domingo, 31 de julho de 2016

Cristianismo 167 até 30-07-2016


"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68

Domingo, dia 24 de Julho de 2016

17.º Domingo do Tempo Comum - Ano C

Naqueles dias, disse o Senhor: «O clamor contra Sodoma e Gomorra é tão forte, o seu pecado é tão grave
que Eu vou descer para verificar se o clamor que chegou até Mim corresponde inteiramente às suas obras. Se sim ou não, hei-de sabê-lo».
Os homens que tinham vindo à residência de Abraão dirigiram-se então para Sodoma, enquanto o Senhor continuava junto de Abraão.
Este aproximou-se e disse: «Irás destruir o justo com o pecador?
Talvez haja cinquenta justos na cidade. Matá-los-ás a todos? Não perdoarás a essa cidade, por causa dos cinquenta justos que nela residem?
Longe de Ti fazer tal coisa: dar a morte ao justo e ao pecador, de modo que o justo e o pecador tenham a mesma sorte! Longe de Ti! O juiz de toda a Terra não fará justiça?».
O Senhor respondeu-lhe: «Se encontrar em Sodoma cinquenta justos, perdoarei a toda a cidade por causa deles».
Abraão insistiu: «Atrevo-me a falar ao meu Senhor, eu que não passo de pó e cinza:
talvez para cinquenta justos faltem cinco. Por causa de cinco, destruirás toda a cidade?». O Senhor respondeu: «Não a destruirei se lá encontrar quarenta e cinco justos».
Abraão insistiu mais uma vez: «Talvez não se encontrem nela mais de quarenta». O Senhor respondeu: «Não a destruirei em atenção a esses quarenta».
Abraão disse ainda: «Se o meu Senhor não levar a mal, falarei mais uma vez: talvez haja lá trinta justos». O Senhor respondeu: «Não farei a destruição, se lá encontrar esses trinta».
Abraão insistiu novamente: «Atrevo-me ainda a falar ao meu Senhor: talvez não se encontrem lá mais de vinte justos». O Senhor respondeu: «Não destruirei a cidade em atenção a esses vinte».
Abraão prosseguiu: «Se o meu Senhor não levar a mal, falarei ainda esta vez: talvez lá não se encontrem senão dez». O Senhor respondeu: «Em atenção a esses dez, não destruirei a cidade». (A mim, este diálogo enerva-me porque não acho adequado falar desta maneira com Deus, regatear com Deus; Ele que conhece a verdade e é Justo não precisa de regateadores para fazer justiça. Os seus colaboradores observam sempre a verdade e tudo é decidido de acordo com ela, a verdade. É muito errada esta maneira de alguém se relacionar com Deus! Relativamente ao assunto em questão: regateia-se salvar a cidade por causa dos justos que lá existam. Pois bem, sem a cidade, os justos teriam de se deslocar para outra cidade para continuarem as suas vidas e eles não podem ser prejudicados por causa dos hereges. Assim a questão trata de salvar a cidade e salvar os justos que lá existam porque salvar os hereges, isso Deus não o pode fazer porque Ele é Justo e Deus salva a cidade e salva os justos que lá existam e arrasa os hereges porque eles próprios se condenaram, recusando Deus e condenando Deus. Não há apelo para eles!)

Livro de Salmos 138(137),1-2a.2bc-3.6-7ab.7c-8.
De todo o coração, Senhor, eu Vos agradeço
porque ouvistes as palavras da minha boca.
Na presença dos Anjos hei-de cantar-Vos
e Vos adorarei, voltado para o vosso templo santo.

Hei-de louvar o vosso nome pela vossa bondade e fidelidade
porque exaltastes acima de tudo o vosso nome e a vossa promessa.
Quando Vos invoquei, me respondestes,
aumentastes a fortaleza da minha alma.

O Senhor é excelso e olha para o humilde,
ao soberbo conhece-o de longe.
No meio da tribulação, Vós me conservais a vida,
Vós me ajudais contra os meus inimigos.

A vossa mão direita me salvará,
No meio da tribulação Vós me conservais a vida,
Vós me ajudais contra os meus inimigos.
A vossa mão direita me salvará,

A vossa mão direita me salvará,
o Senhor completará o que em meu auxílio começou.
Senhor, a vossa bondade é eterna,
não abandoneis a obra das vossas mãos.

Carta aos Colossenses 2,12-14.
Irmãos: Sepultados com Jesus Cristo no baptismo, também com Ele fostes ressuscitados pela fé que tivestes no poder de Deus que O ressuscitou dos mortos.
Quando estáveis mortos nos vossos pecados e na incircuncisão da vossa carne, Deus fez que voltásseis à vida com Jesus Cristo e perdoou-nos todas as nossas faltas.
Anulou o documento da nossa dívida, com as suas disposições contra nós; suprimiu-o, cravando-o na cruz.
Evangelho segundo S. Lucas 11,1-13.
Naquele tempo, estava Jesus Cristo em oração em certo lugar. Ao terminar, disse-Lhe um dos discípulos: «Senhor, ensina-nos a orar como João Baptista ensinou também os seus discípulos».
Disse-lhes Jesus Cristo: «Quando orardes, dizei: ‘Pai, santificado seja o vosso nome; venha o vosso reino;
dai-nos em cada dia o pão da nossa subsistência;
perdoai-nos os nossos pecados porque também nós perdoamos a todo aquele que nos ofende e não nos deixeis cair em tentação’».
Disse-lhes ainda: «Se algum de vós tiver um amigo, poderá ter de ir a sua casa à meia-noite, para lhe dizer: ‘Amigo, empresta-me três pães
porque chegou de viagem um dos meus amigos e não tenho nada para lhe dar’.
Ele poderá responder lá de dentro: ‘Não me incomodes; a porta está fechada, eu e os meus filhos já nos deitámos; não posso levantar-me para te dar os pães’.
Eu vos digo: Se ele não se levantar por ser amigo, ao menos, por causa da sua insistência, levantar-se-á para lhe dar tudo aquilo de que precisa.
Também vos digo: Pedi (o bem) e dar-se-vos-á; procurai e encontrareis; batei à porta e abrir-se-vos-á.
Porque quem pede, recebe; quem procura encontra e a quem bate à porta, abrir-se-á.
Se um de vós for pai e um filho lhe pedir peixe, em vez de peixe dar-lhe-á uma serpente?
E se lhe pedir um ovo, dar-lhe-á um escorpião?
Se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o Pai do Céu dará o Espírito Santo àqueles que Lho pedem!».

Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos -
www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Santa Catarina de Sena (1347-1380), terceira dominicana, doutora da Igreja, copadroeira da Europa
Os Diálogos, cap. 134
«Pedi e dar-se-vos-á.»
A tua verdade disse que, se chamássemos, seríamos atendidos, se batêssemos à porta, ser-nos-ia aberta, se pedíssemos, ser-nos-ia dado. Ó Pai eterno, os teus servidores clamam por misericórdia. Responde-lhes, pois. Porque eu sei que a misericórdia Te pertence e, por isso, não a podes recusar a quem Ta pede. Batem à porta da tua verdade porque é na tua verdade, no teu Filho (Jo 14,6), que conhecem o amor inefável que tens pelo homem. É por isso que batem à porta. E é por isso que o fogo da tua caridade não poderá, não pode deixar de abrir àqueles que batem com perseverança.
Abre, pois, dilata, quebra os corações endurecidos daqueles que criaste [...] Atende-os, Pai eterno. [...] Abre a porta da tua caridade ilimitada que veio até nós pela porta do Verbo. Sim, eu sei que abres mesmo antes de nós batermos porque é com a vontade e com o amor que lhes deste que os teus servidores batem e clamam por Ti, para tua honra e para a salvação das almas. Dá-lhes, pois, o pão da vida, isto é, o fruto do sangue do teu Filho único (= primogénito, modelo para todos os outros).


Segunda-feira, dia 25 de Julho de 2016

S. Tiago, apóstolo – Festa

Santo do dia : S. Tiago Maior, apóstolo, mártir, S. Cristóvão, mártir, séc. III

2ª Carta aos Coríntios 4,7-15.
Irmãos: Nós trazemos em vasos de barro (= o nosso corpo natural) o tesouro do nosso ministério (= o coração onde está o AMOR, Deus para os crentes), para que se reconheça que um poder tão sublime vem de Deus e não de nós.
Em tudo somos oprimidos, mas não esmagados; andamos perplexos, mas não desesperados;
perseguidos, mas não abandonados; abatidos, mas não aniquilados.
Levamos sempre e em toda a parte no nosso corpo os sofrimentos da morte de Jesus Cristo, a fim de que se manifeste também no nosso corpo a vida de Jesus Cristo.
Porque, estando ainda vivos, somos constantemente entregues à morte por causa de Jesus Cristo, para que se manifeste também na nossa carne mortal a vida de Jesus.
E assim, a morte actua em nós e a vida em vós.
Diz a Escritura: «Acreditei; por isso falei». Com este mesmo espírito de , também nós acreditamos e por isso falamos, sabendo que
Aquele que ressuscitou o Senhor Jesus Cristo também nos há-de ressuscitar com Jesus Cristo e nos levará convosco para junto d’Ele.
Tudo isto é por vossa causa, para que uma graça mais abundante multiplique as acções de graças de um maior número de cristãos para glória de Deus.
Livro de Salmos 126(125),1-2ab.2cd-3.4-5.6.
Quando o Senhor fez regressar os cativos de Sião,
parecia-nos viver um sonho.
Da nossa boca brotavam expressões de alegria
e de nossos lábios cânticos de júbilo.

Diziam então os pagãos:
«O Senhor fez por eles grandes coisas».
Sim, grandes coisas fez por nós o Senhor,
estamos exultantes de alegria.

Fazei regressar, Senhor, os nossos cativos
como as torrentes do deserto.
Os que semeiam em lágrimas
recolhem com alegria.

À ida, vão a chorar,
levando as sementes;
à volta, vêm a cantar,
trazendo os molhos de espigas.

Evangelho segundo S. Mateus 20,20-28.
Naquele tempo, a mãe dos filhos de Zebedeu aproximou-se de Jesus Cristo com os filhos e prostrou-se para Lhe fazer um pedido.
Jesus Cristo perguntou-lhe: «Que queres?». Ela disse-Lhe: «Ordena que estes meus dois filhos se sentem no teu reino um à tua direita e outro à tua esquerda».
Jesus Cristo respondeu: «Não sabeis o que estais a pedir. Podeis beber o cálice que Eu hei-de beber?». Eles disseram: «Podemos».
Então Jesus Cristo declarou-lhes: «Bebereis do meu cálice. Mas sentar-se à minha direita e à minha esquerda não pertence a Mim concedê-lo; é para aqueles a quem meu Pai o designou».
Os outros dez, que tinham escutado, indignaram-se com os dois irmãos.
Mas Jesus Cristo chamou-os e disse-lhes: «Sabeis que os chefes das nações exercem domínio sobre elas e os grandes fazem sentir sobre elas o seu poder.
Não deve ser assim entre vós. Quem entre vós quiser tornar-se grande seja vosso servidor
e quem entre vós quiser ser o primeiro seja vosso escravo (= servidor porque é a assembleia que é soberana e o primeiro em autoridade zela pelo bem de todos; o comandante é o último a salvar-se porque é o primeiro no navio. Há pouco tempo, na Ásia, um comandante foi condenado em tribunal por ter feito o contrário).
Será como o Filho (do homem) que não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida pela redenção dos homens».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São Gregório Magno (c. 540-604), Papa, doutor da Igreja
Homilias sobre os Evangelhos, n.º 35
«Bebereis do meu cálice»
Uma vez que hoje celebramos a festa de um mártir, irmãos, devemos preocupar-nos com a forma de paciência praticada por ele. Com efeito, se, com a ajuda do Senhor, nos esforçarmos por manter essa virtude, obteremos sem dúvida a palma do martírio, ainda que vivamos na paz da Igreja. Porque há dois tipos de martírio: o primeiro consiste numa disposição do espírito; o segundo alia a essa disposição os actos da existência. Por isso, podemos ser mártires mesmo sem morrermos executados pelo gládio do carrasco. Morrer às mãos dos perseguidores é o martírio em acto, na sua forma visível; suportar as injúrias amando quem nos odeia é o martírio em espírito, na sua forma oculta.
Que haja dois tipos de martírio, um oculto, o outro público, a própria Verdade o comprova quando pergunta aos filhos de Zebedeu: «Podeis beber o cálice que Eu hei-de beber?» E à sua asserção, «Podemos», o Senhor riposta: «Bebereis do meu cálice.» Ora, que pode significar para nós este cálice, senão os sofrimentos da sua Paixão, da qual diz noutro sítio: «Pai, se é possível, afasta de Mim este cálice» (Mt 26,39)? Os filhos de Zebedeu, Tiago e João, não morreram ambos mártires, mas foi a ambos que o Senhor disse que haviam de beber esse cálice. De facto, se bem que não viesse a morrer mártir, João acabou todavia por sê-lo, já que os sofrimentos que não sentiu no corpo os sentiu na alma. Devemos então concluir do seu exemplo que nós próprios podemos ser mártires sem passar pela espada, se conservarmos a paciência da alma.

Terça-feira, dia 26 de Julho de 2016

Terça-feira da 17.ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : Santos Joaquim e Ana, pais de Nossa Senhora

Livro de Jeremias 14,17-22.
Chorem meus olhos, noite e dia, lágrimas sem fim porque uma grande ruína, uma chaga atroz, tortura a virgem, filha do meu povo.
Se saio para o campo, eis os mortos à espada; se entro na cidade, eis as vítimas da fome. Tanto o profeta como o sacerdote percorrem o país e não compreendem.
Acaso rejeitastes inteiramente Judá? Porque Vos desgostastes com Sião? Porque nos feristes sem esperança de remédio? Esperávamos a paz e nada vemos de bom, uma era de restauração e surgiu a angústia.
Reconhecemos, Senhor, a nossa impiedade e a culpa dos nossos pais porque pecámos contra Vós.
Não nos rejeiteis, por amor do vosso nome, não deixeis profanar o vosso trono de glória. Recordai e não revogueis a vossa aliança connosco.
Pode algum dos falsos deuses das nações fazer que chova? Ou é o céu que nos dá sozinho os aguaceiros? Não sois Vós, Senhor, nosso Deus, em quem esperamos? Na verdade, sois Vós que realizais tudo isto.
Livro de Salmos 79(78),8.9.11.13.
Não recordeis, Senhor, contra nós
as culpas dos nossos pais.
Corra ao nosso encontro a vossa misericórdia,
porque somos tão miseráveis.

Ajudai-nos, ó Deus, nosso salvador,
para glória do vosso nome.
Salvai-nos e perdoai os nossos pecados,
para glória do vosso nome.

Chegue à vossa presença, Senhor,
o gemido dos cativos;
pela omnipotência do vosso braço,
libertai os condenados à morte.

E nós, vosso povo,
ovelhas do vosso rebanho,
louvar-Vos-emos para sempre
e de geração em geração cantaremos a vossa glória.

Evangelho segundo S. Mateus 13,36-43.
Naquele tempo, Jesus Cristo deixou a multidão e foi para casa. Os discípulos aproximaram-se d’Ele e disseram-Lhe: «Explica-nos a parábola do joio no campo».
Jesus Cristo respondeu: «Aquele que semeia a boa semente é o Filho (do homem)
e o campo é o mundo. A boa semente são os filhos do reino, o joio são os filhos do Maligno
e o inimigo que o semeou é o Diabo. A ceifa é o fim do mundo e os ceifeiros são os Anjos.
Como o joio é apanhado e queimado no fogo, assim será no fim do mundo:
o Filho (do homem) enviará os seus Anjos que tirarão do seu reino todos os escandalosos e todos os que praticam a iniquidade (= não-equidade),
e hão-de lançá-los na fornalha ardente; aí haverá choro e ranger de dentes.
Então os justos brilharão como o sol no reino do seu Pai. Quem tem ouvidos, oiça».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Catecismo da Igreja Católica
§§ 823-827
Creio na Igreja una, santa, católica e apostólica
A Igreja é santa aos olhos da fé, indefetivelmente santa. Com efeito, Jesus Cristo, Filho (de Deus), que é proclamado «o único Santo», com o Pai e o Espírito, amou a Igreja como sua esposa, entregou-Se por ela para a santificar, uniu-a a Si como seu corpo e cumulou-a com o dom do Espírito Santo para glória de Deus. A Igreja é, pois o povo santo de Deus e os seus membros são chamados «santos» (1Cor 6, 1). [...] A Igreja, unida a Jesus Cristo, é santificada por Ele. Por Ele e nele toma-se também santificante. [...] É nela que nós adquirimos a santidade pela graça de Deus. [...]
Nos seus membros, a santidade perfeita é ainda algo a adquirir. [...] «Enquanto Jesus Cristo, santo e inocente, sem mancha, não conheceu o pecado, mas veio somente expiar os pecados do povo, a Igreja, que no seu próprio seio encerra pecadores, é simultaneamente santa e chamada a purificar-se, prosseguindo constantemente no seu esforço de penitência e renovação» (Lumen Gentium, 42) Todos os membros da Igreja, inclusive os seus ministros, devem reconhecer-se pecadores. Em todos eles, o joio do pecado encontra-se ainda misturado com a boa semente do Evangelho até ao fim dos tempos (= à estória de que o homem tem dois lobos dentro dele, um bom e o outro mau; ambos lutam entre si para dominar o homem e ganha aquele que o homem alimentar mais).
A Igreja reúne, pois em si, pecadores abrangidos pela salvação de Jesus Cristo, mas ainda a caminho da santificação. A Igreja é santa, não obstante compreender no seu seio pecadores, porque não possui em si outra vida senão a da graça: é vivendo da sua vida que os seus membros se santificam e é subtraindo-se à sua vida que eles caem no pecado e nas desordens que impedem a irradiação da sua santidade. É por isso que ela sofre e faz penitência por estas faltas, tendo o poder de curar delas os seus filhos, pelo sangue de Jesus Cristo e pelo dom do Espírito Santo.

Quarta-feira, dia 27 de Julho de 2016

Quarta-feira da 17.ª semana do Tempo Comum

Como sou infeliz, minha mãe! Porque me trouxestes ao mundo? Sou um homem contestado e perseguido em toda a terra! Ninguém me deve e eu não devo nada a ninguém e, no entanto, sou amaldiçoado por todos.
Quando apareciam as vossas palavras, Senhor, eu tomava-as como alimento. A vossa palavra era o encanto e a alegria do meu coração porque sobre mim foi invocado o vosso nome, Senhor, Deus do Universo.
Nunca me sentei com os folgazões para me divertir; sob o peso da vossa mão sentei-me solitário porque a vossa indignação enchia a minha alma.
Porque não tem fim a minha dor, porque não tem cura a minha ferida? Vós sois para mim como o ribeiro enganador, em cujas águas não se pode confiar.
Então o Senhor falou-me, dizendo: «Se quiseres voltar, Eu farei que voltes para estares na minha presença. Se separares o metal das impurezas, tu serás como a minha boca. São eles que virão ter contigo e não tu a ir ao seu encontro.
Farei de ti para este povo uma forte muralha de bronze: lutarão contra ti, mas não poderão vencer-te porque Eu estou contigo para te proteger e salvar.
Eu te livrarei das mãos dos malvados, Eu te salvarei do poder dos violentos».
Livro de Salmos 59(58),2-3.4-5a.10-11.17.18.
Meu Deus, livrai-me dos inimigos,
protegei-me contra os meus agressores.
Defendei-me dos que praticam a iniquidade,
salvai-me dos homens sanguinários.
Armam ciladas para me tirar a vida,
conspiram contra mim homens poderosos.

Senhor, em mim não há crime nem pecado,
sem culpa minha correm a atacar-me.
Senhor, minha força, é para Vós que eu me volto,
sois Vós, ó Deus, o meu refúgio.
A bondade do meu Deus venha em meu auxílio
e me faça ver a derrota dos meus inimigos.

Eu cantarei, Senhor, a força do vosso poder,
de manhã louvarei a vossa bondade,
porque sois a minha fortaleza,
o meu refúgio no dia da tribulação.
porque foste o meu amparo
e o meu refúgio no dia da tribulação.

Evangelho segundo S. Mateus 13,44-46.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo à multidão: «O reino dos Céus é semelhante a um tesouro escondido num campo. O homem que o encontrou tornou a escondê-lo e ficou tão contente que foi vender tudo quanto possuía e comprou aquele campo.
O reino dos Céus é semelhante a um negociante que procura pérolas preciosas.
Ao encontrar uma de grande valor, foi vender tudo quanto possuía e comprou essa pérola».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São Máximo, o Confessor (c. 580-662), monge, teólogo
Centúrias sobre o amor, 4, 69 ss.
«O reino dos Céus é semelhante a um tesouro escondido num campo»
Há quem pense que não tem qualquer participação nos dons do Espírito Santo. Devido à sua negligência em levar à prática os mandamentos, essas pessoas não sabem que, quem mantém inalterada a fé em Jesus Cristo, reúne em si mesmo todos os dons divinos. É natural que, quando, por inércia, nos encontramos longe do amor activo que devíamos ter a Deus – esse amor que nos mostra os tesouros de Deus escondidos em nós – pensemos que não estamos a participar nos dons divinos.
Com efeito, se «Cristo habita pela fé nos nossos corações», segundo o apóstolo Paulo (Ef 3, 17), e se nele «estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência» (Col 2, 3), todos esses tesouros da sabedoria e da ciência estão escondidos nos nossos corações. Mas revelam-se ao coração na medida da purificação de cada um, dessa purificação que os mandamentos suscitam. Tal é o tesouro escondido no campo do teu coração que ainda não encontraste, devido à tua preguiça. Porque, se o tivesses encontrado, terias vendido tudo para adquirir esse campo. Mas agora abandonaste o campo e procuras em seu redor, onde apenas existem espinhos e silvas. É por isso que o Salvador afirma: “Bem-aventurados os puros de coração, porque estarão com Deus” (Mt 5, 8). Senti-Lo-ão e verão os tesouros que estão nele, quando se tiverem purificado, pelo amor e pela temperança. E senti-Lo-ão tanto mais, quanto mais se tiverem purificado.

Quinta-feira, dia 28 de Julho de 2016

Quinta-feira da 17.ª semana do Tempo Comum

Palavra que o Senhor dirigiu ao profeta Jeremias:
«Levanta-te e desce à casa do oleiro; ali te farei ouvir as minhas palavras».
Eu desci à casa do oleiro e encontrei-o a trabalhar na roda.
Quando o vaso que ele estava a moldar não saía bem, como acontece com o barro nas mãos do oleiro, ele começava de novo e fazia outro vaso, como lhe parecia melhor.
Então o Senhor dirigiu-me a palavra, dizendo:
«Não poderei Eu tratar-vos como este oleiro, ó casa de Israel? – diz o Senhor –. Como o barro nas mãos do oleiro, assim estais vós na minha mão, ó casa de Israel».
Livro de Salmos 146(145),2abc.2d-4.5-6.
Louva, minha alma, o Senhor.
Louvarei o Senhor toda a minha vida,
cantarei hinos ao meu Deus,
enquanto viver.

Não ponhais a confiança nos poderosos,
no homem que nem a si se pode salvar.
Vai-se-lhe o espírito e volta ao pó da terra
e assim ficam desfeitos os seus planos.

Feliz o que tem por auxílio o Deus de Jacob,
o que põe a sua confiança no Senhor, seu Deus,
que fez o céu e a Terra,
o mar e quanto neles existe.
Evangelho segundo S. Mateus 13,47-53.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo à multidão: «O reino dos Céus é semelhante a uma rede que, lançada ao mar, apanha toda a espécie de peixes.
Logo que se enche, puxam-na para a praia e, sentando-se, escolhem os bons para os cestos e o que não presta deitam fora.
Assim será no fim do mundo: os Anjos sairão a separar os maus do meio dos justos
e a lançá-los na fornalha ardente. Aí haverá choro e ranger de dentes.
Entendestes tudo isto?». Eles responderam-Lhe: «Entendemos».
Disse-lhes então Jesus Cristo: «Por isso, todo o escriba instruído sobre o reino dos Céus é semelhante a um pai de família que tira do seu tesouro coisas novas e coisas velhas».
Quando acabou de proferir estas parábolas, Jesus Cristo continuou o seu caminho.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Santa Catarina de Sena (1347-1380), terceira dominicana, doutora da Igreja, copadroeira da Europa
Diálogo, cap. 39
«Quem crê no Filho tem a vida eterna; quem se nega a crer no Filho não verá a vida» (Jo 3,36)

[Santa Catarina de Sena ouviu Deus dizer:] No dia do juízo final, quando o Verbo, meu Filho, revestido da minha majestade, vier julgar o mundo com o seu poder divino, não virá como aquele pobre miserável que era quando nasceu do seio da Virgem, num estábulo, no meio dos animais ou como quando morreu entre dois ladrões. Nessa altura, o meu poder estava oculto nele; como homem, deixei-O sofrer penas e tormentos. Não é que a minha natureza divina estivesse separada da sua natureza humana, mas deixei-O sofrer como homem para expiar os vossos pecados. Não, não é assim que Ele virá no momento supremo: Ele virá com todo o seu poder e todo o esplendor da sua própria pessoa. [...]
Aos justos, inspirará um temor respeitoso e, ao mesmo tempo, um grande júbilo. Não é que a sua face mude: a sua face é imutável, em virtude da natureza divina porque Ele é um comigo e também é imutável em virtude da natureza humana, uma vez que assumiu a glória da ressurreição. Ele parecerá terrível aos olhos dos condenados porque os pecadores vê-Lo-ão com o olhar de temor e perturbação que têm dentro de si próprios.
Não é isso que se passa com a visão doente? No sol brilhante, vê apenas trevas, enquanto o olho são vê nele a luz. Não é que a luz tenha algum defeito; não é o sol que muda. O defeito está no olho do cego. É assim que os condenados verão o meu Filho: entre trevas, ódio e confusão. Mas será por culpa da sua própria enfermidade e não por causa da minha majestade divina, com a qual o meu Filho aparecerá para julgar o mundo.

Sexta-feira, dia 29 de Julho de 2016

S. Marta – Memória Obrigatória

Santo do dia : Santa Marta, amiga de Jesus, Santos Maria e Lázaro, hospedeiros do Senhor

1.ª Carta de S. João 4,7-16.
Caríssimos: Amemo-nos uns aos outros porque o amor vem de Deus e todo aquele que ama, nasceu de Deus e conhece a Deus.
Quem não ama, não conhece a Deus porque Deus é Amor.
Assim se manifestou o amor de Deus para connosco: Deus enviou ao mundo o seu Filho Unigénito para que vivamos por Ele.
Nisto consiste o amor: não fomos nós que amámos a Deus, mas foi Ele que nos amou e enviou o seu Filho como vítima de expiação pelos nossos pecados.
Caríssimos, se Deus nos amou assim, também nós devemos amar-nos uns aos outros.
Ninguém jamais viu a Deus. Se nos amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós e em nós o seu amor é perfeito.
Nisto conhecemos que estamos n’Ele e Ele em nós: porque nos deu o seu Espírito.
E nós vimos e damos testemunho de que o Pai enviou o seu Filho como Salvador do mundo.
Se alguém confessar que Jesus é o Filho (de Deus), Deus permanece nele e ele em Deus.
Nós conhecemos o amor que Deus nos tem e acreditámos no seu amor. Deus é amor: quem permanece no amor permanece em Deus e Deus permanece nele.
Livro de Salmos 34(33),2-3.4-5.6-7.8-9.10-11.
A toda a hora bendirei o Senhor,
o seu louvor estará sempre na minha boca.
A minha alma gloria-se no Senhor,
escutem e alegrem-se os humildes.

Enaltecei comigo o Senhor
e exaltemos juntos o seu nome.
Procurei o Senhor e Ele atendeu-me,
libertou-me de toda a ansiedade.

Voltai-vos para Ele e ficareis radiantes,
o vosso rosto não se cobrirá de vergonha.
Este pobre clamou e o Senhor o ouviu,
salvou-o de todas as angústias.

O Anjo do Senhor protege os que O adoram
e defende-os dos perigos.
Saboreai e vede como o Senhor é bom:
feliz o homem que n’Ele se refugia.

Adorai o Senhor, vós os seus fiéis,
porque nada falta aos que O adoram.
Os poderosos empobrecem e passam fome,
aos que procuram o Senhor não faltará riqueza alguma.

Livro de Números 6,22-27.
O Senhor disse a Moisés:
Fala a Aarão e aos seus filhos e diz-lhes: Assim abençoareis os filhos de Israel, dizendo:
'O Senhor te abençoe e te proteja.
O Senhor faça brilhar sobre ti a sua presença e te seja favorável.
O Senhor volte para ti os seus olhos e te conceda a paz'.
Assim invocarão o meu nome sobre os filhos de Israel e Eu os abençoarei.
Evangelho segundo S. João 11,19-27.
Naquele tempo, muitos judeus tinham ido visitar Marta e Maria, para lhes apresentar condolências pela morte do irmão.
Quando ouviu dizer que Jesus Cristo estava a chegar, Marta saiu ao seu encontro, enquanto Maria ficou sentada em casa.
Marta disse a Jesus Cristo: «Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido.
Mas sei que, mesmo agora, tudo o que pedires a Deus, Deus To concederá».
Disse-lhe Jesus Cristo: «Teu irmão ressuscitará».
Marta respondeu: «Eu sei que há-de ressuscitar na ressurreição do último dia».
Disse-lhe Jesus Cristo: «Eu sou a ressurreição e a Vida. Quem acredita em Mim, ainda que tenha morrido, viverá
e todo aquele que vive e acredita em Mim, não morrerá para sempre. Acreditas nisto?».
Disse-Lhe Marta: «Acredito, Senhor, que Tu és o Messias, o Filho de Deus que havia de vir ao mundo».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
Sermões sobre o Evangelho de João, n.° 49, 15
«Quem acredita em Mim, [...] viverá»
«Quem acredita em Mim, ainda que tenha morrido, viverá e todo aquele que vive e acredita em Mim não morrerá para sempre.» Que quer isto dizer? «Quem acredita em Mim, ainda que tenha morrido como Lázaro, viverá» porque Deus não é um Deus de mortos, mas um Deus de vivos (= homens e mulheres celestes). Já a propósito de Abraão, de Isaac e de Jacob, os patriarcas há muito mortos, Jesus Cristo tinha dado a mesma resposta aos judeus: «'Eu sou o Deus de Abraão, de Isaac e de Jacob'; não é um Deus de mortos, mas de vivos porque para Ele todos estão vivos» (Lc 20,38). Por isso, acredita e, ainda que estejas morto, viverás! Mas, se não acreditares, ainda que estejas vivo, na verdade estás morto. [...] De onde vem a morte da alma? Vem do facto de a fé já lá não estar. De onde vem a morte do corpo? Vem do facto de a alma já lá não estar. A alma da tua alma é a .
«Quem acredita em Mim, ainda que tenha morrido no seu corpo, terá a vida na sua alma até que o próprio corpo ressuscite para nunca mais morrer. E quem vive na sua carne e acredita em Mim, ainda que tenha de morrer durante algum tempo no seu corpo, não morrerá para a eternidade, devido à vida do Espírito e à imortalidade da ressurreição.»
É isto que Jesus Cristo quer dizer na sua resposta a Marta. [...] «Acreditas nisto?» «Sim, Senhor», respondeu ela, «eu creio que Tu és o Cristo, o Filho de Deus que havia de vir ao mundo. E acreditando nisto, acredito que és a ressurreição, acredito que és a Vida, acredito que quem acredita em Ti, ainda que tenha morrido, viverá; acredito que quem está vivo e acredita em Ti não morrerá para sempre.»

Sábado, dia 30 de Julho de 2016

Sábado da 17.ª semana do Tempo Comum

Santo do dia: S. Pedro Crisólogo, bispo, Doutor da Igreja, +450

Livro de Jeremias 26,11-16.24.
Naqueles dias, os sacerdotes e os profetas falaram aos príncipes e à multidão: «Este homem merece a morte porque profetizou contra esta cidade, como todos vós ouvistes.»
Então Jeremias disse aos chefes e a todo o povo: «Foi o Senhor que me enviou a profetizar, contra este templo e contra esta cidade, tudo o que ouvistes.
Portanto emendai os vossos caminhos e as vossas acções, ouvi a voz do Senhor, vosso Deus, e o Senhor afastará de vós os males com que vos ameaçou.
Quanto a mim, estou nas vossas mãos: tratai-me como vos parecer melhor e mais justo.
Mas ficai sabendo que, se me condenardes à morte, sereis responsáveis pelo sangue de um inocente, vós, esta cidade e os seus habitantes. Na verdade, foi o Senhor que me enviou a vós, para anunciar aos vossos ouvidos todas estas palavras».
Então os chefes e todo o povo disseram aos sacerdotes e aos profetas: «Este homem não merece a morte porque nos falou em nome do Senhor, nosso Deus».
Jeremias ficou sob a protecção de Aican, filho de Safan, e assim não caiu nas mãos do povo para ser morto.
Livro de Salmos 69(68),15-16.30-31.33-34.
Tirai-me do lamaçal para que não me afunde,
livrai-me dos que me odeiam e do abismo das águas.
Não me cubram as ondas nem me arraste a voragem,
não se feche sobre mim a boca do abismo.

Eu sou pobre e miserável:
defendei-me com a vossa protecção.
Louvarei com cânticos o nome de Deus
e em acção de louvor O glorificarei.

Vós, humildes, olhai e alegrai-vos,
buscai o Senhor e o vosso coração se reanimará.
O Senhor ouve os pobres
e não despreza os cativos.

Evangelho segundo S. Mateus 14,1-12.
Naquele tempo, o tetrarca Herodes ouviu falar da fama de Jesus Cristo e disse aos seus familiares: «Esse homem é João Baptista que ressuscitou dos mortos. Por isso é que nele se exercem tais poderes miraculosos».
De facto, Herodes tinha mandado prender João e algemá-lo no cárcere, por causa de Herodíades, a mulher de seu irmão Filipe.
Porque João dizia constantemente a Herodes: «Não te é permitido tê-la por mulher».
E embora quisesse dar-Lhe a morte, tinha receio da multidão que o considerava como profeta.
Ocorreu entretanto o aniversário de Herodes e a filha de Herodíades dançou diante dos convidados. Agradou de tal maneira a Herodes
que este lhe prometeu com juramento dar-lhe o que ela pedisse.
Instigada pela mãe, ela respondeu: «Dá-me agora mesmo num prato a cabeça de João Baptista».
O rei ficou consternado, mas por causa do juramento e dos convidados, ordenou que lha dessem
e mandou decapitar João no cárcere.
A cabeça foi trazida num prato e entregue à jovem que a levou a sua mãe.
Os discípulos de João vieram buscar o seu cadáver e deram-lhe sepultura. Depois foram dar a notícia a Jesus Cristo.
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Comentário do dia:
São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja
Homilias sobre S. Mateus, n.º 48
A morte de João Baptista
«Dá-me agora mesmo, num prato, a cabeça de João Batista.» E Deus permitiu que tal acontecesse, não lançou um raio do alto dos céus para devorar aquele rosto insolente; não ordenou à terra que se abrisse e engolisse os convivas daquele horroroso banquete. Deus dava assim a mais bela coroa ao justo e deixava uma consolação magnífica aos que, no futuro, viessem a ser vítimas de injustiças semelhantes. Escutemo-lo, pois todos nós que, apesar da nossa vida honesta, temos de suportar os malvados: [...] o maior dos filhos nascidos de mulher (cf Lc 7,28) foi levado à morte a pedido de uma jovem impudica, de uma mulher perdida e foi-o por ter defendido a lei divina. Que estas considerações nos façam suportar corajosamente os nossos próprios sofrimentos. [...]
Mas repara no tom moderado do evangelista que procura até circunstâncias atenuantes para este crime. A propósito de Herodes, nota que agiu «por causa do juramento e dos convidados» e que «ficou consternado» e a propósito da jovem, observa que tinha sido «instigada pela mãe». [...] Aprendamos, também nós, a não odiar os malvados, a não criticar as faltas do próximo, ocultando-as tão discretamente quanto possível, a acolher a caridade na nossa alma. Porque, acerca desta mulher impudica e sanguinária, o evangelista falou com toda a moderação possível; [...] tu, porém não hesitas em tratar o teu próximo com malvadez. [...] Não é assim que se comportam os santos; pelo contrário, eles choram pelos pecadores, em vez de os amaldiçoarem. Façamos como eles; choremos por Herodíades e pelos que a imitam. Porque vemos hoje muitos banquetes do género do de Herodes, nos quais não se condena à morte o precursor, mas se destroem os membros de Cristo.
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