"Senhor, a quem
iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68
Domingo,
dia 26 de Junho de 2016
13.º Domingo do Tempo
Comum - Ano C
Santo do dia : Santos
João e Paulo, mártires, +362, S.
José Maria Escrivá, presbítero, fundador, +1975, S.
Paio, mártir, +925
Livro de 1.º Reis 19,16-21.
Naqueles dias, disse o Senhor a Elias: «Ungirás Eliseu, filho de
Safat, de Abel-Meola, como profeta em teu lugar»
Elias pôs-se a caminho e encontrou Eliseu, filho de Safat, que andava a
lavrar com doze juntas de bois e guiava a décima segunda. Elias passou junto
dele e lançou sobre ele a sua capa.
Então Eliseu abandonou os bois, correu atrás de Elias e disse-lhe: «Deixa-me
ir abraçar meu pai e minha mãe; depois irei contigo». Elias respondeu: «Vai e
volta porque eu já fiz o que devia».
Eliseu afastou-se, tomou uma junta de bois e matou-a; com a madeira do arado
assou a carne que deu a comer à sua gente. Depois levantou-se e seguiu Elias,
ficando ao seu serviço.
Livro de Salmos
16(15),1-2.5.7-8.9-10.11.
Defendei-me, Senhor: Vós sois o meu refúgio.
Digo ao Senhor: "Tu és o meu Deus."
Senhor, porção da minha herança e do meu cálice,
está nas vossas mãos o meu destino.
Bendigo o Senhor por me ter aconselhado,
até de noite me inspira interiormente.
O Senhor está sempre na minha presença,
com Ele a meu lado não vacilarei.
Por isso o meu coração se alegra e a minha alma exulta
e até o meu corpo descansa tranquilo.
Vós não abandonareis a minha alma
na mansão dos mortos
nem deixareis o vosso fiel sofrer a corrupção.
Dar-me-eis a conhecer os caminhos da vida,
alegria plena na vossa presença,
delícias eternas à vossa direita.
Carta aos Gálatas 5,1.13-18.
Irmãos: Foi para a verdadeira liberdade que Jesus Cristo nos
libertou. Portanto permanecei firmes e não torneis a sujeitar-vos ao jugo da
escravidão.
Vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Contudo não abuseis da liberdade
como pretexto para viverdes segundo a carne; mas, pela caridade, colocai-vos
ao serviço uns dos outros
porque toda a Lei se resume nesta palavra: «Amarás o teu próximo como a ti mesmo».
Se vós, porém vos mordeis e devorais mutuamente; tende cuidado que acabareis
por destruir-vos uns aos outros.
Por isso vos digo: Deixai-vos conduzir pelo Espírito e não satisfareis os
desejos da carne.
Na verdade, a carne tem desejos contrários aos do Espírito e o Espírito
desejos contrários aos da carne. São dois princípios antagónicos e por isso
não fazeis o que quereis.
Mas se vos deixais guiar pelo Espírito, não estais sujeitos à Lei de Moisés.
Evangelho segundo S.
Lucas 9,51-62.
Aproximando-se os dias de Jesus Cristo ser levado deste mundo,
Ele tomou a decisão de Se dirigir a Jerusalém
e mandou mensageiros à sua frente. Estes puseram-se a caminho e entraram numa
povoação de samaritanos, a fim de Lhe prepararem hospedagem.
Mas aquela gente não O quis receber porque ia a caminho de Jerusalém.
Vendo isto, os discípulos Tiago e João disseram a Jesus Cristo: «Senhor,
queres que mandemos descer fogo do céu que os destrua?».
Mas Jesus Cristo voltou-Se e repreendeu-os.
E seguiram para outra povoação.
Pelo caminho, alguém disse a Jesus Cristo: «Seguir-Te-ei para onde quer que
fores».
Jesus Cristo respondeu-lhe: «As raposas têm as suas tocas e as aves do céu os
seus ninhos; mas o Filho (do homem) não tem onde reclinar a cabeça».
Depois disse a outro: «Segue-Me». Ele respondeu: «Senhor, deixa-me ir
primeiro sepultar meu pai».
Disse-lhe Jesus Cristo: «Deixa que os mortos sepultem os seus mortos; tu, vai
anunciar o reino de Deus».
Disse-Lhe ainda outro: «Seguir-Te-ei, Senhor; mas deixa-me ir primeiro
despedir-me da minha família».
Jesus Cristo respondeu-lhe: «Quem tiver lançado as mãos ao arado e olhar para
trás não serve para o reino de Deus».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
São Leão Magno (?-c. 461), Papa,
doutor da Igreja
Sermão 71, para a ressurreição do Senhor; PL 54, 388
«Quem tiver lançado as mãos ao arado e olhar para trás não serve
para o reino de Deus.»
Meus caros,
Paulo, o
apóstolo dos pagãos, não contradiz a nossa fé quando diz: «Ainda que tenhamos
conhecido a Jesus Cristo à maneira humana, agora já não O conhecemos assim»
(2Cor 5,16). A ressurreição do Senhor não pôs um termo à sua carne; transformou-a.
(a ressurreição de Jesus Cristo implicou a ressurreição do corpo celeste – o
Filho – que a morte não teve motivos para tomar e a ressurreição do seu corpo
natural que a morte não teve motivos para tomar também) O aumento da sua
força não destruiu a sua substância. A qualidade mudou, mas a natureza não
foi aniquilada. Crucificaram aquele corpo, ferrando-o a pregos e ele
tornou-se inacessível ao sofrimento. Deram-lhe a morte e Ele tornou-Se
imortal. Assassinaram-no e Ele tornou-Se incorruptível. Bem podemos dizer que
a carne humana de Jesus Cristo não é a que tínhamos conhecido porque nela
deixou de haver vestígios de sofrimento ou de fraqueza. Continua a mesma na
sua essência, mas já não é a mesma quanto à glória. Não surpreende, pois, que
São Paulo se exprima desta maneira a propósito do corpo de Jesus Cristo,
referindo-se a todos os cristãos que vivem segundo o espírito: «De agora em
diante, não conhecemos ninguém à maneira humana».
Quero com isto dizer que a nossa ressurreição começou em Jesus Cristo. Nele,
que morreu por nós, toda a esperança tomou corpo. Deixou de haver em nós
dúvida, hesitação, espera desiludida; as promessas começaram a cumprir-se e
conseguimos já ver, com os olhos da fé, a graça com que amanhã seremos
cumulados. A nossa natureza elevou-se; na alegria, já possuímos o objecto da
nossa fé [...].
Que o povo de Deus tome consciência de que se «está em Jesus Cristo, é uma
nova criação» (2Cor 5,17). Que compreenda bem Quem o escolheu e a Quem ele
próprio escolheu. Que o ser renovado não volte à instabilidade do seu antigo
estado. Que, depois de «lançar a mão ao arado», não pare de trabalhar, cuide
do grão que semeou sem se voltar para trás para o que abandonou. [...] É esta
a via da salvação; é a maneira de imitar a ressurreição que começou com Jesus
Cristo.
Segunda-feira,
dia 27 de Junho de 2016
Segunda-feira da 13.ª
semana do Tempo Comum
Assim fala o Senhor: «Por três e por quatro crimes de Israel,
não revogarei a minha decisão porque vendem o justo por dinheiro e
o pobre por um par de sandálias;
porque esmagam no pó da terra a cabeça dos humildes e confundem
o caminho aos pequenos; porque o filho e o pai vão à mesma mulher,
profanando o meu santo nome;
porque se prostram junto dos altares com as vestes recebidas em penhor e
bebem o vinho das multas da casa do seu Deus.
E, no entanto, fui Eu que exterminei diante deles os amorreus, altos como
cedros e fortes como carvalhos; destruí no alto os seus frutos e em baixo
as suas raízes.
Fui Eu que vos retirei da terra do Egipto e vos conduzi durante quarenta
anos pelo deserto para vos dar em posse a terra dos amorreus.
Por isso, Eu vos afundarei na lama como um carro cheio de feno.
Então a fuga não será possível para o mais ágil nem o mais forte poderá
recorrer à sua força nem o valente terá a vida salva.
O arqueiro não resistirá nem o corredor veloz escapará nem o cavaleiro
salvará a vida.
O mais valente dos heróis fugirá nu naquele dia».
Livro de Salmos
50(49),16bc-17.18-19.20-21.22-23.
Como falas tanto na minha lei
e trazes na boca a minha aliança,
tu que detestas os meus ensinamentos
e desprezas as minhas palavras?
Se vês um ladrão, juntas-te a ele
e fazes grupo com os adúlteros.
Deste largas à tua boca para o mal
e a tua língua tece enganos.
Sentas-te a falar contra o teu irmão
e difamas os filhos da tua mãe.
Fizeste isto e Eu calei-me;
pensaste que Eu era como tu.
Hei-de acusar-te e lançar-te tudo em rosto.
Considerai isto, vós que esqueceis a Deus,
não aconteça que vos extermine, sem haver quem vos salve.
Honra-Me quem Me oferece um
sacrifício de louvor,
a quem segue o caminho recto
darei a salvação de Deus.
Evangelho segundo S.
Mateus 8,18-22.
Naquele tempo, vendo Jesus Cristo à sua volta uma grande
multidão, mandou passar para a outra margem do lago.
Aproximou-se então um escriba que Lhe disse: «Mestre, seguir-Te-ei para
onde fores».
Jesus Cristo respondeu-Lhe: «As raposas têm as suas tocas e as aves os seus
ninhos, mas o Filho (do homem) não tem onde reclinar a cabeça».
Disse-Lhe outro discípulo: «Senhor, deixa-me ir primeiro sepultar meu pai».
Mas Jesus Cristo respondeu-Lhe: «Segue-Me e deixa que os mortos (os das
trevas, do mal) sepultem os seus mortos (os que morreram)».
Da
Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Beato Charles de Foucauld (1858-1916),
eremita e missionário no Saará
Retiro em Nazaré («Escritos espirituais»)
«O Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça.»
Ó meu Senhor
Jesus, aqui está a divina pobreza! Tendes de ser Vós a instruir-me acerca
dela! Vós amaste-la tanto! [...] Na vossa vida mortal, fizestes dela vossa
companhia fiel. Deixaste-la em herança aos vossos santos, a todos os que
querem seguir-Vos, a todos os que querem ser vossos discípulos.
Ensinaste-la pelo exemplo de toda a vossa vida; glorificaste-la,
beatificaste-la, proclamaste-la necessária pelas vossas palavras.
Escolhestes para pais pobres operários; nascestes numa gruta que servia de
estábulo, sendo pobre no vosso nascimento. Os vossos primeiros adoradores
são pastores. Aquando da vossa apresentação no Templo, vossos pais
ofereceram o dom dos pobres. Vivestes trinta anos como pobre operário,
nesta Nazaré que eu tenho a felicidade de pisar, onde tenho a alegria [...]
de apanhar estrume.
Mais, durante a vossa vida pública, vivestes de esmolas entre os pescadores
pobres que havíeis escolhido para companheiros, sem uma pedra onde reclinar
a cabeça. No Calvário, foste espoliado das vossas vestes, a única coisa que
possuíeis, e os soldados sortearam-nas entre si. Morrestes nu e fostes
amortalhado por esmola, por estrangeiros. «Bem aventurados os pobres!» (Mt
5,3)
Meu Senhor Jesus, como se tornará rapidamente pobre aquele que, amando-Vos
de todo o coração, não conseguir suportar ser mais rico do que o seu
Bem-amado!
Terça-feira,
dia 28 de Junho de 2016
Terça-feira da 13.ª
semana do Tempo Comum
Escutai esta palavra que o Senhor pronuncia contra vós,
filhos de Israel, contra todo o povo que Ele tirou da terra do Egipto:
«Só a vós conheci, entre todos os povos da Terra. Por isso vos pedirei contas de todos os vossos
pecados. (a misericórdia para os misericordiosos; a justiça para os
justos; quem julga será julgado; quem maltrata, será maltratado, …)
Porventura seguem juntos dois homens sem que antes tenham combinado?
Ruge o leão na floresta sem ter uma presa? O leãozinho faz ouvir no
esconderijo a sua voz sem ter a sua caça?
Cai o pássaro por terra num laço sem haver armadilha? Levanta-se do chão
a rede sem nada ter apanhado?
Soa a trombeta na cidade sem que o povo fique alarmado? Pode haver na
cidade uma desgraça sem que o Senhor a tenha mandado?
O Senhor Deus não fez coisa alguma sem revelar as suas intenções aos
profetas, seus servidores.
Quando ruge o leão, quem não terá medo? Quando fala o Senhor Deus, quem
recusará profetizar?
Arruinei-vos, como fiz a Sodoma e Gomorra, e vós ficastes como tição
arrancado ao incêndio, mas não voltastes para Mim – oráculo do Senhor.
Por isso, é assim que hei-de tratar-te, Israel, e, porque vou tratar-te
assim, prepara-te, Israel, para enfrentares o teu Deus».
Livro de Salmos
5,5-6.7.8.
Vós não sois um Deus que se agrade do mal,
o perverso não tem aceitação junto de Vós
nem os ímpios suportam o vosso olhar.
Vós detestais todos os malfeitores
e exterminais os que dizem mentiras:
o Senhor abomina os sanguinários e fraudulentos.
Mas, confiado na vossa bondade,
eu entrarei na vossa casa,
com reverência me prostrarei no vosso templo santo.
Evangelho segundo S. Mateus 8,23-27.
Naquele tempo, Jesus Cristo subiu para o barco e os
discípulos acompanharam-n’O.
Entretanto levantou-se no mar tão grande tormenta que as ondas cobriam o
barco. Jesus Cristo dormia.
Aproximaram-se os discípulos e acordaram-n’O, dizendo: «Salva-nos,
Senhor, que estamos perdidos».
Disse-lhes Jesus Cristo: «Porque temeis, homens de pouca fé?». Então
levantou-Se, falou imperiosamente ao vento e ao mar e fez-se grande
bonança.
Os homens ficaram admirados e disseram: «Quem é este homem que até o
vento e o mar Lhe obedecem?».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Carta a Diogneto (c. 200)
§7, 1-4; PG 2, 1174-1175; SC 33 bis (trad. de J. L. Cordeiro,
Secretariado Nacional de Liturgia, Fátima, 2004)
«Quem é este homem que até o vento e o mar Lhe obedecem?»
Aos
cristãos, o que lhes foi transmitido não tem origem terrestre (Gal 1,12)
e o que eles fazem questão de conservar com tanto cuidado não é invenção
de um mortal [...], mas foi o próprio Deus invisível, verdadeiro Senhor e
Criador de tudo, que do alto dos céus colocou a Verdade no meio dos
homens (Jo 14,6), o seu Verbo santo e incompreensível, e O estabeleceu
firmemente em seus corações.
Não realizou tudo isto, como alguém poderia imaginá-lo, enviando aos
homens algum subordinado, anjo ou espírito de entre os que governam as
coisas terrenas ou têm a seu cargo o cuidado das coisas celestes (Ef
1,21), mas o próprio Autor e Criador do universo (Heb 11,10). Por seu
intermédio criou os céus e encerrou o mar nos seus limites (Sl 104,9; Pr
8,29). Todos os elementos obedecem com fidelidade às suas leis
misteriosas: o Sol, ao seguir a medida do curso dos dias; a Lua,
brilhando durante a noite; os astros, acompanhando o percurso da Lua. Por
Ele todas as coisas foram feitas, definidas e hierarquizadas: os céus e o
que neles existe, a Terra e o que ela contém, o mar e o que nele se
encontra, o fogo, o ar, o abismo, os seres que existem nas alturas, nas
profundidades e no espaço intermédio. Foi Ele que Deus enviou aos homens.
Não foi de modo nenhum para exercer tirania ou incutir terror e assombro,
como alguém poderia pensar, que Deus O enviou, mas com bondade e doçura.
Como um Rei que enviasse o seu filho rei (Mt 21,37) assim Deus O enviou
como Deus. Enviou-O como Homem ao meio dos homens. Enviou-O para os
salvar pela persuasão e não pela força porque em Deus não há violência.
Quarta-feira,
dia 29 de Junho de 2016
São Pedro e São
Paulo, apóstolos - Solenidade
Naqueles dias, o
rei Herodes começou a perseguir alguns membros da Igreja.
Mandou matar à espada Tiago, irmão de João,
e, vendo que tal procedimento agradava aos judeus, mandou prender
também Pedro. Era nos dias dos Ázimos.
Mandou-o prender e meter na cadeia, entregando-o à guarda de quatro
piquetes de quatro soldados cada um, com a intenção de o fazer
comparecer perante o povo, depois das festas da Páscoa.
Enquanto Pedro era guardado na prisão, a Igreja orava instantemente a
Deus por ele.
Na noite anterior ao dia em que Herodes pensava fazê-lo comparecer,
Pedro dormia entre dois soldados, preso a duas correntes, enquanto as
sentinelas, à porta, guardavam a prisão.
De repente, apareceu o Anjo do Senhor e uma luz iluminou a cela da
cadeia. O Anjo acordou Pedro, tocando-lhe no ombro e disse-lhe:
«Levanta-te depressa». E as correntes caíram-lhe das mãos.
Então o Anjo disse-lhe: «Põe o cinto e calça as sandálias». Ele assim
fez. Depois acrescentou: «Envolve-te no teu manto e segue-me».
Pedro saiu e foi-o seguindo sem perceber a realidade do que estava a
acontecer por meio do Anjo; julgava que era uma visão.
Depois de atravessarem o primeiro e o segundo posto da guarda, chegaram
à porta de ferro que dá para a cidade e a porta abriu-se por si mesma
diante deles. Saíram, avançando por uma rua e subitamente o Anjo
desapareceu.
Então Pedro, voltando a si, exclamou: «Agora sei realmente que o Senhor
enviou o seu Anjo e me libertou das mãos de Herodes e de toda a
expectativa do povo judeu».
Livro de Salmos
34(33),2-3.4-5.6-7.8-9.
A toda a hora
bendirei o Senhor,
o seu louvor estará sempre na minha boca.
A minha alma gloria-se no Senhor,
escutem e alegrem-se os humildes.
Enaltecei comigo o Senhor
e exaltemos juntos o Seu nome.
Procurei o Senhor e Ele atendeu-me,
libertou-me de toda a ansiedade.
Voltai-vos para Ele e ficareis radiantes,
o vosso rosto não se cobrirá de vergonha.
Este pobre clamou e o Senhor o ouviu,
salvou-o de todas as angústias.
O Anjo do Senhor protege os que O adoram
e defende-os dos perigos.
Saboreai e vede como o Senhor é bom:
feliz o homem que n’Ele se
refugia.
2.ª Carta a Timóteo 4,6-8.17-18.
Caríssimo: Eu já
estou oferecido em libação e o tempo da minha partida está iminente.
Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé.
E agora já me está preparada a coroa da justiça que o Senhor, justo
juiz, me há-de dar naquele dia e não só a mim, mas a todos aqueles que
tiverem esperado com amor a sua vinda.
O Senhor esteve a meu lado e deu-me força para que, por meu intermédio,
a mensagem do Evangelho fosse plenamente proclamada e todos os pagãos a
ouvissem e eu fui libertado da boca do leão.
O Senhor me livrará de todo o mal e me dará a salvação no seu reino
celeste. Glória a Ele pelos séculos dos séculos. Amen.
Evangelho
segundo S. Mateus 16,13-19.
Naquele tempo,
Jesus Cristo foi para os lados de Cesareia de Filipe e perguntou aos
seus discípulos: «Quem dizem os homens que é o Filho do homem?».
Eles responderam: «Uns dizem que é João Baptista, outros que é Elias,
outros que é Jeremias ou algum dos profetas».
Jesus Cristo perguntou: «E vós, quem dizeis que Eu sou?».
Então Simão Pedro tomou a palavra e disse: «Tu és o Messias, o Filho de
Deus vivo».
Jesus Cristo respondeu-lhe: «Feliz de ti, Simão, filho de Jonas, porque
não foram a carne e o sangue que to revelaram, mas sim meu Pai que está
nos Céus.
Também Eu te digo: Tu és Pedro; sobre esta pedra edificarei a minha
Igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.
Dar-te-ei as chaves do reino dos Céus: tudo o que ligares na Terra será
ligado nos Céus e tudo o que desligares na Terra será desligado nos
Céus».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
São Máximo de Turim (?-c.
420), bispo
Sermão CC1
«Dar-te-ei as chaves do Reino dos Céus»
O Senhor
reconheceu em Pedro o intendente fiel, a quem confiou as chaves do
Reino e em Paulo um mestre qualificado que encarregou de ensinar na
Igreja. Para prometer aos que foram formados por Paulo que encontrariam
a salvação, era preciso que Pedro os acolhesse para lhes dar repouso.
Quando Paulo tiver aberto os corações com a sua pregação, Pedro abrirá
às almas o Reino dos Céus. Assim, pois também Paulo recebeu de Jesus Cristo
uma espécie de chave, a chave da ciência, que permite abrir em
profundidade os corações endurecidos para a fé para em seguida trazer à
superfície, por uma revelação espiritual, aquilo que se encontrava
escondido no interior. Trata-se de uma chave que deixa escapar da
consciência a confissão do pecado e que nela encerra para sempre a graça
do mistério do Salvador.
Ambos receberam, pois chaves das mãos do Senhor; um deles recebeu a
chave da ciência, o outro a chave do poder; este dispensa as riquezas
da imortalidade, aquele distribui os tesouros da sabedoria. Porque há
tesouros do conhecimento, como está escrito: «O mistério de Deus, isto
é, Jesus Cristo, no Qual estão escondidos todos os tesouros da
sabedoria e da ciência» (Col 2,2-3).
Quinta-feira, dia 30 de Junho de 2016
Quinta-feira
da 13.ª semana do Tempo Comum
Naqueles dias,
Amasias, sacerdote de Betel, mandou dizer a Jeroboão, rei de Israel:
«Amós conspira contra ti no meio da casa de Israel. O país já não
pode suportar as suas palavras.
Porque Amós anda a dizer: ‘Jeroboão morrerá à espada e Israel será
deportado para longe da sua terra’».
Depois Amasias disse a Amós: «Vai-te embora daqui, vidente. Foge para
a terra de Judá. Aí ganharás o pão com as tuas profecias, mas não
continues a profetizar aqui em Betel que é o santuário real, o templo
do reino».
Amós respondeu a Amasias: «Eu não era profeta nem filho de profeta.
Era pastor de gado e cultivava sicómoros.
Foi o Senhor que me tirou da guarda do rebanho, foi o Senhor que me
disse: ‘Vai profetizar ao meu povo de Israel’.
E agora escuta a palavra do Senhor: Tu dizes: ‘Não profetizes contra
Israel nem faças vaticínios contra a casa de Isaac’.
Por isso assim fala o Senhor: ‘A tua mulher será desonrada na cidade,
os teus filhos e filhas cairão mortos à espada, as tuas terras serão
repartidas a cordel. Tu próprio morrerás em terra impura e Israel será
levado para o exílio, para longe da sua terra’».
Livro de
Salmos 19(18),8.9.10.11.
A lei do Senhor é
perfeita,
ela reconforta a alma.
As ordens do Senhor são firmes
e dão sabedoria aos simples.
Os preceitos do Senhor são rectos
e alegram o coração.
Os mandamentos do Senhor são claros
e iluminam os olhos.
O Amor do Senhor é puro
e permanece eternamente.
Os juízos do Senhor são verdadeiros,
todos eles são rectos.
São mais preciosos do que o ouro,
o ouro mais fino;
são mais doces do que o mel,
o puro mel dos favos.
Evangelho segundo S. Mateus 9,1-8.
Naquele tempo,
Jesus Cristo subiu para um barco, atravessou o mar e foi para a
cidade de Cafarnaum.
Apresentaram-Lhe então um paralítico que jazia numa enxerga. Ao ver a
fé daquela gente, Jesus Cristo disse ao paralítico: «Filho, tem
confiança; os teus pecados estão perdoados».
Alguns escribas disseram para consigo: «Este homem está a blasfemar».
Mas Jesus Cristo, conhecendo os seus pensamentos, disse: «Porque
pensais mal em vossos corações?
Na verdade, que é mais fácil: dizer: ‘Os teus pecados estão
perdoados’ ou dizer: ‘Levanta-te e anda’?
Pois bem. Para saberdes que o Filho do homem tem na terra o poder de
perdoar os pecados, ‘Levanta-te __ disse Ele ao paralítico __ toma a
tua enxerga e vai para casa’.
O homem levantou-se e foi para casa.
Ao ver isto, a multidão ficou cheia de temor e glorificava a Deus por
ter dado tal poder aos homens.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos
- www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
São Cirilo de Alexandria
(380-444), bispo, doutor da Igreja
Comentário ao evangelho de Lucas, 5; PG 72, 565
«A multidão ficou cheia de temor e glorificava a Deus
por ter dado tal poder aos homens.»
O
paralítico, incurável, estava deitado no seu catre. Depois de ter
esgotado a arte dos médicos, foi, levado pelos seus, ter com o único
médico verdadeiro, o médico que vem do céu. Mas, quando foi colocado
em frente Àquele que o podia curar, foi a fé dele que atraiu o olhar
do Senhor. Para mostrar claramente que esta fé destruía o pecado,
Jesus Cristo declarou imediatamente: «Os teus pecados estão
perdoados». Dir-me-ão talvez: este homem queria a cura da sua doença,
porque é que Jesus Cristo lhe anuncia a remissão dos seus pecados? Foi
para aprenderes que Deus vê o coração do homem no silêncio e sem
ruído, que Ele contempla os caminhos de todos os viventes. A
Escritura diz, com efeito: «O Senhor olha atentamente para os
caminhos do homem e observa os seus passos» (Prov 5,21). [...]
No entanto, quando Jesus Cristo disse: «Os teus pecados estão
perdoados», deixou o campo livre à incredulidade da assistência; o
perdão dos pecados não se vê com os olhos da carne. Então, quando o
paralítico se levanta e anda, manifesta com evidência que Jesus Cristo
possui o poder de Deus. [...]
Quem possui este poder? Somente Ele ou também nós? Nós também, com
Ele. Ele perdoa os pecados porque é o Filho. Quanto a nós, recebemos
dele esta graça admirável e maravilhosa porque Ele quis dar ao homem
este poder. Com efeito, Ele disse aos seus apóstolos: «Em verdade vos
digo: tudo o que desligardes na Terra será desligado no céu» (Mt
18,18). E ainda: «Aqueles a quem perdoardes, os pecados ser-lhes-ão
perdoados» (Jo 20,23).
Sexta-feira, dia 01 de Julho de 2016
Sexta-feira
da 13.ª semana do Tempo Comum
Escutai bem,
vós que espezinhais o pobre e quereis eliminar os humildes da Terra.
Vós dizeis: «Quando passará a lua nova para podermos vender o nosso
grão? Quando chegará o fim de sábado para podermos abrir os
celeiros de trigo? Faremos a medida mais pequena, aumentaremos o
preço, arranjaremos balanças falsas.
Compraremos os necessitados por dinheiro e os indigentes por um par
de sandálias. Venderemos até as cascas do nosso trigo».
Diz o Senhor Deus: «Eis o que há-de acontecer naquele dia: Eu farei
que o sol se ponha ao meio-dia e em pleno dia escurecerei a Terra.
Mudarei em luto as vossas festas e em lamentações os vossos
cânticos. Porei o cilício em todos os flancos e tonsura em todas as
cabeças. Imporei luto como por um filho único e o seu fim será como
um dia amargo».
«Dias virão – diz o Senhor Deus – em que mandarei a fome sobre a Terra:
não será fome de pão nem sede de água, mas fome de ouvir a palavra
do Senhor.
Irão cambaleando de um ao outro mar, irão sem rumo do Norte até ao
Oriente, à procura da palavra do Senhor, mas não a poderão
encontrar».
Livro de
Salmos 119(118),2.10.20.30.40.131.
Felizes os que
observam as ordens do Senhor
e O procuram de todo o coração.
De todo o coração Vos procuro, Senhor,
não me deixeis afastar dos vossos mandamentos.
A minha alma suspira
por cumprir sempre a vossa vontade.
Escolhi o caminho da verdade
e decidi-me pelos vossos juízos.
Vede como amo os vossos preceitos:
fazei-me viver segundo a vossa justiça.
Eu abro a minha boca e aspiro
porque estou ávido dos vossos mandamentos.
Evangelho segundo S. Mateus 9,9-13.
Naquele tempo,
Jesus Cristo ia a passar, quando viu um homem chamado Mateus,
sentado no posto de cobrança dos impostos e disse-lhe: «Segue-Me».
Ele levantou-se e seguiu Jesus Cristo.
Um dia em que Jesus Cristo estava à mesa em casa de Mateus, muitos
publicanos e pecadores vieram sentar-se com Ele e os seus
discípulos.
Vendo isto, os fariseus diziam aos discípulos: «Por que motivo é
que o vosso Mestre come com os publicanos e os pecadores?».
Jesus Cristo ouviu-os e respondeu: «Não são os que têm saúde que
precisam do médico, mas sim os doentes.
Ide aprender o que significa: ‘Prefiro
a misericórdia ao sacrifício’. Porque Eu não vim chamar os
justos, mas os pecadores».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos
Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Jean Tauler (c.
1300-1361), dominicano de Estrasburgo
Sermão 64
«Ele levantou-se e seguiu Jesus.»
Nosso
Senhor disse a São Mateus: «Segue-Me.» Este santo amável é um
modelo para todos os homens. Tinha sido um grande pecador, de
acordo com aquilo que o evangelho diz dele, mas tornou-se um dos
maiores amigos de Deus. Porque Nosso Senhor falou-lhe no fundo do
seu ser e, nessa altura, ele abandonou tudo para seguir o Mestre.
Seguir a Deus na verdade; para isso, temos de abandonar verdadeira
e completamente todas as coisas que não são de Deus, sejam elas
quais forem. Deus ama os corações (porque é dos afectos bons); não
Lhe interessa aquilo que é exterior, mas quer de nós uma devoção
interior viva. Esta devoção tem em si mais verdade do que se eu
fizesse as orações de todos os homens ou se cantasse com tal
intensidade que o meu canto subisse aos céus; tem mais verdade do
que tudo o que eu possa fazer exteriormente em jejuns, vigílias e
outras práticas.
Sábado, dia 02 de Julho de 2016
Sábado da
13.ª semana do Tempo Comum
Eis o que diz
o Senhor: «Naquele dia voltarei a erguer a tenda arruinada de
David, repararei as suas brechas, restaurarei as suas ruínas e reconstrui-la-ei
como nos tempos de outrora.
Assim poderão conquistar o resto de Edom e de todas as nações em
que o meu nome foi proclamado – diz o Senhor que cumprirá a sua
palavra –.
Dias virão – diz o Senhor – em que o homem que lavra seguirá de
perto o que ceifa e o que pisa as uvas seguirá de perto aquele
que planta. O vinho novo jorrará dos montes e escorrerá das
colinas.
Farei voltar os cativos do meu povo de Israel: eles reconstruirão
as cidades devastadas e habitarão nelas, plantarão vinhas e beberão
o seu vinho, cultivarão pomares e comerão os seus frutos.
Plantá-los-ei na sua terra e não mais serão arrancados da terra
que Eu lhes dei» – diz o Senhor, teu Deus –.
Livro de
Salmos 85(84),9.11-12.13-14.
Escutemos o
que diz o Senhor:
Deus fala de paz
ao seu povo e aos seus fiéis
e a quantos de coração a Ele se convertem.
Encontraram-se a misericórdia e a fidelidade,
abraçaram-se a paz e a justiça.
A fidelidade vai germinar da terra
e a justiça descerá do Céu.
O Senhor dará ainda o que é bom
e a nossa terra produzirá os seus frutos.
A justiça caminhará à sua frente
e a paz seguirá os seus passos.
Evangelho segundo S. Mateus 9,14-17.
Naquele
tempo, os discípulos de João Baptista foram ter com Jesus Cristo e
perguntaram-Lhe: «Por que motivo nós e os fariseus jejuamos e os
teus discípulos não jejuam?».
Jesus Cristo respondeu-lhes: «Podem os companheiros do esposo
ficar de luto, enquanto o esposo estiver com eles? Dias virão em
que o esposo lhes será tirado: nesses dias jejuarão.
Ninguém põe remendo de pano novo em vestido velho porque o
remendo repuxa o vestido e o rasgão fica maior.
Nem se deita vinho novo em odres velhos; aliás, os odres
rebentam, derrama-se o vinho e perdem-se os odres. Mas deita-se o
vinho novo em odres novos e assim ambas as coisas se conservam».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos
Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Catecismo da Igreja
Católica
§772,773,796
«O Esposo está com eles»
É
na Igreja que Jesus Cristo realiza e revela o seu próprio
mistério, como a meta do desígnio de Deus: «recapitular tudo
nele» (Ef 1,10). São Paulo chama «grande mistério» (Ef 5,32) à
união esponsal de Jesus Cristo e da Igreja. Porque está unida a Jesus
Cristo como a seu esposo, a própria Igreja, por seu turno, se
torna mistério (195). E é contemplando nela este mistério que São
Paulo exclama: «Jesus Cristo em vós — eis a esperança da glória!»
(Col 1,27). [...] Maria precede-nos todos como «a Esposa sem
mancha nem ruga» (Ef 5,27). E é por isso que «a dimensão mariana
da Igreja precede a sua dimensão petrina» (João Paulo II).
A unidade de Jesus Cristo e da Igreja, Cabeça e membros do Corpo,
implica também a distinção entre ambos, numa relação pessoal.
Este aspecto é, muitas vezes, expresso pela imagem do esposo e da
esposa. O tema de Jesus Cristo Esposo da Igreja foi preparado
pelos profetas e anunciado por João Baptista (Jo 3,29). O próprio
Senhor Se designou como «o Esposo» (Mc 2,19). E o Apóstolo
apresenta a Igreja e cada fiel, membro do seu Corpo, como uma
esposa «desposada» com Jesus Cristo Senhor para formar com Ele um
só Espírito. Ela é a Esposa imaculada do Cordeiro imaculado (Ap
22,17) que Jesus Cristo amou, pela qual Se entregou «para a
santificar» (Ef 5,26), que associou a Si por uma aliança eterna e
à qual não cessa de prestar cuidados como ao seu próprio Corpo.
Eis Jesus Cristo total, Cabeça e Corpo, um só, formado de muitos
[...]. O próprio Senhor diz no Evangelho: «Já não são dois, mas
uma só carne» (Mt 19,6). Como vedes, temos, de algum modo, duas
pessoas diferentes; no entanto, tornam-se uma só na união
esponsal (Santo Agostinho). ©
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da Confraria Bolos D. Rodrigo
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Os meus filmes
2.º – O
Cemitério de Lagos
3.º – Lagos e
a sua Costa Dourada
4.º
– Natal de 2012
5.º – Tempo de
Poesia
Os
meus blogues
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http://www.descubriter.com/pt/ Rota
Europeia dos Descobrimentos
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(livros, música, postais, … cristãos)
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