sábado, 24 de junho de 2017

Cristianismo 213 até 24-06-2017


"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68


Domingo, dia 18 de Junho de 2017

11.º Domingo do Tempo Comum

Festa da Igreja : XI Domingo Comum
Santo do dia : Beata Osana, religiosa, +1505, S. Gregório Barbarigo, bispo, +1697

Livro de Êxodo 19,2-6.
Partindo de Refidim, chegaram ao deserto do Sinai, onde acamparam, em frente do monte.
Moisés subiu até junto de Deus. Da montanha o Senhor chamou-o, dizendo: «Assim dirás à casa de Jacob e declararás aos filhos de Israel:
‘Vós vistes o que Eu fiz ao Egipto, como vos carreguei sobre asas de águia e vos trouxe até mim.
E agora, se escutardes bem a minha voz e guardardes a minha aliança, sereis para mim uma propriedade particular entre todos os povos porque é minha a Terra inteira.
Vós sereis para mim um reino de sacerdotes e uma nação santa.’ Estas são as palavras que transmitirás aos filhos de Israel.»

Livro de Salmos 100(99),2.3.5.
Aclamai o Senhor, Terra inteira,
servi o Senhor com alegria,
vinde a Ele com cânticos de júbilo.

Sabei que o Senhor é Deus,
Ele nos fez, a Ele pertencemos,
somos o seu povo, as ovelhas do seu rebanho.

Porque o Senhor é bom,
eterna é a sua misericórdia,
a sua fidelidade estende-se de geração em geração.

Carta aos Romanos 5,6-11.
Quando ainda éramos fracos, Jesus Cristo morreu pelos ímpios no tempo determinado.
Dificilmente alguém morre por um justo; por um homem bom, talvez alguém tivesse a coragem de morrer.
Mas Deus prova assim o seu amor para connosco: Jesus Cristo morreu por nós, quando éramos ainda pecadores.
E agora, que fomos justificados pelo seu sangue, com muito maior razão seremos por Ele salvos da ira divina.
Se, na verdade, quando éramos inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, com muito maior razão, depois de reconciliados, seremos salvos pela sua vida.
Mais ainda: também nos gloriamos em Deus, por Nosso Senhor Jesus Cristo, por quem alcançámos agora a reconciliação.

Evangelho segundo S. Mateus 9,36-38.10,1-8.
Ao ver as multidões, encheu-Se de compaixão porque andavam fatigadas e abatidas como ovelhas sem pastor. Jesus Cristo disse então aos seus discípulos:
«A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos.
Pedi ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara».
Jesus Cristo chamou doze discípulos e deu-lhes poder de expulsar os espíritos malignos e de curar todas as enfermidades e doenças.
São estes os nomes dos doze apóstolos: primeiro, Simão, chamado Pedro e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu e João, seu irmão;
Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu e Tadeu;
Simão, o Cananeu e Judas Iscariotes que foi quem O entregou.
Jesus Cristo enviou estes Doze, dando-lhes as seguintes instruções: «Não sigais o caminho dos gentios nem entreis em cidade de samaritanos.
Ide primeiramente às ovelhas perdidas da casa de Israel.
Pelo caminho, proclamai que está perto o reino dos Céus».
Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, sarai os leprosos, expulsai os demónios. Recebestes de graça; dai de graça.

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja
Homilia sobre a seara grande, 10,2-3; PG 63, 519-521
«A seara é grande»
Todos os trabalhos do agricultor vão naturalmente dar à colheita. Então porque foi que Jesus Cristo disse que a colheita ainda estava no começo? A idolatria reinava em toda a Terra. [...] Por todo o lado se praticava a fornicação, o adultério, o deboche, a cupidez, roubos e guerras. [...] A Terra estava cheia de muitos males! Nenhuma semente tinha ainda sido lançada. Os espinhos, os cardos e as ervas daninhas que cobriam o chão ainda não tinham sido arrancados. Não se tinha ainda puxado qualquer charrua nem traçado um sulco.
Então como é que Jesus Cristo pode afirmar que a seara é grande? [...] Os apóstolos terão muito provavelmente ficado desconcertados: «Como poderemos sequer abrir a boca e manter-nos de pé diante de tantos homens? Como poderemos nós, os Onze, corrigir todos os habitantes da Terra? Saberemos, nós que somos tão ignorantes, abordar os sábios; nós, que nada temos, confrontar homens armados; nós, que somos subordinados, enfrentar as autoridades? Nós que apenas sabemos uma língua, seremos capazes de discutir com os povos bárbaros que falam outras línguas? Quem nos ouvirá, se nem compreendem o que dizemos?»
Jesus Cristo não quer que estes raciocínios os mergulhem na confusão. Por isso, quando afirma que o evangelho é uma seara, é como se lhes dissesse: «Está tudo preparado. Eu envio-vos a colher o trigo maduro; podereis semear e colher no mesmo dia». Quando o agricultor sai de sua casa para ir fazer a ceifa, transborda de alegria e resplandece de felicidade. Não contempla as dores nem as dificuldades que poderá encontrar. [...] «Emprestai-me a vossa língua» - diz Jesus Cristo - «e vereis o trigo maduro entrar nos celeiros do rei». E acrescenta: «Eu estarei sempre convosco até ao fim dos tempos» (Mt 28,20).


Segunda-feira, dia 19 de Junho de 2017

Segunda-feira da 11.ª semana do Tempo Comum

Irmãos: Como colaboradores de Deus, nós vos exortamos a que não recebais em vão a sua graça.
Porque Ele diz: «No tempo favorável, Eu te ouvi; no dia da salvação, vim em teu auxílio». Este é o tempo favorável, este é o dia da salvação.
Evitamos dar qualquer motivo de escândalo, para que o nosso ministério não seja desacreditado.
Mas mostramo-nos em tudo como ministros de Deus, com grande perseverança nas tribulações, nas necessidades, nas angústias,
nos açoites, nos tumultos, nas prisões, nos trabalhos, nas vigílias, nos jejuns;
pela pureza, pela sabedoria, pela paciência, pela bondade, pelo espírito de santidade, pela caridade sem fingimento;
pela palavra da verdade, pelo poder de Deus; pelas armas ofensivas e defensivas da justiça;
na honra e na ignomínia, na difamação e na boa fama. Somos considerados como impostores, embora verdadeiros;
como desconhecidos, embora bem conhecidos; como agonizantes, embora estejamos com vida; como condenados, mas livres da morte;
como tristes, mas sempre alegres; como pobres, mas enriquecendo a muitos; como não tendo nada, mas possuindo tudo.

Livro de Salmos 98(97),1.2-3ab.3cd-4.
Cantai ao Senhor um cântico novo
pelas maravilhas que Ele operou.
A sua mão e o seu santo braço
Lhe deram a vitória.

O Senhor deu a conhecer a salvação,
revelou aos olhos das nações a sua justiça.
Recordou-Se da sua bondade e fidelidade
em favor da casa de Israel.

Os confins da Terra puderam ver
a salvação do nosso Deus.
Aclamai o Senhor, Terra inteira,
exultai de alegria e cantai.

Evangelho segundo S. Mateus 5,38-42.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Ouvistes que foi dito aos antigos: ‘Olho por olho e dente por dente’.
Eu, porém digo-vos: Não resistais ao homem mau. Mas se alguém te bater na face direita, oferece-lhe também a esquerda.
Se alguém quiser levar-te ao tribunal, para ficar com a tua túnica, deixa-lhe também o manto.
Se alguém te obrigar a acompanhá-lo durante uma milha, acompanha-o durante duas.
Dá a quem te pedir e não voltes as costas a quem te pede emprestado. (quem nos pede, fica-nos a dever; o mundo dele fica a dever-nos. Assim temos a haver naquilo que precisarmos)

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
Santa Teresinha do Menino Jesus (1873-1897), carmelita, doutora da Igreja
Poemas «Viver de amor» e «Por que te amo, Maria»
«Deixa-lhe também o manto»

Viver do Amor é dar sem olhar
Sem neste mundo exigir um salário.
Ah! Eu dou sem contar,
Pois sei que quem ama é perdulário!
Ao Coração Divino que transborda ternura,
Dei tudo. [...] Corro meus dias ligeira, sem dor nem fraqueza
Nada mais tendo que esta minha riqueza:
Viver do Amor.

Viver do Amor é banir o temor,
Riscando a lembrança dos erros passados.
De meus pecados não vejo nem cor,
Com amor inflamante foram perdoados!
Ó doce fornalha, ó divina chama,
Morada que elejo com todo o fulgor,
Canto em teu fogo e sou eu quem clama (cf Dn 3,51):
«Vivo de Amor!» [...]

«Viver do Amor, que estranha loucura!»,
O mundo me diz. «Cessai de cantar!
Os perfumes e a vida futura
Com utilidade os deveis empregar!»
Amar-Te, Jesus, se é perda, é ganho fecundo!
Para sempre são teus meus perfumes, Senhor,
Quero cantar ao deixar este mundo:
«Morro de Amor!»

Amar é tudo dar e dar-se a si mesmo.


Terça-feira, dia 20 de Junho de 2017

Terça-feira da 11.ª semana do Tempo Comum

Queremos dar-vos a conhecer, irmãos, a graça que Deus concedeu às Igrejas da Macedónia.
No meio de grandes tribulações com que foram provadas, distribuíram generosamente e com transbordante alegria, apesar da sua extrema pobreza, os tesouros da sua liberalidade.
Sou testemunha de que eles, segundo as suas posses e para além das suas posses, nos pediram espontaneamente
e com muita insistência a graça de participarem neste serviço em favor dos cristãos de Jerusalém.
Ultrapassando as nossas esperanças, deram-se a si mesmos, primeiro ao Senhor, depois a nós, por vontade de Deus.
Por isso pedimos a Tito que levasse a bom termo entre vós esta obra de generosidade, como ele a tinha começado.
Portanto, já que sobressaís em tudo __ na fé, na eloquência, na ciência, em toda a espécie de atenções e na caridade que vos ensinámos __ procurai também sobressair nesta obra de generosidade.
Não vo-lo digo como quem manda, mas quero verificar, perante a solicitude dos outros, a sinceridade da vossa caridade.
Conheceis a generosidade de Nosso Senhor Jesus Cristo: Ele, que era rico, fez-Se pobre por vossa causa, para vos enriquecer pela sua pobreza.

Livro de Salmos 146(145),2.5-6.7.8-9a.
Hei-de louvar o Senhor, enquanto viver;
enquanto existir, hei-de cantar hinos ao meu Deus.
Feliz o que tem por auxílio o Deus de Jacob,
o que põe a sua confiança no Senhor, seu Deus,

que fez o céu e a Terra,
o mar e quanto neles existe.
O Senhor faz justiça aos oprimidos,
dá pão aos que têm fome

e a liberdade aos cativos.
O Senhor ilumina os olhos dos cegos,
o Senhor levanta os abatidos,
o Senhor ama os justos.

O Senhor protege os peregrinos.

Evangelho segundo S. Mateus 5,43-48.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Ouvistes que foi dito: ‘Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo’.
Eu, porém, digo-vos: Amai os vossos inimigos e orai por aqueles que vos perseguem
para serdes filhos do vosso Pai que está nos Céus; pois Ele faz nascer o sol sobre bons e maus e chover sobre justos e injustos.
Se amardes aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Não fazem a mesma coisa os publicanos?
E se saudardes apenas os vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Não o fazem também os pagãos?
Portanto, sede perfeitos, como o vosso Pai celeste é perfeito».

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
São Francisco de Assis (1182-1226), fundador da Ordem dos Frades Menores
Primeira Regra, §22
«Eu, porém, digo-vos: Amai os vossos inimigos»
Nós, todos os irmãos, acatamos atentamente o que diz o Senhor: «Amai os vossos inimigos, fazei o bem a quem vos odeia». Nosso Senhor Jesus Cristo, cujos passos devemos seguir (1Pe 2,21), deu o nome de amigo a quem O traía (Mt 26,50) e ofereceu-Se voluntariamente aos que O iam crucificar. Por conseguinte são nossos amigos todos aqueles que nos infligem injustamente adversidades e angústias, afrontas e ofensas, dores e tormentos, o martírio e a morte. Devemos amá-los muito porque os ferimentos que nos causam proporcionar-nos-ão a vida eterna.

Quarta-feira, dia 21 de Junho de 2017

Quarta-feira da 11.ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : S. Luís Gonzaga, religioso, +1591

2.ª Carta aos Coríntios 9,6-11.
Irmãos: Lembrai-vos disto: Quem semeia pouco também colherá pouco e quem semeia abundantemente também colherá abundantemente.
Dê cada um segundo o impulso do seu coração, sem tristeza nem constrangimento porque Deus ama aquele que dá com alegria.
E Deus é poderoso para vos cumular de todas as graças, de modo que, tendo sempre e em tudo o necessário, vos fique ainda muito para toda a espécie de boas obras,
como está escrito: «Repartiu com largueza pelos pobres; a sua justiça permanece para sempre».
Aquele que dá a semente ao semeador e o pão para alimento também vos dará a semente em abundância e multiplicará os frutos da vossa justiça.
Sereis enriquecidos em tudo e podereis praticar a mais larga generosidade que fará subir, por nosso intermédio, os nossos oferecimentos a Deus.

Livro de Salmos 112(111),1-2.3-4.9.
Feliz o homem que adora o Senhor
e ama ardentemente os seus preceitos.
A sua descendência será poderosa sobre a Terra,

será abençoada a geração dos justos.
Haverá em sua casa abundância e riqueza,
a sua generosidade permanece para sempre.

Brilha aos homens rectos, como luz nas trevas,
o homem misericordioso, compassivo e justo.
reparte com largueza pelos pobres, a sua generosidade permanece para sempre e pode levantar a cabeça com dignidade.

Evangelho segundo S. Mateus 6,1-6.16-18.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Tende cuidado em não praticar as vossas boas obras diante dos homens, para serdes vistos por eles. Aliás, não tereis nenhuma recompensa do vosso Pai que está nos Céus.
Assim, quando deres esmola, não toques a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas, nas sinagogas e nas ruas, para serem louvados pelos homens. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa.
Quando deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita,
para que a tua esmola fique em segredo e teu Pai, que vê o que está oculto, te dará a recompensa.
Quando rezardes, não sejais como os hipócritas, porque eles gostam de orar de pé, nas sinagogas e nas esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa.
Tu, porém, quando rezares, entra no teu quarto, fecha a porta e ora a teu Pai em segredo e teu Pai, que vê o que está oculto, te dará a recompensa.
Quando jejuardes, não tomeis um ar sombrio, como os hipócritas, que desfiguram o rosto, para mostrarem aos homens que jejuam. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa.
Tu, porém, quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto,
para que os homens não percebam que jejuas, mas apenas o teu Pai, que está presente no que é oculto e teu Pai, que vê o que está oculto, te dará a recompensa».

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein) (1891-1942), carmelita, mártir, copadroeira da Europa
A oração da Igreja
“O teu Pai vê o que está oculto”
Não se trata de conceber a oração interior, livre das formas tradicionais, como uma piedade simplesmente subjectiva e de a opor à liturgia que seria a oração objectiva da Igreja; através de toda a verdadeira oração, alguma coisa se passa na Igreja e é a própria Igreja quem reza; pois é o Espírito Santo que vive nela que, em cada alma, «intercede por nós com gemidos inefáveis» (Rom 8,26). E essa é a verdadeira oração porque «ninguém pode dizer "Jesus é o Senhor" senão por influência do Espírito Santo» (1Cor 12,3). O que seria a oração da Igreja se não fosse a oferenda daqueles que, ardendo em amor, se entregam ao Deus que é Amor?
O dom de si a Deus, por amor e sem limites, é o dom divino que se recebe em troca, a união plena e constante, é a mais alta elevação do coração que nos é acessível, o mais alto grau da oração. As almas que o atingiram são, na verdade, o coração da Igreja; nelas vive o amor de Jesus Cristo, sumo-sacerdote. Escondidas com Jesus Cristo em Deus (Col 3,3), não podem deixar de fazer irradiar para outros corações o amor divino de que estão cheias, concorrendo assim para o cumprimento da unidade perfeita de todos em Deus, como era e continua a ser o grande desejo de Jesus Cristo.


Quinta-feira, dia 22 de Junho de 2017

Quinta-feira da 11.ª semana do tempo comum

Irmãos: Podereis vós suportar-me um pouco de insensatez? Estou certo de que a suportareis.
Sinto por vós um ciúme semelhante ao ciúme de Deus porque vos desposei com um só esposo, que é Jesus Cristo, a quem devo apresentar-vos como virgem pura.
Receio, porém, que, assim como Eva foi seduzida pela astúcia da serpente, os vossos pensamentos sejam corrompidos e se afastem da simplicidade para com Jesus Cristo.
De facto, se alguém vier pregar-vos outro Jesus diferente d’Aquele que vos pregámos ou se vos oferecer um Espírito diferente d’Aquele que recebestes ou um Evangelho diferente daquele que aceitastes, vós o suportareis muito bem.
Mas penso que em nada sou inferior a esses eminentes apóstolos.
Se eu sou inculto na arte de falar, não o sou na ciência, como sempre e em tudo vos temos claramente mostrado.
Teria eu cometido uma falta, por vos ter anunciado o Evangelho de Deus gratuitamente, rebaixando-me a mim próprio para vos exaltar?
Despojei outras Igrejas, aceitando delas sustento para vos poder servir.
E quando estive entre vós e passei necessidade, não fui pesado a ninguém porque os irmãos que chegaram da Macedónia providenciaram para que nada me faltasse. Em tudo evitei e evitarei ser-vos pesado.
Pela verdade de Jesus Cristo de que sou portador, essa glória não me será tirada em terras da Acaia.
E porquê? Porque não vos amo? Deus bem o sabe.

Livro de Salmos 111(110),1-2.3-4.7-8.
Louvarei o Senhor de todo o coração
no conselho dos justos e na assembleia.
São grandes as obras do Senhor,
admiráveis para os que nelas meditam.

A sua obra é esplendor e majestade
e a sua justiça permanece eternamente.
Instituiu um memorial das suas maravilhas:
o Senhor é misericordioso e compassivo.

Fiéis e justas são as obras das suas mãos,
são imutáveis todos os seus preceitos,
irrevogáveis pelos séculos dos séculos,
estabelecidos na rectidão e na verdade.

Evangelho segundo S. Mateus 6,7-15.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Quando orardes, não digais muitas palavras, como os pagãos porque pensam que serão atendidos por falarem muito.
Não sejais como eles porque o vosso Pai bem sabe do que precisais, antes de vós Lho pedirdes.
Orai assim: ‘Pai nosso, que estais nos Céus, santificado seja o vosso nome;
venha a nós o vosso reino; seja feita a vossa vontade assim na Terra como no Céu.
O pão nosso de cada dia nos dai hoje;
perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido;
não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal’.
Porque se perdoardes aos homens as suas faltas, também o vosso Pai celeste vos perdoará.
Mas se não perdoardes aos homens, também o vosso Pai não vos perdoará as vossas faltas».

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
Santa Teresa de Ávila (1515-1582), carmelita descalça, doutora da Igreja
«Caminho de Perfeição», cap. 27
«Quando rezardes, dizei: "Pai"» (Lc 11,2)
«Pai nosso, que estais nos céus». Ó Senhor meu, como pareceis Pai de tal Filho e como o vosso Filho parece Filho de tal Pai! Bendito sejais para todo o sempre! No fim da oração, não seria já tão grande, Senhor, esta mercê? Mas logo em começando nos encheis as mãos e fazeis tão grande mercê que seria bem o encher-se dela o entendimento para ocupar a vontade, de modo que não pudesse dizer palavra.
Oh, que bem viria aqui, filhas, a contemplação perfeita! Oh, com quanta razão entraria em si a alma, a fim de melhor poder subir acima de si mesma para que este santo Filho lhe desse a entender qual é o lugar onde diz que está seu Pai, que é nos Céus! […]
Ó Filho de Deus e Senhor meu! Como dais tantos bens juntos logo à primeira palavra? Já que Vós mesmo Vos humilhais em tão grande extremo, até juntar-Vos connosco a pedir, […] como é que ainda quereis nos tenha por filhos […]? Sendo Pai, nos há-de sofrer, por graves que sejam as ofensas. Se tornarmos a Ele como o filho pródigo, terá de perdoar, de nos consolar em nossos trabalhos, de nos sustentar, como fará um Pai que forçosamente há-de ser melhor do que todos os pais do mundo porque nele não pode haver senão a perfeição de todo o bem e, depois de tudo isto, fazer-nos participantes e herdeiros convosco. […]
Ó bom Jesus! […] Falastes como Filho dilecto, em vosso nome e no nosso. […] Nâo vos parece, filhas, […] que haverá razão, ainda mesmo que digamos vocalmente esta palavra, «Pai Nosso», para a deixarmos de entender com o entendimento e assim se faça em pedaços o nosso coração ao ver tanto amor?


Sexta-feira, dia 23 de Junho de 2017

SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS, solenidade

Moisés falou ao povo, dizendo:«Tu és um povo consagrado ao Senhor teu Deus; foi a ti que o Senhor, teu Deus, escolheu, para seres o seu povo, entre todos os povos que estão sobre a face da Terra.»
«Não foi por serdes mais numerosos do que outros povos que o Senhor se agradou de vós e vos escolheu; vós até éreis o mais pequeno de todos os povos.
Porque o Senhor vos ama e é fiel ao juramento que fez a vossos pais, por isso, é que, com mão forte, vos tirou e vos salvou da casa da servidão, da mão do faraó, rei do Egipto.
Reconhece, pois, que o Senhor, teu Deus, é que é Deus, o Deus fiel, que mantém a aliança e a bondade para com os que o amam e observam os seus mandamentos até à milésima geração.
Ele castiga, porém, a cada um dos seus inimigos, fazendo-os perecer; não tardará em dar castigo a cada um dos que o odeiam.
Observarás, pois, os mandamentos, as leis e os preceitos que Eu hoje te mando pôr em prática.

Livro de Salmos 103(102),1-2.3-4.6-7.8.10.
Bendiz, ó minha alma, o Senhor e todo o meu ser bendiga o seu nome santo.
Bendiz, ó minha alma, o Senhor e não esqueças nenhum dos seus benefícios.
Ele perdoa todos os teus pecados e cura as tuas enfermidades;
salva da morte a tua vida e coroa-te de graça e misericórdia.

O Senhor faz justiça
e defende o direito de todos os oprimidos.
Revelou a Moisés os seus caminhos
e aos filhos de Israel os seus prodígios.

O Senhor é clemente e compassivo, paciente e cheio de bondade;
não nos tratou segundo os nossos pecados nem nos castigou segundo as nossas culpas.

1.ª Carta de S. João 4,7-16.
Caríssimos: Amemo-nos uns aos outros porque o amor vem de Deus e todo aquele que ama nasceu de Deus e conhece a Deus.
Quem não ama não conhece a Deus porque Deus é amor.
Assim se manifestou o amor de Deus para connosco: Deus enviou ao mundo o seu Filho Unigénito, para que vivamos por Ele.
Nisto consiste o amor: não fomos nós que amámos a Deus, mas foi Ele que nos amou e enviou o seu Filho como vítima de expiação pelos nossos pecados.
Caríssimos, se Deus nos amou assim, também nós devemos amar-nos uns aos outros.
Ninguém jamais viu a Deus. (não porque Ele se esconde de nós, mas porque é invisível) Se nos amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós e em nós o seu amor é perfeito.
Nisto conhecemos que estamos n’Ele e Ele em nós: porque nos deu o seu Espírito.
E nós vimos e damos testemunho de que o Pai enviou o seu Filho como Salvador do mundo.
Se alguém confessar que Jesus Cristo é o Filho de Deus, Deus permanece nele e ele em Deus.
Nós conhecemos o amor que Deus nos tem e acreditámos no seu amor. Deus é amor: quem permanece no amor permanece em Deus e Deus permanece nele.

Evangelho segundo S. Mateus 11,25-30.
Naquele tempo, Jesus Cristo exclamou: «Eu Te bendigo, ó Pai, Senhor do céu e da Terra porque escondeste estas verdades aos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequeninos.
Sim, Pai, Eu Te bendigo porque assim foi do teu agrado.
Tudo Me foi dado por meu Pai. Ninguém conhece o Filho senão o Pai e ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar».
Vinde a Mim, todos os que andais cansados e oprimidos e Eu vos aliviarei.
Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de Mim que sou manso e humilde de coração e encontrareis descanso para as vossas almas (e pessoas celestes, pessoas espirituais, pessoas naturais).
Porque o meu jugo é suave e a minha carga é leve».

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
Santa Gertrudes de Helfta (1256-1301), monja beneditina
Exercícios 7
«Vinde a Mim, todos os que andais cansados e oprimidos e Eu vos aliviarei.»
A Ti, que por mim fizeste tão grandes e belas coisas, que me obrigaste a ficar ao teu serviço para sempre, que Te darei por tão grandes benefícios? Que louvores, que agradecimentos poderia oferecer-Te, ainda que me gastasse mil vezes? O que sou eu, pobre criatura, em comparação contigo, que és a minha abundante redenção? Assim, pois, oferecer-Te-ei por inteiro a minha alma que Tu resgataste, entregar-Te-ei o amor do meu coração. Sim, transporta a minha vida em Ti, leva-me toda inteira em Ti e, encerrando-me em Ti, faz com que eu seja uma única coisa contigo.
Ó amor, o teu ardor divino abriu-me o doce coração do meu Jesus. Ó coração fonte de doçura, coração transbordante de bondade, coração superabundante de caridade, coração de onde corre, gota a gota, a benevolência, coração cheio de misericórdia [...], coração tão amado, peço-te que absorvas todo o meu coração em ti. Pérola preciosíssima do meu coração, convida-me para o teu festim que dá vida; serve-me os vinhos da consolação [...], a fim de que as ruínas do meu espírito se encham da tua caridade divina e de que a abundância do teu amor supra a pobreza e a miséria da minha alma.
Ó coração amado acima de todas as coisas [...], tem piedade de mim. Suplico-Te que a doçura da tua caridade dê coragem ao meu coração. Que, pela tua bondade, as entranhas da tua misericórdia se comovam a meu favor porque os meus deméritos são numerosos e nulos são os meus méritos. Meu Jesus, que o mérito da tua morte preciosa, que foi o único que teve o poder de compensar a dívida universal, me redima de todo o mal que fiz [...]; que ele me atraia a Ti de maneira tão poderosa que, totalmente transformada pela força do teu amor divino, eu encontre graça a teus olhos. [...] E concede-me, querido Jesus, que Te ame só a Ti em todas as coisas, que a Ti me ligue com fervor, que espere em Ti e não coloque limites à minha esperança.


Sábado, dia 24 de Junho de 2017

Nascimento de São João Baptista - Solenidade

Calendário da Igreja disponível este dia

Livro de Isaías 49,1-6.
Terras de Além-Mar, escutai-me; povos de longe, prestai atenção. O Senhor chamou-me desde o ventre materno, disse o meu nome desde o seio de minha mãe.
Fez da minha boca uma espada afiada, abrigou-me à sombra da sua mão. Tornou-me semelhante a uma seta aguda, guardou-me na sua aljava.
E disse-me: «Tu és o meu servidor, Israel, por quem manifestarei a minha glória».
E eu dizia: «Cansei-me inutilmente, em vão e por nada gastei as minhas forças». Mas o meu direito está no Senhor e a minha recompensa está no senhor Deus.
E agora o Senhor falou-me, Ele que me formou desde o seio materno, para fazer de mim o seu servidor, a fim de Lhe reconduzir Jacob e reunir Israel junto d’Ele. Eu tenho merecimento aos olhos do Senhor e Deus é a minha força.
Ele disse-me então: «Não basta que sejas meu servidor, para restaurares as tribos de Jacob e reconduzires os sobreviventes de Israel. Vou fazer de ti a luz das nações, para que a minha salvação chegue até aos confins da Terra».

Livro de Salmos 139(138),1-3.13-14ab.14c-15.
Senhor, Vós conheceis o íntimo do meu ser:
sabeis quando me sento e quando me levanto.
De longe penetrais o meu pensamento,
Vós me vedes quando caminho e quando descanso,

Vós observais todos os meus passos.
Vós formastes as entranhas do meu corpo
e me criastes no seio de minha mãe.
Agradeço-Vos por me terdes feito tão maravilhosamente:

admiráveis são as vossas obras.
Vós conhecíeis já a minha alma
e nada do meu ser Vos era oculto,
quando secretamente era formado,

modelado nas profundidades da terra.

Livro dos Actos dos Apóstolos 13,22-26.
Naqueles dias, Paulo falou deste modo: «Deus concedeu aos filhos de Israel David como rei, de quem deu este testemunho: ‘Encontrei David, filho de Jessé, homem segundo o meu coração, que fará sempre a minha vontade’.
Da sua descendência, como prometera, Deus fez nascer Jesus, o Salvador de Israel.
João tinha proclamado, antes da sua vinda, um baptismo de penitência a todo o povo de Israel.
Prestes a terminar a sua carreira, João dizia: ‘Eu não sou quem julgais; mas depois de mim, vai chegar Alguém, a quem eu não sou digno de desatar as sandálias dos seus pés’.
Irmãos, descendentes de Abraão e todos vós que adorais a Deus: a nós é que foi dirigida esta palavra de salvação».

Evangelho segundo S. Lucas 1,57-66.80.
Naquele tempo, chegou a altura de Isabel ser mãe e deu à luz um filho.
Os seus vizinhos e parentes souberam que o Senhor lhe tinha feito tão grande benefício e congratularam-se com ela.
Oito dias depois, vieram circuncidar o menino e queriam dar-lhe o nome do pai, Zacarias.
Mas a mãe interveio e disse: «Não, Ele vai chamar-se João».
Disseram-lhe: «Não há ninguém da tua família que tenha esse nome».
Perguntaram então ao pai, por meio de sinais, como queria que o menino se chamasse.
O pai pediu uma tábua e escreveu: «O seu nome é João». Todos ficaram admirados.
Imediatamente se lhe abriu a boca e se lhe soltou a língua e começou a falar, bendizendo a Deus.
Todos os vizinhos se encheram de temor e por toda a região montanhosa da Judeia se divulgaram estes factos.
Quantos os ouviam contar guardavam-nos em seu coração e diziam: «Quem virá a ser este menino?». Na verdade, a mão do Senhor estava com ele.
O menino ia crescendo e o seu espírito fortalecia-se. E foi habitar no deserto até ao dia em que se manifestou a Israel.

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
Liturgia bizantina
Lucernário das Grandes Vésperas da festa da Natividade de João Baptista
«E reconduzirá muitos dos filhos de Israel ao Senhor, seu Deus. Irá à frente, diante do Senhor, [...] a fim de proporcionar ao Senhor um povo com boas disposições.» (Lc 1,16-17)
Neste dia vem ao mundo o grande Precursor,
Fruto do seio da estéril Isabel.
Ele é o maior entre os profetas;
Nenhum outro surgiu como ele (Mt 11,11),
Pois ele é a candeia (Jo 5,35) que antecede de perto a claridade suprema,
E a voz (Mt 3,3) que precede o Verbo.
Ele conduz a Jesus Cristo a Igreja, sua noiva (Jo 3,29),
E prepara para o Senhor um povo escolhido,
Purificando-o com a água, enquanto aguarda o Espírito.

De Zacarias nasce essa planta jovem,
A mas bela entre os filhos do deserto,
O arauto do arrependimento,
O que purifica pela água (Lc 3,16) os que se transviavam,
Que leva, como precursor (Lc 1,17), o anúncio da ressurreição
Até à casa dos mortos (Mc 6,28)
E que intercede pelas nossas almas.

Desde o seio de tua mãe, bem-aventurado João,
Tu foste o profeta e o precursor de Jesus Cristo:
Estremeceste de alegria
Vendo a Rainha vir até junto da servidora,
Levando a ti Aquele que o Pai gera sem mãe desde toda a eternidade (Lc 1,40).
Tu, que nasceste de uma mulher estéril e de um velho,
Segundo a promessa do Senhor (Lc 1,13),
Pede-Lhe que tenha piedade das nossas almas.
©

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sábado, 17 de junho de 2017

Cristianismo 212 até 17-06-2017


Domingo, dia 11 de Junho de 2017

SANTÍSSIMA TRINIDADE - solenidade

Festa da Igreja : Domingo da Santíssima Trindade - Ano A (semana III do saltério)
Santo do dia : S. Barnabé, Apóstolo, séc. I

Livro de Êxodo 34,4b-6.8-9.
Naqueles dias, Moisés levantou-se muito cedo e subiu ao monte Sinai, como o Senhor lhe ordenara, levando nas mãos as tábuas de pedra.
O Senhor desceu na nuvem, ficou junto de Moisés que invocou o nome do Senhor.
O Senhor passou diante de Moisés e proclamou: «O Senhor, o Senhor é um Deus clemente e compassivo, sem pressa para Se indignar e cheio de misericórdia e fidelidade».
Moisés caiu de joelhos e prostrou-se em adoração.
Depois disse: «Se encontrei, Senhor, aceitação a vossos olhos, digne-Se o Senhor caminhar no meio de nós. É certo que se trata de um povo de dura cerviz, mas Vós perdoareis os nossos pecados e iniquidades e fareis de nós a vossa herança».

Livro de Daniel 3,52.53.54.55.56.
Bendito sejais, Senhor, Deus dos nossos pais:
digno de louvor e de glória para sempre.

Bendito o vosso nome glorioso e santo:
digno de louvor e de glória para sempre.

Bendito sejais no templo santo da vossa glória:
digno de louvor e de glória para sempre.

Bendito sejais no trono da vossa realeza:
digno de louvor e de glória para sempre.

Bendito sejais, Vós que sondais os abismos
e estais sentado sobre os Querubins:
digno de louvor e de glória para sempre.

Bendito sejais no firmamento do céu:
digno de louvor e de glória para sempre.

2.ª Carta aos Coríntios 13,11-13.
Irmãos: Sede alegres, trabalhai pela vossa perfeição, animai-vos uns aos outros, tende os mesmos sentimentos, vivei em paz. E o Deus dos Afectos e da paz estará convosco.
Saudai-vos uns aos outros com o ósculo santo. Todos os santos vos saúdam.
A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam convosco.

Evangelho segundo S. João 3,16-18.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo a Nicodemos: «Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho para que todo o homem que acredita n’Ele não pereça, mas tenha a vida eterna.
Porque Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele.
Quem acredita n'Ele não é condenado, mas quem não acredita n’Ele já está condenado porque não acreditou no nome do Filho (de Deus)».

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
Santo Efrém (c. 306-373), diácono da Síria, doutor da Igreja
Hino sobre a Trindade
«Um só Deus, um só Senhor, não na unidade de uma só pessoa, mas na trindade de uma só natureza» (do Prefácio)
Refrão: Bendito seja Aquele que Te envia!

Toma como símbolos o sol para o Pai,
A luz para o Filho,
O calor para o Espírito Santo.

Embora sendo um único ser,
Percebemos nele uma trindade.
Quem poderá compreender o inexplicável?

Este único é múltiplo: um é formado por três,
E três formam apenas um,
Grande mistério e maravilha manifesta!

O sol é distinto do seu irradiar
Embora esteja a ele unido,
Pois os seus raios também são o sol.

E contudo ninguém fala de dois sois,
Embora os raios sejam também
O sol cá em baixo.

Assim também não dizemos que há dois deuses.
Deus, Nosso Senhor, é Deus;
E também Ele Se encontra acima do criado.

Quem será capaz de mostrar como e onde
Está ligado o raio do sol,
Bem como o seu calor, ainda que soltos?

Não se encontram nem separados nem confundidos,
Estão unidos, embora sejam distintos,
São livres, embora estejam ligados, ó maravilha!

Quem poderá, perscrutando-os, ter domínio sobre eles?
E contudo, não é certo que são
Aparentemente tão simples, tão fáceis?

Embora o sol permaneça no alto
A claridade e o calor que dele emanam
São, para os de cá de baixo, um símbolo claro.

Sim, os seus raios incidem sobre a Terra
E permanecem nos nossos olhos,
Como se fosse ele a revestir-nos a carne.

Quando se fecham os olhos no instante do sono,
Como mortos, ele abandona-os,
A eles que em breve despertarão.

E assim como ninguém compreende
De que forma entra a luz no olho,
Assim Nosso Senhor no seio. [...]

O nosso Salvador tomou um corpo
Com a toda a fragilidade que nele existe,
Para vir santificar o universo.

Mas, quando o raio remonta à sua fonte,
Vemos que nunca esteve separado
Daquele que o engendrou.

Derrama o seu calor sobre os que se encontram cá em baixo,
Como Nosso Senhor
Deixou o Espírito Santo aos discípulos.

Contempla estas imagens do mundo criado
E não duvides do que diz respeito aos Três,
Pois de outra forma perder-te-ás!

Tornei claro para ti aquilo que era obscuro:
Como podem os três formar um só,
A Trindade que é uma mesma essência!

Refrão: Bendito seja Aquele que Te envia!

Segunda-feira, dia 12 de Junho de 2017

Segunda-feira da 10.ª semana do Tempo Comum

Paulo, Apóstolo de Jesus Cristo, por vontade de Deus e o irmão Timóteo, à Igreja de Deus que está em Corinto e aos cristãos que vivem em toda a Acaia:
A graça e a paz vos sejam dadas da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo.
Bendito seja Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, Pai de misericórdia e Deus de toda a consolação.
Ele nos conforta em todas as tribulações para podermos consolar aqueles que estão atribulados, por meio da consolação que nós mesmos recebemos de Deus.
Na verdade, assim como abundam em nós os sofrimentos de Jesus Cristo, também por Jesus Cristo abunda a nossa consolação.
Se somos atribulados, é para vossa consolação e salvação. Se somos consolados, é para vossa consolação, a fim de suportardes com fortaleza os mesmos sofrimentos que nós suportamos.
A nossa esperança a vosso respeito é firme porque sabemos que, participando nos sofrimentos, também participareis na consolação.

Livro de Salmos 34(33),2-3.4-5.6-7.8-9.
A toda a hora bendirei o Senhor,
o seu louvor estará sempre na minha boca.
A minha alma gloria-se no Senhor:
escutem e alegrem-se os humildes.

Enaltecei comigo o Senhor
e exaltemos juntos o seu nome.
Procurei o Senhor e Ele atendeu-me,
libertou-me de toda a ansiedade.

Voltai-vos para Ele e ficareis radiantes,
o vosso rosto não se cobrirá de vergonha.
Este pobre clamou e o Senhor o ouviu,
salvou-o de todas as angústias.

O Anjo do Senhor protege os que O adoram
e defende-os dos perigos.
Saboreai e vede como o Senhor é bom:
feliz o homem que n’Ele se refugia.

Evangelho segundo S. Mateus 5,1-12.
Naquele tempo, ao ver as multidões, Jesus Cristo subiu ao monte e sentou-Se. Rodearam-n’O os discípulos,
e Ele começou a ensiná-los (à multidão), dizendo:
«Bem-aventurados os pobres em espírito porque deles é o reino dos Céus.
Bem-aventurados os que choram porque serão consolados.
Bem-aventurados os humildes porque possuirão a Terra.
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça porque serão saciados.
Bem-aventurados os misericordiosos porque alcançarão misericórdia.
Bem-aventurados os puros de coração porque verão a Deus.
Bem-aventurados os que promovem a paz porque serão chamados filhos de Deus.
Bem-aventurados os que sofrem perseguição por amor da justiça porque deles é o reino dos Céus.
Bem-aventurados sereis quando, por minha causa, vos insultarem, vos perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós.
Alegrai-vos e exultai porque é grande nos Céus a vossa recompensa. Assim perseguiram os profetas que vieram antes de vós».

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja
Homilia sobre a Segunda carta aos Coríntios
«Alegrai-vos e exultai, porque é grande nos Céus a vossa recompensa.»
Só os cristãos estimam as coisas pelo seu verdadeiro valor, não tendo os mesmos motivos para se regozijarem e se entristecerem que o resto dos homens. À vista de um atleta ferido, levando na cabeça a coroa de vencedor, quem nunca praticou um desporto considera somente as feridas que fazem sofrer aquele homem e não imagina a felicidade que lhe proporciona a sua recompensa. Assim fazem as pessoas de quem falamos: sabem que sofremos provações, mas ignoram porque as suportamos e só consideram os nossos sofrimentos; vêem as lutas nas quais estamos envolvidos e os perigos que nos ameaçam, mas as recompensas e as coroas permanecem-lhes ocultas, não menos do que a razão dos nossos combates. Como afirma S.Paulo: «Crêem que nada temos e nós possuímos tudo» (2Cor 6,10). [...]
Por causa dos que nos olham quando somos submetidos a provações por amor a Jesus Cristo, suportemo-las corajosamente, mais ainda, com alegria: se jejuamos, espelhemos alegria como se estivéssemos em delícias; se nos ultrajam, dancemos alegremente como se estivéssemos a ser cumulados de elogios; se sofremos algum mal, consideremo-lo um ganho; se damos alguma coisa a um pobre, persuadamo-nos de que recebemos. [...] Antes de tudo, lembra-te de que combates pelo Senhor Jesus Cristo. Assim, entrarás na luta com gosto e viverás sempre na alegria porque nada nos torna mais felizes do que uma boa consciência.


Terça-feira, dia 13 de Junho de 2017

Santo António de Lisboa, presbítero e doutor - Festa

Santo do dia : Santo António de Lisboa, presbítero, Doutor da Igreja, +1231

Livro de Eclesiástico 39,8-14.
Aquele que medita na lei do Altíssimo, se for do agrado do Senhor omnipotente, será cheio do espírito de inteligência.
Então ele derramará, como chuva, as suas palavras de sabedoria e na sua oração louvará o Senhor.
Adquirirá a rectidão do julgamento e da ciência e refletirá nos mistérios de Deus.
Fará brilhar a instrução que recebeu e a sua glória estará na lei da aliança do Senhor.
Muitos louvarão a sua inteligência que jamais será esquecida.
Não desaparecerá a sua memória e o seu nome viverá de geração em geração.
As nações proclamarão a sua sabedoria e a assembleia celebrará os seus louvores.

Livro de Salmos 19(18),8-11.
A lei do Senhor é perfeita,
ela reconforta a alma (e pessoa celeste, pessoa espiritual, pessoa natural).
As ordens do Senhor são firmes
e dão sabedoria aos simples.

Os preceitos do Senhor são rectos
e alegram o coração.
Os mandamentos do Senhor são claros
e iluminam os olhos.

O amor do Senhor é puro
e permanece eternamente.
Os juízos do Senhor são verdadeiros,
todos eles são rectos.

São mais preciosos do que o ouro,
o ouro mais fino;
são mais doces do que o mel,
o puro mel dos favos.

Evangelho segundo S. Mateus 5,13-19.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Vós sois o sal da terra (= os evangelizadores). Mas se ele perder a força, com que há de salgar-se? Não serve para nada (não evangelizam), senão para ser lançado fora e pisado pelos homens.
Vós sois a luz do mundo(transmissores da fé pelos sacramentos). Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte;
nem se acende uma lâmpada para a colocar debaixo do alqueire, mas sobre o candelabro, onde brilha para todos os que estão em casa.
Assim deve brilhar a vossa luz diante dos homens, para que, vendo as vossas boas obras, glorifiquem o vosso Pai que está nos Céus».
Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim revogar, mas completar.
Em verdade vos digo: Antes que passem o céu e a Terra, não passará da Lei a mais pequena letra ou o mais pequeno sinal, sem que tudo se cumpra.
Portanto, se alguém transgredir um só destes mandamentos, por mais pequenos que sejam e ensinar assim aos homens, será o menor no reino dos Céus. Mas aquele que os praticar e ensinar será grande no reino dos Céus.

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja
Sermões sobre S. Mateus, n.º 15
O sal da terra
«Vós sois o sal da Terra», diz o Salvador, mostrando-lhes a necessidade de todos os preceitos que acaba de enunciar. «A minha palavra não vos será confiada apenas para a vossa própria vida, mas para o mundo inteiro. Não vos envio a duas cidades, a dez ou a vinte nem a um só povo, como outrora os profetas. Envio-vos à terra, ao mar, a toda a criação (Mc 16,15), a toda a parte onde o mal abunda».
Na verdade, ao dizer-lhes: «Vós sois o sal da Terra», indicou-lhes que toda a natureza humana está insossa, corrompida pelo pecado e que seria pelo seu ministério que a graça do Espírito Santo regeneraria e conservaria o mundo. É por isso que lhes ensina as virtudes das bem-aventuranças que são as mais necessárias e eficazes para estes homens que vão encarregar-se de multidões. Aquele que é manso, modesto, misericordioso e justo não encerra em si mesmo as boas acções que realiza; quer que essas belas fontes jorrem também para bem dos outros. Aquele que tem o coração puro, que é construtor da paz, que sofre perseguição pela verdade consagra a sua vida ao bem dos outros.


Quarta-feira, dia 14 de Junho de 2017

Quarta-feira da 10.ª semana do Tempo Comum

Irmãos: É por Jesus Cristo que temos esta certeza diante de Deus:
Não é que por nós próprios possamos atribuir-nos seja o que for, como se viesse de nós. Essa capacidade vem de Deus.
Foi Ele que nos tornou capazes de sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do Espírito porque a letra mata, mas o Espírito dá vida.
Se o ministério da morte, gravado com letras sobre a pedra, se revestiu de tal glória que os filhos de Israel não podiam fitar os olhos no rosto de Moisés por causa do esplendor do seu rosto - esplendor, aliás, passageiro
- quanto mais glorioso não há-de ser o ministério do Espírito?
Se o ministério da condenação foi glorioso, muito mais glorioso será o ministério da justificação.
Na verdade, sob este aspecto, comparada com esta glória eminentemente superior, desvaneceu-se a glória do primeiro ministério.
Se o que era passageiro foi glorioso, muito mais glorioso será o que é permanente.

Livro de Salmos 99(98),5.6.7.8.9.
Aclamai o Senhor, nosso Deus,
prostrai-vos a seus pés:
Ele é santo.

Moisés e Aarão estão entre os seus sacerdotes
e Samuel entre os que invocam o seu nome;
invocavam o Senhor e Ele os atendia.

Falava-lhes da coluna de nuvem;
eles observavam os seus mandamentos
e os preceitos que lhes dera.

Senhor, nosso Deus, Vós os atendestes,
fostes para eles um Deus paciente,
embora castigásseis as suas faltas.

Aclamai o Senhor, nosso Deus
e prostrai-vos diante da sua montanha santa:
é santo o Senhor, nosso Deus.

Evangelho segundo S. Mateus 5,17-19.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim revogar, mas completar.
Em verdade vos digo: Antes que passem o céu e a Terra, não passará da Lei a mais pequena letra ou o mais pequeno sinal, sem que tudo se cumpra.
Portanto, se alguém transgredir um só destes mandamentos, por mais pequenos que sejam e ensinar assim aos homens, será o menor no reino dos Céus. Mas aquele que os praticar e ensinar será grande no reino dos Céus.

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
Orígenes (c. 185-253), presbítero, teólogo
Homilias sobre o livro dos Números, 9, 4
«Não penseis que vim revogar a lei [...]; não vim revogar, mas completar»
Desejo recordar aos discípulos de Jesus Cristo a bondade de Deus; que nenhum de vós se deixe abalar pelos hereges que, em controvérsia, afirmam que o Deus da Lei não é bom, mas justo e que a Lei de Moisés não ensina a bondade, mas a justiça. Eles que observem, esses detractores de Deus e da Lei, como o próprio Moisés e Aarão cumpriram antecipadamente aquilo que o Evangelho depois ensinou. Vede como Moisés ama os seus inimigos e ora por aqueles que o perseguem (Mt 5,44) [...]; vede como, «prostrando-se com o rosto em terra», oram ambos por aqueles que se tinham rebelado e pretendiam matá-los (Nm 17,10s). Deste modo, encontramos o Evangelho em potência na Lei e temos de compreender que os Evangelhos se apoiam no fundamento da Lei.
Por mim, não dou o nome de Antigo Testamento à Lei, quando a considero em termos espirituais; a Lei só é um testamento antigo para aqueles que não desejam compreender o seu espírito. Para esses, a Lei tornou-se obrigatoriamente antiga, envelheceu porque perdeu a sua força. Para nós, porém, que a compreendemos e a explicamos em espírito e em conformidade com o Evangelho, a Lei permanece nova; para nós, os dois Testamentos são um novo Testamento, não pela data, mas pela novidade de sentido.
E o apóstolo João é do mesmo parecer, quando exorta na sua primeira epístola: «Caríssimos, amemo-nos uns aos outros» (4,7; cf Jo 13,34). Bem sabia ele que o preceito do amor se encontrava, desde há muito, na Lei (1Jo 2,7s; cf Lev 19,18). Mas, como «a caridade nunca acabará» (1Cor 13,8), [...] afirma a eterna novidade deste preceito que não envelhece. [...] Para o pecador e para aqueles que não observam o pacto da caridade, até os Evangelhos envelhecem; pois não pode haver um Novo Testamento para aquele que não se despoja do homem velho e não se reveste do homem novo, criado segundo Deus (Ef 4,22-24).


Quinta-feira, dia 15 de Junho de 2017

Santissimo Corpo e Sangue de Cristo - Solenidade

Moisés falou ao povo dizendo: «Recorda-te de todo esse caminho que o Senhor, teu Deus, te fez percorrer durante quarenta anos pelo deserto, a fim de te humilhar, para te experimentar, para conhecer o teu coração e ver se guardarias ou não os seus mandamentos.
Ele te humilhou e fez passar fome; depois, alimentou-te com esse maná que nem tu nem teus pais conhecíeis, para te ensinar que nem só de pão vive o homem; de tudo o que sai da boca do Senhor é que o homem viverá.
Então o teu coração se tornaria soberbo e tu esquecerias o Senhor, teu Deus, que te tirou da terra do Egipto, da Casa de servidão.
Foi Ele quem te conduziu através desse deserto grande e temível, de serpentes venenosas e escorpiões, lugar árido, onde não há água. Foi Ele quem fez jorrar, para ti, água do rochedo duro.
Foi Ele quem te alimentou neste deserto com um maná desconhecido dos teus pais para te humilhar, para te pôr à prova e, no futuro, te fazer feliz.

Livro de Salmos 148(147),12-13.14-15.19-20.
Glorifica, Jerusalém, o Senhor
louva o teu Deus, Sião!
Louvem todos o nome do Senhor
porque o seu nome é sublime,

a sua majestade está acima do céu e da Terra.
Exaltou a força do seu povo:
louvem-n’O todos os seus fiéis,
os filhos de Israel, seu povo eleito.

Envia as suas ordens à Terra
e a Sua palavra corre velozmente;
Ele revela os seus planos a Jacob
os seus preceitos e leis a Israel.

Não trata assim os outros povos
todos esses ignoram os seus mandamentos.

1.ª Carta aos Coríntios 10,16-17.
Irmãos: O cálice de bênção que abençoamos, não é comunhão com o sangue de Jesus Cristo? O pão que partimos não é comunhão com o corpo de Jesus Cristo?
Uma vez que há um único pão, nós, embora muitos, somos um só corpo porque todos participamos desse único pão.

Evangelho segundo S. João 6,51-59.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo à multidão: «Eu sou o pão vivo que desceu do Céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que Eu hei-de dar é minha carne que Eu darei pela vida do mundo».
Os judeus discutiam entre si: «Como pode Ele dar-nos a sua carne a comer?».
E Jesus Cristo disse-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: Se não comerdes a carne do Filho (do homem) e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós.
Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna e Eu o ressuscitarei no último dia.
A minha carne é verdadeira comida e o meu sangue é verdadeira bebida.
Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em Mim e Eu nele.
Assim como o Pai, que vive, Me enviou e Eu vivo pelo Pai, também aquele que Me come viverá por Mim.
Este é o pão que desceu do Céu; não é como o dos vossos pais que o comeram e morreram: quem comer deste pão viverá eternamente».
Assim falou Jesus Cristo, ao ensinar numa sinagoga, em Cafarnaum.

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
São João-Maria Vianney (1786-1859), presbítero, Cura de Ars
«Pensamentos escolhidos do Santo Cura d'Ars»
A Eucaristia abre a porta do Paraíso
Se fôssemos capazes de compreender todos os bens que a sagrada comunhão encerra, nada mais seria preciso para contentar o coração do homem.
Nosso Senhor afirmou: «Tudo o que pedirdes a meu Pai em meu nome, Ele vo-lo concederá» (Jo 16,23). Nunca nos teríamos lembrado de pedir a Deus o seu próprio Filho. Mas Deus faz aquilo que o homem não seria capaz de imaginar. Deus, no seu amor, concebeu e executou aquilo que o homem não é capaz de dizer nem de conceber e que não teria jamais ousado desejar.
Sem a divina Eucaristia, não haveria felicidade neste mundo, a vida seria insuportável. Quando recebemos a sagrada comunhão, recebemos a nossa alegria e a nossa felicidade. Querendo dar-Se a nós no sacramento do seu amor, Deus deu-nos um desejo enorme que só Ele pode satisfazer. [...] Ao lado deste belo sacramento, somos como uma pessoa que morre de sede à beira de um rio - e, contudo, bastava-lhe baixar a cabeça!... Somos como uma pessoa que permanece pobre ao lado de um tesouro - e bastava-lhe estender a mão!
Se fôssemos capazes de compreender todos os bens que a sagrada comunhão encerra, nada mais seria preciso para contentar o coração do homem.


Sexta-feira, dia 16 de Junho de 2017

Sexta-feira da 10.ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : S. Ciro, mártir, séc. IV, S. João Francisco Régis, presbítero, +1640

2.ª Carta aos Coríntios 4,7-15.
Irmãos: Nós trazemos em vasos de barro (= corpo natural) o tesouro do nosso ministério, para que se reconheça que um poder tão sublime vem de Deus e não de nós.
Em tudo somos oprimidos, mas não esmagados; andamos perplexos, mas não desesperados;
perseguidos, mas não abandonados; abatidos, mas não aniquilados.
Levamos sempre e em toda a parte no nosso corpo os sofrimentos da morte de Jesus Cristo, a fim de que se manifeste também no nosso corpo a vida de Jesus Cristo.
Porque, estando ainda vivos, somos constantemente entregues à morte por causa de Jesus Cristo, para que se manifeste também na nossa carne mortal a vida de Jesus Cristo.
E assim, a morte actua em nós e a vida em vós.
Diz a Escritura: «Acreditei; por isso falei». Com este mesmo espírito de , também nós acreditamos e, por isso falamos, sabendo que
Aquele que ressuscitou o Senhor Jesus Cristo também nos há-de ressuscitar com Jesus Cristo e nos levará convosco para junto d’Ele.
Tudo isto é por vossa causa, para que uma graça mais abundante multiplique as acções de graças de um maior número de cristãos para glória de Deus.

Livro de Salmos 116(115),10-11.15-16.17-18.
Confiei no Senhor, mesmo quando disse: «Sou um homem de todo infeliz».
Na minha perturbação exclamei: «É falsa toda a segurança dos homens».
É preciosa aos olhos do Senhor
a morte dos seus fiéis.

Senhor, sou vosso servidor, filho da vossa servidora:
quebrastes as minhas cadeias.
Oferecer-Vos-ei um sacrifício de louvor,
invocando, Senhor, o vosso nome.

Cumprirei as minhas promessas ao Senhor,
na presença de todo o povo.

Evangelho segundo S. Mateus 5,27-32.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: Ouvistes que foi dito aos antigos: ‘Não cometerás adultério’.
Eu, porém, digo-vos: Todo aquele que olhar para uma mulher com maus desejos já cometeu adultério com ela no seu coração.
Se o teu olho direito é para ti ocasião de pecado, arranca-o e lança-o para longe de ti, pois é melhor perder-se um só dos teus olhos do que todo o corpo ser lançado na geena.
E se a tua mão direita é para ti ocasião de pecado, corta-a e lança-a para longe de ti, porque é melhor que se perca um só dos teus membros, do que todo o corpo ser lançado na geena.
Também foi dito: ‘Quem repudiar sua mulher dê-lhe certidão de repúdio’.
Eu, porém, digo-vos: Todo aquele que repudiar sua mulher, salvo em caso de união ilegítima, expõe-na ao adultério. E quem se casar com uma repudiada comete adultério. (Lei Antiga oposta à Lei de Deus (dos Afectos)

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
São João Paulo II (1920-2005), papa
Discurso aos jovens holandeses, 14 de Maio de 1985
As exigências de Jesus Cristo e a alegria do coração
Queridos jovens, fizestes-me saber que muitas vezes considerais a Igreja como uma instituição que apenas promulga regulamentos e leis. [...] E concluís que há um profundo hiato entre a alegria que emana da palavra de Jesus Cristo e o sentimento de opressão que suscita em vós a rigidez da Igreja. [...] Mas o Evangelho apresenta-nos um Jesus Cristo muito exigente, que convida a uma conversão radical do coração, ao abandono dos bens da Terra, ao perdão das ofensas, ao amor para com o inimigo, à paciente aceitação das perseguições e mesmo ao sacrifício da própria vida por amor ao próximo. No que diz respeito ao domínio particular da sexualidade, é conhecida a posição firme que Jesus Cristo tomou em defesa da indissolubilidade do matrimónio (o matrimónio é um sacramento que torna dois um só e assim indissolúvel, mas quando eles faltam a este compromisso e continuam dois indivíduos? A culpa é de Deus ou deles?) e a condenação que pronunciou até a propósito do simples adultério cometido no coração. Poderá alguém não ficar impressionado diante do preceito de arrancar um olho ou de cortar uma mão se esses órgãos forem ocasião de escândalo? [...]
A permissividade moral não torna os homens felizes. Tal como a sociedade de consumo não traz alegria ao coração. O ser humano só se realiza na medida em que sabe aceitar as exigências que provêm da sua dignidade de ser criado «à imagem e semelhança de Deus» (Gn 1,27). Por isso, se hoje a Igreja diz coisas que não agradam, é porque se sente obrigada a fazê-lo. Fá-lo por dever de lealdade. [...]
Mas então não é verdade que a mensagem evangélica é uma mensagem de alegria? Pelo contrário, é absolutamente verdade! E como é isso possível? A resposta encontra-se numa palavra, numa só palavra, numa palavra curta mas com um conteúdo vasto como o mar. Essa palavra é: amor (= Afectos). O rigor do preceito e a alegria do coração podem perfeitamente conciliar-se. Quem ama não receia o sacrifício. Antes procura no sacrifício a prova mais convincente da autenticidade do seu amor.


Sábado, dia 17 de Junho de 2017

Sábado da 10.ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : S. Rainério de Pisa, peregrino, +1160

2.ª Carta aos Coríntios 5,14-21.
Irmãos: O amor de Jesus Cristo nos impele, ao pensarmos que um só morreu por todos e que todos, portanto, morreram.
Jesus Cristo morreu por todos, para que os vivos deixem de viver para si próprios, mas vivam para Aquele que morreu e ressuscitou por eles.
Assim, daqui em diante, já não conhecemos ninguém segundo a carne. Ainda que tenhamos conhecido a Jesus Cristo segundo a carne, agora já não O conhecemos assim.
Se alguém está em Jesus Cristo, é uma nova criatura. As coisas antigas passaram: tudo foi renovado.
Tudo isto vem de Deus que, por Jesus Cristo, nos reconciliou consigo e nos confiou o ministério da reconciliação.
Na verdade, é Deus que em Jesus Cristo reconcilia o mundo consigo, não levando em conta as faltas dos homens e confiando-nos a palavra da reconciliação.
Nós somos, portanto, embaixadores de Jesus Cristo; é Deus quem vos exorta por nosso intermédio. Nós vos pedimos em nome de Jesus Cristo: reconciliai-vos com Deus.
A Jesus Cristo, que não conhecera o pecado, Deus identificou-O com o pecado por causa de nós, para que em Jesus Cristo nos tornemos justiça de Deus.

Livro de Salmos 103(102),1-2.3-4.8-9.11-12.
Bendiz, ó minha alma, o Senhor e todo o meu ser bendiga o seu nome santo.
Bendiz, ó minha alma, o Senhor e não esqueças nenhum dos seus benefícios.
Ele perdoa todos os teus pecados e cura as tuas enfermidades;
salva da morte a tua vida e coroa-te de graça e misericórdia.

O Senhor é clemente e compassivo, paciente e cheio de bondade;
Não está sempre a repreender
nem guarda ressentimento.

Como a distância da Terra aos céus,
assim é grande a sua misericórdia para os que O adoram.
Como o Oriente dista do Ocidente,
assim Ele afasta de nós os nossos pecados.

Evangelho segundo S. Mateus 5,33-37.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Ouvistes que foi dito aos antigos: ‘Não faltarás ao que tiveres jurado, mas cumprirás diante do Senhor o que juraste’.
Eu, porém, digo-vos que não jureis em caso algum: nem pelo Céu que é o trono de Deus;
nem pela Terra que é o escabelo dos seus pés; nem por Jerusalém que é a cidade do grande Rei.
Também não jures pela tua cabeça porque não podes fazer branco ou preto um só cabelo.
A vossa linguagem deve ser: ‘Sim, sim; não, não’. O que passa disto vem do Maligno».

Tradução litúrgica da Bíblia

Comentário do dia:
Homilia grega do século IV
Inspirada pelo Tratado sobre a Páscoa, de Sto. Hipólito de Roma (? - cerca de 235), presbítero e mártir
«Eu, porém, digo-vos»: a antiga Lei é levada à perfeição por aquele que dá a nova Lei
A Lei dada a Moisés é uma recolha de ensinamentos variados e imperativos, uma colecção útil a todos acerca do que é bom fazer nesta vida e um reflexo místico dos costumes da vida celeste: um archote e uma lamparina, um fogo e uma luz, réplicas dos luzeiros do alto. A Lei de Moisés era o itinerário da piedade, a regra dos bons costumes, o travão do primeiro pecado, o esboço da verdade futura (Col 2,17). [...] A Lei de Moisés era um mestre para a piedade e um guia para a justiça, uma luz para os cegos e uma prova para os insensatos, um pedagogo para as crianças e uma amarra para os imprudentes, uma rédea para as cabeças duras e um jugo poderoso para os impacientes.
A Lei de Moisés era o mensageiro de Jesus Cristo, o precursor de Jesus Cristo, o arauto e o profeta do grande Rei, uma escola de sabedoria, uma preparação necessária e um ensinamento universal, uma doutrina oportuna e um mistério temporário. A Lei de Moisés era um resumo simbólico e enigmático da graça futura, anunciando em imagens a perfeição da verdade que havia de vir. Pelos sacrifícios, anunciava a Vítima; pelo sangue, o Sangue; pelo cordeiro, o Cordeiro; pela pomba, a Pomba; pelo altar, o Sumo Sacerdote; pelo Templo, a permanência da divindade; pelo fogo do altar, a plena «Luz do mundo» (Jo 8,12) que desce dos céus.
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