"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna".
João 6, 68
Domingo,
dia 25 de Junho de 2017
12.º
Domingo do Tempo Comum
Disse Jeremias: «Eu ouvia as inventivas da multidão: ‘Terror por
toda a parte! Denunciai-o, vamos denunciá-lo!’ Todos os meus amigos esperavam
que eu desse um passo em falso: ‘Talvez ele se deixe enganar e assim o
poderemos dominar e nos vingaremos dele’.
Mas o Senhor está comigo como herói poderoso e os meus perseguidores cairão
vencidos. Ficarão cheios de vergonha pelo seu fracasso, ignomínia eterna que
não será esquecida.
Senhor do Universo, que sondais o justo e perscrutais os rins e o coração,
possa eu ver o castigo que dareis a essa gente, pois a Vós confiei a minha
causa.
Cantai ao Senhor, louvai o Senhor que salvou a vida do pobre das mãos dos
perversos».
Livro de Salmos 69(68),8.10.14.30-31.33-34.
Por Vós tenho suportado afrontas,
cobrindo-se meu rosto de confusão.
Devorou-me o zelo pela vossa casa
e recaíram sobre mim os insultos contra Vós.
A Vós, Senhor, elevo a minha súplica,
no momento propício, meu Deus.
Pela vossa grande bondade, respondei-me,
pela vossa fidelidade, salvai-me.
Eu sou pobre e miserável:
defendei-me com a vossa protecção.
Louvarei com cânticos o nome de Deus
e em acção de graças O glorificarei.
Vós, humildes, olhai e alegrai-vos,
buscai o Senhor e o vosso coração se reanimará.
O Senhor ouve os pobres
e não despreza os cativos.
Carta aos Romanos 5,12-15.
Irmãos: Assim como por um só homem entrou o pecado no mundo e
pelo pecado a morte assim também a morte atingiu todos os homens porque todos
pecaram.
De facto, até à Lei, existia o pecado no mundo. Mas o pecado não é levado em
conta, se não houver lei.
Entretanto, a morte reinou desde Adão até Moisés, mesmo para aqueles que não
tinham pecado por uma transgressão à semelhança de Adão que é figura d’Aquele
que havia de vir.
Mas o dom gratuito não é como a falta. Se pelo pecado de um só todos
pereceram, com muito mais razão a graça de Deus, dom contido na graça de um
só homem, Jesus Cristo, se concedeu com abundância a todos os homens.
Evangelho segundo S. Mateus 10,26-33.
Não tenhais medo dos homens, pois nada há encoberto que não
venha a descobrir-se, nada há oculto que não venha a conhecer-se.
O que vos digo às escuras, dizei-o à luz do dia e o que escutais ao ouvido
proclamai-o sobre os telhados.
Não temais os que matam o corpo, mas não podem matar a alma. Temei antes
Aquele (Deus e os seus decisores) que pode lançar na geena a alma e o corpo.
Não se vendem dois passarinhos por uma moeda? E nem um deles cairá por terra
sem consentimento do vosso Pai.
Até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados.
Portanto, não temais: valeis muito mais do que todos os passarinhos.
A todo aquele que se tiver declarado por Mim diante dos homens também Eu Me
declararei por ele diante do meu Pai que está nos Céus.
Mas àquele que Me negar diante dos homens também Eu o negarei diante do meu
Pai que está nos Céus».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Gregório Palamas (1296-1359),
monge, bispo e teólogo
Sermão para o Domingo de todos os Santos
«Nada há encoberto que não venha a descobrir-se»
Do alto do céu,
Deus oferece a todos os homens (e mulheres) as riquezas da sua graça. Ele
próprio é a fonte da salvação e a luz de onde emana eternamente a
misericórdia e a bondade. Mas nem todos os homens tiram proveito da sua força
e da sua graça pelo exercício perfeito da virtude e a realização das suas
maravilhas; só o fazem aqueles que puseram as suas realizações em prática e
que provaram por actos a sua afeição a Deus, aqueles que se afastaram
completamente do mal, que aderem firmemente aos mandamentos de Deus e que
fixam o seu olhar espiritual em Cristo, Sol de justiça (Mal 3,20).
Do alto do céu, Jesus Cristo oferece aos que combatem o socorro do seu braço
e exorta-os com estas palavras do Evangelho: «A todo aquele que se tiver
declarado por Mim diante dos homens também Eu Me declararei por ele diante do
meu Pai que está nos Céus». Enquanto servidores de Deus, os santos
declaram-se por Jesus Cristo nesta vida passageira e diante dos homens
mortais; fazem-no por um curto espaço de tempo e na presença de um pequeno
número de homens. Mas nosso Senhor Jesus Cristo [...] declara-Se por nós no
mundo da eternidade, diante de Deus seu Pai, rodeado dos anjos e dos arcanjos
e de todas as forças do céu, na presença de todos os homens, desde Adão até
ao fim dos séculos. Porque todos ressuscitarão e serão julgados no tribunal
de Jesus Cristo. Então, na presença de todos e à vista de todos, Ele dará a
conhecer, glorificará e coroará aqueles que Lhe provaram a sua fé até ao fim.
Segunda-feira,
dia 26 de Junho de 2017
Segunda-feira da 12.ª
semana do Tempo
Comum
Santo do dia : Santos
João e Paulo, mártires, +362, S.
José Maria Escrivá, presbítero, fundador, +1975, S.
Paio, mártir, +925
Livro de Génesis 12,1-9.
Naqueles dias, o Senhor disse a Abrão: «Deixa a tua terra, a
tua família e a casa de teu pai e vai para a terra que Eu te indicar.
Farei de ti uma grande nação e te abençoarei; engrandecerei o teu nome e
serás uma bênção.
Abençoarei a quem te abençoar, amaldiçoarei a quem te amaldiçoar;
por ti serão abençoadas todas as nações da Terra».
Abrão partiu, como o Senhor lhe tinha ordenado e levou consigo Lot. Abrão
tinha setenta e cinco anos quando saiu de Harã.
Tomou consigo Sarai sua esposa, seu sobrinho Lot, todos os bens que possuía
e os servos que reunira em Harã e partiram em direcção à terra de Canaã.
Tendo chegado à terra de Canaã,
Abrão atravessou o país até ao lugar de Siquém, até ao carvalho de Moré. Os
cananeus viviam então naquela terra.
O Senhor apareceu a Abrão e disse-lhe: «Darei esta terra à tua
descendência». E Abrão ergueu ali um altar ao Senhor que lhe tinha
aparecido.
Subindo dali até ao monte situado ao oriente de Betel, armou lá a sua
tenda, entre Betel ao ocidente e Hai ao oriente, ergueu um altar ao Senhor
e invocou o seu nome.
Depois foi prosseguindo de acampamento em acampamento, até chegar ao
Negueb.
Livro de Salmos 33(32),12-13.18-19.20.22.
Feliz a nação que tem o Senhor por seu
Deus,
o povo que Ele escolheu para sua herança.
Do Céu o Senhor contempla
e observa todos os homens (e mulheres).
Os olhos do Senhor estão voltados para os que O adoram,
para os que esperam na sua bondade,
para libertar da morte as suas almas (e pessoas celestes, pessoas
espirituais, pessoas naturais)
e os alimentar no tempo da fome.
A nossa alma espera o Senhor:
Ele é o nosso amparo e protector.
Venha sobre nós a vossa bondade
porque em Vós esperamos, Senhor.
Evangelho segundo S. Mateus 7,1-5.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Não
julgueis e não sereis julgados.
Segundo o julgamento que fizerdes sereis julgados, segundo a
medida com que medirdes vos será medido.
Porque olhas o argueiro que o teu irmão tem na vista e não reparas na trave
que está na tua?
Como poderás dizer a teu irmão: ‘Deixa-me tirar o argueiro que tens na vista’,
enquanto a trave está na tua?
Hipócrita, tira primeiro a trave da tua vista e então verás bem para tirar
o argueiro da vista do teu irmão».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Imitação de Jesus Cristo,
tratado espiritual do século XV, Livraria Moraes, 1959
Livro II, caps. 2 e 3
«Não reparas na trave que está na tua [vista]»
Quando um
homem se humilha por causa dos seus defeitos, acalma os outros
facilmente e satisfaz sem custo os que consigo se iravam.
Deus protege e liberta o humilde, ama-o e consola-o.
Inclina-Se para ele e dá-lhe grande graça e, depois do seu abatimento,
eleva-o à glória.
Revela os seus segredos ao humilde, arrasta-o e convida-o docemente para
Si.
E ele, mesmo na confusão, vive em paz porque se firma em Deus e não no
mundo. [...]
Mantém-te tu em paz e só então poderás pacificar os outros.
O homem pacífico é mais útil do que o muito instruído.
O apaixonado, porém converte o bem em mal e acredita facilmente neste.
O homem bom e pacífico converte todas as coisas em bem.
Aquele que está verdadeiramente em paz não suspeita mal de ninguém.
Mas o que é descontente e inquieto é agitado por várias suspeitas.
Nem descansa nem deixa descansar os outros.
Diz muitas vezes o que não devia dizer e omite fazer o que devia.
Preocupa-se com o que os outros têm de fazer, mas desleixa o que lhe
compete.
Tem, antes de tudo, cuidado contigo e poderás então zelar pelo teu
próximo.
Terça-feira,
dia 27 de Junho de 2017
Terça-feira da 12.ª semana do Tempo
Comum
Abrão era muito rico em rebanhos, prata e ouro
e Lot, que acompanhava Abrão, também tinha rebanhos, manadas e tendas.
Mas a região não permitia que habitassem juntos: os seus bens eram tão
grandes que não podiam viver em comum.
Houve assim uma contenda entre os pastores de Abrão e os de Lot. Nesse
tempo, os cananeus e os ferezeus habitavam aquela terra.
Abrão disse a Lot: «Não haja questões entre mim e ti, nem entre os meus
pastores e os teus, uma vez que somos irmãos.
Não tens toda a região à tua frente? Peço-te que te separes de mim: se
fores para a esquerda, eu irei para a direita; se fores para a direita,
eu irei para a esquerda».
Lot ergueu os olhos e viu que a planície do Jordão até Soar era toda
irrigada. __ Antes de o Senhor ter destruído Sodoma e Gomorra, era como o
jardim do Senhor, como a terra do Egipto.
Lot escolheu toda a planície do Jordão e dirigiu-se para oriente. Assim
eles se separaram um do outro:
Abrão estabeleceu-se na terra de Canaã e Lot estabeleceu-se nas
planícies, armando as suas tendas até Sodoma,
cujos habitantes eram perversos e pecavam gravemente contra o Senhor.
O Senhor disse a Abrão, depois de Lot se ter separado dele: «Ergue os
olhos e, do lugar onde estás, olha para o norte e para o sul, para
oriente e para ocidente.
Toda a região que vês, dá-la-ei a ti e à tua descendência para sempre.
Tornarei a tua descendência tão numerosa como a poeira da terra: quem
puder contar os grãos da poeira da terra poderá contar os teus
descendentes.
Levanta-te e percorre essa terra no seu comprimento e na sua largura
porque eu ta darei».
Abrão levantou as suas tendas e foi estabelecer-se junto ao carvalho de
Mambré, em Hebron e aí construiu um altar ao Senhor.
Livro de Salmos 15(14),2-3ab.3cd-4ab.5.
O que vive sem mancha e pratica a justiça
e diz a verdade que tem no seu coração
e guarda a sua língua da calúnia.
O que não faz mal ao seu próximo,
nem ultraja o seu semelhante,
o que tem por desprezível o ímpio,
mas estima os que adoram o Senhor.
O que não falta ao juramento mesmo em seu prejuízo
e não empresta dinheiro com usura
nem aceita presentes para condenar o inocente.
Quem assim proceder jamais será abalado.
Evangelho segundo S. Mateus 7,6.12-14.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Não
deis aos cães o que é santo nem lanceis aos porcos as vossas pérolas, não
vão eles calcá-las aos pés e voltar-se para vos despedaçarem.
Tudo quanto quiserdes que os homens vos façam fazei-o também a eles, pois nisto consiste a Lei e os Profetas.
Entrai pela porta estreita porque larga é a porta e espaçoso o caminho
que leva à perdição e muitos são os que seguem por eles.
Como é estreita a porta e apertado o caminho que conduz à vida e como são
poucos aqueles que os encontram!»
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
São João Paulo II (1920-2005),
papa
Discurso em Paris no dia 3 de Junho de 1980
«É estreita a porta e apertado o caminho que conduz à Vida»
Vim encorajar-vos no caminho do Evangelho, um caminho
certamente estreito, mas caminho real, seguro, trilhado por gerações de
cristãos, ensinado pelos santos. É o caminho pelo qual, exactamente como
vós, se esforçam por caminhar os vossos irmãos em toda a Igreja. Este
caminho não passa pela resignação, pelas renúncias ou pelos abandonos.
Não se coaduna com o enfraquecimento do sentido moral e desejaria que a
própria lei civil ajudasse a elevar o Homem. Não aspira a enterrar-se, a
ficar inadvertido, antes exige a audácia jubilosa dos apóstolos. Por
isso, deita fora a pusilanimidade, mostrando-se absolutamente respeitoso
para com os que não partilham do mesmo ideal.
«Reconhece, ó cristão, a tua dignidade!», dizia o grande Papa S. Leão. E
eu, seu indigno sucessor, vo-lo digo a vós, meus irmãos e minhas irmãs: Reconhecei a vossa dignidade!
Sede ciosos da vossa fé, do dom do Espírito que o Pai vos outorga. Vim
para o meio de vós como um pobre, com a única riqueza da fé, peregrino do
Evangelho. Dai à Igreja e ao mundo o exemplo da vossa fidelidade sem
desfalecimento e do vosso zelo missionário. A minha visita tem de ser um
apelo a um novo impulso perante as numerosas tarefas que se vos oferecem.
Quarta-feira,
dia 28 de Junho de 2017
Quarta-feira da
12.ª semana do Tempo Comum
Naqueles dias, foi
dirigida a Abrão a palavra do Senhor numa visão: «Não temas, Abrão: Eu
sou o teu escudo; será grande a tua recompensa».
Abrão respondeu: «Senhor, meu Deus, que me dareis? Vou partir desta
vida sem descendência e o herdeiro da minha casa é Eliezer de Damasco».
E continuou: «Vós não me destes descendência e um servo nascido na
minha casa é que será o meu herdeiro».
Então a palavra do Senhor foi-lhe dirigida nestes termos: «Não é ele
que será o teu herdeiro; o teu herdeiro vai ser alguém nascido do teu
sangue».
Deus levou Abrão para fora de casa e disse-lhe: «Olha para o céu e
conta as estrelas, se as puderes contar». E acrescentou: «Assim será a
tua descendência».
Abrão acreditou no Senhor, o que lhe foi atribuído como justiça.
Disse-lhe Deus: «Eu sou o Senhor que te mandou sair de Ur dos Caldeus
para te dar a posse desta terra».
Abrão perguntou: «Senhor, meu Deus, como saberei que a vou possuir?».
O Senhor respondeu-lhe: «Toma uma vitela de três anos, uma cabra de
três anos e um carneiro de três anos, uma rola e um pombinho».
Abrão foi buscar todos esses animais, cortou-os ao meio e pôs cada
metade em frente da outra metade; mas não cortou as aves.
Os abutres desceram sobre os cadáveres, mas Abrão pô-los em fuga.
Ao pôr do sol, apoderou-se de Abrão um sono profundo, enquanto o
assaltava um grande e escuro terror.
Quando o sol desapareceu e caíram as trevas, um brasido fumegante e um
archote de fogo passaram entre os animais cortados.
Nesse dia, o Senhor estabeleceu com Abrão uma aliança, dizendo: «Aos
teus descendentes darei esta terra, desde o rio do Egipto até ao grande
rio Eufrates».
Livro de Salmos 105(104),1-2.3-4.6-7.8-9.
Agradecei ao
Senhor, aclamai o seu nome,
anunciai entre os povos as suas obras.
Cantai-Lhe salmos e hinos,
proclamai todas as suas maravilhas.
Gloriai-vos no seu nome santo,
exulte o coração dos que procuram o Senhor.
Procurai o Senhor e o seu poder,
buscai sempre a sua presença.
Vós, descendentes de Abraão, seu servidor,
filhos de Jacob, seu eleito,
o Senhor é o nosso Deus
e as suas sentenças são lei em toda a Terra.
Ele recorda sempre a sua aliança,
a palavra que empenhou para mil gerações,
o pacto que estabeleceu com Abraão,
o juramento que fez a Isaac.
Evangelho segundo S. Mateus 7,15-20.
Naquele tempo,
disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Acautelai-vos dos falsos
profetas que andam vestidos de ovelhas, mas por dentro são lobos
ferozes.
Pelos frutos os conhecereis. Poderão colher-se uvas dos espinheiros ou
figos dos cardos?
Assim toda a árvore boa dá bons frutos e toda a árvore má dá
maus frutos. (= quem é bom pratica sempre o bem; quem é mau pratica
sempre o mal, algumas vezes encoberto)
Uma árvore boa não pode dar maus frutos nem uma árvore má dar bons
frutos.
Toda a árvore que não dá bom fruto é cortada e lançada ao fogo.
Portanto, pelos frutos os conhecereis».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Jean Tauler (c. 1300-1361),
dominicano de Estrasburgo
Sermão 7
Dar bons frutos
Numa
vinha, revolve-se a terra à volta das vides e mondam-se as ervas
daninhas. Também o Homem se deve mondar a si próprio e estar
profundamente atento ao que mais poderá ainda arrancar no fundo do seu
ser para que o Sol divino possa aproximar-se mais de si e em si
brilhar. Se deixares a força do alto fazer a sua obra [...], o sol
tornar-se-á brilhante, dardejará os seus quentes raios sobre os frutos
e torná-los-á mais e mais transparentes. Maior doçura terão, finíssimas
se tornarão as suas finas cascas. Assim é também no domínio espiritual.
Os obstáculos de permeio tornam-se por fim tão ténues que recebemos
ininterruptamente os toques divinos e de muito perto. E sempre que nos
voltarmos para Ele, encontraremos no interior o divino Sol a brilhar
com muito mais intensidade que todos os sóis que alguma vez brilharam
no firmamento. E assim tudo no homem será deificado, a tal ponto que
ele já não sentirá, não experimentará nem verdadeiramente conhecerá com
tão profundo conhecimento mais nada a não ser Deus e tal conhecimento
ultrapassará em muito o modo de conhecimento da razão.
Arrancaremos por fim as folhas aos sarmentos para que o sol possa bater
nos frutos sem encontrar obstáculo algum. Assim será com o Homem: tudo
o que estiver de permeio cairá e tudo receberá de modo imediato. Cairão
orações, representações de santos, práticas de devoção, exercícios. Mas
que o Homem se livre de rejeitar estas práticas enquanto por si próprias
elas não caírem. Só então, atingido esse estádio, o fruto se há-de
tornar tão doce, de uma forma tão indescritível que não haverá razão
capaz de tal compreender. [...] Seremos um só com a doçura divina,
estando o nosso ser todo penetrado pelo Ser divino e sendo nós como uma
gota num grande tonel de vinho [...]. Aqui, as boas intenções e a
humildade são a mera simplicidade, um mistério tão essencialmente
pacificador que teremos até dificuldade em tomar consciência dele.
Quinta-feira, dia 29 de Junho de 2017
São Pedro e
São Paulo, apóstolos - Solenidade
Naqueles dias, o
rei Herodes começou a perseguir alguns membros da Igreja.
Mandou matar à espada Tiago, irmão de João
e, vendo que tal procedimento agradava aos judeus, mandou prender
também Pedro. Era nos dias dos Ázimos.
Mandou-o prender e meter na cadeia, entregando-o à guarda de quatro turnos
de quatro soldados cada um, com a intenção de o fazer comparecer
perante o povo, depois das festas da Páscoa.
Enquanto Pedro era guardado na prisão, a Igreja orava instantemente a
Deus por ele.
Na noite anterior ao dia em que Herodes pensava fazê-lo comparecer,
Pedro dormia entre dois soldados, preso a duas correntes, enquanto as
sentinelas, à porta, guardavam a prisão.
De repente, apareceu o Anjo do Senhor e uma luz iluminou a cela da
cadeia. O Anjo acordou Pedro, tocando-lhe no ombro e disse-lhe:
«Levanta-te depressa». E as correntes caíram-lhe das mãos.
Então o Anjo disse-lhe: «Põe o cinto e calça as sandálias». Ele assim
fez. Depois acrescentou: «Envolve-te no teu manto e segue-me».
Pedro saiu e foi-o seguindo sem perceber a realidade do que estava a
acontecer por meio do Anjo; julgava que era uma visão.
Depois de atravessarem o primeiro e o segundo posto da guarda,
chegaram à porta de ferro que dá para a cidade e a porta abriu-se por
si mesma diante deles. Saíram, avançando por uma rua e subitamente o
Anjo desapareceu.
Então Pedro, voltando a si, exclamou: «Agora sei realmente que o
Senhor enviou o seu Anjo e me libertou das mãos de Herodes e de toda
a expectativa do povo judeu».
Livro de Salmos 34(33),2-3.4-5.6-7.8-9.
A toda a hora
bendirei o Senhor,
o seu louvor estará sempre na minha boca.
A minha alma gloria-se no Senhor:
escutem e alegrem-se os humildes.
Enaltecei comigo o Senhor
e exaltemos juntos o seu nome.
Procurei o Senhor e Ele atendeu-me,
libertou-me de toda a ansiedade.
Voltai-vos para Ele e ficareis radiantes,
o vosso rosto não se cobrirá de vergonha.
Este pobre clamou e o Senhor o ouviu,
salvou-o de todas as angústias.
O Anjo do Senhor protege os que O adoram
e defende-os dos perigos.
Saboreai e vede como o Senhor é bom:
feliz o homem que n’Ele se refugia.
2.ª
Carta a Timóteo 4,6-8.17-18.
Caríssimo: Eu já
estou oferecido em libação e o tempo da minha partida está iminente.
Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé.
E agora já me está preparada a coroa da justiça que o Senhor, justo
juiz, me há-de dar naquele dia e não só a mim, mas a todos aqueles
que tiverem esperado com amor a sua vinda.
O Senhor esteve a meu lado e deu-me força para que, por meu
intermédio, a mensagem do Evangelho fosse plenamente proclamada e
todas as nações a ouvissem e eu fui libertado da boca do leão.
O Senhor me livrará de todo o mal e me dará a salvação no seu reino
celeste. Glória a Ele pelos séculos dos séculos. Ámen.
Evangelho segundo S. Mateus 16,13-19.
Naquele tempo,
Jesus Cristo foi para os lados de Cesareia de Filipe e perguntou aos
seus discípulos: «Quem dizem os homens que é o Filho (do homem)?».
Eles responderam: «Uns dizem que é João Baptista, outros que é Elias,
outros que é Jeremias ou algum dos profetas».
Jesus Cristo perguntou: «E vós, quem dizeis que Eu sou?».
Então Simão Pedro tomou a palavra e disse: «Tu és o Messias, o Filho
de Deus vivo».
Jesus Cristo respondeu-lhe: «Feliz de ti, Simão, filho de Jonas
porque não foram a carne e o sangue que to revelaram, mas sim meu Pai
que está nos Céus.
Também Eu te digo: Tu és Pedro; sobre esta pedra edificarei a minha
Igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.
Dar-te-ei as chaves do reino dos Céus: tudo o que ligares na Terra será
ligado nos Céus e tudo o que desligares na Terra será desligado nos
Céus».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
São Bernardo (1091-1153),
monge cisterciense, doutor da Igreja
3.º sermão para a festa dos santos apóstolos Pedro
e Paulo
«Sou o menor dos apóstolos, nem sou digno de ser chamado
Apóstolo» (1Cor 15,9)
É com
razão, irmãos, que a Igreja aplica aos santos apóstolos Pedro e Paulo estas palavras do Sábio: «Foram homens de
misericórdia, cujas obras de piedade não foram esquecidas. Na sua
descendência permanecem os seus bens e a sua herança passa à sua
posteridade» (Sir 44,10-11). Sim, podemos, com propriedade,
chamar-lhes homens de misericórdia porque eles obtiveram misericórdia
para si próprios porque estão cheios de misericórdia e porque foi na
sua misericórdia que Deus no-los deu.
Vede, com efeito, que misericórdia obtiveram. Se interrogardes o
apóstolo S. Paulo sobre este assunto [...], ele dir-vos-á: «Antes
fora blasfemo, perseguidor e violento. Mas alcancei misericórdia
porque agi por ignorância, sem ter fé ainda» (1Tim 1,13). De facto,
pensemos no mal que ele fez aos cristãos de Jerusalém [...] e aos de
toda a Judeia! [...] Quanto ao bem-aventurado Pedro, tenho outra
coisa a dizer-vos e coisa tão sublime quanto única. Com efeito, se
Paulo pecou, fê-lo sem o saber porque não tinha fé; Pedro, pelo
contrário, tinha os olhos bem abertos no momento da queda (Mt
26,69s). Mas «onde abundou o pecado, superabundou a graça» (Rom
5,20). [...] Se S. Pedro pôde elevar-se a um tal grau de santidade
depois de uma queda tão pesada, quem poderá desesperar a partir de
então, por pouco que queira sair de seus pecados? Atentai no que diz
o Evangelho: «saindo para fora, chorou amargamente» (v. 75) [...].
Ouvistes que misericórdia obtiveram os apóstolos; de então em diante,
nenhum de vós será esmagado pelas faltas passadas [...]. Se
pecaste, não pecou Paulo ainda mais? Se caíste, não caiu Pedro de
maneira bem mais grave do que tu? Ora, um e outro, pela penitência,
não só obtiveram a salvação como se tornaram grandes santos e mesmo
ministros da salvação, mestres da santidade. Faz, portanto, o mesmo,
irmão, pois é por ti que a Escritura lhes chama «homens de
misericórdia».
Sexta-feira, dia 30 de Junho de 2017
Sexta-feira
da 12.ª semana do
Tempo Comum
Quando Abraão
tinha noventa e nove anos de idade, o Senhor apareceu-lhe e
disse-lhe: «Eu sou o Deus todo-poderoso. Anda na minha presença e
sê perfeito».
Deus disse ainda a Abraão: «Guardarás a minha aliança, tu e a tua
descendência, de geração em geração.
Esta é a aliança que estabeleço contigo e com os teus descendentes
e que deveis observar: todos os homens serão circuncidados».
Deus disse a Abraão: «A Sarai, tua esposa, nunca mais lhe chamarás
Sarai; o seu nome é Sara.
Eu a abençoarei e por ela te darei um filho. Eu a abençoarei e ela
dará origem a nações; dela sairão reis de povos».
Abraão prostrou-se com o rosto em terra e começou a rir, dizendo:
«Como pode nascer um filho a um homem de cem anos? Como pode Sara
aos noventa anos ser mãe?».
Abraão disse a Deus: «Ao menos viva Ismael na vossa presença».
Mas Deus respondeu-lhe: «Não é isso. Sara, tua esposa, dar-te-á um
filho e tu lhe porás o nome de Isaac. Estabelecerei com ele a minha
aliança, como aliança perpétua com a sua descendência.
Quanto a Ismael, também te ouvi: Eu o abençoarei e tornarei fecundo
e o farei multiplicar-se sem medida. Será pai de doze chefes e
farei dele um grande povo.
Mas estabelecerei a minha aliança com Isaac que Sara dará à luz,
por este mesmo tempo, no próximo ano».
Quando acabou de falar, Deus retirou-se de junto de Abraão.
Livro de Salmos 128(127),1-2.3.4-5.
Feliz de ti,
que adoras o Senhor
e andas nos seus caminhos.
Comerás do trabalho das tuas mãos,
serás feliz e tudo te correrá bem.
Tua esposa será como videira fecunda
no íntimo do teu lar;
teus filhos serão como ramos de oliveira
ao redor da tua mesa.
Assim será abençoado o homem que adora o Senhor.
De Sião te abençoe o Senhor:
vejas a prosperidade de Jerusalém
todos os dias da tua vida.
Evangelho segundo S. Mateus 8,1-4.
Ao descer Jesus
Cristo do monte, seguia-O uma grande multidão.
Veio então prostrar-se diante d’Ele um leproso que Lhe disse:
«Senhor, se quiseres, podes curar-me».
Jesus Cristo estendeu a mão e tocou-o, dizendo: «Eu quero: fica
curado». E imediatamente ficou curado da lepra.
Disse-lhe Jesus Cristo: «Não digas nada a ninguém; mas vai
mostrar-te ao sacerdote e apresenta a oferta que Moisés ordenou
para que lhes sirva de testemunho».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Simeão, o Novo Teólogo
(c. 949-1022), monge grego
Hino n.º 30
«Jesus Cristo estendeu a mão e
tocou-o, dizendo: 'Eu quero, fica curado!'»
Antes
de brilhar a luz divina,
Não me conhecia a mim mesmo.
Vendo-me nas trevas e na prisão,
Preso num lamaçal,
Coberto de sujidade, ferido, com a carne inchada [...],
Caí aos pés daquele que me iluminara.
E Aquele que me iluminara tocou com suas mãos
Nas minhas cadeias e nas minhas feridas;
No sítio onde a sua mão tocou e aonde o seu dedo se chegou,
No mesmo momento se soltaram as cadeias,
Daí desapareceram as feridas e toda a sujidade.
A mácula da minha carne desapareceu [...]
Pois Ele tornou-a semelhante à sua mão divina.
Estranha maravilha: a minha carne, a minha alma e o meu corpo
Participam da glória divina.
Assim que fui purificado e liberto das minhas cadeias,
Eis que Ele me estende uma mão divina,
Retira-me completamente do lamaçal,
Abraça-me, lança-Se-me ao pescoço,
Cobre-me de beijos (Lc 15,20).
E a mim, que estava completamente exausto,
E tinha perdido as forças,
Põe-me aos ombros (Lc 15,5),
E leva-me para fora do meu inferno. [...]
É a luz que me transporta e me sustenta;
Que me conduz para uma grande luz. [...]
Ele permite-me contemplá-la, por estranha renovação,
Ele próprio me tornou a formar (Gn 2,7) e me arrancou à corrupção.
Concedeu-me o dom da vida imortal,
Revestiu-me com uma túnica imaterial e luminosa
E deu-me sandálias, um anel e uma coroa
Incorruptíveis e eternos (Lc 15,22).
Sábado, dia 01 de Julho de 2017
Sábado da
12.ª semana do
Tempo Comum
Livro de Génesis
18,1-15.
Naqueles
dias, o Senhor apareceu a Abraão junto do carvalho de Mambré.
Abraão estava sentado à entrada da sua tenda, no maior calor do
dia.
Ergueu os olhos e viu três homens de pé diante dele. Logo que os
viu, deixou a entrada da tenda e correu ao seu encontro;
prostrou-se por terra
e disse: «Meu Senhor, se agradei aos vossos olhos, não passeis
adiante sem parar em casa do vosso servidor.
Mandarei vir água para que possais lavar os pés e descansar
debaixo desta árvore.
Vou buscar um bocado de pão para restaurardes as forças antes de
continuardes o vosso caminho, pois não foi em vão que passastes
diante da casa do vosso servidor». Eles responderam: «Faz como
disseste».
Abraão apressou-se a ir à tenda onde estava Sara e disse-lhe:
«Toma depressa três medidas de flor da farinha, amassa-a e coze
uns pães no borralho».
Abraão correu ao rebanho e escolheu um vitelo tenro e bom e
entregou-o a um servo que se apressou a prepará-lo.
Trouxe manteiga e leite e o vitelo já pronto e colocou-o diante
deles e, enquanto comiam, ficou de pé junto deles debaixo da
árvore.
Depois eles disseram-lhe: «Onde está Sara, tua esposa?». Abraão
respondeu: «Está ali na tenda».
E um deles disse: «Passarei novamente pela tua casa daqui a um
ano e então Sara, tua esposa, terá um filho». Sara escutava por
detrás dele, à entrada da tenda.
Abraão e Sara eram velhos, de idade muito avançada e Sara já
tinha passado a idade de ser mãe.
Sara riu-se, pensando consigo: «Agora que estou envelhecida é que
terei a alegria de ser mãe, com um marido tão velho?».
Mas o Senhor disse a Abraão: «Porque se riu Sara, pensando
consigo: ‘Irei eu realmente dar à luz, agora que estou velha?’.
Mas há porventura alguma coisa impossível ao Senhor? Neste mesmo
tempo, no próximo ano, Eu virei ter contigo e Sara terá um
filho».
Sara, entretanto, porque tinha medo, pretendeu negar: «Eu não me
ri». Mas o Senhor respondeu-lhe: «Riste, sim».
Evangelho segundo S. Lucas 1,46-47.48-49.50.53.54-55.
Naquele
tempo, disse Maria: «A minha alma glorifica o Senhor
«A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em
Deus, meu Salvador.
Porque pôs os olhos na humildade da sua servidora: de hoje em
diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações.
O Todo-poderoso fez em mim maravilhas, Santo é o seu nome.
A sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles
que O adoram.
Aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias.
Acolheu a Israel, seu servidor, lembrado da sua misericórdia,
como tinha prometido a nossos pais, a Abraão e à sua descendência
para sempre».
Evangelho segundo S. Mateus 8,5-17.
Naquele
tempo, ao entrar Jesus Cristo em Cafarnaum, aproximou-se d’Ele um
centurião que Lhe suplicou, dizendo:
«Senhor, o meu servo jaz em casa paralítico e sofre
horrivelmente».
Disse-lhe Jesus Cristo: «Eu irei curá-lo».
Mas o centurião respondeu-Lhe: «Senhor, eu não sou digno de que
entres em minha casa; mas diz uma só palavra e o meu servo ficará
curado.
Porque eu, que não passo de um subalterno, tenho soldados sob as
minhas ordens: digo a um ‘Vai!’ e ele vai; a outro ‘Vem!’ e ele
vem e ao meu servo ‘Faz isto!’ e ele faz».
Ao ouvi-lo, Jesus Cristo ficou admirado e disse àqueles que O
seguiam: «Em verdade vos digo: Não encontrei ninguém em Israel
com tão grande fé.
Por isso vos digo: Do Oriente e do Ocidente virão muitos
sentar-se à mesa, com Abraão, Isaac e Jacob, no reino dos Céus,
ao passo que os filhos do reino serão lançados nas trevas
exteriores, onde haverá choro e ranger de dentes».
Depois Jesus Cristo disse ao centurião: «Vai para casa. Seja
feito conforme acreditaste». E naquela hora, o servo ficou
curado.
Quando Jesus Cristo entrou na casa de Pedro, viu que a
sogra dele estava de cama com febre.
Tocou-lhe na mão e a febre deixou-a; ela então levantou-se e
começou a servi-los.
Ao cair da tarde, trouxeram-Lhe muitos possessos. Jesus Cristo expulsou
os espíritos com uma palavra e curou todos os doentes.
Assim se cumpria o que o profeta Isaías anunciara, dizendo: «Tomou sobre si as nossas
enfermidades e suportou as nossas doenças».
Tradução litúrgica da Bíblia
Comentário do dia:
Catecismo da Igreja
Católica
§§ 830-835
«Do Oriente e do Ocidente virão
muitos sentar-se à mesa, com Abraão, Isaac e Jacob, no reino dos
Céus»
A
Igreja é católica: a palavra «católica» significa «universal» no
sentido de «segundo a totalidade» ou «segundo a integralidade» «A
Igreja é católica em duplo sentido: é católica porque nela Jesus Cristo
está presente. Onde está Cristo Jesus, está a Igreja católica» (Santo
Inácio de Antioquia); nela subsiste a plenitude do Corpo de Jesus
Cristo unido à sua Cabeça (Ef 1,22-23). [...] Neste sentido
fundamental, a Igreja era católica no dia de Pentecostes e
sê-lo-á sempre, até o dia da Parusia.
Ela é católica porque é enviada em missão por Jesus Cristo à
universalidade do género humano (Mt 28,19). «Todos os homens são
chamados a pertencer ao novo Povo de Deus. Por isso este Povo,
permanecendo uno e único, deve estender-se a todo o mundo e por
todos os tempos, para que se cumpra o desígnio da vontade de Deus
que, no início, formou uma natureza humana e finalmente decretou
congregar os seus filhos que estavam dispersos» (Vaticano II, LG
13). [...]
Cada igreja particular é católica. [...] Essas Igrejas
particulares «são formadas à imagem da Igreja universal; é nelas
e a partir delas que existe a Igreja católica una e única» (LG
23). As Igrejas particulares são plenamente católicas pela
comunhão com uma delas: a Igreja de Roma, «que preside à
caridade» (Santo Inácio de Antioquia). «Pois com esta Igreja, em
razão da sua origem mais excelente, deve necessariamente
concordar cada Igreja, isto é, os fiéis de toda a parte» (Santo
Ireneu). [...] A rica variedade de disciplinas eclesiásticas, de
ritos litúrgicos, de patrimónios teológicos e espirituais
próprios das Igrejas locais «mostra mais luminosamente a catolicidade
da Igreja, indivisa devido à sua convergência na unidade» (LG
23). ©
http://goo.gl/RSVXh5 portal da Confraria Bolos
D. Rodrigo
Confraria Bolos D. Rodrigo – já está no Facebook
Os meus filmes
2.º – O Cemitério de Lagos
3.º – Lagos e a sua Costa Dourada
4.º – Natal de 2012
5.º – Tempo de Poesia
Os meus blogues
--------------------------------------------
http://www.descubriter.com/pt/ Rota
Europeia dos Descobrimentos
http://www.psd.pt/ Homepage - “Povo Livre” -
Arquivo - PDF
http://www.radiosim.pt/ 18,30h
– terço todos os dias
(livros, música, postais, … cristãos)
http://www.amigosdoscastelos.org.pt/
|
|
|
|
|
|
|
Sem comentários:
Enviar um comentário