sábado, 27 de agosto de 2016

Cristianismo 171 até 27-08-2016


"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68

Domingo, dia 21 de Agosto de 2016

21.º Domingo do Tempo Comum - Ano C

Festa da Igreja : Vigésimo Primeiro Domingo do Tempo Comum (semana I do saltério)
Santo do dia :
S. Pio X, papa, +1914

Livro de Isaías 66,18-21.
Eis o que diz o Senhor: «Eu virei reunir todas as nações e todas as línguas para que venham contemplar a minha glória.
Eu lhes darei um sinal e de entre eles enviarei sobreviventes às nações: a Társis, a Fut, a Lud, a Mosoc, a Rós, a Tubal e a Javã, às ilhas remotas que não ouviram falar de Mim nem contemplaram ainda a minha glória para que anunciem a minha glória entre as nações.
De todas as nações, como oferenda ao Senhor, eles hão-de reconduzir todos os vossos irmãos em cavalos, em carros, em liteiras, em mulas e em dromedários até ao meu santo monte, em Jerusalém – diz o Senhor – como os filhos de Israel trazem a sua oblação em vaso puro ao templo do Senhor.
Também escolherei alguns deles para sacerdotes e levitas».
Livro de Salmos 117(116),1.2.
Louvai o Senhor, todas as nações,
aclamai-O, todos os povos.
É firme a sua misericórdia para connosco,
a fidelidade do Senhor permanece para sempre.

Carta aos Hebreus 12,5-7.11-13.
Irmãos: Já esquecestes a exortação que vos é dirigida, como a filhos que sois: «Meu filho, não desprezes a correcção do Senhor nem desanimes quando Ele te repreende
porque o Senhor corrige aquele que ama e castiga aquele que reconhece como filho».
É para vossa correcção que sofreis. Deus trata-vos como filhos. Qual é o filho a quem o pai não corrige?
Nenhuma correcção, quando se recebe, é considerada como motivo de alegria, mas de tristeza. Mais tarde, porém dá àqueles que assim foram exercitados um fruto de paz e de justiça.
Por isso, levantai as vossas mãos fatigadas e os vossos joelhos vacilantes
e dirigi os vossos passos por caminhos direitos para que o coxo não se extravie, mas antes seja curado.
Evangelho segundo S. Lucas 13,22-30.
Naquele tempo, Jesus Cristo dirigia-Se para Jerusalém e ensinava nas cidades e aldeias por onde passava.
Alguém Lhe perguntou: «Senhor, são poucos os que se salvam?». Ele respondeu:
«Esforçai-vos por entrar pela porta estreita porque Eu vos digo que muitos tentarão entrar sem o conseguir.
Uma vez que o dono da casa se levante e feche a porta, vós ficareis fora e batereis à porta, dizendo: ‘Abre-nos, senhor’; mas ele responder-vos-á: ‘Não sei donde sois’.
Então começareis a dizer: ‘Comemos e bebemos contigo e tu ensinaste nas nossas praças’.
Mas ele responderá: ‘Repito que não sei donde sois (= não vos conheço; não sois meus). Afastai-vos de mim, todos os que praticais a iniquidade (= não-equidade)’.
Aí haverá choro e ranger de dentes (no mundo das trevas – espaço frio (porque sem Deus) e completamente escuro e sem qualquer protecção das feras ou inimigos), quando virdes no reino (= universo) de Deus Abraão, Isaac e Jacob e todos os Profetas e vós a serdes postos fora.
Hão-de vir do Oriente e do Ocidente, do Norte e do Sul e sentar-se-ão à mesa no reino de Deus.
Há últimos que serão dos primeiros e primeiros que serão dos últimos».


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos -
www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São Cesário de Arles (470-543), monge, bispo
Sermão 7
«Jesus Cristo [...] ensinava nas cidades e aldeias por onde passava.»
Prestai atenção, caríssimos irmãos: as sagradas Escrituras foram-nos transmitidas, por assim dizer, como cartas vindas da nossa pátria. Com efeito, a nossa pátria é o paraíso; os nossos pais são os patriarcas, os profetas, os apóstolos e os mártires; os nossos concidadãos são os anjos; o nosso Rei é Jesus Cristo. Quando Adão pecou, fomos por assim dizer lançados no exílio deste mundo. Mas, porque o nosso Rei é fiel e misericordioso, mais do que se possa imaginar ou dizer, dignou-Se enviar-nos, por intermédio dos patriarcas e dos profetas, as sagradas Escrituras, como cartas pelas quais nos convidava para a nossa eterna e primeira pátria. [...] Em razão da sua inefável bondade, convidou-nos a morar com Ele.
Nessas condições, que ideia farão de si mesmos os servidores que [...] não se dignam ler as cartas que os convidam para a bem-aventurança do Reino? [...] «Aquele que ignora será ignorado» (1Cor 14,38). Na verdade, àquele que negligencia procurar Deus neste mundo pela leitura dos textos sagrados, Deus, por seu lado, recusar-Se-á a admiti-lo à bem-aventurança eterna. Este deve temer que lhe fechem as portas, que o deixem de fora com as virgens loucas (Mt 25,10) e que mereça ouvir: «Não sei quem vós sois; não vos conheço; afastai-vos de Mim, vós todos que fizestes o mal». [...] Aquele que quiser ser favoravelmente escutado por Deus deve começar por escutar a Deus. Como terá a veleidade de querer que Deus o escute favoravelmente, se Lhe presta tão pouca atenção que nem se preocupa em ler os seus preceitos?

Segunda-feira, dia 22 de Agosto de 2016

Segunda-feira da 21.ª semana do Tempo Comum

Festa da Igreja : Nossa Senhora Rainha
Calendário da Igreja disponível este dia

2.ª Carta aos Tessalonicenses 1,1-5.11b-12.
Paulo, Silvano e Timóteo à Igreja dos Tessalonicenses que está em Deus, nosso Pai, e no Senhor Jesus Cristo:
A graça e a paz vos sejam dadas da parte de Deus Pai e do Senhor Jesus Cristo.
Devemos agradecer continuamente a Deus por vós, irmãos, como é justo porque a vossa fé faz grandes progressos e o amor de uns pelos outros vai aumentando em todos vós.
Assim nós mesmos nos gloriamos de vós nas Igrejas de Deus, por causa da vossa perseverança e da vossa fé, no meio de todas as perseguições e tribulações que suportais.
Elas são um sinal do justo juízo de Deus que quer tornar-vos dignos do seu reino, pelo qual sofreis.
O nosso Deus vos considere dignos do seu chamamento e, pelo seu poder, se realizem todos os vossos bons propósitos e se confirme o trabalho da vossa fé.
Assim o nome de Nosso Senhor Jesus Cristo será glorificado em vós, e vós n’Ele, segundo a graça do nosso Deus e do Senhor Jesus Cristo.
Livro de Salmos 96(95),1-2a.2b-3.4-5.
Cantai ao Senhor um cântico novo,
cantai ao Senhor, terra inteira,
cantai ao Senhor, bendizei o seu nome.
Anunciai dia a dia a sua salvação,

publicai entre as nações a sua glória,
em todos os povos as suas maravilhas.
O Senhor é grande e digno de louvor,
mais adorado do que todas as divindades.

as divindades dos gentios não passam de ídolos,
foi o Senhor quem fez os céus.
Evangelho segundo S. Mateus 23,13-22.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo: «Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, porque fechais aos homens o reino dos Céus: vós não entrais nem deixais entrar os que o desejam.
Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, porque devorais as casas das viúvas, com o pretexto de prolongadas orações. Por isso, sereis mais rigorosamente julgados.
Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, porque dais volta ao mar e à terra para fazerdes um convertido, mas, tendo-o conseguido, fazeis dele um merecedor da Geena, duas vezes mais do que vós.
Ai de vós, guias cegos, que dizeis: ‘Quem jurar pelo santuário a nada se obriga; mas quem jurar pelo ouro do santuário tem de cumprir’.
Insensatos e cegos! Que vale mais: o ouro ou o santuário que santifica o ouro?
Dizeis também: ‘Quem jurar pelo altar a nada se obriga; mas quem jurar pela oferenda que está sobre o altar tem de cumprir’.
Cegos! Que vale mais: a oferenda ou o altar que santifica a oferenda?
Na verdade, quem jura pelo altar jura por tudo o que está sobre ele.
E quem jura pelo Santuário jura por ele e por Aquele que o habita.
E quem jura pelo Céu jura pelo trono de Deus e por Aquele que nele está sentado».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São Clemente de Roma (c. 35-c. 100), papa
Carta aos Coríntios, §§ 7-13; PA 1, 108-110
«Convertei-vos a Mim de todo o vosso coração» (Jl 2,l2)
Percorramos todas as épocas e veremos que, de geração em geração, o Mestre ofereceu a possibilidade de conversão a todos quantos queriam voltar-se para Ele. Noé pregou a conversão e aqueles que o escutaram foram salvos. Jonas anunciou aos ninivitas a destruição que os ameaçava; eles arrependeram-se dos seus pecados, apaziguaram a Deus e, apesar de Lhe serem estranhos, alcançaram, por suas súplicas, a salvação.
Pela sua vontade omnipotente, Deus quer que todos aqueles que ama participem da conversão. É por isso que devemos obedecer à sua magnífica e gloriosa vontade. Imploremos humildemente a sua misericórdia e a sua bondade; confiemo-nos à sua compaixão, abandonando as preocupações frívolas, a discórdia e a inveja que só conduzem à morte.
Sejamos humildes, meus irmãos, rejeitemos todos os sentimentos de orgulho, de jactância, de vaidade e de cólera. Agarremo-nos firmemente aos preceitos e aos mandamentos do Senhor Jesus Cristo, tornando-nos dóceis e humildes diante das suas palavras. Pois diz o texto sagrado: «Para quem voltarei o meu olhar, senão para o homem humilde e pacífico que segue as minhas palavras?» (Is 66,2)

Terça-feira, dia 23 de Agosto de 2016

Terça-feira da 21.ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : Santa Rosa de Lima, virgem, +1617, padroeira da América Latina

2ª Carta aos Tessalonicenses 2,1-3a.14-17.
Nós vos pedimos, irmãos, a propósito da vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo e do nosso encontro com Ele:
Não vos deixeis abalar facilmente nem alarmar por qualquer manifestação profética por palavras ou por cartas que se digam vir de nós, pretendendo que o dia do Senhor está iminente.
Ninguém vos engane de qualquer modo que seja.
Deus chamou-vos, por meio do Evangelho, para possuirdes a glória de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Portanto, irmãos, permanecei firmes e guardai firmemente as tradições que vos ensinámos, oralmente ou por carta.
Nosso Senhor Jesus Cristo e Deus, nosso Pai, que nos amou e nos deu, pela sua graça, a eterna consolação e a feliz esperança,
confortem os vossos corações e os tornem firmes em toda a espécie de boas obras e palavras.
Livro de Salmos 96(95),10.11-12a.12b-13.
Dizei entre as nações:
«O Senhor é Rei».
Sustenta o mundo e ele não vacila,
governa os povos com equidade.
Alegrem-se os céus, exulte a Terra,
ressoe o mar e tudo o que ele contém,

Alegrem-se os céus, exulte a Terra!  
Ressoe o mar e tudo o que nele existe!
Alegrem-se os campos e todos os seus frutos,
exultem de alegria todas as árvores dos bosques
Na presença do Senhor que se aproxima  
e vem para governar a Terra!  

Ele governará o mundo com justiça  
e os povos com fidelidade.
Diante do Senhor que vem,
que vem para julgar a Terra.
Julgará o mundo com justiça
e os povos com equidade.

Evangelho segundo S. Mateus 23,23-26.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo: «Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, porque pagais o dízimo da hortelã, do funcho e do cominho, mas omitis as coisas mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia e a fidelidade. Devíeis praticar estas coisas sem omitir as outras.
Guias cegos! Coais o mosquito e engolis o camelo.
Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, porque limpais o exterior do copo e do prato que por dentro estão cheios de rapina e intemperança.
Fariseu cego! Limpa primeiro o interior do copo e do prato para que também o exterior fique limpo».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São Pedro Damião (1007-1072), eremita, bispo, doutor da Igreja
Opúsculo 51
«Omitis as coisas mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia e a fidelidade»
Se quiseres avançar correctamente, com discrição e dando frutos no caminho da verdadeira religião, deves ser austero e rígido contigo mesmo, mas sempre alegre e aberto para com os outros, esforçando-te no teu coração por caminhar nos cumes da rectidão, sabendo inclinar-te com bondade para os mais fracos. Numa palavra, perante o juízo da tua consciência, deves moderar os rigores da justiça, de tal forma que não sejas duro para com os pecadores, mas acessível ao perdão e indulgente. [...]
Considera o teu pecado como perigoso e mortal; o dos outros, considera-o como fragilidade da condição humana. Pensa que a falta que, em ti, consideras digna de severa correcção nos outros não merece mais do que uma pequena admoestação. Não sejas mais justo do que o Justo: receia cometer o pecado, mas não hesites em perdoar ao pecador. A verdadeira justiça não é a que precipita as almas dos irmãos no laço do desespero. [...] É muito perigoso o fogo que, ao queimar o mato, ameaça abrasar a própria casa com o ardor das suas chamas. Não, aquele que se compraz em escalpelizar os defeitos dos outros não evitará o pecado porque, ainda que seja movido pelo zelo da justiça, tarde ou cedo acabará por denegrir.
Evidentemente se a nossa vida não nos parecesse tão bela, a dos outros não nos pareceria tão feia. E se fôssemos juízes severos para nós mesmos, como deveríamos ser, as faltas dos outros não encontrariam em nós censores tão rigorosos.

Quarta-feira, dia 24 de Agosto de 2016

S. Bartolomeu, Apóstolo – Festa

Santo do dia : S. Bartolomeu, apóstolo

Livro do Apocalipse 21,9b-14.
O Anjo falou-me, dizendo: «Vou mostrar-te a noiva, a esposa do Cordeiro».
Transportou-me em espírito ao cimo de uma alta montanha e mostrou-me a cidade santa (celeste) de Jerusalém que descia do Céu, da presença de Deus,
resplandecente da glória de Deus. O seu esplendor era como o de uma pedra preciosíssima, como uma pedra de jaspe cristalino.
Tinha uma grande e alta muralha, com doze portas e, junto delas, doze Anjos; tinha também nomes gravados, os nomes das doze tribos dos filhos de Israel:
três portas a nascente, três portas ao norte, três portas ao sul e três portas a poente.
A muralha da cidade tinha na base doze reforços salientes e neles doze nomes: os dos doze Apóstolos do Cordeiro.
Livro de Salmos 145(144),10-11.12-13ab.17-18.
Agradeçam-Vos, Senhor, todas as criaturas
e bendigam-Vos os vossos fiéis.
Proclamem a glória do vosso reino
e anunciem os vossos feitos gloriosos;

Para darem a conhecer aos homens o vosso poder,
a glória e o esplendor do vosso reino.
O vosso reino é um reino eterno,
o vosso domínio estende-se por todas as gerações.

O Senhor é justo em todos os seus caminhos,
perfeito em todas as suas obras.
O Senhor está perto de quantos O invocam,
de quantos O invocam em verdade.

Evangelho segundo S. João 1,45-51.
Naquele tempo, Filipe encontrou Natanael e disse-lhe: «Encontrámos Aquele de quem está escrito na Lei de Moisés e nos Profetas. É Jesus de Nazaré, filho de José».
Disse-lhe Natanael: «De Nazaré pode vir alguma coisa boa?». Filipe respondeu-lhe: «Vem ver».
Jesus Cristo viu Natanael que vinha ao seu encontro e disse: «Eis um verdadeiro israelita, em quem não há fingimento».
Perguntou-lhe Natanael: «De onde me conheces?». Jesus Cristo respondeu-lhe: «Antes que Filipe te chamasse, Eu vi-te quando estavas debaixo da figueira».
Disse-lhe Natanael: «Mestre, Tu és o Filho de Deus, Tu és o Rei de Israel!».
Jesus Cristo respondeu: «Porque te disse: ‘Eu vi-te debaixo da figueira’, acreditas. Verás coisas maiores do que estas».
E acrescentou: «Em verdade, em verdade vos digo: Vereis o Céu aberto e os Anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Filoxeno de Mabug (?-c. 523), bispo da Síria
Homilia n.° 4, 76-79
«Vem ver»
Jesus Cristo renovou aos santos apóstolos o chamamento que tinha feito a Abraão. E a fé deles assemelhava-se à de Abraão porque, tal como Abraão obedeceu logo que foi chamado (Gn 12), também os apóstolos seguiram Jesus Cristo logo que Ele os chamou e eles O ouviram. [...] Não foi um longo ensinamento o que os tornou discípulos, mas o simples facto de terem ouvido a palavra da fé. Como era viva, a fé deles obedeceu à vida logo que ouviu a voz viva. E correram atrás dela sem mais demoras; por aqui se vê que já eram discípulos no coração, mesmo antes de terem sido chamados.
Assim age a fé que manteve a sua simplicidade: não recebe o ensino à força de argumentos; mas, tal como os olhos sãos e puros recebem o raio de sol que lhes é enviado sem raciocinarem nem trabalharem e se dão conta da luz logo que se abrem [...], também os que têm a fé natural reconhecem a voz de Deus logo que a ouvem. Quando neles se acende a luz da palavra, lançam-se alegremente ao seu encontro e acolhem-na, como nosso Senhor diz no Evangelho: «As minhas ovelhas ouvem a minha voz e seguem-Me» (Jo 10,27).

Quinta-feira, dia 25 de Agosto de 2016

Quinta-feira da 21.ª semana do Tempo Comum

Irmãos: Paulo, por vontade de Deus escolhido para Apóstolo de Cristo Jesus e o irmão Sóstenes,
à Igreja de Deus que está em Corinto, aos que foram santificados em Cristo Jesus, chamados à santidade, com todos os que invocam, em qualquer lugar, o nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso:
A graça e a paz de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo estejam convosco.
Agradeço a Deus, em todo o tempo, a vosso respeito, pela graça divina que vos foi dada em Cristo Jesus.
Porque fostes enriquecidos em tudo: em toda a palavra e em todo o conhecimento
e deste modo, tornou-se firme em vós o testemunho de Jesus Cristo.
De facto, já não vos falta nenhum dom da graça, a vós que esperais a manifestação de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Ele vos tornará firmes até ao fim, para que sejais irrepreensíveis no dia de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Fiel é Deus, por quem fostes chamados à comunhão com seu Filho, Jesus Cristo, Nosso Senhor.
Livro de Salmos 145(144),2-3.4-5.6-7.
Quero bendizer-Vos, dia após dia,
e louvar o vosso nome para sempre.
O Senhor é grande e digno de louvor,
insondável é a sua grandeza.

Uma geração anuncia à outra as vossas obras
e todas proclamam o vosso poder.
Falam do poder da vossa majestade
e anunciam as vossas maravilhas.

Cantam o poder das vossas obras
e proclamam a vossa grandeza.
Celebram a memória da vossa imensa bondade
e aclamam a vossa justiça.

Evangelho segundo S. Mateus 24,42-51.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Vigiai porque não sabeis em que dia virá o vosso Senhor.
Compreendei isto: se o dono da casa soubesse a que horas da noite viria o ladrão, estaria vigilante e não deixaria arrombar a sua casa.
Por isso, estai vós também preparados porque na hora em que menos pensais, virá o Filho (do homem).
Quem é o servo fiel e prudente que o senhor pôs à frente da sua casa, para lhe dar o alimento em tempo oportuno?
Feliz aquele servidor que o senhor, ao chegar, encontrar procedendo assim.
Em verdade vos digo que lhe confiará a administração de todos os seus bens.
Mas se o servidor for mau e disser consigo: ‘O meu senhor demora-se’
e começar a espancar os companheiros e a comer e beber com os ébrios,
quando o senhor daquele servidor chegar, em dia que ele não espera e à hora que ele não pensa,
expulsá-lo-á e lhe dará a sorte dos hipócritas. Aí haverá choro e ranger de dentes».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São Pascácio Radbert (?-c. 849), monge beneditino
Comentário sobre o evangelho de Mateus
«Estai vós também preparados»
«Vigiai, porque não sabeis em que dia virá o vosso Senhor.» Embora o Senhor fale assim para todos, os seus interlocutores directos são os seus contemporâneos, tal como em muitos outros discursos que lemos nas Escrituras. Contudo estas palavras dizem respeito a todos os homens porque para cada um deles há-de chegar o último dia, assim como o fim deste mundo (= sistema estabelecido: escravatura, renascimento, modernismo,…), o dia em que terá de abandonar esta vida. É preciso, pois que cada um aja como se devesse ser julgado hoje mesmo. Por isso, todo o homem deve velar para que não se disperse, mas permaneça vigilante, para que o dia do Senhor, quando chegar, não o apanhe desprevenido. Pois aquele a quem o último dia da sua vida apanhar sem estar preparado, encontrar-se-á no mesmo estado no último dia deste mundo.

Sexta-feira, dia 26 de Agosto de 2016

Sexta-feira da 21.ª semana do Tempo Comum

Irmãos: Jesus Cristo não me enviou para baptizar, mas para anunciar o Evangelho, não, porém, com a sabedoria da linguagem, a fim de não se desvirtuar a cruz de Jesus Cristo.
Porque a linguagem da cruz (= karma; sofrimento que cada um tem de passar para ser burilado, para ficar melhor… aceitar o sofrimento sem revolta, mas sempre procurando ultrapassá-lo é obrigação de todo o cristão. Tudo se entrega, mas não se oferece o sofrimento porque é doloroso; só as boas coisas se oferecem, não é assim?)  é loucura para aqueles que estão no caminho da perdição, mas é poder de Deus para aqueles que seguem o caminho da salvação, isto é, para nós.
Na verdade, assim está escrito: «Hei-de arruinar a sabedoria dos sábios e frustrar a inteligência dos inteligentes».
Onde está o sábio? Onde está o homem culto? Onde está o que discute sobre as coisas deste mundo? Porventura Deus não tornou louca a sabedoria do mundo?
Uma vez que o mundo, por meio da sua sabedoria, não reconheceu a Deus na sabedoria divina, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da mensagem que pregamos.
Os judeus pedem milagres e os gregos procuram a sabedoria.
Quanto a nós, pregamos Jesus Cristo crucificado, escândalo para os judeus e loucura para os gentios.
Mas para aqueles que são chamados, tanto judeus como gregos, Jesus Cristo é poder de Deus e sabedoria de Deus.
A loucura de Deus é mais sábia do que o homem e a fraqueza de Deus é mais forte do que o homem.
Livro de Salmos 33(32),1-2.4-5.10ab.11.
Justos, aclamai o Senhor,
os corações rectos devem louvá-l’O.
Louvai o Senhor com a cítara,
cantai-Lhe salmos ao som da harpa.

A palavra do Senhor é recta,
da fidelidade nascem as suas obras.
Ele ama a justiça e a rectidão:
a Terra está cheia da bondade do Senhor.

O plano do Senhor permanece eternamente
e os desígnios do seu coração por todas as gerações.

Evangelho segundo S. Mateus 25,1-13.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos a seguinte parábola: «O reino dos Céus pode comparar-se a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, foram ao encontro do esposo.
Cinco eram insensatas e cinco eram prudentes.
As insensatas, ao tomarem as suas lâmpadas (= tesouro no céu, Vida, Bem), não levaram azeite consigo,
enquanto as prudentes, com as lâmpadas, levaram azeite nas almotolias.
Como o esposo se demorava, começaram todas a dormitar e adormeceram.
No meio da noite ouviu-se um brado: ‘Aí vem o esposo; ide ao seu encontro’.
Então as virgens levantaram-se todas e começaram a preparar as lâmpadas.
As insensatas disseram às prudentes: ‘Dai-nos do vosso azeite (do vosso tesouro, do vosso bem…) que as nossas lâmpadas estão a apagar-se’.
Mas as prudentes responderam: ‘Talvez não chegue para nós e para vós. Ide antes comprá-lo aos vendedores’ (cada qual ganhe para si e para os outros, a parte disponível, para que tenha quando o mal lhe acontece).
Mas, enquanto foram comprá-lo, chegou o esposo: as que estavam preparadas entraram com ele para o banquete nupcial e a porta fechou-se.
Mais tarde, chegaram também as outras virgens e disseram: ‘Senhor, senhor, abre-nos a porta’.
Mas ele respondeu: ‘Em verdade vos digo: Não vos conheço’.
Portanto, vigiai, porque não sabeis o dia nem a hora».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São Teodoro Estudita (759-826), monge de Constantinopla
Pequenas Catequeses, n.º 130
Qualquer momento é propício
Irmãos, há um tempo para semear e um tempo para recolher, um tempo para a paz e um tempo para a guerra, um tempo para o trabalho e um tempo para o descanso (cf Qo 3). Para a salvação da alma/pessoa celeste, porém, todos os momentos são propícios e todos os dias são favoráveis, se assim quisermos. Estai, pois sempre em movimento para o bem, fáceis de mover, cheios de frescura, passando das palavras aos actos. «Pois não são justos diante de Deus os que ouvem a lei», diz o apóstolo Paulo, «mas aqueles que observam a lei (dos afectos) é que serão justificados» (Rom 2,13). Estamos no tempo da guerra espiritual? Devemos combater com ardor e atacar, com a ajuda de Deus, os pensamentos demoníacos que se elevam em nós; se, pelo contrário, estivermos no tempo da recolha espiritual, devemos recolher com ardor e juntar nos celeiros espirituais as provisões para a vida eterna.
Mas é sempre tempo de oração, tempo de lágrimas, tempo de reconciliação depois dos pecados, tempo de arrebatar o Reino dos Céus. Para quê tardar então? Para quê adiar? Por que atrasamos de dia para dia o nosso aperfeiçoamento? «A aparência deste mundo passa» (1Cor 7,31); duraremos nós indefinidamente? O exemplo das virgens não nos assusta? «Aí vem o esposo; ide ao seu encontro», diz o Evangelho. E as virgens sensatas foram ao seu encontro com as lâmpadas acesas (= Vida e Bem) e entraram no banquete das núpcias; enquanto as virgens néscias, atrasadas pela ausência de boas obras, gritavam: «Senhor, abre-nos a porta!» Mas ele respondeu: «Em verdade vos digo: Não vos conheço.» E acrescenta: «Portanto, vigiai, porque não sabeis o dia nem a hora.» Temos, pois de velar e de despertar a alma/pessoa celeste para a sobriedade, a compunção, a santificação, a purificação, a iluminação, para evitar que a morte nos feche a porta e que não haja ninguém que no-la abra e nos ajude.

Sábado, dia 27 de Agosto de 2016

Sábado da 21.ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : Santa Mónica, viúva, mãe de Santo Agostinho, +387

1.ª Carta aos Coríntios 1,26-31.
Irmãos: Vede quem sois vós, os que Deus chamou: não há muitos sábios, naturalmente falando, nem muitos influentes nem muitos bem-nascidos.
Mas Deus escolheu o que é louco aos olhos do mundo para confundir os sábios; escolheu o que é fraco para confundir os fortes;
escolheu o que é desprezível, o que nada vale aos olhos do mundo para reduzir a nada aquilo que vale,
a fim de que nenhuma criatura se possa gloriar diante de Deus.
É por Ele que vós estais em Cristo Jesus, o qual Se tornou para nós sabedoria de Deus, justiça, santidade e redenção.
Deste modo, conforme está escrito, «quem se gloria deve gloriar-se no Senhor».
Livro de Salmos 33(32),12-13.18-19.20-21.
Feliz a nação que tem o Senhor por seu Deus,
o povo que Ele escolheu para sua herança.
Do Céu o Senhor contempla
e observa todos os homens.

Os olhos do Senhor estão voltados para os que O adoram,
para os que esperam na sua bondade,
para libertar da morte as suas almas
e os alimentar no tempo da fome.

A nossa alma espera o Senhor,
Ele é o nosso amparo e protector.
N’Ele se alegra o nosso coração,
em seu nome santo pomos a nossa confiança.

Evangelho segundo S. Mateus 25,14-30.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos a seguinte parábola: «Um homem, ao partir de viagem, chamou os seus servidores e confiou-lhes os seus bens.
A um entregou cinco talentos (moeda), a outro dois e a outro um, conforme a capacidade de cada qual e depois partiu.
O que tinha recebido cinco talentos fê-los render e ganhou outros cinco.
Do mesmo modo, o que recebera dois talentos ganhou outros dois.
Mas, o que recebera um só talento foi escavar a terra e escondeu o dinheiro do seu senhor.
Muito tempo depois, chegou o senhor daqueles servidores e foi ajustar contas com eles.
O que recebera cinco talentos aproximou-se e apresentou outros cinco, dizendo: ‘Senhor, confiaste-me cinco talentos: aqui estão outros cinco que eu ganhei’.
Respondeu-lhe o senhor: ‘Muito bem, servidor bom e fiel. Porque foste fiel em coisas pequenas, confiar-te-ei as grandes. Vem tomar parte na alegria do teu senhor’(= passas a fazer parte da minha família, da minha casa).
Aproximou-se também o que recebera dois talentos e disse: ‘Senhor, confiaste-me dois talentos: aqui estão outros dois que eu ganhei’.
Respondeu-lhe o senhor: ‘Muito bem, servidor bom e fiel. Porque foste fiel em coisas pequenas, confiar-te-ei as grandes. Vem tomar parte na alegria do teu senhor’.
Aproximou-se também o que recebera um só talento e disse: ‘Senhor, eu sabia que és um homem severo, que colhes onde não semeaste e recolhes onde nada lançaste.
Por isso, tive medo e escondi o teu talento na terra. Aqui tens o que te pertence’(preferiu nada fazer).
O senhor respondeu-lhe: ‘Servidor mau e preguiçoso, sabias que ceifo onde não semeei e recolho onde nada lancei;
devias, portanto depositar no banco o meu dinheiro e eu teria, ao voltar, recebido com juro o que era meu.
Tirai-lhe então o talento e dai-o àquele que tem dez.
Porque, a todo aquele que tem (Vida, Bem, Afectos,…), dar-se-á mais e terá em abundância; mas, àquele que não tem, até o pouco que tem lhe será tirado.
Quanto ao servidor inútil, lançai-o às trevas exteriores. Aí haverá choro e ranger de dentes’».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São Paulino de Nola (355-431), bispo
Carta 34, 2-4
«Que tens tu que não tenhas recebido?» (1Cor 4,7)
«Que tens tu que não tenhas recebido?», pergunta-nos S. Paulo (1Cor 4,7). Não sejamos, pois avaros com os nossos bens como se eles nos pertencessem. [...] Foram confiados à nossa responsabilidade; temos o uso de uma riqueza comum, não a posse eterna de um bem que nos seja próprio. Se reconheceres que esse bem só é teu cá em baixo durante um tempo limitado, poderás adquirir no céu uma possessão que não terá fim. Lembra-te daqueles servos que, no Evangelho, tinham recebido talentos do seu senhor e do que o senhor, ao regressar, entregou a cada um deles; compreenderás então que depositar o dinheiro no banco do Senhor para que dê fruto é muito mais proveitoso do que conservá-lo com uma fidelidade estéril sem que renda nada para o credor e com grande prejuízo para o servo inútil, cujo castigo será tanto mais pesado. [...]
Emprestemos, pois ao Senhor os bens que dele recebemos. Com efeito, não possuímos nada que não seja um dom do Senhor e só existimos porque Ele quer. Como podemos considerar seja o que for como nosso, se nem sequer nos pertencemos, visto que temos uma dívida enorme e privilegiada? Porque Deus criou-nos, mas também nos resgatou. Agradeçamos-Lhe por isso: resgatados por grande preço, o preço do sangue do Senhor, não somos coisas desprovidas de valor. [...] Devolvamos ao Senhor o que Ele nos deu. Devolvamo-lo Àquele que o recebe na pessoa de cada pobre. Devolvamo-lo com alegria, para receber dele com júbilo, tal como nos prometeu.
©

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domingo, 21 de agosto de 2016

Cristianismo 170 até 20-08-2016

"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68

Domingo, dia 14 de Agosto de 2016

20.º Domingo do Tempo Comum - Ano C

Festa da Igreja : Vigésimo Domingo do Tempo Comum (semana IV do saltério)
Santo do dia :
S. Maximiliano Maria Kolbe, presbítero, mártir, +1941, Santo Estanislau Kostka, estudante jesuíta, +1568

Livro de Jeremias 38,4-6.8-10.
Naqueles dias, os ministros disseram ao rei de Judá: «Este homem deve ser morto porque desanima os homens de guerra que ficaram na cidade e todo o povo, proferindo semelhantes palavras. Este homem não busca o bem-estar do povo, mas a sua desgraça.»
O rei Sedecias respondeu-lhes: «Aí o tendes nas vossas mãos, pois o rei nada vos pode recusar.»
Tomaram então Jeremias e, por meio de cordas, fizeram-no descer à cisterna do príncipe Malquias que fica no pátio da guarda. Não havia água na cisterna, mas apenas lodo e Jeremias ficou atolado no lodo.
O criado do rei saiu do palácio real e falou ao rei, dizendo:
«Ó rei, meu senhor, estes homens procederam mal contra o profeta Jeremias, metendo-o na cisterna. Ele vai certamente morrer de fome porque já não há mais pão na cidade.»
Então o rei respondeu-lhe: «Leva daqui contigo trinta homens e faz com que retirem o profeta Jeremias da cisterna, antes que morra.»
Livro de Salmos 40(39),2.3.4.18.
Esperei no Senhor com toda a confiança
e Ele atendeu-me.
Ouviu o meu clamor
e retirou-me do abismo e do lamaçal,

assentou os meus pés na rocha
e firmou os meus passos.
Pôs em meus lábios um cântico novo,
um hino de louvor ao nosso Deus.

Vendo isto, muitos hão-de adorar
e pôr a sua confiança no Senhor.
Eu sou pobre e infeliz:
Senhor, cuidai de mim.

Sois o meu protector e libertador:
ó meu Deus, não tardeis.
Carta aos Hebreus 12,1-4.
Irmãos: Estando nós rodeados de tão grande número de testemunhas, libertemo-nos de todo o impedimento e do pecado que nos cerca e corramos com perseverança para o combate que se apresenta diante de nós,
fixando os olhos em Jesus Cristo, guia da nossa fé e autor da sua perfeição. Renunciando à alegria que tinha ao seu alcance, Ele suportou a cruz, desprezando a sua ignomínia e está sentado à direita do trono de Deus.
Pensai n’Aquele que suportou contra Si tão grande hostilidade da parte dos pecadores, para não vos deixardes abater pelo desânimo.
Vós ainda não resististes até ao sangue, na luta contra o pecado.
Evangelho segundo S. Lucas 12,49-53.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Eu vim trazer o fogo à terra e que quero Eu senão que ele se acenda?
Tenho de receber um baptismo e estou ansioso até que ele se realize.
Pensais que Eu vim estabelecer a paz na terra? Não. Eu vos digo que vim trazer a divisão.
A partir de agora, estarão cinco divididos numa casa: três contra dois e dois contra três.
Estarão divididos o pai contra o filho e o filho contra o pai, a mãe contra a filha e a filha contra a mãe, a sogra contra a nora e a nora contra a sogra». (é a luta do egoísmo contra o amor, partilha, colaboração, …)


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos -
www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Dionísio o Cartuxo (1402-1471), monge
Comentário ao Evangelho de Lucas, 12, 72-74
Acender no coração dos homens o fogo do amor de Deus
«Eu vim trazer o fogo à terra»: desci do alto dos céus e, pelo mistério da minha incarnação, manifestei-Me aos homens para acender no coração humano o fogo do amor divino. «E que quero Eu senão que ele se acenda?» – isto é, que pegue e se torne uma chama activada pelo Espírito Santo que faça brilhar actos de bondade!
Jesus Cristo anuncia a seguir que terá de morrer na cruz para que o fogo deste amor incendeie a humanidade. Foi efectivamente a santíssima Paixão de Jesus Cristo que valeu à humanidade dom tão grande e é sobretudo a memória da sua Paixão que acende uma chama nos corações fiéis. «Tenho de receber um baptismo»; ou seja: compete-Me e está-Me reservado, receber um baptismo de sangue, banhar-Me e como que mergulhar nas águas do meu sangue derramado na cruz, a fim de resgatar o mundo inteiro. (= vou entrar no mundo do egoísmo e lançar a minha semente e, por isso, vão fazer-me passar os maiores tormentos; mas para assumir o meu reino para a humanidade que me está destinado por direito, para a resgatar não tenho outra solução. Deus não o quer, mas consente para que tenha gente no meu reino.) «E estou ansioso até que ele se realize» – por outras palavras, até que a minha Paixão seja completa e que Eu possa dizer: «Tudo está consumado!» (Jo 19,30).

Segunda-feira, dia 15 de Agosto de 2016

ASSUNÇÃO DA VIRGEM SANTA MARIA - Solenidade

Festa da Igreja : Assunção de Nossa Senhora
Calendário da Igreja disponível este dia

Livro do Apocalipse 11,19a.12,1-6a.10ab.
O templo de Deus abriu-se no Céu e a arca da aliança foi vista no seu templo.
Apareceu no Céu um sinal grandioso: uma mulher revestida de sol, com a lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça.
Estava para ser mãe e gritava com as dores e ânsias da maternidade.
E apareceu no Céu outro sinal: um enorme dragão cor de fogo, com sete cabeças e dez chifres e nas cabeças sete diademas.
A cauda arrastava um terço das estrelas do céu e lançou-as sobre a terra. O dragão colocou-se diante da mulher que estava para ser mãe, para lhe devorar o filho, logo que nascesse.
Ela teve um filho varão que há-de reger todas as nações com ceptro de ferro. O filho foi levado para junto de Deus e do seu trono
e a mulher fugiu para o deserto, onde Deus lhe tinha preparado um lugar.
E ouvi uma voz poderosa que clamava no Céu:
«Agora chegou a salvação, o poder e a realeza do nosso Deus e o domínio do seu Ungido».
Livro de Salmos 45(44),10bc.11.12ab.16.
Ao teu encontro vêm filhas de reis,
à tua direita está a rainha ornada com ouro de Ofir.
Ouve, minha filha, vê e presta atenção,
esquece o teu povo e a casa de teu pai.

Porque o rei deixou-se prender pela tua beleza;
Ele é agora o teu Senhor: rende-Lhe homenagem!
Cheias de alegria e entusiasmo,
entram no palácio do Rei.

1.ª Carta aos Coríntios 15,20-26.
Jesus Cristo ressuscitou dos mortos como primícias dos que morreram.
Uma vez que a morte veio por um homem, também por um homem veio a ressurreição dos mortos;
porque, do mesmo modo que em Adão todos morreram assim também em Jesus Cristo serão todos restituídos à vida.
Cada qual, porém, na sua ordem: primeiro, Jesus Cristo, como primícias; a seguir, os que pertencem a Jesus Cristo, por ocasião da sua vinda.
Depois será o fim, quando Jesus Cristo entregar o reino a Deus seu Pai depois de ter aniquilado toda a soberania, autoridade e poder.
É necessário que Ele reine até que tenha posto todos os inimigos debaixo dos seus pés.
E o último inimigo a ser aniquilado é a morte.
Evangelho segundo S. Lucas 1,39-56.
Naqueles dias, Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se apressadamente para a montanha, em direcção a uma cidade de Judá.
Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel.
Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino exultou-lhe no seio. Isabel ficou cheia do Espírito Santo
e exclamou em alta voz: «Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre.
Donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor?
Na verdade, logo que chegou aos meus ouvidos a voz da tua saudação, o menino exultou de alegria no meu seio.
Bem-aventurada aquela que acreditou no cumprimento de tudo quanto lhe foi dito da parte do Senhor».
Maria disse então:
«A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador.
Porque pôs os olhos na humildade da sua serva: de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações.
O Todo-poderoso fez em mim maravilhas, Santo é o seu nome.
A sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que O adoram.
Manifestou o poder do seu braço e dispersou os soberbos.
Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes.
Aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias.
Acolheu a Israel, seu servo, lembrado da sua misericórdia,
como tinha prometido a nossos pais, a Abraão e à sua descendência para sempre».
Maria ficou junto de Isabel cerca de três meses e depois regressou a sua casa.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos -
www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São João Damasceno (c. 675-749), monge, teólogo, doutor da Igreja
1.a Homilia sobre a Dormição, 11-14
A Virgem Maria, «imagem da Igreja futura [...] que guia e sustenta a esperança do teu povo» (Prefácio)
Ó Mãe de Deus, sempre virgem, a tua sagrada partida deste mundo é verdadeiramente uma passagem, uma entrada na morada de Deus. Saindo deste mundo material, entras numa «pátria melhor» (Heb 11,16). O céu acolheu com alegria a tua alma: «Quem é esta que surge como a aurora, bela como a lua, brilhante como o sol?» (Cant 6,10) «O rei introduziu-te nos seus aposentos» (Cant 1,4) e os anjos glorificam aquela que é a Mãe do seu próprio Senhor, por natureza e em verdade, segundo o plano de Deus. [...]
Os apóstolos levaram o teu corpo sem mancha, o teu corpo, verdadeira arca da aliança, e depositaram-no no seu santo túmulo. E aí, como que passando outro Jordão, tu chegaste à verdadeira Terra prometida, à «Jerusalém lá do alto» (Gal 4, 26), de que Deus é arquitecto e construtor. Porque a tua alma não desceu «à habitação dos mortos» nem «a tua carne conheceu a decomposição» (At 2,31; Sl 15,10). O teu corpo puríssimo, sem mácula, não foi abandonado à terra, antes foste elevada até à morada do Reino dos Céus, tu, a Rainha, a Soberana, a Senhora, a Mãe de Deus, a verdadeira Theotokos.
Hoje aproximamo-nos de ti, a nossa Rainha, Mãe de Deus e Virgem; voltamos a nossa alma para a esperança que és para nós. [...] Queremos honrar-te com «salmos, hinos e cânticos espirituais» (Ef 5,19). Ao honrar a servidora, exprimimos a nossa ligação ao nosso Senhor comum. [...] Lança os teus olhos sobre nós, ó Rainha, Mãe do nosso bom Soberano; guia o nosso caminho até ao porto sem tempestades do desejo bom de Deus.

Terça-feira, dia 16 de Agosto de 2016

Terça-feira da 20.ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : Santo Estêvão, rei da Hungria, +1038, S. Roque, peregrino, séc. XIV

Livro de Ezequiel 28,1-10.
O Senhor dirigiu-me a palavra, dizendo:
«Filho do homem, diz ao soberano de Tiro: Assim fala o Senhor Deus: O teu coração encheu-se de orgulho e dizes: ‘Eu sou um deus, estou sentado em trono divino no meio dos mares’. Mas tu que és um homem e não Deus, alimentas em teu coração pretensões divinas!
És então mais sábio do que Daniel e nenhum segredo é obscuro para ti!
Pela tua habilidade e inteligência, adquiriste grandes riquezas e acumulaste ouro e prata nos teus tesouros.
Tão grande é a tua habilidade no comércio que multiplicaste a tua fortuna e com ela se encheu de orgulho o teu coração.
Por isso, assim fala o Senhor Deus: Porque alimentas em teu coração pretensões divinas,
vou fazer que venham estrangeiros contra ti, os mais ferozes de entre os povos. Eles brandirão a espada contra a tua fina habilidade e profanarão o teu esplendor.
Far-te-ão descer à cova e morrerás de morte violenta, no meio dos mares.
Ainda irás dizer na presença dos teus executores: ‘Eu sou um deus’? Mas tu és um homem e não um deus, nas mãos daqueles que vão matar-te.
Terás a morte dos infiéis às mãos dos estrangeiros porque Eu falei» – diz o Senhor Deus.
Livro de Deuteronómio 32,26-27ab.27cd-28.30.35cd-36ab.
O Senhor disse: «Vou reduzi-los ao pó da terra
e apagar a sua memória de entre os homens.
Mas temi a arrogância do inimigo,
o desprezo dos seus adversários.

Porque diriam: ‘Triunfou o nosso poder,
à nossa força não resiste o seu Deus’;
porque são um povo de insensatos,
neles não há discernimento.

Como poderia um só homem perseguir mil
e dois pôr em fuga dez mil,
se o seu Protector os não tivesse abandonado,
se o Senhor não os entregasse às suas mãos?»

Está próximo o dia da ruína,
iminente o seu destino
porque o Senhor defenderá o seu povo,
terá piedade dos seus servos.

Evangelho segundo S. Mateus 19,23-30.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Em verdade vos digo: Um rico dificilmente entrará no reino dos Céus.
É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no reino de Deus».
Ao ouvirem estas palavras, os discípulos ficaram muito admirados e disseram: «Quem poderá então salvar-se?».
Jesus Cristo olhou para eles e respondeu: «Aos homens isso é impossível, mas a Deus tudo é possível».
Então Pedro tomou a palavra e disse-Lhe: «Nós deixámos tudo para Te seguir. Que recompensa teremos?».
Jesus Cristo respondeu: «Em verdade vos digo: No mundo renovado, quando o Filho do homem vier sentar-Se no seu trono de glória, também vós que Me seguistes, vos sentareis em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel.
E todo aquele que tiver deixado casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos ou terras, por causa do meu nome, receberá cem vezes mais e terá como herança a vida eterna.
Muitos dos primeiros serão os últimos e muitos dos últimos serão os primeiros». (porque o esclarecimento é cada vez maior)
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São Pedro Damião (1007-1072), eremita, bispo, doutor da Igreja
Sermão 9; PL 144, 549-553
Deixar tudo para seguir a Jesus Cristo
Na verdade, é uma grande coisa «deixar tudo», mas ainda é ainda mais importante «seguir a Jesus Cristo» porque, como aprendemos através dos livros, muitos deixaram tudo, mas não seguiram a Jesus Cristo. Seguir a Jesus Cristo é a nossa tarefa, o nosso trabalho e nisso consiste o essencial da salvação do homem; mas não podemos seguir a Jesus Cristo se não abandonarmos tudo o que nos entrava. Porque «Ele sai, a percorrer alegremente o seu caminho como um herói» (Sl 18,6) e ninguém pode segui-Lo carregado com fardos.
«Nós deixámos tudo para Te seguir», diz Pedro, não apenas os bens deste mundo, mas também os desejos da nossa alma/pessoa celeste (ou, ou). Porque quem continua apegado, nem que seja a si mesmo, não abandonou tudo. Mais ainda, não serve de nada deixar tudo à excepção de si mesmo porque não há para o homem fardo mais pesado que o seu ‘eu’. Que tirano será mais cruel, que senhor será mais impiedoso para o homem do que a sua própria vontade? [...] Por consequência, é necessário que deixemos os nossos bens e a nossa vontade própria se queremos seguir Aquele que não tinha sequer «onde reclinar a cabeça» (Lc 9,58) e que não veio para fazer a sua vontade, mas a vontade daquele que O enviou (Jo 6,38).

Quarta-feira, dia 17 de Agosto de 2016

Quarta-feira da 20.ª semana do Tempo Comum

O Senhor dirigiu-me a palavra, dizendo:
«Filho do homem, profetiza contra os pastores de Israel, profetiza e diz a esses pastores: Assim fala o Senhor Deus: Ai dos pastores de Israel que se apascentam a si mesmos! Não deviam os pastores apascentar o rebanho?
Vós, porém, bebeis o leite, vestis-vos com a lã, matais as ovelhas mais gordas, mas não apascentais o rebanho.
Não fortalecestes as ovelhas débeis, não tratastes as que andavam doentes nem curastes as que estavam feridas. Não reconduzistes a ovelha tresmalhada nem procurastes a que andava perdida, mas a todas dominastes com crueldade e violência.
Elas dispersaram-se por falta de pastor e na debandada tornaram-se presa de todos os animais selvagens.
As minhas ovelhas andam errantes por toda a parte, sobre as montanhas e sobre as colinas, dispersaram-se por toda a superfície da terra. Ninguém se interessa por elas, ninguém as procura.
Por isso, pastores, escutai a palavra do Senhor:
Pela minha vida – diz o Senhor Deus – Eu vos asseguro: Porque as minhas ovelhas, por falta de pastor, foram entregues à pilhagem e se tornaram presa de todos os animais selvagens; porque os meus pastores não se preocupam com o meu rebanho, mas apascentam-se a si mesmos, em vez de apascentar as minhas ovelhas;
por isso, pastores, escutai a palavra do Senhor:
Assim fala o Senhor Deus: Eu vou pedir contas aos pastores, vou exigir-lhes que entreguem as minhas ovelhas; hei-de impedi-los de apascentar o meu rebanho e os pastores não mais se apascentarão a si mesmos. Salvarei as minhas ovelhas da sua boca e elas deixarão de ser uma presa para eles.
Assim fala o Senhor Deus: Eu próprio irei em busca das minhas ovelhas, Eu próprio cuidarei do meu rebanho».
Livro de Salmos 23(22),1-3a.3b-4.5.6.
O Senhor é meu pastor: nada me falta.
Leva-me a descansar em verdes prados,
conduz-me às águas refrescantes
e reconforta a minha alma/pessoa celeste.

Ele me guia por sendas direitas por amor do seu nome.
Ainda que tenha de andar por vales tenebrosos,
não temerei nenhum mal porque Vós estais comigo:
o vosso cajado e o vosso báculo

me enchem de confiança.
Para mim preparais a mesa
à vista dos meus adversários;
com óleo me perfumais a cabeça

e o meu cálice transborda.
A bondade e a graça hão-de acompanhar-me
todos os dias da minha vida
e habitarei na casa do Senhor

para todo o sempre.
Evangelho segundo S. Mateus 20,1-16a.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos a seguinte parábola: «O reino dos Céus pode comparar-se a um proprietário que saiu muito cedo a contratar trabalhadores para a sua vinha.
Ajustou com eles um denário por dia e mandou-os para a sua vinha.
Saiu a meia manhã, viu outros que estavam na praça ociosos
e disse-lhes: ‘Ide vós também para a minha vinha e dar-vos-ei o que for justo’.
E eles foram. Voltou a sair, por volta do meio-dia e pelas três horas da tarde e fez o mesmo.
Saindo ao cair da tarde, encontrou ainda outros que estavam parados e disse-lhes: ‘Porque ficais aqui todo o dia sem trabalhar?’.
Eles responderam-lhe: ‘Ninguém nos contratou’. Ele disse-lhes: ‘Ide vós também para a minha vinha’.
Ao anoitecer, o dono da vinha disse ao capataz: ‘Chama os trabalhadores e paga-lhes o salário, a começar pelos últimos e a acabar nos primeiros’.
Vieram os do entardecer e receberam um denário cada um.
Quando vieram os primeiros, julgaram que iam receber mais, mas receberam também um denário cada um.
Depois de o terem recebido, começaram a murmurar contra o proprietário, dizendo:
‘Estes últimos trabalharam só uma hora e deste-lhes a mesma paga que a nós, que suportámos o peso do dia e o calor’.
Mas o proprietário respondeu a um deles: ‘Amigo, em nada te prejudico. Não foi um denário que ajustaste comigo?
Leva o que é teu e segue o teu caminho. Eu quero dar a este último tanto como a ti.
Não me será permitido fazer o que quero do que é meu? Ou serão maus os teus olhos porque eu sou bom?’.
Assim os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos». (Esta parábola tem muitas perspectivas: por exemplo, o que Deus tem para oferecer é o seu reino; então é entrar ou não entrar. Por exemplo, todos os trabalhadores têm família e todos têm despesas semelhantes a pagar…)  
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Comentário do dia:
São Gregório Magno (c. 540-604), papa, doutor da Igreja
Homilias sobre o Evangelho, n.º 19
Os trabalhadores da vinha do Senhor
O Reino dos Céus é comparado a um pai de família que contrata trabalhadores para cultivar a vinha. Ora quem, a não ser o nosso Criador, merecerá com justiça ser comparado a tal pai de família, Ele que governa aqueles que criou e que exerce neste mundo o direito de propriedade sobre os seus eleitos como um amo o faz com os servos de sua casa? Ele possui uma vinha, a Igreja universal, que produziu, por assim dizer, tantos sarmentos quantos os santos, desde Abel, o justo, até ao último eleito que nascerá no fim do mundo.
Este Pai de família contrata trabalhadores para cultivar a sua vinha ao nascer do dia, à terceira hora, à sexta, à nona e à décima primeira, dado que não cessa, desde o princípio do mundo até ao fim, de reunir pregadores para instruir a multidão dos fiéis. Para o mundo, o nascer do dia foi de Adão a Noé; a terceira hora, de Noé a Abraão; a sexta, de Abraão a Moisés; a nona, de Moisés até à vinda do Senhor e a décima primeira, da vinda do Senhor até ao fim do mundo. Os santos apóstolos foram enviados a pregar nesta última hora e, apesar da sua vinda tardia, receberam o salário por completo.
O Senhor não pára, portanto em tempo algum, de enviar trabalhadores para cultivar a sua vinha, isto é, para ensinar o seu povo. Porque, enquanto fazia frutificar os bons costumes do seu povo através dos patriarcas, dos doutores da Lei e dos profetas e finalmente dos apóstolos, Ele trabalhava, por assim dizer, no cultivo da sua vinha por intermédio dos seus trabalhadores. Todos aqueles que, a uma fé justa, acrescentaram boas obras, foram os trabalhadores dessa vinha.

Quinta-feira, dia 18 de Agosto de 2016

Quinta-feira da 20.ª semana do Tempo Comum

Eis o que diz o Senhor: «Manifestarei a santidade do meu grande nome, profanado por vós entre as nações para onde fostes. E as nações reconhecerão que Eu sou o Senhor – oráculo do Senhor Deus – quando a seus olhos Eu manifestar a minha santidade, a vosso respeito.
Então retirar-vos-ei de entre as nações, reunir-vos-ei de todos os países para vos restabelecer na vossa terra.
Derramarei sobre vós água pura e ficareis limpos de todas as imundícies e purificar-vos-ei de todos os falsos deuses.
Dar-vos-ei um coração novo e infundirei em vós um espírito novo. Arrancarei do vosso peito o coração de pedra e dar-vos-ei um coração de carne.
Infundirei em vós o meu espírito e farei que vivais segundo os meus preceitos, que observeis e ponhais em prática as minhas leis.
Habitareis na terra que dei a vossos pais; sereis o meu povo e Eu serei o vosso Deus».
Livro de Salmos 51(50),12-13.14-15.18-19.
Criai em mim, ó Deus, um coração puro
e fazei nascer dentro de mim um espírito firme.
Não queirais repelir-me da vossa presença
e não retireis de mim o vosso espírito de santidade.

Dai-me de novo a alegria da vossa salvação
e sustentai-me com espírito generoso.
Ensinarei aos pecadores os vossos caminhos
e os transviados hão-de voltar para Vós.

Não é do sacrifício que Vos agradais
e, se eu oferecer um holocausto, não o aceitareis.
Sacrifício agradável a Deus é o espírito arrependido:
não desprezeis, Senhor, um espírito humilhado e contrito.

Evangelho segundo S. Mateus 22,1-14.
Naquele tempo, Jesus Cristo dirigiu-Se de novo aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos do povo e, falando em parábolas,
disse-lhes: «O reino dos Céus pode comparar-se a um rei que preparou um banquete nupcial para o seu filho.
Mandou os servos chamar os convidados para as bodas, mas eles não quiseram vir.
Mandou ainda outros servos, ordenando-lhes: ‘Dizei aos convidados: Preparei o meu banquete, os bois e cevados foram abatidos, tudo está pronto. Vinde às bodas’.
Mas eles, sem fazerem caso, foram um para o seu campo e outro para o seu negócio;
os outros apoderaram-se dos servos, trataram-nos mal e mataram-nos.
O rei ficou muito indignado e enviou os seus exércitos que acabaram com aqueles assassinos e incendiaram a cidade.
Disse então aos servos: ‘O banquete está pronto, mas os convidados não eram dignos.
Ide às encruzilhadas dos caminhos e convidai para as bodas todos os que encontrardes’.
Então os servos, saindo pelos caminhos, reuniram todos os que encontraram, maus e bons. E a sala do banquete encheu-se de convidados.
O rei, quando entrou para ver os convidados, viu um homem que não estava vestido com o traje nupcial
e disse-lhe: ‘Amigo, como entraste aqui sem o traje nupcial?’. Mas ele ficou calado.
O rei disse então aos servos: ‘Amarrai-lhe os pés e as mãos e lançai-o às trevas exteriores; aí haverá choro e ranger de dentes’.
Na verdade, muitos são os chamados, mas poucos os escolhidos». (o universo do Bem está para todos, mas quem não quer fazer a conversão para o BEM não pode lá ficar; por isso é lançado nas trevas, universo do Mal; ou ou)
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São Tiago de Sarug (c. 449-521), monge e bispo sírio
Homilia sobre o véu de Moisés
«O reino dos Céus pode comparar-se a um rei que preparou um banquete nupcial para o seu filho.»
Nos seus desígnios misteriosos, o Pai tinha preparado uma esposa para o seu Filho único e tinha-Lha apresentado sob as imagens da profecia. [...] Moisés escreveu no seu livro que «o homem deixará o pai e a mãe para se unir à sua esposa e os dois serão uma só carne» (Gn 2,24). O profeta Moisés falou-nos nesses termos do homem e da mulher para anunciar Jesus Cristo e a sua Igreja. Com o olhar agudo do profeta, ele viu Jesus Cristo unir-Se à Igreja, graças ao mistério da água: viu Jesus Cristo atrair a Igreja a Si desde o seio virginal e a Igreja atrair Jesus Cristo a si na água do baptismo. O Esposo e a Esposa ficaram assim inteiramente unidos de uma maneira mística; foi por isso que Moisés, com a face velada (Ex 34,33), contemplou Jesus Cristo e a Igreja: a um chamou «homem» à outra «mulher», para evitar mostrar aos hebreus a realidade em toda a sua clareza. [...] O véu ainda cobriria esse mistério durante algum tempo: ninguém conhecia o significado dessa grande imagem; ignorava-se o que ela representava.
Depois da celebração das núpcias, veio Paulo. Viu o véu que cobria todo esse esplendo, e levantou-o, para revelar Jesus Cristo e sua Esposa ao mundo, mostrando que era mesmo a eles que Moisés tinha descrito na sua visão profética. Exultando de divina alegria, o apóstolo proclamou: «Grande é este mistério» (Ef 5,32) e revelou o que representava essa imagem velada a que o profeta chamava homem e mulher: «Eu interpreto-o como sendo Jesus Cristo e a Igreja; [...] serão os dois uma só carne» (cf Ef 5,31).

Sexta-feira, dia 19 de Agosto de 2016

Sexta-feira da 20.ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : S. João Eudes, presbítero, +1680

Livro de Ezequiel 37,1-14.
Naqueles dias, a mão do Senhor pairou sobre mim e o Senhor levou-me pelo seu espírito e colocou-me no meio de um vale que estava coberto de ossos.
Fez-me andar à volta deles em todos os sentidos: os ossos eram em grande número, na superfície do vale, e estavam completamente ressequidos.
Disse-me o Senhor: «Filho do homem, poderão reviver estes ossos?». Eu respondi: «Senhor Deus, Vós o sabeis».
Então Ele disse-me: «Profetiza acerca destes ossos e diz-lhes: Ossos ressequidos, escutai a palavra do Senhor.
Eis o que diz o Senhor Deus a estes ossos: Vou introduzir em vós o espírito e revivereis.
Hei-de cobrir-vos de nervos, encher-vos de carne e revestir-vos de pele. Infundirei em vós o espírito e revivereis. Então sabereis que Eu sou o Senhor».
Eu profetizei, segundo a ordem recebida. Quando eu estava a profetizar, ouvi um rumor e vi um movimento entre os ossos que se aproximavam uns dos outros.
Vi que se tinham coberto de nervos, que a carne crescera e a pele os revestia; mas não havia espírito neles.
Disse-me o Senhor: «Profetiza ao espírito, profetiza, filho do homem, e diz ao espírito: Eis o que diz o Senhor Deus: Vem dos quatro ventos, ó espírito, e sopra sobre estes mortos, para que tornem a viver».
Eu profetizei, como o Senhor me ordenara e o espírito entrou naqueles mortos; eles voltaram à vida e puseram-se de pé: era um exército muito numeroso.
Então o Senhor disse-me: «Filho do homem, estes ossos são toda a casa de Israel. Eles afirmaram: ‘Os nossos ossos estão ressequidos, desvaneceu-se a nossa esperança, estamos perdidos’.
Por isso profetiza e diz-lhes: Assim fala o Senhor Deus: Abrirei os vossos túmulos e deles vos farei ressuscitar, meu povo, para vos reconduzir à terra de Israel.
Haveis de reconhecer que Eu sou o Senhor, quando Eu abrir os vossos túmulos e deles vos fizer ressuscitar, meu povo.
Infundirei em vós o meu espírito e revivereis. Hei-de fixar-vos na vossa terra e reconhecereis que Eu, o Senhor, digo e faço».
Livro de Salmos 107(106),2-3.4-5.6-7.8-9.
Digam aqueles que o Senhor resgatou,
os que Ele libertou do poder do inimigo;
os que Ele reuniu de todas as terras,
do Oriente e do Ocidente, do Norte e do Sul.

Erravam na solidão do deserto,
sem caminho para cidade onde habitar.
Devorados pela fome e pela sede,
sentiam desfalecer-lhes a vida.

Na sua angústia invocaram o Senhor
e Ele salvou-os da aflição.
Conduziu-os por caminho direito
até uma cidade onde habitassem.

Louvores ao Senhor pela sua misericórdia,
pelos seus prodígios em favor dos homens.
Porque Ele deu de beber aos que tinham
sede e saciou os que tinham fome.

Evangelho segundo S. Mateus 22,34-40.
Naquele tempo, os fariseus, ouvindo dizer que Jesus Cristo tinha feito calar os saduceus, reuniram-se em grupo
e um doutor da Lei perguntou a Jesus Cristo, para O experimentar:
«Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?».
Jesus Cristo respondeu: «‘Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todo o teu espírito’.
Este é o maior e o primeiro mandamento.
O segundo, porém é semelhante a este: ‘Amarás o teu próximo como a ti mesmo’.
Nestes dois mandamentos se resumem toda a Lei e os Profetas».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein) (1891-1942), carmelita, mártir, copadroeira da Europa
«A História e o Espírito do Carmelo»
«Feliz o homem, que se compraz na Lei do Senhor e nela medita dia e noite» (Sl 1,1-2)
O que significa a Lei do Senhor? O Salmo 118 está todo ele repleto do desejo de conhecer a Lei do Senhor e de se deixar guiar por ela ao longo da vida. Pode ser que o salmista tenha pensado na Lei da Antiga Aliança. O seu conhecimento exigia efectivamente um estudo sobre a longevidade da vida e a sua concretização, um esforço de vontade também ao longo da vida. Mas o Senhor libertou-nos do jugo da Lei. Podemos considerar como Lei da Nova Aliança o grande preceito do amor que encerra a Lei e os Profetas, tal como foi dito; de facto, o perfeito amor a Deus e ao próximo seria certamente um objecto digno de ser meditado a vida inteira.
Mas, mais ainda, entendemos pela Lei da Nova Aliança o próprio Senhor Jesus Cristo, uma vez que a sua vida constitui para nós o modelo da vida que temos de viver. Deste modo, cumprimos a nossa regra quando mantemos incessantemente diante dos olhos a imagem do Senhor Jesus Cristo, para sermos configuradas com ela; o Evangelho é o livro que nunca acabaremos de estudar. Mas não encontramos o Salvador apenas nos relatos dos testemunhos da sua vida. Ele está presente no Santíssimo Sacramento e as horas de adoração diante do supremo Bem, a escuta atenta da voz do Deus da Eucaristia são, a um tempo, «meditação da Lei do Senhor» e «velada de oração». No entanto, atingimos o mais alto grau quando «a Lei habita no nosso coração» (Sl 39,11).

Sábado, dia 20 de Agosto de 2016

Sábado da 20.ª semana do Tempo Comum

O Anjo levou-me até à porta do templo que está voltada para o oriente.
A glória do Deus de Israel vinha do lado do oriente, com o rumor semelhante ao marulhar das águas caudalosas e a terra resplandecia com a sua glória.
A visão que eu contemplava era semelhante à visão que eu tive quando ele veio para destruir a cidade e à que me tinha aparecido nas margens do rio Quebar. Então prostrei-me com o rosto em terra.
A glória do Senhor entrou no templo pela porta que está voltada para o oriente.
O espírito levantou-me e introduziu-me no átrio interior: a glória do Senhor enchia o templo.
Então ouvi Alguém que me falava do interior do templo, enquanto o homem estava de pé junto de mim.
E disse-me: «Filho do homem, é este o lugar do meu trono, o lugar onde assentam as plantas dos meus pés; aqui habitarei para sempre, no meio dos filhos de Israel».
Livro de Salmos 85(84),9ab-10.11-12.13-14.
Escutemos o que diz o Senhor:
Deus fala de paz ao seu povo e aos seus fiéis.
A sua salvação está perto dos que O adoram
e a sua glória habitará na nossa terra.

Encontraram-se a misericórdia e a fidelidade,
abraçaram-se a paz e a justiça.
A fidelidade vai germinar da terra
e a justiça descerá do Céu.

O Senhor dará ainda o que é bom
e a nossa terra produzirá os seus frutos.
A justiça caminhará à sua frente
e a paz seguirá os seus passos.

Evangelho segundo S. Mateus 23,1-12.
Naquele tempo, Jesus Cristo falou à multidão e aos discípulos, dizendo:
«Na cadeira de Moisés sentaram-se os escribas e os fariseus.
Fazei e observai tudo quanto vos disserem, mas não imiteis as suas obras porque eles dizem e não fazem.
Atam fardos pesados e põem-nos aos ombros dos homens, mas eles nem com o dedo os querem mover.
Tudo o que fazem é para serem vistos pelos homens: alargam os filactérios e ampliam as borlas;
gostam do primeiro lugar nos banquetes e dos primeiros assentos nas sinagogas,
das saudações nas praças públicas e que os tratem por ‘Mestres’.
Vós, porém não vos deixeis tratar por ‘Mestres’ porque um só é o vosso Mestre (Jesus Cristo) e vós sois todos irmãos.
Na terra não chameis a ninguém vosso ‘Pai’ porque um só é o vosso pai, o Pai celeste.
Nem vos deixeis tratar por ‘Doutores’ porque um só é o vosso doutor, o Messias.
Aquele que for o maior entre vós será o vosso servidor.
Quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Imitação de Cristo, tratado espiritual do século XV, Livraria Moraes, 1959
§2
«Aquele que for o maior entre vós será o vosso servo.»
Se souberes calar-te e manter-te paciente, receberás sem qualquer dúvida o auxílio do Senhor. É Ele que conhece o momento e a maneira de te libertar; é por isso que te deves abandonar a Ele. É de Deus que vem o socorro, a libertação de toda a humilhação.
Muitas vezes, é muito vantajoso, para nos guardar numa maior humildade, que os outros conheçam e critiquem as nossas faltas. Quando um homem se humilha das suas faltas, é-lhe fácil apaziguar os outros e conquista facilmente aqueles que se irritam contra ele.
Ao humilde, Deus defende e liberta; ao humilde, Deus acarinha e consola; é para o humilde que Deus Se inclina. Ao que é humilde, Deus concede uma graça abundante e, após a sua humilhação, fá-lo subir à glória. Ao que é humilde, Deus revela os seus segredos, atrai-o e convida-o docemente a ir até Ele.
©

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Os meus filmes

1.º – As Amendoeiras em Flor e o Corridinho Algarvio.wmv           http://www.youtube.com/watch?v=NtaRei5qj9M&feature=youtu.be
2.º – O Cemitério de Lagos
3.º – Lagos e a sua Costa Dourada
4.º – Natal de 2012
5.º – Tempo de Poesia

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