"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida
eterna". João 6, 68
Domingo,
dia 08 de Outubro de 2017
27.º
Domingo do Tempo Comum
Santo do dia : Santa
Taís, penitente, séc. IV, São
Simeão, teólogo, +1022, São
João Calábria, presbítero, fundador, +1954
Livro de Isaías 5,1-7.
Vou cantar, em nome do meu amigo, um cântico de amor à sua vinha.
O meu amigo possuía uma vinha numa fértil colina.
Lavrou-a e limpou-a das pedras, plantou-a de cepas escolhidas. No meio dela ergueu uma torre e escavou um lagar.
Esperava que viesse a dar uvas, mas ela só produziu agraços.
E agora, habitantes de Jerusalém, e vós, homens de Judá, sede juízes entre
mim e a minha vinha:
Que mais podia fazer à minha vinha que não tivesse feito? Quando eu esperava
que viesse a dar uvas, porque é que apenas produziu agraços?
Agora vos direi o que vou fazer à minha vinha: vou tirar-lhe a vedação e será
devastada; vou demolir-lhe o muro e será espezinhada.
Farei dela um terreno deserto: não voltará a ser podada nem cavada e nela
crescerão silvas e espinheiros e hei-de mandar às nuvens que sobre ela não
deixem cair chuva.
A vinha do Senhor do Universo é a casa de Israel e os homens de Judá são a
plantação escolhida. Ele esperava rectidão
e só há sangue derramado; esperava justiça
e só há gritos de horror.
Livro de Salmos 80(79),9.12.13-14.15-16.19-20.
Arrancastes uma videira do Egipto,
expulsastes as nações para a transplantar.
Estendia até ao mar as suas vergônteas
e até ao rio os seus rebentos.
Porque lhe destruístes a vedação,
de modo que a vindime
quem quer que passe pelo caminho?
Devastou-a o javali da selva
e serviu de pasto aos animais do campo.
Deus dos Exércitos, vinde de novo,
olhai dos céus e vede, visitai esta vinha.
Protegei a cepa que a vossa mão direita plantou,
o rebento que fortalecestes para Vós.
Não mais nos apartaremos de Vós:
fazei-nos viver e invocaremos o vosso nome.
Senhor, Deus dos Exércitos, fazei-nos voltar,
iluminai o vosso rosto e seremos salvos.
Carta aos Filipenses 4,6-9.
Irmãos: Não vos inquieteis com coisa alguma. Mas, em todas as
circunstâncias, apresentai os vossos pedidos diante de Deus, com orações,
súplicas e acções de graças.
E a paz de Deus, que está acima de toda a inteligência, guardará os vossos
corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus.
Quanto ao resto, irmãos, tudo o que é verdadeiro
e nobre, tudo o que é justo e puro, tudo o que é amável
e de boa reputação, tudo o que é virtude e digno de louvor é o que deveis ter no pensamento.
O que aprendestes, recebestes, ouvistes e vistes em mim é o que deveis
praticar. E o Deus da paz estará convosco.
Evangelho segundo São Mateus 21,33-43.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos príncipes dos sacerdotes e
aos anciãos do povo: «Ouvi outra parábola: Havia um proprietário que plantou
uma vinha, cercou-a com uma sebe, cavou nela um lagar e levantou uma torre;
depois, arrendou-a a uns vinhateiros e partiu para longe.
Quando chegou a época das colheitas, mandou os seus servos aos vinhateiros
para receber os frutos.
Os vinhateiros, porém, lançando mão dos servos, espancaram um, mataram outro
e a outro apedrejaram-no.
Tornou ele a mandar outros servos, em maior número que os primeiros. E eles
trataram-nos do mesmo modo.
Por fim, mandou-lhes o seu próprio filho, dizendo: ‘Respeitarão o meu filho’.
Mas os vinhateiros, ao verem o filho, disseram entre si: ‘Este é o herdeiro;
matemo-lo e ficaremos com a sua herança’.
E agarrando-o, lançaram-no fora da vinha e mataram-no.
Quando vier o dono da vinha, que fará àqueles vinhateiros?».
Eles responderam: «Mandará matar sem piedade esses malvados e arrendará a
vinha a outros vinhateiros que lhe entreguem os frutos a seu tempo».
Disse-lhes Jesus Cristo: «Nunca lestes na Escritura: ‘A pedra que os
construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular; tudo isto veio do Senhor e
é admirável aos nossos olhos’?
Por isso vos digo: Ser-vos-á tirado o reino de Deus e dado a um povo que
produza os seus frutos».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
São Basílio (c. 330-379), monge,
bispo de Cesareia da Capadócia, doutor da Igreja
Homilia 5 sobre o Hexâmeron, 6
Dar fruto
O Senhor está
permanentemente a comparar a alma humana com uma vinha: «O meu amigo possuía
uma vinha numa colina fértil» (Is 5,1); «plantou uma vinha, cercou-a com uma
sebe» (Mt 21,33). É evidentemente à alma humana que Jesus Cristo chama a sua
vinha, foi a ela que cercou, qual sebe, com a segurança que proporcionam os
seus mandamentos e a protecção dos seus anjos porque «o anjo do Senhor
assenta os seus arraiais em redor dos que O adoram» (Sl 33,8). Em seguida,
ergueu em nosso redor uma paliçada, estabelecendo na Igreja «primeiro,
apóstolos, segundo, profetas, terceiro, doutores» (1Cor 12,28). Por outro
lado, através dos exemplos dos homens santos de outrora, eleva-nos os
pensamentos, não os deixando cair por terra, onde mereceriam ser pisados.
Deseja que os abraços da caridade, quais sarmentos de uma vinha, nos liguem
ao nosso próximo e nos levem a repousar nele. Assim, mantendo permanentemente
o impulso em direcção aos céus, elevar-nos-emos como vinhas trepadeiras até
aos mais altos cumes.
O Senhor pede-nos também que consintamos em ser podados. Ora uma alma é
podada quando afasta para longe de si os cuidados do mundo que são um fardo
para o nosso coração. Assim aquele que afasta de si mesmo o amor carnal e a
ligação às riquezas ou que tem por detestável e desprezível a paixão pela
miserável vanglória foi, por assim dizer, podado e voltou a respirar, liberto
do fardo inútil das preocupações deste mundo.
Mas – e mantendo ainda a linha da parábola – não podemos produzir apenas
lenha, ou seja, viver com ostentação ou procurar os louvores dos de fora.
Temos de dar fruto, reservando as nossas obras para as mostrarmos ao
verdadeiro agricultor (Jo 15,1).
Segunda-feira,
dia 09 de Outubro de 2017
Segunda-feira da 27.ª
semana do Tempo Comum
Santo do dia : São
João Leonardo, presbítero, +1609, São
Dionísio, bispo, e companheiros, mártires, ++250, Beato
John Henry Newman, cardeal, +1890
Livro de Jonas 1,1-16.2,1.11.
A palavra do Senhor foi dirigida a Jonas, filho de Amitai:
«Levanta-te e vai à grande cidade de Nínive e anuncia-lhe que a fama da sua
malícia chegou à minha presença».
Jonas levantou-se, a fim de fugir para Társis, para longe da presença do
Senhor. Desceu a Jope, onde encontrou um navio que ia para Társis. Pagou a
sua passagem e embarcou, a fim de seguir com os viajantes para Társis, para
longe da presença do Senhor.
Mas o Senhor fez que soprasse um forte vento sobre o mar e levantou-se uma
grande tempestade, a ponto de o navio ameaçar afundar-se.
Os marinheiros estavam aterrados e começou cada qual a clamar pelo seu
deus. Para aliviarem o navio, deitaram a carga ao mar. Entretanto Jonas
tinha descido ao porão do navio e, deitado, dormia profundamente.
O capitão foi ter com ele e disse-lhe: «Como podes dormir? Levanta-te e
invoca o teu Deus. Talvez Ele Se lembre de nós e não pereçamos».
Os tripulantes disseram uns para os outros: «Vamos deitar sortes, para
sabermos quem é o responsável desta desgraça». Deitaram sortes e a sorte
caiu sobre Jonas.
Então disseram-lhe: «Declara-nos por que motivo nos vem esta desgraça. Qual
é a tua profissão? Donde vens? Qual é a tua terra e a que povo pertences?».
Jonas respondeu-lhes: «Eu sou hebreu e presto culto ao Senhor, Deus do Céu
que fez o mar e a terra».
Então aqueles homens sentiram um grande temor e disseram-lhe: «Que fizeste?
– Pelo que Jonas lhes tinha contado, eles sabiam que fugia da presença do
Senhor
– Que havemos de fazer-te para que o mar se acalme à nossa volta?». É que o
mar tornava-se cada vez mais impetuoso.
Jonas disse-lhes: «Agarrai-me e lançai-me ao mar e o mar acalmar-se-á à
vossa volta porque eu sei que é por minha causa que esta grande tormenta
caiu sobre vós».
Os marinheiros remaram, tentando alcançar a costa, mas em vão porque o mar
se agitava cada vez mais contra eles.
Então invocaram o Senhor, dizendo: «Ah, Senhor! Não queremos morrer por
causa deste homem; mas não nos torneis responsáveis pela morte de um
inocente porque Vós, Senhor, fareis o que Vos agrada».
Pegaram em Jonas e lançaram-no ao mar e o mar acalmou a sua fúria.
Aqueles homens começaram a temer muito o Senhor; ofereceram-Lhe um
sacrifício e fizeram-Lhe votos.
Então o Senhor enviou um grande peixe para engolir Jonas e Jonas ficou nas
entranhas do peixe três dias e três noites.
Por fim, o Senhor ordenou ao peixe que vomitasse Jonas na praia.
Livro de Jonas 2,2.3.4.5.8.
Na minha aflição invoquei o Senhor
e Ele ouviu-me.
Clamei a ti do meio da morada dos mortos
e Tu ouviste a minha voz.
Lançastes-me no profundo abismo dos mares
e as ondas me envolveram;
as vossas torrentes e vagas
passaram sobre mim.
Na minha aflição eu dizia:
«Fui afastado da vossa presença.
Como poderei ainda
voltar a ver o vosso templo santo?».
Quando minha alma desfalecia,
lembrei-me do Senhor
e a minha oração chegou à vossa presença,
ao vosso templo santo.
Evangelho segundo São Lucas 10,25-37.
Naquele tempo, levantou-se um doutor da lei e perguntou a Jesus
Cristo para O experimentar: «Mestre, que hei-de fazer para receber como
herança a vida eterna?».
Jesus Cristo disse-lhe: «Que está escrito na lei? Como lês tu?».
Ele respondeu: «Amarás o Senhor teu Deus
com todo o teu coração e com toda a tua alma, com todas as tuas forças e
com todo o teu entendimento; e ao próximo
como a ti mesmo».
Disse-lhe Jesus Cristo: «Respondeste bem. Faz isso e viverás».
Mas ele, querendo justificar-se, perguntou a Jesus Cristo: «E quem é o meu
próximo?».
Jesus Cristo, tomando a palavra, disse: «Um homem descia de Jerusalém para
Jericó e caiu nas mãos dos salteadores. Roubaram-lhe tudo o que levava,
espancaram-no e foram-se embora, deixando-o meio morto.
Por coincidência, descia pelo mesmo caminho um sacerdote; viu-o e passou
adiante.
Do mesmo modo, um levita que vinha por aquele lugar, viu-o e passou também
adiante.
Mas um samaritano, que ia de viagem, passou junto dele e, ao vê-lo,
encheu-se de compaixão.
Aproximou-se, ligou-lhe as feridas deitando azeite e vinho, colocou-o sobre
a sua própria montada, levou-o para uma estalagem e cuidou dele.
No dia seguinte, tirou duas moedas, deu-as ao estalajadeiro e disse: ‘Trata
bem dele e o que gastares a mais eu to pagarei quando voltar’.
Qual destes três te parece ter sido o próximo daquele homem que caiu nas
mãos dos salteadores?».
O doutor da lei respondeu: «O que teve compaixão dele». Disse-lhe Jesus
Cristo: «Então vai e faz o mesmo».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Orígenes (c. 185-253),
presbítero, teólogo
Comentário sobre o Cântico dos cânticos, prólogo 2, 26-31
«Então vai e faz o mesmo.»
Está escrito
: «Amemo-nos uns aos outros porque o amor (= os afectos) vem de Deus» (1Jo
4,7) e mais adiante: «Deus é amor» (8). Deste modo se diz, por um lado, que
o próprio Deus é amor e por outro, que aquele que é de Deus é amor. Ora,
quem é de Deus senão aquele que disse: «Saí de Deus e vim a este mundo»?
(Jo 16,28). Se Deus Pai é amor, também o Filho é amor [...] ; o Pai e o
Filho são um só e em nada diferem (diferem porque o Pai é Espírito, sem
forma e o Filho tem a forma humana de homem; é o protótipo dos homens). Eis
a razão por que Jesus Cristo é chamado, para além de Sabedoria, Poder,
Justiça, Verbo e Verdade, também Amor. [...]
E, porque Deus é amor e o Filho que é de Deus é amor, Ele exige que haja em
nós algo semelhante a Ele, de tal maneira que, por este amor, por esta
caridade que está em Cristo Jesus [...], sejamos unidos a Ele por uma
espécie de parentesco, graças a este nome. Como dizia São Paulo que estava
unido a Ele: «Quem nos separará do amor de Deus que está em Cristo Jesus
Nosso Senhor?» (Rom 8,39).
Ora este amor de caridade considera que todo o homem é o nosso próximo. Foi
por essa razão que o Salvador repreendeu um homem que estava convencido de
que a alma justa não estava obrigada a aplicar a todos a lei do amor ao próximo. [...] E compôs a
parábola do «homem [que] descia de Jerusalém para Jericó e caiu nas mãos
dos salteadores». Depois censura o sacerdote e o levita que, vendo-o meio
morto, passaram adiante, mas presta homenagem ao samaritano que teve misericórdia para com ele. E
confirma que este último foi o próximo do homem ferido, dizendo àquele que
Lhe tinha feito a pergunta: «Então vai e faz o mesmo». Com efeito, por
natureza, nós somos todos o próximo uns dos outros; mas, pelas obras de
caridade, aquele que pode fazer bem torna-se próximo daquele que não pode
fazê-lo. Foi por isso que o nosso Salvador Se fez nosso próximo e não
passou adiante quando estávamos «meio mortos» em consequência dos
ferimentos infligidos pelos «salteadores».
Terça-feira,
dia 10 de Outubro de 2017
Terça-feira da 27.a
semana do Tempo Comum
A palavra do Senhor foi dirigida a Jonas nos seguintes
termos:
«Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive e apregoa nela a mensagem que
Eu te direi».
Jonas levantou-se e foi a Nínive, conforme a palavra do Senhor. Nínive
era uma grande cidade aos olhos de Deus; levava três dias a atravessar.
Jonas entrou na cidade e caminhou durante um dia, apregoando: «Daqui a
quarenta dias, Nínive será destruída».
Os habitantes de Nínive acreditaram em Deus, proclamaram um jejum e
revestiram-se de saco, desde o maior ao mais pequeno.
Logo que a notícia chegou ao rei de Nínive, ele ergueu-se do trono e
tirou o manto, cobriu-se de saco e sentou-se sobre a cinza.
Depois foi proclamado em Nínive um decreto do rei e dos seus ministros
que dizia: «Os homens e os animais, os bois e as ovelhas, não provem
alimento, não pastem nem bebam água.
Os homens e os animais revistam-se de saco e clamem a Deus com vigor;
afaste-se cada um do seu mau caminho e das violências que
tenha praticado.
Quem sabe? Talvez Deus reconsidere e desista, acalmando o ardor da sua
ira, de modo que não pereçamos».
Quando Deus viu as suas obras e como se convertiam do seu mau caminho,
desistiu do castigo com que os ameaçara e não o executou.
Livro de Salmos 130(129),1-2.3-4ab.7-8.
Do profundo abismo chamo por Vós, Senhor,
Senhor, escutai a minha voz.
Estejam os vossos ouvidos atentos
à voz da minha súplica.
Se tiverdes em conta as nossas faltas,
Senhor, quem poderá salvar-se?
Mas em Vós está o perdão
para Vos servirmos com reverência.
Porque no Senhor está a misericórdia
e com Ele abundante redenção.
Ele há-de libertar Israel
de todas as suas faltas.
Evangelho segundo São Lucas 10,38-42.
Naquele tempo, Jesus Cristo entrou em certa povoação e uma
mulher chamada Marta recebeu-O em sua casa.
Ela tinha uma irmã chamada Maria que, sentada aos pés de Jesus Cristo,
ouvia a sua palavra.
Entretanto, Marta atarefava-se com muito serviço. Interveio então e
disse: «Senhor, não Te importas que minha irmã me deixe sozinha a servir?
Diz-lhe que venha ajudar-me».
O Senhor respondeu-lhe: «Marta, Marta, andas inquieta e preocupada com
muitas coisas
quando uma só é necessária. Maria escolheu a melhor parte que não lhe
será tirada».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Santo Agostinho (354-430),
bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
Sermão 104; PL 38, 616
Duas mulheres, duas imagens da nossa vida
Creio que
compreendeis que estas duas mulheres, ambas dilectas do Senhor, dignas do
seu amor e suas discípulas, [...] são a imagem de duas formas de vida: a
vida deste mundo e a vida do mundo futuro, a vida de trabalho e a vida de
repouso, a vida das preocupações e a vida da bem-aventurança, a vida no
tempo e a vida eterna.
Duas vidas: meditemos mais longamente sobre elas e consideremos de que é
feita esta vida. Não me refiro a uma vida censurável [...], a uma vida de
vícios, de impiedades; não, falo de uma vida de trabalho, carregada de
provações, de angústias, de tentações, de uma vida que não tem nada de
culpável, de uma vida que era efectivamente a de Marta. [...] O mal
estava ausente desta casa, tanto em Marta como em Maria; se estivesse
presente, a chegada do Senhor tê-lo-ia dissipado. Duas mulheres aí
viveram e as duas receberam o Senhor, duas vidas admiráveis, rectas, uma
feita de trabalho, a outra de repouso. [...] Uma de trabalho, mas livre
de perturbações que são obstáculo à vida entregue à acção; a outra isenta
de ociosidade que é obstáculo à vida contemplativa. Havia nesta casa as
duas vidas, mas a fonte era a mesma. [...]
A vida de Marta é o nosso mundo; a vida de Maria é o mundo que esperamos.
Vivamos neste mundo com rectidão para obtermos o outro em plenitude. Que
possuímos já dessa vida? [...] Precisamente, neste momento, vivemos de
certa maneira essa vida: afastando o trabalho, pondo de parte as
preocupações familiares, reuni-vos e escutais. Comportando-vos assim,
assemelhais-vos a Maria. Isso torna-se-vos mais fácil do que a mim que
tenho de tomar a palavra. No entanto, o que digo é a Jesus Cristo que vou
buscá-lo e este alimento é de Jesus Cristo. Porque é o pão comum a todos
e é para isso que vivo em comunhão convosco.
Quarta-feira,
dia 11 de Outubro de 2017
Quarta-feira da
27.ª semana do Tempo Comum
Jonas ficou muito
desgostoso e irritado quando Deus perdoou aos ninivitas
e orou, dizendo: «Ah, Senhor! Não era isto que eu dizia, quando estava
ainda na minha terra? Por isso me apressei a fugir para Társis, por
saber que sois um Deus clemente e compassivo, lento para a ira, rico de
misericórdia e sempre disposto a desistir do castigo.
Mas agora, Senhor, tirai-me a vida porque para mim é melhor morrer do
que ficar vivo».
O Senhor respondeu-lhe: «Terás razão para te irritares?».
Jonas saiu de Nínive e instalou-se a oriente da cidade. Aí fez uma
cabana e sentou-se à sua sombra para ver o que acontecia à cidade.
Então o Senhor Deus fez crescer um rícino que se elevou por cima de
Jonas, para lhe dar sombra à cabeça e o livrar do seu mau humor. Jonas
ficou muito contente com o rícino.
Mas no dia seguinte, ao romper da manhã, Deus mandou um verme, que roeu
as raízes do rícino e ele secou.
Ao nascer do sol, Deus fez soprar do oriente um vento abrasador e o sol
bateu em cheio na cabeça de Jonas, fazendo-o desmaiar. E Jonas tornou a
pedir a morte, exclamando: «Para mim é melhor morrer do que ficar
vivo».
Então Deus disse a Jonas: «Terás razão para te irritares por causa do
rícino?». Jonas respondeu: «Tenho razão de me irritar mortalmente».
O Senhor disse-lhe: «Tu tens pena do rícino que não te deu qualquer
trabalho e não fizeste crescer, que nasceu numa noite e numa noite
morreu.
E Eu não devia ter pena da grande cidade de Nínive, onde há mais de
cento e vinte mil pessoas que não sabem distinguir a mão direita da
esquerda, além de grande número de animais?».
Livro de Salmos 86(85),3-4.5-6.9-10.
Tende piedade de
mim, Senhor,
que a Vós clamo todo o dia.
Alegrai a alma do vosso servo
porque a Vós, Senhor, elevo a minha alma.
Vós, Senhor, sois bom e indulgente,
cheio de misericórdia
para com todos os que Vos invocam.
Ouvi, Senhor, a minha oração,
atendei a voz da minha súplica.
Todos os povos que criastes virão adorar-Vos, Senhor,
e glorificar o vosso nome
porque Vós sois grande e operais maravilhas,
Vós sois o único Deus.
Evangelho segundo São Lucas 11,1-4.
Naquele tempo, estava
Jesus Cristo em oração em certo lugar. Ao terminar, disse-Lhe um dos
discípulos: «Senhor, ensina-nos a orar, como João Baptista ensinou
também os seus discípulos».
Disse-lhes Jesus Cristo: «Quando orardes, dizei: ‘Pai, santificado seja
o vosso nome; venha o vosso reino;
dai-nos em cada dia o pão da nossa subsistência; perdoai-nos os nossos
pecados
porque também nós perdoamos a todo aquele que nos ofende e não nos
deixeis cair em tentação’».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Homilia do século V sobre a oração
PG 64, 461
«Ensina-nos a orar»
O bem
supremo é a oração, a
conversa familiar com Deus.
Ela é relação com Deus e união com Ele. Tal como os
olhos do corpo são iluminados à vista da luz assim a alma voltada para
Deus é iluminada com a sua
luz inefável. A oração não resulta de uma atitude exterior, mas vem do
coração. Não se limita a horas ou a momentos determinados, mas está em
contínua actividade, de noite como de dia. Não nos contentemos com
orientar o nosso pensamento para Deus quando estamos em oração; mas
quando outras ocupações – como o cuidado dos pobres ou qualquer outra
ocupação boa e útil – nos absorvem, é importante associar-lhes o desejo e a lembrança de Deus,
a fim de oferecer ao Senhor do universo um alimento doce, temperado com
o sal do amor de Deus. Podemos daí retirar grande vantagem, ao longo de
toda a nossa vida, se a isso consagrarmos uma parte do nosso tempo.
A oração é a luz da alma, o verdadeiro conhecimento
de Deus, a mediadora entre Deus e os homens. Por ela, a alma eleva-se
ao céu e abraça o Senhor com um aperto inexprimível. Como um lactente a
sua mãe, a alma grita a Deus chorando, ávida do leite divino;
exprimindo assim os seus desejos profundos, recebe dons que ultrapassam
tudo o que se pode ver na natureza. A oração, pela qual nos
apresentamos respeitosamente perante Deus, é a alegria do coração e o repouso
da alma.
Quinta-feira, dia 12 de Outubro de 2017
Quinta-feira
da 27.ª semana do Tempo Comum
Calendário da
Igreja disponível este dia
Livro de Malaquias 3,13-20a.
As vossas
palavras contra Mim são arrogantes – diz o Senhor – e perguntais:
‘Que dissemos contra o Senhor?’.
Vós dissestes: ‘É tempo perdido servir a Deus. Que aproveita cumprir
os seus preceitos e andar vestido de luto diante do Senhor do
Universo?
Por isso agora chamamos felizes os soberbos que praticam o mal e
prosperam, que provocam a Deus e ficam impunes’».
Então os que adoram o Senhor falaram entre si e o Senhor prestou
atenção e escutou-os. Diante d’Ele foi escrito um livro que conserva
a memória daqueles que O adoram e respeitam o seu nome.
«No dia que Eu preparo, Eles serão minha propriedade – diz o Senhor
do Universo. Terei compaixão deles, como um pai se compadece do filho
obediente.
Então vereis de novo a diferença
entre o justo e o pecador, entre aquele que serve a Deus e aquele que
não O serve.
Porque há-de vir o dia, ardente como uma fornalha, em que serão como
a palha todos os soberbos e malfeitores. O dia que há-de vir os
abrasará – diz o Senhor do Universo – e não lhes deixará raiz nem
ramos.
Mas para vós que adorais o meu nome, nascerá o sol de justiça, trazendo nos seus raios a salvação.
Livro de Salmos 1,1-2.3.4.6.
Feliz o homem que
não segue o conselho dos ímpios
nem se detém no caminho dos pecadores,
mas antes se compraz na lei do Senhor
e nela medita dia e noite.
É como árvore plantada à beira das águas:
dá fruto a seu tempo
e sua folhagem não murcha.
Tudo quanto fizer será bem sucedido.
Bem diferente é a sorte dos ímpios (= ateus):
são como palha que o vento leva.
O Senhor vela pelo caminho dos justos,
mas o caminho dos pecadores leva à perdição.
Evangelho segundo São Lucas 11,5-13.
Naquele tempo,
disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Se algum de vós tiver um
amigo, poderá ter de ir a sua casa à meia-noite, para lhe dizer:
‘Amigo, empresta-me três pães
porque chegou de viagem um dos meus amigos e não tenho nada para lhe
dar’.
Ele poderá responder lá de dentro: ‘Não me incomodes; a porta está
fechada, eu e os meus filhos já nos deitámos; não posso levantar-me
para te dar os pães’.
Eu vos digo: Se ele não se levantar por ser amigo, ao menos, por
causa da sua insistência, levantar-se-á para lhe dar tudo aquilo de
que precisa.
Também vos digo: Pedi e dar-se-vos-á; procurai e encontrareis; batei à porta e abrir-se-vos-á.
Porque quem pede recebe; quem procura encontra e a quem bate à porta,
abrir-se-á.
Se um de vós for pai e um filho lhe pedir peixe, em vez de peixe
dar-lhe-á uma serpente?
E se lhe pedir um ovo, dar-lhe-á um escorpião?
Se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos,
quanto mais o Pai do Céu dará o Espírito Santo àqueles que Lho
pedem!».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Simeão, o Novo Teólogo (c.
949-1022), monge grego
Hinos, n.° 29
«Quanto mais o Pai do Céu dará o Espírito Santo àqueles
que Lho pedem!»
De onde
vens? Como penetras,
no interior da minha cela,
fechada de todos os lados?
Com efeito, isto é estranho,
ultrapassa a palavra e o pensamento.
Mas o facto de vires até mim
subitamente todo inteiro e de brilhares,
o facto de Te deixares ver sob uma forma luminosa,
como o sol na sua plena luz,
deixa-me incapaz de pensar
e sem voz, meu Deus!
Sei bem que és
Aquele que veio para iluminar
os que estão nas trevas (Lc 1,79)
e fico estupefacto,
fico privado de senso e de palavras,
ao ver tão estranha maravilha
que ultrapassa toda a criação,
toda a natureza e as palavras. [...]
Como é que Deus está fora do universo
pela sua essência e a sua natureza,
pelo seu poder e pela sua glória
e ao mesmo tempo habita em tudo e em todos,
mas de uma maneira especial nos seus santos?
Como arma neles a sua tenda
de forma consciente e substancial,
Ele que está totalmente para lá da substância?
Como está contido nas suas entranhas,
Ele que contém toda a criação?
Como brilha no coração deles,
neste coração carnal e espesso?
Como é que Ele está no interior deste,
como é que está fora de tudo,
mas preenche tudo?
Como é que, de noite e de dia,
brilha sem ser visto?
Diz-me, pode o espírito do homem
conceber todos estes mistérios,
poderá ele exprimi-los?
Seguramente que não! Nem um anjo
nem um arcanjo to poderiam explicar;
seriam incapazes
de to expor por meio de palavras.
Só o Espírito Santo porque é divino,
conhece estes mistérios
e os sabe porque apenas Ele
partilha a natureza, o trono e a eternidade
com o Filho e o Pai.
É, pois, àqueles a quem este Espírito resplandecerá
e com quem Se unirá liberalmente
que Ele mostra tudo de forma inexprimível. [...]
É como um cego: quando vê,
vê primeiramente a luz
e em seguida toda a criação
que está na luz, oh maravilha!
Do mesmo modo, aquele que foi iluminado
pelo Espírito divino na sua alma
entra imediatamente em comunhão com a luz
e contempla a luz,
a luz de Deus, do próprio Deus
que também lhe mostra tudo,
ou antes, tudo o que Deus decidir,
tudo o que Ele desejar e quiser mostrar.
Àqueles que ilumina com a sua luz
Ele permite que vejam o que se encontra na luz divina.
Sexta-feira, dia 13 de Outubro de 2017
Sexta-feira
da 27.ª semana do Tempo Comum
Vesti-vos de
luto e chorai, sacerdotes, entoai lamentações, ministros do altar.
Vinde passar a noite com vestes de penitência, ministros do Senhor
Deus. Porque no templo de Deus, desapareceram a oferenda e a
libação.
Proclamai um solene jejum, convocai uma assembleia. Reuni os
anciãos e todos os habitantes do país no templo do Senhor, vosso
Deus. E clamai ao Senhor:
«Ah, que dia este!». Está próximo o dia do Senhor que vai chegar
como devastação como consequência de tudo o que foi feito.
Tocai a trombeta em Sião, dai o alarme no meu santo monte.
Estremeçam todos os habitantes do país porque está a chegar o dia
do Senhor. Sim, ele está próximo:
será dia de trevas e de escuridão, dia de nuvens e de sombras. Como
a luz da aurora, estende-se sobre os montes um povo numeroso e forte.
Nunca houve povo nenhum como ele, nem depois dele haverá outro, até
às mais longínquas gerações.
Livro de Salmos 9(9A),2-3.6.16.8-9.
De todo o
coração, Senhor, Vos quero louvar
e contar todas as vossas maravilhas.
Quero alegrar-me e exultar em Vós,
quero cantar o vosso nome, ó Altíssimo.
Ameaçastes os pagãos, destruístes os ímpios,
apagastes o seu nome para sempre.
Afundaram-se os pagãos no fosso que abriram,
ficaram presos os seus pés na armadilha que prepararam.
O Senhor é rei para sempre,
firmou o seu trono para julgar.
Ele julga a Terra com justiça,
governa os povos com rectidão.
Evangelho segundo São Lucas 11,15-26.
Naquele tempo,
Jesus Cristo expulsou um demónio, mas alguns dos presentes
disseram: «É por Belzebu, príncipe dos demónios, que Ele expulsa os
demónios».
Outros, para O experimentarem, pediam-Lhe um sinal do céu.
Mas Jesus Cristo, que conhecia os seus pensamentos, disse: «Todo o
reino dividido contra si mesmo, acaba em ruínas e cairá casa sobre
casa.
Se Satanás está dividido contra si mesmo, como subsistirá o seu
reino? Vós dizeis que é por Belzebu que Eu expulso os demónios.
Ora, se Eu expulso os demónios por Belzebu, por quem os expulsam os
vossos discípulos? Por isso eles mesmos serão os vossos juízes.
Mas se Eu expulso os demónios pelo dedo de Deus, então quer dizer
que o reino de Deus chegou até vós.
Quando um homem forte e bem armado guarda o seu palácio, os seus
bens estão em segurança.
Mas se aparece um mais forte do que ele e o vence, tira-lhe as
armas em que confiava e distribui os seus despojos.
Quem não está comigo está contra Mim e quem não junta comigo dispersa.
Quando o espírito impuro sai do homem, anda a vaguear por lugares
desertos à procura de repouso. Como não o encontra, diz consigo:
‘Voltarei para a casa de onde saí’.
quando lá chega, encontra-a varrida e arrumada.
Então vai e toma consigo sete espíritos, piores do que ele, que
entram e se instalam nela. E o último estado daquele homem torna-se
pior do que o primeiro».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
São (Padre) Pio de
Pietrelcina (1887-1968), capuchinho
CE 33
O lugar do combate espiritual
O
lugar do combate entre Deus e Satanás é a alma humana em cada
instante da vida. É, por conseguinte, necessário que a alma (e
pessoa espiritual, pessoa celeste, pessoa natural) dê livre acesso
ao Senhor, para que Ele a fortaleça de todas as maneiras e com todo
o tipo de armas. Deste modo, a luz (= aura) de Deus poderá
iluminá-la, para melhor combater as trevas do erro. Revestida de Jesus
Cristo (Gal 3,27), da sua verdade e da sua justiça, protegida com o
escudo da fé e da palavra de Deus, ela
vencerá os seus inimigos, por muito poderosos que estes sejam (Ef
6,13s). Mas, para uma pessoa se revestir de Jesus Cristo, tem de
morrer para si mesma.
Sábado, dia 14 de Outubro de 2017
Sábado da
27.ª semana do Tempo Comum
Eis o que diz
o Senhor: «Levantem-se as nações e encaminhem-se para o Vale de
Josafat. Ali estarei sentado a julgar todas as nações vizinhas.
Metei a foice porque a seara está madura; vinde pisar porque o
lagar está cheio: os tanques transbordam porque é grande a
malícia das nações».
Multidões e multidões no Vale do Julgamento! Está próximo o dia do Senhor no Vale do
Julgamento!
O sol e a lua escureceram e as estrelas perderam o seu brilho.
O Senhor ruge desde Sião, de Jerusalém faz ouvir a sua voz:
tremem os céus e a Terra. Mas o Senhor é um refúgio para o seu
povo, um abrigo para os filhos de Israel.
«Então sabereis que Eu sou o Senhor, vosso Deus, que habito em
Sião, o meu santo monte. Jerusalém será um lugar sagrado e nunca
mais passarão por lá os estranhos».
Nesse dia, os montes escorrerão vinho novo, as colinas jorrarão
leite e correrão águas em todos os ribeiros de Judá. Do templo do
Senhor sairá uma nascente para regar o Vale das Acácias.
O Egipto será terra devastada e Edom um deserto desolado, por
causa das violências contra os filhos de Judá, por terem
derramado na sua terra sangue inocente.
Mas Judá será habitado para sempre e Jerusalém de geração em
geração.
«Eu vingarei o seu sangue que não deixarei impune». E o Senhor
habitará em Sião.
Livro de Salmos 97(96),1-2.5-6.11-12.
O Senhor é
rei: exulte a Terra,
rejubile a multidão das ilhas.
Ao seu redor, nuvens e trevas;
a justiça e o direito são a base do seu trono.
Derretem-se os montes como cera
diante do Senhor de toda a Terra.
Os céus proclamam a sua justiça
e todos os povos contemplam a sua glória.
A luz resplandece para os justos
e a alegria para os corações rectos.
Alegrai-vos, ó justos, no Senhor
e louvai o seu nome santo.
Evangelho segundo São Lucas 11,27-28.
Naquele
tempo, enquanto Jesus Cristo falava à multidão, uma mulher
levantou a voz no meio da multidão e disse: «Feliz Aquela que Te
trouxe no seu ventre e Te amamentou ao seu peito».
Mas Jesus Cristo respondeu: «Mais felizes são os que ouvem a palavra de Deus e
a põem em prática».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
São Sofrónio de Jerusalém
(?-639), monge, bispo
Homilia para a Anunciação, 2; PG 87, 3, 3241
«Feliz Aquela que Te trouxe»
«Rejubila,
ó cheia de graça, o Senhor é contigo» (Lc 1,28). E nada há maior
que esse júbilo, ó Virgem e Mãe! Nada há acima dessa graça. [...]
Verdadeiramente «bendita és tu entre todas as mulheres» (Lc 1,42)
porque transformaste em bênção
a maldição de Eva e porque Adão, que até então fora maldito,
obteve de ti a bem-aventurança.
Verdadeiramente «bendita és tu entre todas as mulheres» porque,
graças a ti, se derramou sobre os homens a bênção do Pai que os
libertou da antiga maldição. Verdadeiramente «bendita és tu entre
todas as mulheres» porque, graças a ti, foram salvos os teus
antepassados, pois tu geraste o Salvador que lhes obteria a
redenção.
Verdadeiramente «bendita és tu entre todas as mulheres» porque,
sem teres recebido semente, em ti trouxeste o fruto que doa a
toda a terra a bem-aventurança e a resgata da maldição donde
nascem os espinhos. Verdadeiramente «bendita és tu entre todas as
mulheres» porque, sendo por natureza mulher, na realidade te
tornaste Mãe do Filho, uma vez que, sendo Aquele que geraste, na
verdade, feito carne, a mui justo título és chamada Mãe de Deus,
porque é o Filho Aquele que verdadeiramente deste à luz.©
http://goo.gl/RSVXh5
portal da Confraria Bolos D. Rodrigo
Confraria Bolos D. Rodrigo – já está no Facebook
Os meus filmes
2.º – O Cemitério de Lagos
3.º – Lagos e a sua Costa Dourada
4.º – Natal de 2012
5.º – Tempo de Poesia
Os meus blogues
--------------------------------------------
http://www.descubriter.com/pt/ Rota
Europeia dos Descobrimentos
http://www.psd.pt/ Homepage - “Povo Livre” -
Arquivo - PDF
http://www.radiosim.pt/ 18,30h
– terço todos os dias
livros, música, postais, … cristãos)
http://www.amigosdoscastelos.org.pt/
|
|
|
|
|
|
|
|
|