"Senhor, a quem
iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68
Domingo,
dia 21 de Agosto de 2016
21.º Domingo do Tempo
Comum - Ano C
Eis o que diz o Senhor: «Eu virei reunir todas as nações e todas
as línguas para que venham contemplar a minha glória.
Eu lhes darei um sinal e de entre eles enviarei sobreviventes às nações: a
Társis, a Fut, a Lud, a Mosoc, a Rós, a Tubal e a Javã, às ilhas remotas que
não ouviram falar de Mim nem contemplaram ainda a minha glória para que anunciem
a minha glória entre as nações.
De todas as nações, como oferenda ao Senhor, eles hão-de reconduzir todos os
vossos irmãos em cavalos, em carros, em liteiras, em mulas e em dromedários
até ao meu santo monte, em Jerusalém – diz o Senhor – como os filhos de
Israel trazem a sua oblação em vaso puro ao templo do Senhor.
Também escolherei alguns deles para sacerdotes e levitas».
Livro de Salmos
117(116),1.2.
Louvai o Senhor, todas as nações,
aclamai-O, todos os povos.
É firme a sua misericórdia para connosco,
a fidelidade do Senhor permanece para sempre.
Carta aos Hebreus 12,5-7.11-13.
Irmãos: Já esquecestes a exortação que vos é dirigida, como a
filhos que sois: «Meu filho, não desprezes a correcção do Senhor nem
desanimes quando Ele te repreende
porque o Senhor corrige aquele que ama e castiga aquele que reconhece como
filho».
É para vossa correcção que sofreis. Deus trata-vos como filhos. Qual é o
filho a quem o pai não corrige?
Nenhuma correcção, quando se recebe, é considerada como motivo de alegria,
mas de tristeza. Mais tarde, porém dá àqueles que assim foram exercitados um
fruto de paz e de justiça.
Por isso, levantai as vossas mãos fatigadas e os vossos joelhos vacilantes
e dirigi os vossos passos por caminhos direitos para que o coxo não se
extravie, mas antes seja curado.
Evangelho segundo S.
Lucas 13,22-30.
Naquele tempo, Jesus Cristo dirigia-Se para Jerusalém e ensinava
nas cidades e aldeias por onde passava.
Alguém Lhe perguntou: «Senhor, são
poucos os que se salvam?». Ele respondeu:
«Esforçai-vos por entrar pela porta estreita porque Eu vos digo que muitos
tentarão entrar sem o conseguir.
Uma vez que o dono da casa se levante e feche a porta, vós ficareis fora e
batereis à porta, dizendo: ‘Abre-nos, senhor’; mas ele responder-vos-á: ‘Não
sei donde sois’.
Então começareis a dizer: ‘Comemos e bebemos contigo e tu ensinaste nas
nossas praças’.
Mas ele responderá: ‘Repito que não sei donde sois (= não vos conheço; não
sois meus). Afastai-vos de mim, todos os que praticais a iniquidade (=
não-equidade)’.
Aí haverá choro e ranger de dentes (no mundo das trevas – espaço frio (porque
sem Deus) e completamente escuro e sem qualquer protecção das feras ou
inimigos), quando virdes no reino (= universo) de Deus Abraão, Isaac e Jacob
e todos os Profetas e vós a serdes postos fora.
Hão-de vir do Oriente e do Ocidente, do Norte e do Sul e sentar-se-ão à mesa
no reino de Deus.
Há últimos que serão dos primeiros e primeiros que serão dos últimos».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
São Cesário de Arles (470-543),
monge, bispo
Sermão 7
«Jesus Cristo [...] ensinava nas cidades e aldeias por onde
passava.»
Prestai
atenção, caríssimos irmãos: as sagradas Escrituras foram-nos transmitidas,
por assim dizer, como cartas vindas da nossa pátria. Com efeito, a nossa
pátria é o paraíso; os nossos pais são os patriarcas, os profetas, os
apóstolos e os mártires; os nossos concidadãos são os anjos; o nosso Rei é Jesus
Cristo. Quando Adão pecou, fomos por assim dizer lançados no exílio deste
mundo. Mas, porque o nosso Rei é fiel e misericordioso, mais do que se possa
imaginar ou dizer, dignou-Se enviar-nos, por intermédio dos patriarcas e dos
profetas, as sagradas Escrituras, como cartas pelas quais nos convidava para
a nossa eterna e primeira pátria. [...] Em razão da sua inefável bondade,
convidou-nos a morar com Ele.
Nessas condições, que ideia farão de si mesmos os servidores que [...] não se
dignam ler as cartas que os convidam para a bem-aventurança do Reino? [...]
«Aquele que ignora será ignorado» (1Cor 14,38). Na verdade, àquele que
negligencia procurar Deus neste mundo pela leitura dos textos sagrados, Deus,
por seu lado, recusar-Se-á a admiti-lo à bem-aventurança eterna. Este deve
temer que lhe fechem as portas, que o deixem de fora com as virgens loucas
(Mt 25,10) e que mereça ouvir: «Não sei quem vós sois; não vos conheço;
afastai-vos de Mim, vós todos que fizestes o mal». [...] Aquele que quiser
ser favoravelmente escutado por Deus deve começar por escutar a Deus. Como
terá a veleidade de querer que Deus o escute favoravelmente, se Lhe presta
tão pouca atenção que nem se preocupa em ler os seus preceitos?
Segunda-feira,
dia 22 de Agosto de 2016
Segunda-feira da 21.ª
semana do Tempo Comum
Festa da Igreja : Nossa
Senhora Rainha
Calendário da Igreja disponível este dia
2.ª Carta aos Tessalonicenses 1,1-5.11b-12.
Paulo, Silvano e Timóteo à Igreja dos Tessalonicenses que está
em Deus, nosso Pai, e no Senhor Jesus Cristo:
A graça e a paz vos sejam dadas da parte de Deus Pai e do Senhor Jesus
Cristo.
Devemos agradecer continuamente a Deus por vós, irmãos, como é justo porque
a vossa fé faz grandes progressos e o amor de uns pelos outros vai
aumentando em todos vós.
Assim nós mesmos nos gloriamos de vós nas Igrejas de Deus, por causa da
vossa perseverança e da vossa fé, no meio de todas as perseguições e
tribulações que suportais.
Elas são um sinal do justo juízo de Deus que quer tornar-vos dignos do seu
reino, pelo qual sofreis.
O nosso Deus vos considere dignos do seu chamamento e, pelo seu poder, se
realizem todos os vossos bons propósitos e se confirme o trabalho da vossa
fé.
Assim o nome de Nosso Senhor Jesus Cristo será glorificado em vós, e vós
n’Ele, segundo a graça do nosso Deus e do Senhor Jesus Cristo.
Livro de Salmos
96(95),1-2a.2b-3.4-5.
Cantai ao Senhor um cântico novo,
cantai ao Senhor, terra inteira,
cantai ao Senhor, bendizei o seu nome.
Anunciai dia a dia a sua salvação,
publicai entre as nações a sua glória,
em todos os povos as suas maravilhas.
O Senhor é grande e digno de louvor,
mais adorado do que todas as divindades.
as divindades dos gentios não passam de ídolos,
foi o Senhor quem fez os céus.
Evangelho segundo S.
Mateus 23,13-22.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo: «Ai de vós, escribas e
fariseus hipócritas, porque fechais
aos homens o reino dos Céus: vós não entrais nem deixais entrar os que
o desejam.
Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, porque devorais as casas das
viúvas, com o pretexto de prolongadas orações. Por isso, sereis mais
rigorosamente julgados.
Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, porque dais volta ao mar e à
terra para fazerdes um convertido, mas, tendo-o conseguido, fazeis dele um merecedor da Geena,
duas vezes mais do que vós.
Ai de vós, guias cegos, que dizeis: ‘Quem jurar pelo santuário a nada se
obriga; mas quem jurar pelo ouro do santuário tem de cumprir’.
Insensatos e cegos! Que vale mais: o ouro ou o santuário que santifica o
ouro?
Dizeis também: ‘Quem jurar pelo altar a nada se obriga; mas quem jurar pela
oferenda que está sobre o altar tem de cumprir’.
Cegos! Que vale mais: a oferenda ou o altar que santifica a oferenda?
Na verdade, quem jura pelo altar jura por tudo o que está sobre ele.
E quem jura pelo Santuário jura por ele e por Aquele que o habita.
E quem jura pelo Céu jura pelo trono de Deus e por Aquele que nele está
sentado».
Da
Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
São Clemente de Roma (c. 35-c.
100), papa
Carta aos Coríntios, §§ 7-13; PA 1, 108-110
«Convertei-vos a Mim de todo o vosso coração» (Jl 2,l2)
Percorramos
todas as épocas e veremos que, de geração em geração, o Mestre ofereceu a
possibilidade de conversão a todos quantos queriam voltar-se para Ele. Noé
pregou a conversão e aqueles que o escutaram foram salvos. Jonas anunciou
aos ninivitas a destruição que os ameaçava; eles arrependeram-se dos seus
pecados, apaziguaram a Deus e, apesar de Lhe serem estranhos, alcançaram,
por suas súplicas, a salvação.
Pela sua vontade omnipotente, Deus quer que todos aqueles que ama
participem da conversão. É por isso que devemos obedecer à sua magnífica e
gloriosa vontade. Imploremos humildemente a sua misericórdia e a sua
bondade; confiemo-nos à sua compaixão, abandonando as preocupações
frívolas, a discórdia e a inveja que só conduzem à morte.
Sejamos humildes, meus irmãos, rejeitemos todos os sentimentos de orgulho,
de jactância, de vaidade e de cólera. Agarremo-nos firmemente aos preceitos
e aos mandamentos do Senhor Jesus Cristo, tornando-nos dóceis e humildes
diante das suas palavras. Pois diz o texto sagrado: «Para quem voltarei o
meu olhar, senão para o homem humilde e pacífico que segue as minhas
palavras?» (Is 66,2)
Terça-feira,
dia 23 de Agosto de 2016
Terça-feira da 21.ª
semana do Tempo Comum
Nós vos pedimos, irmãos, a propósito da vinda de Nosso Senhor
Jesus Cristo e do nosso encontro com Ele:
Não vos deixeis abalar facilmente nem alarmar por qualquer manifestação
profética por palavras ou por cartas que se digam vir de nós, pretendendo
que o dia do Senhor está iminente.
Ninguém vos engane de qualquer modo que seja.
Deus chamou-vos, por meio do Evangelho, para possuirdes a glória de Nosso
Senhor Jesus Cristo.
Portanto, irmãos, permanecei firmes e guardai firmemente as tradições que
vos ensinámos, oralmente ou por carta.
Nosso Senhor Jesus Cristo e Deus, nosso Pai, que nos amou e nos deu, pela
sua graça, a eterna consolação e a feliz esperança,
confortem os vossos corações e os tornem firmes em toda a espécie de boas
obras e palavras.
Livro de Salmos
96(95),10.11-12a.12b-13.
Dizei entre as nações:
«O Senhor é Rei».
Sustenta o mundo e ele não vacila,
governa os povos com equidade.
Alegrem-se os céus, exulte a Terra,
ressoe o mar e tudo o que ele contém,
Alegrem-se os céus, exulte a Terra!
Ressoe o mar e tudo o que nele existe!
Alegrem-se os campos e todos os seus frutos,
exultem de alegria todas as árvores dos bosques
Na presença do Senhor que se aproxima
e vem para governar a Terra!
Ele governará o mundo com justiça
e os povos com fidelidade.
Diante do Senhor que vem,
que vem para julgar a Terra.
Julgará o mundo com justiça
e os povos com equidade.
Evangelho segundo S. Mateus 23,23-26.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo: «Ai de vós, escribas e
fariseus hipócritas, porque pagais o dízimo da hortelã, do funcho e do
cominho, mas omitis as coisas mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia e a fidelidade.
Devíeis praticar estas coisas sem omitir as outras.
Guias cegos! Coais o mosquito e engolis o camelo.
Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, porque limpais o exterior do
copo e do prato que por dentro estão cheios de rapina e intemperança.
Fariseu cego! Limpa primeiro o interior do copo e do prato para que
também o exterior fique limpo».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
São Pedro Damião (1007-1072),
eremita, bispo, doutor da Igreja
Opúsculo 51
«Omitis as coisas mais importantes da lei: a justiça, a
misericórdia e a fidelidade»
Se quiseres
avançar correctamente, com discrição e dando frutos no caminho da
verdadeira religião, deves ser austero e rígido contigo mesmo, mas sempre
alegre e aberto para com os outros, esforçando-te no teu coração por
caminhar nos cumes da rectidão, sabendo inclinar-te com bondade para os
mais fracos. Numa palavra, perante o juízo da tua consciência, deves
moderar os rigores da justiça, de tal forma que não sejas duro para com
os pecadores, mas acessível ao perdão e indulgente. [...]
Considera o teu pecado como perigoso e mortal; o dos outros, considera-o
como fragilidade da condição humana. Pensa que a falta que, em ti,
consideras digna de severa correcção nos outros não merece mais do que
uma pequena admoestação. Não sejas mais justo do que o Justo: receia
cometer o pecado, mas não hesites em perdoar ao pecador. A verdadeira
justiça não é a que precipita as almas dos irmãos no laço do desespero.
[...] É muito perigoso o fogo que, ao queimar o mato, ameaça abrasar a
própria casa com o ardor das suas chamas. Não, aquele que se compraz em escalpelizar os defeitos dos outros
não evitará o pecado porque, ainda que seja movido pelo zelo da justiça,
tarde ou cedo acabará por denegrir.
Evidentemente se a nossa vida não nos parecesse tão bela, a dos outros
não nos pareceria tão feia. E se fôssemos juízes severos para nós mesmos,
como deveríamos ser, as faltas dos outros não encontrariam em nós
censores tão rigorosos.
Quarta-feira,
dia 24 de Agosto de 2016
S. Bartolomeu,
Apóstolo – Festa
O Anjo falou-me,
dizendo: «Vou mostrar-te a noiva, a esposa do Cordeiro».
Transportou-me em espírito ao cimo de uma alta montanha e mostrou-me a
cidade santa (celeste) de Jerusalém que descia do Céu, da presença de
Deus,
resplandecente da glória de Deus. O seu esplendor era como o de uma
pedra preciosíssima, como uma pedra de jaspe cristalino.
Tinha uma grande e alta muralha, com doze portas e, junto delas, doze
Anjos; tinha também nomes gravados, os nomes das doze tribos dos filhos
de Israel:
três portas a nascente, três portas ao norte, três portas ao sul e três
portas a poente.
A muralha da cidade tinha na base doze reforços salientes e neles doze
nomes: os dos doze Apóstolos do Cordeiro.
Livro de Salmos
145(144),10-11.12-13ab.17-18.
Agradeçam-Vos,
Senhor, todas as criaturas
e bendigam-Vos os vossos fiéis.
Proclamem a glória do vosso reino
e anunciem os vossos feitos gloriosos;
Para darem a conhecer aos homens o vosso poder,
a glória e o esplendor do vosso reino.
O vosso reino é um reino eterno,
o vosso domínio estende-se por todas as gerações.
O Senhor é justo em todos os seus caminhos,
perfeito em todas as suas obras.
O Senhor está perto de quantos O invocam,
de quantos O invocam em verdade.
Evangelho segundo S. João 1,45-51.
Naquele tempo,
Filipe encontrou Natanael e disse-lhe: «Encontrámos Aquele de quem está
escrito na Lei de Moisés e nos Profetas. É Jesus de Nazaré, filho de
José».
Disse-lhe Natanael: «De Nazaré pode vir alguma coisa boa?». Filipe
respondeu-lhe: «Vem ver».
Jesus Cristo viu Natanael que vinha ao seu encontro e disse: «Eis um
verdadeiro israelita, em quem não há fingimento».
Perguntou-lhe Natanael: «De onde me conheces?». Jesus Cristo
respondeu-lhe: «Antes que Filipe te chamasse, Eu vi-te quando estavas
debaixo da figueira».
Disse-lhe Natanael: «Mestre, Tu és o Filho de Deus, Tu és o Rei de
Israel!».
Jesus Cristo respondeu: «Porque te disse: ‘Eu vi-te debaixo da
figueira’, acreditas. Verás coisas maiores do que estas».
E acrescentou: «Em verdade, em verdade vos digo: Vereis o Céu aberto e
os Anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Filoxeno de Mabug (?-c.
523), bispo da Síria
Homilia n.° 4, 76-79
«Vem ver»
Jesus Cristo
renovou aos santos apóstolos o chamamento que tinha feito a Abraão. E a
fé deles assemelhava-se à de Abraão porque, tal como Abraão obedeceu
logo que foi chamado (Gn 12), também os apóstolos seguiram Jesus Cristo
logo que Ele os chamou e eles O ouviram. [...] Não foi um longo
ensinamento o que os tornou discípulos, mas o simples facto de terem
ouvido a palavra da fé. Como era viva, a fé deles obedeceu à vida logo
que ouviu a voz viva. E correram atrás dela sem mais demoras; por aqui
se vê que já eram discípulos no coração, mesmo antes de terem sido
chamados.
Assim age a fé que manteve a sua simplicidade: não recebe o ensino à
força de argumentos; mas, tal como os olhos sãos e puros recebem o raio
de sol que lhes é enviado sem raciocinarem nem trabalharem e se dão
conta da luz logo que se abrem [...], também os que têm a fé natural
reconhecem a voz de Deus logo que a ouvem. Quando neles se acende a luz
da palavra, lançam-se alegremente ao seu encontro e acolhem-na, como
nosso Senhor diz no Evangelho: «As minhas ovelhas ouvem a minha voz e
seguem-Me» (Jo 10,27).
Quinta-feira, dia 25 de Agosto de 2016
Quinta-feira
da 21.ª semana do Tempo Comum
Santo do dia :
Beato
Miguel de Carvalho, presbítero, mártir, +1624, S.
José de Calasanz, presbítero, educador, +1648, S.
Luís (IX), rei de França, +1270
1.ª Carta aos Coríntios 1,1-9.
Irmãos: Paulo,
por vontade de Deus escolhido para Apóstolo de Cristo Jesus e o irmão
Sóstenes,
à Igreja de Deus que está em Corinto, aos que foram santificados em
Cristo Jesus, chamados à santidade, com todos os que invocam, em
qualquer lugar, o nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e
nosso:
A graça e a paz de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo estejam
convosco.
Agradeço a Deus, em todo o tempo, a vosso respeito, pela graça divina
que vos foi dada em Cristo Jesus.
Porque fostes enriquecidos em tudo: em toda a palavra e em todo o
conhecimento
e deste modo, tornou-se firme em vós o testemunho de Jesus Cristo.
De facto, já não vos falta nenhum dom da graça, a vós que esperais a
manifestação de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Ele vos tornará firmes até ao fim, para que sejais irrepreensíveis no
dia de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Fiel é Deus, por quem fostes chamados à comunhão com seu Filho, Jesus
Cristo, Nosso Senhor.
Livro de
Salmos 145(144),2-3.4-5.6-7.
Quero
bendizer-Vos, dia após dia,
e louvar o vosso nome para sempre.
O Senhor é grande e digno de louvor,
insondável é a sua grandeza.
Uma geração anuncia à outra as vossas obras
e todas proclamam o vosso poder.
Falam do poder da vossa majestade
e anunciam as vossas maravilhas.
Cantam o poder das vossas obras
e proclamam a vossa grandeza.
Celebram a memória da vossa imensa bondade
e aclamam a vossa justiça.
Evangelho segundo S. Mateus 24,42-51.
Naquele tempo,
disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Vigiai porque não sabeis em
que dia virá o vosso Senhor.
Compreendei isto: se o dono da casa soubesse a que horas da noite
viria o ladrão, estaria vigilante e não deixaria arrombar a sua casa.
Por isso, estai vós também preparados porque na hora em que menos
pensais, virá o Filho (do homem).
Quem é o servo fiel e prudente que o senhor pôs à frente da sua casa,
para lhe dar o alimento em tempo oportuno?
Feliz aquele servidor que o senhor, ao chegar, encontrar procedendo
assim.
Em verdade vos digo que lhe confiará a administração de todos os seus
bens.
Mas se o servidor for mau e disser consigo: ‘O meu senhor demora-se’
e começar a espancar os companheiros e a comer e beber com os ébrios,
quando o senhor daquele servidor chegar, em dia que ele não espera e
à hora que ele não pensa,
expulsá-lo-á e lhe dará a sorte dos hipócritas. Aí haverá choro e
ranger de dentes».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos
- www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
São Pascácio Radbert (?-c.
849), monge beneditino
Comentário sobre o evangelho de Mateus
«Estai vós também preparados»
«Vigiai,
porque não sabeis em que dia virá o vosso Senhor.» Embora o Senhor
fale assim para todos, os seus interlocutores directos são os seus
contemporâneos, tal como em muitos outros discursos que lemos nas
Escrituras. Contudo estas palavras dizem respeito a todos os homens
porque para cada um deles há-de chegar o último dia, assim como o fim
deste mundo (= sistema estabelecido: escravatura, renascimento,
modernismo,…), o dia em que terá de abandonar esta vida. É preciso,
pois que cada um aja como se
devesse ser julgado hoje mesmo. Por isso, todo o homem deve velar
para que não se disperse, mas permaneça vigilante, para que o dia do
Senhor, quando chegar, não o apanhe desprevenido. Pois aquele a quem
o último dia da sua vida apanhar sem estar preparado, encontrar-se-á
no mesmo estado no último dia deste mundo.
Sexta-feira, dia 26 de Agosto de 2016
Sexta-feira
da 21.ª semana do Tempo Comum
Irmãos: Jesus Cristo
não me enviou para baptizar, mas para anunciar o Evangelho, não,
porém, com a sabedoria da linguagem, a fim de não se desvirtuar a
cruz de Jesus Cristo.
Porque a linguagem da cruz (= karma; sofrimento que cada um tem de
passar para ser burilado, para ficar melhor… aceitar o sofrimento
sem revolta, mas sempre procurando ultrapassá-lo é obrigação de todo o cristão. Tudo se
entrega, mas não se oferece o sofrimento porque é doloroso; só as
boas coisas se oferecem, não é assim?) é loucura para aqueles que estão
no caminho da perdição, mas é poder de Deus para aqueles que seguem
o caminho da salvação, isto é, para nós.
Na verdade, assim está escrito: «Hei-de arruinar a sabedoria dos
sábios e frustrar a inteligência dos inteligentes».
Onde está o sábio? Onde está o homem culto? Onde está o que discute
sobre as coisas deste mundo? Porventura Deus não tornou louca a
sabedoria do mundo?
Uma vez que o mundo, por meio da sua sabedoria, não reconheceu a
Deus na sabedoria divina, aprouve a Deus salvar os crentes pela
loucura da mensagem que pregamos.
Os judeus pedem milagres e os gregos procuram a sabedoria.
Quanto a nós, pregamos Jesus Cristo crucificado, escândalo para os
judeus e loucura para os gentios.
Mas para aqueles que são chamados, tanto judeus como gregos, Jesus Cristo
é poder de Deus e sabedoria de Deus.
A loucura de Deus é mais sábia do que o homem e a fraqueza de Deus
é mais forte do que o homem.
Livro de
Salmos 33(32),1-2.4-5.10ab.11.
Justos, aclamai
o Senhor,
os corações rectos devem louvá-l’O.
Louvai o Senhor com a cítara,
cantai-Lhe salmos ao som da harpa.
A palavra do Senhor é recta,
da fidelidade nascem as suas
obras.
Ele ama a justiça e a rectidão:
a Terra está cheia da bondade do
Senhor.
O plano do Senhor permanece eternamente
e os desígnios do seu coração por todas as gerações.
Evangelho segundo S. Mateus 25,1-13.
Naquele tempo,
disse Jesus Cristo aos seus discípulos a seguinte parábola: «O
reino dos Céus pode comparar-se a dez virgens que, tomando as suas
lâmpadas, foram ao encontro do esposo.
Cinco eram insensatas e cinco eram prudentes.
As insensatas, ao tomarem as suas lâmpadas (= tesouro no céu, Vida,
Bem), não levaram azeite consigo,
enquanto as prudentes, com as lâmpadas, levaram azeite nas
almotolias.
Como o esposo se demorava, começaram todas a dormitar e
adormeceram.
No meio da noite ouviu-se um brado: ‘Aí vem o esposo; ide ao seu
encontro’.
Então as virgens levantaram-se todas e começaram a preparar as
lâmpadas.
As insensatas disseram às prudentes: ‘Dai-nos do vosso azeite (do
vosso tesouro, do vosso bem…) que as nossas lâmpadas estão a
apagar-se’.
Mas as prudentes responderam: ‘Talvez não chegue para nós e para
vós. Ide antes comprá-lo aos vendedores’ (cada qual ganhe para si e
para os outros, a parte disponível, para que tenha quando o mal lhe
acontece).
Mas, enquanto foram comprá-lo, chegou o esposo: as que estavam
preparadas entraram com ele para o banquete nupcial e a porta
fechou-se.
Mais tarde, chegaram também as outras virgens e disseram: ‘Senhor,
senhor, abre-nos a porta’.
Mas ele respondeu: ‘Em verdade vos digo: Não vos conheço’.
Portanto, vigiai, porque não sabeis o dia nem a hora».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos
Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
São Teodoro Estudita
(759-826), monge de Constantinopla
Pequenas Catequeses, n.º 130
Qualquer momento é propício
Irmãos,
há um tempo para semear e um tempo para recolher, um tempo para a
paz e um tempo para a guerra, um tempo para o trabalho e um tempo
para o descanso (cf Qo 3). Para a salvação da alma/pessoa celeste,
porém, todos os momentos são propícios e todos os dias são favoráveis,
se assim quisermos. Estai, pois sempre em movimento para o bem,
fáceis de mover, cheios de frescura, passando das palavras aos actos.
«Pois não são justos diante de Deus os que ouvem a lei», diz o
apóstolo Paulo, «mas aqueles que observam a lei (dos afectos) é que serão justificados»
(Rom 2,13). Estamos no tempo da guerra espiritual? Devemos combater
com ardor e atacar, com a ajuda de Deus, os pensamentos demoníacos
que se elevam em nós; se, pelo contrário, estivermos no tempo da
recolha espiritual, devemos recolher com ardor e juntar nos
celeiros espirituais as provisões para a vida eterna.
Mas é sempre tempo de oração, tempo de lágrimas, tempo de
reconciliação depois dos pecados, tempo de arrebatar o Reino dos
Céus. Para quê tardar então? Para quê adiar? Por que atrasamos de
dia para dia o nosso aperfeiçoamento?
«A aparência deste mundo passa» (1Cor 7,31); duraremos nós
indefinidamente? O exemplo das virgens não nos assusta? «Aí vem o
esposo; ide ao seu encontro», diz o Evangelho. E as virgens
sensatas foram ao seu encontro com as lâmpadas acesas (= Vida e
Bem) e entraram no banquete das núpcias; enquanto as virgens
néscias, atrasadas pela ausência
de boas obras, gritavam: «Senhor, abre-nos a porta!» Mas ele
respondeu: «Em verdade vos digo: Não vos conheço.» E acrescenta:
«Portanto, vigiai, porque não sabeis o dia nem a hora.» Temos, pois
de velar e de despertar a alma/pessoa celeste para a sobriedade, a
compunção, a santificação, a purificação, a iluminação, para evitar
que a morte nos feche a porta e que não haja ninguém que no-la abra
e nos ajude.
Sábado, dia 27 de Agosto de 2016
Sábado da
21.ª semana do Tempo Comum
Irmãos: Vede
quem sois vós, os que Deus chamou: não há muitos sábios,
naturalmente falando, nem muitos influentes nem muitos
bem-nascidos.
Mas Deus escolheu o que é louco aos olhos do mundo para confundir
os sábios; escolheu o que é fraco para confundir os fortes;
escolheu o que é desprezível, o que nada vale aos olhos do mundo
para reduzir a nada aquilo que vale,
a fim de que nenhuma criatura se possa gloriar diante de Deus.
É por Ele que vós estais em Cristo Jesus, o qual Se tornou para
nós sabedoria de Deus, justiça, santidade e redenção.
Deste modo, conforme está escrito, «quem se gloria deve
gloriar-se no Senhor».
Livro de
Salmos 33(32),12-13.18-19.20-21.
Feliz a nação
que tem o Senhor por seu Deus,
o povo que Ele escolheu para sua herança.
Do Céu o Senhor contempla
e observa todos os homens.
Os olhos do Senhor estão voltados para os que O adoram,
para os que
esperam na sua bondade,
para
libertar da morte as suas almas
e os
alimentar no tempo da fome.
A nossa alma
espera o Senhor,
Ele é o nosso amparo e protector.
N’Ele se alegra o nosso coração,
em seu nome santo pomos a nossa confiança.
Evangelho segundo S. Mateus 25,14-30.
Naquele
tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos a seguinte
parábola: «Um homem, ao partir de viagem, chamou os seus servidores
e confiou-lhes os seus bens.
A um entregou cinco talentos (moeda), a outro dois e a outro um, conforme a capacidade de cada
qual e depois partiu.
O que tinha recebido cinco talentos fê-los render e ganhou outros
cinco.
Do mesmo modo, o que recebera dois talentos ganhou outros dois.
Mas, o que recebera um só talento foi escavar a terra e escondeu
o dinheiro do seu senhor.
Muito tempo depois, chegou o senhor daqueles servidores e foi
ajustar contas com eles.
O que recebera cinco talentos aproximou-se e apresentou outros
cinco, dizendo: ‘Senhor, confiaste-me cinco talentos: aqui estão
outros cinco que eu ganhei’.
Respondeu-lhe o senhor: ‘Muito bem, servidor bom e fiel. Porque
foste fiel em coisas pequenas, confiar-te-ei as grandes. Vem tomar parte na alegria do
teu senhor’(= passas a fazer parte da minha família, da minha
casa).
Aproximou-se também o que recebera dois talentos e disse:
‘Senhor, confiaste-me dois talentos: aqui estão outros dois que
eu ganhei’.
Respondeu-lhe o senhor: ‘Muito bem, servidor bom e fiel. Porque
foste fiel em coisas pequenas, confiar-te-ei as grandes. Vem
tomar parte na alegria do teu senhor’.
Aproximou-se também o que recebera um só talento e disse:
‘Senhor, eu sabia que és um homem severo, que colhes onde não
semeaste e recolhes onde nada lançaste.
Por isso, tive medo e escondi o teu talento na terra. Aqui tens o
que te pertence’(preferiu nada fazer).
O senhor respondeu-lhe: ‘Servidor mau e preguiçoso, sabias que
ceifo onde não semeei e recolho onde nada lancei;
devias, portanto depositar no banco o meu dinheiro e eu teria, ao
voltar, recebido com juro o que era meu.
Tirai-lhe então o talento e dai-o
àquele que tem dez.
Porque, a todo aquele que tem (Vida, Bem, Afectos,…), dar-se-á
mais e terá em abundância; mas, àquele que não tem, até o pouco
que tem lhe será tirado.
Quanto ao servidor inútil, lançai-o às trevas exteriores. Aí
haverá choro e ranger de dentes’».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos
Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
São Paulino de Nola
(355-431), bispo
Carta 34, 2-4
«Que tens tu que não tenhas
recebido?» (1Cor 4,7)
«Que
tens tu que não tenhas recebido?», pergunta-nos S. Paulo (1Cor
4,7). Não sejamos, pois avaros com os nossos bens como se eles
nos pertencessem. [...] Foram confiados à nossa responsabilidade;
temos o uso de uma riqueza comum, não a posse eterna de um bem
que nos seja próprio. Se reconheceres que esse bem só é teu cá em
baixo durante um tempo limitado, poderás adquirir no céu uma
possessão que não terá fim. Lembra-te daqueles servos que, no
Evangelho, tinham recebido talentos do seu senhor e do que o
senhor, ao regressar, entregou a cada um deles; compreenderás
então que depositar o dinheiro no banco do Senhor para que dê
fruto é muito mais proveitoso do que conservá-lo com uma
fidelidade estéril sem que renda nada para o credor e com grande
prejuízo para o servo inútil, cujo castigo será tanto mais
pesado. [...]
Emprestemos, pois ao Senhor os bens que dele recebemos. Com
efeito, não possuímos nada que não seja um dom do Senhor e só
existimos porque Ele quer. Como podemos considerar seja o que for
como nosso, se nem sequer nos pertencemos, visto que temos uma
dívida enorme e privilegiada? Porque Deus criou-nos, mas também
nos resgatou. Agradeçamos-Lhe por isso: resgatados por grande preço, o preço do sangue do
Senhor, não somos coisas desprovidas de valor. [...] Devolvamos
ao Senhor o que Ele nos deu. Devolvamo-lo Àquele que o recebe na
pessoa de cada pobre. Devolvamo-lo com alegria, para receber dele
com júbilo, tal como nos prometeu.©
http://goo.gl/RSVXh5 portal da Confraria Bolos
D. Rodrigo
Os meus filmes
2.º – O Cemitério de Lagos
3.º – Lagos e a sua Costa Dourada
4.º – Natal de 2012
5.º – Tempo de Poesia
Os meus blogues
--------------------------------------------
http://www.descubriter.com/pt/ Rota
Europeia dos Descobrimentos
http://www.psd.pt/ Homepage - “Povo Livre” -
Arquivo - PDF
http://www.radiosim.pt/ 18,30h
– terço todos os dias
(livros, música, postais, … cristãos)
http://www.santo-antonio.webnode.pt/
|
|
|
|
|
|
|