"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida
eterna". João 6, 68
Domingo,
dia 30 de Abril de 2017
3.º
Domingo da Páscoa
No dia de Pentecostes, Pedro, de pé, com os onze Apóstolos,
ergueu a voz e falou ao povo: «Homens da Judeia e vós todos que habitais em
Jerusalém, compreendei o que está a acontecer e ouvi as minhas palavras:
Jesus de Nazaré foi um homem acreditado por Deus junto de vós, com milagres,
prodígios e sinais que Deus realizou no meio de vós, por seu intermédio, como
sabeis.
Depois de entregue, segundo o desígnio imutável e a previsão de Deus
(não vontade de Deus porque Deus é Vida, Amor e Bem), vós destes-Lhe a morte,
cravando-O na cruz pela mão de gente perversa.
Mas Deus ressuscitou-O, livrando-O dos laços da morte porque não era possível
que Ele ficasse sob o seu domínio.
Diz David a seu respeito: ‘O Senhor está sempre na minha presença; com Ele a
meu lado não vacilarei.
Por isso o meu coração se alegra e a minha alma exulta e até o meu corpo
descansa tranquilo.
Vós não abandonareis a minha alma na mansão dos mortos nem deixareis o vosso
Santo sofrer a corrupção.
Destes-me a conhecer os caminhos da vida, a alegria plena em vossa presença’.
Irmãos, seja-me permitido falar-vos com toda a liberdade: o patriarca David
morreu e foi sepultado e o seu túmulo encontra-se ainda hoje entre nós.
Mas, como era profeta e sabia que Deus lhe prometera, sob juramento, que um
descendente do seu sangue havia de se sentar no seu trono,
viu e proclamou antecipadamente a ressurreição de Jesus Cristo, dizendo que
Ele não O abandonou na mansão dos mortos nem a sua carne conheceu a
corrupção.
Foi este Jesus que Deus ressuscitou e disso todos nós somos testemunhas.
Tendo sido exaltado pelo poder de Deus, recebeu do Pai a promessa do Espírito
Santo, que Ele derramou, como vedes e ouvis».
Livro de Salmos
16(15),1-2a.5.7-8.9-10.11.
Defendei-me, Senhor; Vós sois o meu refúgio.
Digo ao Senhor: Vós sois o meu Deus.
Senhor, porção da minha herança e do meu cálice,
está nas vossas mãos o meu destino.
Bendigo o Senhor por me ter aconselhado,
até de noite me inspira interiormente.
O Senhor está sempre na minha presença,
com Ele a meu lado não vacilarei.
Por isso o meu coração se alegra e a minha alma exulta
e até o meu corpo descansa tranquilo.
Vós não abandonareis a minha alma (e pessoa celeste, pessoa espiritual,
pessoa natural)
na mansão dos mortos,
nem deixareis o vosso fiel conhecer a corrupção.
Dar-me-eis a conhecer os caminhos da vida,
alegria plena em vossa presença,
delícias eternas à vossa direita.
1.ª Carta de S. Pedro 1,17-21.
Caríssimos: Se invocais como Pai Aquele que, sem acepção de
pessoas, julga cada um segundo as suas obras, vivei com amor,
durante o tempo de exílio neste mundo.
Lembrai-vos que não foi por coisas corruptíveis, como prata e oiro, que
fostes resgatados da vã maneira de viver, herdada dos vossos pais,
mas pelo sangue precioso de Jesus Cristo, Cordeiro sem defeito e sem mancha,
predestinado antes da criação do mundo e manifestado nos últimos tempos por
vossa causa.
Por Ele acreditais em Deus que O ressuscitou dos mortos e Lhe deu a glória,
para que a vossa fé e a vossa esperança estejam em Deus.
Evangelho segundo S. Lucas 24,13-35.
Dois dos discípulos de Jesus Cristo iam a caminho de uma povoação
chamada Emaús que ficava a duas léguas de Jerusalém.
Conversavam entre si sobre tudo o que tinha sucedido.
Enquanto falavam e discutiam, Jesus Cristo aproximou-Se deles e pôs-Se com
eles a caminho.
Mas os seus olhos estavam impedidos de O reconhecerem (porque tinham acabado
de o ver morto numa cruz e sepultado; era impossível reconhecerem-no a seu
lado. Era o Filho, a identidade de Jesus Cristo; Jesus Cristo)
Ele perguntou-lhes. «Que palavras são essas que trocais entre vós pelo
caminho?». Pararam, com ar muito triste,
e um deles, chamado Cléofas, respondeu: «Tu és o único habitante de Jerusalém
a ignorar o que lá se passou nestes dias».
E Ele perguntou: «Que foi?». Responderam-Lhe: «O que se refere a Jesus de
Nazaré, profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo
e como os príncipes dos sacerdotes e os nossos chefes O entregaram para ser
condenado à morte e crucificado.
Nós esperávamos que fosse Ele quem havia de libertar Israel. Mas afinal é já
o terceiro dia depois que isto aconteceu.
É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos sobressaltaram: foram de
madrugada ao sepulcro,
não encontraram o corpo de Jesus e vieram dizer que lhes tinham aparecido uns
Anjos a anunciar que Ele estava vivo.
Alguns dos nossos foram ao sepulcro e encontraram tudo como as mulheres
tinham dito. Mas a Ele não O viram».
Então Jesus Cristo disse-lhes: «Homens sem inteligência e lentos de espírito
para acreditar em tudo o que os profetas anunciaram!
Não tinha o Messias de sofrer tudo isso para entrar na sua glória?».
Depois, começando por Moisés e passando pelos Profetas, explicou-lhes em
todas as Escrituras o que Lhe dizia respeito.
Ao chegarem perto da povoação para onde iam, Jesus Cristo fez menção de ir
para diante.
Mas eles convenceram-n’O a ficar dizendo: «Fica connosco porque o dia está a
terminar e vem caindo a noite». Jesus Cristo entrou e ficou com eles.
E quando Se pôs à mesa, tomou o pão, recitou a bênção, partiu-o e
entregou-lho.
Nesse momento, abriram-se-lhes os olhos e reconheceram-n’O. Mas Ele
desapareceu da sua presença.
Disseram então um para o outro: «Não ardia cá dentro o nosso coração quando
Ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?».
Partiram imediatamente de regresso a Jerusalém e encontraram reunidos os Onze
e os que estavam com eles
que diziam: «Na verdade, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão».
E eles contaram o que tinha acontecido no caminho e como O tinham reconhecido
ao partir o pão.
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
São Gregório Magno (c. 540-604), Papa,
doutor da Igreja
Homilia 23; PL 76, 1182
«Não vos esqueçais da
hospitalidade» (Heb 13,1)
Dois dos
discípulos caminhavam juntos. Eles não acreditavam e, no entanto, falavam
sobre o Senhor. De repente, Este apareceu-lhes, mas sob uns traços que não
lhes permitiam reconhecê-Lo. [...] Convidam-no para partilhar da sua pousada,
como é costume entre viajantes [...] Põem a mesa, apresentam os alimentos e
descobrem o Filho de Deus que não tinham ainda reconhecido na explicação das
Escrituras, na fracção do pão. Não foi, portanto, ao escutarem os preceitos
de Deus que foram iluminados, mas ao cumpri-los: «Não são os que ouvem a Lei
que são justos diante de Deus, mas os que praticam a Lei é que serão justificados» (Rom 2,13). Se quisermos
compreender o que ouvimos, apressemo-nos a pôr em prática o que conseguimos
perceber. O Senhor não foi reconhecido enquanto falava; Ele dignou-Se
manifestar-Se quando Lhe ofereceram de comer.
Ponhamos, pois amor no exercício da hospitalidade, queridos irmãos;
pratiquemos de coração a caridade. Diz Paulo sobre este assunto: «Que
permaneça a caridade fraterna. Não vos esqueçais da hospitalidade, pois
graças a ela, alguns, sem o saberem, hospedaram anjos» (Heb 13,1; Gn 18,1ss).
Também Pedro diz: «Exercei a hospitalidade uns para com os outros, sem
queixas» (1Pe 4,9). E a própria Verdade nos declara: «Era peregrino e
recolhestes-Me». [...] «Sempre que fizestes isto a um destes meus irmãos mais
pequeninos, a Mim mesmo o fizestes» (Mt 25,35.40) [...] Apesar disto, somos
tão preguiçosos diante da graça da hospitalidade! Avaliemos, irmãos, a
grandeza desta virtude. Recebamos Jesus Cristo à nossa mesa para que possamos
ser recebidos no seu festim eterno. Demos agora a nossa hospitalidade a Jesus
Cristo que no estrangeiro está, para que no dia do julgamento não sejamos
como estrangeiros que Ele não sabe de onde vêm (Lc 13,25), mas sejamos irmãos
que em seu Reino recebe.
Segunda-feira,
dia 01 de Maio de 2017
Segunda-feira da 3.ª
semana da Páscoa
Naqueles dias, Estêvão,
cheio de graça e fortaleza, fazia grandes prodígios e milagres entre o
povo.
Entretanto, alguns membros da sinagoga chamada dos Libertos, oriundos de
Cirene, de Alexandria, da Cilícia e da Ásia, vieram discutir com Estêvão,
mas não eram capazes de resistir à sabedoria e ao Espírito Santo com que
ele falava.
Subornaram então uns homens para afirmarem: «Ouvimos Estêvão proferir
blasfémias contra Moisés e contra Deus».
Provocaram assim a ira do povo, dos anciãos e dos escribas. Depois surgiram
inesperadamente à sua frente, apoderaram-se dele e levaram-no ao Sinédrio,
apresentando falsas testemunhas que disseram: «Este homem não cessa de
proferir palavras contra este Lugar Santo e contra a Lei,
pois ouvimo-l’O dizer que Jesus de Nazaré, destruirá este lugar e mudará os
costumes que recebemos de Moisés».
Todos os membros do Sinédrio tinham os olhos fixos nele e viram que o seu
rosto parecia o rosto de um Anjo.
Livro de Salmos
119(118),23-24.26-27.29-30.
Ainda que os príncipes conspirem contra mim,
o vosso servidor meditará os vossos decretos.
As vossas ordens são as minhas delícias
e os vossos decretos meus conselheiros.
Expus meus caminhos e destes-me ouvidos:
ensinai-me os vossos decretos.
Fazei-me compreender o caminho dos vossos preceitos
para meditar nas vossas maravilhas.
Afastai-me do caminho da mentira
e dai-me a graça da vossa lei.
Escolhi o caminho da verdade
e decidi-me pelos vossos juízos.
Evangelho segundo S. João 6,22-29.
Depois de Jesus Cristo ter saciado os cinco mil homens, os seus
discípulos viram-n’O a caminhar sobre as águas. No dia seguinte, a multidão
que permanecera no outro lado do mar notou que ali só estivera um barco e
que Jesus Cristo não tinha embarcado com os discípulos; estes tinham
partido sozinhos.
Entretanto, chegaram outros barcos de Tiberíades,
perto do lugar onde eles tinham comido o pão, depois de o Senhor ter dado
graças.
Quando a multidão viu que nem Jesus Cristo nem os seus discípulos estavam
ali, subiram todos para os barcos e foram para Cafarnaum, à procura de Jesus Cristo.
Ao encontrá-l’O, no outro lado do mar, disseram-Lhe: «Mestre, quando
chegaste aqui?».
Jesus Cristo respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: vós
procurais-Me, não porque vistes milagres, mas porque comestes dos pães e
ficastes saciados.
Trabalhai, não tanto pela comida que se perde, mas pelo alimento que dura
até à vida eterna e que o Filho (do homem) vos dará. A Ele é que o Pai, o
próprio Deus, marcou com o seu selo».
Disseram-Lhe então: «Que devemos nós fazer para praticar as obras de
Deus?».
Respondeu-lhes Jesus Cristo: «A obra de Deus consiste em acreditar n’Aquele
que Ele enviou».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Pedro, o Venerável (1092-1156),
abade de Cluny
Sermão sobre o elogio do Santo Sepulcro
«À procura de Jesus»
Escutai,
povos de todo o mundo; escutai, nações espalhadas por toda a superfície da Terra;
ouvi, tribos e raças diversas (cf Ap 7,9), todos vós que vos julgáveis
abandonados e que vos consideráveis até agora miseráveis, ouvi e
alegrai-vos: o vosso Criador não vos esqueceu. Ele não quis que a sua
cólera retivesse durante mais tempo as suas misericórdias; na sua bondade,
quer agora salvar, não só o pequeno número dos judeus, mas a imensa
multidão. Escutai o santo profeta Isaías [...]: «Naquele dia, a raiz de
Jessé será erguida como um sinal para os povos» (11,10). [...]
Como o próprio Jesus Cristo atestou, Ele é Aquele que «Deus Pai marcou com
o seu selo» para que seja um sinal. Mas um sinal de quê? Para que, exaltado
no cimo do estandarte da cruz, qual serpente de bronze elevada no meio do
campo (Nm 21), Ele volte para Si os olhares, não só do povo judeu, mas de
todo o universo e atraia para Si, pela sua morte na cruz, o coração de
todos os homens. Assim ensiná-los-á a pôr nele toda a esperança. Ao
curar-lhes todas as fraquezas, ao perdoar-lhes todos os pecados, ao abrir a
todos o Reino dos Céus encerrado há tanto tempo, mostrar-lhes-á que é
verdadeiramente «Aquele que será enviado [...], Aquele que todas as nações
aguardavam» (Gn 49,10). Ele próprio elaborou este sinal para os povos, a
fim de «juntar os exilados de Israel e reunir os dispersos de Judá dos
quatro cantos da terra» (Is 11,12).
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Terça-feira,
dia 02 de Maio de 2017
Terça-feira da 3.ª
semana da Páscoa
Naqueles dias, Estêvão
disse ao povo, aos anciãos e aos escribas: «Homens de dura cerviz,
incircuncisos de coração e de ouvidos, sempre resistis ao Espírito Santo.
Como foram os vossos antepassados, assim sois vós também.
A qual dos Profetas não perseguiram os vossos antepassados? Eles também
mataram os que predisseram a vinda do Justo, do qual fostes agora traidores
e assassinos,
vós que recebestes a Lei pelo ministério dos Anjos e não a tendes
cumprido».
Ao ouvirem estas palavras, estremeciam de raiva em seu coração e rangiam os
dentes contra Estêvão.
Mas ele, cheio do Espírito Santo, de olhos fitos no Céu, viu a glória de
Deus e Jesus Cristo de pé à sua direita e exclamou:
«Vejo o Céu aberto e o Filho (do homem) de pé à direita de Deus».
Então levantaram um grande clamor e taparam os ouvidos; depois atiraram-se
todos contra ele,
empurraram-no para fora da cidade e começaram a apedrejá-lo. As testemunhas
colocaram os mantos aos pés de um jovem chamado Saulo.
Enquanto o apedrejavam, Estêvão orava, dizendo: «Senhor Jesus, recebe o meu espírito».
Depois ajoelhou-se e bradou com voz forte: «Senhor, não lhes atribuas este
pecado». Dito isto, expirou.
Saulo estava de acordo com a execução de Estêvão.
Livro de Salmos
31(30),3cd-4.6ab.7b.8a.17.21ab.
Sede a rocha do meu refúgio
e a fortaleza da minha salvação
porque Vós sois a minha força e o meu refúgio,
por amor do vosso nome, guiai-me e conduzi-me.
Em vossas mãos entrego o meu espírito,
Senhor, Deus fiel, salvai-me.
Em Vós, Senhor, ponho a minha confiança:
Hei-de exultar e alegrar-me com a vossa misericórdia.
Fazei brilhar sobre mim a vossa presença,
salvai-me pela vossa bondade.
Vós os escondeis sob o refúgio da vossa presença,
longe das intrigas dos homens.
Vós os escondeis na tenda
contra as línguas maldizentes.
Evangelho segundo S. João 6,30-35.
Naquele tempo, disse a multidão a Jesus Cristo: «Que milagres
fazes Tu, para que nós vejamos e acreditemos em Ti? Que obra realizas?
No deserto os nossos pais comeram o maná, conforme está escrito: ‘Deu-lhes
a comer um pão que veio do Céu’».
Jesus Cristo respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: Não foi
Moisés que vos deu o pão do Céu; meu Pai é que vos dá o verdadeiro pão do
Céu.
O pão de Deus é o que desce do Céu para dar a vida ao mundo».
Disseram-Lhe eles: «Senhor, dá-nos sempre desse pão».
Jesus Cristo respondeu-lhes: «Eu sou o pão da vida: quem vem a Mim nunca
mais terá fome, quem acredita em Mim nunca mais terá sede».
Tradução litúrgica
da Bíblia
Comentário do dia:
Catecismo da Igreja Católica
§ 1337-1341
«Não foi Moisés que
vos deu o pão do Céu; meu Pai é que vos dá o verdadeiro pão do Céu.»
Tendo amado
os seus, o Senhor amou-os até ao fim. Sabendo que era chegada a hora de
partir deste mundo para regressar ao Pai, no decorrer de uma refeição,
lavou-lhes os pés e deu-lhes o mandamento do amor. Para lhes deixar uma
garantia deste amor, para jamais Se afastar dos seus e para os tornar
participantes da sua Páscoa, instituiu a Eucaristia como memorial da sua morte e da sua ressurreição e
ordenou aos seus Apóstolos que a celebrassem até ao seu regresso,
«constituindo-os então sacerdotes do Novo Testamento» (Concílio de Trento).
[...]
Celebrando a última ceia com os seus Apóstolos, no decorrer do banquete
pascal, Jesus Cristo deu o seu sentido definitivo à Páscoa judaica. Com
efeito, a passagem de Jesus Cristo para o seu Pai, pela sua morte e
ressurreição – a Páscoa Nova – é
antecipada na ceia e celebrada na Eucaristia que dá cumprimento a Páscoa
judaica e antecipa a Páscoa final da Igreja na glória do Reino.
Ao ordenar que repitam os seus gestos e palavras «até que Ele venha» (1Cor
11,26), Jesus Cristo não pede somente que se lembrem dele e do que Ele fez.
Tem em vista a celebração litúrgica, pelos apóstolos e seus sucessores, do
memorial de Jesus Cristo, da sua vida, morte, ressurreição e da sua
intercessão junto do Pai.
Quarta-feira,
dia 03 de Maio de 2017
SS. Filipe e
Tiago, apóstolos - festa
Recordo-vos, irmãos, o Evangelho que vos anunciei e que
recebestes, no qual permaneceis
e pelo qual sereis salvos, se o conservais como eu vo-lo anunciei; aliás
teríeis abraçado a fé em vão.
Transmiti-vos em primeiro lugar o que eu mesmo recebi: Jesus Cristo
morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras;
foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras,
e apareceu a Pedro e depois aos Doze.
Em seguida, apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma só vez, dos quais
a maior parte ainda vive, enquanto alguns já faleceram.
Posteriormente apareceu a Tiago e depois a todos os Apóstolos.
Em último lugar, apareceu-me também a mim.
Livro de Salmos 19(18),2-3.4-5.
Os céus proclamam a glória de Deus
e o firmamento anuncia a obra das suas mãos.
O dia transmite ao outro esta mensagem
e a noite a dá a conhecer à outra noite.
Não são palavras nem linguagem
cujo sentido se não perceba.
O seu eco ressoou por toda a Terra
e a sua notícia até aos confins do mundo.
Evangelho segundo
S. João 14,6-14.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Eu
sou o Caminho, a Verdade e a Vida: ninguém vai ao Pai senão por Mim.
Se Me conhecêsseis, conheceríeis também o meu Pai. Mas desde agora já O
conheceis e já O vistes».
Disse-Lhe Filipe: «Senhor, mostra-nos o Pai e isto nos basta».
Respondeu-lhe Jesus Cristo: «Há tanto tempo estou convosco e não Me
conheces, Filipe? Quem Me vê, vê o Pai. Como podes tu dizer: ‘Mostra-nos
o Pai’?
Não acreditas que Eu estou no Pai e o Pai está em Mim? As palavras que
vos digo, não as digo por Mim próprio, mas é o Pai, permanecendo em Mim, que faz as obras.
Acreditai-Me: Eu estou no Pai e o Pai está em Mim. Acreditai ao menos
pelas minhas obras.
Em verdade, em verdade vos digo: Quem acredita em Mim fará também as
obras que Eu faço e fará obras ainda maiores porque Eu vou para o Pai.
E tudo quanto pedirdes em meu nome,
Eu o farei, para que o Pai
seja glorificado no Filho.
Se pedirdes alguma coisa em meu nome, Eu a farei».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Santo Hilário (c. 315-367),
bispo de Poitiers, doutor da Igreja
A Trindade, VII, 41
«Disse-Lhe Filipe:
"Senhor, mostra-nos o Pai e isto nos basta"».
«Crede em
Mim: Eu estou no Pai e o Pai está em Mim». O que significa este «Crede em
Mim»? Trata-se de uma expressão que se ilumina por meio da seguinte:
«Mostra-nos o Pai». Jesus Cristo ordena aos seus apóstolos que acreditem
nele para lhes reforçar a fé, essa fé que tinha pedido para ver o Pai.
Porque não tinha bastado ao Senhor dizer: «Quem Me vê, vê o Pai». [...] O
Senhor quer que acreditemos nele, para que a convicção íntima da nossa fé
não corra o risco de ser cancelada. [...] Acreditemos, ao menos com base no
testemunho das suas obras, que o Filho é de Deus, que nasceu de Deus e
que o Pai (é Espírito) e o Filho (é figura de homem e são um porque se
complementam) são um; que um está no outro pelo poder da sua natureza
divina e que nenhum deles existe sem o outro. Aliás, o Pai a nada
renuncia daquilo que possui pelo facto de estar no Filho, enquanto este
recebe do Pai tudo aquilo pelo qual é Filho.
Serem reciprocamente um no outro, possuírem a unidade perfeita de uma
natureza essencial, que o Filho único e eterno seja inseparável da
verdadeira natureza divina do Pai, tal maneira de ser não pertence àquilo
que tem uma natureza material. Não, esse estado de facto em que uma
pessoa habitando noutra a faz viver é uma característica própria de Deus,
do Filho [...]. Pois cada uma delas existe pelo facto de uma não ser sem
a outra, dado que a natureza do ser que existe é a mesma, quer se trate
daquele que engendra ou daquele que nasce.
É este o sentido dos textos: «Eu e o Pai somos um» (Jo 10,30), «Quem Me
vê, vê o Pai» e «Eu estou no Pai e o Pai está em Mim». O Filho não é
diferente nem inferior ao Pai [...]; o Filho de Deus, nascido de Deus,
manifesta em Si a natureza do Deus que O engendra.
Quinta-feira,
dia 04 de Maio de 2017
Quinta-feira da
3.ª semana da Páscoa
Santo do dia : S. Floriano, mártir, +304, S.
Peregrino Laziosi, religioso, +1345, S.
José Maria Rúbio, presbítero, +1929, S.
Gregório, o iluminador, bispo, +332
Livro dos Actos dos Apóstolos 8,26-40.
Naqueles dias, o
Anjo do Senhor disse a Filipe: «Levanta-te e dirige-te para o sul, pelo
caminho deserto que vai de Jerusalém para Gaza».
Filipe partiu e dirigiu-se para lá. Quando ia a caminho, encontrou-se
com um eunuco etíope que era alto funcionário de Candace, rainha da
Etiópia, e administrador geral do seu tesouro. Tinha ido a Jerusalém
para adorar a Deus e regressava ao seu país, sentado no seu carro, a
ler o livro do profeta Isaías.
O Espírito de Deus disse a Filipe: «Aproxima-te e acompanha esse
carro».
Filipe aproximou-se do carro e, ouvindo o etíope a ler o profeta
Isaías, perguntou-lhe: «Entendes porventura o que estás a ler?».
Ele respondeu: «Como é que eu posso entender sem ninguém me explicar?»
Convidou então Filipe a subir para o carro e a sentar-se junto dele.
A passagem da Escritura que ele ia a ler era a seguinte: «Como cordeiro
levado ao matadouro, como ovelha muda ante aqueles que a tosquiam, ele
não abriu a boca.
Foi humilhado e não se lhe fez justiça. Quem poderá falar da sua
descendência? Porque a sua vida desapareceu da Terra».
O eunuco perguntou a Filipe: «Diz-me, por favor: de quem é que o
profeta está a falar? De si próprio ou de outro?».
Então Filipe tomou a palavra e, a partir daquela passagem da Escritura,
anunciou-lhe Jesus Cristo.
Ao passar por um lugar onde havia água, o eunuco exclamou: «Ali está
água. Que me impede de ser baptizado?».
Filipe respondeu: «Se acreditas com todo o coração, isso é possível.» O
eunuco respondeu: «Creio que
Jesus Cristo é o Filho de Deus.»
Mandou parar o carro, desceram ambos à água e Filipe baptizou-o.
Quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou Filipe e o eunuco
deixou de o ver. Mas continuou o seu caminho cheio de alegria.
Filipe encontrou-se em Azoto e foi anunciando a boa nova a todas as
cidades por onde passava até que chegou a Cesareia.
Livro de Salmos 66(65),8-9.16-17.20.
Povos da Terra,
bendizei o nosso Deus,
fazei ressoar os seus louvores.
Foi Ele quem conservou a nossa vida e não deixou que nossos pés
vacilassem.
Todos os que adorais a Deus, vinde e ouvi, vou narrar-vos quanto
Meus lábios O invocaram e minha língua O louvou.
Tudo o que Ele fez por mim. Bendito seja Deus que não rejeitou a minha
prece nem me retirou a sua misericórdia.
Evangelho segundo S. João 6,44-51.
Naquele tempo,
disse Jesus Cristo à multidão: «Ninguém pode vir a Mim, se o Pai, que
Me enviou, não o trouxer e Eu ressuscitá-lo-ei no último dia.
Está escrito no livro dos Profetas: ‘Serão todos instruídos por Deus’.
Todo aquele que ouve o Pai e recebe o seu ensino vem a Mim.
Não porque alguém tenha visto o Pai; só Aquele que vem de junto de Deus
viu o Pai.
Em verdade, em verdade vos digo: Quem acredita tem a vida eterna.
Eu sou o pão da vida.
No deserto, os vossos pais comeram o maná e morreram.
Mas este pão é o que desce do Céu, para que não morra quem dele comer.
Eu sou o pão vivo que desceu do Céu. Quem comer deste pão viverá
eternamente. E o pão que Eu hei-de dar é a minha carne que Eu darei
pela vida do mundo».
Tradução
litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
São João Crisóstomo (c.
345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da
Igreja
Homilias sobre a 1.ª Carta aos Coríntios, n.º 24
«O pão que Eu
hei de dar é a minha carne, que Eu darei pela vida do mundo».
«Nós,
embora sendo muitos, formamos um só corpo porque todos participamos do
mesmo pão» (1Cor 10,17). O que é o pão que comemos? O Corpo de Jesus Cristo.
Em que se transformam os comungantes? No corpo de Jesus Cristo; não
numa multidão, mas num único corpo. Assim como o pão, constituído por
muitos grãos de trigo, é um único pão no qual desaparecem os grãos
assim como os grãos subsistem nele, sendo contudo impossível detectar o
que os distingue em massa tão bem ligada assim também nós, juntos e com
Jesus Cristo, formamos um todo. Com efeito, não é de um corpo que se
alimenta determinado membro, alimentando-se outro membro de outro
corpo. É o mesmo corpo que a todos alimenta. E é por isso que o
apóstolo Paulo salienta que «todos participamos do mesmo pão».
Pois bem, se participamos todos do mesmo pão, se nos tornamos todos
esse mesmo Jesus Cristo, porque não demonstramos a mesma caridade? […]
Era o que acontecia no tempo dos nossos pais: «A multidão dos que
haviam abraçado a fé tinha
um só coração e uma só alma» (At 4,32). Mas tal não acontece hoje; pelo
contrário. E, contudo, homem, Jesus Cristo veio procurar-te, a ti que
estavas longe dele, para Se unir a ti. E tu não queres unir-te a teu
irmão? […]
Com efeito, Ele não se limitou a dar o seu corpo; mas, porque a
primeira carne, tirada da terra, estava morta pelo pecado, introduziu
nela, por assim dizer, outro fermento, a sua própria carne, da mesma
natureza que a nossa, mas isenta de todo o pecado, cheia de vida. O
Senhor distribuiu-a por todos a fim de que, alimentados por esta carne
nova, possamos, em comunhão uns com os outros, entrar na vida imortal.
Sexta-feira, dia 05 de Maio de 2017
Sexta-feira da
3.ª semana da Páscoa
Naqueles dias,
Saulo, respirando ainda ameaças de morte contra os discípulos do
Senhor, foi ter com o sumo sacerdote
e pediu-lhe cartas para as sinagogas de Damasco, a fim de trazer
algemados para Jerusalém quantos seguissem a nova religião, tanto
homens como mulheres.
Na viagem, quando estava já próximo de Damasco, viu-se de repente
envolvido numa luz intensa vinda do Céu.
Caiu por terra e ouviu uma voz (o Espírito) que lhe dizia: «Saulo,
Saulo, porque Me persegues?».
Ele perguntou: «Quem és Tu, Senhor?». O Senhor respondeu: «Eu sou
Jesus, a quem tu persegues.
Mas levanta-te, entra na cidade e aí te dirão o que deves fazer».
Os companheiros de viagem de Saulo tinham parado emudecidos; ouviam a
voz, mas não viam ninguém.
Saulo levantou-se do chão, mas, embora tivesse os olhos abertos, nada
via. Levaram-no pela mão e introduziram-no em Damasco.
Ficou três dias sem vista e sem comer nem beber.
Vivia em Damasco um discípulo chamado Ananias e o Senhor chamou-o
numa visão: «Ananias». Ele respondeu: «Eis-me aqui, Senhor».
O Senhor continuou: «Levanta-te e vai à rua chamada Direita procurar,
em casa de Judas, um homem de Tarso, chamado Saulo, que está a orar».
Entretanto, Saulo teve uma visão, em que um homem chamado Ananias
entrava e impunha-lhe as mãos para que recuperasse a vista.
Ananias respondeu: «Senhor, tenho ouvido contar a muitas pessoas todo
o mal que esse homem fez aos teus fiéis em Jerusalém
e agora está aqui com plenos poderes dos príncipes dos sacerdotes
para prender todos os que invocam o teu nome».
O Senhor disse-lhe: «Vai, porque esse homem é o instrumento escolhido
por Mim, para levar o meu nome ao conhecimento dos gentios, dos reis
e dos filhos de Israel.
Eu mesmo lhe mostrarei quanto ele tem de sofrer pelo meu nome».
Então Ananias partiu, entrou na casa, impôs as mãos a Saulo e
disse-lhe: «Saulo, meu irmão, quem me envia é o Senhor —esse Jesus
que te apareceu no caminho por onde vinhas — a fim de recuperares a
vista e ficares cheio do Espírito Santo».
Imediatamente lhe caíram dos olhos uma espécie de escamas e recuperou
a vista. Depois levantou-se, recebeu o baptismo
e, tendo tomado alimento, readquiriu as forças. Saulo passou alguns
dias com os discípulos de Damasco
e começou logo a proclamar nas sinagogas que Jesus era o Filho (de
Deus).
Livro de Salmos 117(116),1.2.
Louvai o Senhor,
todas as nações,
aclamai-O, todos os povos.
É firme a sua misericórdia para connosco,
a fidelidade do Senhor permanece para sempre.
Evangelho segundo S. João 6,52-59.
Naquele tempo, os
judeus discutiam entre si: «Como pode Jesus dar-nos a sua carne a
comer?».
E Jesus Cristo disse-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: Se não
comerdes a carne do Filho (do homem) e não beberdes o seu sangue, não
tereis a vida em vós.
Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna e Eu o ressuscitarei no último dia.
A minha carne é verdadeira comida e o meu sangue é verdadeira bebida.
Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em Mim e Eu
nele.
Assim como o Pai, que vive, Me enviou e Eu vivo pelo Pai, também
aquele que Me come viverá por Mim.
Este é o pão que desceu do Céu; não é como o dos vossos pais que o
comeram e morreram: quem comer deste pão viverá eternamente».
Assim falou Jesus Cristo, ao ensinar numa sinagoga, em Cafarnaum.
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Isaac o Sírio (século
VII), monge perto de Mossul
Discursos ascéticos, 1.ª série, n.º 72
«A minha carne
é verdadeira comida e o meu sangue é verdadeira bebida.»
A
Árvore da Vida é o amor de Deus. Adão perdeu-o na sua queda e nunca
mais encontrou a alegria, mas, pelo contrário, trabalhava e penava
numa terra cheia de espinhos (Gn 3,18). Aqueles que estão privados do
amor de Deus comem o pão do seu suor (Gn 3,19) em todas as suas
obras, ainda que sigam um caminho recto; foi esse o pão que foi dado
a comer à primeira criatura após a queda. Até que encontremos o amor (= afectos bons), o
nosso trabalho é aí, na terra dos espinhos [...]; seja qual for o
grau da nossa justiça pessoal, é com o suor do nosso rosto que
vivemos.
Mas, quando encontramos o amor, alimentamo-nos do pão celestial e
somos reconfortados para além de qualquer obra e de qualquer pena. O
pão celestial é Jesus Cristo que desceu do Céu e deu a vida ao mundo.
É esse o alimento dos anjos (Sl 77,25). Aquele que encontrou o amor
alimenta-se de Jesus Cristo cada dia e a toda a hora e torna-se
imortal. Porque Ele disse: «Quem
comer deste pão viverá eternamente». Feliz aquele que come o pão
de amor, que é Jesus Cristo. Porque quem se alimenta do amor,
alimenta-se de Jesus Cristo, do Deus que domina o universo, Aquele de
quem João testemunha, dizendo: «Deus é amor» (1Jo 4,8).
Portanto, o que vive no amor recebe de Deus o fruto da vida. Respira
neste mundo o próprio ar da ressurreição, esse ar que faz as delícias
dos justos ressuscitados. O amor é o Reino. Foi dele que o Senhor
ordenou misteriosamente aos apóstolos que se alimentassem; «comer e
beber na mesa do meu Reino» (Lc 22,30) é o amor. Porque o amor é
capaz de alimentar o homem na vez de qualquer outro alimento e
bebida. É esse «o vinho que alegra o coração do homem» (Sl 104,16);
feliz aquele que bebe tal vinho.
Sábado, dia 06 de Maio de 2017
Sábado da 3.ª
semana da Páscoa
Livro dos Actos dos Apóstolos 9,31-42.
Naqueles dias,
a Igreja gozava de paz, por toda a Judeia, Galileia e Samaria,
consolidava-se e caminhava no amor do Senhor e crescia na
consolação do Espírito Santo.
Pedro, que percorria todas essas regiões, desceu também até junto
dos fiéis que habitavam em Lida.
Encontrou lá, prostrado numa enxerga havia oito anos, um homem
chamado Eneias que era paralítico.
Disse-lhe Pedro: «Eneias, Jesus Cristo vai curar-te. Levanta-te e
compõe a tua enxerga». E ele pôs-se logo de pé.
Todos os habitantes de Lida e de Saron o viram e se converteram ao
Senhor.
Havia em Jope, entre os discípulos, uma senhora crente chamada
Tabita, que quer dizer «Gazela». Era rica em boas obras e esmolas
que fazia.
Nesses dias caiu doente e morreu. Depois de a terem lavado,
depositaram-na na sala superior.
Como Lida era perto de Jope e os discípulos ouviram dizer que Pedro
estava lá, enviaram-lhe dois homens com este pedido: «Vem depressa
ter connosco».
Pedro partiu imediatamente com eles. Quando chegou, levaram-no à
sala superior e apresentaram-se todas as viúvas, chorando e
mostrando as túnicas e mantos feitos por Gazela, enquanto estava
ainda com elas.
Pedro mandou sair toda a gente, pôs-se de joelhos e orou. Depois
voltou-se para a defunta e disse: «Tabita, levanta-te». Ela abriu
os olhos e, ao ver Pedro, sentou-se.
Pedro estendeu-lhe a mão e levantou-a e, chamando os fiéis e as
viúvas, apresentou-lha viva.
Isto soube-se em toda a cidade de Jope e muitos acreditaram no
Senhor.
Livro de Salmos 116(115),12-13.14-15.16-17.
Como
agradecerei ao Senhor
tudo quanto Ele me deu?
Elevarei o cálice da salvação,
invocando o nome do Senhor.
Cumprirei as minhas promessas ao Senhor
na presença de todo o povo.
É preciosa aos olhos do Senhor
a morte dos seus fiéis.
Senhor, sou vosso servidor, filho da vossa servidora:
quebrastes as minhas cadeias.
Oferecer-Vos-ei um sacrifício de louvor,
invocando, Senhor, o vosso nome.
Evangelho segundo S. João 6,60-69.
Naquele tempo,
muitos discípulos, ao ouvirem Jesus Cristo, disseram: «Estas
palavras são duras. Quem pode escutá-las?».
Jesus Cristo, conhecendo interiormente que os discípulos murmuravam
por causa disso, perguntou-lhes: «Isto escandaliza-vos?
E se virdes o Filho (do homem) subir para onde estava
anteriormente?
O espírito é que dá vida,
a carne não serve de nada. As palavras que Eu vos disse são espírito e vida.
Mas, entre vós, há alguns que não acreditam». Na verdade, Jesus Cristo
bem sabia, desde o início, quais eram os que não acreditavam e quem
era aquele que O havia de entregar.
E acrescentou: «Por isso é que vos disse: Ninguém pode vir a Mim,
se não lhe for concedido por meu Pai».
A partir de então, muitos dos discípulos afastaram-se e já não
andavam com Ele.
Jesus Cristo disse aos Doze: «Também vós quereis ir embora?».
Respondeu-Lhe Simão Pedro: «Para
quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna.
Nós acreditamos e sabemos que Tu és o Santo de Deus».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Santa Catarina de Sena
(1347-1380), terceira dominicana, doutora da Igreja, copadroeira da
Europa
Carta 301, a François Pépin, alfaiate de Florence, e a sua mulher
«Também vós
quereis ir embora?»
Escrevo-vos
no seu precioso sangue, com o desejo de vos ver verdadeiros servidores
de Jesus Cristo crucificado, constantes e perseverantes até à
morte, a fim de receberdes a coroa de glória que não é dada a quem
só começa, mas a quem persevera até ao fim. Quero, portanto, que
vos apliqueis com zelo a correr pela via da verdade, esforçando-vos
sempre em avançar de virtude em virtude. Não avançar é recuar
porque a alma não pode ficar estacionária.
E como poderemos nós, filhos queridíssimos, aumentar o fogo do
santo desejo? Deitando lenha ao fogo. Mas que lenha? A lembrança
dos numerosos e infinitos benefícios de Deus que são incontáveis e,
sobretudo a lembrança do sangue derramado pelo Verbo, seu único
Filho, para nos mostrar o amor inefável que Deus tem por nós; lembrando-nos
deste benefício e de tantos outros, veremos aumentar o nosso amor.©
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D. Rodrigo
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