domingo, 26 de junho de 2016

Cristianismo 162 até 25-06-2016



"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68

Domingo, dia 19 de Junho de 2016

12.º Domingo do Tempo Comum - Ano C

Eis o que diz o Senhor: «Sobre a casa de David e os habitantes de Jerusalém derramarei um espírito de piedade e de súplica. Ao olhar para Mim, a quem trespassaram, lamentar-se-ão como se lamenta um filho único, chorarão como se chora o primogénito.
Naquele dia, haverá grande pranto em Jerusalém, como houve em Hadad-Rimon, na planície de Megido.
Naquele dia, jorrará uma nascente para a casa de David e para os habitantes de Jerusalém, a fim de lavar o pecado e a impureza».
Livro de Salmos 63(62),2abcd.2e-4.5-6.8-9.
Ó Deus, Tu és o meu Deus! Anseio por ti!
A minha alma tem sede de ti;
todo o meu ser anela por ti,
como terra árida, sequiosa, sem água.
Quero contemplar-Vos no santuário,
para ver o vosso poder e a vossa glória.
A vossa graça vale mais que a vida;
por isso os meus lábios hão-de cantar-Vos louvores.
Assim Vos bendirei toda a minha vida
e em vosso louvor levantarei as mãos.
Serei saciado com saborosos manjares
e com vozes de júbilo Vos louvarei.
Porque Vos tornastes o meu refúgio,
exulto à sombra das vossas asas.
Unido a Vós estou, Senhor,
a vossa mão me serve de amparo.

Carta aos Gálatas 3,26-29.
Irmãos: Todos vós sois filhos de Deus pela fé em Jesus Cristo
porque todos vós, que fostes batizados em Cristo, fostes revestidos de Cristo.
Não há judeu nem grego, não há escravo nem livre, não há homem nem mulher; todos vós sois um só em Cristo Jesus.
Mas, se pertenceis a Jesus Cristo, sois então descendência de Abraão, herdeiros segundo a promessa.
Evangelho segundo S. Lucas 9,18-24.
Um dia, Jesus Cristo orava sozinho, estando com Ele apenas os discípulos. Então perguntou-lhes: «Quem dizem as multidões que Eu sou?».
Eles responderam: «Uns dizem que és João Baptista; outros que és Elias e outros, que és um dos antigos profetas que ressuscitou».
Disse-lhes Jesus Cristo: «E vós, quem dizeis que Eu sou?». Pedro tomou a palavra e respondeu: «És o Messias de Deus».
Ele, porém proibiu-lhes severamente de o dizerem fosse a quem fosse
e acrescentou: «O Filho do homem tem de sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos príncipes dos sacerdotes e pelos escribas; tem de ser morto e ressuscitar ao terceiro dia».
Depois, dirigindo-Se a todos, disse: «Se alguém quiser vir comigo, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz (há a cruz dos sofrimentos, pelos quais temos de passar ao longo da nossa vida para esta ser frutífera, isto é, ficarmos melhores do que éramos ao nascer e há a cruz das injustiças, dos ataques aos inocentes por parte dos do mal; assim eles se autodestroem como é próprio deles. Com ambas devemos ser capazes de ultrapassar a casa do sofrimento e encontrar a casa que ambicionamos e o sofrimento nos impede. Só com o apoio divino se consegue; só perdoando e entregando tudo o que nos fazem e fazemos aos decisores de Deus) todos os dias e siga-Me.
Pois quem quiser salvar a sua vida (natural), há-de perdê-la (vida celeste); mas quem perder a sua vida (natural) por minha causa, salvá-la-á (vida celeste)».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São João XXIII (1881-1963), papa
Diário da alma, 1930, retiro em Rusciuk
Tome a sua cruz todos os dias
O amor da cruz do meu Senhor atrai-me cada vez mais nestes dias. Ó Jesus bendito, que isto não seja um fogo inútil que se apague com a primeira chuva, mas um incêndio que arda sempre sem nunca se consumir. Nestes dias encontrei outra bela oração, que corresponde perfeitamente à minha situação actual [...]: Ó Jesus, meu amor crucificado, adoro-Te em todas as tuas penas. [...] Abraço de todo o coração, por teu amor, todas as cruzes de corpo e de espírito que me sobrevierem. E faço profissão de pôr toda a minha glória, o meu tesouro e a minha alegria na tua cruz, ou seja, nas humilhações e nos sofrimentos, dizendo com São Paulo: «Quanto a mim, não me glorie, a não ser na cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo» (Gal 6,14). Não quero para mim outro paraíso neste mundo que não seja a cruz do meu Senhor Jesus Cristo. [...] Tudo me convence de que o Senhor me quer todo para Si, pelo caminho real da cruz. Por este caminho e não por outro, desejo avançar. [...]
Uma nota característica deste retiro espiritual tem sido uma grande paz e alegria interior que me encoraja a oferecer-me ao Senhor, em ordem a qualquer sacrifício que Ele queira pedir-me. Desejo que esta tranquilidade e esta alegria penetrem cada vez mais, por dentro e por fora, toda a minha pessoa e toda a minha vida. [...] Terei muito cuidado na guarda deste gozo interior e exterior. [...] Para mim, deve ser um convite perene a imagem de São Francisco de Sales que, entre outras, gosto de repetir: eu sou como um passarinho que canta num bosque de espinhos. Assim, pois poucas confidências sobre o que possa fazer-me sofrer. Muita discrição e indulgência no meu juízo acerca das pessoas e das situações; inclinação para orar especialmente por quem for para mim motivo de sofrimento e, em tudo, grande bondade e paciência sem limites, lembrando-me de que qualquer outro sentimento [...] não está de acordo com o espírito do Evangelho nem da perfeição evangélica. Prefiro ser considerado um pobre homem, desde que, a qualquer preço, faça triunfar a caridade. Deixar-me-ei esmagar, mas quero ser paciente e bom até ao heroísmo.

Segunda-feira, dia 20 de Junho de 2016

Segunda-feira da 12.ª semana do Tempo Comum

Naqueles dias, Salmanasar, rei da Assíria, invadiu todo o país e pôs cerco a Samaria, durante três anos.
No nono ano do reinado de Oseias, o rei da Assíria tomou Samaria e deportou os filhos de Israel para a Assíria, estabelecendo-os em Halá, nas margens do Habor, rio de Gozã, e nas cidades da Média.
Isto aconteceu porque os filhos de Israel pecaram contra o Senhor, seu Deus, que os fizera sair da terra do Egipto, libertando-os do poder do faraó, rei do Egipto. Prestaram culto a outros deuses
e seguiram os costumes das nações que o Senhor expulsara diante deles e os costumes que os reis de Israel tinham introduzido.
No entanto, o Senhor tinha advertido Israel e Judá, por meio dos seus profetas e videntes, dizendo: «Convertei-vos dos vossos maus caminhos e guardai os meus mandamentos e preceitos, conforme toda a Lei que prescrevi aos vossos pais e vos comuniquei por meio dos meus servos, os profetas».
Mas eles não quiseram obedecer e tornaram-se ainda mais endurecidos que seus pais, que não tinham acreditado no Senhor, seu Deus.
Desprezaram os preceitos do Senhor, bem como a aliança que firmara com seus pais e as advertências que lhes tinha feito.
Então o Senhor indignou-Se tanto contra Israel que o afastou para longe da sua presença. Ficou apenas a tribo de Judá.
Livro de Salmos 60(59),3.4-5.12-13.
Vós nos rejeitastes, ó Deus,
e nos pusestes em debandada;
acendeu-se a vossa ira,
mas voltai-Vos para nós.

Abalastes a terra e a enchestes de fendas;
reparai as suas brechas, que ameaça ruína.
Sujeitastes o vosso povo a rude prova,
destes-nos a beber um vinho inebriante.

Quem senão Vós, que já não saís com os nossos exércitos? Prestai-nos auxílio contra o inimigo
porque nada vale o socorro humano.
Concede-nos ajuda na tribulação
porque é vão qualquer socorro humano.

Evangelho segundo S. Mateus 7,1-5.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Não julgueis e não sereis julgados.
Segundo o julgamento que fizerdes sereis julgados, segundo a medida com que medirdes vos será medido.
Porque olhas o argueiro que o teu irmão tem na vista e não reparas na trave que está na tua?
Como poderás dizer a teu irmão: ‘Deixa-me tirar o argueiro que tens na vista’, enquanto a trave está na tua?
Hipócrita, tira primeiro a trave da tua vista e então verás bem para tirar o argueiro da vista do teu irmão».

Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São João Clímaco (c. 575-c. 650), monge do Monte Sinai
A Escada Santa, 10.º degrau
«Porque olhas o argueiro que o teu irmão tem na vista?»
Ouvi alguns falarem mal do seu próximo e repreendi-os. Para se defenderem, esses operários do mal replicaram: «É por caridade e por solicitude que falamos assim!» Mas eu respondi-lhes: Deixai de praticar tal caridade, pois estaríeis a chamar mentiroso ao que diz: «Afasto de Mim quem denigre em segredo o seu próximo» (Sl 100,5). Se amas essa pessoa como afirmas, reza em segredo por ela e não te rias do que faz. É essa maneira de amar que agrada ao Senhor; não percas isto de vista e esforça-te cuidadosamente por não julgar os pecadores. Judas pertencia ao número dos apóstolos e o ladrão fazia parte dos malfeitores, mas que espantosa mudança se deu nele num só instante! [...]
Responde, pois ao que diz mal do seu próximo: «Pára, irmão! Eu próprio caio todos os dias em faltas mais graves; como poderei condenar essa pessoa?» Obterás assim um duplo proveito: curar-te-ás a ti mesmo e curarás o teu próximo. Não julgar é um atalho que conduz ao perdão dos pecados, pois está dito: «Não julgueis e não sereis julgados.» [...] Alguns cometeram grandes faltas à vista de todos, mas realizaram em segredo os maiores actos de virtude, de tal maneira que os seus acusadores se enganaram, dando atenção ao fumo sem verem o sol. [...]
Os críticos diligentes e severos caem nessa ilusão porque não guardam a memória nem a preocupação dos seus próprios pecados. [...] Julgar os outros é usurpar sem vergonha uma prerrogativa divina; condená-los é arruinar a nossa própria alma. [...] Tal como um bom vindimador come as uvas maduras e não colhe as verdes assim também um espírito benevolente e sensato anota cuidadosamente todas as virtudes que vê nos outros; mas o insensato perscruta as faltas e as deficiências.

Terça-feira, dia 21 de Junho de 2016

Terça-feira da 12.ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : S. Luís Gonzaga, religioso, +1591

Livro de 2º Reis 19,9b-11.14-21.31-35a.36.
Naqueles dias, Senaquerib, rei da Assíria, enviou mensageiros a Ezequias, para lhe dizer:
«Assim direis a Ezequias, rei de Judá: Não te deixes enganar pelo teu Deus, em quem confias, dizendo: ‘Jerusalém não cairá em poder do rei da Assíria’.
Tu sabes, sem dúvida, o que os reis da Assíria fizeram a todas as nações, destruindo-as completamente. Como poderias tu escapar?».
Ezequias recebeu a carta das mãos dos mensageiros e leu-a. Depois subiu ao templo e abriu-a diante do Senhor
e orou na presença do Senhor, dizendo: «Senhor, Deus de Israel, que estais sentado no trono sobre os querubins, Vós sois o único Deus de todos os reinos do mundo; Vós fizestes o céu e a Terra.
Inclinai os vossos ouvidos, Senhor, e escutai, abri os vossos olhos e vede. Escutai as palavras de Senaquerib que enviou mensageiros para insultar o Deus vivo.
É verdade, Senhor, que os reis da Assíria devastaram as nações e os seus territórios;
lançaram ao fogo os seus deuses porque não eram deuses, mas obra das mãos do homem, feitos de madeira e de pedra, e assim os puderam destruir.
Mas agora, Senhor, salvai-nos das mãos de Senaquerib, para que todos os reinos do mundo saibam, Senhor, que só Vós sois Deus».
Então o profeta Isaías, filho de Amós, mandou dizer a Ezequias: «Assim fala o Senhor, Deus de Israel: ‘Eu ouvi a oração que Me dirigiste acerca de Senaquerib, rei da Assíria’.
Eis as palavras que o Senhor pronunciou contra ele: ‘Despreza-te e ri-se de ti a virgem, filha de Sião; nas tuas costas abana a cabeça a filha de Jerusalém.
Porque de Jerusalém sairá um resto e do monte Sião virão sobreviventes. O zelo do Senhor do Universo realizará tudo isto’.
Portanto, assim fala o Senhor acerca do rei da Assíria: ‘Ele não entrará nesta cidade, não lançará contra ela nenhuma seta; não a enfrentará com o escudo nem levantará contra ela rampas de ataque.
Voltará por onde veio e não entrará nesta cidade. – Oráculo do Senhor.
– Eu protegerei esta cidade e a salvarei, pela minha honra e pela honra do meu servo David’».
Nessa mesma noite, o Anjo do Senhor foi ao acampamento assírio e feriu cento e oitenta mil homens.
Senaquerib levantou o acampamento e partiu, voltou para Nínive e ali ficou.
Livro de Salmos 48(47),2-3a.3b-4.10-11.
Grande é o Senhor e digno de louvor
na cidade do nosso Deus. (a cidade de Deus é habitada por Deus e pelo Pai; ambos formam aquela imagem de barbas brancas que contornam um rio incandescente. Se Deus é muito quente, o Pai é muito frio; a existência dos dois faz com que a cidade eterna tenha sempre uma temperatura muito agradável e confortante. Por outro lado, no nível abaixo, estão o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Este Pai é a Vida (eterna); o Filho é o primogénito dos homens celestes e o Espírito Santo é o espírito que santifica)
A sua montanha sagrada é a mais bela das montanhas,
a alegria de toda a Terra.

O monte Sião, no extremo norte,
é a cidade do grande Rei.
Deus Se mostrou em seus palácios
um baluarte seguro.

Recordamos, ó Deus, a vossa misericórdia
no interior do vosso templo.
Como o vosso nome, ó Deus,
assim o vosso louvor chega aos confins da Terra.

Evangelho segundo S. Mateus 7,6.12-14.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Não deis aos cães o que é santo nem lanceis aos porcos as vossas pérolas, não vão eles calcá-las aos pés e voltar-se para vos despedaçarem.
Tudo quanto quiserdes que os homens vos façam fazei-o também a eles, pois nisto consiste a Lei e os Profetas.
Entrai pela porta estreita porque larga é a porta e espaçoso o caminho que leva à perdição e muitos são os que seguem por eles.
Como é estreita a porta e apertado o caminho que conduz à Vida e como são poucos aqueles que os encontram!»
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Orígenes (c. 185-253), presbítero, teólogo
Homilias sobre o Êxodo, n.º 5, 3; SC 321
«Como é estreita a porta e apertado o caminho que conduz à vida!»
Vejamos o que Deus disse a Moisés, que ordem lhe deu sobre o caminho a escolher [...]. Pensavas talvez que o caminho que Deus mostra é um caminho fácil, que não tem absolutamente nada de difícil ou de penoso; pelo contrário, trata-se de uma subida e bem tortuosa. Porque esse caminho por onde chegamos às virtudes não é um caminho a descer, mas a subir e é uma subida íngreme e árdua. Escuta ainda o Senhor no Evangelho: «Como é estreita a porta e apertado o caminho que conduz à Vida!» Vês, portanto como o Evangelho está em harmonia com a Lei. [...] Na verdade, até um cego percebe claramente que a Lei e o Evangelho foram escritos pelo mesmo Espírito.
O caminho por onde vamos é, portanto uma tortuosa subida [...]; os actos e a fé comportam muitas dificuldades, muitas tribulações. Pois são imensas as tentações e os obstáculos que se opõem àqueles que querem agir segundo a vontade de Deus. Depois, já na fé, encontramos muitas coisas tortuosas, muitos pontos de discussão, muitas objecções heréticas. [...] Escuta o que disse o Faraó ao ver o caminho que Moisés e os israelitas tinham tomado: «Andam perdidos na Terra» (Ex 14,3). Para o Faraó, aqueles que seguem a Deus perdem-se. É que, como dissemos, o caminho da sabedoria é tortuoso, com muitas curvas, muitos desvios. Assim confessar que há um Deus único e afirmar na mesma confissão que o Pai, o Filho e o Santo Espírito são a Santíssima Trindade, há-de parecer aos infiéis tortuoso, difícil e inextricável! Acrescentar ainda que «o Senhor da glória» foi crucificado (1Cor 2,8) e que é o Filho (do homem) «que desceu do Céu» (Jo 3,13), há-de parecer igualmente tortuoso e difícil. Quem, sem fé, isto ouve, dirá: «Andam perdidos na Terra». Mas tu, sê firme, não ponhas em dúvida essa fé, sabendo que é Deus que te mostra esse caminho.

Quarta-feira, dia 22 de Junho de 2016

Quarta-feira da 12.ª semana do Tempo Comum

Naqueles dias, o sumo sacerdote Helcias disse ao secretário Safã: «Encontrei no templo do Senhor o Livro da Lei». E Helcias entregou o livro a Safã que o leu.
O secretário Safã foi ter com o rei Josias e deu-lhe contas da missão recebida, dizendo: «Os teus servos juntaram o dinheiro que estava no templo e entregaram-no aos empreiteiros encarregados das obras no templo do Senhor».
Depois o secretário Safã informou o rei, dizendo: «O sacerdote Helcias entregou-me um livro». E Safã leu-o diante do rei.
Quando ouviu ler as palavras do Livro da Lei, o rei Josias rasgou as suas vestes
e deu esta ordem ao sacerdote Helcias, a Aicam, filho de Safã, a Acbor, filho de Miqueias, ao secretário Safã e a Asaías, ministro do rei:
«Ide consultar o Senhor em meu nome, em nome do povo e de todo o reino de Judá, acerca das palavras deste livro que foi encontrado. A ira do Senhor deve ser grande contra nós porque os nossos pais não obedeceram às palavras deste livro, cumprindo tudo o que nele está escrito».
Então o rei convocou todos os anciãos de Judá e de Jerusalém.
Depois subiu ao templo do Senhor com todos os homens de Judá e todos os habitantes de Jerusalém: os sacerdotes, os profetas e todo o povo, crianças e adultos. Leu-lhes as palavras do Livro da Aliança, encontrado no templo do Senhor.
Em seguida, o rei, de pé sobre o estrado, renovou a Aliança diante do Senhor, comprometendo-se a seguir o Senhor e a guardar os seus mandamentos, ordens e preceitos, com todo o coração e com toda a alma para cumprir as palavras da Aliança escritas no livro. E todo o povo aderiu à Aliança.
Livro de Salmos 119(118),33.34.35.36.37.40.
Ensinai-me, Senhor, o caminho dos vossos decretos
para ser fiel até ao fim.
Dai-me entendimento para guardar a vossa lei
e para a cumprir de todo o coração.

Conduzi-me pela senda dos vossos mandamentos,
pois nela estão as minhas delícias.
Inclinai o meu coração para as vossas ordens
e não para o vil interesse.

Desviai os meus olhos das vaidades
e fazei-me viver nos vossos caminhos.
Vede como amo os vossos preceitos:
fazei-me viver segundo a vossa justiça.

Evangelho segundo S. Mateus 7,15-20.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Acautelai-vos dos falsos profetas que andam vestidos de ovelhas, mas por dentro são lobos ferozes.
Pelos frutos os conhecereis. Poderão colher-se uvas dos espinheiros ou figos dos cardos?
Assim toda a árvore boa dá bons frutos e toda a árvore má dá maus frutos.
Uma árvore boa não pode dar maus frutos nem uma árvore má dar bons frutos.
Toda a árvore que não dá bom fruto é cortada e lançada ao fogo.
Portanto pelos frutos os conhecereis».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Beata Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade
Não há maior amor
Dar bons frutos
Se alguém sente que Deus lhe pede que se comprometa na reforma da sociedade, isso é um assunto entre essa pessoa e Deus. Todos nós temos o dever de servir Deus segundo o apelo que sentimos. Eu sinto-me chamada ao serviço dos indivíduos, a amar cada ser humano. Nunca penso em termos de massa, de grupo, mas sempre nas pessoas concretas. Se pensasse nas multidões, nunca iniciaria nada; é a pessoa que conta; acredito nos encontros cara a cara.

A plenitude do nosso coração transparece nos nossos actos: a forma como me comporto com os leprosos, com este ou aquele agonizante, com este ou aquele sem-abrigo. Por vezes, é mais difícil trabalhar com os vagabundos do que com os moribundos dos nossos hospícios porque estes estão em paz, na expectativa, prontos a partir ao encontro de Deus. Mas, quando se trata de um bêbado que protesta, é mais difícil pensar que estamos frente a frente com Jesus Cristo escondido nele. Como devem ser puras e amáveis as nossas mãos para manifestarem compaixão para com essas pessoas!
Ver Jesus Cristo na pessoa que está espiritualmente mais pobre exige um coração puro. Quanto mais desfigurada estiver a imagem de Deus numa pessoa, tanto maiores devem ser a fé e a veneração na nossa busca do rosto de Jesus Cristo e no nosso ministério de amor junto dela... Façamo-lo com um sentimento de profundo reconhecimento e piedade. O amor e a alegria de servir devem ser à medida do carácter repugnante da tarefa a realizar.

Quinta-feira, dia 23 de Junho de 2016

Quinta-feira da 12.ª semana do Tempo Comum

Jeconias tinha dezoito anos quando subiu ao trono e reinou três meses em Jerusalém. Sua mãe, chamada Neústa, era filha de Elnatã e natural de Jerusalém.
Ele praticou o que desagradava ao Senhor, como tinha feito seu pai.
Nesse tempo, os homens de Nabucodonosor, rei de Babilónia, marcharam contra Jerusalém e cercaram a cidade.
Nabucodonosor, rei de Babilónia, veio em pessoa atacar a cidade que os seus homens tinham cercado.
Então Jeconias, rei de Judá, com sua mãe, seus oficiais, seus chefes e funcionários rendeu-se ao rei de Babilónia que os fez prisioneiros. Era o oitavo ano do seu reinado.
Nabucodonosor levou consigo todos os tesouros do templo do Senhor bem como os tesouros do palácio real e despedaçou todos os objectos de ouro que Salomão, rei de Israel, tinha feito para o templo, como o Senhor tinha anunciado.
Levou para o exílio toda a gente de Jerusalém, todos os dignitários e oficiais do exército – cerca de dez mil exilados – bem como todos os ferreiros e serralheiros. Só ficou a gente humilde do povo.
Nabucodonosor deportou Jeconias para Babilónia; deportou também de Jerusalém para Babilónia a rainha-mãe e as esposas reais, os funcionários e os nobres do país.
Todos os homens de valor, em número de sete mil, os ferreiros e serralheiros, em número de mil e todos os homens de armas foram deportados para Babilónia. E o rei de Babilónia,
em lugar de Jeconias, nomeou rei seu tio Matanias, mudando-lhe o nome para Sedecias.
Livro de Salmos 79(78),1-2.3-5.8.9.
Senhor, as nações invadiram a vossa herança,
profanaram o vosso santo templo,
fizeram de Jerusalém um montão de ruínas.
Deram o corpo dos vossos servos
em alimento às aves do céu,
as carnes de vossos fiéis aos animais da selva.
Derramaram seu sangue em torno de Jerusalém
e não houve quem lhes desse sepultura.

Tornámo-nos o opróbrio dos nossos vizinhos,
a irrisão e o escárnio dos que nos rodeiam.
Até quando, Senhor, Vos mostrareis sempre irritado
e se reavivará, como fogo, a vossa indignação?

Não recordeis, Senhor, contra nós
as culpas dos nossos pais.
Corra ao nosso encontro a vossa misericórdia
porque somos tão miseráveis.

Ajudai-nos, ó Deus, nosso salvador,
para glória do vosso nome.
Salvai-nos e perdoai os nossos pecados,
para glória do vosso nome.

Evangelho segundo S. Mateus 7,21-29.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Nem todo aquele que Me diz ‘Senhor, Senhor’ entrará no reino dos Céus, mas só aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos Céus.
Muitos Me dirão no dia do Juízo: ‘Senhor, não foi em teu nome que profetizámos e em teu nome que expulsámos demónios e em teu nome que fizemos tantos milagres?’.
Então lhes direi bem alto: ‘Nunca vos conheci. Apartai-vos de Mim, vós que praticais a iniquidade (=não equidade)’.
Todo aquele que ouve as minhas palavras e as põe em prática é como o homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha.
Caiu a chuva, vieram as torrentes e sopraram os ventos contra aquela casa; mas ela não caiu porque estava fundada sobre a rocha.
Mas todo aquele que ouve as minhas palavras e não as põe em prática é como o homem insensato que edificou a sua casa sobre a areia.
Caiu a chuva, vieram as torrentes e sopraram os ventos contra aquela casa; ela desmoronou-se e foi grande a sua ruína».
Quando Jesus Cristo acabou de falar, a multidão estava admirada com a sua doutrina
porque a ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São Bento (480-547), monge, copadroeiro da Europa
Regra, Prólogo 19-38
«Nem todo aquele que Me diz ‘Senhor, Senhor’ entrará no reino dos Céus, mas só aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos Céus.»
Não há coisa mais doce para nós, meus irmãos, do que a voz do Senhor a convidar-nos. Pois na sua doçura o Senhor indica-nos o caminho da vida. [...] Se quisermos habitar na morada do seu Reino, façamos boas acções; de outra maneira, nunca o conseguiremos. Como o profeta, interroguemos o Senhor nestes termos: «Quem, Senhor, poderá ser hóspede do vosso tabernáculo, quem poderá habitar na vossa montanha santa?» (Sl 14,1) A esta questão, meus irmãos, ouçamos o Senhor responder e mostrar-nos o caminho para esta morada: «O que leva uma vida sem mancha e pratica a rectidão e diz a verdade no seu interior, o que não calunia com a sua língua e não faz mal ao seu próximo» (vv. 2-3). [...]
No amor ao Senhor, estes homens não se vangloriam da sua boa conduta, pois consideram que o que há de bom neles não pode ser mérito seu, mas vem do Senhor [...]: «Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome, dai glória» (Sl 113,1). Assim dizia o Apóstolo S. Paulo: «É pela graça de Deus que eu sou o que sou» (1Cor 15,10). [...] E o Senhor diz no Evangelho: «Todo aquele que escuta estas minhas palavras e as põe em prática é como o homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, engrossaram os rios, sopraram os ventos contra aquela casa; mas não caiu porque estava fundada sobre a rocha.»
Dito isto, o Senhor espera de nós que, em cada dia, respondamos com actos aos seus santos conselhos. Porque os dias desta vida são-nos dados como prazo para corrigirmos o que há de mal em nós; o Apóstolo diz: «Não sabes que Deus só é paciente para que tu mudes de vida?» (Rom 2,4) E o Senhor diz na sua ternura: «Não quero a morte do pecador, mas que se converta e que viva» (Ez 18,23).

Sexta-feira, dia 24 de Junho de 2016

Nascimento de São João Baptista - Solenidade

Festa da Igreja : Nascimento de S. João Baptista (ofício próprio)
Calendário da Igreja disponível este dia

Livro de Isaías 49,1-6.
Terras de Além-Mar, escutai-me; povos de longe, prestai atenção. O Senhor chamou-me desde o ventre materno, disse o meu nome desde o seio de minha mãe.
Fez da minha boca uma espada afiada, abrigou-me à sombra da sua mão. Tornou-me semelhante a uma seta aguda, guardou-me na sua aljava.
E disse-me: «Tu és o meu servo, Israel, por quem manifestarei a minha glória».
E eu dizia: «Cansei-me inutilmente, em vão e por nada gastei as minhas forças». Mas o meu direito está no Senhor e a minha recompensa está em Deus.
E agora o Senhor falou-me, Ele que me formou desde o seio materno, para fazer de mim o seu servo, a fim de Lhe restaurar as tribos de Jacob e reconduzir os sobreviventes de Israel. Eu tenho merecimento aos olhos do Senhor e Deus é a minha força.
Ele disse-me então: «Não basta que sejas meu servo para restaurares as tribos de Jacob e reconduzires os sobreviventes de Israel. Farei de ti a luz das nações para que a minha salvação chegue até aos confins da Terra».
Livro de Salmos 139(138),1-3.13-14ab.14c-15.
Senhor, Vós conheceis o íntimo do meu ser:
sabeis quando me sento e quando me levanto.
De longe penetrais o meu pensamento:
Vós me vedes quando caminho e quando descanso,

Vós observais todos os meus passos.
Vós formastes as entranhas do meu corpo
e me criastes no seio de minha mãe.
Eu Vos agradeço por me terdes feito

tão maravilhosamente:
admiráveis são as vossas obras.
Vós conhecíeis já a minha alma
e nada do meu ser Vos era oculto,

quando secretamente era formado,
modelado nas profundidades da terra.
Livro dos Actos dos Apóstolos 13,22-26.
Naqueles dias, Paulo falou deste modo: «Deus concedeu aos filhos de Israel David como rei, de quem deu este testemunho: ‘Encontrei David, filho de Jessé, homem segundo o meu coração, que fará sempre a minha vontade’.
Da sua descendência, como prometera, Deus fez nascer Jesus, o Salvador de Israel.
João tinha proclamado, antes da sua vinda, um baptismo de penitência a todo o povo de Israel.
Prestes a terminar a sua carreira, João dizia: ‘Eu não sou quem julgais; mas depois de mim, vai chegar Alguém, a quem eu não sou digno de desatar as sandálias dos seus pés’.
Irmãos, descendentes de Abraão e todos vós que adorais a Deus: a nós é que foi dirigida esta palavra de salvação».
Evangelho segundo S. Lucas 1,57-66.80.
Naquele tempo, chegou a altura de Isabel ser mãe e deu à luz um filho.
Os seus vizinhos e parentes souberam que o Senhor lhe tinha feito tão grande benefício e congratularam-se com ela.
Oito dias depois, vieram circuncidar o menino e queriam dar-lhe o nome do pai, Zacarias.
Mas a mãe interveio e disse: «Não, Ele vai chamar-se João».
Disseram-lhe: «Não há ninguém da tua família que tenha esse nome».
Perguntaram então ao pai, por meio de sinais, como queria que o menino se chamasse.
O pai pediu uma tábua e escreveu: «O seu nome é João». Todos ficaram admirados.
Imediatamente se lhe abriu a boca e se lhe soltou a língua e começou a falar, bendizendo a Deus.
Todos os vizinhos se encheram de temor e por toda a região montanhosa da Judeia se divulgaram estes factos.
Quantos os ouviam contar guardavam-nos em seu coração e diziam: «Quem virá a ser este menino?». Na verdade, a mão do Senhor estava com ele.
O menino ia crescendo e o seu espírito fortalecia-se. E foi habitar no deserto até ao dia em que se manifestou a Israel.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
Sermão 289, 3.º para a Natividade de João Baptista
«Ele é que deve crescer e eu diminuir» (Jo 3,30)
O maior dos homens foi enviado para dar testemunho daquele que era mais do que um homem. Com efeito quando aquele que «é o maior de entre os nascidos de mulher» (cf Mt 11,11) diz: «Eu não sou o Messias» (Jo 1,20) e se humilha face a Jesus Cristo, temos de entender que Jesus Cristo não é apenas um homem. [...] «Sim, todos nós participamos da sua plenitude, recebendo graça sobre graça» (Jo 1,16). Que quer dizer «todos nós»? Quer dizer os patriarcas, os profetas e os santos apóstolos, aqueles que precederam a incarnação ou que foram enviados depois pelo próprio Verbo incarnado, «todos nós participamos da sua plenitude». Nós somos recipientes, ele é a fonte. Portanto [...], João é homem, Jesus Cristo é o Filho: é preciso que o homem se humilhe, para que Deus seja exaltado.
Foi para ensinar o homem a humilhar-se que João nasceu no dia a partir do qual os dias começam a decrescer; para nos mostrar que Deus deve ser exaltado, Jesus Cristo nasceu no dia em que os dias começam a aumentar. Há aqui um ensinamento profundamente misterioso. Nós celebramos a natividade de João como celebramos a de Jesus Cristo porque essa natividade está cheia de mistério. De que mistério? Do mistério da nossa grandeza. Diminuamo-nos em nós próprios para podermos crescer em Deus; humilhemo-nos na nossa baixeza, para sermos exaltados na sua grandeza.

Sábado, dia 25 de Junho de 2016

Sábado da 12.ª semana do Tempo Comum

Santo do dia: S. Máximo, bispo de Turim, +séc. V, S. Guilherme de Vercelli, monge, fundador, +1142

Livro de Lamentações 2,2.10-14.18-19.
O Senhor destruiu sem piedade todas as moradas de Jacob; demoliu, no ardor da sua ira, as fortalezas da filha de Judá; lançou por terra, desonrados, o reino e os seus príncipes.
Estão sentados por terra, silenciosos, os anciãos da filha de Sião; deitam cinza sobre a cabeça e vestem-se de luto. Curvam a cabeça para o chão as virgens de Jerusalém.
As lágrimas consomem os meus olhos, fervem-me de angústia as entranhas, a minha bílis derrama-se pelo chão, por causa da ruína da filha do meu povo enquanto os meninos e as crianças de peito desfalecem nas praças da cidade.
Perguntam às suas mães: «Onde há pão e vinho?» E desmaiam, feridos de morte, pelas ruas da cidade, soltando o último suspiro ao colo das mães.
A quem hei-de comparar-te, a quem te igualarei, ó filha de Jerusalém? A quem te compararei para consolar-te, ó virgem, filha de Sião? A tua ruína é imensa como o mar: quem poderá curar-te?
Os teus profetas só te anunciam visões falsas e mentirosas. Nunca te revelaram os teus pecados para mudar o teu destino; eles só te anunciaram visões falsas e sedutoras.
Clama de todo o coração ao Senhor, muralha da filha de Sião. Derrama rios de lágrimas, dia e noite. Nem um momento cessem as lágrimas dos teus olhos.
Ergue-te e clama de noite, no começo de cada vigília. Derrama o teu coração como água na presença do Senhor. Levanta para Ele as tuas mãos, pela vida dos teus filhos, prostrados pela fome aos cantos de todas as ruas.

Livro de Salmos 74(73),1-2.3-5a.5b-7.20-21.
Porque nos rejeitais para sempre, Senhor,
e se inflama a vossa ira
contra as ovelhas do vosso rebanho?
Lembrai-Vos do vosso povo que adquiristes outrora,
da tribo que resgatastes para vossa herança,
do monte Sião onde habitais.

Dirigi os vossos passos para estas ruínas eternas:
o inimigo tudo destruiu no santuário.
Os adversários rugiram no local das vossas assembleias,
desfraldaram seus estandartes em sinal de vitória.
Como homens a brandir o machado
numa espessa floresta,
rebentaram as portas a golpes de machado e martelo.

Deitaram fogo ao vosso santuário,
profanaram e arrasaram a morada do vosso nome.
Olhai para a vossa aliança e vede:
os recantos do país são antros de violência.
Não sejam os humildes confundidos,
possam o pobre e o indigente louvar o vosso nome.

Evangelho segundo S. Mateus 8,5-17.
Naquele tempo, ao entrar Jesus Cristo em Cafarnaum, aproximou-se d’Ele um centurião que Lhe suplicou, dizendo:
«Senhor, o meu servo jaz em casa paralítico e sofre horrivelmente».
Disse-lhe Jesus Cristo: «Eu irei curá-lo».
Mas o centurião respondeu-Lhe: «Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa; mas diz uma só palavra e o meu servo ficará curado.
Porque eu, que não passo dum subalterno, tenho soldados sob as minhas ordens: digo a um ‘Vai!’ e ele vai; a outro ‘Vem!’ e ele vem e ao meu servo ‘Faz isto!’ e ele faz».
Ao ouvi-lo, Jesus Cristo ficou admirado e disse àqueles que O seguiam: «Em verdade vos digo: Não encontrei ninguém em Israel com tão grande fé.
Por isso vos digo: Do Oriente e do Ocidente virão muitos sentar-se à mesa com Abraão, Isaac e Jacob, no reino dos Céus,
ao passo que os filhos do reino serão lançados nas trevas exteriores, onde haverá choro e ranger de dentes».
Depois Jesus Cristo disse ao centurião: «Vai para casa. Seja feito conforme acreditaste». E naquela hora, o servo ficou curado.
Quando Jesus Cristo entrou na casa de Pedro, viu que a sogra dele estava de cama com febre.
Tocou-lhe na mão e a febre deixou-a; ela então levantou-se e começou a servi-los.
Ao cair da tarde, trouxeram-Lhe muitos possessos. Jesus Cristo expulsou os espíritos com uma palavra e curou todos os doentes.
Assim se cumpria o que o profeta Isaías anunciara, dizendo: «Tomou sobre si as nossas enfermidades e suportou as nossas doenças».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Concílio Vaticano II
Mensagem aos pobres, aos doentes, a todos os que sofrem
«Tomou sobre Si as nossas enfermidades e suportou as nossas doenças.»
Para vós todos, irmãos que suportais provações, visitados pelo sofrimento sob infinitas formas, o Concílio tem uma mensagem muito especial. O Concílio sente fixados sobre ele os vossos olhos implorantes, brilhantes de febre ou abatidos pela fadiga, olhares interrogadores que perguntam ansiosamente quando e de onde virá a consolação. Irmãos muito amados, sentimos repercutir profundamente nos nossos corações de pais e pastores os vossos gemidos e a vossa dor. E a nossa própria dor aumenta ao pensar que não está no nosso poder trazer-vos a saúde corporal nem a diminuição das vossas dores físicas que médicos, enfermeiros e todos os que se consagram aos doentes se esforçam por minorar com a melhor das vontades.
Mas nós temos algo de mais profundo e de mais precioso para vos dar, a única verdade capaz de responder ao mistério do sofrimento e de vos trazer uma consolação sem ilusões: a fé e a união das dores humanas a Jesus Cristo, Filho (de Deus), pregado na cruz pelas nossas faltas e para a nossa salvação. Jesus Cristo não suprimiu o sofrimento; não quis sequer desvendar inteiramente o seu mistério: tomou-o sobre Si e isto basta para nós compreendermos todo o seu preço.
Ó vós todos, que sentis mais duramente o peso da cruz, vós que sois pobres e abandonados, vós que chorais, vós que sois perseguidos por amor da justiça, vós de quem não se fala, vós, os desconhecidos da dor, tende coragem: vós sois os preferidos do reino de Deus que é o reino da esperança, da felicidade e da vida; vós sois os irmãos de Jesus Cristo sofredor e com Ele, se quereis, vós salvais o mundo. Eis a ciência cristã do sofrimento, a única que dá a paz. Sabei que não estais sós nem separados nem abandonados nem sois inúteis: vós sois os chamados por Jesus Cristo, a sua imagem viva e transparente.
©


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