"Senhor, a quem
iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68
Domingo,
dia 29 de Maio de 2016
Domingo IX do Tempo
Comum - Ano C
Naqueles dias, Salomão fez no templo a seguinte oração: «Quando
um estrangeiro, embora não pertença ao vosso povo, Israel, vier aqui de um
país distante por causa do vosso nome
– pois ouvirão falar do vosso grande nome, da vossa mão poderosa e do vosso
braço estendido – quando vier orar neste templo,
escutai-o do alto do Céu, onde habitais, e atendei os seus pedidos, a fim de
que todos os povos da Terra conheçam o vosso nome e Vos adorem como o vosso
povo, Israel, e saibam que o vosso nome é invocado neste templo que eu
edifiquei».
Livro de Salmos
117(116),1.2.
Louvai o Senhor, todas as nações,
aclamai-O, todos os povos.
É firme a sua misericórdia para connosco,
a fidelidade do Senhor permanece para sempre.
Carta aos Gálatas 1,1-2.6-10.
Irmãos: Paulo, apóstolo, não da parte dos homens nem por
intermédio de um homem, mas por mandato de Jesus Cristo e de Deus Pai, que O
ressuscitou dos mortos,
e todos os irmãos que estão comigo, às Igrejas da Galácia:
Surpreende-me que tão depressa tenhais abandonado Aquele que vos chamou pela
graça de Cristo, para passar a outro evangelho.
Não que haja outro evangelho; mas há pessoas que vos perturbam e pretendem
mudar o Evangelho de Jesus Cristo.
Mas se alguém __ ainda que fosse eu próprio ou um Anjo do Céu __ vos anunciar
um evangelho diferente daquele que nós vos anunciamos, seja anátema.
Como já vo-lo dissemos, volto a dizê-lo: Se alguém vos anunciar um evangelho
diferente daquele que recebestes, seja anátema.
Estarei eu agora a captar o favor dos homens ou o de Deus? Acaso procuro
agradar aos homens? Se eu ainda pretendesse agradar aos homens, não seria
servidor de Jesus Cristo.
Evangelho segundo S.
Lucas 7,1-10.
Naquele tempo, quando Jesus Cristo acabou de falar ao povo,
entrou em Cafarnaum.
Um centurião tinha um servo a quem estimava muito e que estava doente, quase
a morrer.
Tendo ouvido falar de Jesus Cristo, enviou-Lhe alguns anciãos dos judeus para
Lhe pedir que fosse salvar aquele servo.
Quando chegaram à presença de Jesus Cristo, os anciãos suplicaram-Lhe insistentemente:
«Ele é digno de que lho concedas,
pois estima a nossa gente e foi ele que nos construiu a sinagoga».
Jesus Cristo acompanhou-os. Já não estava longe da casa quando o centurião
Lhe mandou dizer por uns amigos: «Não Te incomodes, Senhor, pois não mereço
que entres em minha casa
nem me julguei digno de ir ter contigo. Mas diz uma palavra e o meu servo
será curado.
Porque também eu, que sou um subalterno, tenho soldados sob as minhas ordens.
Digo a um: ‘Vai’ e ele vai e a outro: ‘Vem’ e ele vem e ao meu servo: ‘Faz
isto’ e ele faz».
Ao ouvir estas palavras, Jesus Cristo sentiu admiração por ele e, voltando-se
para a multidão que O seguia, exclamou: «Digo-vos que nem mesmo em Israel
encontrei tão grande fé».
Ao regressarem a casa, os enviados encontraram o servo de perfeita saúde.
Da
Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Santo Agostinho (354-430), bispo
de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
Sermão 62
«Mas diz uma palavra e o meu servo será curado»
Como é que o
centurião obteve a graça da cura do seu servo? «Porque também eu tenho os
meus superiores a quem devo obediência e soldados sob as minhas ordens e digo
a um: 'Vai' e ele vai; e a outro: 'Vem' e ele vem; e ao meu servo: 'Faz isto'
e ele faz.» Tenho poder sobre os meus subordinados, mas eu também estou
submetido a uma autoridade superior. Se, pois, embora subordinado, tenho,
apesar de tudo, o poder de comandar, o que não poderás fazer Tu, a Quem se
submetem todas as potestades? Este homem pertencia ao povo pagão, pois a
nação judaica estava ocupada pelos exércitos do Império Romano. [...].
Mas Nosso Senhor, embora estivesse no meio do povo hebraico, declarava já que
a Igreja se espalharia por toda a Terra, para onde Ele enviaria os seus
apóstolos (cf Mt 8,11). Com efeito, os pagãos acreditaram nele sem O terem
visto [...]. O Senhor não entrou fisicamente na casa do centurião; mas,
embora ausente de corpo, estava presente pela sua majestade e curou esta casa
pela sua fé. Do mesmo modo, o Senhor só estava fisicamente presente no meio
do povo hebraico; os outros povos não O viram nascer de uma Virgem nem sofrer
nem caminhar nem sujeitar-Se às condições da natureza humana nem fazer
maravilhas divinas. Ele não fez nada disso entre os pagãos e, no entanto,
entre eles, realizou-se o que Ele tinha dito a seu respeito: «Povos
desconhecidos prestaram-Me vassalagem.» Como é que O serviram se não O
conheciam? O salmo continua: «Mal ouviram falar de Mim, logo Me obedeceram e
os estrangeiros Me cortejaram» (Sl 17,45).
Segunda-feira,
dia 30 de Maio de 2016
Segunda-feira da 9.ª
semana do Tempo Comum
Santo do dia : Santa
Joana d'Arc, virgem, mártir, (+ Rouen, França, 1431), Beata
Matilde do Sagrado Coração Tellez Robles, religiosa, fundadora, +1902
2ª Carta de S. Pedro 1,2-7.
Caríssimos: A graça e a paz vos sejam dadas em abundância, pelo
conhecimento de Deus e de Jesus Cristo, nosso Senhor.
Jesus Cristo, com o seu divino poder, concedeu-nos tudo o que é necessário
à vida e à piedade, fazendo-nos conhecer Aquele que nos chamou pela sua
glória e virtude.
Assim entramos na posse das maiores e mais preciosas promessas para nos
tornarmos participantes da natureza divina, livres da corrupção que a
concupiscência gera no mundo.
Por este motivo, esforçai-vos quanto possível por juntar à vossa fé a
virtude, à virtude a ciência,
à ciência a temperança, à temperança a constância, à constância a piedade,
à piedade o amor fraterno, ao amor fraterno a caridade.
Livro de Salmos
91(90),1-2.14-15ab.15c-16.
Tu, que habitas sob a protecção do Altíssimo,
moras à sombra do Omnipotente.
diz ao Senhor: «Sois o meu refúgio e a minha cidadela;
Deus, em Vós confio».
«Porque confiou em Mim, hei-de salvá-lo;
hei-de protegê-lo, pois conheceu o meu nome.
Quando Me invocar, hei-de atendê-lo,
estarei com ele na tribulação.
Hei-de libertá-lo e dar-lhe glória,
favorecê-lo-ei com longa vida
e lhe mostrarei a minha salvação».
Evangelho segundo S. Marcos 12,1-12.
Naquele tempo, Jesus Cristo começou a falar em parábolas aos
príncipes dos sacerdotes, aos escribas e aos anciãos: «Um homem plantou uma
vinha. Cercou-a com uma sebe, construiu um lagar e ergueu uma torre. Depois
arrendou-a a uns vinhateiros e partiu para longe.
Quando chegou o tempo, enviou um servo aos vinhateiros para receber deles
uma parte dos frutos da vinha.
Os vinhateiros apoderaram-se do servo, espancaram-no e mandaram-no sem
nada.
Enviou-lhes de novo outro servo. Também lhe bateram na cabeça e
insultaram-no.
Enviou-lhes ainda outro que eles mataram. Enviou-lhes muitos mais e eles
espancaram uns e mataram outros.
O homem tinha ainda alguém para enviar: o seu querido filho e enviou-o por
último, dizendo consigo: «Respeitarão o meu filho».
Mas aqueles vinhateiros disseram entre si: «Este é o herdeiro. Vamos
matá-lo e a herança será nossa».
Apoderaram-se dele, mataram-no e lançaram-no fora da vinha.
Que fará então o dono da vinha? Virá ele próprio para exterminar os
vinhateiros e entregará a outros a sua vinha.
Não lestes esta passagem da Escritura: ‘A pedra rejeitada pelos
construtores tornou-se pedra angular.
Isto veio do Senhor e é admirável aos nossos olhos’?». Procuraram então
prender Jesus Cristo, pois compreenderam que tinha dito para eles a
parábola.
Mas tiveram receio da multidão e por isso deixaram-n’O e foram-se embora.
Da
Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Santa Catarina de Sena
(1347-1380), terceira dominicana, doutora da Igreja, copadroeira da Europa
Diálogo, 24
«Eu sou a verdadeira videira e meu Pai é o agricultor» (Jo
15,1)
[Deus disse a
santa Catarina:] Sabes o que Eu faço quando os meus servidores querem
seguir a doutrina do doce Verbo do amor? Podo-os para que produzam muito
fruto e para que os seus frutos sejam doces e não voltem a ser silvestres.
O agricultor limpa os ramos da vinha para que eles produzam um vinho
melhor; não é isso que Eu faço, Eu que sou o verdadeiro agricultor? (Jo
15,1). Aos meus servidores que permanecem em Mim, limpo-os por meio de
muitas atribulações, para que produzam frutos mais abundantes e melhores e
sejam comprovados na virtude; mas aos que permanecem estéreis corto-os e
lanço ao fogo (Jo 15,6).
Os verdadeiros trabalhadores trabalham bem as suas almas: arrancam todo o
amor-próprio e voltam à terra do seu amor por Mim, adubando e fazendo
aumentar a semente da graça que receberam no santo baptismo. Cultivando a
sua vinha, cultivam também a do próximo; não podem cultivar uma sem a
outra. Lembra-te sempre de que todo o mal e todo o bem se fazem por meio do
próximo. É assim que sois meus agricultores, procedentes de Mim, o eterno
agricultor. Fui Eu que vos uni e transferi para esta vinha, graças à união
que estabeleci convosco. [...] Todos juntos, formais uma só vinha universal
[...]; estais unidos na vinha do corpo místico da Santa Igreja, da qual
extraís a vossa vida. Nesta vinha está plantada a cepa do meu Filho único,
ao qual deveis estar ligados para permanecerdes na vida.
Terça-feira,
dia 31 de Maio de 2016
Visitação de Nossa
Senhora - Festa
Clama jubilosamente, filha de Sião; solta brados de alegria, Israel.
Exulta, rejubila de todo o coração, filha de Jerusalém.
O Senhor revogou a sentença que te condenava, afastou os teus inimigos. O
Senhor, Deus de Israel, está no meio de ti e já não temerás nenhum mal.
Naquele dia, dir-se-á a Jerusalém: «Não temas, Sião, não desfaleçam as
tuas mãos.
O Senhor teu Deus está no meio de ti, como poderoso salvador. Por causa
de ti, Ele enche-Se de júbilo, renova-te com o seu amor, exulta de
alegria por tua causa,
como nos dias de festa».
Livro de Isaías
12,2-3.4bcd.5-6.
Deus é o meu Salvador,
Tenho confiança e nada temo.
O Senhor é a minha força e o meu louvor.
Ele é a minha salvação.
Tirareis água com alegria das fontes da salvação.
Agradecei ao Senhor, invocai o seu nome;
anunciai aos povos a grandeza das suas obras,
proclamai a todos que o seu nome é santo.
Cantai ao Senhor porque Ele fez maravilhas,
anunciai-as em toda a Terra.
Entoai cânticos de alegria, habitantes de Sião,
porque é grande no meio de vós o Santo de Israel.
Evangelho segundo S. Lucas 1,39-56.
Naqueles dias, Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se
apressadamente para a montanha, em direcção a uma cidade de Judá.
Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel.
Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino exultou-lhe no seio.
Isabel ficou cheia do Espírito Santo
e exclamou em alta voz: «Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o
fruto do teu ventre.
Donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor?
Na verdade, logo que chegou aos meus ouvidos a voz da tua saudação, o menino
exultou de alegria no meu seio.
Bem-aventurada aquela que acreditou no cumprimento de tudo quanto lhe foi
dito da parte do Senhor».
Maria disse então:
«A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu
Salvador.
Porque pôs os olhos na humildade da sua serva: de hoje em diante me
chamarão bem-aventurada todas as gerações.
O Todo-poderoso fez em mim maravilhas, Santo é o seu nome.
A sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que O adoram.
Manifestou o poder do seu braço e dispersou os soberbos.
Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes.
Aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias.
Acolheu a Israel, seu servo, lembrado da sua misericórdia,
como tinha prometido a nossos pais, a Abraão e à sua descendência para
sempre».
Maria ficou junto de Isabel cerca de três meses e depois regressou a sua
casa.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Homilia grega do século IV
n.º 2
«Donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor?»
«Quando
Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino exultou-lhe no seio. Isabel
ficou cheia do Espírito Santo.» Assim opera a voz de Maria: enchendo
Isabel do Espírito Santo. Qual fonte eterna, Ela anuncia a sua prima, em
linguagem profética, um rio de graças, fazendo saltar e estremecer a
criança que Isabel traz no seio, à imagem de uma dança maravilhosa!
Quando Maria aparece, cumulada de graças, tudo transborda de alegria.
Então Isabel soltou um grande brado e disse: «Bendita és tu entre as
mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. Donde me é dado que venha ter
comigo a Mãe do meu Senhor?» Tu és bendita entre as mulheres. tu és o
princípio da sua regeneração. Tu abriste-nos o acesso ao paraíso e
expulsaste as nossas dores antigas. Depois de ti, a multidão das mulheres
não mais sofrerá. As herdeiras de Eva não mais temerão a sua maldição
antiga nem as dores da maternidade. Porque Jesus Cristo, o redentor da
nossa humanidade, o Salvador de toda a natureza, o Adão espiritual que
cura as feridas do homem terreno, Jesus Cristo sairá das tuas entranhas
sagradas. «Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu
ventre.»
Quarta-feira,
dia 01 de Junho de 2016
Quarta-feira da
9.ª semana do Tempo Comum
Paulo, apóstolo de
Jesus Cristo por vontade de Deus, para anunciar a promessa da vida que
está em Cristo Jesus,
a Timóteo, meu filho caríssimo: a graça, a misericórdia e a paz da
parte de Deus Pai e de Cristo Jesus, Nosso Senhor.
Dou graças a Deus, a quem sirvo com pura consciência, a exemplo dos
meus antepassados, quando, noite e dia, sem cessar, me recordo de ti nas
minhas orações.
Por isso te exorto a que reanimes o dom de Deus que recebeste pela
imposição das minhas mãos.
Deus não nos deu um espírito de timidez, mas de fortaleza, de caridade
e moderação.
Não te envergonhes de dar testemunho de Nosso Senhor nem te envergonhes
de mim, seu prisioneiro; mas sofre comigo pelo Evangelho, confiando no
poder de Deus.
Ele salvou-nos e chamou-nos à santidade, não em virtude das nossas
obras, mas do seu próprio desígnio e da sua graça. Esta graça, que nos
foi dada em Cristo Jesus, desde toda a eternidade,
manifestou-se agora pelo aparecimento de Cristo Jesus, nosso Salvador,
que destruiu a morte e fez brilhar a vida e a imortalidade, por meio do
Evangelho,
do qual eu fui constituído pregador, apóstolo e mestre.
É por esse motivo que eu suporto os sofrimentos, mas não me envergonho
porque sei em quem pus a minha confiança e estou certo de que Deus tem
poder para guardar a missão que me foi confiada até ao último dia.
Livro de Salmos
123(122),1-2a.2bcd.
Levanto os meus
olhos para Vós,
para Vós que habitais no Céu,
como os olhos do servo
se fixam nas mãos do seu senhor.
Como os olhos da serva
se fixam nas mãos da sua senhora,
assim os nossos olhos
se voltam para o Senhor nosso Deus,
até que tenha piedade de nós.
Evangelho segundo S. Marcos 12,18-27.
Naquele tempo,
foram ter com Jesus Cristo alguns saduceus – que afirmam não haver
ressurreição – e perguntaram-lhe:
«Mestre, Moisés deixou-nos escrito: ‘Se morrer a alguém um irmão que
deixe esposa sem filhos, esse homem deve casar-se com a viúva, para dar
descendência a seu irmão’.
Ora havia sete irmãos. O primeiro casou-se e morreu sem deixar
descendência.
O segundo casou com a viúva e também morreu sem deixar descendência. O
mesmo sucedeu ao terceiro.
E nenhum dos sete deixou descendência. Por fim morreu também a mulher.
Na ressurreição, quando voltarem à vida, de qual deles será ela esposa?
Porque todos os sete se casaram com ela».
Disse-lhes Jesus Cristo: «Não andareis vós enganados, ignorando as
Escrituras e o poder de Deus?
Na verdade, quando ressuscitarem dos mortos nem eles se casam nem elas
são dadas em casamento; mas serão como os Anjos nos Céus.
Quanto à ressurreição dos mortos, não lestes no Livro de Moisés, no
episódio da sarça ardente, como Deus disse: ‘Eu sou o Deus de Abraão, o
Deus de Isaac e o Deus de Jacob’?
Ele não é Deus de mortos, mas de vivos. Vós andais muito enganados».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Catecismo da Igreja Católica
§§ 988-994
«Ele não é Deus dos mortos, mas dos vivos»
«CREIO NA
RESSURREIÇÃO DA CARNE»
O Credo cristão — profissão da nossa fé em Deus, Pai, Filho e Espírito
Santo, e na sua acção criadora, salvadora e santificadora — culmina na
proclamação da ressurreição dos mortos, no fim dos tempos, e na vida
eterna. Nós cremos e esperamos firmemente que, tal como Jesus Cristo
ressuscitou verdadeiramente dos mortos e vive para sempre assim também
os justos, depois da morte, viverão para sempre com Jesus Cristo
ressuscitado e que Ele os ressuscitará no último dia. Tal como a dele,
também a nossa ressurreição será obra da Santíssima Trindade. [...] A
palavra «carne» designa o homem na sua condição de fraqueza e mortalidade.
«Ressurreição da carne» significa que, depois da morte, não haverá
somente a vida da alma imortal, mas também os nossos «corpos mortais»
(Rom 8,11) retomarão a vida. (se não foram ocasião de morte para
ninguém nem para si)
Crer na ressurreição dos mortos foi, desde o princípio, um elemento
essencial da fé cristã. «A ressurreição dos mortos é a fé dos cristãos:
é por crer nela que somos cristãos» (Tertuliano). [...] A ressurreição
dos mortos foi revelada progressivamente por Deus ao seu povo. A
esperança na ressurreição corporal dos mortos impôs-se como
consequência intrínseca da fé num Deus criador do homem todo, alma e
corpo. O Criador do céu e da Terra é também Aquele que mantém fielmente
a sua aliança com Abraão e a sua descendência. É nesta dupla perspectiva
que começa a exprimir-se a fé na ressurreição. [...]
Os fariseus e muitos contemporâneos do Senhor esperavam a ressurreição.
Jesus Cristo ensina-a firmemente. E aos saduceus, que a negavam,
responde: «Não andareis enganados, ignorando as Escrituras e o poder de
Deus?» (Mc 12,24). A fé na ressurreição assenta na fé em Deus que «não
é Deus de mortos, mas de vivos» (Mc 12,27). Mas há mais: Jesus Cristo liga
a fé na ressurreição à sua própria pessoa: «Eu sou a Ressurreição e a
Vida» (Jo 11,25). É o próprio Jesus Cristo que, no último dia, há-de
ressuscitar os que nele tiverem acreditado, comido o seu Corpo e bebido
o seu Sangue (Jo 6, 40.54).
Quinta-feira, dia 02 de Junho de 2016
Quinta-feira
da 9.ª semana do Tempo Comum
Caríssimo: Lembra-te
de que Jesus Cristo, descendente de David, ressuscitou dos mortos,
segundo o meu Evangelho,
pelo qual eu sofro, até ao ponto de estar preso a estas cadeias como
um malfeitor. Mas a palavra de Deus não está encadeada.
Por isso, tudo suporto por causa dos eleitos, para que obtenham a
salvação que está em Cristo Jesus, com a glória eterna.
É digna de fé esta palavra: Se morremos com Jesus Cristo, também com
Ele viveremos;
se sofremos com Jesus Cristo, também com Ele reinaremos; se O
negarmos, também Ele nos negará;
se Lhe formos infiéis, Ele permanece fiel porque não pode negar-Se a
Si mesmo.
Recomenda estas coisas, declarando, na presença de Deus, que é
preciso evitar contendas de palavras que não servem para nada, senão
para a perdição dos que as ouvem.
Procura com todo o empenho apresentar-te diante de Deus como homem de
vida comprovada, como operário que nada tem de que se envergonhar e
dispenseiro fiel da palavra da verdade.
Livro de
Salmos 25(24),4bc-5ab.8-9.10.14.
Mostrai-me,
Senhor, os vossos caminhos,
ensinai-me as vossas veredas.
Guiai-me na vossa verdade e ensinai-me
porque Vós sois Deus, meu Salvador.
O Senhor é bom e recto,
ensina o caminho aos pecadores.
Orienta os humildes na justiça
e dá-lhes a conhecer os seus caminhos.
Os caminhos do Senhor são misericórdia e fidelidade
para os que guardam a sua aliança e os seus preceitos.
O Senhor trata com familiaridade os que O adoram
e dá-lhes a conhecer a sua aliança.
Evangelho segundo S. Marcos 12,28-34.
Aproximou-se dele
um escriba que os tinha ouvido discutir e, vendo que Jesus Cristo lhes
tinha respondido bem, perguntou-lhe: «Qual é o primeiro de todos os
mandamentos?»
Jesus Cristo respondeu: «O primeiro é este: ‘Escuta, Israel: O Senhor
nosso Deus é o único Senhor.
Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma,
com todo o teu entendimento e com todas as tuas forças’.
O segundo é este: ‘Amarás o teu próximo como a ti mesmo’. Não há
nenhum mandamento maior que estes».
Disse-Lhe o escriba: «Muito bem, Mestre! Tens razão quando dizes:
Deus é único e não há outro além d’Ele.
Amá-l’O com todo o coração, com toda a inteligência e com todas as
forças e amar o próximo como a si mesmo, vale mais do que todos os
holocaustos e sacrifícios».
Ao ver que o escriba dera uma resposta inteligente, Jesus Cristo disse-lhe:
«Não estás longe do reino de Deus». E ninguém mais se atrevia a
interrogá-l’O.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos
- www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Santo Agostinho (354-430),
bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
«De Trinitate», 8, 12; PL 42, 958
Amar a Deus, ao próximo e a si mesmo
Quem
não ama o seu irmão não está no amor e quem não está no amor não está
em Deus porque «Deus é amor» (1Jo 4,8).
Por outro lado, quem não está em Deus não está na luz (no dia; a luz
existe e cega) porque «Deus é luz e nele não há trevas» (1Jo 1,5).
Assim, pois não será de espantar que, quem não está na luz não veja a
luz, ou seja, que não veja a Deus, uma vez que se encontra nas
trevas. Esse vê o seu irmão com um olhar humano que não lhe permite
ver a Deus. Mas, se amasse com um amor espiritual esse irmão que vê
com um olhar humano, veria a Deus, que é o próprio amor, com essa
visão interior que permite vê-Lo. [...]
E a quem perguntar que caridade devemos ao nosso irmão e que caridade
devemos a Deus, responderei: incomparavelmente mais caridade a Deus
do que a nós, tanta aos nossos irmãos como a nós; ora nós amamo-nos
tanto mais a nós próprios quanto mais amamos a Deus. Deste modo, é
com uma só e mesma caridade que amamos a Deus e ao próximo, mas
amamos a Deus por Si mesmo e ao próximo por Deus.
Sexta-feira, dia 03 de Junho de 2016
SAGRADO
CORAÇÃO DE JESUS, solenidade - Ano C
Eis o que diz o
Senhor Deus: «Eu próprio irei em busca das minhas ovelhas e hei-de
encontrá-las.
Como o pastor que vigia o rebanho, quando estiver no meio das
ovelhas que andavam tresmalhadas, assim Eu cuidarei das minhas
ovelhas para as tirar de todos os sítios em que se desgarraram num
dia de nevoeiro e de trevas.
Arrancá-las-ei de entre os povos e as reunirei dos vários países
para as reconduzir à sua própria terra. Apascentá-las-ei nos montes
de Israel, nas ribeiras e em todos os lugares habitados do país.
Eu as apascentarei em boas pastagens e terão as suas devesas nos
altos montes de Israel. Descansarão em férteis devesas e
encontrarão pasto suculento sobre as montanhas de Israel.
Eu apascentarei o meu rebanho, Eu o farei repousar, diz o Senhor
Deus.
Hei-de procurar a ovelha que anda perdida e reconduzir a que anda tresmalhada.
Tratarei a que estiver ferida, darei vigor à que andar enfraquecida
e velarei pela gorda e vigorosa. Hei-de apascentar com justiça».
Livro de
Salmos 23(22),1-3a.3b-4.5.6.
O Senhor é meu
pastor: nada me falta.
Leva-me a descansar em verdes prados,
conduz-me às águas refrescantes
e reconforta a minha alma.
Ele me guia por sendas direitas por amor do seu nome.
Ainda que tenha de andar por vales tenebrosos,
não temerei nenhum mal porque Vós estais comigo:
o vosso cajado e o vosso báculo
me enchem de confiança.
Para mim preparais a mesa,
à vista dos meus adversários;
com óleo me perfumais a cabeça
e meu cálice transborda.
A bondade e a graça hão-de acompanhar-me
todos os dias da minha vida
e habitarei na casa do Senhor
para todo o sempre.
Carta aos
Romanos 5,5b-11.
Irmãos: O amor
de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que
nos foi dado.
Quando ainda éramos fracos, Jesus Cristo morreu pelos ímpios no
tempo determinado.
Dificilmente alguém morrerá por um justo; por um homem bom, talvez
alguém tivesse a coragem de morrer.
Mas Deus prova assim o seu amor para connosco: Jesus Cristo morreu
por nós quando éramos ainda pecadores.
E agora, que fomos justificados pelo seu sangue, com muito maior
razão seremos por Ele salvos da ira divina.
Se, na verdade, quando éramos inimigos, fomos reconciliados com
Deus pela morte de seu Filho, com muito maior razão, depois de
reconciliados, seremos salvos pela sua vida.
Mais ainda: também nos gloriamos em Deus, por Nosso Senhor Jesus
Cristo, por quem alcançámos agora a reconciliação.
Evangelho
segundo S. Lucas 15,3-7.
Naquele tempo,
disse Jesus Cristo aos fariseus e aos escribas a seguinte parábola:
«
Quem de vós, que possua cem ovelhas e tenha perdido uma delas, não
deixa as outras noventa e nove no deserto, para ir à procura da que
anda perdida, até a encontrar?
Quando a encontra, põe-na alegremente aos ombros
e, ao chegar a casa, chama os amigos e vizinhos e diz-lhes:
‘Alegrai-vos comigo porque encontrei a minha ovelha perdida’.
Eu vos digo: Assim haverá mais alegria no Céu por um só pecador que
se arrependa do que por noventa e nove justos que não precisam de
arrependimento».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos
Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
São João Eudes
(1601-1680), presbítero, pregador, fundador de institutos
religiosos
Coração admirável
«É nisto que está o amor: não fomos
nós que amámos a Deus, foi Ele que nos amou e enviou o seu Filho»
(1Jo 4,10)
O
Coração do nosso Salvador é uma fornalha ardente de amor por nós:
um amor purificador, um amor iluminador, um amor santificador, um
amor transformador e um amor divinizante. Um amor purificador, em
que os corações são purificados mais perfeitamente do que o ouro no
fogo. Um amor iluminador que dissipa as trevas do inferno que
cobrem a Terra, para nos fazer entrar nas luzes admiráveis do Céu:
«Chamou-nos das trevas para a sua luz admirável» (1Ped 2,9). Um
amor santificador que destruiu o pecado na nossa alma para nela
estabelecer o reino da graça. Um amor transformador que muda as
serpentes em pombas, os lobos em cordeiros, as alimárias em anjos,
os filhos do diabo em filhos da graça e da bênção. Um amor
divinizante que faz dos homens deuses, tornando-os participantes da
santidade de Deus, da sua misericórdia, paciência, bondade, amor,
caridade e das outras perfeições divinas: «participantes da
natureza divina» (2Ped 1,4).
O Coração de Jesus Cristo é um fogo que derrama as suas chamas no
Céu, na Terra e em todo o Universo. Fogo e chamas que abrasam os
corações dos serafins e que abrasariam todos os corações da Terra,
se o gelo do pecado não se lhe opusesse. Ele tem um amor
extraordinário pelos homens, tanto pelos bons e seus amigos como
pelos maus e seus inimigos, pelos quais nutre uma caridade tão
ardente que nem todas as torrentes das águas dos seus pecados são
capazes de a extinguir!
Sábado, dia 04 de Junho de 2016
Imaculado
Coração da Virgem Santa Maria (MO)
A linhagem do
povo de Deus será conhecida entre os povos e a sua descendência
no meio das nações. Quantos os virem, terão de os reconhecer como
linhagem que o Senhor abençoou.
Exulto de alegria no Senhor, a minha alma rejubila em Deus que me
revestiu com as vestes da salvação e me envolveu num manto de
justiça, como noivo que cinge a fronte com o diadema e a noiva
que se adorna com as suas joias.
Como a terra faz brotar os germes e o jardim germinar as
sementes, assim o Senhor Deus fará brotar a justiça e o louvor
diante de todas as nações.
Livro de
1º Samuel 2,1.4-5.6-7.8abcd.
Exulta o meu
coração no Senhor,
no Deus se eleva a minha fronte.
Abre-se a minha boca contra os inimigos
porque me alegro com a vossa salvação.
A arma dos fortes foi destruída
e os fracos foram revestidos de força.
Os que viviam na abundância andam em busca de pão
e os que tinham fome foram saciados.
A mulher estéril deu à luz muitos filhos
e a mãe fecunda deixou de conceber.
É o Senhor quem dá a morte e dá a vida,
faz-nos descer ao túmulo e de novo nos levanta.
É o Senhor quem despoja e enriquece,
é o Senhor quem humilha e exalta.
Levanta do chão os que vivem prostrados,
retira da miséria os indigentes;
fá-los sentar entre os príncipes
e destina-lhes um lugar de honra.
Evangelho segundo S. Lucas 2,41-51.
Os pais de
Jesus Cristo iam todos os anos a Jerusalém, pela festa da Páscoa.
Quando Ele fez doze anos, subiram até lá, como era costume nessa
festa.
Quando eles regressavam, passados os dias festivos, o Menino
Jesus ficou em Jerusalém, sem que seus pais o soubessem.
Julgando que Ele vinha na caravana, fizeram um dia de viagem e
começaram a procurá-l’O entre os parentes e conhecidos.
Não O encontrando, voltaram a Jerusalém, à sua procura.
Passados três dias, encontraram-n’O no templo, sentado no meio
dos doutores, a ouvi-los e a fazer-lhes perguntas.
Todos aqueles que O ouviam estavam surpreendidos com a sua
inteligência e as suas respostas.
Quando viram Jesus, seus pais ficaram admirados e sua Mãe
disse-Lhe: «Filho, porque procedeste assim connosco? Teu pai e eu
andávamos aflitos à tua procura».
Jesus Cristo respondeu-lhes: «Porque Me procuráveis? Não sabíeis
que Eu devia estar na casa de meu Pai?».
Mas eles não entenderam as palavras que Jesus lhes disse.
Jesus desceu então com eles para Nazaré e era-lhes submisso. Sua
Mãe guardava todos estes acontecimentos em seu coração.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos
Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
São João Eudes
(1601-1680), presbítero, pregador, fundador de institutos
religiosos
O coração admirável, livro 9, cap. 4
«Sua Mãe guardava todos estes
acontecimentos em seu coração.»
De
entre as festas dedicadas à Virgem Maria, a que celebra o seu
coração é como o coração e a rainha das outras, pois o coração é
a sede do amor e da caridade. Qual a razão desta solenidade? O
coração desta singular e amadíssima Filha do Pai Eterno, o
coração da Mãe de Jesus, o coração da Esposa do Santo Espírito, o
coração da excelente Mãe de todos os fiéis, um coração ardente de
amor a Deus e totalmente inflamado de caridade por nós.
Todo ele é amor por Deus porque nada mais amou a não ser Deus e o
que Deus queria que amasse, nele e por Ele. Todo ele é amor
porque a bem-aventurada Virgem Maria sempre amou a Deus com todo
o seu coração, com toda a sua alma e com todas as suas forças (Mc
12,30). Todo ele é amor porque, para além de Maria sempre ter
querido tudo o que Deus queria e nunca o que Ele não queria, foi
sempre com grande júbilo que voluntariamente cumpriu a amável
vontade do Senhor.
Este coração é amor puro por nós todos. Ela ama-nos com o mesmo
amor com que ama a Deus porque é Deus que Ela vê em nós e que em
nós ama. E ama-nos com o mesmo amor com que ama o Filho, seu
filho Jesus porque que Ele é [...] a nossa cabeça e nós os seus
membros (Col 2,19) e consequentemente que somos um só com Ele.©
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da Confraria Bolos D. Rodrigo
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