sábado, 25 de julho de 2015

Cristianismo 116 até 25-07-2015

  
"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68

Domingo, dia 19 de Julho de 2015

16º Domingo do Tempo Comum - Ano B

Diz o Senhor: «Ai dos pastores que perdem e dispersam as ovelhas do meu rebanho!».
Por isso assim fala o Senhor Deus de Israel aos pastores que apascentam o meu povo: «Dispersastes as minhas ovelhas e as escorraçastes sem terdes cuidado delas. Vou ocupar-Me de vós e castigar-vos, pedir-vos contas das vossas más acções – oráculo do Senhor.
Eu mesmo reunirei o resto das minhas ovelhas de todas as terras onde se dispersaram e as farei voltar às suas pastagens para que cresçam e se multipliquem.
Dar-lhes-ei pastores que as apascentem e não mais terão medo nem sobressalto; nem se perderá nenhuma delas – oráculo do Senhor.
Dias virão, diz o Senhor, em que farei surgir para David um rebento justo. Será um verdadeiro rei e governará com sabedoria; há-de exercer no país o direito e a justiça.
Nos seus dias, Judá será salvo e Israel viverá em segurança. Este será o seu nome: ‘O Senhor é a nossa justiça’».
Livro de Salmos 23(22),1-3a.3b-4.5.6.
O Senhor é meu pastor: nada me falta.
Leva-me a descansar em verdes prados,
conduz-me às águas refrescantes
e reconforta a minha alma.

Ele me guia por sendas direitas por amor do seu nome.
Ainda que tenha de andar por vales tenebrosos,
não temerei nenhum mal porque Vós estais comigo:
o vosso cajado e o vosso báculo
me enchem de confiança.
Para mim preparais a mesa
à vista dos meus adversários;
com óleo me perfumais a cabeça
e o meu cálice transborda.
A bondade e a graça hão-de acompanhar-me
todos os dias da minha vida
e habitarei na casa do Senhor
para todo o sempre.
Carta aos Efésios 2,13-18.
Irmãos: Foi em Cristo Jesus que vós, outrora longe de Deus, vos aproximastes d’Ele, graças ao sangue de Jesus Cristo.
Jesus Cristo é, de facto, a nossa paz. Foi Ele que fez de judeus e gregos um só povo e derrubou o muro da inimizade que os separava,
anulando, pela imolação do seu corpo, a Lei de Moisés com as suas prescrições e decretos. E assim, de uns e outros, Ele fez em Si próprio um só homem novo, estabelecendo a paz.
Pela cruz reconciliou com Deus uns e outros, reunidos num só corpo, levando em Si próprio a morte à inimizade.
Jesus Cristo veio anunciar a boa nova da paz, paz para vós que estáveis longe e paz para aqueles que estavam perto.
Por Ele, uns e outros podemos aproximar-nos do Pai, num só Espírito.
Evangelho segundo S. Marcos 6,30-34.
Naquele tempo, os Apóstolos voltaram para junto de Jesus Cristo e contaram-Lhe tudo o que tinham feito e ensinado.
Então Jesus Cristo disse-lhes: «Vinde comigo para um lugar isolado e descansai um pouco». De facto, havia sempre tanta gente a chegar e a partir que eles nem tinham tempo de comer.
Partiram então de barco para um lugar isolado, sem mais ninguém.
Vendo-os afastar-se, muitos perceberam para onde iam e, de todas as cidades, acorreram a pé para aquele lugar e chegaram lá primeiro do que eles.
Ao desembarcar, Jesus Cristo viu uma grande multidão e compadeceu-Se de toda aquela gente porque eram como ovelhas sem pastor e começou a ensinar-lhes muitas coisas.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São Gregório de Nissa (c. 335-395), monge, bispo
Homilias sobre o Cântico dos Cânticos
«Compadeceu-Se de toda aquela gente, porque eram como ovelhas sem pastor»
«Onde levas o teu rebanho a pastar» (Cant 1,7), ó bom pastor, que o carregas sobre os teus ombros (Lc 15,5)? Porque toda a raça humana é uma única ovelha que Tu tomaste aos ombros. Mostra-me o lugar da tua pastagem, faz-me conhecer as águas do repouso, leva-me às ervas suculentas, chama-me pelo nome (Jo 10,3) para que eu oiça a tua voz, eu que sou tua ovelha, que a tua voz seja para mim a vida eterna.
Sim, diz-mo, «Tu a quem o meu coração ama» (Cant 1,7). É assim que Te chamo porque o teu nome está acima de todo o nome (Fil 2,9) inexprimível e inacessível a toda a criatura dotada de razão. Mas este nome, testemunho dos meus sentimentos para contigo, exprime a tua bondade. Como poderia não Te amar, a Ti que me amaste quando eu era negra (Cant 1,5) a ponto de dares a tua vida pelas ovelhas de quem és o pastor (Jo 10,11)? Não é possível imaginar maior amor do que teres dado a vida pela minha salvação (Jo 15,13).
Ensina-me, pois onde levas o teu rebanho a pastar para que eu possa encontrar a pastagem da salvação, saciar-me com o alimento celeste que todo o homem deve comer se quiser entrar na vida, correr para Ti que és a fonte e beber a longos tragos a água divina que fazes brotar para os que têm sede. Essa água corre do teu lado desde que a lança aí abriu uma chaga (Jo 19,34) e todo aquele que a prova torna-se uma fonte de água, brotando para a vida eterna (Jo 4,14).

Segunda-feira, dia 20 de Julho de 2015

Segunda-feira da 16ª semana do Tempo Comum

Naqueles dias, quando anunciaram ao rei do Egipto que o povo israelita fugira, mudou-se o coração do faraó e dos seus servos contra o povo e disseram: «Que fizemos nós, deixando partir Israel que não mais nos servirá?».
O faraó mandou atrelar o carro e tomou a sua gente consigo.
Prepararam seiscentos carros escolhidos e todos os carros do Egipto, cada qual com os seus combatentes.
O Senhor permitiu que se endurecesse o coração do faraó, rei do Egipto, o qual perseguiu os filhos de Israel que partiram de mão erguida.
Os egípcios perseguiram-nos – com os cavalos e carros do faraó, com os seus cavaleiros e o seu exército – e alcançaram-nos quando eles estavam acampados junto ao mar, junto de Piairot em frente de Baalsefon.
Quando o faraó se aproximava, os filhos de Israel levantaram os olhos e viram que os egípcios vinham atrás deles. Cheios de pavor, os filhos de Israel clamaram ao Senhor
e disseram a Moisés: «Foi por falta de túmulos no Egipto que nos trouxeste para morrermos no deserto? Que nos fizeste, tirando-nos do Egipto?
Não era isto que te dizíamos no Egipto: ‘Deixa-nos servir em paz os egípcios; mais vale servir os egípcios que morrer no deserto’?».
Então Moisés disse ao povo: «Não temais. Permanecei firmes e vereis a salvação que o Senhor nos dará neste dia, pois aqueles egípcios que hoje vedes, nunca mais os vereis.
O Senhor combaterá por vós e vós nada tereis de fazer».
O Senhor disse a Moisés: «Porque estás a bradar por Mim? Diz aos filhos de Israel que se ponham em marcha
e tu ergue a tua vara, estende a mão sobre o mar e divide-o para que os filhos de Israel entrem nele a pé enxuto.
Entretanto vou permitir que se endureça o coração dos egípcios que hão-de perseguir os filhos de Israel. Manifestarei então a minha glória, triunfando do faraó, de todo o seu exército, dos seus carros e dos seus cavaleiros.
Os egípcios reconhecerão que Eu sou o Senhor quando Eu manifestar a minha glória, vencendo o faraó, os seus carros e os seus cavaleiros».
Livro de Êxodo 15,1-2.3-4.5-6.
Cantarei ao Senhor que fez brilhar a sua glória:
precipitou no mar o cavalo e o cavaleiro.
O Senhor é a minha força e a minha protecção:
foi Ele quem me salvou.

Ele é o Senhor Deus: eu O exalto
Ele é o Deus de meu pai: eu O glorifico.
O Senhor é um guerreiro, Omnipotente é o seu nome;
precipitou no mar os carros do Faraó e o seu exército.

Os seus melhores combatentes afogaram-se no Mar Vermelho,
foram engolidos pelas ondas,
caíram como pedra no abismo.
A vossa mão direita, Senhor, revelou a sua força,
a vossa mão direita, Senhor, destroçou o inimigo.
Evangelho segundo S. Mateus 12,38-42.
Naquele tempo, alguns escribas e fariseus disseram a Jesus Cristo: «Mestre, queremos ver um sinal da tua parte».
Mas Jesus Cristo respondeu-lhes: «Esta geração perversa e infiel pretende um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, senão o sinal do profeta Jonas.
Assim como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da baleia assim o Filho do homem estará três dias e três noites no seio da terra.
No dia do Juízo, os homens de Nínive levantar-se-ão com esta geração e hão-de condená-la porque fizeram penitência quando Jonas pregou e aqui está quem é maior do que Jonas.
No dia do Juízo, a rainha do Sul erguer-se-á com esta geração e há-de condená-la porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão e aqui está quem é maior do que Salomão».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São Pedro Crisólogo (c. 406-450), bispo de Ravena, doutor da Igreja
Sermão 3
«Aqui está quem é maior do que Jonas»
Foi o próprio Jonas que pediu que o atirassem para fora do navio: «Pegai em mim e lançai-me ao mar» disse (Jn 1,12), anunciando a Paixão voluntária do Senhor Jesus Cristo. Então porque foi que os marinheiros esperaram por essa ordem? Porque, embora a salvação de todos requeira a morte de apenas um, essa morte requer uma decisão livre da pessoa. Assim nesta história em que a morte do Senhor é completamente prefigurada, espera-se pela vontade daquele que vai morrer para que a sua morte não seja uma necessidade suportada, mas um acto de liberdade: «Ninguém ma tira, mas sou Eu que a ofereço livremente. Tenho poder de a oferecer e poder de a retomar», diz o Senhor (Jo 10,18) porque, se Jesus Cristo entregou o espírito (Jo 19,30), não foi porque a vida Lhe tivesse fugido. Aquele que tem na mão as almas de todos os homens não poderia perder a sua. «A minha vida está continuamente em perigo, mas não me esqueço da tua lei» diz o profeta (Sl 119,109) e noutra passagem: «Nas tuas mãos entrego o meu espírito» (Sl 31,6; Lc 23,46).

Terça-feira, dia 21 de Julho de 2015

Terça-feira da 16ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : S. Lourenço de Brindisi (Brindes), religioso, Doutor da Igreja, +1619

Livro de Êxodo 14,21-41.15,1.
Naqueles dias, Moisés estendeu a mão sobre o mar e o Senhor fustigou o mar, durante a noite, com um forte vento de leste. O mar secou e as águas dividiram-se.
Os filhos de Israel penetraram no mar a pé enxuto enquanto as águas formavam muralha à direita e à esquerda.
Os egípcios foram atrás deles: todos os cavalos do Faraó, os seus carros e cavaleiros seguiram-nos pelo mar dentro.
Na vigília da manhã, o Senhor olhou da coluna de fogo e da nuvem para o acampamento dos egípcios e lançou nele a confusão.
Bloqueou as rodas dos carros que dificilmente se podiam mover. Então os egípcios disseram: «Fujamos dos israelitas que o Senhor combate por eles contra os egípcios».
O Senhor disse a Moisés: «Estende a mão sobre o mar e as águas precipitar-se-ão sobre os egípcios, sobre os seus carros e os seus cavaleiros».
Moisés estendeu a mão sobre o mar e, ao romper da manhã, o mar retomou o seu nível normal quando os egípcios fugiam na sua direcção. E o Senhor precipitou-os no meio do mar.
As águas refluíram e submergiram os carros, os cavaleiros e todo o exército do Faraó que tinham entrado no mar atrás dos filhos de Israel. Nem um só escapou.
Mas os filhos de Israel tinham andado pelo mar a pé enxuto enquanto as águas formavam muralha à direita e à esquerda.
Nesse dia, o Senhor salvou Israel das mãos dos egípcios e Israel viu os egípcios mortos nas praias do mar.
Viu também o grande poder que o Senhor exercera contra os egípcios e o povo temeu o Senhor, acreditou n’Ele e em seu servo Moisés.
Então Moisés e os filhos de Israel cantaram este hino em honra do Senhor: «Cantemos ao Senhor que fez brilhar a sua glória, precipitou no mar o cavalo e o cavaleiro».
Livro de Êxodo 15,8-9.10.12.17.
Ao sopro da vossa ira amontoaram-se as águas
e as ondas formaram uma barreira,
rasgaram-se os abismos no meio do mar.
O inimigo dissera: «Hei-de persegui-los,
hei-de alcançá-los e repartir os seus despojos,
saciarei a minha alma, destruindo-os à espada».
Mandastes o vento e o mar engoliu-os,
mergulharam como chumbo nas águas tumultuosas;
estendestes a vossa mão e logo os devorou a terra.
Mas conduzistes com amor o povo que libertastes
e com o vosso poder o levastes à vossa morada santa,
à morada segura que fizestes, Senhor.


Evangelho segundo S. Mateus 12,46-50.
Naquele tempo, enquanto Jesus Cristo estava a falar à multidão, chegaram sua Mãe e seus irmãos. Ficaram do lado de fora e queriam falar-Lhe.
Alguém Lhe disse: «Tua Mãe e teus irmãos estão lá fora e querem falar contigo».
Mas Jesus Cristo respondeu a quem O avisou: «Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?».
E apontando para os discípulos disse: «Estes são a minha mãe e os meus irmãos:
todo aquele que fizer a vontade de meu Pai que está nos Céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe».


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos -
www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Concílio Vaticano II
Constituição Dogmática sobre a Igreja, «Lumen Gentium», §§ 61-62
«Todo aquele que fizer a vontade de meu Pai que está nos Céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe»
A Virgem Santíssima, predestinada para Mãe de Deus desde toda a eternidade em simultâneo com a incarnação do Verbo, por disposição da Divina Providência foi na terra a nobre Mãe do Divino Redentor, a sua mais generosa cooperadora e a escrava humilde do Senhor. Concebendo, gerando e alimentando a Jesus Cristo, apresentando-O ao Pai no templo e padecendo com Ele quando agonizava na cruz, cooperou de modo singular com a sua fé, esperança e ardente caridade na obra do Salvador para restaurar nas almas a vida sobrenatural. É por esta razão, nossa Mãe na ordem da graça.
Esta maternidade de Maria, na economia da graça, perdura sem interrupção. [...] De facto, depois de elevada ao céu, não abandona esta missão salvadora, mas com a sua multiforme intercessão, continua a alcançar-nos os dons da salvação eterna. Cuida com amor maternal dos irmãos do seu Filho que, entre perigos e angústias, caminham ainda na terra até chegarem à pátria bem-aventurada. Por isso, a Virgem é invocada na Igreja com os títulos de advogada, auxiliadora, socorro, medianeira. [...]
Nenhuma criatura se pode equiparar ao Verbo incarnado e redentor; mas assim como o sacerdócio de Jesus Cristo é participado de diversos modos pelos ministros e pelo povo fiel e assim como a bondade de Deus, sendo uma só, se difunde variamente pelos seres criados assim também a mediação única do Redentor não exclui, antes suscita nas criaturas cooperações diversas que participam dessa única fonte.

Quarta-feira, dia 22 de Julho de 2015

Sta. Maria Madalena, discípula – Memória Obrigatória

Santo do dia : Santa Maria Madalena, discípula de Jesus

Livro de Cântico dos Cânticos 3,1-4a.
Eis o que diz a esposa: «No meu leito, toda a noite, procurei aquele que o meu coração ama; procurei-o e não o encontrei.
Vou levantar-me e dar voltas pela cidade: pelas praças e pelas ruas, procurarei aquele que o meu coração ama. Procurei-o e não o encontrei.
Encontraram-me os guardas que fazem ronda pela cidade: «Vistes aquele que o meu coração ama?»
Mal me apartei deles, logo encontrei aquele que o meu coração ama. Abracei-o e não o largarei até fazê-lo entrar na casa de minha mãe, no quarto daquela que me gerou.
Livro de Salmos 63(62),2.3-4.5-6.8-9.
Ó Deus, Tu és Senhor Deus: desde a aurora Vos procuro
A minha alma tem sede de Ti;
todo o meu ser anela por Ti
como terra árida, sequiosa, sem água.

Quero contemplar-Te no santuário
para ver o teu poder e a tua glória.
O teu amor vale mais do que a vida;
por isso os meus lábios Te hão-de louvar.

Quero bendizer-Te toda a minha vida
e em teu louvor levantar as minhas mãos.
A minha alma será saciada com deliciosos manjares,
com vozes de júbilo Te louvarei.

Porque Tu és o meu auxílio,
e à Tua sombra eu exulto.
A minha alma está unida a Ti,
a tua mão direita me sustenta.


Evangelho segundo S. João 20,1-2.11-18.
No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi de manhãzinha, ainda escuro, ao sepulcro e viu a pedra retirada do sepulcro.
Correu então e foi ter com Simão Pedro e com o discípulo predilecto de Jesus Cristo e disse-lhes: «Levaram o Senhor do sepulcro e não sabemos onde O puseram».
E ficou a chorar junto do sepulcro. Enquanto chorava, debruçou-se para dentro do sepulcro
e viu dois Anjos vestidos de branco, sentados, um à cabeceira e outro aos pés onde estivera deitado o corpo de Jesus Cristo.
Os Anjos perguntaram a Maria: «Mulher, porque choras?». Ela respondeu-lhes: «Porque levaram o meu Senhor e não sei onde O puseram».
Dito isto, voltou-se para trás e viu Jesus Cristo de pé, sem saber que era Ele.
Disse-lhe Jesus Cristo: «Mulher, porque choras? A quem procuras?». Pensando que era o jardineiro, ela respondeu-Lhe: «Senhor, se foste tu que O levaste, diz-me onde O puseste, para eu O ir buscar».
Disse-lhe Jesus Cristo: «Maria!». Ela voltou-se e respondeu em hebraico: «Rabuni!», que quer dizer: «Mestre!».
Jesus Cristo disse-lhe: «Não Me detenhas porque ainda não subi para o Pai. Vai ter com os meus irmãos e diz-lhes que vou subir para o meu Pai e vosso Pai, para o meu Deus e vosso Deus».
Maria Madalena foi anunciar aos discípulos: «Vi o Senhor». E contou-lhes o que Ele lhe tinha dito.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São Gregório Magno (c. 540-604), papa, doutor da Igreja
Homilias sobre os Evangelhos
«Vistes aquele que o meu coração ama?»

É preciso calcular a força com que o amor tinha abrasado a alma desta mulher que não se afastava do túmulo do Senhor mesmo quando os discípulos o tinham abandonado. Ela procurava Aquele que não encontrava, chorava procurando-O e, abrasada pelo fogo do seu amor, ardia de dor por Aquele que julgava ter sido roubado. Por isso, foi a única a vê-Lo, ela que tinha ido procurá-Lo porque a eficácia de uma boa obra leva à perseverança e a Verdade diz: «Aquele que tiver perseverado até ao fim será salvo» (Mt 10,22). [...]
Porque a espera faz crescer os desejos santos; se os faz decair, é porque não eram verdadeiros desejos. Foi com um amor semelhante que arderam todos os que puderam atingir a verdade. É por isso que David diz: «A minha alma tem sede do Deus vivo: quando me encontrarei diante de Deus?» (Sl 41,3) E a Igreja diz também, no Cântico dos Cânticos: «Estou ferida de amor» e mais à frente: «A minha alma desfaleceu» (Ct 2,5). «Mulher, porque choras? A quem procuras?» Perguntam-lhe o motivo da sua dor para que, nomeando Aquele que procura, ela torne mais ardente o seu amor por Ele.      
«Disse-lhe Jesus Cristo: 'Maria'». Após a palavra banal de «mulher», Ele chama-a pelo nome. Era como se dissesse: «Reconhece Aquele que te conhece. Não te conheço de uma maneira geral, como uma entre outras; conheço-te de um modo pessoal.» Chamada pelo nome, Maria reconhece o seu Senhor e chama-Lhe imediatamente: «'Rabuni!', que quer dizer: 'Mestre!'», porque Aquele que procurava exteriormente era o mesmo que lhe ensinara interiormente a procurá-Lo. 
     

Quinta-feira, dia 23 de Julho de 2015

S. Brígida, religiosa, copadroeira da Europa – Festa

Santo do dia : Santa Brígida, religiosa, patrona da Europa, +1373

Livro de Êxodo 19,1-2.9-11.16-20b.
Três meses depois de terem saído da terra do Egipto, os filhos de Israel chegaram ao deserto do Sinai.
Partindo de Refidim, chegaram ao deserto do Sinai onde acamparam em frente do monte.
O Senhor disse a Moisés: «Eu virei ter contigo numa espessa nuvem para que o povo Me oiça falar contigo e acredite em ti para sempre». Depois Moisés comunicou ao Senhor o que o povo tinha dito.
O Senhor disse ainda a Moisés: «Vai ter com o povo e faz que ele se purifique hoje e amanhã. Devem lavar as suas vestes
e estar preparados para depois de amanhã porque ao terceiro dia o Senhor descerá sobre o monte Sinai à vista de todo o povo».
Ao amanhecer do terceiro dia, houve trovões e relâmpagos; uma espessa nuvem cobria o monte e ouviu-se um fortíssimo som de trombeta. No acampamento, todo o povo estremeceu.
Moisés fez que o povo saísse do acampamento ao encontro de Deus e ficaram no sopé do monte.
Todo o monte Sinai fumegava porque o Senhor descera sobre ele no meio do fogo. O fumo subia como de uma fornalha e todo o monte tremia violentamente.
O som da trombeta tornava-se cada vez mais forte: Moisés falava e Deus respondia com voz de trovão.
O Senhor desceu sobre o cimo do monte Sinai e chamou Moisés ao cimo do monte.
Livro de Daniel 3,52.53.54.55.56.
Bendito sejais, Senhor, Deus dos nossos pais:
digno de louvor e de glória para sempre.
Bendito o vosso nome glorioso e santo:
digno de louvor e de glória para sempre.

Bendito sejais no templo santo da vossa glória:
digno de louvor e de glória para sempre.
Bendito sejais no trono da vossa realeza:
digno de louvor e de glória para sempre.

Bendito sejais, Vós que sondais os abismos
e estais sentado sobre os Querubins:
digno de louvor e de glória para sempre.
Bendito sejais no firmamento do céu:
digno de louvor e de glória para sempre.
Evangelho segundo S. Mateus 13,10-17.
Naquele tempo, os discípulos aproximaram-se de Jesus Cristo e disseram-Lhe: «Porque lhes falas em parábolas?».
Jesus Cristo respondeu: «Porque a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos Céus, mas a eles não.
Pois àquele que tem (fé), dar-se-á e terá em abundância; mas àquele que não tem (fé), até o pouco que tem lhe será tirado (porque a fé ganha-se por ser crente e querer ser crente. Quem não é crente e não o quer ser; não faz sentido ter fé mesmo pouca e fica nas trevas porque a fé é luz. O agnóstico ou ateu é das trevas).
É por isso que lhes falo em parábolas porque vêem sem ver e ouvem sem ouvir nem entender.
Neles se cumpre a profecia de Isaías que diz: ‘Ouvindo ouvireis, mas sem compreender; olhando olhareis, mas sem ver.
Porque o coração deste povo tornou-se duro: endureceram os seus ouvidos e fecharam os seus olhos para não acontecer que, vendo com os olhos e ouvindo com os ouvidos e compreendendo com o coração, se convertam (deixem de praticar o mal) e Eu os cure’.
Quanto a vós, felizes os vossos olhos porque vêm e os vossos ouvidos porque ouvem!
Em verdade vos digo: muitos profetas e justos desejaram ver o que vós vedes e não viram e ouvir o que vós ouvis e não ouviram».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São Pedro Crisólogo (c. 406-450), bispo de Ravena, doutor da Igreja
Sermão 147
«Muitos profetas e justos desejaram ver o que vós vedes»
Quando viu o mundo transtornado pelo medo, Deus pôs em acção o seu amor para o chamar a Si, a sua graça para o convidar, o seu afecto para o abraçar. Aquando do dilúvio, […] chama Noé a gerar um mundo novo, encoraja-o por meio de doces palavras, dá-lhe uma confiança de predilecto, instrui-o com bondade sobre o presente e consola-o com a sua graça relativamente ao futuro. […] Participa no seu labor e encerra na arca o germe do mundo inteiro a fim de que o amor pela sua aliança banisse o medo. […]
Em seguida, Deus chama Abraão do meio das nações, eleva o seu nome e faz dele pai dos crentes. Acompanha-o pelo caminho, protege-o no estrangeiro, cumula-o de riquezas, honra-o com vitórias, confirma-o com as suas promessas, arranca-o às injustiças, consola-o na sua hospitalidade e maravilha-o com um nascimento inesperado a fim de que, atraído pela doçura do amor divino, ele aprenda a […] adorar a Deus amando-O e já não temendo-O.
Mais tarde, Deus consola Jacob em fuga por meio de sonhos. No regresso, provoca-o para um combate e, durante a luta, estreita-o nos braços a fim de que ele ame o pai dos combates e deixe de O temer. Depois chama Moisés e fala-lhe com o amor de um pai para o convidar a libertar o seu povo.
Em todos estes acontecimentos, a chama da caridade divina abrasou o coração dos homens […] e estes, de alma ferida, começaram a desejar ver a Deus com os olhos da carne. […] O amor não admite não ver aquilo que ama. Não é verdade que todos os santos consideraram pouca coisa tudo quanto obtinham quando não viam a Deus? […] Que ninguém pense, pois que Deus fez mal em vir ter com os homens por meio de um homem. Ele tomou carne entre nós para ser visto por nós.

Sexta-feira, dia 24 de Julho de 2015

Sexta-feira da 16ª semana do Tempo Comum

Naqueles dias, Deus pronunciou todas estas palavras:
«Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egipto, dessa casa da escravidão.
Não terás outros deuses diante de Mim.
Não farás para ti qualquer imagem esculpida nem figura do que existe lá no alto dos céus ou cá em baixo na terra ou nas águas debaixo da terra.
Não adorarás outros deuses nem lhes prestarás culto. Eu, o Senhor teu Deus, sou um Deus cioso: castigo a ofensa dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que Me ofendem;
mas uso de misericórdia até à milésima geração para com aqueles que Me amam e guardam os meus mandamentos.
Não invocarás em vão o nome do Senhor teu Deus porque o Senhor não deixa sem castigo aquele que invoca o seu nome em vão.
Lembrar-te-ás do dia de sábado para o santificares.
Durante seis dias trabalharás e levarás a cabo todas as tuas tarefas.
Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus. Não farás nenhum trabalho nem tu nem o teu filho nem a tua filha nem o teu servo nem a tua serva nem os teus animais domésticos nem o estrangeiro que vive na tua cidade.
Porque em seis dias o Senhor fez o céu, a terra, o mar e tudo o que eles contêm; mas no sétimo dia descansou. Por isso, o Senhor abençoou e consagrou o dia de sábado.
Honra pai e mãe a fim de prolongares os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te vai dar.
Não matarás.
Não cometerás adultério.
Não furtarás.
Não levantarás falso testemunho contra o teu próximo.
Não cobiçarás a casa do teu próximo; não desejarás a mulher do teu próximo nem o seu servo nem a sua serva, o seu boi ou o seu jumento nem coisa alguma que lhe pertença».
Livro de Salmos 19(18),8.9.10.11.
A lei do Senhor é perfeita,
ela reconforta a alma;
as ordens do Senhor são firmes,
dão sabedoria aos simples.

Os preceitos do Senhor são rectos
e alegram o coração;
os mandamentos do Senhor são claros
e iluminam os olhos.

O amor do Senhor é puro
e permanece para sempre;
os juízos do Senhor são verdadeiros,
todos eles são rectos.

São mais preciosos do que o ouro,
o ouro mais fino;
são mais doces do que o mel,
o puro mel dos favos.

Evangelho segundo S. Mateus 13,18-23.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Escutai o que significa a parábola do semeador:
Quando um homem ouve a palavra do reino e não a compreende, vem o Maligno e arrebata o que foi semeado no seu coração. Este é o que recebeu a semente ao longo do caminho.
Aquele que recebeu a semente em sítios pedregosos é o que ouve a palavra e a acolhe de momento com alegria,
mas não tem raiz em si mesmo porque é inconstante e, ao chegar a tribulação ou a perseguição por causa da palavra, sucumbe logo.
Aquele que recebeu a semente entre espinhos é o que ouve a palavra, mas os cuidados deste mundo e a sedução da riqueza sufocam a palavra que assim não dá fruto.
E aquele que recebeu a palavra em boa terra é o que ouve a palavra e a compreende. Esse dá fruto e produz ora cem ora sessenta ora trinta por um».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
Sermão 101
«Cem, sessenta e trinta por um»
A sementeira foi feita pelos apóstolos e pelos profetas, mas é o próprio Senhor que semeia. É o próprio Senhor que está presente neles, pois foi o próprio Senhor que fez a colheita porque, sem Ele, eles não são nada enquanto que Ele, sem eles, permanece na sua perfeição. Com efeito, Ele disse-lhes: «Sem Mim nada podeis fazer» (Jo 15, 5). Semeando, portanto entre as nações, que disse Jesus Cristo? «Um semeador saiu para semear» (Mt 13, 3). Noutro texto, os semeadores foram enviados para colher; agora, o semeador sai para semear e não se queixa do trabalho. Com efeito, que importa que o grão de trigo caia à beira do caminho sobre as pedras ou entre os espinhos? Se ele se deixasse desencorajar por estes lugares ingratos, não avançaria até à boa terra! [...]  
É de nós que Ele está a falar: seremos esse caminho, essas pedras, esses espinhos? Queremos ser a boa terra? Dispomos o nosso coração a produzir trinta vezes mais, sessenta vezes mais, cem vezes, mil vezes mais? Trinta vezes, mil vezes, sempre trigo e apenas trigo. Não sejamos mais esse caminho onde a semente é pisada por quem passa e onde o nosso inimigo a agarra como os pássaros nem essas pedras onde uma terra pouco profunda faz germinar rapidamente um grão que não consegue resistir ao calor do sol. Nunca mais esses espinhos, as ambições deste mundo, este hábito de fazer o mal. Com efeito, que coisa pior pode haver do que aplicar todos os esforços a uma vida que impede de chegar à vida? Que coisa mais infeliz que escolher a vida para perder a vida? Que coisa mais triste que temer a morte para sucumbir ao poder da morte? Arranquemos os espinhos, preparemos o terreno, recebamos a semente, aguentemos até à colheita, aspiremos a ser arrecadados nos celeiros.

Sábado, dia 25 de Julho de 2015

S. Tiago, apóstolo – Festa

Santo do dia : S. Tiago Maior, apóstolo, mártir, S. Cristóvão, mártir, séc. III

2ª Carta aos Coríntios 4,7-15.
Irmãos: Nós trazemos em vasos de barro (o nosso corpo natural) o tesouro do nosso ministério para que se reconheça que um poder tão sublime vem de Deus e não de nós.
Em tudo somos oprimidos, mas não esmagados; andamos perplexos, mas não desesperados;
perseguidos, mas não abandonados; abatidos, mas não aniquilados.
Levamos sempre e em toda a parte no nosso corpo os sofrimentos da morte de Jesus Cristo a fim de que se manifeste também no nosso corpo a vida de Jesus.
Porque, estando ainda vivos, somos constantemente entregues à morte por causa de Jesus Cristo para que se manifeste também na nossa carne mortal a vida de Jesus.
E assim a morte atua em nós e a vida em vós.
Diz a Escritura: «Acreditei; por isso falei». Com este mesmo espírito de fé também nós acreditamos e por isso falamos, sabendo que
Aquele que ressuscitou o Senhor Jesus Cristo também nos há-de ressuscitar com Jesus Cristo e nos levará convosco para junto d’Ele.
Tudo isto é por vossa causa para que uma graça mais abundante multiplique as acções de agradecimento de um maior número de cristãos para glória de Deus.
Livro de Salmos 126(125),1-2ab.2cd-3.4-5.6.
Quando o Senhor fez regressar os cativos de Sião,
parecia-nos viver um sonho.
Da nossa boca brotavam expressões de alegria
e de nossos lábios cânticos de júbilo.

Diziam então os pagãos:
«O Senhor fez por eles grandes coisas».
Sim, grandes coisas fez por nós o Senhor,
estamos exultantes de alegria.

Fazei regressar, Senhor, os nossos cativos
como as torrentes do deserto.
Os que semeiam em lágrimas
recolhem com alegria.

À ida, vão a chorar,
levando as sementes;
à volta, vêm a cantar,
trazendo os molhos de espigas.

Evangelho segundo S. Mateus 20,20-28.
Naquele tempo, a mãe dos filhos de Zebedeu aproximou-se de Jesus Cristo com os filhos e prostrou-se para Lhe fazer um pedido.
Jesus Cristo perguntou-lhe: «Que queres?». Ela disse-Lhe: «Ordena que estes meus dois filhos se sentem no teu reino um à tua direita e outro à tua esquerda».
Jesus Cristo respondeu: «Não sabeis o que estais a pedir. Podeis beber o cálice que Eu hei-de beber?». Eles disseram: «Podemos».
Então Jesus Cristo declarou-lhes: «Bebereis do meu cálice, mas sentar-se à minha direita e à minha esquerda não pertence a Mim concedê-lo; é para aqueles a quem meu Pai o designou».
Os outros dez, que tinham escutado, indignaram-se com os dois irmãos.
Mas Jesus Cristo chamou-os e disse-lhes: «Sabeis que os chefes das nações exercem domínio sobre elas e os grandes fazem sentir sobre elas o seu poder.
Não deve ser assim entre vós. Quem entre vós quiser tornar-se grande seja vosso servo (porque o Universo do Bem/do Dia é de colaboração entre todos, de serviço. Quem mais qualidades tiver, deve pô-las em prática para o bem de todos, incluindo o seu. O domínio de uns sobre os outros é do universo das trevas; assim se destroem.)
e quem entre vós quiser ser o primeiro seja vosso escravo (=servidor).
Será como o filho do homem que não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida pela redenção dos homens».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Bento XVI, papa de 2005 a 2013
Audiência geral do dia 21/6/06 (© copyright Libreria Editrice Vaticana)
«Haveis de beber o meu cálice»
Tiago, filho de Zebedeu, chamado Tiago Maior, pertence, juntamente com Pedro e João, ao grupo dos três discípulos privilegiados que foram admitidos por Jesus Cristo em momentos importantes da sua vida.


Ele pôde participar, juntamente com Pedro e João, no momento da agonia de Jesus Cristo no horto do Getsémani e no acontecimento da Transfiguração de Jesus Cristo. Trata-se, portanto de situações muito diversas uma da outra: num caso, Tiago com os outros dois Apóstolos experimenta a glória do Senhor, vê-O em diálogo com Moisés e Elias, vê transparecer o esplendor divino do Filho; no outro, encontra-se diante do sofrimento e da humilhação, vê com os próprios olhos como o Filho de Deus Se humilha, tornando-Se obediente até à morte. Certamente a segunda experiência constitui para ele ocasião de uma maturação na fé para corrigir a interpretação unilateral, triunfalista da primeira: ele teve de entrever que o Messias, esperado pelo povo judaico como um triunfador, na realidade não era só circundado de honra e de glória, mas também de sofrimentos e fraqueza. A glória de Jesus Cristo realiza-se precisamente na Cruz, na participação dos nossos sofrimentos.
Esta maturação da fé foi realizada pelo Espírito Santo no Pentecostes, de forma que Tiago, quando chegou o momento do testemunho supremo, não se retirou. No início dos anos 40 do século I, o rei Herodes Agripa, sobrinho de Herodes, o Grande, como nos informa Lucas, «maltratou alguns membros da Igreja. Mandou matar à espada Tiago, irmão de João» (Act 12,1-2). [...]
Portanto, de São Tiago podemos aprender muitas coisas: a abertura para aceitar a chamada do Senhor também quando nos pede que deixemos a barca das nossas seguranças humanas, o entusiasmo em segui-Lo pelos caminhos que Ele nos indica para além de qualquer presunção ilusória, a disponibilidade para testemunhá-Lo com coragem, se for necessário, até ao sacrifício supremo da vida. Assim Tiago Maior, apresenta-se diante de nós como exemplo eloquente de adesão generosa a Jesus Cristo. Ele, que inicialmente tinha pedido, através de sua mãe, para se sentar com o irmão ao lado do Mestre no seu Reino, foi precisamente o primeiro a beber o cálice da paixão, a partilhar com os Apóstolos o martírio.
©

Os meus filmes

1.º – As Amendoeiras em Flor e o Corridinho Algarvio.wmv           http://www.youtube.com/watch?v=NtaRei5qj9M&feature=youtu.be
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sábado, 18 de julho de 2015

Cristianismo 115 até 18-07-2015


"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68

Domingo, dia 12 de Julho de 2015

15º Domingo do Tempo Comum - Ano B

Naqueles dias, Amasias, sacerdote de Betel, disse a Amós: «Vai-te daqui, vidente. Foge para a terra de Judá. Aí ganharás o pão com as tuas profecias,
mas não continues a profetizar aqui em Betel que é o santuário real, o templo do reino».
Amós respondeu a Amasias: «Eu não era profeta nem filho de profeta. Era pastor de gado e cultivava sicómoros.
Foi o Senhor que me tirou da guarda do rebanho e me disse: ‘Vai profetizar ao meu povo de Israel’».
Livro de Salmos 85(84),9ab-10.11-12.13-14.
Deus fala de paz ao seu povo e aos seus fiéis
e a quantos de coração a Ele se convertem.
A sua salvação está perto dos que O adoram
e a sua glória habitará na nossa terra.

Encontraram-se a misericórdia e a fidelidade,
abraçaram-se a paz e a justiça.
A fidelidade vai germinar da terra,
e a justiça descerá do Céu.

O Senhor dará ainda o que é bom
e a nossa terra produzirá os seus frutos.
A justiça caminhará à sua frente
e a paz seguirá os seus passos.

Carta aos Efésios 1,3-14.
Bendito seja Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, que do alto dos Céus nos abençoou com toda a espécie de bênçãos espirituais em Jesus Cristo.
N’Ele nos escolheu, antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis em caridade, na sua presença.
Ele nos predestinou, conforme a benevolência da sua vontade, a fim de sermos seus filhos adotivos, por Jesus Cristo,
para louvor da sua glória e da graça que derramou sobre nós, por seu amado Filho.
N’Ele, pelo seu sangue, temos a redenção e a remissão dos pecados segundo a riqueza da sua graça
que Ele nos concedeu em abundância e com plena sabedoria e inteligência,
deu-nos a conhecer o mistério da sua vontade, o desígnio de benevolência n’Ele de antemão estabelecido
para se realizar na plenitude dos tempos: instaurar todas as coisas em Jesus Cristo, tudo o que há nos Céus e na Terra.
Em Jesus Cristo fomos constituídos herdeiros por termos sido predestinados segundo os desígnios d’Aquele que tudo realiza conforme a decisão da sua vontade
para sermos um hino de louvor da sua glória, nós que desde o começo esperámos em Jesus Cristo.
Foi n’Ele que vós também, depois de ouvirdes a palavra da verdade, o Evangelho da vossa salvação, abraçastes a fé e fostes marcados pelo Espírito Santo
e o Espírito Santo prometido é o penhor da nossa herança para a redenção do povo que Deus adquiriu para louvor da sua glória.
Evangelho segundo S. Marcos 6,7-13.
Naquele tempo, Jesus Cristo chamou os doze Apóstolos e começou a enviá-los dois a dois. Deu-lhes poder sobre os espíritos impuros
e ordenou-lhes que nada levassem para o caminho a não ser o bastão: nem pão, nem alforge, nem dinheiro;
que fossem calçados com sandálias e não levassem duas túnicas.
Disse-lhes também: «Quando entrardes em alguma casa, ficai nela até partirdes dali
e se não fordes recebidos em alguma localidade, se os habitantes não vos ouvirem, ao sair de lá, sacudi o pó dos vossos pés como testemunho contra eles».
Os Apóstolos partiram e pregaram o arrependimento,
expulsaram muitos demónios, ungiram com óleo muitos doentes e curaram-nos.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São João Paulo II (1920-2005), papa
Mensagem para a 42ª Jornada mundial de oração pelas vocações 17/04/2005 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana, rev)
«Pela primeira vez enviou-os»
Jesus Cristo disse a Pedro: «Duc in altum – Faz-te ao largo» (Lc 5,4) e Pedro e os seus primeiros companheiros confiaram na palavra de Jesus Cristo e lançaram as suas redes. [...] Quem abre o seu coração a Jesus Cristo não só compreende o mistério da sua própria existência, mas também o da sua vocação e amadurece excelentes frutos de graça. [...] Vivendo o Evangelho na sua integralidade, o cristão torna-se cada vez mais capaz de amar à maneira de Jesus Cristo, acolhendo a sua exortação: «Sede perfeitos como o vosso Pai do céu é perfeito» (Mt 5,48). Empenha-se em perseverar na unidade com os irmãos dentro da comunhão da Igreja e põe-se ao serviço da nova evangelização para proclamar e testemunhar a maravilhosa verdade do amor salvífico do Senhor Deus.
Queridos adolescentes e jovens, é a vós que, de modo particular, renovo o convite de Jesus Cristo a «fazer-se ao largo». [...] Confiai-vos a Ele, escutai os seus ensinamentos, fixai o vosso olhar no seu rosto, perseverai na escuta da Sua palavra. Deixai que seja Ele a orientar cada uma das vossas buscas e das vossas aspirações, cada um dos vossos ideais e dos desejos do vosso coração. [...] Penso ao mesmo tempo nas palavras que Maria, sua Mãe, dirigiu aos servos em Canaã da Galileia: «Fazei tudo o que Ele vos disser» (Jo 2,5). Queridos jovens, Jesus Cristo pede-vos que aceiteis «fazer-vos ao largo» e a Virgem Maria anima-vos a não hesitardes em segui-Lo. Suba de cada canto da terra para o Pai celeste, sustentada pela intercessão materna de Nossa Senhora, a ardente prece para obter «operários para a sua seara» (Mt 9,38).

Jesus, Filho de Deus,
em Quem habita toda a plenitude da divindade,
Vós chamais todos os baptizados a «fazerem-se ao largo»,
percorrendo o caminho da santidade.
Despertai no coração dos jovens
o desejo de serem no mundo de hoje
testemunhas da força do vosso amor.
Enchei-os do vosso Espírito de fortaleza e de prudência
para que sejam capazes de descobrir
a verdade plena sobre si
e sobre a sua própria vocação.

Ó nosso Salvador,
enviado pelo Pai
para nos revelar o seu amor misericordioso,
concedei à vossa Igreja
o dom de jovens prontos a fazerem-se ao largo
para serem entre os irmãos uma manifestação
da vossa presença salvífica e renovadora.

Virgem Santa, Mãe do Redentor,
guia seguro no caminho para Deus e para o próximo,
Vós que guardastes as suas palavras no íntimo do coração,
protegei com a vossa intercessão materna
as famílias e as comunidades eclesiais
para que estas saibam ajudar os adolescentes e os jovens
a responder com generosidade ao chamamento do Senhor.
Amen.

Segunda-feira, dia 13 de Julho de 2015

Segunda-feira da 15ª semana do Tempo Comum

Naqueles dias, subiu ao trono do Egipto um novo rei que não tinha conhecido José.
Ele disse ao seu povo: «Vede como o povo de Israel se tornou maior e mais forte do que nós.
Temos de tomar contra ele medidas prudentes para que não aumente ainda mais. De contrário, em caso de guerra, juntar-se-ia aos nossos inimigos, combateria contra nós e acabaria por abandonar o país».
Colocaram então o povo de Israel sob as ordens de capatazes para o sujeitarem a trabalhos forçados e foi assim que ele construiu para o faraó as cidades de armazenagem Piton e Ramsés,
mas quanto mais o oprimiam tanto mais o povo se multiplicava e crescia.
Por isso os egípcios, temendo os filhos de Israel, sujeitaram-nos a duros trabalhos
e fizeram-lhes a vida amarga com tarefas pesadas: preparação de barro e de tijolos, toda a espécie de serviços agrícolas além das restantes tarefas a que os obrigavam duramente.
E o faraó deu esta ordem ao seu povo: «Deitai ao rio todos os filhos que nascerem aos hebreus; mas deixai viver todas as filhas».
Livro de Salmos 124(123),1-3.4-6.7-8.
Se o Senhor não estivesse connosco,
que o diga Israel,
se o Senhor não estivesse connosco,
os homens que se levantaram contra nós
ter-nos-iam devorado vivos
no furor da sua ira.

As águas ter-nos-iam afogado,
a torrente teria passado sobre nós;
sobre nós teriam passado
as águas impetuosas

Bendito seja o Senhor
que não nos abandonou como presa dos seus dentes.
A nossa vida escapou como pássaro
do laço dos caçadores:
quebrou-se a armadilha
e nós ficámos livres.

A nossa proteção está no nome do Senhor
que fez o céu e a terra.

Evangelho segundo S. Mateus 10,34-42.11,1.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus apóstolos: «Não penseis que Eu vim trazer a paz à terra. Não vim trazer a paz, mas a espada.
De facto, vim separar o filho de seu pai, a filha de sua mãe, a nora da sua sogra,
de maneira que os inimigos do homem são os de sua casa.
Quem ama o pai ou a mãe mais do que a Mim, não é digno de Mim e quem ama o filho ou a filha mais do que a Mim, não é digno de Mim.
Quem não toma a sua cruz para Me seguir, não é digno de Mim.
Quem encontrar a sua vida (mortal) há-de perdê-la (a vida espiritual) e quem perder a sua vida (mortal, do corpo natural) por minha causa, há-de encontrá-la (a vida celeste. Apela a que não haja medo de morrer pelos valores cristãos).
Quem vos recebe, a Mim recebe e quem Me recebe, recebe Aquele que Me enviou.
Quem recebe um profeta por ele ser profeta, receberá a recompensa de profeta e quem recebe um justo por ele ser justo, receberá a recompensa de justo.
E se alguém der de beber, nem que seja um copo de água fresca, a um destes pequeninos (sem a importância do poder) por ele ser meu discípulo, em verdade vos digo: não perderá a sua recompensa».
Depois de ter dado estas instruções aos seus doze discípulos, Jesus Cristo partiu dali para ir ensinar e pregar nas cidades daquela gente.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja
Homilias sobre os Actos dos Apóstolos, n° 45; PG 60, 318
«Quem vos recebe, a Mim recebe»

«Quem acolher este menino em Meu nome, é a Mim que acolhe», diz o Senhor (Lc 9,48). Quanto mais pequeno for esse irmão que se acolhe, mais Jesus Cristo estará presente nele porque, quando recebemos uma pessoa importante, é muitas vezes por vã glória que o fazemos; mas aquele que recebe um pequenino, fá-lo com uma intenção pura e por Jesus Cristo. «Eu era peregrino e recolhestes-Me», disse o Senhor e ainda: «Sempre que fizestes isto a um destes Meus irmãos mais pequeninos, a Mim mesmo o fizestes» (Mt 25,35.40), pois que se trata de um crente e de um irmão, por mais pequeno (insignificante) que ele seja, é Jesus Cristo que com ele entra. Abre pois a porta da tua casa, acolhe-O.
«Quem recebe um profeta por ele ser profeta, receberá recompensa de profeta.» Portanto aquele que receber Jesus Cristo receberá a recompensa da hospitalidade de Jesus Cristo. Não ponhas em causa estas palavras, confia nelas. Ele próprio no-lo disse: «Neles, sou Eu que apareço.» E para que não duvides disto, o Senhor decreta um castigo para aqueles que não O receberem e honras para os que O receberem (Mt 25,31ss); ora não o faria se não fosse pessoalmente tocado pela honra ou pelo desprezo. «Acolheste-Me, diz, na tua casa; Eu receber-te-ei no Reino de meu Pai. Libertaste-Me da fome; Eu libertar-te-ei dos teus pecados. Viste-Me preso; Eu far-te-ei ver a tua própria libertação. Viste-Me estrangeiro; Eu farei de ti um cidadão dos céus. Deste-Me pão; Eu dar-te-ei o Reino como herança e tua plena propriedade. Ajudaste-Me em segredo; Eu proclamá-lo-ei publicamente, dizendo que és meu benfeitor e Eu, teu devedor.»

Terça-feira, dia 14 de Julho de 2015

Terça-feira da 15ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : S. Camilo de Lellis, presbítero, fundador, +1614

Livro de Êxodo 2,1-15a.
Naqueles dias, um homem da família de Levi tomou como esposa uma jovem da mesma tribo.
A mulher concebeu e deu à luz um filho e, vendo como era belo, escondeu-o durante três meses.
Como não podia mantê-lo oculto por mais tempo, arranjou uma cesta de papiro, calafetou-a com betume e pez, meteu nela o menino e colocou-a entre os juncos, à beira do rio,
enquanto a irmã dele ficava a certa distância para ver o que iria acontecer-lhe.
Ora a filha do faraó desceu ao rio para se banhar enquanto as suas donzelas passeavam ao longo da margem. Então ela avistou a cesta no meio dos juncos e mandou a uma serva que a fosse buscar.
Abriu-a e viu a criança: era um menino a chorar. Teve pena dele e exclamou: «É um filho de hebreus».
A irmã dele disse à filha do faraó: «Queres que eu vá procurar, entre as mulheres hebreias, uma ama para criar este menino?».
«Vai!» – disse a filha do faraó e a jovem foi chamar a mãe da criança.
Disse-lhe a filha do faraó: «Leva este menino a fim de o criares para mim e eu própria te darei o teu salário». Então a mulher levou a criança e amamentou-a.
Quando o menino cresceu, trouxe-o à filha do faraó que o adotou como filho e lhe deu o nome de Moisés, dizendo: «Salvei-o das águas».
Certo dia, quando Moisés já era homem, foi ter com os seus irmãos e viu como eram duros os trabalhos a que os sujeitavam. Viu também um egípcio agredir um dos hebreus, seus irmãos.
Olhou para todos os lados e, não vendo ninguém, matou o egípcio e escondeu-o na areia.
Ao voltar no dia seguinte, estavam dois hebreus a lutar um contra o outro. Disse então ao agressor: «Porque bates no teu companheiro?»
mas ele respondeu-lhe: «Quem te fez nosso chefe ou nosso juiz? Pretendes matar-me como fizeste ao egípcio?». Moisés assustou-se, pensando consigo: «Certamente o facto é conhecido».
O faraó ouviu falar do caso e procurava dar a morte a Moisés. Então Moisés fugiu para longe e foi refugiar-se na terra de Madiã.
Livro de Salmos 69(68),3.14.30-31.33-34.
Atolei-me na lama do abismo
e não tenho onde apoiar-me.
Cheguei até ao fundo das águas
e as ondas me submergiram.

A Vós, Senhor, elevo a minha súplica
no momento propício, Senhor Deus.
Pela vossa grande bondade, respondei-me,
em prova da vossa salvação.

Eu sou pobre e miserável:
defendei-me, ó Deus, com a vossa proteção.
Louvarei com cânticos o nome de Deus
e em agradecimento O glorificarei.

Vós, humildes, olhai e alegrai-vos,
buscai o Senhor e o vosso coração se reanimará.
O Senhor ouve os pobres
e não despreza os cativos.

Evangelho segundo S. Mateus 11,20-24.
Naquele tempo, começou Jesus Cristo a censurar duramente as cidades em que se tinha realizado a maior parte dos seus milagres por não se terem arrependido (= convertido; continuarem a praticar o mal):
«Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Porque se em Tiro e em Sidónia se tivessem realizado os milagres que em vós se realizaram, há muito teriam feito penitência, vestindo-se de cilício e cobrindo-se de cinza.
Mas Eu vos digo que no dia do Juízo haverá mais tolerância para Tiro e Sidónia do que para vós.
E tu, Cafarnaum, serás exaltada até ao céu? Até ao inferno é que descerás porque se em Sodoma se tivessem realizado os milagres que em ti se realizaram, ela teria permanecido até hoje.
Mas Eu vos digo que no dia do Juízo haverá mais tolerância para a terra de Sodoma do que para ti».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São Gregório Magno (c. 540-604), papa, doutor da Igreja
Exposição sobre os sete salmos da penitência
Jesus censura duramente as cidades que não se tinham arrependido

Brademos com David; ouçamo-lo chorar e vertamos lágrimas com ele. Vejamos como se corrige e alegremo-nos com ele: «Tende piedade de mim, Senhor, segundo a vossa misericórdia» (Sl 50,3).
Coloquemos diante dos olhos da nossa alma um homem gravemente ferido, prestes a exalar o seu último suspiro, que jaz nu sobre o pó do caminho. No seu desejo de ver chegar um médico, geme e pede àquele que compreende o estado em que se encontra que tenha piedade dele. Ora o pecado é um ferimento da alma. Tu, que és esse ferido, compreende que o teu médico se encontra dentro de ti e descobre-lhe as chagas dos teus pecados. Que Ele oiça os gemidos do teu coração, Ele que conhece todos os pensamentos secretos. Que as tuas lágrimas O comovam e, se for preciso procurá-Lo com uma certa insistência, do fundo do teu coração faz subir até Ele suspiros profundos. Que a tua dor chegue até Ele e que também a ti seja dito como a David: «O Senhor apagou o teu pecado.»
«Tende piedade de mim, Senhor, segundo a vossa misericórdia.» É pouca a misericórdia que atraem sobre si aqueles que fazem diminuir as suas faltas porque não conhecem esta grande misericórdia. Quanto a mim, caí pesadamente, pequei com conhecimento de causa, mas Tu, médico todo-poderoso, Tu corriges aqueles que Te desprezam, instruis aqueles que ignoram as suas faltas e perdoas àqueles que Tas confessam.

Quarta-feira, dia 15 de Julho de 2015

Quarta-feira da 15ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : S. Boaventura, bispo, Doutor da Igreja, +1274

Livro de Êxodo 3,1-6.9-12.
Naqueles dias, Moisés apascentava o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote de Madiã. Ao levar o rebanho para além do deserto, chegou ao monte de Deus, Horeb.
Apareceu-lhe então o Anjo do Senhor numa chama ardente, do meio de uma sarça. Moisés olhou para a sarça que estava a arder e viu que a sarça não se consumia.
Então disse Moisés: «Vou aproximar-me para ver tão assombroso espectáculo: por que motivo não se consome a sarça?».
O Senhor viu que ele se aproximava para ver. Então Deus chamou-o do meio da sarça: «Moisés, Moisés!». Ele respondeu: «Aqui estou!».
Continuou o Senhor: «Não te aproximes. Tira as sandálias dos pés porque o lugar que pisas é terra sagrada»
e acrescentou: «Eu sou o Deus de teus pais, Deus de Abraão, Deus de Isaac e Deus de Jacob». Então Moisés cobriu o rosto com receio de olhar para Deus.
Disse-lhe o Senhor: «O clamor dos filhos de Israel chegou até Mim; vi também a violência com que os egípcios os oprimem.
Agora põe-te a caminho que Eu vou enviar-te ao faraó para que tires do Egipto o meu povo, os filhos de Israel».
Moisés disse a Deus: «Quem sou eu para ir à presença do faraó e tirar do Egipto os filhos de Israel?».
Deus respondeu-lhe: «Eu estarei contigo e este é o sinal de que fui Eu que te enviei: Quando tirares o povo do Egipto, adorareis a Deus neste monte».
Livro de Salmos 103(102),1-2.3-4.6-7.
Bendiz, ó minha alma, o Senhor
e todo o meu ser bendiga o seu nome santo.
Bendiz, ó minha alma, o Senhor
e não esqueças nenhum dos seus benefícios.

Ele perdoa todos os teus pecados
e cura as tuas enfermidades.
Salva da morte a tua vida
e coroa-te de graça e misericórdia.

O Senhor faz justiça   
e defende o direito de todos os oprimidos.
Revelou a Moisés os seus caminhos
e aos filhos de Israel os seus prodígios.

Evangelho segundo S. Mateus 11,25-27.
Naquele tempo, Jesus Cristo exclamou: «Eu Te bendigo, ó Pai, Senhor do céu e da Terra porque escondeste estas verdades aos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequeninos Insignificantes).
Sim, Pai, Eu Te bendigo porque assim foi do teu agrado.
Tudo Me foi dado por meu Pai. Ninguém conhece o Filho senão o Pai e ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Santo Hilário (c. 315-367), bispo de Poitiers, doutor da Igreja
A Trindade 2, 6-7
«Ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho O quiser revelar»
O Pai é Aquele de quem vem tudo o que existe. Ele próprio, em Cristo e por Cristo, é a origem de tudo. Além disso, é em Si mesmo o seu ser e não recebe de outro aquilo que é. […] Ele é infinito porque não está num sítio preciso, mas tudo está nele. […] É sempre antes do tempo, o tempo vem dele. Se o teu pensamento corre atrás dele e se crês ter alcançado os limites do seu ser, continuarás ainda assim a encontrá-Lo, pois enquanto avanças incessantemente até Ele, o alvo a que te diriges está sempre mais longe. […] Tal é a verdade do mistério de Deus, tal é a expressão da natureza incompreensível do Pai. […] Para O exprimir, as palavras só podem calar-se; para O sondar, o pensamento fica inerte e para O alcançar, a inteligência sente-se limitada.
E no entanto, este nome, Pai, indica a sua natureza: Ele é só e completamente Pai porque não recebe de nenhum outro, à maneira dos homens, o facto de ser Pai. Ele é o Eterno Não-Gerado. […] É conhecido apenas pelo Filho porque «ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho O quiser revelar». Ambos Se conhecem um ao outro e esse conhecimento mútuo é perfeito. Por conseguinte, como «ninguém conhece o Pai senão o Filho», tenhamos do Pai somente pensamentos conformes ao que dele nos revelou o Filho que é a única «testemunha fiel» (Ap 1,5).
Vale mais pensar no que diz respeito ao Pai do que falar acerca disso porque as palavras são todas impotentes para traduzir as suas perfeições. […] Apenas poderemos reconhecer a sua glória, ter dela uma certa ideia e procurar precisá-la com a nossa imaginação, mas a linguagem do homem é a expressão da sua impotência e as palavras não explicam a realidade tal como ela é. […] Assim ainda que tenhamos reconhecido Deus, temos de renunciar a nomeá-Lo: sejam quais forem as palavras empregues, não conseguem exprimir Deus tal como Ele é nem traduzir a sua grandeza. […] Temos de acreditar nele, de procurar compreendê-Lo e de adorá-Lo; fazendo-o, estaremos a falar dele.

Quinta-feira, dia 16 de Julho de 2015

Quinta-feira da 15ª semana do Tempo Comum

Festa da Igreja : Nossa Senhora do Carmo (festa, no Brasil)
Calendário da Igreja disponível este dia

Livro de Êxodo 3,13-20.
Naqueles dias, Moisés ouviu do meio da sarça a voz do Senhor e disse-Lhe: «Vou procurar os filhos de Israel e dizer-lhes: 'O Deus dos vossos pais enviou-me a vós', mas se me perguntarem qual é o seu nome, que hei-de responder-lhes?»
Deus disse a Moisés: «EU SOU AQUELE QUE SOU.» Ele disse: «Assim dirás aos filhos de Israel: ‘Eu sou’ enviou-me a vós!»
Deus disse ainda a Moisés: «Assim dirás aos filhos de Israel: ‘O Senhor, Deus dos vossos pais, Deus de Abraão, Deus de Isaac e Deus de Jacob, enviou-me a vós: este é o meu nome para sempre, o meu memorial de geração em geração’.
Vai, reúne os anciãos de Israel e diz-lhes: ‘O Senhor, Deus dos vossos pais, Deus de Abraão, de Isaac e de Jacob, apareceu-me e disse: Observei-vos com atenção e vi o que vos tem sido feito no Egipto
e Eu disse para comigo: Far-vos-ei subir da opressão do Egipto para a terra do cananeu, do hitita, do amorreu, do perizeu, do heveu, do jebuseu, para a terra que mana leite e mel’.
Eles escutarão a tua voz e tu irás, tu e os anciãos de Israel, à presença do rei do Egipto e dir-lhe-eis: ‘O Senhor, Deus dos hebreus, saiu ao nosso encontro e agora permite-nos fazer uma peregrinação de três dias pelo deserto para oferecermos sacrifícios ao Senhor, nosso Deus.’
Eu bem sei que o rei do Egipto não vos deixará partir senão obrigado por mão forte.
Estenderei então a minha mão e ferirei o Egipto com todas as maravilhas que farei no meio dele.
Depois disso, deixar-vos-á partir.

Livro de Salmos 105(104),1.5.8-9.24-25.26-27.
Agradecei ao Senhor, aclamai o seu nome,
anunciai entre os povos as suas obras.
Recordai as suas maravilhas,
os seus prodígios e os oráculos da sua boca.

Ele recorda sempre a sua aliança,
a palavra que empenhou para mil gerações,
o pacto que estabeleceu com Abraão,
o juramento que fez a Isaac.
Deus multiplicou o seu povo
e tornou-o mais forte do que os seus inimigos.
Mudou-lhes o coração e eles odiaram o povo de Deus

e trataram com perfídia os seus servos.
Deus enviou então o seu servo Moisés
e Aarão, seu escolhido,
que realizaram maravilhas no meio deles
e milagres no país de Cam.  
Evangelho segundo S. Mateus 11,28-30.
Naquele tempo, Jesus Cristo exclamou: «Vinde a Mim todos os que andais cansados e oprimidos e Eu vos aliviarei.
Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de Mim que sou manso e humilde de coração e encontrareis descanso para as vossas almas porque o meu jugo é suave e a minha carga é leve».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Santo Aelredo de Rievaulx (1110-1167), monge cisterciense
O Espelho da caridade, I, 30-31
«O meu jugo é suave»
Aqueles que se queixam da dureza do jugo do Senhor talvez não tenham rejeitado completamente o pesado jugo da cobiça do mundo ou, se o rejeitaram, a ele de novo se sujeitaram para sua grande vergonha. Para os que os vêem de fora, eles carregam o jugo do Senhor; mas por dentro submetem os seus ombros ao fardo das preocupações do mundo, pondo na conta do peso do jugo do Senhor as penas e as dores que infligem a si mesmos, [...] pois o jugo do Senhor «é suave e o seu peso é leve».
Com efeito, haverá coisa mais suave e mais gloriosa do que ser elevado acima do mundo pelo desprezo que se lhe vota e, estando instalado nos píncaros de uma consciência em paz, ter o mundo inteiro a seus pés? Percebemos então que não há nada a desejar, nada a temer, nada a cobiçar, nada que seja nosso e que nos possa ser tirado, que nenhum mal pode ser-nos causado por outrem. O olhar do coração dirige-se para «a herança incorruptível, isenta de mancha e de degradação, que nos está reservada nos céus» (1Ped 1,4). Com uma espécie de grandeza de alma, pouco ligamos às riquezas do mundo porque elas passam ou aos prazeres da carne porque eles estão manchados ou aos faustos do mundo porque murcham. [...] E, na alegria, retomamos a palavra do profeta: «Todo o homem é como a erva do campo, toda a sua graça é como a erva que floresce; a erva secou, a flor murchou, mas a Palavra do Senhor permanece para sempre» (Is 40,6-8). [...] Na caridade e só na caridade, reside a verdadeira tranquilidade, a verdadeira doçura; é ela o jugo do Senhor.

Sexta-feira, dia 17 de Julho de 2015

Sexta-feira da 15ª semana do Tempo Comum

Naqueles dias, Moisés e Aarão realizaram muitos prodígios diante do faraó, mas o Senhor permitiu que se endurecesse o coração do faraó e ele não deixou partir do seu país os filhos de Israel.
O Senhor disse a Moisés e a Aarão na terra do Egipto:
«Este mês será para vós o princípio dos meses; fareis dele o primeiro mês do ano.
Falai a toda a comunidade de Israel e dizei-lhe: No dia dez deste mês, procure cada qual um cordeiro por família, uma rês por cada casa.
Se a família for pequena demais para comer um cordeiro, junte-se ao vizinho mais próximo, segundo o número de pessoas, tendo em conta o que cada um pode comer.
Tomareis um animal sem defeito, macho e de um ano de idade. Podeis escolher um cordeiro ou um cabrito.
Deveis conservá-lo até ao dia catorze desse mês. Então toda a assembleia da comunidade de Israel o imolará ao cair da tarde.
Recolherão depois o seu sangue que será espalhado nos dois umbrais e na padieira da porta das casas em que o comerem.
E comerão a carne nessa mesma noite; comê-la-ão assada ao fogo com pães ázimos e ervas amargas.
Não a comereis nem crua nem cozida na água, mas assada no fogo, a cabeça com as patas e as entranhas.
Não deixareis dela nada até pela manhã e o que restar dela pela manhã, queimá-lo-eis no fogo.
Quando o comerdes, tereis os rins cingidos, sandálias nos pés e cajado na mão. Comereis a toda a pressa: é a Páscoa do Senhor.
Nessa mesma noite, passarei pela terra do Egipto e hei-de ferir de morte, na terra do Egipto, todos os primogénitos, desde os homens até aos animais. Assim exercerei a minha justiça contra os deuses do Egipto, Eu, o Senhor.
O sangue será para vós um sinal, nas casas em que estiverdes: ao ver o sangue, passarei adiante e não sereis atingidos pelo flagelo exterminador quando Eu ferir a terra do Egipto.
Esse dia será para vós uma data memorável que haveis de celebrar com uma festa em honra do Senhor. Festejá-lo-eis de geração em geração como instituição perpétua».
Livro de Salmos 116(115),12-13.15-16bc.17-18.
Como agradecerei ao Senhor
tudo quanto Ele me deu?
Elevarei o cálice da salvação,
invocando o nome do Senhor.

É preciosa aos olhos do Senhor
a morte dos seus fiéis.
Senhor, sou vosso servo, filho da vossa serva:
quebrastes as minhas cadeias.

Oferecer-Vos-ei um sacrifício de louvor,
invocando, Senhor, o vosso nome.
Cumprirei as minhas promessas ao Senhor
na presença de todo o povo.

Evangelho segundo S. Mateus 12,1-8.
Naquele tempo, Jesus Cristo passou através das searas em dia de sábado e os discípulos, sentindo fome, começaram a apanhar e a comer espigas.
Ao verem isso, os fariseus disseram-lhe: «Aí estão os teus discípulos a fazer o que não é permitido ao sábado!»,
mas Ele respondeu-lhes: «Não lestes o que fez David quando sentiu fome, ele e os que estavam com ele?
Como entrou na casa de Deus e comeu os pães da oferenda que não lhe era permitido comer nem aos que estavam com ele, mas unicamente aos sacerdotes?
E nunca lestes na Lei que, ao sábado, no templo, os sacerdotes violam o sábado e ficam sem culpa?
Ora Eu digo-vos que aqui está quem é maior do que o templo.
E se compreendêsseis o que significa: Prefiro a misericórdia ao sacrifício, não teríeis condenado estes que não têm culpa.
O Filho do Homem até do sábado é Senhor.»
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
Sermão 155, 6
A nova Lei «não está escrita em tábuas de pedra, mas nos corações» (2Cor 3,3)
Considerai, meus irmãos, o grande mistério da harmonia e da diferença entre as duas Leis e os dois povos. O povo antigo não celebrava a Páscoa em plena luz, mas na sombra do que havia de vir (Col 2,17) e cinquenta dias depois da celebração da Páscoa […], Deus deu-lhe a Lei escrita por sua mão no Monte Sinai. […] Deus desceu ao Monte Sinai no meio do fogo, abalando de pavor o povo que se mantinha ao longe e escreveu a Lei com o seu dedo sobre a pedra e não no coração (Ex 31,18). Pelo contrário, quando o Espírito Santo desceu à terra, os discípulos estavam todos juntos no mesmo lugar e, em vez de os assustar do alto da montanha, Ele entrou na casa onde estavam reunidos (Act 2,1s). Houve realmente do alto do céu um barulho parecido com o de um vento violento que se aproxima, mas esse ruído não assustou ninguém.
Ouvistes o ruído, vede também o fogo porque, na montanha, também se evidenciaram estes dois fenómenos: o ruído e fogo. No Monte Sinai, o fogo estava cercado de fumo; aqui, pelo contrário, é de uma claridade brilhante: «E apareceu», diz a Escritura, «como uma espécie de fogo que se dividia em línguas.» Este fogo causou medo? Nem um pouco: «E as línguas pousaram sobre cada um deles.» […] Escutai esta língua que fala e compreendei que é o Espírito que escreve, não sobre a pedra, mas no coração. Portanto «a Lei do Espírito de vida», escrita no coração e não na pedra, esta Lei do Espírito de vida que está em Jesus Cristo, em quem a Páscoa foi celebrada em toda a verdade (1Cor 5, 7), «livrou-vos da Lei do pecado e da morte» (Rom 8,2).

Sábado, dia 18 de Julho de 2015

Sábado da 15ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : Beato Bartolomeu dos Mártires, bispo, +1590

Livro de Êxodo 12,37-42.
Naqueles dias, os filhos de Israel partiram de Ramsés para Sucot: eram cerca de seiscentas mil pessoas que iam a pé, sem contar as crianças.
Também uma turba numerosa partiu com eles, juntamente com ovelhas, bois e gado em grande quantidade.
Eles cozeram a farinha amassada com que tinham saído do Egipto em bolos sem fermento, pois não tinha fermento. Tinham, na verdade, sido expulsos do Egipto e não puderam demorar-se; nem sequer fizeram provisões para eles.
A estada dos filhos de Israel que residiram no Egipto foi de quatrocentos e trinta anos.
No final dos quatrocentos e trinta anos, precisamente naquele dia, saíram todos os exércitos do Senhor da terra do Egipto.
Aquela foi uma noite de vigília para o Senhor, quando Ele os fez sair da terra do Egipto. Esta noite do Senhor será de vigília para todos os filhos de Israel nas suas gerações.
Livro de Salmos 136(135),1.23-24.10-12.13-15.
Agradecei ao Senhor porque Ele é bom:
é eterna a sua bondade.
Não se esqueceu de nós, na nossa humilhação
porque o seu amor é eterno!
E libertou-nos dos nossos opressores:
é eterna a sua bondade.

Feriu os primogénitos dos egípcios
porque o seu amor é eterno!
Tirou Israel do meio deles
porque o seu amor é eterno!

Com a sua mão forte e o seu braço estendido
porque o seu amor é eterno!
Dividiu ao meio o Mar dos Juncos
porque o seu amor é eterno!

Fez passar Israel através dele
porque o seu amor é eterno!
Afundou o Faraó e o seu exército
porque o seu amor é eterno!

Evangelho segundo S. Mateus 12,14-21.
Naquele tempo, os fariseus reuniram conselho contra Jesus Cristo a fim de O fazerem desaparecer.
Quando soube disso, Jesus Cristo afastou-se dali. Muitos seguiram-no e Ele curou-os a todos,
ordenando-lhes que o não dessem a conhecer.
Assim se cumpriu o que fora anunciado pelo profeta Isaías:
Aqui está o meu servo que escolhi, o meu amado, em quem a minha alma se deleita. Derramarei sobre Ele o meu espírito e Ele anunciará a minha vontade aos povos.
Não discutirá nem bradará e ninguém ouvirá nas praças a sua voz.
Não há-de quebrar a cana fendida nem apagar a mecha que fumega até conduzir a minha vontade à vitória.
E no seu nome, hão-de esperar os povos!
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São Gregório de Nazianzo (330-390), bispo, doutor da Igreja
Homilia pascal
«Eis o meu Servo, a quem Eu escolhi, o meu muito amado»

O Verbo de Deus, Aquele que existe desde toda a eternidade, Aquele que é invisível, incompreensível, incorpóreo, o Princípio que procede do Princípio, a Luz que nasce da Luz, a fonte da vida e da imortalidade, Aquele que é a expressão fiel do arquétipo divino, o selo inamovível, a imagem perfeitíssima, a palavra e o pensamento do Pai (Heb 1,3) é o mesmo que vem em ajuda da criatura feita à sua imagem (Gn 1,27) e que, por amor do homem, Se faz homem. Ele assume um corpo para salvar o corpo e une-Se a uma alma racional por amor da minha alma. Para purificar aqueles a quem Se tornou semelhante, fez-Se homem em tudo excepto no pecado. […] Aquele que enriquece os outros faz-Se pobre, aceitando a pobreza da minha condição humana para que eu possa receber as riquezas da sua divindade (2 Cor 8,9). Aquele que possui tudo em plenitude aniquila-Se a Si mesmo, privando-Se durante algum tempo da sua glória para que eu possa participar da sua plenitude.
Porquê tantas riquezas de bondade? Que significa para nós este mistério? Eu recebi a imagem divina, mas não soube conservá-la; agora Ele assume a minha condição humana para restaurar a perfeição daquela imagem e conferir a imortalidade a esta minha condição mortal. Deste modo, estabelece connosco uma segunda aliança, mais admirável do que a primeira. Convinha que o homem fosse santificado mediante a natureza assumida por Deus. Convinha que Ele triunfasse deste modo sobre o tirano que nos subjugava para nos restituir a liberdade e nos reconduzir a Si pela mediação de seu Filho e Jesus Cristo realizou, de facto, para glória de seu Pai, esta obra redentora que era o objectivo de todas as suas acções.
©

Os meus filmes

1.º – As Amendoeiras em Flor e o Corridinho Algarvio.wmv           http://www.youtube.com/watch?v=NtaRei5qj9M&feature=youtu.be
2.º – O Cemitério de Lagos
3.º – Lagos e a sua Costa Dourada
4.º – Natal de 2012
5.º – Tempo de Poesia
Os meus filmes
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2.º – O Cemitério de Lagos
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