"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida
eterna". João 6, 68
Domingo,
dia 24 de Setembro de 2017
25.º
Domingo do Tempo Comum
Buscai o Senhor, enquanto se pode encontrar; invocai-O, enquanto
está perto.
Deixe o ímpio (= ateu) o seu caminho e o homem perverso os seus pensamentos.
Converta-se ao Senhor que terá compaixão dele, ao nosso Deus, que é generoso
em perdoar.
Porque os meus pensamentos não são os vossos nem os vossos caminhos são os
meus – oráculo do Senhor.
Tanto quanto os céus estão acima da Terra assim os meus caminhos estão acima
dos vossos e acima dos vossos estão os meus pensamentos.
Livro de Salmos 145(144),2-3.8-9.17-18.
Quero bendizer-Vos, dia após dia,
e louvar o vosso nome para sempre.
O Senhor é grande e digno de louvor,
insondável é a sua grandeza.
O Senhor é clemente e compassivo,
paciente e cheio de bondade.
O Senhor é bom para com todos
e a sua misericórdia se estende a todas as criaturas.
O Senhor é justo em todos os seus
caminhos
e perfeito em todas as suas obras.
O Senhor está perto de quantos O
invocam,
de quantos O invocam em verdade.
Carta aos Filipenses 1,20c-24.27a.
Irmãos: Jesus Cristo será engrandecido no meu corpo, quer pela
vida quer pela morte
porque, para mim, viver é Jesus Cristo e morrer é lucro.
Mas, se viver neste corpo mortal é útil para o meu trabalho, não sei o que
escolher.
Sinto-me constrangido por este dilema: desejaria partir e estar com Jesus Cristo,
que seria muito melhor;
mas é mais necessário para vós que eu permaneça neste corpo mortal.
Só isto é necessário: comportai-vos em comunidade de um modo digno do
Evangelho de Jesus Cristo, para que – quer eu vá ter convosco, quer esteja
ausente – ouça dizer isto de vós: que permaneceis firmes num só espírito,
lutando juntos, numa só alma, pela fé no Evangelho.
Evangelho segundo São Mateus 20,1-16a.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos a seguinte
parábola: «O reino dos Céus pode comparar-se a um proprietário que saiu muito
cedo a contratar trabalhadores para a sua vinha.
Ajustou com eles um denário por dia e mandou-os para a sua vinha.
Saiu a meia manhã, viu outros que estavam na praça ociosos
e disse-lhes: ‘Ide vós também para a minha vinha e dar-vos-ei o que for
justo’.
E eles foram. Voltou a sair, por volta do meio-dia e pelas três horas da
tarde e fez o mesmo.
Saindo ao cair da tarde, encontrou ainda outros que estavam parados e
disse-lhes: ‘Porque ficais aqui todo o dia sem trabalhar?’.
Eles responderam-lhe: ‘Ninguém nos contratou’. Ele disse-lhes: ‘Ide vós
também para a minha vinha’.
Ao anoitecer, o dono da vinha disse ao capataz: ‘Chama os trabalhadores e
paga-lhes o salário, a começar pelos últimos e a acabar nos
primeiros’.
Vieram os do entardecer e receberam um denário cada um.
Quando vieram os primeiros, julgaram que iam receber mais, mas receberam
também um denário cada um.
Depois de o terem recebido, começaram a murmurar contra o proprietário,
dizendo:
‘Estes últimos trabalharam só uma hora e deste-lhes a mesma paga que a nós,
que suportámos o peso do dia e o calor’.
Mas o proprietário respondeu a um deles: ‘Amigo, em nada te prejudico. Não
foi um denário que ajustaste comigo?
Leva o que é teu e segue o teu caminho. Eu quero dar a este último tanto como
a ti.
Não me será permitido fazer o que quero do que é meu? Ou serão maus os teus
olhos porque eu sou bom?’.
Assim os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Autor anónimo do século IX, na actual
Itália
Homilia para a Septuagésima, 4-7
«Ide vós também para a minha vinha»
Meus
bem-amados, perseverai nas boas obras
que começastes. [...] Há homens infelizes que servem um rei terreno correndo risco
de vida e passando por enormes dificuldades em troca de um benefício que
rapidamente desaparece; como não haveis vós de querer servir o Rei do Céu
para obter a felicidade do Reino? Uma vez que, pela fé, o Senhor já vos chamou à sua vinha, ou seja, à unidade da
Santa Igreja. Vivei e comportai-vos de tal maneira que, graças à generosidade
de Deus, possais receber a moeda de prata, isto é, a felicidade do Reino dos
Céus.
Que ninguém desespere por causa da grandeza dos seus pecados, dizendo:
«Numerosos são os pecados nos quais perseverei até à velhice e à velhice
extrema; não poderei já obter perdão, sobretudo porque foram os pecados que
me deixaram, não fui eu que os rejeitei.» Que essa pessoa não desespere de
todo da misericórdia divina porque uns são chamados à vinha do Senhor à
primeira hora, outros à terceira, outros à sexta, outros à nona e outros à
décima primeira - ou seja, uns são conduzidos ao serviço de Deus na infância,
outros na adolescência, outros na juventude, outros na velhice e outros na
velhice extrema.
Que ninguém desespere, pois se quer converter-se a Deus, seja qual for
a sua idade. [...] Trabalhai fielmente na vinha da Igreja, para receberdes o
salário da felicidade eterna e
reinardes com Jesus Cristo por todos os séculos dos séculos.
Segunda-feira,
dia 25 de Setembro de 2017
Segunda-feira da 25.ª
semana do Tempo Comum
No primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia, para se cumprir a
palavra do Senhor, pronunciada pela boca de Jeremias, o Senhor despertou o
espírito de Ciro, rei da Pérsia, que mandou publicar em todo o seu reino,
de viva voz e por escrito, a seguinte proclamação:
«Assim fala Ciro, rei da Pérsia: O Senhor, Deus do Céu, entregou-me todos
os reinos da Terra e Ele próprio me encarregou de Lhe construir um templo
em Jerusalém, na terra de Judá.
Quem de entre vós faz parte do seu povo? O seu Deus esteja com ele e suba a
Jerusalém de Judá para construir o templo do Senhor, o Deus de Israel, que
habita em Jerusalém.
E todos os sobreviventes do povo, onde quer que residam, devem ser ajudados
pelos habitantes do lugar, com prata, ouro, bens e rebanhos e também com
oferendas voluntárias, para o templo de Deus que habita em Jerusalém».
Então levantaram-se os chefes de família de Judá e de Benjamim, os
sacerdotes e os levitas, enfim, todos os que o Senhor inspirou para
reconstruir o templo do Senhor em Jerusalém.
Todos os seus vizinhos os ajudaram em tudo, com prata, ouro, bens, rebanhos
e objectos preciosos e também com toda a espécie de ofertas voluntárias.
Livro de Salmos 126(125),1-2ab.2cd-3.4-5.6.
Quando o Senhor fez regressar os cativos de Sião,
parecia-nos viver um sonho.
Da nossa boca brotavam expressões de alegria
e de nossos lábios cânticos de júbilo.
Diziam então os pagãos:
«O Senhor fez por eles grandes coisas».
Sim, grandes coisas fez por nós o Senhor,
estamos exultantes de alegria.
Fazei regressar, Senhor, os nossos cativos,
como as torrentes do deserto.
Os que semeiam em lágrimas
recolhem com alegria.
À ida, vão a chorar,
levando as sementes;
à volta, vêm a cantar,
trazendo os molhos de espigas.
Evangelho segundo São Lucas 8,16-18.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo à multidão: «Ninguém acende
uma lâmpada para a cobrir com uma vasilha ou a colocar debaixo da cama, mas
coloca-a num candelabro, para que os que entram vejam a luz.
Não há nada oculto que não se torne manifesto, nem secreto que não seja
conhecido à luz do dia.
Portanto, tende cuidado com a maneira como ouvis. Pois àquele que tem (fé),
dar-se-á; mas àquele que não tem (fé), até o que julga ter lhe será tirado».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Sermão atribuído a Santo Agostinho
(354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
Cf. Discurso sobre o salmo 139,15; Sermões sobre São João, n.º
57
«Tende cuidado com a maneira como ouvis»
«Que cada um
esteja sempre pronto para escutar, mas seja lento para falar» (Tim 1,19).
Sim, irmãos, digo-vos francamente [...], eu que muitas vezes vos falo a
vosso pedido: a minha alegria é sem mancha quando me sento entre os
ouvintes; a minha alegria é sem mancha quando escuto e não quando falo. É
então que saboreio a palavra com toda a segurança, pois a minha satisfação
não é ameaçada pela vanglória. Quem pode recear o precipício do orgulho se
estiver sentado sobre a pedra sólida da verdade? «Escutarei e encher-me-ás de alegria e de júbilo», diz
o salmista (Sl 50,10). É quando escuto que me sinto mais alegre; é o papel
de ouvintes que nos mantém numa atitude de
humildade.
Pelo contrário, quando tomamos a palavra, [...] precisamos de uma certa
contenção; pois, mesmo que não ceda ao orgulho, tenho receio de o fazer.
Mas, se escuto, ninguém me pode roubar a alegria (Jo 16,22) porque ninguém é testemunha dela. É
verdadeiramente a alegria do amigo do esposo de quem São João diz que «fica
de pé e escuta» (Jo 3,29). Fica de pé porque escuta. Também o primeiro
homem escutava Deus de pé; quando escutou a serpente, caiu. O amigo de
esposo fica, pois «transbordante de alegria à voz do Esposo»; o que faz a
sua alegria não é a sua voz de pregador ou de profeta, mas a voz do próprio
Esposo.
Terça-feira,
dia 26 de Setembro de 2017
Terça-feira da 25.ª
semana do Tempo Comum
Naqueles dias, Dario, rei da Pérsia, escreveu às autoridades
da província ocidental do Eufrates, dizendo: «Deixai o governador de Judá
e os anciãos dos judeus prosseguir os trabalhos do templo de Deus.
Sobre o trabalho que os anciãos dos judeus estão a realizar para a
reconstrução do templo de Deus no seu local primitivo, ordeno que se
pague tudo o que esses homens gastarem, pontualmente e sem interrupção,
usando para isso as rendas reais dos impostos recolhidos na província
ocidental do Eufrates.
Fui eu, Dario, que dei esta ordem: deve ser fielmente cumprida».
Então os anciãos dos judeus retomaram com êxito a construção, encorajados
pelas palavras dos profetas Ageu e Zacarias, filho de Ido. Levaram a
construção a bom termo, segundo a vontade do Deus de Israel e a ordem de
Ciro e de Dario, reis da Pérsia.
O templo de Deus foi concluído no terceiro dia do mês de Adar, no sexto
ano do reinado de Dario.
Os filhos de Israel __ os sacerdotes, os levitas e os outros exilados __
celebraram alegremente a dedicação do templo de Deus.
Para esta dedicação do templo de Deus, ofereceram cem touros, duzentos
carneiros, quatrocentos cordeiros e, como sacrifício pelo pecado de todo
o Israel, doze cabritos, segundo o número das tribos de Israel.
Estabeleceram também os sacerdotes segundo as suas classes e os levitas
segundo os seus turnos, para o serviço divino em Jerusalém, conforme está
escrito no livro de Moisés.
Os repatriados celebraram a Páscoa no dia catorze do primeiro mês.
Como todos os sacerdotes e os levitas, sem excepção, se tinham
purificado, todos estavam puros e puderam imolar a Páscoa para todos os
exilados, para os seus irmãos sacerdotes e para si próprios.
Livro de Salmos 122(121),1-2.3-4a.4b-5.
Alegrei-me quando me disseram:
«Vamos para a casa do Senhor».
Detiveram-se os nossos passos
às tuas portas, Jerusalém.
Jerusalém, cidade bem edificada
que forma tão belo conjunto!
Para lá sobem as tribos,
as tribos do Senhor.
Segundo o costume de Israel,
para celebrar o nome do Senhor;
ali estão os tribunais da justiça,
os tribunais da casa de David.
Evangelho segundo São Lucas 8,19-21.
Naquele tempo, vieram ter com Jesus Cristo sua Mãe e seus
irmãos, mas não podiam chegar junto d’Ele por causa da multidão.
Então disseram-Lhe: «Tua Mãe e teus irmãos estão lá fora e querem
ver-Te».
Mas Jesus Cristo respondeu-lhes: «Minha mãe e meus irmãos são aqueles que
ouvem a palavra de Deus e a põem em prática».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Santa Teresa Benedita da Cruz
(Edith Stein) (1891-1942), carmelita, mártir, copadroeira da Europa
«A mulher e o seu destino»
«Minha Mãe e meus irmãos»
Apesar da
unidade orgânica real da cabeça e do corpo, a Igreja mantém-se ao lado de
Jesus Cristo como pessoa independente. Enquanto Filho do Pai eterno, Jesus
Cristo vivia antes do começo dos tempos e antes de toda a existência
humana. Em seguida, pelo acto da criação, a humanidade vivia antes de Jesus
Cristo ter assumido a sua natureza e Se ter integrado nela. Mas, pela sua
incarnação, Ele trouxe-lhe a sua própria vida divina; pela sua obra de
redenção, tornou-a capaz de receber a graça, de tal modo que a recriou.
[...] A Igreja é a humanidade resgatada, novamente criada da própria
substância de Jesus Cristo.
A célula primitiva desta humanidade resgatada é Maria; foi nela que se
realizou pela primeira vez a purificação e a santificação por Jesus Cristo,
foi Ela a primeira a ficar cheia do Espírito Santo. Antes de o Filho (de
Deus) ter nascido da Santíssima Virgem, criou esta Virgem cheia de graça
e nela e com Ela a Igreja. [...]
Uma alma purificada pelo baptismo eleva-se ao estado de graça e é, por
isso mesmo, criada pelo Filho e nascida para Jesus Cristo. Mas é criada
dentro da Igreja e nasce pela Igreja. [...] Assim sendo, a Igreja é a mãe
de todos aqueles a que a redenção se dirige. E é-o pela sua união íntima
com Jesus Cristo e porque se mantém a seu lado na qualidade de esposa de Jesus
Cristo, para colaborar na sua obra de redenção.
Quarta-feira,
dia 27 de Setembro de 2017
Quarta-feira da
25.ª semana do Tempo Comum
Na hora da oblação
da tarde, eu, Esdras, levantei-me da minha prostração e, com as vestes
e o manto rasgados, pus-me de joelhos, estendi as mãos para o Senhor,
meu Deus,
e disse: «Meu Deus, tenho tanta vergonha e confusão que não posso
levantar o rosto para Vós, Senhor Deus. Porque as nossas iniquidades (não-equidades)
multiplicaram-se acima das nossas cabeças e os nossos pecados
acumularam-se até ao céu.
Desde o tempo dos nossos pais até ao dia de hoje, são grandes as nossas
culpas. Por causa dos nossos pecados, nós, os nossos reis e os nossos
sacerdotes, fomos entregues às mãos dos reis das nações, à espada, ao
cativeiro, à rapina e à vergonha, como acontece neste dia.
Mas agora, em pouco tempo, o Senhor, nosso Deus, concedeu-nos a graça
de conservar entre nós um resto de sobreviventes e de nos dar asilo no
seu lugar santo. Assim o nosso Deus iluminou os nossos olhos e deu-nos
um pouco de vida na nossa escravidão.
Porque nós éramos escravos, mas, na nossa escravidão, o nosso Deus não
nos abandonou: atraiu sobre nós a benevolência dos reis da Pérsia,
dando-nos a vida necessária para erguer a casa do nosso Deus e
restaurar as suas ruínas e concedendo-nos um abrigo seguro em Judá e
Jerusalém».
Livro de Tobias 13,2.3-4a.4bcd.5.8.
Bendito seja Deus
que vive eternamente:
o seu reino permanece por todos os séculos.
Nas suas mãos está o castigo e o perdão, a vida e a morte,
nada e ninguém escapa ao seu poder.
Agradecei-Lhe, filhos de Israel, diante das nações
porque Ele vos dispersou no meio dos gentios,
mas entre eles manifestou a sua grandeza:
Exaltai-O diante de todos os seres vivos.
porque Ele é o nosso Senhor e o nosso Deus,
é o nosso Pai e é Deus por todos os séculos dos séculos.
Por nossos pecados Ele nos castiga,
mas de novo usará de misericórdia
e vos reunirá de todas as nações,
entre as quais vos dispersastes.
Na terra do meu exílio louvarei o meu Senhor,
darei a conhecer o seu poder e a sua grandeza
a um povo de pecadores.
Vinde, pecadores, e praticai a justiça
na sua presença:
talvez vos mostre a sua benevolência e a sua misericórdia.
Evangelho segundo São Lucas 9,1-6.
Naquele tempo,
Jesus Cristo chamou os doze Apóstolos e deu-lhes poder e autoridade
sobre todos os demónios e para curarem todas as doenças.
Depois enviou-os a proclamar o reino de Deus e a curar os enfermos.
E disse-lhes: «Não leveis nada para o caminho: nem cajado nem alforge,
nem pão nem dinheiro e não leveis duas túnicas.
Quando entrardes em alguma casa, ficai nela até partirdes dali.
Se alguns não vos receberem, ao sair dessa cidade, sacudi o pó dos
vossos pés, como testemunho contra eles».
Os Apóstolos partiram e foram de terra em terra a anunciar a boa nova e
a realizar curas por toda a parte.
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Concílio Vaticano II
Decreto «Ad gentes», sobre a
actividade missionária da Igreja, § 1
«Enviou-os a proclamar o reino de Deus.»
A Igreja,
enviada por Deus a todas as gentes para ser «sacramento universal de
salvação» (Lumen Gentium § 48), por íntima exigência da própria
catolicidade, obedecendo a um mandato do seu Fundador (Mc 16,15),
procura incansavelmente anunciar o Evangelho a todos os homens. Já os
próprios Apóstolos em que a Igreja se alicerça, seguindo o exemplo de Jesus
Cristo, «pregaram a palavra da verdade e geraram as igrejas» (Santo
Agostinho). Aos seus sucessores compete perpetuar esta obra, para que
«a palavra de Deus se propague rapidamente e Ele seja glorificado»
(2Tess 3,1) e o reino de Deus seja pregado e estabelecido em toda a
Terra.
No estado actual das coisas, de que surgem novas condições para a
humanidade, a Igreja, que é sal da terra e luz do mundo (Mt 5,13-14), é
com mais urgência chamada a salvar e a renovar toda a criatura, para
que tudo seja instaurado em Jesus Cristo e nele os homens constituam
uma só família e um só Povo de Deus.
Quinta-feira, dia 28 de Setembro de 2017
Quinta-feira
da 25.ª semana do Tempo Comum
No segundo ano do
rei Dario, no primeiro dia do sexto mês, foi dirigida a palavra do
Senhor, por meio do profeta Ageu, a Zorobabel, filho de Salatiel,
governador de Judá e a Josué, filho de Josadac, sumo sacerdote:
«Assim fala o Senhor do Universo: Este povo diz: ‘Não chegou ainda o
tempo de se reconstruir o templo do Senhor’».
E a palavra do Senhor foi manifestada, por meio do profeta Ageu:
«Para vós chegou o tempo de habitardes em casas confortáveis,
enquanto este templo continua em ruínas».
Por isso, assim fala o Senhor do Universo: «Pensai bem na vossa
situação.
Semeais muito e colheis pouco; comeis e não vos saciais; bebeis e não
matais a sede; vestis-vos e não vos aqueceis e o operário mete o seu
salário num saco roto».
Assim fala o Senhor do Universo: «Pensai bem na vossa sorte:
Subi ao monte, trazei madeira e reconstruí o meu templo; nele porei a
minha complacência e
manifestarei a minha glória»
– diz o Senhor.
Livro de Salmos 149(148),1-2.3-4.5-6a.9b.
Cantai ao Senhor
um cântico novo,
cantai ao Senhor na assembleia dos santos.
Alegre-se Israel em seu Criador,
rejubilem os filhos de Sião em seu Rei.
Louvem o seu nome com danças,
cantem ao som do tímpano e da cítara,
porque o Senhor ama o seu povo,
coroa os humildes com a vitória.
Exultem de alegria os fiéis,
cantem jubilosos em suas casas;
em sua boca os louvores de Deus.
Esta é a glória de todos os seus fiéis.
Evangelho segundo São Lucas 9,7-9.
Naquele tempo, o
tetrarca Herodes ouviu dizer tudo o que Jesus Cristo fazia e andava
perplexo porque alguns diziam: «É João Baptista que ressuscitou dos
mortos».
Outros diziam: «É Elias que reapareceu». E outros diziam ainda: «É um
dos antigos profetas que ressuscitou».
Mas Herodes disse: «A João mandei-o eu decapitar. Mas quem é este
homem, de quem oiço dizer tais coisas?». E procurava ver Jesus Cristo.
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Santo Ambrósio (c.
340-397), bispo de Milão, doutor da Igreja
Comentário sobre o evangelho de São Lucas, I, 27
«[Herodes] procurava ver Jesus Cristo»
Neste
mundo, o Senhor só é visto quando quer e não podemos espantar-nos com
isso. Mesmo na ressurreição, só será dado ver Filho aos que tiverem o coração
puro: «Bem-aventurados os puros de coração porque verão ao Filho» (Mt
5,8). Quantas bem-aventuranças não tinha Jesus Cristo enumerado já e,
contudo, não lhes tinha prometido esta possibilidade: de verem o
Filho. Se, portanto, aqueles que têm o coração puro hão-de ver o Filho,
seguramente que os outros não O verão [...]; aquele que não quis ver o
Filho não poderá vê-lo.
Porque Deus não se vê num lugar, mas através de um coração puro. Não são os
olhos do corpo que procuram Deus; Ele não é captado pelo olhar nem
tocado pelo tacto, nem ouvido numa conversa nem reconhecido pela sua
postura. Julgamo-lo ausente e vemo-lo; está presente e não O vemos.
Aliás, nem todos os apóstolos viam Jesus Cristo; foi por isso que Ele
lhes disse: «Há tanto tempo que estou convosco e ainda não Me
conheceis?» (Jo 19,9) Com efeito, todo aquele que conheceu qual é «a
largura, o comprimento, a altura e a profundidade do amor de Jesus Cristo
que ultrapassa todo o conhecimento» (Ef 3,18-19), esse viu a Jesus Cristo
e viu também o Pai. Porque não é segundo a carne que conhecemos a Jesus
Cristo (2Cor 6,16), mas segundo o Espírito: «O Espírito que está
diante da nossa face é o Ungido do Senhor, o Cristo» (Lam 4,20). Que
Ele Se digne, na sua misericórdia, cumular-nos de toda a plenitude de
Deus, a fim de que possamos vê-lo!
Sexta-feira, dia 29 de Setembro de 2017
São Miguel,
São Gabriel e São Rafael, Arcanjos – Festa
Estava eu a
olhar, quando foram colocados tronos e um Ancião sentou-se. As suas
vestes eram brancas como a neve e os cabelos como a lã pura. O seu
trono eram chamas de fogo, com rodas de lume vivo.
Um rio de fogo corria, irrompendo diante dele. Milhares de milhares
o serviam e miríades de miríades o assistiam. O tribunal abriu a
sessão e os livros foram abertos.
Contemplava eu as visões da noite, quando, sobre as nuvens do céu,
veio alguém semelhante a um Filho
do homem. Dirigiu-Se para o Ancião venerável e conduziram-no à sua
presença.
Foi-lhe entregue o poder,
a honra e a realeza e todos os povos e
nações O serviram. O seu poder é eterno, que nunca passará e o seu reino jamais será
destruído.
Livro de Salmos 138(137),1-2a.2bc-3.4-5.
De todo o
coração, Senhor, eu Vos agradeço
porque ouvistes as palavras da minha boca.
Na presença dos Anjos Vos hei-de cantar
e Vos adorarei, voltado para o vosso templo santo.
Hei-de louvar o vosso nome pela vossa bondade
e fidelidade
porque exaltastes acima de tudo o vosso nome
e a vossa promessa.
Quando Vos invoquei, me respondestes,
aumentastes a fortaleza da minha alma.
Todos os reis da Terra Vos hão-de louvar, Senhor, quando ouvirem as
palavras da vossa boca.
Celebrarão os caminhos do Senhor porque é grande a glória do
Senhor.
Evangelho segundo São João 1,47-51.
Naquele tempo,
Jesus Cristo viu Natanael que vinha ao seu encontro e disse: «Eis
um verdadeiro israelita, em quem não há fingimento».
Perguntou-lhe Natanael: «De onde me conheces?» Jesus Cristo respondeu-lhe:
«Antes que Filipe te chamasse, Eu vi-te quando estavas debaixo da
figueira».
Disse-lhe Natanael: «Mestre, Tu és o Filho (de Deus), Tu és o Rei
de Israel!».
Jesus Cristo respondeu: «Porque te disse: ‘Eu vi-te debaixo da
figueira’, acreditas. Verás coisas maiores do que estas».
E acrescentou: «Em verdade, em verdade vos digo: Vereis o Céu
aberto e os Anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho (do
homem)».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
São João da Cruz
(1542-1591), carmelita descalço, doutor da Igreja
«Conselhos e máximas»
«Os seus anjos, no Céu, estão
constantemente na presença de meu Pai que está no Céu» (Mt 18,10)
Os anjos são os nossos pastores;
não só levam a Deus as nossas mensagens, como também trazem até nós
as mensagens que Deus nos envia. Eles alimentam-nos a alma com
doces inspirações e comunicações divinas; sendo bons pastores,
protegem-nos e defendem-nos dos lobos, isto é, dos demónios.
Com as suas inspirações secretas, os anjos proporcionam à alma (ou
pessoa celeste, pessoa espiritual, pessoa natural) um conhecimento
mais elevado de Deus; inflamando-a de uma chama mais viva de amor a
Ele, chegam até a deixá-la ferida de amor [...].
A luz de Deus ilumina o anjo, penetrando-o com o seu esplendor e
inflamando-o com o seu amor porque o anjo é um espírito puro,
completamente disponível para essa participação divina. Ao homem,
porém, ilumina-o habitualmente de maneira obscura, dolorosa e
penosa porque o homem é impuro e fraco [...].
Mas quando o homem se torna verdadeiramente espiritual e se deixa
transformar pelo amor divino que o purifica, recebe a união e a
amorosa iluminação de Deus com uma suavidade semelhante à dos anjos
[...].
Lembrai-vos de que é vão, perigoso e funesto exultarmos com algo
que não seja um serviço a Deus e considerai a infelicidade dos
anjos que exultaram e se comprazeram com a sua própria beleza e
seus próprios dons naturais; pois foi esse o motivo por que alguns
deles caíram, privados de toda a beleza, no fundo dos abismos.
Sábado, dia 30 de Setembro de 2017
Sábado da
25.ª semana do Tempo Comum
Levantei os
olhos e vi um homem que tinha na mão um cordel de medir.
Eu perguntei-lhe: «Aonde vais?». Ele respondeu-me: «Vou medir
Jerusalém, para ver qual é a sua largura e o seu comprimento».
Quando o Anjo que me falava se adiantou, outro Anjo veio ao seu
encontro
e disse-lhe: «Corre e vai dizer a esse jovem: Jerusalém deverá
ficar sem muros, por causa da multidão de homens e animais que
haverá nela.
E Eu serei para ela __ diz o Senhor __ uma muralha de fogo à sua
volta e no meio dela serei a sua glória.
Exulta e alegra-te, filha de Sião, porque Eu venho habitar no
meio de ti – oráculo do Senhor.
Nesse dia, muitas nações hão-de aderir ao Senhor. Serão o meu
povo e Eu habitarei no meio de ti».
Livro de Jeremias 31,10.11-12ab.13.
Escutai, ó
povos, a palavra do Senhor
e anunciai-a às ilhas distantes:
Aquele que dispersou Israel vai reuni-lo
e guardá-lo como um pastor ao seu rebanho.
O Senhor resgatou Jacob
e libertou-o das mãos do seu dominador.
Regressarão com brados de alegria ao monte Sião,
acorrendo às bênçãos do Senhor.
A virgem dançará alegremente,
exultarão os jovens e os velhos.
Converterei o seu luto em alegria
e a sua dor será mudada em consolação e júbilo.
Evangelho segundo São Lucas 9,43b-45.
Naquele
tempo, estavam todos admirados com tudo o que Jesus Cristo fazia.
Então Ele disse aos discípulos:
«Escutai bem o que vou dizer-vos. O Filho (do homem) vai ser
entregue às mãos dos homens».
Eles, porém, não compreendiam aquelas palavras; eram misteriosas
para eles e não as entendiam. Mas tinham medo de O interrogar
sobre tal assunto.
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
São Basílio (c.
330-379), monge, bispo de Cesareia da Capadócia, doutor da Igreja
Homilia sobre a humildade, 5-6
«O Filho (do homem) vai ser
entregue às mãos dos homens»
«Quem
se humilha será exaltado e quem se exalta será humilhado» (Mt
23,12). [...] Imitemos o Senhor que desceu do Céu até à humilhação
mais profunda e que, em recompensa, foi exaltado até às alturas
que Lhe convinham. Descubramos tudo o que o Senhor nos ensina
para nos conduzir à humildade.
Ainda menino, ei-lo já numa gruta e não está deitado num berço,
mas numa manjedoura. Em casa de um operário e de uma mãe sem
recursos, submeteu-Se à mãe e a seu esposo. Deixando-Se ensinar,
escutando aqueles de quem não tinha necessidade, fazia perguntas;
mas de tal forma que, pelas suas interrogações, as pessoas se
espantavam com a sua sabedoria. Submeteu-Se a João e o Senhor
recebeu o baptismo das mãos do servidor. Nunca resistiu aos que
se erguiam contra Ele e não exibiu o seu poder invencível para Se
libertar das mãos que O prenderam; mas deixou-Se levar como se
fosse impotente e, na medida em que Lhe pareceu bem, entregou-Se
nas mãos de um poder efémero. Compareceu diante do sumo-sacerdote
na qualidade de acusado; conduzido diante do governador,
submeteu-Se ao julgamento deste e, quando podia responder aos
caluniadores, suportou em silêncio as calúnias. Coberto de
escarros por escravos e vis criados, foi enfim entregue à morte,
a uma morte infamante aos olhos dos homens.
Assim se desenrolou a sua vida de homem, desde o nascimento até
ao fim. Mas, depois de tal humilhação, fez brilhar a sua glória.
[...] Imitemo-lo para chegarmos, também nós, à glória eterna.©
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D. Rodrigo
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