios.

Vós o cumulastes de bênçãos preciosas,
cingistes sua fronte com uma coroa de ouro fino.
Pediu-vos a vida e Vós lha concedestes,
uma vida longa para muitos anos.

Graças à vossa protecção, é grande a sua glória,
Vós o revestistes de esplendor e majestade.
Para sempre o abençoastes
e enchestes de alegria na vossa presença.

Evangelho segundo São Mateus 20,1-16a.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos a seguinte parábola: «O reino dos Céus pode comparar-se a um proprietário que saiu muito cedo a contratar trabalhadores para a sua vinha.
Ajustou com eles um denário por dia e mandou-os para a sua vinha.
Saiu a meia manhã, viu outros que estavam na praça ociosos
e disse-lhes: ‘Ide vós também para a minha vinha e dar-vos-ei o que for justo’.
E eles foram. Voltou a sair, por volta do meio-dia e pelas três horas da tarde e fez o mesmo.
Saindo ao cair da tarde, encontrou ainda outros que estavam parados e disse-lhes: ‘Porque ficais aqui todo o dia sem trabalhar?’.
Eles responderam-lhe: ‘Ninguém nos contratou’. Ele disse-lhes: ‘Ide vós também para a minha vinha’.
Ao anoitecer, o dono da vinha disse ao capataz: ‘Chama os trabalhadores e paga-lhes o salário, a começar pelos últimos e a acabar nos primeiros’.
Vieram os do entardecer e receberam um denário cada um.
Quando vieram os primeiros, julgaram que iam receber mais, mas receberam também um denário cada um.
Depois de o terem recebido, começaram a murmurar contra o proprietário, dizendo:
‘Estes últimos trabalharam só uma hora e deste-lhes a mesma paga que a nós, que suportámos o peso do dia e o calor’.
Mas o proprietário respondeu a um deles: ‘Amigo, em nada te prejudico. Não foi um denário que ajustaste comigo?
Leva o que é teu e segue o teu caminho. Eu quero dar a este último tanto como a ti. (a Vida e o bem e o seu Universo)
Não me será permitido fazer o que quero do que é meu? Ou serão maus os teus olhos porque eu sou bom?’.
Assim, os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos».

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
São Gregório Magno (c. 540-604), Papa, doutor da Igreja
Homilias sobre o evangelho, n.º 19
«Porque ficais aqui todo o dia sem trabalhar?»
Podemos repartir estas diferentes horas do dia pelas idades da vida de cada homem. A madrugada é a infância da nossa inteligência. A terceira hora poderá corresponder à adolescência, pois o sol começa já, por assim dizer, a tomar altura; é quando os ardores da juventude começam a aquecer. A sexta hora é a da maturidade: o sol como que estabelece nesse momento o seu ponto de equilíbrio, pois o homem está na plenitude da sua força. A nona hora designa a velhice, quando o sol desce de alguma forma do alto do céu porque os ardores da idade madura arrefecem nesse tempo. Enfim, a décima primeira hora é aquela idade a que chamamos a velhice avançada. […] Dado que uns são conduzidos a uma vida honesta logo na infância, outros durante a adolescência, aqueloutros na idade madura, aqueles na velhice, outros ainda em idade muito avançada, é como se fossem chamados para a vinha em diferentes horas do dia.
Examinai bem, portanto, a vossa maneira de viver, irmãos, e vede se começastes a agir como os trabalhadores de Deus. Reflecti bem e considerai se trabalhais na vinha do Senhor […]. Aquele que até à sua última idade negligenciou viver para Deus é como o trabalhador que ficou sem nada fazer até à décima primeira hora […]. «Porque ficais aqui todo o dia sem trabalhar?» É como se dissesse com toda a clareza: «Se não quisestes viver para Deus durante a juventude e a idade madura, arrependei-vos ao menos na idade derradeira. […] Vinde, ainda assim, para os caminhos da vida» […].
Não foi à décima primeira hora que veio o bom ladrão? (Lc 23,39s). Não foi por causa da idade avançada, mas por causa do suplício que ele chegou no ocaso da sua vida. Confessou Deus na cruz e deu o último suspiro quase no preciso momento em que o Senhor dava a sua sentença, E o Senhor do Reino, que antes de Pedro admitiu o bom ladrão nas delícias do paraíso, distribuiu bem o salário ao começar pelo último.


Quinta-feira, dia 24 de Agosto de 2017

São Bartolomeu, Apóstolo – Festa

Santo do dia : São Bartolomeu, apóstolo

Livro do Apocalipse 21,9b-14.
O Anjo falou-me, dizendo: «Vou mostrar-te a noiva, a esposa do Cordeiro».
Transportou-me em espírito ao cimo de uma alta montanha e mostrou-me a cidade santa de Jerusalém que descia do Céu, da presença de Deus,
resplandecente da glória de Deus. O seu esplendor era como o de uma pedra preciosíssima, como uma pedra de jaspe cristalino.
Tinha uma grande e alta muralha, com doze portas e, junto delas, doze Anjos; tinha também nomes gravados, os nomes das doze tribos dos filhos de Israel:
três portas a nascente, três portas ao norte, três portas ao sul e três portas a poente.
A muralha da cidade tinha na base doze reforços salientes e neles doze nomes: os dos doze Apóstolos do Cordeiro.

Livro de Salmos 145(144),10-11.12-13ab.17-18.
Vos agradeçam, Senhor, todas as criaturas
e bendigam-Vos os vossos fiéis.
Proclamem a glória do vosso reino
e anunciem os vossos feitos gloriosos.

Para darem a conhecer aos homens o vosso poder,
a glória e o esplendor do vosso reino.
O vosso reino é um reino eterno,
o vosso domínio estende-se por todas as gerações.

O Senhor é justo em todos os seus caminhos
e perfeito em todas as suas obras.
O Senhor está perto de quantos O invocam,
de quantos O invocam em verdade.

Evangelho segundo São João 1,45-51.
Naquele tempo, Filipe encontrou Natanael e disse-lhe: «Encontrámos Aquele de quem está escrito na Lei de Moisés e nos Profetas. É Jesus de Nazaré, filho de José».
Disse-lhe Natanael: «De Nazaré pode vir alguma coisa boa?» Filipe respondeu-lhe: «Vem ver».
Jesus Cristo viu Natanael que vinha ao seu encontro e disse: «Eis um verdadeiro israelita, em quem não há fingimento».
Perguntou-lhe Natanael: «De onde me conheces?» Jesus Cristo respondeu-lhe: «Antes que Filipe te chamasse, Eu vi-te quando estavas debaixo da figueira».
Disse-lhe Natanael: «Mestre, Tu és o Filho (de Deus), Tu és o Rei de Israel!».
Jesus Cristo respondeu: «Porque te disse: ‘Eu vi-te debaixo da figueira’, acreditas. Verás coisas maiores do que estas».
E acrescentou: «Em verdade, em verdade vos digo: Vereis o Céu aberto e os Anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho (do homem)».

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
São Pedro Damião (1007-1072), eremita, bispo, doutor da Igreja
Sermão 42, 2.º para São Bartolomeu: PL 144, 726, 728 C-D
«Assim como a chuva e a neve descem do céu, [...] o mesmo sucede com a palavra que sai da minha boca» (Is 55,10-11)
Os apóstolos são as pérolas que João afirma, no Apocalipse, ter contemplado, as pérolas que são as portas da Jerusalém celeste (Ap 21,21). [...] Com efeito, quando irradiam a luz divina por meio de sinais e de milagres, os apóstolos abrem o acesso da glória celeste de Jerusalém aos povos convertidos à fé cristã. E os que, graças a eles, são salvos entram na vida, qual viajante que entra por uma porta. [...] É também acerca deles que o profeta pergunta: «Quem são estes, que voam como as nuvens?» (Is 60,8), nuvens que se condensam em água quando regam a terra do nosso coração com a chuva dos seus ensinamentos, a fim de a tornarem fértil e portadora dos gérmenes das boas obras.
Bartolomeu, cuja festa celebramos hoje, significa precisamente, em aramaico, «filho daquele que traz a água». Ele é o filho deste Deus que eleva o espírito dos seus pregadores à contemplação das verdades do alto, a fim de que eles possam difundir, com eficácia e abundância, a chuva da palavra de Deus nos nossos corações. Assim eles bebem a água da fonte, para depois no-la darem a beber a nós.


Sexta-feira, dia 25 de Agosto de 2017

Sexta-feira da 20.ª semana do Tempo Comum

No tempo em que os juízes governavam, houve uma fome no país. Certo homem deixou Belém de Judá e emigrou para os campos de Moab, com a mulher e dois filhos.
Elimelec, marido de Noémi, faleceu e ela ficou só com os seus dois filhos.
Ambos casaram com esposas moabitas, uma chamada Orpa e a outra Rute. Permaneceram lá cerca de dez anos.
Entretanto os filhos também morreram e Noémi ficou só, sem os dois filhos e sem o marido.
Resolveu então voltar dos campos de Moab, juntamente com as noras, por ter sabido, nos campos de Moab, que o Senhor tinha abençoado o seu povo, dando-lhe pão.
Orpa despediu-se da sogra e voltou para o seu povo; mas Rute ficou com Noémi.
Disse-lhe Noémi: «Olha que a tua cunhada voltou para o seu povo e para o seu deus. Vai também com ela».
Rute respondeu-lhe: «Não insistas comigo, para que te deixe e me afaste de ti, pois irei para onde fores e viverei onde viveres. O teu povo será o meu povo e o teu Deus será o meu Deus».
Foi assim que Noémi regressou dos campos de Moab, trazendo consigo sua nora Rute, a moabita. Chegaram a Belém no início da ceifa da cevada.

Livro de Salmos 146(145),5-6.7.8-9a.9bc-10.
Feliz o que tem por auxílio o Deus de Jacob,
o que põe a sua confiança no Senhor, seu Deus,
que fez o céu e a Terra,
o mar e quanto neles existe.

O Senhor faz justiça aos oprimidos,
pão aos que têm fome
e a liberdade aos cativos.
O Senhor ilumina os olhos dos cegos,

o Senhor levanta os abatidos,
o Senhor ama os justos.
O Senhor protege os peregrinos,
ampara o órfão e a viúva

e entrava o caminho aos pecadores.
O Senhor reina eternamente.
O teu Deus, ó Sião,
é rei por todas as gerações.

Evangelho segundo São Mateus 22,34-40.
Naquele tempo, os fariseus, ouvindo dizer que Jesus Cristo tinha feito calar os saduceus, reuniram-se em grupo,
e um doutor da Lei perguntou a Jesus Cristo, para O experimentar:
«Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?».
Jesus Cristo respondeu: «‘Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todo o teu espírito’.
Este é o maior e o primeiro mandamento.
O segundo, porém, é semelhante a este: ‘Amarás o teu próximo como a ti mesmo’.
Nestes dois mandamentos se resumem toda a Lei e os Profetas».

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
Santo António de Lisboa (c. 1195-1231), franciscano, doutor da Igreja
Sermões para os domingos e festas
Amar a Deus, ao próximo e a si mesmo
Ama-te a ti mesmo tal como te criou Aquele que te amou. Despreza-te tal como te fizeste a ti mesmo. Submete-te ao que está acima de ti; despreza o que está abaixo de ti. Ama-te a ti mesmo como te amou Aquele que Se entregou por ti. Depreza-te por teres desprezado o que Deus fez e amou em ti. [...]
Queres ter Deus no teu espírito em todo o momento? Olha-te tal como Deus te fez. Não andes à procura de outro tu, não te tornes outro, diferente daquele que Deus te fez. Assim terás Deus no teu espírito em todo o momento.


Sábado, dia 26 de Agosto de 2017

Sábado da 20.ª semana do Tempo Comum

Noémi tinha um parente da parte do marido, homem importante pela sua fortuna. Era da família de Elimelec e chamava-se Booz.
Um dia, Rute, a moabita, disse a Noémi: «Deixa-me ir ao campo apanhar espigas, atrás de quem me acolher favoravelmente». Noémi respondeu-lhe: «Vai, minha filha».
Ela saiu para ir apanhar espigas no campo, atrás dos ceifeiros e foi ter por acaso a um campo que era de Booz, parente de Elimelec.
Booz disse a Rute: «Escuta, minha filha, não vás apanhar espigas noutro campo. Não te afastes daqui, fica com as minhas servas.
Repara bem no terreno em que estão a ceifar e vai atrás delas que eu dei ordens aos meus servos para não te incomodarem. Se tiveres sede, vai às bilhas beber da água que eles beberem».
Então Rute prostrou-se de rosto em terra e disse-lhe: «Porque encontrei favor a teus olhos, de modo que te interessaste por mim que sou uma estrangeira?».
Booz respondeu-lhe: «Eu estou informado de tudo o que tens feito à tua sogra, depois da morte do teu marido. Deixaste pai e mãe e a terra onde nasceste e vieste para um povo que não conhecias».
Depois desposou Rute, que se tornou sua mulher e conviveu com ela. O Senhor deu-lhe a graça de conceber e ela deu à luz um filho.
As mulheres disseram a Noémi: «Bendito seja o Senhor, que não te recusou hoje quem assegurasse a tua descendência. O seu nome seja celebrado em Israel!
Será a consolação da tua alma e o amparo da tua velhice, pois nasceu da tua nora, que é tão tua amiga e vale mais para ti do que sete filhos».
Noémi tomou o menino ao colo e foi ela que o criou.
As vizinhas deram nome ao menino, dizendo: «Nasceu um filho a Noémi». E deram-lhe o nome de Obed. Obed foi o pai de Jessé, pai de David.

Livro de Salmos 128(127),1-2.3.4.5.
Feliz de ti, que adoras o Senhor
e andas nos seus caminhos.
Comerás do trabalho das tuas mãos,
serás feliz e tudo te correrá bem.

Tua esposa será como videira fecunda
no íntimo do teu lar;
teus filhos serão como ramos de oliveira
ao redor da tua mesa.

Assim será abençoado o homem que adora o Senhor.
De Sião te abençoe o Senhor:
vejas a prosperidade de Jerusalém
todos os dias da tua vida.

Evangelho segundo São Mateus 23,1-12.
Naquele tempo, Jesus Cristo falou à multidão e aos discípulos, dizendo:
«Na cadeira de Moisés sentaram-se os escribas e os fariseus.
Fazei e observai tudo quanto vos disserem, mas não imiteis as suas obras porque eles dizem e não fazem.
Atam fardos pesados e põem-nos aos ombros dos homens, mas eles nem com o dedo os querem mover.
Tudo o que fazem é para serem vistos pelos homens: alargam os filactérios e ampliam as borlas;
gostam do primeiro lugar nos banquetes e dos primeiros assentos nas sinagogas,
das saudações nas praças públicas e que os tratem por ‘Mestres’.
Vós, porém, não vos deixeis tratar por ‘Mestres’ porque um só é o vosso Mestre (Jesus Cristo) e vós sois todos irmãos.
Na terra não chameis a ninguém vosso ‘Pai’ porque um só é o vosso pai, o Pai celeste.
Nem vos deixeis tratar por ‘Doutores’ (médicos) porque um só é o vosso doutor, o Messias.
Aquele que for o maior entre vós será o vosso servidor.
Quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado».

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
Isaac o Sírio (século VII), monge perto de Mossul
Discurso 58
«Quem se humilha será exaltado»
Há uma humildade que vem do medo de Deus e há uma humildade que vem do próprio Deus. Há aquele que é humilde porque tem medo de Deus e o que é humilde porque conhece a alegria. Um deles, o que se humilhou porque teme a Deus, recebe a doçura no seu corpo, o equilíbrio dos sentidos e um coração permanentemente controlado. O outro, o que é humilde porque conhece a alegria, recebe uma grande simplicidade e um coração dilatado que já nada pode prender.©

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sábado, 19 de agosto de 2017

Cristianismo 221 até 19-08-2017



"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68


Domingo, dia 13 de Agosto de 2017

19.º Domingo do Tempo Comum

Naqueles dias, o profeta Elias chegou ao monte de Deus, o Horeb e passou a noite numa gruta. O Senhor dirigiu-lhe a palavra,
dizendo: «Sai e permanece no monte à espera do Senhor». Então o Senhor passou. Diante d’Ele, uma forte rajada de vento fendia as montanhas e quebrava os rochedos; mas o Senhor não estava no vento. Depois do vento, sentiu-se um terramoto; mas o Senhor não estava no terramoto.
Depois do terramoto, acendeu-se um fogo; mas o Senhor não estava no fogo. Depois do fogo, ouviu-se uma ligeira brisa.
Quando a ouviu, Elias cobriu o rosto com o manto, saiu e ficou à entrada da gruta.

Livro de Salmos 85(84),9ab-10.11-12.13-14.
Deus fala de paz ao seu povo e aos seus fiéis
e a quantos de coração a Ele se convertem.
A sua salvação está perto dos que O adoram
e a sua glória habitará na nossa terra.

Encontraram-se a misericórdia e a fidelidade,
abraçaram-se a paz e a justiça.
A fidelidade vai germinar da terra,
e a justiça descerá do Céu.

O Senhor dará ainda o que é bom
e a nossa terra produzirá os seus frutos.
A justiça caminhará à sua frente
e a paz seguirá os seus passos.

Carta aos Romanos 9,1-5.
Irmãos: Em Jesus Cristo digo a verdade, não minto e disso me dá testemunho a consciência no Espírito Santo:
Sinto uma grande tristeza e uma dor contínua no meu coração.
Quisera eu próprio ser anátema, separado de Jesus Cristo para bem dos meus irmãos que são do mesmo sangue que eu,
que são israelitas, a quem pertencem a adopção filial, a glória, as alianças, a legislação, o culto e as promessas,
a quem pertencem os Patriarcas e de quem procede Jesus Cristo segundo a carne, Ele que está acima de todas as coisas, Deus bendito por todos os séculos. Amen.

Evangelho segundo São Mateus 14,22-33.
Depois de ter saciado a fome à multidão, Jesus Cristo obrigou os discípulos a subir para o barco e a esperá-l’O na outra margem, enquanto Ele despedia a multidão.
Logo que a despediu, subiu a um monte para orar a sós. Ao cair da tarde, estava ali sozinho.
O barco ia já no meio do mar, açoitado pelas ondas, pois o vento era contrário.
Na quarta vigília da noite, Jesus Cristo foi ter com eles, caminhando sobre o mar.
Os discípulos, vendo-O a caminhar sobre o mar, assustaram-se, pensando que fosse um fantasma. E gritaram cheios de medo.
Mas logo Jesus Cristo lhes dirigiu a palavra, dizendo: «Tende confiança. Sou Eu. Não temais».
Respondeu-Lhe Pedro: «Se és Tu, Senhor, manda-me ir ter contigo sobre as águas».
«Vem!» – disse Jesus Cristo. Então Pedro desceu do barco e caminhou sobre as águas para ir ter com Jesus.
Mas, sentindo a violência do vento e começando a afundar-se, gritou: «Salva-me, Senhor!».
Jesus Cristo estendeu-lhe logo a mão e segurou-o. Depois disse-lhe: «Homem de pouca fé, porque duvidaste?».
Logo que subiram para o barco, o vento amainou.
Então os que estavam no barco prostraram-se diante de Jesus Cristo e disseram-Lhe: «Tu és verdadeiramente o Filho de Deus».

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
Orígenes (c. 185-253), presbítero, teólogo
Comentário ao Evangelho de Mateus, 11, 6
«Tu és verdadeiramente o Filho de Deus»
Quando tivermos suportado as longas horas da noite escura que domina os momentos de prova, quando tivermos feito o melhor que sabemos, [...] tenhamos a certeza de que, para o fim da noite, quando «a noite vai adiantada e o dia está próximo» (Rom 13, 12), o Filho (de Deus) virá até junto de nós, caminhando sobre as ondas. Quando O virmos aparecer assim, ficaremos perturbados, até compreendermos claramente que é o Salvador que vem ao nosso encontro. Pensando ainda que vemos um fantasma, gritaremos de medo, mas Ele dir-nos-á imediatamente: «Tende confiança, sou Eu, não temais.»
Talvez essas palavras de conforto façam surgir em nós um Pedro a caminho da perfeição, que desça da barca, seguro de ter escapado à prova que o abalava. Inicialmente o seu desejo de se aproximar de Jesus Cristo permitir-lhe-á andar sobre as águas. Mas, tendo ele uma fé ainda pouco segura, estando ainda cheio de dúvidas, aperceber-se-á da «força do vento», terá medo e começará a afundar-se. Escapará, porém a tal infortúnio, apelando para Jesus Cristo com um forte brado: «Senhor, salva-me!» E mal este Pedro acabe de dizer «Senhor, Salva-me!», já o Verbo terá estendido a mão para o socorrer, agarrando-o quando ele começava a afundar-se, censurando-lhe a falta de fé e as dúvidas. Notemos, porém que Ele não diz: «Incrédulo!», mas antes: «Homem de pouca fé!» e acrescenta: «Porque duvidaste?» ou seja: «Tinhas alguma fé, mas deixaste-te levar na direcção contrária.» E Jesus Cristo e Pedro voltarão a entrar para a barca, o vento acalmar-se-á e os outros discípulos, compreendendo os perigos a que escaparam, louvarão a Jesus Cristo dizendo: «Tu és verdadeiramente o Filho (de Deus)» – palavras que só os discípulos próximos de Jesus Cristo, os que se encontravam na barca, podiam proferir.


Segunda-feira, dia 14 de Agosto de 2017

Segunda-feira da 19.ª semana do Tempo Comum

Naqueles dias, Moisés falou ao povo, dizendo: «Agora, Israel, que te pede o Senhor, teu Deus? Que adores o Senhor, teu Deus e O sigas em todos os seus caminhos; que ames e sirvas o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração e com toda a tua alma,
observando os mandamentos e leis do Senhor que hoje te confio para tua felicidade.
Ao Senhor, teu Deus, pertencem os céus e os céus dos céus, a Terra e tudo o que ela contém.
Mas foi só aos vossos pais que o Senhor dedicou o seu amor; depois deles escolheu-vos a vós, seus descendentes, de preferência a todos os povos, como hoje se verifica.
Circuncidai o vosso coração e não sejais de dura cerviz
porque o Senhor, vosso Deus, é o Deus dos deuses e o Senhor dos senhores, o Deus grande, forte e clemente que não faz acepção de pessoas nem aceita presentes.
Ele faz justiça ao órfão e à viúva e ama o estrangeiro, a quem dá pão e vestuário.
Amai, portanto, o estrangeiro porque vós também fostes estrangeiros na terra do Egipto.
É ao Senhor teu Deus que deves adorar e servir, é a Ele que hás-de seguir, é pelo seu nome que hás-de jurar.
É a Ele que deves louvar porque é o teu Deus que realizou por ti maravilhas e prodígios extraordinários que os teus olhos contemplaram.
Quando desceram ao Egipto, os teus antepassados eram setenta pessoas e o Senhor, teu Deus, tornou-te agora numeroso como as estrelas do céu».

Livro de Salmos 147,12-13.14-15.19-20.
Glorifica, Jerusalém, o Senhor,
louva, Sião, o teu Deus.
Ele reforçou as tuas portas
e abençoou os teus filhos.

Estabeleceu a paz nas tuas fronteiras
e saciou-te com a flor da farinha.
Envia à Terra a sua palavra,
corre veloz a sua mensagem.

Revelou a sua palavra a Jacob,
suas leis e preceitos a Israel.
Não fez assim com nenhum outro povo,
a nenhum outro manifestou os seus juízos.

Evangelho segundo São Mateus 17,22-27.
Naquele tempo, estando ainda Jesus Cristo e os seus discípulos na Galileia, disse-lhes Jesus Cristo: «O Filho do homem vai ser entregue nas mãos dos homens,
que hão-de matá-l’O; mas Ele ao terceiro dia ressuscitará». Os discípulos ficaram profundamente consternados.
Quando chegaram a Cafarnaum, os cobradores das didracmas aproximaram-se de Pedro e perguntaram-lhe: «O vosso Mestre não paga a didracma?».
Pedro respondeu-lhes: «Paga, sim». Quando chegou a casa, Jesus Cristo antecipou-Se e disse-lhe: «Simão, que te parece? De quem recebem os reis da Terra impostos ou tributos? Dos filhos ou dos estranhos?».
E como ele respondesse que era dos estranhos, Jesus Cristo disse-lhe: «Então os filhos estão isentos.
Mas para não os escandalizarmos, vai ao mar e deita o anzol. Apanha o primeiro peixe que morder a isca, abre-lhe a boca e encontrarás um estáter. Pega nele e paga-lhes o imposto por Mim e por ti».

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
Santo Ambrósio (c. 340-397), bispo de Milão, doutor da Igreja
Comentário ao Salmo 48, 14-15 (trad. Breviário, Ofício de Leitura sábado da XX semana, rev.)
Com a sua Paixão, Jesus Cristo pagou por nós as nossas dívidas
Como pode ainda um homem considerar o próprio sangue preço suficiente para a sua redenção, depois de Jesus Cristo ter derramado o seu sangue pela redenção de todos? Haverá alguém cujo sangue se possa comparar ao de Jesus Cristo [...], Ele que pelo seu sangue reconciliou o mundo com Deus? Que vítima melhor poderá haver? Que sacrifício poderá ser mais precioso? Que advogado poderá ser mais eficaz do que Aquele que Se tornou propiciação pelos pecados de todos os homens e deu a sua vida como redenção por todos nós?
O que se exige, portanto, não é a propiciação ou o resgate que pode oferecer cada um de nós porque o preço de todos é o sangue de Jesus Cristo, pelo qual o Senhor Jesus Cristo nos remiu e reconciliou com o Pai e levou com afã o seu labor até ao fim, tomando sobre Si a nossa própria fadiga. Por isso nos diz: «Vinde a Mim, todos vós que andais sobrecarregados e oprimidos e Eu vos aliviarei» (Mt 11,28). [...] Com efeito, nem o homem pode dar seja o que for em expiação pela sua redenção uma vez que ficou livre do pecado de uma vez por todas pelo sangue de Jesus Cristo nem o homem é por isso mesmo dispensado do sofrimento que possa suportar na observância dos preceitos de vida eterna e em quaisquer esforços para não se desviar dos mandamentos do Senhor. Enquanto viver, será com o seu afã que a sua perseverança deverá contar para alcançar a vida eterna, sob pena de voltar à morte quem já estava salvo das garras da morte.


Terça-feira, dia 15 de Agosto de 2017

Assunção da Virgem Santa Maria - solenidade

Festa da Igreja : Assunção de Nossa Senhora
Calendário da Igreja disponível este dia

Livro do Apocalipse 11,19a.12,1-6a.10ab.
O templo de Deus abriu-se no Céu e a arca da aliança foi vista no seu templo.
Apareceu no Céu um sinal grandioso: uma mulher revestida de sol, com a lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça.
Estava para ser mãe e gritava com as dores e ânsias da maternidade.
E apareceu no Céu outro sinal: um enorme dragão cor de fogo, com sete cabeças e dez chifres e nas cabeças sete diademas.
A cauda arrastava um terço das estrelas do céu e lançou-as sobre a Terra. O dragão colocou-se diante da mulher que estava para ser mãe, para lhe devorar o filho, logo que nascesse.
Ela teve um filho varão que há-de reger todas as nações com ceptro de ferro. O filho foi levado para junto de Deus e do seu trono
e a mulher fugiu para o deserto, onde Deus lhe tinha preparado um lugar.
E ouvi uma voz poderosa que clamava no Céu:
«Agora chegou a salvação, o poder e a realeza do nosso Deus e o domínio do seu Ungido».

Livro de Salmos 45(44),10bc.11.12ab.16.
Ao teu encontro vêm filhas de reis,
à tua direita está a rainha ornada com ouro de Ofir.
Ouve, minha filha, vê e presta atenção,
esquece o teu povo e a casa de teu pai.

Porque o rei deixou-se prender pela tua beleza;
Ele é agora o teu Senhor: rende-Lhe homenagem!
Cheias de alegria e entusiasmo,
entram no palácio do Rei.

1.ª Carta aos Coríntios 15,20-26.
Jesus Cristo ressuscitou dos mortos, como primícias dos que morreram.
Uma vez que a morte veio por um homem, também por um homem veio a ressurreição dos mortos
porque, do mesmo modo que em Adão todos morreram assim também em Jesus Cristo serão todos restituídos à vida.
Cada qual, porém na sua ordem: primeiro, Jesus Cristo, como primícias; a seguir, os que pertencem a Jesus Cristo, por ocasião da sua vinda.
Depois será o fim, quando Jesus Cristo entregar o reino a Deus seu Pai depois de ter aniquilado toda a soberania, autoridade e poder.
É necessário que Ele reine até que tenha posto todos os inimigos debaixo dos seus pés.
E o último inimigo a ser aniquilado é a morte.

Evangelho segundo São Lucas 1,39-56.
Naqueles dias, Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se apressadamente para a montanha, em direcção a uma cidade de Judá.
Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel.
Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino exultou-lhe no seio. Isabel ficou cheia do Espírito Santo
e exclamou em alta voz: «Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre.
Donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor?
Na verdade, logo que chegou aos meus ouvidos a voz da tua saudação, o menino exultou de alegria no meu seio.
Bem-aventurada aquela que acreditou no cumprimento de tudo quanto lhe foi dito da parte do Senhor».
Maria disse então:
«A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador.
Porque pôs os olhos na humildade da sua servidora: de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações.
O Todo-poderoso fez em mim maravilhas, Santo é o seu nome.
A sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que O adoram.
Manifestou o poder do seu braço e dispersou os soberbos.
Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes.
Aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias.
Acolheu a Israel, seu servidor, lembrado da sua misericórdia,
como tinha prometido a nossos pais, a Abraão e à sua descendência para sempre».
Maria ficou junto de Isabel cerca de três meses e depois regressou a sua casa.

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
São Germano de Constantinopla (?-733), bispo
Homilia 1 para a Dormição da Mãe de Deus; PG 98, 346
«Elevada à glória celeste em corpo e alma» (Oração colecta da festa)
Mãe de Deus, templo vivo da divindade santíssima do teu Filho único, em acção de graças o repito: a tua assunção em nada te afastou dos cristãos. Tu vives imperecível, mas não estás longe deste mundo perecível. Pelo contrário, estás próxima de quantos te invocam e quem te procura com fé encontra-te. Convinha que o teu espírito permanecesse sempre forte e vivo e que o teu corpo fosse imortal. Com efeito, como poderia a corrupção da carne reduzir-te a cinzas e a pó, a ti, que livraste o Homem do fracasso da morte pela incarnação do teu Filho? [...]
Uma criança procura e deseja a sua mãe e a mãe gosta de viver com o seu filho. Da mesma forma, visto que tinhas no teu coração um amor maternal por teu Filho e por teu Deus, tinhas naturalmente de poder regressar para junto dele. E o Filho, devido ao seu amor filial para contigo, devia, com toda a justiça, permitir-te partilhar da sua condição. Assim, morta para as coisas perecíveis, emigraste para as moradas imperecíveis da eternidade, onde reside Deus, cuja vida agora partilhas. [...]
O teu corpo foi sua morada e neste dia foi Ele que, por sua vez, Se tornou o local do teu repouso. «Este será para sempre o meu lugar de repouso» dizia (Sl 132,14). Este espaço de repouso é a carne que de ti tomou e de que Se revestiu, Mãe de Deus, a carne na qual acreditamos que Se mostrou no mundo presente e que Se manifestará no mundo futuro, quando vier julgar os vivos e os mortos. Visto seres a morada do seu repouso eterno, retirou-te da corrupção e levou-te consigo, querendo guardar-te na sua presença com o seu afecto. É por isso que Ele te concede tudo quanto Lhe pedes, como a mãe ciosa de seus filhos. Eternamente bendito, tudo quanto desejas Ele o realiza com a sua divina omnipotência.


Quarta-feira, dia 16 de Agosto de 2017

Quarta-feira da 19.ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : Santo Estêvão, rei da Hungria, +1038, São Roque, peregrino, séc. XIV

Livro de Deuteronómio 34,1-12.
Naqueles dias, Moisés subiu das planícies de Moab até ao monte Nebo, no cimo do Pisgá, em frente de Jericó. O Senhor mostrou-lhe todo o país: Galaad até Dã,
todo o Naftali, o território de Efraim e de Manassés, todo o território de Judá até ao mar ocidental,
o Negueb, o distrito da planície de Jericó, cidade das palmeiras até Soar.
Disse-lhe o Senhor: «Esta é a terra que prometi com juramento a Abraão, a Isaac e a Jacob, dizendo: ‘Dá-la-ei à tua descendência’. Quis que a visses com os teus próprios olhos, mas não entrarás nela».
Foi ali, na terra de Moab, que morreu Moisés, servidor do Senhor, como o Senhor dissera.
Foi sepultado no vale, na terra de Moab, em frente de Bet-Peor e ninguém, até ao dia de hoje, reconheceu a sua sepultura.
Moisés tinha cento e vinte anos quando morreu. A sua vista nunca enfraquecera nem o seu vigor se tinha quebrado.
Os filhos de Israel choraram Moisés nas planícies de Moab durante trinta dias, ao fim dos quais terminaram os dias de pranto por Moisés.
Entretanto, Josué, filho de Nun, estava cheio do espírito de sabedoria porque Moisés tinha imposto as mãos sobre ele. Os filhos de Israel começaram a prestar-lhe obediência, segundo a ordem que o Senhor tinha dado a Moisés.
Nunca mais surgiu em Israel outro profeta como Moisés, com quem o Senhor tratava face a face
nem com tantos sinais e prodígios que o Senhor o mandou realizar na terra do Egipto, contra o faraó e contra todos os seus servos e toda a sua terra
nem com tal poder e tão grandes prodígios como os que manifestou Moisés aos olhos de todo o Israel.

Livro de Salmos 66(65),1-3a.5a.8.16-17.
Aclamai a Deus, Terra inteira,
cantai a glória do seu nome,
celebrai os seus louvores,
dizei a Deus: «Maravilhosas são as vossas obras».

Vinde contemplar as obras de Deus,
admirável na sua acção pelos homens.
Bendizei, ó povos, o nosso Deus,
fazei ressoar a voz do seu louvor.

Todos os que adorais a Deus, vinde e ouvi,
vou narrar-vos quanto Ele fez por mim.
Meus lábios O invocaram e minha língua O louvou.

Evangelho segundo São Mateus 18,15-20.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Se o teu irmão te ofender, vai ter com ele e repreende-o a sós. Se te escutar, terás ganhado o teu irmão.
Se não te escutar, toma contigo mais uma ou duas pessoas, para que toda a questão fique resolvida pela palavra de duas ou três testemunhas.
Mas se ele não lhes der ouvidos, comunica o caso à Igreja e se também não der ouvidos à Igreja, considera-o como um pagão ou um publicano.
Em verdade vos digo: Tudo o que ligardes na Terra será ligado no Céu e tudo o que desligardes na Terra será desligado no Céu.
Digo-vos ainda: Se dois de vós se unirem na Terra para pedirem qualquer coisa, ser-lhes-á concedida por meu Pai que está nos Céus.
Na verdade, onde estão dois ou três reunidos em meu nome, Eu estou no meio deles».

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
Santo Efrém (c. 306-373), diácono da Síria, doutor da Igreja
Hino inédito
«Eu estou no meio deles»
Aquele que celebra sozinho no coração do deserto
É uma assembleia numerosa.
Se dois se unirem para celebrar entre os rochedos,
Aí estarão presentes milhões, miríades.
Se três se reunirem,
Um quarto estará no meio deles.
Se forem seis ou sete,
Estarão reunidos doze mil milhões.
Se se puserem em fila,
Encherão o firmamento de orações.
Se estiverem crucificados sobre a rocha,
E marcados com uma cruz de luz,
A Igreja estará fundada.
Se estiverem reunidos,
O Espírito plana sobre as suas cabeças.
E, quando terminam a sua oração,
O Senhor levanta-Se e serve os seus servidores (cf Lc 12,37; Jo 13,4)


Quinta-feira, dia 17 de Agosto de 2017

Quinta-feira da 19.ª semana do Tempo Comum

Naqueles dias, o Senhor disse a Josué: «Hoje começarei a engrandecer-te aos olhos de todo o Israel, para que saibam que Eu estarei contigo, como estive com Moisés.
E tu darás esta ordem aos sacerdotes que transportam a arca da aliança: ‘Quando chegardes à beira das águas do Jordão, parai aí’».
Josué disse aos filhos de Israel: «Aproximai-vos e ouvi as palavras do Senhor, vosso Deus».
Depois continuou: «Por isto conhecereis que um Deus vivo está no meio de vós e expulsará da vossa frente os cananeus:
Vereis a arca da aliança do Senhor, Deus de toda a Terra, atravessar o Jordão à vossa frente.
Quando os sacerdotes que transportam a arca do Senhor, Deus de toda a Terra, tiverem tocado com os seus pés as águas do Jordão, estas serão divididas, pois as que descem do alto ficarão paradas, formando um só bloco».
Quando o povo saiu das suas tendas para atravessar o Jordão, já estavam à frente os sacerdotes que levavam a arca da aliança.
Logo que os portadores da arca chegaram ao Jordão e os pés dos sacerdotes que levavam a arca tocaram na água, o Jordão transborda por todas as suas margens durante o tempo das ceifas
as águas que desciam do alto pararam e formaram um bloco até uma grande distância, perto de Adamá, cidade vizinha de Sartã, enquanto as que desciam para o mar de Arabá ou mar do Sal, se escoavam completamente. O povo atravessou em frente de Jericó.
Os sacerdotes que levavam a arca da aliança do Senhor mantiveram-se firmes no leito seco do Jordão até que todo o Israel passou a pé enxuto para o outro lado do rio.

Livro de Salmos 114(113A),1-2.3-4.5-6.
Quando Israel saiu do Egipto,
quando a casa de Jacob se afastou do povo estrangeiro,
Judá tornou-se o santuário do Senhor
e Israel o seu domínio.

O mar viu e recuou,
o Jordão voltou atrás,
os montes saltaram como carneiros,
como cordeiros as colinas.

Que tens, ó mar, para fugires assim
e tu, Jordão, para voltares atrás?
Montes, porque saltais como carneiros
e vós, colinas, como cordeiros?

Evangelho segundo São Mateus 18,21-35.19,1.
Naquele tempo, Pedro aproximou-se de Jesus Cristo e perguntou-Lhe: «Se meu irmão me ofender, quantas vezes deverei perdoar-lhe? Até sete vezes?».
Jesus Cristo respondeu: «Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete.
Na verdade, o reino de Deus pode comparar-se a um rei que quis ajustar contas com os seus servos.
Logo de começo, apresentaram-lhe um homem que devia dez mil talentos.
Não tendo com que pagar, o senhor mandou que fosse vendido, com a esposa, os filhos e tudo quanto possuía para assim pagar a dívida.
Então o servo prostrou-se a seus pés, dizendo: ‘Senhor, concede-me um prazo e tudo te pagarei’.
Cheio de compaixão, o senhor daquele servo deu-lhe a liberdade e perdoou-lhe a dívida.
Ao sair, o servo encontrou um dos seus companheiros que lhe devia cem denários. Segurando-o, começou a apertar-lhe o pescoço, dizendo: ‘Paga o que me deves’.
Então o companheiro caiu a seus pés e suplicou-lhe, dizendo: ‘Concede-me um prazo e pagar-te-ei’.
Ele, porém não consentiu e mandou-o prender até que pagasse tudo quanto devia.
Testemunhas desta cena, os seus companheiros ficaram muito tristes e foram contar ao senhor tudo o que havia sucedido.
Então o senhor mandou-o chamar e disse: ‘Servo mau, perdoei-te tudo o que me devias porque mo pediste.
Não devias, também tu, compadecer-te do teu companheiro como eu tive compaixão de ti?’.
E o senhor, indignado, entregou-o aos verdugos até que pagasse tudo o que lhe devia.
Assim procederá convosco meu Pai celeste, se cada um de vós não perdoar a seu irmão de todo o coração».
Quando Jesus Cristo acabou de dizer estas palavras, partiu da Galileia e foi para o território da Judeia, além do Jordão.

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
São Cipriano (c. 200-258), bispo de Cartago e mártir
A oração do Senhor, 23-24
«Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido»
O Senhor obriga-nos a perdoar, também nós, as dívidas aos nossos devedores, tal como Lhe pedimos que nos perdoe as nossas (Mt 6,12). Devemos saber que não podemos obter o que pedimos em relação aos nossos pecados, se não fizermos o mesmo àqueles que pecaram para connosco. Por isso, Jesus Cristo diz algures: «É a medida com que servirdes que servirá de medida para vós» (Mt 7,2). E o servo que, depois de ter sido perdoado de toda a sua dívida, não quis, por sua vez, perdoar a do seu companheiro foi lançado na prisão. Porque não quis usar de clemência para com o seu companheiro, perdeu o que o seu senhor lhe oferecera. Jesus Cristo estabelece-o ainda com mais força nos seus preceitos, quando decreta: «Quando vos puserdes de pé em oração, se tiverdes alguma coisa contra alguém, perdoai-lhe, para que o Pai que está nos céus vos perdoe as vossas faltas. Mas se não perdoardes, o vosso Pai que está nos céus também não vos perdoará as vossas faltas» (Mc 11,25-26). [...]
Quando Abel e Caim, os primeiros, ofereceram sacrifícios, não eram as suas oferendas que Deus olhava, mas o seu coração (Gn 4,3s): aquele cuja oferenda Lhe agradou foi aquele cujo coração Lhe agradou. Abel, pacífico e justo, oferecendo o sacrifício a Deus na inocência, ensinava os outros a virem, tementes a Deus, oferecer o seu presente no altar com um coração simples, com sentido de justiça, concórdia e paz. Oferecendo com tais disposições o sacrifício a Deus, mereceu tornar-se ele próprio uma oferenda preciosa e dar o primeiro testemunho do martírio. Pela glória do seu sangue, prefigurou a Paixão do Senhor porque possuía a justiça e a paz do Senhor. São homens assim que são coroados pelo Senhor e que, no dia do juízo, obterão justiça com Ele.
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