"Senhor, a quem
iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68
Domingo,
dia 03 de Julho de 2016
14.º Domingo do
Tempo Comum - Ano C
Alegrai-vos com Jerusalém, exultai com ela, todos vós que a
amais. Com ela enchei-vos de júbilo, todos vós que participastes no seu
luto.
Assim podereis beber e saciar-vos com o leite das suas consolações,
podereis deliciar-vos no seio da sua magnificência.
Porque assim fala o Senhor: «Farei correr para Jerusalém a paz como um rio
e a riqueza das nações como torrente transbordante. Os seus meninos de
peito serão levados ao colo e acariciados sobre os joelhos.
Como a mãe que anima o seu filho, também Eu vos confortarei: em Jerusalém
sereis consolados.
Quando o virdes, alegrar-se-á o vosso coração e, como a verdura, retomarão
vigor os vossos membros. A mão do Senhor manifestar-se-á aos seus servidores.
Livro de Salmos
66(65),1-3.4-5.6-7.16.20.
Aclamai a Deus, Terra inteira,
cantai a glória do seu nome, celebrai os seus louvores,
Dizei a Deus: "São admiráveis as tuas obras!
A Terra inteira Vos adore e celebre, entoe hinos ao vosso nome.
Vinde contemplar as obras de Deus, admirável na sua acção pelos homens.
Mudou o mar em terra firme, atravessaram o rio a pé enxuto. Alegremo-nos
n’Ele:
Com o seu poder governa para sempre;
Todos os que adorais a Deus, vinde e ouvi, vou narrar-vos quanto
Ele fez por mim. Bendito seja Deus que não rejeitou a minha prece nem me
retirou a sua misericórdia.
Carta aos Gálatas 6,14-18.
Irmãos: Longe de mim gloriar-me, a não ser na cruz de Nosso
Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para
o mundo.
Pois nem a circuncisão nem a incircuncisão valem alguma coisa: o que tem
valor é a nova criatura (do bem).
Paz e misericórdia para quantos seguirem esta norma, bem como para o Israel
de Deus.
Doravante ninguém me importune porque eu trago no meu corpo os estigmas de
Jesus Cristo.
Irmãos, a graça de Nosso Senhor Jesus Cristo esteja com o vosso espírito.
Ámen.
Evangelho segundo S.
Lucas 10,1-12.17-20.
Naquele tempo, designou o Senhor setenta e dois discípulos e
enviou-os dois a dois à sua frente, a todas as cidades e lugares aonde Ele
havia de ir.
E dizia-lhes: «A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi ao
dono da seara que mande trabalhadores para a sua seara.
Ide: Eu vos envio como cordeiros para o meio de lobos.
Não leveis bolsa nem alforge nem sandálias, nem vos demoreis a saudar
alguém pelo caminho.
Quando entrardes nalguma casa, dizei primeiro: ‘Paz a esta casa’.
E se lá houver gente de paz, a vossa paz repousará sobre eles; senão,
ficará convosco.
Ficai nessa casa, comei e bebei do que tiverem que o trabalhador merece o seu salário. Não andeis de casa em casa.
Quando entrardes nalguma cidade e vos receberem, comei do que vos servirem,
curai os enfermos que nela houver e dizei-lhes: ‘Está perto de vós o reino
de Deus’.
Mas quando entrardes nalguma cidade e não vos receberem, saí à praça
pública e dizei:
‘Até o pó da vossa cidade que se pegou aos nossos pés sacudimos para vós.
No entanto, ficai sabendo: Está perto o reino de Deus’.
Eu vos digo: Haverá mais tolerância, naquele dia, para Sodoma do que para
essa cidade».
Os setenta e dois discípulos voltaram cheios de alegria, dizendo: «Senhor,
até os demónios nos obedeciam em teu nome».
Jesus Cristo respondeu-lhes: «Eu via Satanás cair do céu como um relâmpago.
Dei-vos o poder de pisar serpentes e escorpiões e dominar toda a força do
inimigo; nada poderá causar-vos dano.
Contudo não vos alegreis porque os espíritos vos obedecem; alegrai-vos
antes porque os vossos nomes estão
escritos nos Céus».
Da
Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
São João Paulo II (1920-2005), Papa
Mensagem para a 38.ª Jornada de oração pelas vocações, 6 de Maio 2001
(trad. © copyright Librerie Editrice Vaticana)
«Pedi ao dono da seara que mande trabalhadores para a sua
seara.»
Pai santo,
fonte inesgotável da existência e do amor,
Que mostras no homem vivo o esplendor da tua glória
E que depositas no seu coração a semente do teu apelo;
Faz com que ninguém, por negligência nossa, ignore ou perca esse dom,
Mas que todos possam caminhar com grande generosidade
Para a realização do teu amor.
Senhor Jesus, que durante a tua peregrinação nas estradas da Palestina,
Escolheste e chamaste os apóstolos
E lhes confiaste a missão de pregar o Evangelho,
De apascentar os fiéis, de celebrar o culto divino,
Faz com que, também hoje, a tua Igreja não tenha falta
De padres santos que levem a todos
Os frutos da tua morte e da tua ressurreição.
Espírito Santo, Tu que santificas a Igreja
Com a constante efusão dos teus dons;
Põe no coração dos escolhidos à vida consagrada
Uma íntima e forte paixão pelo teu Reino
Para que, com um «sim» generoso e incondicional,
Eles coloquem a sua existência ao serviço do Evangelho.
Virgem Santíssima, tu que sem hesitar
Te ofereceste a ti própria ao Todo-Poderoso
Para a realização do seu desejo de salvação,
Suscita a confiança no coração dos jovens
Para que haja sempre pastores zelosos
Que guiem o povo cristão no caminho da vida
E almas consagradas capazes de testemunhar
Pela castidade, a pobreza e a obediência,
A presença libertadora do teu Filho ressuscitado.
Ámen.
Segunda-feira,
dia 04 de Julho de 2016
Segunda-feira da
14.ª semana do Tempo Comum
Eis o que diz o Senhor: «Hei-de atrair ao meu amor a casa de
Israel, hei-de conduzi-la ao deserto e falar-lhe ao coração.
Ali corresponderá como nos dias da sua juventude, quando saiu da terra do
Egipto.
Nesse dia, diz o Senhor, chamar-Me-ás ‘meu marido’ e não ‘meu baal’.
Farei de ti minha esposa para sempre, desposar-te-ei segundo a justiça e
o direito, com amor e misericórdia.
Desposar-te-ei com fidelidade e tu conhecerás o Senhor».
Livro de Salmos
145(144),2-3.4-5.6-7.8-9.
Quero bendizer-Vos dia após dia
e louvar o vosso nome para sempre.
O Senhor é grande e digno de louvor,
insondável é a sua grandeza.
Uma geração anuncia à outra as vossas obras
e todas proclamam o vosso poder.
Falam do esplendor da vossa majestade
e anunciam as vossas maravilhas.
Cantam o poder das vossas obras
e proclamam a vossa grandeza.
Celebram a memória da vossa imensa bondade
e aclamam a vossa justiça.
O Senhor é clemente e compassivo,
paciente e cheio de bondade.
O Senhor é bom para com todos
e a sua misericórdia se estende a todas as criaturas.
Evangelho segundo S. Mateus 9,18-26.
Naquele tempo, estava Jesus Cristo a falar aos seus
discípulos, quando um chefe se aproximou e se prostrou diante d’Ele,
dizendo: «A minha filha acaba de falecer. Mas vem impor a mão sobre ela e
viverá».
Jesus Cristo levantou-Se e acompanhou-o com os discípulos.
Entretanto uma mulher que sofria um fluxo de sangue havia doze anos,
aproximou-se por detrás d’Ele e tocou-Lhe na fímbria do manto,
pensando consigo: «Se eu ao menos Lhe tocar no manto, ficarei curada».
Mas Jesus Cristo voltou-Se e, ao vê-la, disse-lhe: «Tem confiança, minha
filha. A tua fé te salvou». E a partir daquele momento a mulher ficou
curada.
Ao chegar a casa do chefe e ao ver os tocadores de flauta e a multidão em
grande alvoroço,
Jesus Cristo disse-lhes: «Retirai-vos porque a menina não morreu; está a
dormir». Riram-se d’Ele (a superioridade do ignorante).
Mas quando mandou sair a multidão, Jesus Cristo entrou, tomou a menina
pela mão e ela levantou-se.
E a notícia divulgou-se por toda aquela terra.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
São Cirilo de Alexandria
(380-444), bispo, doutor da Igreja
Comentário ao evangelho de João, 4; PG 73, 56
«Jesus Cristo entrou e tomou a menina pela mão»
Assim que Jesus
Cristo entra em nós com a sua própria carne, nós revivemos inteiramente;
é inconcebível ou, mais ainda, impossível que a vida não faça viver
aqueles nos quais se introduziu. Tal como se cobre um tição ardente com
um monte de palha para manter intacto o germe do fogo assim nosso Senhor
Jesus Cristo esconde a vida em nós pela sua própria carne e coloca aí
como que uma semente de imortalidade que afasta toda a corrupção que
trazemos em nós.
Não é, pois apenas pela sua palavra que ele realiza a ressurreição dos
mortos. Para mostrar que o seu corpo dá a vida como tínhamos dito, ele
toca os cadáveres e, pelo seu corpo, dá a vida a esses corpos já em vias
de desintegração. Se o simples contacto da sua carne sagrada restitui a
vida a esses mortos; que benefício não encontraremos nós na sua
Eucaristia vivificante quando a recebemos! [...] Não basta que apenas a
nossa alma seja regenerada pelo Espírito para uma vida nova. O nosso
corpo denso e terrestre também deve ser santificado, pela sua
participação num corpo igualmente denso e com a mesma origem que o nosso,
sendo desse modo chamado à incorruptibilidade.
S. João Paulo II, Homilia na Missa para
os Jovens, Lisboa, 14 de março de 1982
Jovens,
rapazes e raparigas, filhos de Portugal dos nossos dias:
Olhai para tantos que vos precederam no passado, também eles filhos desta
Pátria. Filhos da sua cultura e da sua língua. Das suas provações e das
suas vitórias.
Quantos deles responderam, com a doação total da vida, ao apelo de Jesus Cristo!
Da Rainha Santa Isabel a João de Deus, de António de Lisboa a João de
Brito – para falar só de santos canonizados – por caminhos diferentes,
todos eles se moveram na caridade de Deus, enamorados do ideal da verdade
e do amor, movidos pelo Espírito e Jesus Cristo. E quem poderá dizer,
perante o vosso entusiasmo e alegria, que os jovens portugueses de hoje
são menos interessados, menos disponíveis e menos atentos a Jesus Cristo
que os do passado? Sim, Jesus Cristo confia em vós! A Igreja confia em
vós! O Papa confia em vós!
Acolhei, amados jovens, acolhei uma vez mais o chamamento de Jesus Cristo:
Sede testemunhas d’Ele!
Terça-feira,
dia 05 de Julho de 2016
Terça-feira da 14.ª
semana do Tempo Comum
Eis o que diz o Senhor: «Os filhos de Israel nomearam reis
sem o meu consentimento, escolheram chefes sem Me terem consultado. Com a
prata e o ouro que possuíam, fabricaram ídolos para sua perdição.
– Considero abominável, ó Samaria, o bezerro que adoras! – Contra eles se
inflamou a minha ira: até quando serão incapazes de se purificarem?
Aquele ídolo provém de Israel; foi um artífice que o fez, ele não é Deus!
Mas o bezerro de Samaria será feito em pedaços:
já que semeiam ventos, colhem tempestades. Caule sem espiga não produz
farinha e ainda que a produzisse, os estrangeiros a comeriam.
Efraim levantou muitos altares, mas só lhe serviram para pecar ainda
mais.
Se Eu lhe puser por escrito mil preceitos da minha lei, serão
considerados como obra de um estranho.
Eles oferecem sacrifícios e comem a carne imolada, mas o Senhor não os
aceitará. O Senhor recordará o seu pecado e castigará as suas faltas e
eles terão de voltar para o Egipto».
Livro de Salmos
115(113B),3-4.5-6.7ab-8.9-10.
O nosso Deus está no céu,
faz tudo o que Lhe apraz.
Os ídolos dos gentios são ouro e prata,
são obra das mãos do homem.
Têm boca e não falam,
têm olhos e não vêem.
Têm ouvidos e não ouvem,
têm nariz, mas sem olfacto.
Têm mãos e não palpam,
têm pés e não andam.
Serão como eles os que os fazem
e quantos neles põem a sua confiança.
A casa de Israel confia no Senhor,
Ele é o seu auxílio e o seu escudo.
A casa de Aarão confia no Senhor,
Ele é o seu auxílio e o seu escudo.
Evangelho segundo S. Mateus 9,32-38.
Naquele tempo, apresentaram a Jesus Cristo um mudo possesso
do demónio.
Logo que o demónio foi expulso, o mudo falou. A multidão ficou admirada e
dizia: «Nunca se viu coisa semelhante em Israel».
Mas os fariseus diziam: «É pelo príncipe dos demónios que Ele expulsa os
demónios».
Jesus Cristo percorria todas as cidades e aldeias, ensinando nas
sinagogas, pregando o Evangelho do reino e curando todas as doenças e
enfermidades.
Ao ver as multidões, encheu-Se de compaixão porque andavam fatigadas e
abatidas, como ovelhas sem pastor. Jesus Cristo disse então aos seus
discípulos:
«A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos.
Pedi ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
São João Crisóstomo (c.
345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da
Igreja
Homilias sobre o Evangelho de Mateus, n°32
«Pregando o Evangelho do reino e curando todas as doenças e
enfermidades.»
Jesus Cristo, coberto de desprezo e de
insultos pelos seus inimigos, aplica-Se ainda mais a fazer-lhes o bem.
[...] Percorria cidades, aldeias e sinagogas, ensinando-nos a responder
às calúnias, não com calúnias, mas através de boas obras. Se, ao fazeres
o bem ao teu próximo, tens em vista agradar a Deus e não aos homens,
façam estes o que fizerem, não
deixes tu de fazer o bem; a tua recompensa será maior. [...] Eis a
razão por que Jesus Cristo não esperava que os doentes fossem ter com
Ele, mas Ele próprio ia ter com eles, levando-lhes simultaneamente dois
bens essenciais: a Boa Nova do Reino e a cura de todos os seus males.
Para Jesus Cristo, porém isso não era suficiente; Ele manifestava ainda
de outra maneira a sua compaixão. «Ao ver as multidões, encheu-Se de
compaixão porque andavam fatigadas e abatidas, como ovelhas sem pastor.
Jesus Cristo disse então aos seus discípulos: "A seara é grande, mas
os trabalhadores são poucos. Pedi ao Senhor da seara que mande
trabalhadores para a sua seara."» Note-se uma vez mais o seu
desapego à vanglória. Não querendo que toda a gente O seguisse, enviava
os seus discípulos. Queria instruí-los, não apenas para as lutas que
iriam suportar na Judeia, mas também para os combates que começariam por
toda a Terra. [...]
Jesus Cristo deu aos seus discípulos o poder de curar os corpos,
esperando confiar-lhes o poder, não menos importante, de curar as almas.
Repara como mostra ao mesmo tempo a facilidade e a necessidade desta
obra. Efectivamente que foi que Ele disse? «A seara é grande, mas os
trabalhadores são poucos»: não é à sementeira que vos envio, mas à messe.
[...] Falando assim, nosso Senhor dava-lhes confiança e mostrava-lhes que
o trabalho mais importante já tinha sido realizado.
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Quarta-feira,
dia 06 de Julho de 2016
Quarta-feira da 14.ª
semana do Tempo Comum
Israel era uma vinha exuberante que produzia os seus frutos.
Quanto mais abundantes eram os frutos, mais aumentavam os altares. Quanto
mais rica se tornava a sua terra, mais belos eram os monumentos pagãos.
O coração de Israel está dividido, mas agora eles têm de pagar: o próprio
Senhor derrubará os seus altares, destruirá os seus monumentos pagãos.
Então eles vão dizer: «Não temos rei porque não adoramos o Senhor e ainda
que o tivéssemos, que poderia o rei fazer por nós?».
Samaria desaparece com o seu rei como uma palha à tona da água.
Serão destruídos os lugares altos da idolatria que eram o pecado de
Israel; espinheiros e cardos crescerão sobre os seus altares. E gritarão
às montanhas: «Cobri-nos!» e às colinas: «Caí sobre nós!».
– Semeai segundo a justiça e colhereis
o fruto da misericórdia; arroteai novas terras porque já é tempo de
procurar o Senhor até que Ele venha derramar sobre vós a chuva da justiça
–.
Livro de Salmos
105(104),2-3.4-5.6-7.
Cantai salmos e hinos ao Senhor,
proclamai todas as suas maravilhas.
Gloriai-vos no seu santo nome,
exulte o coração dos que procuram o Senhor.
Considerai o Senhor e o seu poder,
procurai sempre a sua presença.
Recordai as maravilhas que Ele operou,
os prodígios e os oráculos da sua boca.
Descendentes de Abraão, seu servidor,
filhos de Jacob, seu eleito,
Ele é o Senhor, o nosso Deus,
e as suas sentenças são lei em toda a Terra.
Evangelho segundo S. Mateus 10,1-7.
Naquele tempo, Jesus Cristo chamou a Si os seus Doze
discípulos e deu-lhes poder de expulsar os espíritos impuros e de curar
todas as doenças e enfermidades.
São estes os nomes dos doze apóstolos: primeiro, Simão, chamado Pedro, e
André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão;
Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e
Tadeu;
Simão, o Cananeu, e Judas Iscariotes, que foi quem O entregou.
Jesus Cristo enviou estes Doze, dando-lhes as seguintes instruções: «Não
sigais o caminho dos gentios nem entreis em cidade de samaritanos.
Ide primeiramente às ovelhas perdidas da casa de Israel.
Pelo caminho, proclamai que está perto o reino dos Céus».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Santo Ambrósio (c. 340-397),
bispo de Milão, doutor da Igreja
Comentário sobre o Evangelho de Lucas 5, 44-45
"E Judas Iscariotes, que foi quem O entregou."
Jesus Cristo
chamou os seus discípulos e escolheu doze para os enviar por todo o
mundo, como semeadores da fé, a propagar a salvação dos homens. Reparai
bem neste plano divino: não foram sábios nem homens ricos nem nobres, mas
pecadores e publicanos os que Ele escolheu enviar, não fossem dar a
impressão de que tinham sido movidos pelas suas capacidades, escolhidos
pelas suas riquezas, chamados devido ao seu prestígio, ao seu poder ou à
sua notoriedade. Procedeu assim para que a vitória tivesse origem no
fundamento da verdade e não no prestígio do discurso.
Também Judas foi escolhido, não por insensatez, mas com conhecimento de
causa. Que grandeza a desta verdade que nem um servo inimigo é capaz de
enfraquecer! E que grandeza de carácter a do Senhor que prefere
comprometer, a nossos olhos, a sua capacidade de ajuizar, a pôr em causa
a sua capacidade de amar! Ele tomou sobre Si a fraqueza humana e nem
deste aspecto da mesma fraqueza Se esqueceu! Quis o abandono, quis a
traição, quis ser entregue pelo seu apóstolo para que também tu,
abandonado por um companheiro, atraiçoado por um companheiro, aceites tranquilamente
esse erro de avaliação, essa delapidação da tua bondade.
Quinta-feira,
dia 07 de Julho de 2016
Quinta-feira da
14.ª semana do Tempo Comum
Santo do dia : Beato
Diogo de Carvalho, presbítero, mártir, +1624, S.
Marcos Kitien Siang, mártir, +1900, Beato
Pedro To Rot, mártir, +1945
Livro de Oseias 11,1-4.8c-9.
Eis o que diz o
Senhor: «Quando Israel era ainda criança, já Eu o amava; e, para o
fazer sair do Egipto, chamei o meu filho.
Mas quanto mais Eu os chamava, mais eles se afastavam de Mim. Ofereciam
sacrifícios a Baal e queimavam incenso aos ídolos.
Contudo Eu ensinava Efraim a andar e trazia-o nos braços; mas não
compreenderam que era Eu quem cuidava deles.
Atraía-os com laços humanos, com vínculos de amor. Tratava-os como quem
pega num menino ao colo, inclinava-Me para lhes dar de comer.
O meu coração agita-se dentro de Mim, estremece de compaixão.
Não cederei ao ardor da minha ira nem voltarei a destruir Efraim.
Porque Eu sou Deus e não homem, sou o Santo no meio de ti e não venho
para destruir».
Livro de Salmos
80(79),2ac.3b.15-16.
Pastor de Israel,
escutai,
Vós que estais sentados sobre os Querubins, aparecei.
Despertai o vosso poder
e vinde em nosso auxílio.
Deus dos Exércitos
de novo, olhai dos céus e vede, visitai esta vinha.
Protegei a cepa que a vossa mão direita plantou,
o rebento que fortalecestes para Vós.
Evangelho segundo S. Mateus 10,7-15.
Naquele tempo,
disse Jesus Cristo aos seus Apóstolos: «Ide e proclamai que está
próximo o reino dos Céus.
Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, sarai os leprosos, expulsai
os demónios. Recebestes de graça; dai de graça.
Não adquirais ouro, prata ou cobre para guardardes nas vossas bolsas;
nem alforge para o caminho, nem duas túnicas nem sandálias nem cajado
porque o trabalhador merece o seu sustento.
Quando entrardes em alguma cidade ou aldeia, procurai saber de alguém
que seja digno e ficai em sua casa até partirdes daquele lugar.
Ao entrardes na casa, saudai-a
e se for digna, desça a vossa paz sobre ela; mas se não for digna,
volte para vós a vossa paz.
Se alguém não vos receber nem ouvir as vossas palavras, saí dessa casa
ou dessa cidade e sacudi o pó dos vossos pés.
Em verdade vos digo que haverá mais tolerância, no dia do Juízo, para a
terra de Sodoma e Gomorra do que para aquela cidade».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
São João Paulo II
(1920-2005), papa
Mensagem para o Dia Mundial da Paz, 2002, §§ 1-2
"Desça a vossa paz sobre ela."
Desde 11
de setembro de 2001, por todo o mundo, as pessoas tomaram consciência,
com nova intensidade, da sua vulnerabilidade pessoal e começaram a
olhar o futuro com um sentido, jamais pressentido, de íntimo medo.
Diante deste estado de ânimo, a Igreja deseja dar testemunho da sua
esperança, baseada na convicção de que o mal, o "mysterium
iniquitatis" 2Tess 2,7), não tem a última palavra nas vicissitudes
humanas. A história da salvação, delineada na Sagrada Escritura, projecta
uma grande luz sobre toda a história do mundo ao mostrar como sobre ela
vela sempre a solicitude misericordiosa e providente de Deus que
conhece os caminhos para sensibilizar mesmo os corações mais
endurecidos e alcançar bons frutos mesmo de uma terra árida e
infecunda.
Esta é a esperança que anima a Igreja [...]: com a graça de Deus este
mundo, no qual as forças do mal parecem uma vez mais triunfar, há-de
realmente transformar-se num mundo em que as aspirações mais nobres do
coração humano poderão ser satisfeitas, num mundo onde prevalecerá a
verdadeira paz.
Os recentes acontecimentos, com os terríveis factos sangrentos aqui
lembrados, estimularam-me a retomar uma reflexão que frequentemente
brota do mais íntimo do meu coração, quando lembro os acontecimentos
históricos que marcaram a minha vida, especialmente nos anos da minha
juventude. Os indescritíveis sofrimentos de povos e indivíduos, vários
deles meus amigos e conhecidos, causados pelos totalitarismos nazi e
comunista, sempre interpelaram o meu espírito e motivaram a minha
oração. Muitas vezes me detive a reflectir nesta questão: qual é o
caminho que leva ao pleno restabelecimento da ordem moral e social, tão
barbaramente violada? A convicção a que cheguei, raciocinando e
confrontando com a Revelação bíblica, é que não se restabelece
cabalmente a ordem violada senão conjugando mutuamente justiça e perdão. As colunas da
verdadeira paz são a justiça e aquela forma particular de amor que é o
perdão.
Sexta-feira, dia 08 de Julho de 2016
Sexta-feira da
14.ª semana do Tempo Comum
Assim fala o
Senhor: «Israel, converte-te ao Senhor, teu Deus, porque foram os teus pecados que te
fizeram cair.
Vinde com palavras de súplica, voltai para o Senhor e dizei-Lhe:
“Perdoai todas as nossas faltas e aceitai o dom que Vos oferecemos, a
homenagem dos nossos lábios.
Não é a Assíria que nos pode salvar; não montaremos mais a cavalo nem
chamaremos ‘Nosso Deus’ à obra das nossas mãos porque só em Vós o
órfão encontra piedade”.
Curarei a sua infidelidade, amá-los-ei generosamente, pois a minha
ira afastou-se deles.
Serei como orvalho para Israel que florirá como o lírio e lançará
raízes como o cedro do Líbano.
Os seus ramos estender-se-ão ao longe, a sua opulência será como a da
oliveira e a sua fragrância como a do Líbano.
Voltarão a sentar-se à minha sombra, farão reviver o trigo;
florescerão como a vinha, criarão fama como o vinho do Líbano.
Que terá ainda Efraim de comum com os ídolos? Sou Eu que o atendo e
olho por ele. Sou como o cipreste verdejante: graças a Mim darás
muito fruto».
Quem for sábio entenderá estas palavras, quem for inteligente poderá
compreendê-las. Porque são rectos os caminhos do Senhor: por eles
caminham os justos e neles tropeçam os pecadores.
Livro de
Salmos 51(50),3-4.8-9.12-13.14.17.
Compadecei-Vos de
mim, ó Deus, pela vossa bondade,
pela vossa grande misericórdia, apagai os meus pecados.
Lavai-me de toda a iniquidade
e purificai-me de todas as faltas.
Amais a sinceridade de coração
e fazeis-me conhecer a sabedoria no íntimo da alma.
Aspergi-me com o hissope e ficarei puro,
lavai-me e ficarei mais branco do que a neve.
Criai em mim, ó Deus, um coração puro
e fazei nascer dentro de mim um espírito firme.
Não queirais repelir-me da vossa presença
e não retireis de mim o vosso espírito de santidade.
Dai-me de novo a alegria da vossa salvação
e sustentai-me com espírito generoso.
Abri, Senhor, os meus lábios
e a minha boca cantará o vosso louvor.
Evangelho segundo S. Mateus 10,16-23.
Naquele tempo,
disse Jesus Cristo aos seus apóstolos: «Envio-vos como ovelhas para o
meio de lobos. Portanto sede prudentes como as serpentes e simples
como as pombas.
Tende cuidado com os homens: hão-de entregar-vos aos tribunais e
açoitar-vos nas sinagogas.
Por minha causa, sereis levados à presença de governadores e reis
para dar testemunho diante deles e das nações.
Quando vos entregarem, não vos preocupeis em saber como falar nem com
o que dizer porque nessa altura vos será sugerido o que deveis dizer;
porque não sereis vós a falar, mas é o Espírito do vosso Pai que
falará em vós.
O irmão entregará à morte o irmão e o pai entregará o filho. Os
filhos hão-de erguer-se contra os pais e causar-lhes a morte.
E sereis odiados por todos por causa do meu nome. Mas aquele que perseverar até ao fim, esse
será salvo.
Quando vos perseguirem numa cidade, fugi para outra. Em verdade vos
digo: não acabareis de percorrer as cidades de Israel, antes de vir o
Filho (do homem)».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos
- www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
São Cipriano (c. 200-258),
bispo de Cartago e mártir
Os benefícios da paciência
«Envio-vos como ovelhas para o meio dos lobos»
Salutar
é o preceito de Nosso Senhor e Mestre: «aquele que perseverar até ao
fim, esse será salvo». Ele diz ainda: «Se permanecerdes na minha palavra, sereis verdadeiramente
meus discípulos, conhecereis a verdade e a verdade libertar-vos-á»
(Jo 8,31). É preciso suportar e perseverar, irmãos bem-amados. Assim,
admitidos na esperança da verdade e da libertação, podemos chegar a
esta verdade e a esta liberdade porque, se somos cristãos, é por obra
da fé e da esperança. Mas, para que a esperança e a fé possam dar
fruto, é necessária a paciência. [...]
Que não trabalhemos, pois na impaciência, que não nos deixemos abater
no caminho do Reino, distraídos e vencidos pelas tentações. Não jurar, não maldizer, não
reclamar o que nos é tirado à força, dar a outra face, perdoar aos
irmãos todos os seus defeitos, amar os inimigos e rezar pelos que nos
perseguem: como chegaremos a fazer tudo isto se não formos firmes
na paciência e na tolerância? É o que vemos em Estêvão. [...] Ele não
pede a vingança, mas o perdão para os seus algozes: «Senhor, não lhes
imputes este pecado» (Act 7,59). Assim, o primeiro mártir de Jesus Cristo
[...] não foi apenas o pregador da paixão do Senhor, mas também o
imitador da sua extrema doçura. Quando o nosso coração é habitado
pela paciência, não pode haver aí lugar para a cólera, a discórdia e
a rivalidade. A paciência de Jesus Cristo expulsa tudo isso, para
construir no coração uma morada pacífica onde o Deus da paz tem gosto
em habitar. |
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Sábado, dia 09 de Julho de 2016
Sábado da 14.ª
semana do Tempo Comum
No ano em que
morreu Ozias, rei de Judá, vi o Senhor, sentado num trono alto e
sublime; a fímbria do seu manto enchia o templo.
À sua volta estavam serafins de pé que tinham seis asas cada um: com
duas asas cobriam o rosto e com as outras duas voavam.
E clamavam alternadamente, dizendo: «Santo, santo, santo é o Senhor do
Universo. A sua glória enche toda a Terra».
Com estes brados as portas oscilavam nos seus gonzos e o templo
enchia-se de fumo.
Então exclamei: «Ai de mim, que estou perdido porque sou um homem de
lábios impuros; moro no meio de um povo de lábios impuros e os meus
olhos viram o Rei, Senhor do Universo».
Um dos serafins voou ao meu encontro, tendo na mão um carvão ardente
que tirara do altar com uma tenaz.
Tocou-me com ele na boca e disse-me: «Isto tocou os teus lábios:
desapareceu o teu pecado, foi perdoada a tua culpa».
Ouvi então a voz do Senhor que dizia: «Quem enviarei? Quem irá por
nós?». Eu respondi: «Eis-me aqui: podeis enviar-me».
Livro de Salmos
93(92),1ab.1c-2.5.
O Senhor é rei,
revestiu-Se de majestade,
revestiu-Se e cingiu-Se de poder.
Firmou o universo que não vacilará.
É firme o vosso trono desde sempre,
Vós existis desde toda a eternidade.
Os vossos testemunhos são dignos de toda a fé,
a santidade habita na vossa casa
por todo o sempre.
Evangelho segundo S. Mateus 10,24-33.
Naquele tempo,
disse Jesus Cristo aos seus apóstolos: «O discípulo não é superior ao
mestre nem o servidor é superior ao seu senhor.
Ao discípulo basta ser como o seu mestre e ao servidor ser como o seu
senhor. Se ao chefe da família chamaram Belzebu, quanto mais aos da sua
casa?
Não tenhais medo dos homens, pois nada há encoberto que não venha a
descobrir-se, nada há oculto que não venha a conhecer-se.
O que vos digo às escuras, dizei-o à luz do dia e o que escutais ao
ouvido proclamai-o sobre os telhados.
Não temais os que matam o corpo, mas não podem matar a alma. Temei
antes Aquele que pode lançar na geena a alma e o corpo.
Não se vendem dois passarinhos por uma moeda? E nem um deles cairá por
terra sem consentimento do vosso Pai.
Até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados.
Portanto não temais: valeis muito mais do que todos os passarinhos.
A todo aquele que se tiver declarado por Mim diante dos homens também
Eu Me declararei por ele diante do meu Pai que está nos Céus.
Mas àquele que Me negar diante dos homens, também Eu o negarei diante
do meu Pai que está nos Céus».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
São João Crisóstomo (c.
345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da
Igreja
Homilia «À partida para o exílio»,
«Não temais»
Numerosas
são as vagas e brame a tempestade, mas não tememos ser submersos:
permanecemos firmes sobre a rocha. Mesmo que o mar se enfureça, não
quebrará a rocha; mesmo que as vagas se levantem, não podem engolir a
barca de Jesus Cristo. Dizei-me: que podemos nós temer? A morte? «Para
mim, viver é Cristo e morrer, um lucro» (Fil 1,21). O exílio? «Do
Senhor é a Terra e tudo o que nela existe» (Sl 23,1). A confiscação dos
bens? «Nada trouxemos ao mundo e nada podemos levar dele» (1Tim 6,7).
Pouco me importa o que é temível neste mundo; rio-me dos seus bens. Não
temo a pobreza, não desejo a riqueza. Não tenho medo da morte. [...]
O Senhor é quem me dá garantias. Fiar-me-ei nas minhas forças? Possuo o
seu testamento: eis o meu ponto de apoio, a minha segurança, o meu porto
tranquilo. Ainda que trema todo o universo, eu possuo este testamento e
releio-o: ele é a minha fortaleza, a minha segurança. Qual é o seu
conteúdo? «Eis que Eu estou convosco todos os dias até ao fim do mundo»
(Mt 28,20). Jesus Cristo está comigo, a quem temerei? Assaltem-me as
vagas e a cólera dos grandes: tudo isso não vale sequer o peso de uma
teia de aranha. ©
http://goo.gl/RSVXh5 portal da Confraria
Bolos D. Rodrigo
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Os meus filmes
2.º – O Cemitério de Lagos
3.º – Lagos e a sua Costa Dourada
4.º – Natal de 2012
5.º – Tempo de Poesia
Os meus
blogues
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http://www.descubriter.com/pt/ Rota Europeia dos Descobrimentos
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