"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida
eterna". João 6, 68
Domingo,
dia 01 de Outubro de 2017
26.º
Domingo do Tempo Comum
Eis o que diz o Senhor: «Vós dizeis: ‘A maneira de proceder do
Senhor não é justa’. Escutai, casa de Israel: Será a minha maneira de
proceder que não é justa? Não será antes o vosso modo de proceder que é
injusto?
Quando o justo se afastar da justiça, praticar o mal e vier a morrer, morrerá
por causa do mal cometido.
Quando o pecador se afastar do mal que tiver realizado, praticar o direito e a justiça, salvará a sua
vida.
Se abrir os seus olhos e renunciar às faltas que tiver cometido, há-de viver
e não morrerá».
Livro de Salmos 25(24),4bc-5.6-7.8-9.
Mostrai-me, Senhor, os vossos caminhos,
ensinai-me as vossas veredas.
Guiai-me na vossa verdade e ensinai-me,
porque Vós sois Deus, meu Salvador:
em vós espero sempre.
Lembrai-Vos, Senhor, das vossas misericórdias
e das vossas graças que são eternas.
Não recordeis as minhas faltas
e os pecados da minha juventude.
Lembrai-Vos de mim segundo a vossa clemência,
por causa da vossa bondade, Senhor.
O Senhor é bom e recto,
ensina o caminho aos pecadores.
Orienta os humildes na justiça
e dá-lhes a conhecer os seus caminhos.
Carta aos Filipenses 2,1-11.
Irmãos: Se há em Jesus Cristo alguma consolação, algum conforto na caridade, se existe alguma comunhão
no Espírito, alguns sentimentos de ternura
e misericórdia,
então completai a minha alegria,
tendo entre vós os mesmos sentimentos e a mesma caridade, numa só alma e num
só coração.
Não façais nada por rivalidade nem por vanglória; mas, com humildade, considerai
os outros superiores a vós mesmos
sem olhar cada um aos seus próprios interesses, mas aos interesses dos
outros.
Tende em vós os mesmos sentimentos que havia em Cristo Jesus.
Ele, que era de condição divina, não Se valeu da sua familiaridade com Deus,
mas aniquilou-Se a Si próprio. Assumindo a condição de servidor, tornou-Se
semelhante aos homens. Aparecendo como homem,
humilhou-Se ainda mais, obedecendo até à morte e morte de cruz.
Por isso, Deus O exaltou e Lhe deu um nome que está acima de todos os nomes
para que ao nome de Jesus todos se ajoelhem, no céu, na Terra e nos abismos
e toda a língua proclame que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai.
Evangelho segundo São Mateus 21,28-32.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos príncipes dos sacerdotes e
aos anciãos do povo: «Que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Foi ter com
o primeiro e disse-lhe: ‘Filho, vai hoje trabalhar na vinha’.
Mas ele respondeu-lhe: ‘Não quero’. Depois, porém, arrependeu-se e foi.
O homem dirigiu-se ao segundo filho e falou-lhe do mesmo modo. Ele respondeu:
‘Eu vou, Senhor’. Mas de facto não foi.
Qual dos dois fez a vontade ao pai?». Eles responderam-Lhe: «O primeiro».
Jesus Cristo disse-lhes: «Em verdade vos digo: Os publicanos e as mulheres de
má vida irão diante de vós para o reino de Deus.
João Baptista veio até vós, ensinando-vos o caminho da justiça e não
acreditastes nele; mas os publicanos e as mulheres de má vida acreditaram. E
vós, que bem o vistes, não vos arrependestes, acreditando nele».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Santa Teresa Benedita da Cruz
(Edith Stein) (1891-1942), carmelita, mártir, copadroeira da Europa
Meditação para a festa da Exaltação da Santa Cruz
Obedientes ao Pai, na imitação do Filho
«Seja feita a
vossa vontade!» (Mt 6,10) Isto resume toda a vida do Salvador. Ele veio ao
mundo para fazer a vontade do Pai, não apenas para expiar o pecado de
desobediência com a sua obediência (Rom 5,19), mas também para conduzir os
homens à sua vocação no caminho da obediência.
A vontade dos seres criados não
está feita para ser livre sendo senhora de si própria; está chamada a
conformar-se com a vontade de Deus.
Se com ela se conformar por submissão
livre, é-lhe dado participar livremente no aperfeiçoamento da criação. Se
se recusar a fazê-lo, a criatura livre perde a sua liberdade. A vontade do
homem mantém o livre arbítrio, mas
ele é seduzido pelas coisas deste mundo que puxam por ele e o empurram em
direcções que o afastam do desenvolvimento da sua natureza tal como Deus a
quis e da finalidade que ele próprio estabeleceu na sua liberdade original.
Para além desta liberdade original, perde a segurança da sua resolução,
torna-se vago e indeciso, é importunado por dúvidas e escrúpulos ou fica
endurecido no seu desregramento.
Contra isso, não há outro remédio senão seguir a Jesus Cristo, o Filho (do
homem) que, não só obedecia directamente ao Pai dos Céus, como também Se
submeteu aos homens que para Ele representavam a vontade do Pai. A obediência
tal como Deus a quis liberta a nossa vontade escrava de todos os laços com as
coisas criadas e devolve-lhe a liberdade. É também o caminho para a pureza do coração.
Segunda-feira,
dia 02 de Outubro de 2017
Santos Anjos da
Guarda – Memória
Eis que diz o Senhor: «Vou enviar um anjo diante de ti para te guardar no caminho e para te fazer
entrar no lugar que Eu preparei.
Mantém-te atento na sua presença e escuta a sua voz. Não lhe causes
amargura porque ele não suportará a vossa transgressão porque está nele a
minha autoridade.
Mas se escutares a sua voz e se fizeres tudo o que Eu falar, Eu serei
inimigo dos teus inimigos e serei adversário dos teus adversários,
pois o meu anjo caminhará diante de ti e te fará entrar na terra do
amorreu, do hitita, do perizeu, do cananeu, do heveu e do jebuseu e Eu
exterminá-lo-ei.
Livro de Salmos 91(90),1-2.3-4.5-6.10-11.
Tu, que habitas sob a protecção do Altíssimo,
moras à sombra do Omnipotente.
diz ao Senhor: «Sois o meu refúgio e a minha cidadela;
Senhor Deus, em Vós confio».
Ele te livrará do laço do caçador e do flagelo maligno.
Cobrir-te-á com as suas penas,
debaixo das suas asas encontrarás abrigo.
Não temerás o pavor da noite nem a seta que voa de dia;
nem a epidemia que se propaga nas trevas,
nem a peste que alastra em pleno dia.
Nenhum mal te acontecerá
nem a desgraça se aproximará da tua morada.
Porque o Senhor mandará aos seus Anjos
que te guardem em todos os teus caminhos.
Evangelho segundo São Mateus 18,1-5.10.
Naquela hora, os discípulos aproximaram-se de Jesus Cristo e
perguntaram-Lhe: «Quem é o maior no reino dos Céus?».
Jesus Cristo chamou uma criança, colocou-a no meio deles
e disse-lhes: «Em verdade vos digo: Se não vos converterdes e não vos tornardes como as crianças (= buscando
conforto e protecção e abrigo no Senhor), não entrareis no reino dos Céus.
Quem for humilde como esta criança, esse será o maior no reino dos Céus.
E quem acolher em meu nome uma criança como esta, acolhe-Me a Mim.
Vede bem. Não desprezeis um só destes pequeninos. Eu vos digo que os seus
Anjos vêem constantemente o
rosto de meu Pai que está nos Céus.
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Orígenes (c. 185-253),
presbítero, teólogo
Homilias sobre Ezequiel I, 7
«Os seus exércitos, servidores dos seus desejos» (Sl 102,21)
Os anjos
descem para aqueles que vão ser salvos. «Os anjos subiam e desciam por cima
do Filho (do homem)» (Jo 1,51) e «aproximaram-se dele e O serviam» (Mt
4,11). Ora os anjos descem porque Jesus Cristo desceu primeiro; receavam
descer antes que o Senhor dos exércitos celestes e de todas as coisas (Col
1,16) lho tivesse ordenado. Mas, quando viram o Príncipe do exército
celeste habitar na Terra então, por esse caminho que tinha sido aberto,
saíram atrás do seu Senhor, obedecendo à vontade daquele que os estabeleceu
como guardiães dos que acreditam no seu nome.
Ontem, estavas sob a dependência do demónio; hoje, estás sob a dependência
de um anjo. «Não desprezeis um
só destes pequeninos», diz o Senhor, pois «Eu vos digo que os seus Anjos vêem
constantemente o rosto de meu Pai que está nos Céus.» Os anjos dedicam-se à
tua salvação, declararam-se ao serviço do Filho (de Deus) e dizem entre si:
«Se Ele desceu num corpo, se Se revestiu de carne mortal, se suportou a
cruz, se morreu por todos os homens, como havemos nós de repousar, como
havemos de nos poupar? Vamos, desçamos também do Céu!» Foi por isso que,
quando Jesus Cristo nasceu, havia «uma multidão do exército celeste
louvando e glorificando a Deus» (Lc 2,13).
Terça-feira,
dia 03 de Outubro de 2017
Terça-feira da 26.ª
semana do Tempo Comum
Santo do dia : Santos
Veríssimo, Máxima e Júlia, mártires, +303, Beatos
André de Soveral, Ambrósio Francisco Ferro, presbíteros e Mateus Moreira,
mártires, +1645, São
Francisco de Borja, presbítero, +1572, Santa
Maria Josefa Rossello, religiosa, +1880
Livro de Zacarias 8,20-23.
Assim fala o Senhor do Universo: Virão de novo a Jerusalém
povos e habitantes de grandes cidades.
Os habitantes de uma cidade irão dizer aos habitantes da outra: «Vamos
implorar a benevolência do Senhor, vamos procurar o Senhor do Universo.
Eu também irei».
Virão muitos povos e nações poderosas procurar em Jerusalém o Senhor do
Universo, implorar a benevolência do Senhor.
Assim fala o Senhor do Universo: Naqueles dias, dez homens de todas as
línguas faladas entre as nações agarrarão um judeu pela orla do manto,
dizendo: «Queremos ir na vossa companhia porque ouvimos dizer que Deus
está convosco».
Livro de Salmos 87(86),1-3.4-5.6-7.
O Senhor ama a cidade
por Ele fundada sobre os montes santos;
ama as portas de Sião
mais do que todas as moradas de Jacob.
Grandes coisas se dizem de ti, ó cidade de Deus.
Contarei o Egipto e a Babilónia
entre os meus adoradores;
a Filisteia, Tiro e a Etiópia, uns e outros ali nasceram.
E dir-se-á em Sião: «Todos lá nasceram,
o próprio Altíssimo a consolidou».
O Senhor escreverá no registo dos povos:
«Este nasceu em Sião».
E irão dançando e cantando:
«Todas as minhas fontes estão em ti».
Evangelho segundo São Lucas 9,51-56.
Aproximando-se os dias de Jesus Cristo ser levado deste
mundo, Ele tomou a decisão de Se dirigir a Jerusalém
e mandou mensageiros à sua frente. Estes puseram-se a caminho e entraram
numa povoação de samaritanos, a fim de Lhe prepararem hospedagem.
Mas aquela gente não O quis receber porque ia a caminho de Jerusalém.
Vendo isto, os discípulos Tiago e João disseram a Jesus Cristo: «Senhor,
queres que mandemos descer fogo do céu que os destrua?».
Mas Jesus Cristo voltou-Se e repreendeu-os (porque os do Bem não podem
praticar o mal, senão vão lá nesse universo cair).
E seguiram para outra povoação.
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Santo Agostinho (354-430),
bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
Sermão sobre o Salmo 64
«Aquela gente não O quis receber porque ia a caminho de
Jerusalém.»
Há duas
cidades; uma chama-se Babilónia, a outra Jerusalém. O nome de Babilónia
significa «confusão»; Jerusalém significa «visão de paz». Olhai
atentamente a cidade da confusão, para melhor conhecerdes a visão de paz;
suportai a primeira, aspirai à segunda.
O que permite distinguir estas duas cidades? Podemos desde já separar uma
da outra? Elas estão mescladas uma na outra e, desde da aurora do género
humano, encaminham-se assim para o fim dos tempos. Jerusalém nasceu com
Abel, Babilónia com Caim. [...] As duas cidades materiais foram
construídas mais tarde, mas representam simbolicamente as duas cidades
imateriais cujas origens remontam ao início dos tempos e que durarão, cá
em baixo, até ao fim dos séculos. Então o Senhor separá-las-á, pondo uns
à sua direita e outros à sua esquerda (Mt 25,33). [...]
Mas há qualquer coisa que distingue, mesmo agora, os cidadãos de
Jerusalém dos cidadãos de Babilónia: são dois amores. O amor a Deus faz
Jerusalém; o amor ao mundo faz Babilónia. Vede quem amais e sabereis de onde sois. Se sois cidadãos de
Babilónia, arrancai da vossa vida a cobiça, plantai em vós a caridade; se
sois cidadãos de Jerusalém, suportai pacientemente o cativeiro, tende
esperança na vossa libertação. Com efeito, muitos cidadãos da nossa santa
mãe Jerusalém (Gal 4,26) estavam de início cativos de Babilónia. [...}
Como despertar em nós o amor a Jerusalém, nossa pátria, cuja lembrança a
duração do exílio nos fez perder? É o próprio Pai quem de lá nos escreve,
reavivando em nós, com as suas cartas, que são as Sagradas Escrituras, a
nostalgia do regresso.
Quarta-feira,
dia 04 de Outubro de 2017
Quarta-feira da
26.ª semana do Tempo Comum
No mês de Nisã do
ano vinte do reinado de Artaxerxes, em que eu era o copeiro-mor, tomei
o vinho e servi-o ao rei. Como eu nunca me apresentara triste na sua
presença,
o rei perguntou-me: «Porque tens o rosto abatido? Não estás doente; mas
certamente tens o coração angustiado». Eu assustei-me,
mas respondi ao rei: «Viva o rei para sempre! Como não havia de andar
tão triste, se a cidade onde estão os túmulos dos meus pais está em
ruínas e as suas portas devoradas pelo fogo?».
O rei disse-me: «Então que desejas fazer?». Eu invoquei o Deus dos Céus
e respondi ao rei: «Se te agrada, ó rei, e estás contente com o teu
servo, manda-me ir a Judá para reconstruir a cidade onde estão os
túmulos dos meus pais».
O rei, que tinha a rainha a seu lado, perguntou-me: «Quanto tempo
durará a tua viagem? Quando voltarás?». Marquei uma data. O rei
concordou e deixou-me partir.
Eu disse ainda ao rei: «Se parecer bem ao rei, dêem-me cartas para o
governador da província ocidental do Eufrates, a fim de me deixarem
passar até eu chegar a Judá,
e também uma carta para Asaf, intendente do parque florestal, a fim de
me dar madeira para reconstruir as portas da cidadela do templo, as
muralhas da cidade e a casa onde vou morar». O rei concedeu-mo porque a
mão bondosa do Senhor Deus estava comigo.
Livro de Salmos 137(136),1-2.3.4-5.6.
Sobre os rios de
Babilónia nos sentámos a chorar,
com saudades de Sião.
Nos salgueiros das suas margens,
dependurámos as nossas harpas.
Aqueles que nos levaram cativos
queriam ouvir os nossos cânticos
e os nossos opressores uma canção de alegria:
«Cantai-nos um cântico de Sião».
Como poderíamos nós cantar um cântico do Senhor
em terra estrangeira?
Se eu me esquecer de ti, Jerusalém,
esquecida fique a minha mão direita.
Apegue-se-me a língua ao paladar,
se não me lembrar de ti,
se não fizer de Jerusalém
a maior das minhas alegrias.
Evangelho segundo São Lucas 9,57-62.
Naquele tempo,
Jesus Cristo e os seus discípulos iam a caminho de Jerusalém, quando
alguém Lhe disse: «Seguir-Te-ei para onde quer que fores».
Jesus Cristo respondeu-lhe: «As raposas têm as suas tocas e as aves do
céu os seus ninhos; mas o Filho (do homem) não tem onde reclinar a
cabeça».
Depois disse a outro: «Segue-Me». Ele respondeu: «Senhor, deixa-me ir
primeiro sepultar meu pai».
Disse-lhe Jesus Cristo: «Deixa que os mortos sepultem os seus mortos;
tu, vai anunciar o reino de Deus».
Disse-Lhe ainda outro: «Seguir-Te-ei, Senhor; mas deixa-me ir primeiro
despedir-me da minha família».
Jesus Cristo respondeu-lhe: «Quem tiver lançado as mãos ao arado e
olhar para trás não serve para o reino de Deus».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Santo Inácio de Loyola
(1491-1556), fundador dos jesuítas
Exercícios espirituais, 2.ª semana, 12.º
dia
«Segue-Me»
Os três
tipos de humildade: o primeiro tipo de humildade é necessário à salvação eterna. E consiste em
me rebaixar e me humilhar tanto quanto me for possível, para obedecer
em tudo à Lei de Deus Nosso Senhor. De tal modo que, mesmo que me
tornassem senhor de todas as coisas criadas deste mundo ou que
estivesse em risco a minha própria vida temporal, nunca pensaria em
transgredir um mandamento, fosse ele divino ou humano. [...]
O segundo tipo de humildade é uma humildade mais perfeita do que a
primeira. E consiste nisto: encontro-me num ponto em que não desejo nem
tendo a preferir a riqueza à pobreza, a honra à desonra, uma vida longa
a uma vida curta, quando as alternativas não afectam o serviço de Deus
Nosso Senhor e a salvação da minha alma (pessoa celeste, pessoa
espiritual, pessoa natural). [...]
O terceiro tipo de humildade é a humildade mais perfeita: é quando,
incluindo a primeira e a segunda, sendo iguais o louvor e a glória de
sua divina majestade, para imitar Jesus Cristo Nosso Senhor e me
assemelhar a Ele mais eficazmente, desejo e escolho a pobreza com Jesus
Cristo pobre em vez da riqueza, o opróbrio com Jesus Cristo coberto de
opróbrios em lugar de honrarias e desejo mais ser tido por insensato e
louco para Jesus Cristo, que antes de todos foi tido como tal, do que
por «sábio e prudente» neste mundo (Mt 11,25).
Quinta-feira, dia 05 de Outubro de 2017
Quinta-feira
da 26.ª semana do Tempo Comum
Santo do dia :
Santa
Faustina, religiosa, +1935, São
Benedito, o Negro, confessor, +1589, Beato
Alberto Marvelli, leigo, +1946
Livro de Êxodo 24,3-8.
Naqueles dias,
Moisés veio comunicar ao povo todas as palavras do Senhor e todas as
suas leis. O povo inteiro respondeu numa só voz: «Faremos tudo o que
o Senhor ordenou».
Moisés escreveu todas as palavras do Senhor. No dia seguinte,
levantou-se muito cedo, construiu um altar no sopé do monte e ergueu
doze pedras pelas doze tribos de Israel.
Depois mandou que alguns jovens israelitas oferecessem holocaustos e
imolassem novilhos como sacrifícios pacíficos ao Senhor.
Moisés recolheu metade do sangue, deitou-o em vasilhas e derramou a
outra metade sobre o altar.
Depois, tomou o Livro da Aliança e leu-o em voz alta ao povo que
respondeu: «Faremos quanto o Senhor disse e em tudo obedeceremos».
Então Moisés tomou o sangue e aspergiu com ele o povo, dizendo: «Este
é o sangue da aliança que o Senhor firmou convosco, mediante todas
estas palavras».
Livro de Salmos 50(49),1-2.5-6.14-15.
Falou o Senhor,
Deus soberano,
e convocou a Terra, do Oriente ao Ocidente.
De Sião, cheia de beleza, Deus refulgiu,
o nosso Deus vem e não Se calará.
«Reuni os meus fiéis
que selaram a minha aliança com um sacrifício».
Os céus proclamam a sua justiça:
o próprio Deus vem julgar.
Oferece a Deus sacrifícios de louvor
e cumpre os votos feitos ao Altíssimo.
Invoca-Me no dia da tribulação:
Eu te livrarei e tu Me darás glória».
Evangelho segundo São Mateus 13,24-30.
Naquele tempo,
Jesus Cristo disse às multidões mais esta parábola: «O reino dos Céus
pode comparar-se a um homem que semeou boa semente no seu campo.
Enquanto todos dormiam, veio o inimigo, semeou joio no meio do
trigo e foi-se embora.
Quando o trigo cresceu e começou a espigar, apareceu também o joio.
Os servos do dono da casa foram dizer-lhe: ‘Senhor, não semeaste boa
semente no teu campo? Donde vem então o joio?’.
Ele respondeu-lhes: ‘Foi o inimigo que fez isso’. Disseram-lhe os
servos: ‘Queres que vamos arrancar o joio?’.
‘Não! – disse ele – não suceda que, ao arrancardes o joio, arranqueis
também o trigo.
Deixai-os crescer ambos até à ceifa e, na altura da ceifa,
direi aos ceifeiros: Apanhai primeiro o joio e atai-o em molhos para queimar
e ao trigo, recolhei-o no meu celeiro’».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Bento XVI, Papa de 2005 a
2013
Mensagem para o Dia Mundial das Missões 2006 (trad. © copyright
Libreria Editrice Vaticana rev.)
A caridade, alma da missão
Se não
for orientada pela caridade, isto é, se não brotar de um profundo acto
de amor divino, a missão corre o risco de se reduzir a uma mera actividade
filantrópica e social. Com efeito, o amor que Deus nutre por cada
pessoa constitui o coração da experiência e do anúncio do Evangelho
e, por sua vez, quantos o acolhem tornam-se suas testemunhas.
O amor de Deus, que dá vida
ao mundo, é o amor que nos
foi concedido em Jesus Cristo, Palavra de Salvação, ícone perfeito da
misericórdia do Pai celeste. Assim a mensagem salvífica poderia ser
oportunamente resumida com as palavras do evangelista João: «E o amor
de Deus manifestou-se desta forma no meio de nós: Deus enviou ao
mundo o seu Filho unigénito para que, por Ele, tivéssemos a vida»
(1Jo 4,9). O mandamento de difundir o anúncio deste amor foi confiado
por Jesus Cristo aos Apóstolos depois da sua ressurreição e os Apóstolos, interiormente transformados
no dia do Pentecostes pelo poder do Espírito Santo, começaram a dar
testemunho do Senhor morto e ressuscitado. A partir de então, a
Igreja continua esta mesma missão que constitui para todos os fiéis
um compromisso irrenunciável e permanente.
Sexta-feira, dia 06 de Outubro de 2017
Sexta-feira
da 26.ª semana do Tempo Comum
Santo do dia
: São
Bruno, eremita, +1101, Santa
Maria Francisca das Cinco Chagas, virgem, +1791, Beato
José Rubio, presbítero, operário, +1929
Livro de Baruc 1,15-22.
Ao Senhor,
nosso Deus, pertence a justiça
e a nós a vergonha que sentimos no rosto, como sucede neste dia ao
homem de Judá e aos habitantes de Jerusalém,
aos nossos reis, aos nossos chefes, aos nossos sacerdotes, aos
nossos profetas e aos nossos pais
porque pecámos contra o Senhor.
Não obedecemos ao Senhor
nosso Deus, não ouvimos
a sua voz nem seguimos os mandamentos
que Ele nos deu.
Desde o dia em que o Senhor fez sair os nossos pais da terra do
Egipto até este dia, fomos rebeldes ao Senhor, nosso Deus e
procedemos levianamente, não querendo escutar a sua voz.
Por isso, como vemos hoje, caíram sobre nós as desgraças e maldições
que o Senhor predissera pela boca do seu servidor Moisés, no dia em
que fez sair os nossos pais da terra do Egipto, para nos dar uma
terra onde corre leite e mel.
Não ouvimos a voz do Senhor, nosso Deus, apesar das palavras dos
Profetas que Ele nos enviou;
mas cada um de nós seguiu as inclinações do seu coração, servindo
deuses falsos e praticando o que é mal aos olhos do Senhor, nosso
Deus.
Livro de Salmos 79(78),1-2.3-5.8.9.
Senhor, as
nações invadiram a vossa herança,
profanaram o vosso santo templo,
fizeram de Jerusalém um montão de ruínas.
Deram o corpo dos vossos servidores
em alimento às aves do céu,
as carnes de vossos fiéis aos animais da selva.
Derramaram seu sangue em torno de Jerusalém
e não houve quem lhes desse sepultura.
Tornámo-nos o opróbrio dos nossos vizinhos,
a irrisão e o escárnio dos que nos rodeiam.
Até quando, Senhor, Vos mostrareis sempre irritado
e se reavivará, como fogo, a vossa indignação?
Não recordeis, Senhor, contra nós
as culpas dos nossos pais.
Corra ao nosso encontro a vossa misericórdia,
porque somos tão miseráveis.
Ajudai-nos, ó Deus, nosso salvador,
para glória do vosso nome.
Salvai-nos e perdoai os nossos pecados,
para glória do vosso nome.
Evangelho segundo São Lucas 10,13-16.
Naquele tempo,
disse Jesus Cristo: «Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida!
Porque se em Tiro e em Sidónia se tivessem realizado os milagres
que em vós se realizaram, há muito tempo teriam feito penitência, vestindo-se de
cilício e sentando-se sobre a cinza.
Assim, no dia do Juízo, haverá mais tolerância para Tiro e Sidónia
do que para vós.
E tu, Cafarnaum, serás elevada até ao céu? Até ao inferno é que
descerás.
Quem vos escuta, escuta-Me a Mim e quem vos rejeita, rejeita-Me a
Mim. Mas quem Me rejeita, rejeita Aquele que Me enviou».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Hugo de São-Victor
(?-1141), cónego regular, teólogo
Tratado dos sacramentos da fé cristã, II, 1-2
«Quem vos escuta, escuta-me a Mim e
quem vos rejeita, rejeita-Me a Mim»
Assim
como a respiração do homem passa pela cabeça, para descer até aos
membros e os vivificar, assim também o Espírito Santo vem aos
cristãos por Jesus Cristo. A cabeça é Jesus Cristo, os membros são
os cristãos. Há uma cabeça e numerosos membros, um só corpo,
formado pela cabeça e pelos membros, e neste único corpo um único
Espírito que está em plenitude na cabeça e de forma participada nos
membros. Assim, pois, se há um só corpo, há também um só Espírito. Quem não está no corpo não pode ser
vivificado pelo Espírito, segundo esta palavra da Escritura: «Se
alguém não tem o Espírito de Jesus Cristo, não Lhe pertence» (Rom
8,9). Porque aquele que não tem o Espírito de Jesus Cristo não é
membro de Jesus Cristo.
Aquilo que faz parte do corpo não está morto; aquilo que está
separado do corpo não está vivo. É pela fé que nos tornamos
membros; é pelo amor que somos vivificados. Pela fé, recebemos a
unidade; pela caridade, recebemos a vida. O sacramento do baptismo
une-nos e o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo vivificam-nos. Pelo baptismo,
tornamo-nos membros do Corpo; pelo Corpo de Jesus Cristo,
participamos na sua vida.
Sábado, dia 07 de Outubro de 2017
Sábado da
26.ª semana do Tempo Comum
Livro de Baruc 4,5-12.27-29.
Tem coragem,
meu povo, memorial de Israel.
Fostes vendidos às nações, mas não para vossa ruína. Por terdes
provocado a ira de Deus, fostes entregues aos vossos inimigos,
pois irritastes Aquele que vos criou, oferecendo sacrifícios aos
demónios e não a Deus.
Esquecestes Aquele que vos sustentou, o Deus eterno e
contristastes também aquela que vos alimentou, Jerusalém.
Ao ver cair sobre vós a ira de Deus, ela disse: «Ouvi, cidades
vizinhas de Sião, Deus infligiu-me um grande sofrimento,
pois vi o cativeiro dos meus filhos e filhas que o Eterno fez
cair sobre eles.
Eu tinha-os alimentado com alegria, mas vi-os partir com pranto e
aflição.
Ninguém se alegre por causa de mim, vendo-me viúva e abandonada.
Fiquei só, por causa dos pecados de meus filhos porque se
desviaram da Lei de Deus.
Tende coragem, meus filhos, e clamai a Deus, pois Aquele que vos
castigou lembrar-se-á de vós.
Assim como tivestes o pensamento de abandonar a Deus, agora
voltai para Ele e empenhai-vos dez vezes mais em procurá-l’O.
Pois Aquele que vos infligiu estes males fará vir sobre vós a
eterna alegria,
juntamente com a vossa salvação».
Livro de Salmos 69(68),33-35.36-37.
Vós,
humildes, olhai e alegrai-vos,
buscai o Senhor e o vosso coração se reanimará.
O Senhor ouve os pobres
e não despreza os cativos.
Louvem-n’O o céu e a Terra,
os mares e quanto neles se move.
Deus protegerá Sião, reconstruirá as cidades de Judá
e voltarão a ocupá-la os cativos.
Os seus servidores a receberão em herança,
e nela hão-de morar os que amam o seu nome.
Evangelho segundo São Lucas 10,17-24.
Naquele
tempo, os setenta e dois discípulos voltaram cheios de alegria,
dizendo: «Senhor, até os demónios nos obedeciam em teu nome».
Jesus Cristo respondeu-lhes: «Eu via Satanás cair do céu como um
relâmpago.
Dei-vos o poder de pisar serpentes e escorpiões e dominar toda a
força do inimigo; nada poderá causar-vos dano.
Contudo, não vos alegreis porque os espíritos vos obedecem;
alegrai-vos antes porque os
vossos nomes estão escritos no Céu».
Naquele momento, Jesus Cristo exultou de alegria pela acção do
Espírito Santo e disse: «Eu Te bendigo, ó Pai, Senhor do céu e da
Terra porque escondeste estas verdades aos sábios e aos inteligentes
e as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque assim foi do
teu agrado.
Tudo Me foi entregue por meu Pai e ninguém sabe o que é o Filho
senão o Pai, nem o que é o Pai senão o Filho e aquele a quem o
Filho o quiser revelar».
Voltando-Se depois para os discípulos, disse-lhes: «Felizes os
olhos que vêem o que estais a ver
porque Eu vos digo que muitos profetas e reis quiseram ver o que
vós vedes e não viram e ouvir o que vós ouvis e não ouviram».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
São João Paulo II
(1920-2005), papa
Encíclica « Dominum et vivificantem », § 20-21
«Eu Te bendigo, ó Pai, [...]
porque [...] as revelaste aos pequeninos.»
Jesus Cristo exultou de alegria sob a acção do
Espírito Santo e disse: «Eu Te bendigo, ó Pai, Senhor do céu e
da Terra porque escondeste estas verdades aos sábios e aos
inteligentes e as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque
assim foi do teu agrado». Jesus Cristo exulta pela paternidade
divina; exulta porque Lhe foi dado revelar esta paternidade;
exulta, por fim, por uma como que irradiação especial da mesma
paternidade divina sobre os «pequeninos». E o evangelista
qualifica tudo isto como um «exultar no Espírito Santo».
Aquilo que durante a teofania do Jordão veio, por assim dizer,
«do exterior», do Alto, aqui provém «do interior», isto é, do
mais íntimo do ser que é Jesus Cristo. É outra revelação do Pai
e do Filho, unidos no Espírito Santo. Jesus Cristo fala só da
paternidade de Deus e da própria filiação; não fala directamente
do Espírito que é Amor (= Afectos)
e, por isso, união do Pai e do Filho. Não obstante, aquilo que
diz do Pai e de Si como Filho brota daquela plenitude do
Espírito que está nele mesmo e se derrama no seu coração,
impregna o seu próprio «eu», inspira e vivifica, a partir das
profundezas do que Ele é, a sua acção. Daí esse seu «exultar no
Espírito Santo». A união de Jesus Cristo com o Espírito Santo,
da qual Ele tem uma consciência perfeita, exprime-se nessa
«exultação» que torna «perceptível», de certa maneira, a sua
fonte recôndita. Dá-se assim uma especial manifestação e
exaltação próprias do Filho (do Homem), de Cristo-Messias, cuja
humanidade pertence à Pessoa do Filho (de Deus),
substancialmente uno com o Espírito Santo na divindade.
Na magnífica confissão da paternidade de Deus, Jesus de Nazaré manifesta-Se
também a Si mesmo, manifesta o seu «eu» divino: Ele é efectivamente
o Filho «consubstancial» (Credo); e, por isso, «ninguém sabe o
que é o Filho senão o Pai, nem o que é o Pai senão o Filho e
aquele a quem o Filho o quiser revelar», aquele Filho que «por
nós, homens, e para nossa salvação» Se fez homem «por obra do
Espírito Santo» e nasceu de uma virgem, cujo nome era Maria. ©
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