"Senhor, a quem
iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68
Domingo,
dia 14 de Agosto de 2016
20.º Domingo do Tempo
Comum - Ano C
Naqueles dias, os ministros disseram ao rei de Judá: «Este homem
deve ser morto porque desanima os homens de guerra que ficaram na cidade e
todo o povo, proferindo semelhantes palavras. Este homem não busca o
bem-estar do povo, mas a sua desgraça.»
O rei Sedecias respondeu-lhes: «Aí o tendes nas vossas mãos, pois o rei nada
vos pode recusar.»
Tomaram então Jeremias e, por meio de cordas, fizeram-no descer à cisterna do
príncipe Malquias que fica no pátio da guarda. Não havia água na cisterna,
mas apenas lodo e Jeremias ficou atolado no lodo.
O criado do rei saiu do palácio real e falou ao rei, dizendo:
«Ó rei, meu senhor, estes homens procederam mal contra o profeta Jeremias,
metendo-o na cisterna. Ele vai certamente morrer de fome porque já não há
mais pão na cidade.»
Então o rei respondeu-lhe: «Leva daqui contigo trinta homens e faz com que
retirem o profeta Jeremias da cisterna, antes que morra.»
Livro de Salmos
40(39),2.3.4.18.
Esperei no Senhor com toda a confiança
e Ele atendeu-me.
Ouviu o meu clamor
e retirou-me do abismo e do lamaçal,
assentou os meus pés na rocha
e firmou os meus passos.
Pôs em meus lábios um cântico novo,
um hino de louvor ao nosso Deus.
Vendo isto, muitos hão-de adorar
e pôr a sua confiança no Senhor.
Eu sou pobre e infeliz:
Senhor, cuidai de mim.
Sois o meu protector e libertador:
ó meu Deus, não tardeis.
Carta aos Hebreus
12,1-4.
Irmãos: Estando nós rodeados de tão grande número de testemunhas,
libertemo-nos de todo o impedimento e do pecado que nos cerca e corramos com
perseverança para o combate que se apresenta diante de nós,
fixando os olhos em Jesus Cristo, guia da nossa fé e autor da sua perfeição.
Renunciando à alegria que tinha ao seu alcance, Ele suportou a cruz,
desprezando a sua ignomínia e está sentado à direita do trono de Deus.
Pensai n’Aquele que suportou contra Si tão grande hostilidade da parte dos
pecadores, para não vos deixardes abater pelo desânimo.
Vós ainda não resististes até ao sangue, na luta contra o pecado.
Evangelho segundo S. Lucas
12,49-53.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Eu vim
trazer o fogo à terra e que quero Eu senão que ele se acenda?
Tenho de receber um baptismo e estou ansioso até que ele se realize.
Pensais que Eu vim estabelecer a paz na terra? Não. Eu vos digo que vim
trazer a divisão.
A partir de agora, estarão cinco divididos numa casa: três contra dois e dois
contra três.
Estarão divididos o pai contra o filho e o filho contra o pai, a mãe contra a
filha e a filha contra a mãe, a sogra contra a nora e a nora contra a sogra».
(é a luta do egoísmo contra o amor, partilha, colaboração, …)
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Dionísio o Cartuxo (1402-1471),
monge
Comentário ao Evangelho de Lucas, 12, 72-74
Acender no coração dos homens o fogo do amor de Deus
«Eu vim trazer
o fogo à terra»: desci do alto dos céus e, pelo mistério da minha incarnação,
manifestei-Me aos homens para acender no coração humano o fogo do amor divino. «E que quero Eu senão
que ele se acenda?» – isto é, que pegue e se torne uma chama activada pelo
Espírito Santo que faça brilhar actos de bondade!
Jesus Cristo anuncia a seguir que terá de morrer na cruz para que o fogo
deste amor incendeie a humanidade. Foi efectivamente a santíssima Paixão de Jesus
Cristo que valeu à humanidade dom tão grande e é sobretudo a memória da sua
Paixão que acende uma chama nos corações fiéis. «Tenho de receber um baptismo»;
ou seja: compete-Me e está-Me reservado, receber um baptismo de sangue,
banhar-Me e como que mergulhar nas águas do meu sangue derramado na cruz, a
fim de resgatar o mundo inteiro. (= vou entrar no mundo do egoísmo e lançar a
minha semente e, por isso, vão fazer-me passar os maiores tormentos; mas para
assumir o meu reino para a humanidade que me está destinado por direito, para
a resgatar não tenho outra solução. Deus não o quer, mas consente para que
tenha gente no meu reino.) «E estou ansioso até que ele se realize» – por
outras palavras, até que a minha Paixão seja completa e que Eu possa dizer:
«Tudo está consumado!» (Jo 19,30).
Segunda-feira,
dia 15 de Agosto de 2016
ASSUNÇÃO DA VIRGEM
SANTA MARIA - Solenidade
Festa da Igreja : Assunção
de Nossa Senhora
Calendário da Igreja disponível este dia
Livro do Apocalipse 11,19a.12,1-6a.10ab.
O templo de Deus abriu-se no Céu e a arca da aliança foi vista
no seu templo.
Apareceu no Céu um sinal grandioso: uma mulher revestida de sol, com a lua
debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça.
Estava para ser mãe e gritava com as dores e ânsias da maternidade.
E apareceu no Céu outro sinal: um enorme dragão cor de fogo, com sete
cabeças e dez chifres e nas cabeças sete diademas.
A cauda arrastava um terço das estrelas do céu e lançou-as sobre a terra. O
dragão colocou-se diante da mulher que estava para ser mãe, para lhe
devorar o filho, logo que nascesse.
Ela teve um filho varão que há-de reger todas as nações com ceptro de
ferro. O filho foi levado para junto de Deus e do seu trono
e a mulher fugiu para o deserto, onde Deus lhe tinha preparado um lugar.
E ouvi uma voz poderosa que clamava no Céu:
«Agora chegou a salvação, o poder e a realeza do nosso Deus e o domínio do
seu Ungido».
Livro de Salmos
45(44),10bc.11.12ab.16.
Ao teu encontro vêm filhas de reis,
à tua direita está a rainha ornada com ouro de Ofir.
Ouve, minha filha, vê e presta atenção,
esquece o teu povo e a casa de teu pai.
Porque o rei deixou-se prender pela tua beleza;
Ele é agora o teu Senhor: rende-Lhe homenagem!
Cheias de alegria e entusiasmo,
entram no palácio do Rei.
1.ª Carta aos Coríntios 15,20-26.
Jesus Cristo ressuscitou dos mortos como primícias dos que
morreram.
Uma vez que a morte veio por um homem, também por um homem veio a
ressurreição dos mortos;
porque, do mesmo modo que em Adão todos morreram assim também em Jesus Cristo
serão todos restituídos à vida.
Cada qual, porém, na sua ordem: primeiro, Jesus Cristo, como primícias; a
seguir, os que pertencem a Jesus Cristo, por ocasião da sua vinda.
Depois será o fim, quando Jesus Cristo entregar o reino a Deus seu Pai
depois de ter aniquilado toda a soberania, autoridade e poder.
É necessário que Ele reine até que tenha posto todos os inimigos debaixo
dos seus pés.
E o último inimigo a ser aniquilado é a morte.
Evangelho segundo S.
Lucas 1,39-56.
Naqueles dias, Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se
apressadamente para a montanha, em direcção a uma cidade de Judá.
Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel.
Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino exultou-lhe no seio.
Isabel ficou cheia do Espírito Santo
e exclamou em alta voz: «Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o
fruto do teu ventre.
Donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor?
Na verdade, logo que chegou aos meus ouvidos a voz da tua saudação, o
menino exultou de alegria no meu seio.
Bem-aventurada aquela que acreditou no cumprimento de tudo quanto lhe foi
dito da parte do Senhor».
Maria disse então:
«A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu
Salvador.
Porque pôs os olhos na humildade da sua serva: de hoje em diante me
chamarão bem-aventurada todas as gerações.
O Todo-poderoso fez em mim maravilhas, Santo é o seu nome.
A sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que O adoram.
Manifestou o poder do seu braço e dispersou os soberbos.
Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes.
Aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias.
Acolheu a Israel, seu servo, lembrado da sua misericórdia,
como tinha prometido a nossos pais, a Abraão e à sua descendência para
sempre».
Maria ficou junto de Isabel cerca de três meses e depois regressou a sua
casa.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
São João Damasceno (c. 675-749),
monge, teólogo, doutor da Igreja
1.a Homilia sobre a Dormição, 11-14
A Virgem Maria, «imagem da Igreja futura [...] que guia e
sustenta a esperança do teu povo» (Prefácio)
Ó Mãe de
Deus, sempre virgem, a tua sagrada partida deste mundo é verdadeiramente
uma passagem, uma entrada na morada de Deus. Saindo deste mundo material,
entras numa «pátria melhor» (Heb 11,16). O céu acolheu com alegria a tua
alma: «Quem é esta que surge como a aurora, bela como a lua, brilhante como
o sol?» (Cant 6,10) «O rei introduziu-te nos seus aposentos» (Cant 1,4) e
os anjos glorificam aquela que é a Mãe do seu próprio Senhor, por natureza
e em verdade, segundo o plano de Deus. [...]
Os apóstolos levaram o teu corpo sem mancha, o teu corpo, verdadeira arca
da aliança, e depositaram-no no seu santo túmulo. E aí, como que passando
outro Jordão, tu chegaste à verdadeira Terra prometida, à «Jerusalém lá do
alto» (Gal 4, 26), de que Deus é arquitecto e construtor. Porque a tua alma
não desceu «à habitação dos mortos» nem «a tua carne conheceu a
decomposição» (At 2,31; Sl 15,10). O teu corpo puríssimo, sem mácula, não
foi abandonado à terra, antes foste elevada até à morada do Reino dos Céus,
tu, a Rainha, a Soberana, a Senhora, a Mãe de Deus, a verdadeira Theotokos.
Hoje aproximamo-nos de ti, a nossa Rainha, Mãe de Deus e Virgem; voltamos a
nossa alma para a esperança que és para nós. [...] Queremos honrar-te com
«salmos, hinos e cânticos espirituais» (Ef 5,19). Ao honrar a servidora,
exprimimos a nossa ligação ao nosso Senhor comum. [...] Lança os teus olhos
sobre nós, ó Rainha, Mãe do nosso bom Soberano; guia o nosso caminho até ao
porto sem tempestades do desejo bom de Deus.
Terça-feira,
dia 16 de Agosto de 2016
Terça-feira da 20.ª
semana do Tempo Comum
O Senhor dirigiu-me a palavra, dizendo:
«Filho do homem, diz ao soberano de Tiro: Assim fala o Senhor Deus: O teu
coração encheu-se de orgulho e dizes: ‘Eu sou um deus, estou sentado em
trono divino no meio dos mares’. Mas tu que és um homem e não Deus,
alimentas em teu coração pretensões divinas!
És então mais sábio do que Daniel e nenhum segredo é obscuro para ti!
Pela tua habilidade e inteligência, adquiriste grandes riquezas e
acumulaste ouro e prata nos teus tesouros.
Tão grande é a tua habilidade no comércio que multiplicaste a tua fortuna
e com ela se encheu de orgulho o teu coração.
Por isso, assim fala o Senhor Deus: Porque alimentas em teu coração
pretensões divinas,
vou fazer que venham estrangeiros contra ti, os mais ferozes de entre os
povos. Eles brandirão a espada contra a tua fina habilidade e profanarão
o teu esplendor.
Far-te-ão descer à cova e morrerás de morte violenta, no meio dos mares.
Ainda irás dizer na presença dos teus executores: ‘Eu sou um deus’? Mas
tu és um homem e não um deus, nas mãos daqueles que vão matar-te.
Terás a morte dos infiéis às mãos dos estrangeiros porque Eu falei» – diz
o Senhor Deus.
Livro de
Deuteronómio 32,26-27ab.27cd-28.30.35cd-36ab.
O Senhor disse: «Vou reduzi-los ao pó da terra
e apagar a sua memória de entre os homens.
Mas temi a arrogância do inimigo,
o desprezo dos seus adversários.
Porque diriam: ‘Triunfou o nosso poder,
à nossa força não resiste o seu Deus’;
porque são um povo de insensatos,
neles não há discernimento.
Como poderia um só homem perseguir mil
e dois pôr em fuga dez mil,
se o seu Protector os não tivesse abandonado,
se o Senhor não os entregasse às suas mãos?»
Está próximo o dia da ruína,
iminente o seu destino
porque o Senhor defenderá o seu povo,
terá piedade dos seus servos.
Evangelho segundo S. Mateus 19,23-30.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Em
verdade vos digo: Um rico dificilmente entrará no reino dos Céus.
É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que um rico
entrar no reino de Deus».
Ao ouvirem estas palavras, os discípulos ficaram muito admirados e disseram:
«Quem poderá então salvar-se?».
Jesus Cristo olhou para eles e respondeu: «Aos homens isso é impossível,
mas a Deus tudo é possível».
Então Pedro tomou a palavra e disse-Lhe: «Nós deixámos tudo para Te
seguir. Que recompensa teremos?».
Jesus Cristo respondeu: «Em verdade vos digo: No mundo renovado, quando o
Filho do homem vier sentar-Se no seu trono de glória, também vós que Me
seguistes, vos sentareis em doze tronos para julgar as doze tribos de
Israel.
E todo aquele que tiver deixado casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos ou
terras, por causa do meu nome, receberá cem vezes mais e terá como
herança a vida eterna.
Muitos dos primeiros serão os últimos e muitos dos últimos serão os
primeiros». (porque o esclarecimento é cada vez maior)
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
São Pedro Damião (1007-1072),
eremita, bispo, doutor da Igreja
Sermão 9; PL 144, 549-553
Deixar tudo para seguir a Jesus Cristo
Na verdade,
é uma grande coisa «deixar tudo», mas ainda é ainda mais importante
«seguir a Jesus Cristo» porque, como aprendemos através dos livros,
muitos deixaram tudo, mas não seguiram a Jesus Cristo. Seguir a Jesus Cristo
é a nossa tarefa, o nosso trabalho e nisso consiste o essencial da
salvação do homem; mas não podemos seguir a Jesus Cristo se não
abandonarmos tudo o que nos entrava. Porque «Ele sai, a percorrer
alegremente o seu caminho como um herói» (Sl 18,6) e ninguém pode
segui-Lo carregado com fardos.
«Nós deixámos tudo para Te seguir», diz Pedro, não apenas os bens deste
mundo, mas também os desejos da nossa alma/pessoa celeste (ou, ou). Porque
quem continua apegado, nem que seja a si mesmo, não abandonou tudo. Mais
ainda, não serve de nada deixar tudo à excepção de si mesmo porque não há
para o homem fardo mais pesado que o seu ‘eu’. Que tirano será mais
cruel, que senhor será mais impiedoso para o homem do que a sua própria
vontade? [...] Por consequência, é necessário que deixemos os nossos bens
e a nossa vontade própria se queremos seguir Aquele que não tinha sequer
«onde reclinar a cabeça» (Lc 9,58) e que não veio para fazer a sua
vontade, mas a vontade daquele que O enviou (Jo 6,38).
Quarta-feira,
dia 17 de Agosto de 2016
Quarta-feira da
20.ª semana do Tempo Comum
O Senhor dirigiu-me
a palavra, dizendo:
«Filho do homem, profetiza contra os pastores de Israel, profetiza e
diz a esses pastores: Assim fala o Senhor Deus: Ai dos pastores de
Israel que se apascentam a si mesmos! Não deviam os pastores apascentar
o rebanho?
Vós, porém, bebeis o leite, vestis-vos com a lã, matais as ovelhas mais
gordas, mas não apascentais o rebanho.
Não fortalecestes as ovelhas débeis, não tratastes as que andavam
doentes nem curastes as que estavam feridas. Não reconduzistes a ovelha
tresmalhada nem procurastes a que andava perdida, mas a todas dominastes
com crueldade e violência.
Elas dispersaram-se por falta de pastor e na debandada tornaram-se
presa de todos os animais selvagens.
As minhas ovelhas andam errantes por toda a parte, sobre as montanhas e
sobre as colinas, dispersaram-se por toda a superfície da terra.
Ninguém se interessa por elas, ninguém as procura.
Por isso, pastores, escutai a palavra do Senhor:
Pela minha vida – diz o Senhor Deus – Eu vos asseguro: Porque as minhas
ovelhas, por falta de pastor, foram entregues à pilhagem e se tornaram
presa de todos os animais selvagens; porque os meus pastores não se
preocupam com o meu rebanho, mas apascentam-se a si mesmos, em vez de
apascentar as minhas ovelhas;
por isso, pastores, escutai a palavra do Senhor:
Assim fala o Senhor Deus: Eu vou pedir contas aos pastores, vou
exigir-lhes que entreguem as minhas ovelhas; hei-de impedi-los de
apascentar o meu rebanho e os pastores não mais se apascentarão a si
mesmos. Salvarei as minhas ovelhas da sua boca e elas deixarão de ser
uma presa para eles.
Assim fala o Senhor Deus: Eu próprio irei em busca das minhas ovelhas,
Eu próprio cuidarei do meu rebanho».
Livro de Salmos
23(22),1-3a.3b-4.5.6.
O Senhor é meu
pastor: nada me falta.
Leva-me a descansar em verdes prados,
conduz-me às águas refrescantes
e reconforta a minha alma/pessoa celeste.
Ele me guia por sendas direitas por amor do seu nome.
Ainda que tenha de andar por vales tenebrosos,
não temerei nenhum mal porque Vós estais comigo:
o vosso cajado e o vosso báculo
me enchem de confiança.
Para mim preparais a mesa
à vista dos meus adversários;
com óleo me perfumais a cabeça
e o meu cálice transborda.
A bondade e a graça hão-de acompanhar-me
todos os dias da minha vida
e habitarei na casa do Senhor
para todo o sempre.
Evangelho
segundo S. Mateus 20,1-16a.
Naquele tempo,
disse Jesus Cristo aos seus discípulos a seguinte parábola: «O reino
dos Céus pode comparar-se a um proprietário que saiu muito cedo a
contratar trabalhadores para a sua vinha.
Ajustou com eles um denário por dia e mandou-os para a sua vinha.
Saiu a meia manhã, viu outros que estavam na praça ociosos
e disse-lhes: ‘Ide vós também para a minha vinha e dar-vos-ei o que for
justo’.
E eles foram. Voltou a sair, por volta do meio-dia e pelas três horas
da tarde e fez o mesmo.
Saindo ao cair da tarde, encontrou ainda outros que estavam parados e
disse-lhes: ‘Porque ficais aqui todo o dia sem trabalhar?’.
Eles responderam-lhe: ‘Ninguém nos contratou’. Ele disse-lhes: ‘Ide vós
também para a minha vinha’.
Ao anoitecer, o dono da vinha disse ao capataz: ‘Chama os trabalhadores
e paga-lhes o salário, a começar pelos últimos e a acabar nos
primeiros’.
Vieram os do entardecer e receberam um denário cada um.
Quando vieram os primeiros, julgaram que iam receber mais, mas
receberam também um denário cada um.
Depois de o terem recebido, começaram a murmurar contra o proprietário,
dizendo:
‘Estes últimos trabalharam só uma hora e deste-lhes a mesma paga que a
nós, que suportámos o peso do dia e o calor’.
Mas o proprietário respondeu a um deles: ‘Amigo, em nada te prejudico.
Não foi um denário que ajustaste comigo?
Leva o que é teu e segue o teu caminho. Eu quero dar a este último
tanto como a ti.
Não me será permitido fazer o que quero do que é meu? Ou serão maus os
teus olhos porque eu sou bom?’.
Assim os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos».
(Esta parábola tem muitas perspectivas: por exemplo, o que Deus tem
para oferecer é o seu reino; então é entrar ou não entrar. Por exemplo,
todos os trabalhadores têm família e todos têm despesas semelhantes a
pagar…)
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
São Gregório Magno (c.
540-604), papa, doutor da Igreja
Homilias sobre o Evangelho, n.º 19
Os trabalhadores da vinha do Senhor
O Reino
dos Céus é comparado a um pai de família que contrata trabalhadores
para cultivar a vinha. Ora quem, a não ser o nosso Criador, merecerá
com justiça ser comparado a tal pai de família, Ele que governa aqueles
que criou e que exerce neste mundo o direito de propriedade sobre os
seus eleitos como um amo o faz com os servos de sua casa? Ele possui
uma vinha, a Igreja universal, que produziu, por assim dizer, tantos
sarmentos quantos os santos, desde Abel, o justo, até ao último eleito
que nascerá no fim do mundo.
Este Pai de família contrata trabalhadores para cultivar a sua vinha ao
nascer do dia, à terceira hora, à sexta, à nona e à décima primeira,
dado que não cessa, desde o princípio do mundo até ao fim, de reunir
pregadores para instruir a multidão dos fiéis. Para o mundo, o nascer
do dia foi de Adão a Noé; a terceira hora, de Noé a Abraão; a sexta, de
Abraão a Moisés; a nona, de Moisés até à vinda do Senhor e a décima
primeira, da vinda do Senhor até ao fim do mundo. Os santos apóstolos
foram enviados a pregar nesta última hora e, apesar da sua vinda
tardia, receberam o salário por completo.
O Senhor não pára, portanto em tempo algum, de enviar trabalhadores
para cultivar a sua vinha, isto é, para ensinar o seu povo. Porque,
enquanto fazia frutificar os bons costumes do seu povo através dos
patriarcas, dos doutores da Lei e dos profetas e finalmente dos
apóstolos, Ele trabalhava, por assim dizer, no cultivo da sua vinha por
intermédio dos seus trabalhadores. Todos aqueles que, a uma fé justa,
acrescentaram boas obras, foram os trabalhadores dessa vinha.
Quinta-feira, dia 18 de Agosto de 2016
Quinta-feira
da 20.ª semana do Tempo Comum
Eis o que diz o
Senhor: «Manifestarei a santidade do meu grande nome, profanado por
vós entre as nações para onde fostes. E as nações reconhecerão que Eu
sou o Senhor – oráculo do Senhor Deus – quando a seus olhos Eu
manifestar a minha santidade, a vosso respeito.
Então retirar-vos-ei de entre as nações, reunir-vos-ei de todos os
países para vos restabelecer na vossa terra.
Derramarei sobre vós água pura e ficareis limpos de todas as
imundícies e purificar-vos-ei de todos os falsos deuses.
Dar-vos-ei um coração novo e infundirei em vós um espírito novo.
Arrancarei do vosso peito o coração de pedra e dar-vos-ei um coração
de carne.
Infundirei em vós o meu espírito e farei que vivais segundo os meus
preceitos, que observeis e ponhais em prática as minhas leis.
Habitareis na terra que dei a vossos pais; sereis o meu povo e Eu
serei o vosso Deus».
Livro de
Salmos 51(50),12-13.14-15.18-19.
Criai em mim, ó
Deus, um coração puro
e fazei nascer dentro de mim um espírito firme.
Não queirais repelir-me da vossa presença
e não retireis de mim o vosso espírito de santidade.
Dai-me de novo a alegria da vossa salvação
e sustentai-me com espírito generoso.
Ensinarei aos pecadores os vossos caminhos
e os transviados hão-de voltar para Vós.
Não é do sacrifício que Vos agradais
e, se eu oferecer um holocausto, não o aceitareis.
Sacrifício agradável a Deus é o espírito
arrependido:
não desprezeis, Senhor, um espírito humilhado e contrito.
Evangelho segundo S. Mateus 22,1-14.
Naquele tempo,
Jesus Cristo dirigiu-Se de novo aos príncipes dos sacerdotes e aos
anciãos do povo e, falando em parábolas,
disse-lhes: «O reino dos Céus pode comparar-se a um rei que preparou
um banquete nupcial para o seu filho.
Mandou os servos chamar os convidados para as bodas, mas eles não
quiseram vir.
Mandou ainda outros servos, ordenando-lhes: ‘Dizei aos convidados:
Preparei o meu banquete, os bois e cevados foram abatidos, tudo está
pronto. Vinde às bodas’.
Mas eles, sem fazerem caso, foram um para o seu campo e outro para o
seu negócio;
os outros apoderaram-se dos servos, trataram-nos mal e mataram-nos.
O rei ficou muito indignado e enviou os seus exércitos que acabaram
com aqueles assassinos e incendiaram a cidade.
Disse então aos servos: ‘O banquete está pronto, mas os convidados
não eram dignos.
Ide às encruzilhadas dos caminhos e convidai para as bodas todos os
que encontrardes’.
Então os servos, saindo pelos caminhos, reuniram todos os que
encontraram, maus e bons. E a sala do banquete encheu-se de
convidados.
O rei, quando entrou para ver os convidados, viu um homem que não
estava vestido com o traje nupcial
e disse-lhe: ‘Amigo, como entraste aqui sem o traje nupcial?’. Mas
ele ficou calado.
O rei disse então aos servos: ‘Amarrai-lhe os pés e as mãos e lançai-o
às trevas exteriores; aí haverá choro e ranger de dentes’.
Na verdade, muitos são os chamados, mas poucos os escolhidos». (o
universo do Bem está para todos, mas quem não quer fazer a conversão
para o BEM não pode lá ficar; por isso é lançado nas trevas, universo
do Mal; ou ou)
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos
- www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
São Tiago de Sarug (c.
449-521), monge e bispo sírio
Homilia sobre o véu de Moisés
«O reino dos Céus pode comparar-se a um rei que preparou
um banquete nupcial para o seu filho.»
Nos
seus desígnios misteriosos, o Pai tinha preparado uma esposa para o
seu Filho único e tinha-Lha apresentado sob as imagens da profecia.
[...] Moisés escreveu no seu livro que «o homem deixará o pai e a mãe
para se unir à sua esposa e os dois serão uma só carne» (Gn 2,24). O
profeta Moisés falou-nos nesses termos do homem e da mulher para
anunciar Jesus Cristo e a sua Igreja. Com o olhar agudo do profeta,
ele viu Jesus Cristo unir-Se à Igreja, graças ao mistério da água:
viu Jesus Cristo atrair a Igreja a Si desde o seio virginal e a
Igreja atrair Jesus Cristo a si na água do baptismo. O Esposo e a
Esposa ficaram assim inteiramente unidos de uma maneira mística; foi
por isso que Moisés, com a face velada (Ex 34,33), contemplou Jesus Cristo
e a Igreja: a um chamou «homem» à outra «mulher», para evitar mostrar
aos hebreus a realidade em toda a sua clareza. [...] O véu ainda
cobriria esse mistério durante algum tempo: ninguém conhecia o
significado dessa grande imagem; ignorava-se o que ela representava.
Depois da celebração das núpcias, veio Paulo. Viu o véu que cobria
todo esse esplendo, e levantou-o, para revelar Jesus Cristo e sua
Esposa ao mundo, mostrando que era mesmo a eles que Moisés tinha
descrito na sua visão profética. Exultando de divina alegria, o
apóstolo proclamou: «Grande é este mistério» (Ef 5,32) e revelou o
que representava essa imagem velada a que o profeta chamava homem e
mulher: «Eu interpreto-o como sendo Jesus Cristo e a Igreja; [...]
serão os dois uma só carne» (cf Ef 5,31).
Sexta-feira, dia 19 de Agosto de 2016
Sexta-feira
da 20.ª semana do Tempo Comum
Naqueles dias,
a mão do Senhor pairou sobre mim e o Senhor levou-me pelo seu
espírito e colocou-me no meio de um vale que estava coberto de
ossos.
Fez-me andar à volta deles em todos os sentidos: os ossos eram em
grande número, na superfície do vale, e estavam completamente
ressequidos.
Disse-me o Senhor: «Filho do homem, poderão reviver estes ossos?».
Eu respondi: «Senhor Deus, Vós o sabeis».
Então Ele disse-me: «Profetiza acerca destes ossos e diz-lhes:
Ossos ressequidos, escutai a palavra do Senhor.
Eis o que diz o Senhor Deus a estes ossos: Vou introduzir em vós o
espírito e revivereis.
Hei-de cobrir-vos de nervos, encher-vos de carne e revestir-vos de
pele. Infundirei em vós o espírito e revivereis. Então sabereis que
Eu sou o Senhor».
Eu profetizei, segundo a ordem recebida. Quando eu estava a
profetizar, ouvi um rumor e vi um movimento entre os ossos que se
aproximavam uns dos outros.
Vi que se tinham coberto de nervos, que a carne crescera e a pele
os revestia; mas não havia espírito neles.
Disse-me o Senhor: «Profetiza ao espírito, profetiza, filho do
homem, e diz ao espírito: Eis o que diz o Senhor Deus: Vem dos
quatro ventos, ó espírito, e sopra sobre estes mortos, para que
tornem a viver».
Eu profetizei, como o Senhor me ordenara e o espírito entrou
naqueles mortos; eles voltaram à vida e puseram-se de pé: era um
exército muito numeroso.
Então o Senhor disse-me: «Filho do homem, estes ossos são toda a
casa de Israel. Eles afirmaram: ‘Os nossos ossos estão ressequidos,
desvaneceu-se a nossa esperança, estamos perdidos’.
Por isso profetiza e diz-lhes: Assim fala o Senhor Deus: Abrirei os
vossos túmulos e deles vos farei ressuscitar, meu povo, para vos
reconduzir à terra de Israel.
Haveis de reconhecer que Eu sou o Senhor, quando Eu abrir os vossos
túmulos e deles vos fizer ressuscitar, meu povo.
Infundirei em vós o meu espírito e revivereis. Hei-de fixar-vos na
vossa terra e reconhecereis que Eu, o Senhor, digo e faço».
Livro de
Salmos 107(106),2-3.4-5.6-7.8-9.
Digam aqueles
que o Senhor resgatou,
os que Ele libertou do poder do
inimigo;
os que Ele reuniu de todas as terras,
do Oriente e do Ocidente, do
Norte e do Sul.
Erravam na solidão do deserto,
sem caminho para cidade onde
habitar.
Devorados pela fome e pela sede,
sentiam desfalecer-lhes a vida.
Na sua angústia invocaram o Senhor
e Ele salvou-os da aflição.
Conduziu-os por caminho direito
até uma cidade onde habitassem.
Louvores ao Senhor pela sua
misericórdia,
pelos seus prodígios em favor dos
homens.
Porque Ele deu de beber aos que tinham
sede e saciou os que tinham fome.
Evangelho segundo S. Mateus 22,34-40.
Naquele tempo,
os fariseus, ouvindo dizer que Jesus Cristo tinha feito calar os
saduceus, reuniram-se em grupo
e um doutor da Lei perguntou a Jesus Cristo, para O experimentar:
«Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?».
Jesus Cristo respondeu: «‘Amarás
o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma e com
todo o teu espírito’.
Este é o maior e o primeiro mandamento.
O segundo, porém é semelhante a este: ‘Amarás o teu próximo como a ti mesmo’.
Nestes dois mandamentos se resumem toda a Lei e os Profetas».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos
Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Santa Teresa Benedita da
Cruz (Edith Stein) (1891-1942), carmelita, mártir, copadroeira
da Europa
«A História e o Espírito do Carmelo»
«Feliz o homem, que se compraz na
Lei do Senhor e nela medita dia e noite» (Sl 1,1-2)
O que
significa a Lei do Senhor? O Salmo 118 está todo ele repleto do
desejo de conhecer a Lei do Senhor e de se deixar guiar por ela ao
longo da vida. Pode ser que o salmista tenha pensado na Lei da
Antiga Aliança. O seu conhecimento exigia efectivamente um estudo
sobre a longevidade da vida e a sua concretização, um esforço de
vontade também ao longo da vida. Mas o Senhor libertou-nos do jugo
da Lei. Podemos considerar como Lei da Nova Aliança o grande
preceito do amor que encerra a Lei e os Profetas, tal como foi
dito; de facto, o perfeito amor a Deus e ao próximo seria
certamente um objecto digno de ser meditado a vida inteira.
Mas, mais ainda, entendemos pela Lei da Nova Aliança o próprio
Senhor Jesus Cristo, uma vez que a sua vida constitui para nós o
modelo da vida que temos de viver. Deste modo, cumprimos a nossa
regra quando mantemos incessantemente diante dos olhos a imagem do
Senhor Jesus Cristo, para sermos configuradas com ela; o Evangelho
é o livro que nunca acabaremos de estudar. Mas não encontramos o
Salvador apenas nos relatos dos testemunhos da sua vida. Ele está
presente no Santíssimo Sacramento e as horas de adoração diante do
supremo Bem, a escuta atenta da voz do Deus da Eucaristia são, a um
tempo, «meditação da Lei do Senhor» e «velada de oração». No
entanto, atingimos o mais alto grau quando «a Lei habita no nosso
coração» (Sl 39,11).
Sábado, dia 20 de Agosto de 2016
Sábado da
20.ª semana do Tempo Comum
O Anjo
levou-me até à porta do templo que está voltada para o oriente.
A glória do Deus de Israel vinha do lado do oriente, com o rumor
semelhante ao marulhar das águas caudalosas e a terra
resplandecia com a sua glória.
A visão que eu contemplava era semelhante à visão que eu tive
quando ele veio para destruir a cidade e à que me tinha aparecido
nas margens do rio Quebar. Então prostrei-me com o rosto em
terra.
A glória do Senhor entrou no templo pela porta que está voltada
para o oriente.
O espírito levantou-me e introduziu-me no átrio interior: a
glória do Senhor enchia o templo.
Então ouvi Alguém que me falava do interior do templo, enquanto o
homem estava de pé junto de mim.
E disse-me: «Filho do homem, é este o lugar do meu trono, o lugar
onde assentam as plantas dos meus pés; aqui habitarei para
sempre, no meio dos filhos de Israel».
Livro de
Salmos 85(84),9ab-10.11-12.13-14.
Escutemos o
que diz o Senhor:
Deus fala de paz ao seu povo e aos seus fiéis.
A sua salvação está perto dos que O adoram
e a sua glória habitará na nossa terra.
Encontraram-se a misericórdia e a fidelidade,
abraçaram-se a paz e a justiça.
A fidelidade vai germinar da terra
e a justiça descerá do Céu.
O Senhor dará ainda o que é bom
e a nossa terra produzirá os seus frutos.
A justiça caminhará à sua frente
e a paz seguirá os seus passos.
Evangelho segundo S. Mateus 23,1-12.
Naquele
tempo, Jesus Cristo falou à multidão e aos discípulos, dizendo:
«Na cadeira de Moisés sentaram-se os escribas e os fariseus.
Fazei e observai tudo quanto vos disserem, mas não imiteis as
suas obras porque eles dizem e não fazem.
Atam fardos pesados e põem-nos aos ombros dos homens, mas eles
nem com o dedo os querem mover.
Tudo o que fazem é para serem vistos pelos homens: alargam os
filactérios e ampliam as borlas;
gostam do primeiro lugar nos banquetes e dos primeiros assentos
nas sinagogas,
das saudações nas praças públicas e que os tratem por ‘Mestres’.
Vós, porém não vos deixeis tratar por ‘Mestres’ porque um só é o
vosso Mestre (Jesus Cristo) e vós sois todos irmãos.
Na terra não chameis a ninguém vosso ‘Pai’ porque um só é o vosso
pai, o Pai celeste.
Nem vos deixeis tratar por ‘Doutores’ porque um só é o vosso
doutor, o Messias.
Aquele que for o maior entre vós será o vosso servidor.
Quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos
Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Imitação de Cristo,
tratado espiritual do século XV, Livraria Moraes, 1959
§2
«Aquele que for o maior entre vós
será o vosso servo.»
Se
souberes calar-te e manter-te paciente, receberás sem qualquer
dúvida o auxílio do Senhor. É Ele que conhece o momento e a
maneira de te libertar; é por isso que te deves abandonar a Ele.
É de Deus que vem o socorro, a libertação de toda a humilhação.
Muitas vezes, é muito vantajoso, para nos guardar numa maior
humildade, que os outros conheçam e critiquem as nossas faltas.
Quando um homem se humilha das suas faltas, é-lhe fácil apaziguar
os outros e conquista facilmente aqueles que se irritam contra
ele.
Ao humilde, Deus defende e liberta; ao humilde, Deus acarinha e
consola; é para o humilde que Deus Se inclina. Ao que é humilde,
Deus concede uma graça abundante e, após a sua humilhação, fá-lo
subir à glória. Ao que é humilde, Deus revela os seus segredos,
atrai-o e convida-o docemente a ir até Ele.©
http://goo.gl/RSVXh5 portal da Confraria Bolos
D. Rodrigo
Os meus filmes
2.º – O Cemitério de Lagos
3.º – Lagos e a sua Costa Dourada
4.º – Natal de 2012
5.º – Tempo de Poesia
Os meus blogues
--------------------------------------------
http://www.descubriter.com/pt/ Rota
Europeia dos Descobrimentos
http://www.psd.pt/ Homepage - “Povo Livre” -
Arquivo - PDF
http://www.radiosim.pt/ 18,30h
– terço todos os dias
(livros, música, postais, … cristãos)
http://www.santo-antonio.webnode.pt/
|
|
|
|
|
|
|
Sem comentários:
Enviar um comentário