domingo, 29 de abril de 2018

Cristianismo 257 até 28-04-2018



"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68

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Domingo, dia 22 de Abril de 2018

4.º Domingo da Páscoa

Festa da Igreja : Quarto Domingo de Páscoa (semana IV do saltério)
Santo do dia : São Sotero, Papa, mártir, +174, Santa Senhorinha, virgem, +982

Livro dos Actos dos Apóstolos 4,8-12.
Naqueles dias, Pedro, cheio do Espírito Santo, disse-lhes: «Chefes do povo e anciãos,

já que hoje somos interrogados sobre um benefício feito a um enfermo e o modo como ele foi curado,
ficai sabendo todos vós e todo o povo de Israel: É em nome de Jesus Cristo, de Nazaré, que vós crucificastes e Deus ressuscitou dos mortos, é por Ele que este homem se encontra perfeitamente curado na vossa presença.
Jesus é a pedra que vós, os construtores, desprezastes e que veio a tornar-se pedra angular.
E em nenhum outro há salvação, pois não existe debaixo do céu outro nome, dado aos homens, pelo qual possamos ser salvos».

Livro de Salmos 118(117),1.8-9.21-23.26.28cd.29.
Agradecei ao Senhor porque Ele é bom,
porque é eterna a sua misericórdia.
Mais vale refugiar-se no Senhor
do que fiar-se nos homens.
Mais vale refugiar-se no Senhor
do que fiar-se nos poderosos.

Eu Vos agradeço porque me ouvistes
e fostes o meu Salvador.
A pedra que os construtores rejeitaram
tornou-se pedra angular.
Tudo isto veio do Senhor:
é admirável aos nossos olhos.

Bendito o que vem em nome do Senhor,
da casa do Senhor nós Vos bendizemos.
Vós sois o meu Deus: eu Vos agradeço.
Vós sois o meu Deus: eu Vos exaltarei.
Agradecei ao Senhor porque Ele é bom,
porque é eterna a sua misericórdia.

1.ª Carta de São João 3,1-2.
Caríssimos: Vede que admirável amor o Pai nos consagrou em nos chamar filhos de Deus. E somo-lo de facto. Se o mundo não nos conhece, é porque não O conheceu a Ele.
Caríssimos, agora somos filhos de Deus e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, na altura em que se manifestar, seremos participantes com Deus porque estaremos na Sua presença.

Evangelho segundo São João 10,11-18.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo: «Eu sou o Bom Pastor. O bom pastor dá a vida pelas suas ovelhas.
O mercenário, como não é pastor nem são suas as ovelhas, logo que vê vir o lobo, deixa as ovelhas e foge, enquanto o lobo as arrebata e dispersa.
O mercenário não se preocupa com as ovelhas.
Eu sou o Bom Pastor: conheço as minhas ovelhas e as minhas ovelhas conhecem-Me,
do mesmo modo que o Pai Me conhece e Eu conheço o Pai; Eu dou a vida pelas minhas ovelhas.
Tenho ainda outras ovelhas que não são deste redil e preciso de as reunir; elas ouvirão a minha voz e haverá um só rebanho e um só Pastor.
Por isso o Pai Me ama: porque dou a minha vida para poder retomá-la.
Ninguém Ma tira, sou Eu que a dou espontaneamente. Tenho o poder de a dar e de a retomar: foi este o mandamento que recebi de meu Pai».

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
Basílio de Selêucia (?-c. 468), bispo
Homilia 26, sobre o Bom Pastor; PG 85, 299
«O bom pastor dá a vida pelas suas ovelhas»
«Eu sou o Bom Pastor. O bom pastor dá a vida pelas suas ovelhas.» Pilatos viu este Pastor; os judeus também O viram a ser conduzido à cruz pelo seu rebanho, como tinha sido claramente anunciado pelo coro dos profetas muito antes da Paixão: «Como cordeiro levado ao matadouro, como ovelha muda ante os tosquiadores» (Is 53,7). Ele não recusa a morte, não foge ao julgamento, não afasta os que O crucificam.
Ele não sofreu a Paixão: quis a Paixão, pelas suas ovelhas. Tenho o poder de dar a minha vida, afirmara, e de a retomar. Ele destruiu o sofrimento pelo sofrimento da sua Paixão, a morte pela sua morte. Por meio do seu túmulo, abriu os túmulos. Abalou o local de repouso dos mortos, fazendo saltar os respectivos ferrolhos. Os túmulos estavam selados e a prisão fechada até que o Pastor desceu à mansão dos mortos para aí anunciar a libertação às suas ovelhas que estavam adormecidas (cf 1Pe 3,19). Ao chegar, deu ordem aos mortos de saírem dali e renovou o apelo à vida: «O bom pastor dá a vida pelas suas ovelhas»: é assim que Ele procura o amor das suas ovelhas. Aquele que ama a Jesus Cristo é o que sabe ouvir a sua voz.


Segunda-feira, dia 23 de Abril de 2018

Segunda-feira da 4.ª semana da Páscoa

Santo do dia : São Jorge, mártir, +303, Santo Adalberto de Praga, bispo, mártir, +997

Livro dos Actos dos Apóstolos 11,1-18.
Naqueles dias, os Apóstolos e os irmãos da Judeia ouviram dizer que os gentios também tinham recebido a palavra de Deus.
E quando Pedro subiu a Jerusalém, os que tinham vindo da circuncisão começaram a discutir com ele,
dizendo: «Tu entraste em casa dos incircuncisos e comeste com eles».
Pedro começou então a expor-lhes tudo por ordem:
«Estava eu a orar na cidade de Jope, quando tive em êxtase uma visão: Era um objecto semelhante a uma toalha que descia do céu, presa pelas quatro pontas e chegou até junto de mim.
Fitando os olhos nela, pus-me a observar e vi quadrúpedes da terra, feras, répteis e aves do céu.
Ouvi então uma voz que me dizia: ‘Levanta-te, Pedro; mata e come’.
Mas eu respondi: ‘De modo nenhum, Senhor, porque na minha boca nunca entrou nada de profano ou impuro’.
Pela segunda vez, falou a voz lá do céu: ‘Não chames impuro ao que Deus purificou’.
Isto sucedeu por três vezes e depois tudo foi novamente retirado para o céu.
Nisto, apresentaram-se três homens na casa em que estávamos, enviados de Cesareia à minha presença.
O Espírito disse-me então que fosse com eles sem hesitar. Foram também comigo estes seis irmãos aqui presentes e entrámos em casa daquele homem.
Ele contou-nos como tinha visto um Anjo apresentar-se em sua casa e dizer-lhe: ‘Envia mensageiros a Jope e manda chamar Simão que tem o sobrenome de Pedro.
Ele te dirá palavras, pelas quais receberás a salvação assim como toda a tua família’.
Quando comecei a falar, o Espírito Santo desceu sobre eles, como sobre nós ao princípio.
Lembrei-me então das palavras que o Senhor dizia: ‘João baptizou com água, mas vós sereis baptizados no Espírito Santo’.
Se Deus lhes concedeu o mesmo dom que a nós por terem acreditado no Senhor Jesus Cristo, quem era eu para poder opor-me a Deus?»
Quando ouviram estas palavras, tranquilizaram-se e deram glória a Deus, dizendo: «Portanto, Deus concedeu também aos gentios o arrependimento que conduz à vida».

Livro de Salmos 42(41),2-3.43(42),3.4.
Como suspira o veado pelas correntes das águas
assim minha alma suspira por Vós, Senhor.
Minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo:
Quando irei estar na presença de Deus?

Enviai a vossa luz e verdade,
sejam elas o meu guia e me conduzam
à vossa montanha santa e ao vosso santuário.
E eu irei ao altar de Deus,

a Deus que é a minha alegria.
Ao som da cítara Vos louvarei, Senhor, meu Deus.

Evangelho segundo São João 10,1-10.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo: «Em verdade, em verdade vos digo: Aquele que não entra no aprisco das ovelhas pela porta, mas entra por outro lado, é ladrão e salteador.
Mas aquele que entra pela porta é o pastor das ovelhas.
O porteiro abre-lhe a porta e as ovelhas conhecem a sua voz. Ele chama cada uma delas pelo seu nome e leva-as para fora.
Depois de ter feito sair todas as que lhe pertencem, caminha à sua frente e as ovelhas seguem-no porque conhecem a sua voz.
Se for um estranho, não o seguem, mas fogem dele porque não conhecem a voz dos estranhos».
Jesus Cristo apresentou-lhes esta comparação, mas eles não compreenderam o que queria dizer.
Jesus Cristo continuou: «Em verdade, em verdade vos digo: Eu sou a porta das ovelhas.
Aqueles que vieram antes de Mim são ladrões e salteadores, mas as ovelhas não os escutaram.
Eu sou a porta. Quem entrar por Mim será salvo: é como a ovelha que entra e sai do aprisco e encontra pastagem.
O ladrão não vem senão para roubar, matar e destruir. Eu vim para que as minhas ovelhas tenham vida e a tenham em abundância».

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
São Tomás de Aquino (1225-1274), teólogo dominicano, doutor da Igreja
Comentário ao Evangelho de João 10, 3
«Quem entrar por Mim será salvo»
«Eu sou o bom pastor». É evidente que o título de pastor convém a Jesus Cristo. Porque, assim como um pastor leva o seu rebanho a pastar assim também Jesus Cristo restaura os fiéis através do alimento espiritual, que é o seu corpo e o seu sangue. [...] Por outro lado, Jesus Cristo afirmou que o pastor entra pela porta e que Ele próprio é essa porta; temos de compreender, pois, que é Ele que entra e que entra por Si mesmo. E é bem verdade: é por Si mesmo que Ele entra; manifesta-Se a Si mesmo e mostra que conhece o Pai por Si mesmo, enquanto nós entramos por Ele e é Ele que nos dá a felicidade perfeita.
Mais ninguém é a porta porque mais ninguém é «a luz verdadeira que a todo o homem ilumina» (Jo 1,9). [...] É por isso que nenhum homem afirma ser a porta; Jesus Cristo reservou para Si este nome, como pertencendo-Lhe com propriedade. O título de pastor, porém, comunicou-o a outros, deu-o a alguns dos seus membros. Com efeito, também Pedro o foi (Jo 21,15) e os outros apóstolos e todos os bispos. «Dar-vos-ei pastores segundo o meu coração», diz a Escritura (Jer 3,15). [...] Nenhum pastor é bom se não estiver unido a Jesus Cristo pela caridade, tornando-se assim membro do verdadeiro pastor.
O serviço do Bom Pastor é a caridade (= amor fraterno). É por isso que Jesus Cristo afirma que dá a vida pelas suas ovelhas (Jo 10,11). [...] Jesus Cristo deu-nos o exemplo: «Ele deu a sua vida por nós e nós devemos dar a vida pelos nossos irmãos» (1Jo 3,16).


Terça-feira, dia 24 de Abril de 2018

Terça-feira da 4.ª semana da Páscoa

Santo do dia : São Fidélis (Fiel) de Sigmaringa, mártir, +1622

Livro dos Actos dos Apóstolos 11,19-26.
Naqueles dias, os irmãos que se tinham dispersado, devido à perseguição desencadeada pelo caso de Estêvão, caminharam até à Fenícia, Chipre e Antioquia. Mas anunciavam a palavra apenas aos judeus.

Houve, contudo, entre eles alguns homens de Chipre e de Cirene que, ao chegarem a Antioquia, começaram a falar também aos gregos, anunciando-lhes o Senhor Jesus.
A mão do Senhor estava com eles e foi grande o número dos que abraçaram a fé e se converteram ao Senhor.
A notícia chegou aos ouvidos da Igreja de Jerusalém e mandaram Barnabé a Antioquia.
Quando este chegou e viu a acção da graça de Deus, encheu-se de alegria e exortou a todos a que se conservassem fiéis ao Senhor, de coração sincero;
era realmente um homem bom e cheio do Espírito Santo e de . Assim uma grande multidão aderiu ao Senhor.
Então Barnabé foi a Tarso procurar Saulo
e, tendo-o encontrado, trouxe-o para Antioquia. Passaram juntos nesta Igreja um ano inteiro e ensinaram muita gente. Foi em Antioquia que, pela primeira vez, se deu aos discípulos o nome de «cristãos».

Livro de Salmos 87(86),1-3.4-5.6-7.
O Senhor ama a cidade,
por Ele fundada sobre os montes santos;

ama as portas de Sião
mais do que todas as moradas de Jacob.

Grandes coisas se dizem de ti, ó cidade de Deus.

Contarei o Egipto e a Babilónia

entre os meus adoradores;
a Filisteia, Tiro e a Etiópia, uns e outros ali nasceram.

E dir-se-á em Sião: «Todos lá nasceram,
o próprio Altíssimo a consolidou».

O Senhor escreverá no registo dos povos:
«Este nasceu em Sião».

E irão dançando e cantando:
«Todas as minhas fontes estão em ti».

Evangelho segundo São João 10,22-30.
Naquele tempo, celebrava-se em Jerusalém a festa da Dedicação do Templo. Era inverno
e Jesus Cristo passeava no templo, sob o Pórtico de Salomão.
Então os judeus rodearam-n’O e disseram: «Até quando nos vais trazer em suspenso? Se és o Messias, diz-nos claramente».
Jesus Cristo respondeu-lhes: «Já vo-lo disse, mas não acreditais. As obras que Eu faço em nome de meu Pai dão testemunho de Mim.
Mas vós não acreditais porque não sois das minhas ovelhas.
As minhas ovelhas escutam a minha voz: Eu conheço as minhas ovelhas e elas seguem-Me.
Eu dou-lhes a vida eterna e nunca hão-de perecer e ninguém as arrebatará da minha mão.
Meu Pai, que Mas deu, é maior do que todos e ninguém pode arrebatar nada da mão do Pai.
Eu e o Pai somos um só».

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
Santo Aelredo de Rievaulx (1110-1167), monge cisterciense
Oração pastoral
«As minhas ovelhas escutam a minha voz: Eu conheço as minhas ovelhas e elas seguem-Me.»
Ó Jesus, ó Bom Pastor, pastor que és verdadeiramente bom, pastor cheio de clemência e de ternura, a Ti clama um miserável e pobre pastor - sim, bem fraco, bem incapaz, bem inútil e, contudo, realmente pastor das tuas ovelhas. A Ti, ó Bom Pastor, clama este pobre pastor que está longe de ser bom; a Ti clama, preocupado consigo próprio, preocupado com as tuas ovelhas. Senhor, Tu conheces o meu coração: sabes que ele só tem um desejo, o de entregar tudo o que lhe deste às tuas ovelhas, gastá-lo totalmente para seu bem. Mais, quereria entregar-me a mim próprio por elas. Que assim seja, ó meu Senhor, que assim seja! [...]
Ensina-me apenas, peço-To, pelo teu Espírito Santo, ensina o teu servo como deve gastar-se por elas. Concede-me, Senhor, pela tua graça inefável, suportar com paciência as suas enfermidades, compadecer-me com ternura, procurar para elas remédios eficazes. Que eu aprenda, sob a inspiração do teu Espírito, a consolar os aflitos, a devolver a coragem àqueles que a perderam, a erguer os que caem, a sentir-me fraco com os fracos [...], a fazer-me tudo para todos para salvar a todos. Põe sempre nos meus lábios a palavra verdadeira, a palavra recta, a palavra justa, a fim de que todos cresçam na , na esperança e no amor, em castidade e em humildade, em paciência e em obediência, em fervor de espírito e em pureza de coração. Uma vez que lhes deste este guia cego, este mestre ignorante, este chefe incapaz; concede, Senhor, a este mestre ciência, luz e competência.


Quarta-feira, dia 25 de Abril de 2018

São Marcos Evangelista, festa

Revesti-vos de humildade, uns para com os outros porque «Deus resiste aos soberbos e dá a graça aos humildes».
Humilhai-vos sob a poderosa mão de Deus para que Ele vos exalte no tempo oportuno.
Confiai-Lhe todas as vossas preocupações porque Ele vela por vós.
Sede sóbrios e vigiai. O vosso inimigo, o diabo, anda à vossa volta como leão que ruge, procurando a quem devorar.
Resisti-lhe, firmes na fé, sabendo que os vossos irmãos espalhados pelo mundo suportam os mesmos sofrimentos.
O Deus de toda a graça, que vos chamou para a sua eterna glória em Jesus Cristo, depois de terdes sofrido um pouco, vos restabelecerá, vos aperfeiçoará, vos fortificará e vos tornará inabaláveis.
A Ele o poder e a glória pelos séculos dos séculos. Ámen.
Foi por meio de Silvano, a quem considero irmão de confiança, que vos escrevi estas breves palavras, para vos exortar e assegurar que é esta a verdadeira graça de Deus. Permanecei firmes nela.
Saúda-vos a comunidade estabelecida em Babilónia, eleita como vós e também Marcos, meu filho.
Saudai-vos uns aos outros com o ósculo da caridade. Paz a todos os que estais em Jesus Cristo.

Livro de Salmos 89(88),2-3.6-7.16-17.
Cantarei eternamente as misericórdias do Senhor
e para sempre proclamarei a sua fidelidade.
Vós dissestes:
«A bondade está estabelecida para sempre»,

no céu permanece firme a vossa fidelidade.
Senhor, os céus proclamam as vossas maravilhas
e a assembleia dos santos a vossa fidelidade.
Quem sobre as nuvens se pode comparar ao Senhor?

Quem entre os filhos de Deus será igual ao Senhor?
Feliz do povo que sabe aclamar-Vos
e caminha, Senhor, à luz da Vossa presença.
Todos os dias aclama o vosso nome

e se gloria com a vossa justiça.

Evangelho segundo São Marcos 16,15-20.
Naquele tempo, Jesus Cristo apareceu aos Onze e disse-lhes: «Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura.
Quem acreditar e for baptizado será salvo; mas quem não acreditar será condenado.
Eis os milagres que acompanharão os que acreditarem: expulsarão os demónios em meu nome; falarão novas línguas;
se pegarem em serpentes ou beberem veneno, não sofrerão nenhum mal e quando impuserem as mãos sobre os doentes, eles ficarão curados».
E assim o Senhor Jesus Cristo, depois de ter falado com eles, foi elevado ao Céu e sentou-Se à direita de Deus.
Eles partiram a pregar por toda a parte e o Senhor cooperava com eles, confirmando a sua palavra com os milagres que a acompanhavam.

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
Santo Ireneu de Lyon (c. 130-c. 208), bispo, teólogo, mártir
«Contra as Heresias», III 1,1
«Pregai o Evangelho a toda a criatura»
Quando Nosso Senhor Jesus Cristo ressuscitou dos mortos e os apóstolos foram revestidos com a força do alto pela vinda do Espírito Santo (Lc 24,49), ficaram cheios de certezas sobre tudo e receberam o conhecimento perfeito. Foram então até aos confins da Terra (Sl 18,5) proclamar a Boa Nova que nos vem de Deus e anunciar aos homens a paz do Céu, eles que possuíam o Evangelho de Deus.
Assim Mateus, no meio dos hebreus e na sua própria língua, publicou uma forma escrita do Evangelho, enquanto Pedro e Paulo evangelizavam Roma e aí fundavam a Igreja. Após a morte destes dois apóstolos, Marcos, discípulo de Pedro e seu intérprete (1Pe 5,19), transmitiu-nos por escrito a pregação de Pedro. Por seu lado, Lucas, companheiro de Paulo, consignou num livro o Evangelho pregado por este. Por fim, João, o discípulo do Senhor, o mesmo que tinha repousado sobre o seu peito, também publicou um Evangelho durante a sua estada em Éfeso. [...]
Marcos, intérprete e companheiro de Pedro, declarou o seguinte no início da sua redacção do Evangelho: «Início do Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus. Tal como está escrito nos profetas, "eis que envio o meu mensageiro diante de ti para preparar o teu caminho"». [...] Como se vê, Marcos faz das palavras dos santos profetas o início do Evangelho e põe logo a abrir, como Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, Aquele que os profetas proclamaram como Deus e Senhor. [...] No fim do Evangelho, Marcos diz: «E o Senhor Jesus, depois de lhes ter falado, foi levado aos Céus e sentou-Se à direita de Deus». É a confirmação da palavra do profeta: «Oráculo do Senhor ao meu senhor: Senta-Te à minha direita e eu farei dos teus inimigos escabelo para os teus pés» (Sl 109,1).


Quinta-feira, dia 26 de Abril de 2018

Quinta-feira da 4.ª semana da Páscoa

Naqueles dias, Paulo e os seus companheiros largaram de Pafos e dirigiram-se a Perga da Panfília. Mas João Marcos separou-se deles para voltar a Jerusalém.
Eles prosseguiram de Perga e chegaram a Antioquia da Pisídia. A um sábado, entraram na sinagoga e sentaram-se.
Depois da leitura da Lei e dos Profetas, os chefes da sinagoga mandaram-lhes dizer: «Irmãos, se tendes alguma exortação a fazer ao povo, falai».
Paulo levantou-se, fez sinal com a mão e disse: «Homens de Israel e vós que temeis a Deus, escutai:
O Deus deste povo de Israel escolheu os nossos pais e fez deles um grande povo, quando viviam como estrangeiros na terra do Egipto. Com seu braço poderoso tirou-os de lá
e durante quarenta anos sustentou-os no deserto e,
depois de exterminadas sete nações na terra de Canaã, deu essas terras como herança ao seu povo.
Tudo isto durou cerca de quatrocentos e cinquenta anos. Em seguida, deu-lhes juízes até ao profeta Samuel.
Então o povo pediu um rei e Deus concedeu-lhes Saul, filho de Cis, da tribo de Benjamim, que reinou durante quarenta anos.
Depois, tendo-o rejeitado, suscitou-lhes David como rei, de quem deu este testemunho: ‘Encontrei David, filho de Jessé, homem segundo o meu coração, que fará sempre a minha vontade’.
Da sua descendência, como prometera, Deus fez nascer Jesus Cristo, o Salvador de Israel.
João tinha proclamado, antes da sua vinda, um baptismo de penitência a todo o povo de Israel.
Prestes a terminar a sua carreira, João dizia: ‘Eu não sou quem julgais; mas depois de mim, vai chegar Alguém, a quem eu não sou digno de desatar as sandálias dos seus pés’».

Livro de Salmos 89(88),2-3.21-22.25.27.
Cantarei eternamente as misericórdias do Senhor
e para sempre proclamarei a sua fidelidade.
Vós dissestes:
«A bondade está estabelecida para sempre»,

no céu permanece firme a vossa fidelidade.
Encontrei a David, meu servidor,
ungi-o com óleo santo.
Estarei sempre a seu lado

e com a minha força o sustentarei.
A minha fidelidade e minha bondade estarão com ele,
pelo meu nome será firmado o seu poder.
Ele Me invocará: «Vós sois meu pai,

meu Deus, meu Salvador».

Evangelho segundo São João 13,16-20.
Naquele tempo, quando Jesus Cristo acabou de lavar os pés aos seus discípulos, disse-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: O servo não é maior do que o seu senhor nem o enviado é maior do que aquele que o enviou.
Sabendo isto, sereis felizes se o puserdes em prática.
Não falo de todos vós: Eu conheço aqueles que escolhi; mas tem de cumprir-se a Escritura que diz: ‘Quem come do meu pão levantou contra Mim o calcanhar’.
Desde já vo-lo digo antes que aconteça para que, quando acontecer, acrediteis que Eu sou.
Em verdade, em verdade vos digo: Quem recebe aquele que Eu enviar, a Mim recebe e quem Me recebe a Mim, recebe Aquele que Me enviou».

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
Papa Francisco
Exortação apostólica «Evangelii Gaudium / A alegria do evangelho» § 24 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana, rev)
«O enviado não é mais do que aquele que o envia»
A Igreja «em saída» é a comunidade de discípulos missionários que «primeireiam», que se envolvem, que acompanham, que frutificam e festejam. […] A comunidade missionária experimenta que o Senhor tomou a iniciativa, que Ele a precedeu no amor (cf 1Jo 4,19) e, por isso sabe ir à frente, tomar a iniciativa sem medo, ir ao encontro, procurar os afastados e chegar às encruzilhadas dos caminhos para convidar os excluídos (cf Lc 14.23). Vive um desejo inexaurível de oferecer misericórdia, fruto de ter experimentado a misericórdia infinita do Pai e a sua força difusiva. Ousemos um pouco mais no tomar a iniciativa!
Como consequência, a Igreja sabe «envolver-se». Jesus Cristo lavou os pés aos seus discípulos. O Senhor envolve-Se e envolve os seus, pondo-Se de joelhos diante dos outros para os lavar; mas, logo a seguir, diz aos discípulos: «Sereis felizes se o puserdes em prática» (Jo 13,17). Com obras e gestos, a comunidade missionária entra na vida diária dos outros, encurta as distâncias, abaixa-se – se for necessário – até à humilhação e assume a vida humana, tocando a carne sofredora de Jesus Cristo no povo. Os evangelizadores contraem assim o «cheiro das ovelhas» e estas escutam a sua voz (cf Jo 10,3).


Sexta-feira, dia 27 de Abril de 2018

Sexta-feira da 4.ª semana da Páscoa

Santo do dia : São Pedro Canísio, presbítero, doutor da Igreja, +1597, Santa Zita, virgem, +1278

Livro dos Actos dos Apóstolos 13,26-33.
Naqueles dias, disse Paulo na sinagoga de Antioquia da Pisídia: «Irmãos, descendentes de Abraão e todos vós que adorais a Deus, a nós foi dirigida esta palavra da salvação.
Na verdade, os habitantes de Jerusalém e os seus chefes não quiseram reconhecer Jesus, mas, condenando-O, cumpriram as palavras dos Profetas que se lêem cada sábado.
Embora não tivessem encontrado nada que merecesse a morte, pediram a Pilatos que O mandasse matar.
Cumprindo tudo o que estava escrito acerca d’Ele, desceram-no da cruz e depuseram-n’O no sepulcro.
Mas Deus ressuscitou-O dos mortos
e Ele apareceu durante muitos dias àqueles que tinham subido com Ele da Galileia a Jerusalém e são agora suas testemunhas diante do povo.
Nós vos anunciamos a boa nova de que a promessa feita a nossos pais,
Deus a cumpriu para nós, seus filhos, ressuscitando Jesus Cristo, como está escrito no salmo segundo: ‘Tu és meu Filho, Eu hoje Te gerei’».

Livro de Salmos 2,6-7.8-9.10-11.
«Fui Eu quem ungiu o meu Rei
sobre Sião, minha montanha sagrada».
Vou proclamar o decreto do Senhor.
Ele disse-me: «Tu és meu filho, Eu hoje te gerei.

Pede-me e te darei as nações por herança
e os confins da Terra para teu domínio.
Hás de governá-los com ceptro de ferro,
quebrá-los como vasos de barro».

E agora, ó reis, tomai sentido,
atendei, vós que governais a Terra.
Servi o Senhor com amor,
aclamai-O com reverência.

Evangelho segundo São João 14,1-6.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Não se perturbe o vosso coração. Se acreditais em Deus, acreditai também em Mim.
Em casa de meu Pai há muitas moradas; se assim não fosse, Eu vos teria dito que vou preparar-vos um lugar?
Quando eu for preparar-vos um lugar, virei novamente para vos levar comigo para que, onde Eu estou, estejais vós também.
Para onde Eu vou, conheceis o caminho».
Disse-Lhe Tomé: «Senhor, não sabemos para onde vais: como podemos conhecer o caminho?»
Respondeu-lhe Jesus Cristo: «Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai ao Pai senão por Mim».

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
Venerável Pio XII (1876-1958), papa
Mensagem radiofónica de 23 de março de 1952
Jesus Cristo, caminho, verdade e vida, é a luz da consciência
A consciência é o núcleo mais íntimo e secreto do homem. É aí que ele se refugia, com as suas faculdades espirituais, numa solidão absoluta: a sós consigo, ou antes, a sós com Deus, cuja voz se faz ouvir à consciência. É aí que ele se determina pelo bem ou pelo mal; é aí que escolhe o caminho da vitória ou o caminho da derrota. Ainda que quisesse, o homem não teria capacidade de apagar esta voz; com ela - quando o aprova e quando o condena - percorre todo o caminho da vida e será também com ela, testemunho verídico e incorruptível, que se apresentará ao juízo de Deus.
A consciência é portanto um santuário, no limiar do qual todos devem deter-se; todos, incluindo o pai e a mãe, no caso das crianças. O único que nela penetra é o sacerdote, como mestre de almas; mas, mesmo nesse caso, a consciência continua a ser um santuário ciosamente guardado, cujo segredo o próprio Deus pretende que seja preservado sob o selo do mais sagrado dos silêncios. Em que sentido se pode falar da educação da consciência? O divino Salvador trouxe a sua verdade e a sua graça ao homem ignorante e fraco: a verdade para lhe indicar o caminho que conduz à meta; a graça para lhe conferir a força para lá chegar. Jesus Cristo é o caminho, a verdade e a vida, não apenas para todos os homens no seu conjunto, mas para cada um deles.


Sábado, dia 28 de Abril de 2018

Sábado da 4.ª semana da Páscoa

No segundo sábado em que Paulo e Barnabé estiveram em Antioquia da Pisídia, reuniu-se quase toda a cidade para ouvir a palavra de Deus.
Ao verem a multidão, os judeus encheram-se de inveja e responderam com blasfémias.
Corajosamente, Paulo e Barnabé declararam: «Era a vós que devia ser anunciada primeiro a palavra de Deus. Uma vez, porém, que a rejeitais e não vos julgais dignos da vida eterna, voltamo-nos para os gentios,
pois assim nos mandou o Senhor: ‘Fiz de ti a luz das nações para levares a salvação até aos confins da Terra’».
Ao ouvirem estas palavras, os gentios encheram-se de alegria e glorificavam a palavra do Senhor. Todos os que estavam destinados à vida eterna abraçaram a ,
e a Palavra do Senhor divulgava-se por toda a região.
Mas os judeus, instigando algumas senhoras piedosas mais distintas e os homens principais da cidade, desencadearam uma perseguição contra Paulo e Barnabé e expulsaram-nos do seu território.
Estes, sacudindo contra eles o pó dos seus pés, seguiram para Icónio.
Entretanto os discípulos estavam cheios de alegria e do Espírito Santo.

Livro de Salmos 98(97),1.2-3ab.3cd-4.
Cantai ao Senhor um cântico novo
pelas maravilhas que Ele operou.
A sua mão e o seu santo braço
Lhe deram a vitória.

O Senhor deu a conhecer a salvação,
revelou aos olhos das nações a sua justiça.
Recordou-Se da sua bondade e fidelidade
em favor da casa de Israel.

Os confins da Terra puderam ver
a salvação do nosso Deus.
Aclamai o Senhor, Terra inteira,
exultai de alegria e cantai.

Evangelho segundo São João 14,7-14.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Se Me conhecêsseis, conheceríeis também o meu Pai. Mas desde agora já O conheceis e já O vistes».
Disse-Lhe Filipe: «Senhor, mostra-nos o Pai e isto nos basta».
Respondeu-lhe Jesus Cristo: «Há tanto tempo que estou convosco e não Me conheces, Filipe? Quem Me vê, vê o Pai. Como podes tu dizer: ‘Mostra-nos o Pai’?
Não acreditas que Eu estou no Pai e o Pai está em Mim? As palavras que Eu vos digo, não as digo por Mim próprio; mas é o Pai, permanecendo em Mim, que faz as obras.
Acreditai-Me: Eu estou no Pai e o Pai está em Mim; acreditai ao menos pelas minhas obras.
Em verdade, em verdade vos digo: quem acredita em Mim fará também as obras que Eu faço e fará obras ainda maiores porque Eu vou para o Pai.
E tudo quanto pedirdes em meu nome, Eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho.
Se pedirdes alguma coisa em meu nome, Eu a farei».

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
São Vicente de Paulo (1581-1660), presbítero, fundador de comunidades religiosas
Conferência de 2/5/1659
«Quem crê em Mim também fará as obras que Eu realizo e fará obras maiores do que estas»
Nosso Senhor Jesus Cristo disse: «Bem-aventurados os pobres em espírito» (= os que não conhecem nem praticam o esoterismo) (Mt 5,3); deste modo, a Sabedoria eterna mostra que os trabalhadores evangélicos devem evitar a magnificência das acções e das palavras e assumir uma maneira de agir e de falar humilde, fácil e comum. Quem nos seduz a essa tirania do desejo de sucesso é o demónio que, ao ver-nos executar uma tarefa com simplicidade, nos diz: «Que coisa baixa; isso é demasiado banal e indigno da majestade cristã». Armadilha do demónio! Tomai cuidado, senhores, renunciai a essas vaidades. [...] Tende presente os modos de Nosso Senhor que era humilde e adverso a tudo isso.
Ele poderia ter dado um grande realce às suas obras e um poder soberano às suas palavras, mas não o fez. «Vós fareis», disse aos seus discípulos, «as obras que Eu realizo e fareis obras maiores do que estas.» Mas, Senhor, porque quisestes que, ao fazer o que havíeis feito, fizessem mais do que Vós? É que Nosso Senhor Jesus Cristo quer deixar-Se ultrapassar nas acções públicas para Se distinguir nas humildes e secretas; Ele deseja os frutos do Evangelho e não os barulhos do mundo; portanto, faz mais por meio dos seus servidores do que por Si mesmo.
Ele quis que São Pedro convertesse, de uma vez, três mil e de outra cinco mil pessoas (At 2,41; 4,4) e que toda a Terra fosse iluminada pelos apóstolos. Por Si mesmo, embora fosse a luz do mundo (Jo 8,12), só pregou em Jerusalém e nos arredores e pregou aí sabendo que obteria menos resultados que noutros lugares. [...] Fez, pois poucas coisas e os seus pobres discípulos, ignorantes e grosseiros, animados pela sua força, fizeram mais do que Ele. Porquê? Porque quis ser humilde naquilo que fez.
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quarta-feira, 25 de abril de 2018

Cristianismo 256 até 21-04-2018



"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68

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Domingo, dia 15 de Abril de 2018

3º Domingo da Páscoa

Santo do dia : Santas Anastácia e Basilissa, mártires, +68

Livro dos Actos dos Apóstolos 3,13-15.17-19.
Naqueles dias, Pedro disse ao povo: «O Deus de Abraão, de Isaac e de Jacob, o Deus de nossos pais, glorificou o seu Servidor Jesus, que vós entregastes e negastes na presença de Pilatos, estando ele resolvido a soltá-l’O.
Negastes o Santo e o Justo e pedistes a libertação de um assassino;
matastes o autor da vida, mas Deus ressuscitou-O dos mortos e nós somos testemunhas disso.
Agora, irmãos, eu sei que agistes por ignorância como também os vossos chefes.
Foi assim que Deus cumpriu o que de antemão tinha anunciado pela boca de todos os Profetas: que o seu Messias havia de padecer.
Portanto, arrependei-vos e convertei-vos para que os vossos pecados sejam perdoados».

Livro de Salmos 4,2.4.7.9.
Quando Vos invocar, ouvi-me, ó Deus de justiça.
Vós que na tribulação me tendes protegido,
compadecei-Vos de mim e ouvi a minha súplica.

Sabei que o Senhor faz maravilhas pelos seus amigos,
o Senhor me atende quando O invoco.
Muitos dizem: «Quem nos fará felizes?».

Fazei brilhar sobre nós, Senhor, a luz da vossa presença.
Em paz me deito e adormeço tranquilo
porque só Vós, Senhor, me fazeis repousar em segurança.



1.ª Carta de São João 2,1-5a.
Meus filhos, escrevo-vos isto para que não pequeis. Mas se alguém pecar, nós temos Jesus Cristo, o Justo, como advogado junto do Pai.
Ele é a vítima de propiciação pelos nossos pecados e não só pelos nossos, mas também pelos do mundo inteiro.
E nós sabemos que O conhecemos, se guardamos os seus mandamentos.
Aquele que diz conhecê-l’O e não guarda os seus mandamentos é mentiroso e a verdade não está nele.
Mas se alguém guardar a sua palavra, nesse o amor de Deus é perfeito.

Evangelho segundo São Lucas 24,35-48.
Naquele tempo, os discípulos de Emaús contaram o que tinha acontecido no caminho e como tinham reconhecido Jesus Cristo ao partir do pão.
Enquanto diziam isto, Jesus Cristo apresentou-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco».
Espantados e cheios de medo, julgavam ver um espírito.
Disse-lhes Jesus Cristo: «Porque estais perturbados e porque se levantam esses pensamentos nos vossos corações?
Vede as minhas mãos e os meus pés: sou Eu mesmo; tocai-Me e vede: um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que Eu tenho».
Dito isto, mostrou-lhes as mãos e os pés.
E como eles, na sua alegria e admiração, não queriam ainda acreditar, perguntou-lhes: «Tendes aí alguma coisa para comer?».
Deram-Lhe uma posta de peixe assado
que Ele tomou e começou a comer diante deles.
Depois disse-lhes: «Foram estas as palavras que vos dirigi, quando ainda estava convosco: ‘Tem de se cumprir tudo o que está escrito a meu respeito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos’».
Abriu-lhes então o entendimento para compreenderem as Escrituras
e disse-lhes: «Assim está escrito que o Messias havia de sofrer e de ressuscitar dos mortos ao terceiro dia
e que havia de ser pregado em seu nome o arrependimento e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém.
Vós sois testemunhas disso.

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
São Cirilo de Alexandria (380-444), bispo, doutor da Igreja
Comentário ao Evangelho de João, 12; PG 74, 704
«Vede as minhas mãos e os meus pés: sou Eu mesmo»
Ao entrar no Cenáculo com as portas trancadas, Jesus Cristo mostrou, uma vez mais, que é o Filho de Deus por natureza, embora não seja diferente daquele que anteriormente vivia com os seus discípulos. Ao descobrir-lhes o lado, mostrando-lhes as marcas dos cravos, mostrou-lhes claramente que tinha reconstruído o templo do seu corpo que fora suspenso da cruz (cf Jo 2,19), destruindo a morte física, uma vez que Ele é, por natureza, a Vida e é o Filho de Deus. [...]
Mesmo que Jesus Cristo tivesse querido tornar visível aos discípulos a glória do seu corpo antes de subir para o Pai, os nossos olhos não teriam tido capacidade de suportar tal visão. Percebemos que assim é recordando a transfiguração que teve lugar no alto da montanha (Mt 17,1s). [...] Foi por isso que, observando com precisão os planos divinos, Nosso Senhor Jesus Cristo apareceu no Cenáculo ainda com a forma que tivera no passado (sim, mas sem os ossos) e não segundo a glória que é devida e que convém ao seu templo transfigurado. Ele não queria que a fé na ressurreição dissesse respeito a um aspecto e a um corpo diferentes daqueles que tinha recebido da Santíssima Virgem e nos quais morreu, depois de ter sido crucificado, segundo as Escrituras. [...]
O Senhor saúda os seus discípulos, dizendo-lhes: «A paz esteja convosco». Deste modo, declara que Ele próprio é a paz porque quantos usufruem da sua presença usufruem também de um espírito perfeitamente pacificado. Era precisamente isso que São Paulo desejava aos discípulos quando lhes dizia: «A paz de Deus, que ultrapassa toda a inteligência, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus» (Fil 4,7). Para São Paulo, a paz de Jesus Cristo, que ultrapassa tudo quanto pode ser concebido, não é senão o seu Espírito (cf Jo 20,21-22); aquele que participa no seu espírito será cumulado de todos os bens.


Segunda-feira, dia 16 de Abril de 2018

Segunda-feira da 3.ª semana da Páscoa

Naqueles dias, Estêvão, cheio de graça e fortaleza, fazia grandes prodígios e milagres entre o povo.
Entretanto, alguns membros da sinagoga chamada dos Libertos, oriundos de Cirene, de Alexandria, da Cilícia e da Ásia, vieram discutir com Estêvão,
mas não eram capazes de resistir à sabedoria e ao Espírito Santo com que ele falava.
Subornaram então uns homens para afirmarem: «Ouvimos Estêvão proferir blasfémias contra Moisés e contra Deus».
Provocaram assim a ira do povo, dos anciãos e dos escribas. Depois surgiram inesperadamente à sua frente, apoderaram-se dele e levaram-no ao Sinédrio,
apresentando falsas testemunhas que disseram: «Este homem não cessa de proferir palavras contra este Lugar Santo e contra a Lei,
pois ouvimo-l’O dizer que Jesus, de Nazaré, destruirá este lugar e mudará os costumes que recebemos de Moisés».
Todos os membros do Sinédrio tinham os olhos fixos nele e viram que o seu rosto parecia o rosto de um Anjo.

Livro de Salmos 119(118),23-24.26-27.29-30.
Ainda que os príncipes conspirem contra mim,
o vosso servidor meditará os vossos decretos.
As vossas ordens são as minhas delícias
e os vossos decretos meus conselheiros.

Expus meus caminhos e destes-me ouvidos:
ensinai-me os vossos decretos.
Fazei-me compreender o caminho dos vossos preceitos
para meditar nas vossas maravilhas.

Afastai-me do caminho da mentira
e dai-me a graça da vossa lei.
Escolhi o caminho da verdade
e decidi-me pelos vossos juízos.

Evangelho segundo São João 6,22-29.
Depois de Jesus Cristo ter saciado os cinco mil homens, os seus discípulos viram-n’O a caminhar sobre as águas. No dia seguinte, a multidão que permanecera no outro lado do mar notou que ali só estivera um barco e que Jesus Cristo não tinha embarcado com os discípulos; estes tinham partido sozinhos.
Entretanto, chegaram outros barcos de Tiberíades, perto do lugar onde eles tinham comido o pão, depois de o Senhor ter dado graças.
Quando a multidão viu que nem Jesus Cristo nem os seus discípulos estavam ali, subiram todos para os barcos e foram para Cafarnaum, à procura de Jesus Cristo.
Ao encontrá-l’O no outro lado do mar, disseram-Lhe: «Mestre, quando chegaste aqui?».
Jesus Cristo respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: vós procurais-Me, não porque vistes milagres, mas porque comestes dos pães e ficastes saciados.
Trabalhai, não tanto pela comida que se perde, mas pelo alimento que dura até à vida eterna e que o Filho do homem vos dará. A Ele é que o Pai, o próprio Deus, marcou com o seu selo».
Disseram-Lhe então: «Que devemos nós fazer para praticar as obras de Deus?».
Respondeu-lhes Jesus Cristo: «A obra de Deus consiste em acreditar n’Aquele que Ele enviou».

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
Santa Faustina Kowalska (1905-1938), religiosa
Diário, § 1323
«A obra de Deus consiste em acreditar naquele que Ele enviou»

Inclino-me, Pão dos Anjos, diante de Vós,
com profunda fé, esperança, caridade,
e do fundo da minha alma glorifico-Vos
embora eu nada seja senão nulidade.

Inclino-me diante de Vós, Deus ocultado,
e adoro-Vos de todo o meu coração,
não me impedindo o mistério velado,
amo-Vos como os do céu, em eleição.

Inclino-me diante de Vós, Cordeiro divino,
que os pecados da minha alma tirais,
em meu coração sois alimento matutino,
Vós que, para a salvação, me ajudais.


Terça-feira, dia 17 de Abril de 2018

Terça-feira da 3.ª semana da Páscoa

Santo do dia : Santa Catarina Tekakwitha, índia, mártir, +1680, Beata Maria Ana de Jesus, virgem, +1624

Livro dos Actos dos Apóstolos 7,51-60.8,1a.
Naqueles dias, Estêvão disse ao povo, aos anciãos e aos escribas: «Homens de dura cerviz, incircuncisos de coração e de ouvidos, sempre resistis ao Espírito Santo. Como foram os vossos antepassados assim sois vós também.
A qual dos Profetas não perseguiram os vossos antepassados? Eles também mataram os que predisseram a vinda do Justo, do qual fostes agora traidores e assassinos,
vós que recebestes a Lei pelo ministério dos Anjos e não a tendes cumprido».
Ao ouvirem estas palavras, estremeciam de raiva em seu coração e rangiam os dentes contra Estêvão.
Mas ele, cheio do Espírito Santo, de olhos fitos no Céu, viu a glória de Deus e Jesus Cristo de pé à sua direita e exclamou:
«Vejo o Céu aberto e o Filho do homem de pé à direita de Deus».
Então levantaram um grande clamor e taparam os ouvidos; depois atiraram-se todos contra ele,
empurraram-no para fora da cidade e começaram a apedrejá-lo. As testemunhas colocaram os mantos aos pés de um jovem chamado Saulo.
Enquanto o apedrejavam, Estêvão orava, dizendo: «Senhor Jesus, recebe o meu espírito».
Depois ajoelhou-se e bradou com voz forte: «Senhor, não lhes atribuas este pecado». Dito isto, expirou.
Saulo estava de acordo com a execução de Estêvão.

Livro de Salmos 31(30),3cd-4.6ab.7b.8a.17.21ab.
Sede a rocha do meu refúgio
e a fortaleza da minha salvação
porque Vós sois a minha força e o meu refúgio,
por amor do vosso nome, guiai-me e conduzi-me.

Em vossas mãos entrego o meu espírito,
Senhor, Deus fiel, salvai-me.
Em Vós, Senhor, ponho a minha confiança:
Hei-de exultar e alegrar-me com a vossa misericórdia.

Fazei brilhar sobre mim a vossa presença,
salvai-me pela vossa bondade.
Vós os escondeis sob o refúgio da vossa presença,
longe das intrigas dos homens.

Vós os escondeis na tenda
contra as línguas maldizentes.

Evangelho segundo São João 6,30-35.
Naquele tempo, disse a multidão a Jesus Cristo: «Que milagres fazes Tu, para que nós vejamos e acreditemos em Ti? Que obra realizas?
No deserto, os nossos pais comeram o maná, conforme está escrito: ‘Deu-lhes a comer um pão que veio do Céu’».
Jesus Cristo respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: Não foi Moisés que vos deu o pão do Céu; meu Pai é que vos dá o verdadeiro pão do Céu.
O pão de Deus é o que desce do Céu para dar a vida ao mundo».
Disseram-Lhe eles: «Senhor, dá-nos sempre desse pão».
Jesus Cristo respondeu-lhes: «Eu sou o pão da vida: quem vem a Mim nunca mais terá fome, quem acredita em Mim nunca mais terá sede».

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja
Homilias sobre o Evangelho de João, n.º 45
O verdadeiro pão descido do Céu
Os judeus diziam: «Os nossos pais comeram o maná no deserto». E o Salvador podia ter-lhes respondido: «Eu fiz um milagre maior que o de Moisés: Eu não preciso de vara nem de orações (cf Ex 9,23; 17,9s); fiz tudo isto por Mim próprio, pela minha própria autoridade. Vós recordais o prodígio do maná, mas Eu dei-vos pão em abundância». Porém, ainda não chegara o momento de falar desse modo. Jesus Cristo só tinha uma coisa em mente: atraí-los a Si para que eles Lhe pedissem um alimento espiritual [...]: «Não foi Moisés que vos deu o pão do Céu; meu Pai é que vos dá o verdadeiro pão do Céu» [...].
Jesus Cristo chama verdadeiro pão a este pão que o Pai dá. Não é que o milagre do maná fosse falso; mas o maná era uma prefiguração de um pão superior e mais maravilhoso [...]: «O pão de Deus é o que desce do Céu para dar a vida ao mundo», ao mundo inteiro e não somente aos judeus. Este pão não é apenas um alimento, é uma vida, uma vida diferente desta, uma vida completamente outra: este pão dá a vida verdadeira. [...] O próprio Jesus Cristo é este pão porque é o Verbo, a Palavra de Deus, da mesma maneira que, nas nossas igrejas, Ele Se torna o pão do céu pela descida do Espírito Santo.


Quarta-feira, dia 18 de Abril de 2018

Quarta-feira da 3.ª semana da Páscoa

Santo do dia : Beata Sabina Petrilli, religiosa, +1923

Livro dos Actos dos Apóstolos 8,1b-8.
Naquele dia, levantou-se uma grande perseguição contra a Igreja de Jerusalém e todos, à excepção dos Apóstolos, se dispersaram pelas terras da Judeia e da Samaria.
Alguns homens piedosos sepultaram Estêvão e fizeram grandes lamentações por ele.
Saulo, por sua vez, devastava a Igreja: ia de casa em casa, arrastava homens e mulheres e metia-os na prisão.
Entretanto os irmãos dispersos andaram de terra em terra, a anunciar a palavra do Evangelho.
Foi assim que Filipe, tendo descido a uma cidade da Samaria, começou a anunciar Jesus Cristo àquela gente.
As multidões aderiam unanimemente às palavras de Filipe, ao ouvi-las e ao ver os milagres que fazia.
De muitos possessos saíam espíritos impuros, soltando enormes gritos e numerosos paralíticos e coxos foram curados.
E houve muita alegria naquela cidade.

Livro de Salmos 66(65),1-3a.4-5.6-7a.
Aclamai a Deus, Terra inteira,
cantai a glória do seu nome,
celebrai os seus louvores,
dizei a Deus: «Maravilhosas são as vossas obras».

«A terra inteira Vos adore e celebre,
entoe hinos ao vosso nome».
Vinde contemplar as obras de Deus,
admirável na sua acção pelos homens.

Mudou o mar em terra firme,
atravessaram o rio a pé enxuto.
Alegremo-nos n’Ele:
domina eternamente com o seu poder.

Evangelho segundo São João 6,35-40.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo à multidão: «Eu sou o pão da vida: Quem vem a Mim nunca mais terá fome e quem acredita em Mim nunca mais terá sede.
No entanto, como vos disse, ‘embora tivésseis visto, não acreditais’.
Todos aqueles que o Pai Me dá virão a Mim e àqueles que vêm a Mim não os rejeitarei
porque desci do Céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade d’Aquele que Me enviou.
E a vontade d’Aquele que Me enviou é esta: que Eu não perca nenhum dos que Ele Me deu, mas os ressuscite no último dia.
De facto, é esta a vontade de meu Pai: que todo aquele que vê o Filho e acredita n’Ele tenha a vida eterna e Eu o ressuscitarei no último dia».

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
São João XXIII (1881-1963), Papa
L'Osservatore Romano 20/09/59
«Aquele que vem a Mim nunca mais terá fome»
O problema económico é o terrível desconhecido da nossa época atormentada. O problema do pão quotidiano, do bem-estar é a incerteza angustiante que nos oprime no meio das multidões agitadas e insatisfeitas e, por vezes, ai (meu Deus), esfomeadas. É uma obrigação nossa unir esforços, fazer os sacrifícios necessários, segundo a doutrina católica extraída do Evangelho e as instruções claras e solenes da Igreja, a fim de contribuir para a busca de uma solução equitativa para todos. Mas em vão nos esforçaremos para encher de pão os estômagos e satisfazer outros desejos [...], se não conseguirmos alimentar as almas com o verdadeiro Pão da Vida, substancial e divino: alimentá-las deste Jesus Cristo de que têm fome e unicamente graças ao qual poderão retomar o caminho «até à montanha do Senhor» (1Rs 19,8).
Em vão pediremos aos economistas e legisladores novas formas de vida social, se desviarmos os olhos do povo do doce e maternal sorriso de Maria, cujos braços estão abertos para acolher todos os seus filhos. Em seu seio, abate-se o orgulho, os corações apaziguam-se na santa poesia da paz cristã e do amor. Conjuguemos esforços para que jamais se separe do coração do homem o que Deus, na doutrin católica e na história do mundo, tão maravilhosamente uniu: a Eucristia e a Jovem.


Quinta-feira, dia 19 de Abril de 2018

Quinta-feira da 3ª semana da Páscoa

Naqueles dias, o Anjo do Senhor disse a Filipe: «Levanta-te e dirige-te para o sul, pelo caminho desértico que vai de Jerusalém para Gaza».
Filipe partiu e dirigiu-se para lá. Quando ia a caminho, encontrou-se com um eunuco etíope que era alto funcionário de Candace, rainha da Etiópia e administrador geral do seu tesouro. Tinha ido a Jerusalém
para adorar a Deus e regressava ao seu país, sentado no seu carro, a ler o livro do profeta Isaías.
O Espírito de Deus disse a Filipe: «Aproxima-te e acompanha esse carro».
Filipe aproximou-se do carro e, ouvindo o etíope a ler o profeta Isaías, perguntou-lhe: «Entendes, porventura, o que estás a ler?».
Ele respondeu: «Como é que eu posso entender sem ninguém me explicar?» Convidou então Filipe a subir para o carro e a sentar-se junto dele.
A passagem da Escritura que ele ia a ler era a seguinte: «Como cordeiro levado ao matadouro, como ovelha muda ante aqueles que a tosquiam, ele não abriu a boca.
Foi humilhado e não se lhe fez justiça. Quem poderá falar da sua descendência? Porque a sua vida desapareceu da terra».
O eunuco perguntou a Filipe: «Diz-me, por favor: de quem é que o profeta está a falar? De si próprio ou de outro?».
Então Filipe tomou a palavra e, a partir daquela passagem da Escritura, anunciou-lhe Jesus Cristo.
Ao passar por um lugar onde havia água, o eunuco exclamou: «Ali está água. Que me impede de ser baptizado?».
Filipe respondeu: «Se acreditas com todo o coração, isso é possível.» O eunuco respondeu: «Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus.»
Mandou parar o carro, desceram ambos à água e Filipe baptizou-o.
Quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou Filipe e o eunuco deixou de o ver, mas continuou o seu caminho cheio de alegria.
Filipe encontrou-se em Azoto e foi anunciando a boa nova a todas as cidades por onde passava até que chegou a Cesareia.

Livro de Salmos 66(65),8-9.16-17.20.
Povos da terra, bendizei o nosso Deus,
fazei ressoar os seus louvores.
Foi Ele quem conservou a nossa vida e não deixou que nossos pés vacilassem.
Todos os que adorais a Deus, vinde e ouvi,

vou narrar-vos quanto Ele fez por mim.
Meus lábios O invocaram e minha língua O louvou.
Bendito seja Deus que não rejeitou a minha prece
nem me retirou a sua misericórdia.

Evangelho segundo São João 6,44-51.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo à multidão: «Ninguém pode vir a Mim, se o Pai, que Me enviou, não o trouxer e Eu ressuscitá-lo-ei no último dia.
Está escrito no livro dos Profetas: ‘Serão todos instruídos por Deus’. Todo aquele que ouve o Pai e recebe o seu ensino vem a Mim.
Não porque alguém tenha visto o Pai; só Aquele que vem de junto de Deus viu o Pai.
Em verdade, em verdade vos digo: Quem acredita tem a vida eterna.
Eu sou o Pão da Vida.
No deserto, os vossos pais comeram o maná e morreram.
Mas este pão é o que desce do Céu para que não morra quem dele comer.
Eu sou o pão vivo que desceu do Céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que Eu hei-de dar é a minha carne que Eu darei pela vida do mundo».

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
Concílio Vaticano II
Constituição «Sacrosanctum Concilium», sobre a sagrada liturgia, §§ 47-48
«E o pão que Eu hei-de dar é a minha carne que Eu darei pela vida do mundo»
Na última ceia, na noite em que foi entregue, o nosso Salvador instituiu o sacrifício eucarístico do seu corpo e do seu sangue para perpetuar pelo decorrer dos séculos até Ele voltar, o sacrifício da cruz, confiando à Igreja, sua esposa amada, o memorial da sua morte e ressurreição: sacramento de piedade, sinal de unidade, vínculo de caridade, banquete pascal em que se recebe Jesus Cristo, a alma se enche de graça e nos é concedido o penhor da glória futura.
É por isso que a Igreja procura, solícita e cuidadosa, que os cristãos não entrem neste mistério de fé como estranhos ou espectadores mudos, mas participem na acção sagrada consciente, activa e piedosamente, por meio de uma boa compreensão dos ritos e das orações; sejam instruídos pela palavra de Deus; se alimentem à mesa do corpo do Senhor; agradeçam a Deus; aprendam a oferecer-se a si mesmos, ao oferecerem juntamente com o sacerdote e não só pelas mãos dele, a hóstia imaculada que, dia após dia, por Jesus Cristo mediador, progridam na unidade com Deus e entre si, para que finalmente Deus seja tudo em todos (1Cor 15,28).


Sexta-feira, dia 20 de Abril de 2018

Sexta-feira da 3.ª semana da Páscoa

Naqueles dias, Saulo, respirando ainda ameaças de morte contra os discípulos do Senhor, foi ter com o sumo sacerdote

e pediu-lhe cartas para as sinagogas de Damasco, a fim de trazer algemados para Jerusalém quantos seguissem a nova religião, tanto homens como mulheres.
Na viagem, quando estava já próximo de Damasco, viu-se de repente envolvido numa luz intensa vinda do céu.
Caiu por terra e ouviu uma voz que lhe dizia: «Saulo, Saulo, porque Me persegues?»
Ele perguntou: «Quem és Tu, Senhor?» O Senhor respondeu: «Eu sou Jesus, a quem tu persegues.
Mas levanta-te, entra na cidade e aí te dirão o que deves fazer».
Os companheiros de viagem de Saulo tinham parado emudecidos; ouviam a voz, mas não viam ninguém.
Saulo levantou-se do chão, mas, embora tivesse os olhos abertos, nada via. Levaram-no pela mão e introduziram-no em Damasco.
Ficou três dias sem vista e sem comer nem beber.
Vivia em Damasco um discípulo chamado Ananias e o Senhor chamou-o numa visão: «Ananias». Ele respondeu: «Eis-me aqui, Senhor».
O Senhor continuou: «Levanta-te e vai à rua chamada Direita procurar, em casa de Judas, um homem de Tarso, chamado Saulo que está a orar».
Entretanto, Saulo teve uma visão, em que um homem chamado Ananias entrava e lhe impunha as mãos para que recuperasse a vista.
Ananias respondeu: «Senhor, tenho ouvido contar a muitas pessoas todo o mal que esse homem fez aos teus fiéis em Jerusalém
e agora está aqui com plenos poderes dos príncipes dos sacerdotes para prender todos os que invocam o teu nome».
O Senhor disse-lhe: «Vai porque esse homem é o instrumento escolhido por Mim para levar o meu nome ao conhecimento dos gentios, dos reis e dos filhos de Israel.
Eu mesmo lhe mostrarei quanto ele tem de sofrer pelo meu nome».
Então Ananias partiu, entrou na casa, impôs as mãos a Saulo e disse-lhe: «Saulo, meu irmão, quem me envia é o Senhor — esse Jesus que te apareceu no caminho por onde vinhas — a fim de recuperares a vista e ficares cheio do Espírito Santo».
Imediatamente lhe caíram dos olhos uma espécie de escamas e recuperou a vista. Depois levantou-se, recebeu o baptismo
e, tendo tomado alimento, readquiriu as forças. Saulo passou alguns dias com os discípulos de Damasco
e começou logo a proclamar nas sinagogas que Jesus era o Filho de Deus.

Livro de Salmos 117(116),1.2.
Louvai o Senhor, todas as nações,
aclamai-O, todos os povos.
É firme a sua misericórdia para connosco,
a fidelidade do Senhor permanece para sempre.

Evangelho segundo São João 6,52-59.
Naquele tempo, os judeus discutiam entre si: «Como pode Jesus dar-nos a sua carne a comer?».

E Jesus Cristo disse-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: Se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós.
Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna e Eu o ressuscitarei no último dia.
A minha carne é verdadeira comida e o meu sangue é verdadeira bebida.
Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em Mim e Eu nele.
Assim como o Pai, que vive, Me enviou e Eu vivo pelo Pai, também aquele que Me come viverá por Mim.
Este é o pão que desceu do Céu; não é como o dos vossos pais que o comeram e morreram: quem comer deste pão viverá eternamente».
Assim falou Jesus Cristo, ao ensinar numa sinagoga, em Cafarnaum.

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
São João-Maria Vianney (1786-1859), presbítero, Cura de Ars
«Pensamentos escolhidos do santo Cura d'Ars»
O dom de Deus que é a missa
Todas as boas obras do mundo juntas não equivalem ao santo sacrifício da Missa porque são obras dos homens e a Missa é obra de Deus. Em comparação com ela, o martírio nada é, pois é o sacrifício que o homem faz da sua vida a Deus; ora, a missa é o sacrifício que o Filho de Deus faz ao homem do seu corpo e do seu sangue.
À voz do sacerdote, Nosso Senhor desce do céu e encerra-Se numa hóstia. Deus poisa o seu olhar sobre o altar e diz: «Eis o meu Filho muito amado, em quem pus toda a minha complacência» (Mt 3,17). E nada pode recusar aos méritos da oferenda desta vítima.
Que belo! Depois da consagração, o nosso Deus está ali, tal como no Céu! [...] Se o homem conhecesse bem este mistério, morreria de amor. Deus poupa-nos por causa da nossa fraqueza.
Oh!, se tivéssemos , se compreendêssemos o preço do santo sacrifício, poríamos bastante mais empenho em assistir a ele!


Sábado, dia 21 de Abril de 2018

Sábado da 3.ª semana da Páscoa

Naqueles dias, a Igreja gozava de paz por toda a Judeia, Galileia e Samaria, consolidava-se e caminhava no amor do Senhor e crescia na consolação do Espírito Santo.
Pedro, que percorria todas essas regiões, desceu também até junto dos fiéis que habitavam em Lida.
Encontrou lá, prostrado numa enxerga havia oito anos, um homem chamado Eneias, que era paralítico.
Disse-lhe Pedro: «Eneias, Jesus Cristo vai curar-te. Levanta-te e compõe a tua enxerga». E ele pôs-se logo de pé.
Todos os habitantes de Lida e de Saron o viram e se converteram ao Senhor.
Havia em Jope, entre os discípulos, uma senhora crente chamada Tabita, que quer dizer «Gazela». Era rica em boas obras e esmolas que fazia.
Nesses dias, caiu doente e morreu. Depois de a terem lavado, depositaram-na na sala superior.
Como Lida era perto de Jope e os discípulos ouviram dizer que Pedro estava lá, enviaram-lhe dois homens com este pedido: «Vem depressa ter connosco».
Pedro partiu imediatamente com eles. Quando chegou, levaram-no à sala superior e apresentaram-se todas as viúvas, chorando e mostrando as túnicas e os mantos feitos por Gazela, enquanto estava ainda com elas.
Pedro mandou sair toda a gente, pôs-se de joelhos e orou. Depois, voltou-se para a defunta e disse: «Tabita, levanta-te». Ela abriu os olhos e, ao ver Pedro, sentou-se.
Pedro estendeu-lhe a mão, levantou-a e, chamando os fiéis e as viúvas, apresentou-lha viva.
Isto soube-se em toda a cidade de Jope e muitos acreditaram no Senhor.

Livro de Salmos 116(115),12-13.14-15.16-17.
Como agradecerei ao Senhor
tudo quanto Ele me deu?
Elevarei o cálice da salvação,
invocando o nome do Senhor.

Cumprirei as minhas promessas ao Senhor
na presença de todo o povo.
É preciosa aos olhos do Senhor
a morte dos seus fiéis.

Senhor, sou vosso servidor, filho da vossa servidora:
quebrastes as minhas cadeias.
Oferecer-Vos-ei um sacrifício de louvor,
invocando, Senhor, o vosso nome.

Evangelho segundo São João 6,60-69.
Naquele tempo, muitos discípulos, ao ouvirem Jesus Cristo, disseram: «Estas palavras são duras. Quem pode escutá-las?»
Jesus Cristo, conhecendo interiormente que os discípulos murmuravam por causa disso, perguntou-lhes: «Isto escandaliza-vos?
E se virdes o Filho do Homem subir para onde estava anteriormente?
O espírito é que dá vida, a carne não serve de nada. As palavras que Eu vos disse são espírito e vida.
Mas, entre vós, há alguns que não acreditam». Na verdade, Jesus Cristo bem sabia, desde o início, quais eram os que não acreditavam e quem era aquele que O havia de entregar.
E acrescentou: «Por isso é que vos disse: Ninguém pode vir a Mim, se não lhe for concedido por meu Pai».
A partir de então, muitos dos discípulos afastaram-se e já não andavam com Ele.
Jesus Cristo disse aos Doze: «Também vós quereis ir embora?»

Respondeu-Lhe Simão Pedro: «Para quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna.
Nós acreditamos e sabemos que Tu és o Santo de Deus».

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
Homilia 25 sobre S. João, 14-16
«Também vós quereis ir embora?»
«Meu Pai é que vos dá o verdadeiro pão que vem do Céu, pois o pão de Deus é o que desce do Céu e dá a vida ao mundo» (Jo 6,32-33). [...] Vós desejais este pão do céu, ele está à vossa frente e não o comeis. «Eu já vos disse: Vós vedes-Me e não Me acreditais» (Jo 6,36). «Que importa se alguns deles não creram? Acaso a sua incredulidade destruirá a fidelidade de Deus?» (Rom 3,3) Vede então: «Tudo o que o Pai Me dá virá a Mim e não repelirei aquele que vem a Mim» (Jo 6,37). Que interioridade é esta de onde não se sai? Um grande recolhimento, um doce segredo. Um segredo que não cansa, liberto da amargura dos maus pensamentos, isento do tormento das tentações e das dores. Não será num segredo destes que entrará aquele servidor fiel que ouve dizer: « Entra no gozo do teu senhor» (Mt 25,21)?
«Não repelirei aquele que vem a Mim porque desci do Céu não para fazer a minha vontade mas a daquele que Me enviou» (Jo 6,38). Mistério profundo! [...] Sim, para curar a causa de todos os males, isto é, a soberba, o Filho de Deus desceu e fez-Se humilde. Porque és arrogante, ó homem? Deus fez-Se humilde por tua causa. Talvez te envergonhes por imitar a humildade de um homem; imita então a humildade de Deus. [...] Deus fez-Se homem; tu, ó homem, reconhece que és homem: toda a tua humildade consiste em conheceres-te. E é porque o Filho de Deus ensina a humildade que disse: «Desci do Céu para fazer a vontade daquele que Me enviou. [...] Desci do Céu humilde, para ensinar a humildade como mestre de humildade. Aquele que vem a Mim tornar-se-á membro do meu Corpo; aquele que vem a Mim tornar-se-á humilde. [...] Não fará a sua vontade, mas a de Deus; por isso não será repelido como quando era arrogante» (cf Gn 3,24).
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