sábado, 9 de julho de 2016

Cristianismo 164 até 09-07-2016



"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68

Domingo, dia 03 de Julho de 2016

14.º Domingo do Tempo Comum - Ano C

Festa da Igreja : Décimo Quarto Domingo do tempo comum (semana II do saltério)
Santo do dia :
S. Tomé, apóstolo, mártir

Livro de Isaías 66,10-14.
Alegrai-vos com Jerusalém, exultai com ela, todos vós que a amais. Com ela enchei-vos de júbilo, todos vós que participastes no seu luto.
Assim podereis beber e saciar-vos com o leite das suas consolações, podereis deliciar-vos no seio da sua magnificência.
Porque assim fala o Senhor: «Farei correr para Jerusalém a paz como um rio e a riqueza das nações como torrente transbordante. Os seus meninos de peito serão levados ao colo e acariciados sobre os joelhos.
Como a mãe que anima o seu filho, também Eu vos confortarei: em Jerusalém sereis consolados.
Quando o virdes, alegrar-se-á o vosso coração e, como a verdura, retomarão vigor os vossos membros. A mão do Senhor manifestar-se-á aos seus servidores.
Livro de Salmos 66(65),1-3.4-5.6-7.16.20.
Aclamai a Deus, Terra inteira,
cantai a glória do seu nome, celebrai os seus louvores,
Dizei a Deus: "São admiráveis as tuas obras!

A Terra inteira Vos adore e celebre, entoe hinos ao vosso nome.
Vinde contemplar as obras de Deus, admirável na sua acção pelos homens.
Mudou o mar em terra firme, atravessaram o rio a pé enxuto. Alegremo-nos n’Ele:

Com o seu poder governa para sempre;
Todos os que adorais a Deus, vinde e ouvi, vou narrar-vos quanto
Ele fez por mim. Bendito seja Deus que não rejeitou a minha prece nem me retirou a sua misericórdia.

Carta aos Gálatas 6,14-18.
Irmãos: Longe de mim gloriar-me, a não ser na cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo.
Pois nem a circuncisão nem a incircuncisão valem alguma coisa: o que tem valor é a nova criatura (do bem).
Paz e misericórdia para quantos seguirem esta norma, bem como para o Israel de Deus.
Doravante ninguém me importune porque eu trago no meu corpo os estigmas de Jesus Cristo.
Irmãos, a graça de Nosso Senhor Jesus Cristo esteja com o vosso espírito. Ámen.
Evangelho segundo S. Lucas 10,1-12.17-20.
Naquele tempo, designou o Senhor setenta e dois discípulos e enviou-os dois a dois à sua frente, a todas as cidades e lugares aonde Ele havia de ir.
E dizia-lhes: «A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi ao dono da seara que mande trabalhadores para a sua seara.
Ide: Eu vos envio como cordeiros para o meio de lobos.
Não leveis bolsa nem alforge nem sandálias, nem vos demoreis a saudar alguém pelo caminho.
Quando entrardes nalguma casa, dizei primeiro: ‘Paz a esta casa’.
E se lá houver gente de paz, a vossa paz repousará sobre eles; senão, ficará convosco.
Ficai nessa casa, comei e bebei do que tiverem que o trabalhador merece o seu salário. Não andeis de casa em casa.
Quando entrardes nalguma cidade e vos receberem, comei do que vos servirem,
curai os enfermos que nela houver e dizei-lhes: ‘Está perto de vós o reino de Deus’.
Mas quando entrardes nalguma cidade e não vos receberem, saí à praça pública e dizei:
‘Até o pó da vossa cidade que se pegou aos nossos pés sacudimos para vós. No entanto, ficai sabendo: Está perto o reino de Deus’.
Eu vos digo: Haverá mais tolerância, naquele dia, para Sodoma do que para essa cidade».
Os setenta e dois discípulos voltaram cheios de alegria, dizendo: «Senhor, até os demónios nos obedeciam em teu nome».
Jesus Cristo respondeu-lhes: «Eu via Satanás cair do céu como um relâmpago.
Dei-vos o poder de pisar serpentes e escorpiões e dominar toda a força do inimigo; nada poderá causar-vos dano.
Contudo não vos alegreis porque os espíritos vos obedecem; alegrai-vos antes porque os vossos nomes estão escritos nos Céus».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São João Paulo II (1920-2005), Papa
Mensagem para a 38.ª Jornada de oração pelas vocações, 6 de Maio 2001 (trad. © copyright Librerie Editrice Vaticana)
«Pedi ao dono da seara que mande trabalhadores para a sua seara.»
Pai santo, fonte inesgotável da existência e do amor,
Que mostras no homem vivo o esplendor da tua glória
E que depositas no seu coração a semente do teu apelo;
Faz com que ninguém, por negligência nossa, ignore ou perca esse dom,
Mas que todos possam caminhar com grande generosidade
Para a realização do teu amor.

Senhor Jesus, que durante a tua peregrinação nas estradas da Palestina,
Escolheste e chamaste os apóstolos
E lhes confiaste a missão de pregar o Evangelho,
De apascentar os fiéis, de celebrar o culto divino,
Faz com que, também hoje, a tua Igreja não tenha falta
De padres santos que levem a todos
Os frutos da tua morte e da tua ressurreição.

Espírito Santo, Tu que santificas a Igreja
Com a constante efusão dos teus dons;
Põe no coração dos escolhidos à vida consagrada
Uma íntima e forte paixão pelo teu Reino
Para que, com um «sim» generoso e incondicional,
Eles coloquem a sua existência ao serviço do Evangelho.

Virgem Santíssima, tu que sem hesitar
Te ofereceste a ti própria ao Todo-Poderoso
Para a realização do seu desejo de salvação,
Suscita a confiança no coração dos jovens
Para que haja sempre pastores zelosos
Que guiem o povo cristão no caminho da vida
E almas consagradas capazes de testemunhar
Pela castidade, a pobreza e a obediência,
A presença libertadora do teu Filho ressuscitado.

Ámen.

Segunda-feira, dia 04 de Julho de 2016

Segunda-feira da 14.ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : Santa Isabel de Portugal, rainha, +1336, Beato Pedro Jorge (Pier Giorgio) Frassati

Livro de Oseias 2,16.17b-18.21-22.
Eis o que diz o Senhor: «Hei-de atrair ao meu amor a casa de Israel, hei-de conduzi-la ao deserto e falar-lhe ao coração.
Ali corresponderá como nos dias da sua juventude, quando saiu da terra do Egipto.
Nesse dia, diz o Senhor, chamar-Me-ás ‘meu marido’ e não ‘meu baal’.
Farei de ti minha esposa para sempre, desposar-te-ei segundo a justiça e o direito, com amor e misericórdia.
Desposar-te-ei com fidelidade e tu conhecerás o Senhor».
Livro de Salmos 145(144),2-3.4-5.6-7.8-9.
Quero bendizer-Vos dia após dia
e louvar o vosso nome para sempre.
O Senhor é grande e digno de louvor,
insondável é a sua grandeza.

Uma geração anuncia à outra as vossas obras
e todas proclamam o vosso poder.
Falam do esplendor da vossa majestade
e anunciam as vossas maravilhas.

Cantam o poder das vossas obras
e proclamam a vossa grandeza.
Celebram a memória da vossa imensa bondade
e aclamam a vossa justiça.

O Senhor é clemente e compassivo,
paciente e cheio de bondade.
O Senhor é bom para com todos
e a sua misericórdia se estende a todas as criaturas.

Evangelho segundo S. Mateus 9,18-26.
Naquele tempo, estava Jesus Cristo a falar aos seus discípulos, quando um chefe se aproximou e se prostrou diante d’Ele, dizendo: «A minha filha acaba de falecer. Mas vem impor a mão sobre ela e viverá».
Jesus Cristo levantou-Se e acompanhou-o com os discípulos.
Entretanto uma mulher que sofria um fluxo de sangue havia doze anos, aproximou-se por detrás d’Ele e tocou-Lhe na fímbria do manto,
pensando consigo: «Se eu ao menos Lhe tocar no manto, ficarei curada».
Mas Jesus Cristo voltou-Se e, ao vê-la, disse-lhe: «Tem confiança, minha filha. A tua fé te salvou». E a partir daquele momento a mulher ficou curada.
Ao chegar a casa do chefe e ao ver os tocadores de flauta e a multidão em grande alvoroço,
Jesus Cristo disse-lhes: «Retirai-vos porque a menina não morreu; está a dormir». Riram-se d’Ele (a superioridade do ignorante).
Mas quando mandou sair a multidão, Jesus Cristo entrou, tomou a menina pela mão e ela levantou-se.
E a notícia divulgou-se por toda aquela terra.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São Cirilo de Alexandria (380-444), bispo, doutor da Igreja
Comentário ao evangelho de João, 4; PG 73, 56
«Jesus Cristo entrou e tomou a menina pela mão»
Assim que Jesus Cristo entra em nós com a sua própria carne, nós revivemos inteiramente; é inconcebível ou, mais ainda, impossível que a vida não faça viver aqueles nos quais se introduziu. Tal como se cobre um tição ardente com um monte de palha para manter intacto o germe do fogo assim nosso Senhor Jesus Cristo esconde a vida em nós pela sua própria carne e coloca aí como que uma semente de imortalidade que afasta toda a corrupção que trazemos em nós.
Não é, pois apenas pela sua palavra que ele realiza a ressurreição dos mortos. Para mostrar que o seu corpo dá a vida como tínhamos dito, ele toca os cadáveres e, pelo seu corpo, dá a vida a esses corpos já em vias de desintegração. Se o simples contacto da sua carne sagrada restitui a vida a esses mortos; que benefício não encontraremos nós na sua Eucaristia vivificante quando a recebemos! [...] Não basta que apenas a nossa alma seja regenerada pelo Espírito para uma vida nova. O nosso corpo denso e terrestre também deve ser santificado, pela sua participação num corpo igualmente denso e com a mesma origem que o nosso, sendo desse modo chamado à incorruptibilidade.

S. João Paulo II, Homilia na Missa para os Jovens, Lisboa, 14 de março de 1982

Jovens, rapazes e raparigas, filhos de Portugal dos nossos dias:
Olhai para tantos que vos precederam no passado, também eles filhos desta Pátria. Filhos da sua cultura e da sua língua. Das suas provações e das suas vitórias.
Quantos deles responderam, com a doação total da vida, ao apelo de Jesus Cristo! Da Rainha Santa Isabel a João de Deus, de António de Lisboa a João de Brito – para falar só de santos canonizados – por caminhos diferentes, todos eles se moveram na caridade de Deus, enamorados do ideal da verdade e do amor, movidos pelo Espírito e Jesus Cristo. E quem poderá dizer, perante o vosso entusiasmo e alegria, que os jovens portugueses de hoje são menos interessados, menos disponíveis e menos atentos a Jesus Cristo que os do passado? Sim, Jesus Cristo confia em vós! A Igreja confia em vós! O Papa confia em vós!
Acolhei, amados jovens, acolhei uma vez mais o chamamento de Jesus Cristo: Sede testemunhas d’Ele!


Terça-feira, dia 05 de Julho de 2016

Terça-feira da 14.ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : Santo António Maria Zacarias, presbítero, fundador, +1539

Livro de Oseias 8,4-7.11-13.
Eis o que diz o Senhor: «Os filhos de Israel nomearam reis sem o meu consentimento, escolheram chefes sem Me terem consultado. Com a prata e o ouro que possuíam, fabricaram ídolos para sua perdição.
– Considero abominável, ó Samaria, o bezerro que adoras! – Contra eles se inflamou a minha ira: até quando serão incapazes de se purificarem?
Aquele ídolo provém de Israel; foi um artífice que o fez, ele não é Deus! Mas o bezerro de Samaria será feito em pedaços:
já que semeiam ventos, colhem tempestades. Caule sem espiga não produz farinha e ainda que a produzisse, os estrangeiros a comeriam.
Efraim levantou muitos altares, mas só lhe serviram para pecar ainda mais.
Se Eu lhe puser por escrito mil preceitos da minha lei, serão considerados como obra de um estranho.
Eles oferecem sacrifícios e comem a carne imolada, mas o Senhor não os aceitará. O Senhor recordará o seu pecado e castigará as suas faltas e eles terão de voltar para o Egipto».
Livro de Salmos 115(113B),3-4.5-6.7ab-8.9-10.
O nosso Deus está no céu,
faz tudo o que Lhe apraz.
Os ídolos dos gentios são ouro e prata,
são obra das mãos do homem.

Têm boca e não falam,
têm olhos e não vêem.
Têm ouvidos e não ouvem,
têm nariz, mas sem olfacto.

Têm mãos e não palpam,
têm pés e não andam.
Serão como eles os que os fazem
e quantos neles põem a sua confiança.

A casa de Israel confia no Senhor,
Ele é o seu auxílio e o seu escudo.
A casa de Aarão confia no Senhor,
Ele é o seu auxílio e o seu escudo.

Evangelho segundo S. Mateus 9,32-38.
Naquele tempo, apresentaram a Jesus Cristo um mudo possesso do demónio.
Logo que o demónio foi expulso, o mudo falou. A multidão ficou admirada e dizia: «Nunca se viu coisa semelhante em Israel».
Mas os fariseus diziam: «É pelo príncipe dos demónios que Ele expulsa os demónios».
Jesus Cristo percorria todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas, pregando o Evangelho do reino e curando todas as doenças e enfermidades.
Ao ver as multidões, encheu-Se de compaixão porque andavam fatigadas e abatidas, como ovelhas sem pastor. Jesus Cristo disse então aos seus discípulos:
«A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos.
Pedi ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja
Homilias sobre o Evangelho de Mateus, n°32
«Pregando o Evangelho do reino e curando todas as doenças e enfermidades.»

Jesus Cristo, coberto de desprezo e de insultos pelos seus inimigos, aplica-Se ainda mais a fazer-lhes o bem. [...] Percorria cidades, aldeias e sinagogas, ensinando-nos a responder às calúnias, não com calúnias, mas através de boas obras. Se, ao fazeres o bem ao teu próximo, tens em vista agradar a Deus e não aos homens, façam estes o que fizerem, não deixes tu de fazer o bem; a tua recompensa será maior. [...] Eis a razão por que Jesus Cristo não esperava que os doentes fossem ter com Ele, mas Ele próprio ia ter com eles, levando-lhes simultaneamente dois bens essenciais: a Boa Nova do Reino e a cura de todos os seus males.
Para Jesus Cristo, porém isso não era suficiente; Ele manifestava ainda de outra maneira a sua compaixão. «Ao ver as multidões, encheu-Se de compaixão porque andavam fatigadas e abatidas, como ovelhas sem pastor. Jesus Cristo disse então aos seus discípulos: "A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara."» Note-se uma vez mais o seu desapego à vanglória. Não querendo que toda a gente O seguisse, enviava os seus discípulos. Queria instruí-los, não apenas para as lutas que iriam suportar na Judeia, mas também para os combates que começariam por toda a Terra. [...]
Jesus Cristo deu aos seus discípulos o poder de curar os corpos, esperando confiar-lhes o poder, não menos importante, de curar as almas. Repara como mostra ao mesmo tempo a facilidade e a necessidade desta obra. Efectivamente que foi que Ele disse? «A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos»: não é à sementeira que vos envio, mas à messe. [...] Falando assim, nosso Senhor dava-lhes confiança e mostrava-lhes que o trabalho mais importante já tinha sido realizado.

Quarta-feira, dia 06 de Julho de 2016

Quarta-feira da 14.ª semana do Tempo Comum


Santo do dia : Santa Maria Goretti, virgem, mártir, +1902

Livro de Oseias 10,1-3.7-8.12.
Israel era uma vinha exuberante que produzia os seus frutos. Quanto mais abundantes eram os frutos, mais aumentavam os altares. Quanto mais rica se tornava a sua terra, mais belos eram os monumentos pagãos.
O coração de Israel está dividido, mas agora eles têm de pagar: o próprio Senhor derrubará os seus altares, destruirá os seus monumentos pagãos.
Então eles vão dizer: «Não temos rei porque não adoramos o Senhor e ainda que o tivéssemos, que poderia o rei fazer por nós?».
Samaria desaparece com o seu rei como uma palha à tona da água.
Serão destruídos os lugares altos da idolatria que eram o pecado de Israel; espinheiros e cardos crescerão sobre os seus altares. E gritarão às montanhas: «Cobri-nos!» e às colinas: «Caí sobre nós!».
Semeai segundo a justiça e colhereis o fruto da misericórdia; arroteai novas terras porque já é tempo de procurar o Senhor até que Ele venha derramar sobre vós a chuva da justiça –.
Livro de Salmos 105(104),2-3.4-5.6-7.
Cantai salmos e hinos ao Senhor,
proclamai todas as suas maravilhas.
Gloriai-vos no seu santo nome,
exulte o coração dos que procuram o Senhor.

Considerai o Senhor e o seu poder,
procurai sempre a sua presença.
Recordai as maravilhas que Ele operou,
os prodígios e os oráculos da sua boca.

Descendentes de Abraão, seu servidor,
filhos de Jacob, seu eleito,
Ele é o Senhor, o nosso Deus,
e as suas sentenças são lei em toda a Terra.

Evangelho segundo S. Mateus 10,1-7.
Naquele tempo, Jesus Cristo chamou a Si os seus Doze discípulos e deu-lhes poder de expulsar os espíritos impuros e de curar todas as doenças e enfermidades.
São estes os nomes dos doze apóstolos: primeiro, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão;
Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu;
Simão, o Cananeu, e Judas Iscariotes, que foi quem O entregou.
Jesus Cristo enviou estes Doze, dando-lhes as seguintes instruções: «Não sigais o caminho dos gentios nem entreis em cidade de samaritanos.
Ide primeiramente às ovelhas perdidas da casa de Israel.
Pelo caminho, proclamai que está perto o reino dos Céus».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Santo Ambrósio (c. 340-397), bispo de Milão, doutor da Igreja
Comentário sobre o Evangelho de Lucas 5, 44-45
"E Judas Iscariotes, que foi quem O entregou."
Jesus Cristo chamou os seus discípulos e escolheu doze para os enviar por todo o mundo, como semeadores da fé, a propagar a salvação dos homens. Reparai bem neste plano divino: não foram sábios nem homens ricos nem nobres, mas pecadores e publicanos os que Ele escolheu enviar, não fossem dar a impressão de que tinham sido movidos pelas suas capacidades, escolhidos pelas suas riquezas, chamados devido ao seu prestígio, ao seu poder ou à sua notoriedade. Procedeu assim para que a vitória tivesse origem no fundamento da verdade e não no prestígio do discurso.
Também Judas foi escolhido, não por insensatez, mas com conhecimento de causa. Que grandeza a desta verdade que nem um servo inimigo é capaz de enfraquecer! E que grandeza de carácter a do Senhor que prefere comprometer, a nossos olhos, a sua capacidade de ajuizar, a pôr em causa a sua capacidade de amar! Ele tomou sobre Si a fraqueza humana e nem deste aspecto da mesma fraqueza Se esqueceu! Quis o abandono, quis a traição, quis ser entregue pelo seu apóstolo para que também tu, abandonado por um companheiro, atraiçoado por um companheiro, aceites tranquilamente esse erro de avaliação, essa delapidação da tua bondade.

Quinta-feira, dia 07 de Julho de 2016

Quinta-feira da 14.ª semana do Tempo Comum

Eis o que diz o Senhor: «Quando Israel era ainda criança, já Eu o amava; e, para o fazer sair do Egipto, chamei o meu filho.
Mas quanto mais Eu os chamava, mais eles se afastavam de Mim. Ofereciam sacrifícios a Baal e queimavam incenso aos ídolos.
Contudo Eu ensinava Efraim a andar e trazia-o nos braços; mas não compreenderam que era Eu quem cuidava deles.
Atraía-os com laços humanos, com vínculos de amor. Tratava-os como quem pega num menino ao colo, inclinava-Me para lhes dar de comer.
O meu coração agita-se dentro de Mim, estremece de compaixão.
Não cederei ao ardor da minha ira nem voltarei a destruir Efraim. Porque Eu sou Deus e não homem, sou o Santo no meio de ti e não venho para destruir».
Livro de Salmos 80(79),2ac.3b.15-16.
Pastor de Israel, escutai,
Vós que estais sentados sobre os Querubins, aparecei.
Despertai o vosso poder
e vinde em nosso auxílio.

Deus dos Exércitos
de novo, olhai dos céus e vede, visitai esta vinha.
Protegei a cepa que a vossa mão direita plantou,
o rebento que fortalecestes para Vós.

Evangelho segundo S. Mateus 10,7-15.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus Apóstolos: «Ide e proclamai que está próximo o reino dos Céus.
Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, sarai os leprosos, expulsai os demónios. Recebestes de graça; dai de graça.
Não adquirais ouro, prata ou cobre para guardardes nas vossas bolsas;
nem alforge para o caminho, nem duas túnicas nem sandálias nem cajado porque o trabalhador merece o seu sustento.
Quando entrardes em alguma cidade ou aldeia, procurai saber de alguém que seja digno e ficai em sua casa até partirdes daquele lugar.
Ao entrardes na casa, saudai-a
e se for digna, desça a vossa paz sobre ela; mas se não for digna, volte para vós a vossa paz.
Se alguém não vos receber nem ouvir as vossas palavras, saí dessa casa ou dessa cidade e sacudi o pó dos vossos pés.
Em verdade vos digo que haverá mais tolerância, no dia do Juízo, para a terra de Sodoma e Gomorra do que para aquela cidade».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São João Paulo II (1920-2005), papa
Mensagem para o Dia Mundial da Paz, 2002, §§ 1-2
"Desça a vossa paz sobre ela."
Desde 11 de setembro de 2001, por todo o mundo, as pessoas tomaram consciência, com nova intensidade, da sua vulnerabilidade pessoal e começaram a olhar o futuro com um sentido, jamais pressentido, de íntimo medo. Diante deste estado de ânimo, a Igreja deseja dar testemunho da sua esperança, baseada na convicção de que o mal, o "mysterium iniquitatis" 2Tess 2,7), não tem a última palavra nas vicissitudes humanas. A história da salvação, delineada na Sagrada Escritura, projecta uma grande luz sobre toda a história do mundo ao mostrar como sobre ela vela sempre a solicitude misericordiosa e providente de Deus que conhece os caminhos para sensibilizar mesmo os corações mais endurecidos e alcançar bons frutos mesmo de uma terra árida e infecunda.
Esta é a esperança que anima a Igreja [...]: com a graça de Deus este mundo, no qual as forças do mal parecem uma vez mais triunfar, há-de realmente transformar-se num mundo em que as aspirações mais nobres do coração humano poderão ser satisfeitas, num mundo onde prevalecerá a verdadeira paz.
Os recentes acontecimentos, com os terríveis factos sangrentos aqui lembrados, estimularam-me a retomar uma reflexão que frequentemente brota do mais íntimo do meu coração, quando lembro os acontecimentos históricos que marcaram a minha vida, especialmente nos anos da minha juventude. Os indescritíveis sofrimentos de povos e indivíduos, vários deles meus amigos e conhecidos, causados pelos totalitarismos nazi e comunista, sempre interpelaram o meu espírito e motivaram a minha oração. Muitas vezes me detive a reflectir nesta questão: qual é o caminho que leva ao pleno restabelecimento da ordem moral e social, tão barbaramente violada? A convicção a que cheguei, raciocinando e confrontando com a Revelação bíblica, é que não se restabelece cabalmente a ordem violada senão conjugando mutuamente justiça e perdão. As colunas da verdadeira paz são a justiça e aquela forma particular de amor que é o perdão.

Sexta-feira, dia 08 de Julho de 2016

Sexta-feira da 14.ª semana do Tempo Comum

Assim fala o Senhor: «Israel, converte-te ao Senhor, teu Deus, porque foram os teus pecados que te fizeram cair.
Vinde com palavras de súplica, voltai para o Senhor e dizei-Lhe: “Perdoai todas as nossas faltas e aceitai o dom que Vos oferecemos, a homenagem dos nossos lábios.
Não é a Assíria que nos pode salvar; não montaremos mais a cavalo nem chamaremos ‘Nosso Deus’ à obra das nossas mãos porque só em Vós o órfão encontra piedade”.
Curarei a sua infidelidade, amá-los-ei generosamente, pois a minha ira afastou-se deles.
Serei como orvalho para Israel que florirá como o lírio e lançará raízes como o cedro do Líbano.
Os seus ramos estender-se-ão ao longe, a sua opulência será como a da oliveira e a sua fragrância como a do Líbano.
Voltarão a sentar-se à minha sombra, farão reviver o trigo; florescerão como a vinha, criarão fama como o vinho do Líbano.
Que terá ainda Efraim de comum com os ídolos? Sou Eu que o atendo e olho por ele. Sou como o cipreste verdejante: graças a Mim darás muito fruto».
Quem for sábio entenderá estas palavras, quem for inteligente poderá compreendê-las. Porque são rectos os caminhos do Senhor: por eles caminham os justos e neles tropeçam os pecadores.
Livro de Salmos 51(50),3-4.8-9.12-13.14.17.
Compadecei-Vos de mim, ó Deus, pela vossa bondade,
pela vossa grande misericórdia, apagai os meus pecados.
Lavai-me de toda a iniquidade
e purificai-me de todas as faltas.

Amais a sinceridade de coração
e fazeis-me conhecer a sabedoria no íntimo da alma.
Aspergi-me com o hissope e ficarei puro,
lavai-me e ficarei mais branco do que a neve.

Criai em mim, ó Deus, um coração puro
e fazei nascer dentro de mim um espírito firme.
Não queirais repelir-me da vossa presença
e não retireis de mim o vosso espírito de santidade.

Dai-me de novo a alegria da vossa salvação
e sustentai-me com espírito generoso.
Abri, Senhor, os meus lábios
e a minha boca cantará o vosso louvor.

Evangelho segundo S. Mateus 10,16-23.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus apóstolos: «Envio-vos como ovelhas para o meio de lobos. Portanto sede prudentes como as serpentes e simples como as pombas.
Tende cuidado com os homens: hão-de entregar-vos aos tribunais e açoitar-vos nas sinagogas.
Por minha causa, sereis levados à presença de governadores e reis para dar testemunho diante deles e das nações.
Quando vos entregarem, não vos preocupeis em saber como falar nem com o que dizer porque nessa altura vos será sugerido o que deveis dizer;
porque não sereis vós a falar, mas é o Espírito do vosso Pai que falará em vós.
O irmão entregará à morte o irmão e o pai entregará o filho. Os filhos hão-de erguer-se contra os pais e causar-lhes a morte.
E sereis odiados por todos por causa do meu nome. Mas aquele que perseverar até ao fim, esse será salvo.
Quando vos perseguirem numa cidade, fugi para outra. Em verdade vos digo: não acabareis de percorrer as cidades de Israel, antes de vir o Filho (do homem)».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São Cipriano (c. 200-258), bispo de Cartago e mártir
Os benefícios da paciência
«Envio-vos como ovelhas para o meio dos lobos»
Salutar é o preceito de Nosso Senhor e Mestre: «aquele que perseverar até ao fim, esse será salvo». Ele diz ainda: «Se permanecerdes na minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos, conhecereis a verdade e a verdade libertar-vos-á» (Jo 8,31). É preciso suportar e perseverar, irmãos bem-amados. Assim, admitidos na esperança da verdade e da libertação, podemos chegar a esta verdade e a esta liberdade porque, se somos cristãos, é por obra da fé e da esperança. Mas, para que a esperança e a fé possam dar fruto, é necessária a paciência. [...]
Que não trabalhemos, pois na impaciência, que não nos deixemos abater no caminho do Reino, distraídos e vencidos pelas tentações. Não jurar, não maldizer, não reclamar o que nos é tirado à força, dar a outra face, perdoar aos irmãos todos os seus defeitos, amar os inimigos e rezar pelos que nos perseguem: como chegaremos a fazer tudo isto se não formos firmes na paciência e na tolerância? É o que vemos em Estêvão. [...] Ele não pede a vingança, mas o perdão para os seus algozes: «Senhor, não lhes imputes este pecado» (Act 7,59). Assim, o primeiro mártir de Jesus Cristo [...] não foi apenas o pregador da paixão do Senhor, mas também o imitador da sua extrema doçura. Quando o nosso coração é habitado pela paciência, não pode haver aí lugar para a cólera, a discórdia e a rivalidade. A paciência de Jesus Cristo expulsa tudo isso, para construir no coração uma morada pacífica onde o Deus da paz tem gosto em habitar.

 Sábado, dia 09 de Julho de 2016

Sábado da 14.ª semana do Tempo Comum

No ano em que morreu Ozias, rei de Judá, vi o Senhor, sentado num trono alto e sublime; a fímbria do seu manto enchia o templo.
À sua volta estavam serafins de pé que tinham seis asas cada um: com duas asas cobriam o rosto e com as outras duas voavam.
E clamavam alternadamente, dizendo: «Santo, santo, santo é o Senhor do Universo. A sua glória enche toda a Terra».
Com estes brados as portas oscilavam nos seus gonzos e o templo enchia-se de fumo.
Então exclamei: «Ai de mim, que estou perdido porque sou um homem de lábios impuros; moro no meio de um povo de lábios impuros e os meus olhos viram o Rei, Senhor do Universo».
Um dos serafins voou ao meu encontro, tendo na mão um carvão ardente que tirara do altar com uma tenaz.
Tocou-me com ele na boca e disse-me: «Isto tocou os teus lábios: desapareceu o teu pecado, foi perdoada a tua culpa».
Ouvi então a voz do Senhor que dizia: «Quem enviarei? Quem irá por nós?». Eu respondi: «Eis-me aqui: podeis enviar-me».
Livro de Salmos 93(92),1ab.1c-2.5.
O Senhor é rei, revestiu-Se de majestade,
revestiu-Se e cingiu-Se de poder.
Firmou o universo que não vacilará.
É firme o vosso trono desde sempre,

Vós existis desde toda a eternidade.
Os vossos testemunhos são dignos de toda a fé,
a santidade habita na vossa casa
por todo o sempre.

Evangelho segundo S. Mateus 10,24-33.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus apóstolos: «O discípulo não é superior ao mestre nem o servidor é superior ao seu senhor.
Ao discípulo basta ser como o seu mestre e ao servidor ser como o seu senhor. Se ao chefe da família chamaram Belzebu, quanto mais aos da sua casa?
Não tenhais medo dos homens, pois nada há encoberto que não venha a descobrir-se, nada há oculto que não venha a conhecer-se.
O que vos digo às escuras, dizei-o à luz do dia e o que escutais ao ouvido proclamai-o sobre os telhados.
Não temais os que matam o corpo, mas não podem matar a alma. Temei antes Aquele que pode lançar na geena a alma e o corpo.
Não se vendem dois passarinhos por uma moeda? E nem um deles cairá por terra sem consentimento do vosso Pai.
Até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados.
Portanto não temais: valeis muito mais do que todos os passarinhos.
A todo aquele que se tiver declarado por Mim diante dos homens também Eu Me declararei por ele diante do meu Pai que está nos Céus.
Mas àquele que Me negar diante dos homens, também Eu o negarei diante do meu Pai que está nos Céus».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja
Homilia «À partida para o exílio»,
«Não temais»
Numerosas são as vagas e brame a tempestade, mas não tememos ser submersos: permanecemos firmes sobre a rocha. Mesmo que o mar se enfureça, não quebrará a rocha; mesmo que as vagas se levantem, não podem engolir a barca de Jesus Cristo. Dizei-me: que podemos nós temer? A morte? «Para mim, viver é Cristo e morrer, um lucro» (Fil 1,21). O exílio? «Do Senhor é a Terra e tudo o que nela existe» (Sl 23,1). A confiscação dos bens? «Nada trouxemos ao mundo e nada podemos levar dele» (1Tim 6,7). Pouco me importa o que é temível neste mundo; rio-me dos seus bens. Não temo a pobreza, não desejo a riqueza. Não tenho medo da morte. [...]
O Senhor é quem me dá garantias. Fiar-me-ei nas minhas forças? Possuo o seu testamento: eis o meu ponto de apoio, a minha segurança, o meu porto tranquilo. Ainda que trema todo o universo, eu possuo este testamento e releio-o: ele é a minha fortaleza, a minha segurança. Qual é o seu conteúdo? «Eis que Eu estou convosco todos os dias até ao fim do mundo» (Mt 28,20). Jesus Cristo está comigo, a quem temerei? Assaltem-me as vagas e a cólera dos grandes: tudo isso não vale sequer o peso de uma teia de aranha.
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