"Senhor, a quem
iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68
Domingo,
dia 17 de Julho de 2016
16.º Domingo do Tempo
Comum - Ano C
Naqueles dias, o Senhor apareceu a Abraão junto do Carvalho de
Mambré. Abraão estava sentado à entrada da sua tenda, no maior calor do dia.
Ergueu os olhos e viu três homens de pé diante dele. Logo que os viu, deixou
a entrada da tenda e correu ao seu encontro; prostrou-se por terra
e disse: «Meu Senhor, se agradei aos vossos olhos, não passeis adiante sem
parar em casa do vosso servo.
Mandarei vir água, para que possais lavar os pés e descansar debaixo desta
árvore.
Vou buscar um bocado de pão para restaurardes as forças antes de continuardes
o vosso caminho, pois não foi em vão que passastes diante da casa do vosso
servo». (ele dirigiu-se ao que ia à frente, considerando-o o líder do grupo
como era costume) Eles responderam: «Faz como disseste». (eles responderam em
uníssono, mostrando que os três eram do mesmo nível)
Abraão apressou-se a ir à tenda onde estava Sara e disse-lhe: «Toma depressa
três medidas de flor da farinha, amassa-a e coze uns pães no borralho».
Abraão correu ao rebanho e escolheu um vitelo tenro e bom e entregou-o a um
servo que se apressou a prepará-lo.
Trouxe manteiga e leite e o vitelo já pronto e colocou-o diante deles; e,
enquanto comiam, ficou de pé junto deles debaixo da árvore.
Depois eles disseram-lhe: «Onde está Sara, tua esposa?». Abraão respondeu:
«Está ali na tenda».
E um deles disse: «Passarei novamente pela tua casa daqui a um ano e então
Sara, tua esposa, terá um filho».
Livro de Salmos 15(14),2-3.3-4.5.
O que vive sem mancha e pratica a justiça
e diz a verdade que tem no seu coração;
o que não faz mal ao seu próximo
nem ultraja o seu semelhante
e não empresta dinheiro com usura
nem aceita presentes para condenar o inocente.
Quem assim proceder jamais será abalado.
Carta aos Colossenses 1,24-28.
Irmãos: Agora alegro-me com os sofrimentos que suporto por vós e
completo na minha carne o que falta à paixão de Jesus Cristo, em benefício do
seu corpo que é a Igreja.
Dela me tornei ministro, em virtude do cargo que Deus me confiou a vosso
respeito, isto é, anunciar-vos em plenitude a palavra de Deus,
o mistério que ficou oculto ao longo dos séculos e que foi agora manifestado
aos seus santos.
Deus quis dar-lhes a conhecer em que consiste, entre os gentios, a glória
inestimável deste mistério: Jesus Cristo no meio de vós, esperança da glória.
E nós O anunciamos, advertindo todos os homens e instruindo-os em toda a
sabedoria, a fim de os apresentarmos todos perfeitos em Jesus Cristo.
Evangelho segundo S.
Lucas 10,38-42.
Naquele tempo, Jesus Cristo entrou em certa povoação e uma mulher
chamada Marta recebeu-O em sua casa.
Ela tinha uma irmã chamada Maria que, sentada aos pés de Jesus Cristo, ouvia
a sua palavra.
Entretanto, Marta atarefava-se com muito serviço. Interveio então e disse:
«Senhor, não Te importas que minha irmã me deixe sozinha a servir? Diz-lhe
que venha ajudar-me».
O Senhor respondeu-lhe: «Marta, Marta, andas inquieta e preocupada com muitas
coisas,
quando uma só é necessária. Maria escolheu a melhor parte que não lhe será
tirada». (parece-me que Jesus Cristo era a única visita, senão Maria não lhe
poderia dedicar atenção exclusiva; parece-me que Marta era a mais velha e,
portanto, tinha o serviço a seu cargo e Maria, mais nova, teria a seu cargo a
atenção às visitas. Parece-me que o serviço não seria assim tanto porque só
uma visita, mas Marta queria também a atenção de Jesus Cristo e, por ciúmes,
reclamou; não poderia pedir a Jesus Cristo que viesse para a cozinha, lugar
das mulheres, mas reclamou a ajuda da irmã assim ele não ficaria sozinho na
sala e viria também. Parece-me que Marta apenas queria também escutar as
palavras de Jesus Cristo e ter a sua atenção; por isso ela se esmerava.)
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
São Bernardo (1091-1153), monge
cisterciense, doutor da Igreja
3.º Sermão sobre a Assunção
Marta e Maria
Quem melhor do
que os que estão encarregados de uma comunidade merece que se lhes apliquem
estas palavras: «Marta, Marta, andas inquieta e preocupada com muitas coisas»?
Quem são os que se inquietam com muitas coisas, senão aqueles a quem incumbe
cuidar de Maria, a contemplativa, de seu irmão Lázaro e de muitos outros?
Marta inquieta e preocupada com mil assuntos é o apóstolo que tem o «cuidado
de todas as igrejas» (2Cor 11,28), que vela para que os pastores cuidem das
suas ovelhas: «Quem é fraco, sem que eu também o seja? Quem tropeça, que eu
não me consuma com febre?» (29). Que Marta receba, pois o Senhor em sua casa,
dado que lhe foi confiado o cuidado do lar. […] Que os que partilham as suas
tarefas recebam igualmente o Senhor, cada um segundo o seu ministério
particular; que acolham a Jesus Cristo e O sirvam e que O assistam nos seus
membros, os doentes, os pobres, os viajantes e os peregrinos.
Enquanto eles realizam estas actividades, que Maria permaneça em repouso, que
conheça «como é bom o Senhor» (Sl 33,9). Que tenha o cuidado de se deitar aos
pés de Jesus Cristo com o coração cheio de amor e a alma em paz, sem dele
desviar os olhos, atenta a todas as suas palavras, admirando o seu belo rosto
e a sua linguagem. «És o mais belo entre os filhos do homem; em teus lábios
se derramou a graça» (Sl 44,3), mais belo ainda do que os anjos na sua
glória. Conhece a tua alegria e agradece, Maria, tu que escolheste a melhor
parte. Felizes os olhos que vêem o que tu vês e os ouvidos que merecem ouvir
o que tu ouves! (Mt 13,16) Como és feliz, sobretudo por ouvir bater o coração
de Deus, nesse silêncio onde convém ao homem esperar o seu Senhor!
Segunda-feira,
dia 18 de Julho de 2016
Segunda-feira da 16.ª
semana do Tempo Comum
Escutai o que diz o Senhor: «Levanta-te, abre um processo
diante das montanhas, ouçam as colinas a tua voz».
Escutai, montanhas, o processo do Senhor; prestai atenção, fundamentos da
terra, porque o Senhor tem um processo contra o seu povo, está em demanda
contra Israel:
«Meu povo, que te fiz Eu? Em que te ofendi? Responde-Me.
Tirei-te da terra do Egipto, livrei-te da casa de escravidão e enviei à tua
frente Moisés, Aarão e Maria».
– Com que me apresentarei diante do Senhor e me inclinarei diante do Deus
das alturas? – Apresentar-me-ei com holocaustos, com novilhos de um ano?
Agradarão ao Senhor milhares de carneiros ou rios de azeite? Oferecerei o
meu primogénito para expiar a minha culpa, o fruto das minhas entranhas
para expiar o meu pecado?
Já te foi indicado, ó homem, o que deves fazer, o que o Senhor exige de ti:
praticar a justiça e amar a
misericórdia e ser humilde
diante do teu Deus.
Livro de Salmos
50(49),5-6.8-9.16bc-17.21.23.
Diz o Senhor: «Reuni os meus fiéis
que selaram a minha aliança com um sacrifício».
Os céus proclamam a sua justiça:
o próprio Deus vem julgar.
Não é pelos sacrifícios que Eu te repreendo:
os teus holocaustos estão sempre na minha presença.
Não aceito os novilhos da tua casa
nem os cabritos do teu rebanho.
Como falas tanto na minha lei
e trazes na boca a minha aliança,
tu que detestas os meus ensinamentos
e desprezas as minhas palavras?
Fizeste isto e Eu calei-me; pensaste que Eu era como tu.
Hei-de acusar-te e lançar-te tudo em rosto.
Honra-Me quem Me oferece um
sacrifício de louvor,
a quem segue o caminho recto
darei a salvação de Deus.
Evangelho segundo S. Mateus 12,38-42.
Naquele tempo, alguns escribas e fariseus disseram a Jesus
Cristo: «Mestre, queremos ver um sinal da tua parte».
Mas Jesus Cristo respondeu-lhes: «Esta geração perversa e infiel pretende
um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, senão o sinal do profeta Jonas.
Assim como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da baleia, assim
o Filho (do homem) estará três dias e três noites no seio da terra.
No dia do Juízo, os homens de Nínive levantar-se-ão com esta geração e
hão-de condená-la porque fizeram penitência quando Jonas pregou e aqui está
quem é maior do que Jonas.
No dia do Juízo, a rainha do Sul erguer-se-á com esta geração e há-de
condená-la porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de
Salomão e aqui está quem é maior do que Salomão».
Da
Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
São Cirilo de Jerusalém
(313-350), bispo de Jerusalém, doutor da Igreja
Catequese n.º 20 / 2.ª mistagógica
O sinal de Jonas
Fostes
conduzidos pela mão à piscina baptismal, como Jesus Cristo o foi da cruz
até ao túmulo que está diante de vós [na igreja do Santo Sepulcro]. Depois
de terdes confessado a vossa fé no Pai, no Filho e no Espírito Santo,
fostes imersos três vezes na água e três vezes emergistes, símbolo dos três
dias que Jesus Cristo passou no túmulo. Tal como o nosso Salvador passou
três dias e três noites no coração da terra, também vós, ao saírdes da água
depois da vossa imersão, haveis imitado Jesus Cristo. [...] Quando
imergistes, estáveis na noite,
não víeis nada; mas ao saírdes da água estáveis como que em pleno dia. Num mesmo movimento, morrestes
e nascestes; essa água que salva foi ao mesmo tempo o vosso túmulo e a
vossa mãe. [...]
Estranho paradoxo! Não estamos verdadeiramente mortos, não fomos
verdadeiramente sepultados, não fomos verdadeiramente crucificados nem
ressuscitados; mas, se esta nossa imitação não é mais do que uma imagem, a
salvação é uma realidade. Jesus Cristo foi realmente crucificado, realmente
sepultado e verdadeiramente ressuscitou e toda esta graça nos é dada para
que, participando nos seus sofrimentos e imitando-os, ganhemos a salvação.
Que imenso amor pelos homens! Jesus Cristo recebeu os pregos nas suas mãos
puras e sofreu; a mim, sem sofrimento e sem dor, concede-me por esta
participação a graça da salvação. [...]
Sabemo-lo bem: se é certo que o baptismo nos purifica dos pecados e nos dá
o Espírito Santo, ele é também a réplica da Paixão de Jesus Cristo. É por
isso que Paulo proclama: «Não o sabeis? Nós todos que fomos baptizados em
Jesus Cristo, foi na sua morte que fomos baptizados. Fomos, portanto,
sepultados com Ele no baptismo.» [...] Tudo o que Jesus Cristo suportou,
foi por nós e para nossa salvação, na realidade e não em aparência. [...] E
nós tornamo-nos participantes dos seus sofrimentos. Por isso, Paulo
continua a proclamar: «Se nos tornámos um só com Jesus Cristo por uma morte
semelhante à sua, sê-lo-emos também por uma ressurreição que se lhe
assemelhe» (Rom 6,3-5)
Terça-feira,
dia 19 de Julho de 2016
Terça-feira da 16.ª
semana do Tempo Comum
Apascentai o vosso povo com a vossa vara, o rebanho da vossa herança
que vive isolado na selva, no meio de uma terra frutífera, para que volte
a apascentar-se em Basã e Galaad, como nos dias de outrora.
Mostrai-nos prodígios, como nos dias em que saístes da terra do Egipto.
Qual é o deus semelhante a Vós que perdoa o pecado e absolve a culpa
deste resto da vossa herança? Não guarda para sempre a sua ira porque prefere a misericórdia.
Ele voltará a ter piedade de nós, pisará aos pés as nossas faltas,
lançará para o fundo do mar todos os nossos pecados.
Mostrai a Jacob a vossa fidelidade e a Abraão a vossa misericórdia, como
jurastes aos nossos pais, desde os tempos antigos.
Livro de Salmos
85(84),2-4.5-6.7-8.
Abençoastes, Senhor, a vossa terra,
restaurastes os destinos de Jacob.
Perdoastes a culpa do vosso povo,
esquecestes todos os seus pecados.
Aplacastes toda a vossa cólera,
refreastes o furor da vossa ira.
Restaurai-nos, ó Deus, nosso Salvador
e afastai de nós a vossa indignação.
Estareis para sempre irritado contra nós,
prolongareis a vossa ira de geração em geração?
Não voltareis a dar-nos a vida,
para que em Vós se alegre o vosso povo?
Mostrai-nos, Senhor, a vossa misericórdia
e dai-nos a vossa salvação.
Evangelho segundo
S. Mateus 12,46-50.
Naquele tempo, enquanto Jesus Cristo estava a falar à
multidão, chegaram sua Mãe e seus irmãos. Ficaram do lado de fora e
queriam falar-Lhe.
Alguém Lhe disse: «Tua Mãe e teus irmãos estão lá fora e querem falar
contigo».
Mas Jesus Cristo respondeu a quem O avisou: «Quem é minha mãe e quem são
meus irmãos?».
E apontando para os discípulos, disse: «Estes são a minha mãe e os meus
irmãos:
todo aquele que fizer a vontade de meu Pai que está nos Céus, esse é meu
irmão, minha irmã e minha mãe». (eles tinham vindo para repreendê-lo e
levá-lo para casa; para que deixasse de evangelizar; Ele já estava noutro
caminho completamente diferente)
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Santa Teresinha do Menino Jesus
(1873-1897), carmelita, doutora da Igreja
Carta 142
«Todo aquele que fizer a vontade de meu Pai [...], esse é
meu irmão, minha irmã e Minha mãe»
«Os meus
pensamentos não são os vossos pensamentos diz o Senhor» (Is 55,8). O
mérito não consiste em fazer nem em dar muito, mas antes em receber e
amar muito. Está dito que a felicidade está mais em dar do que em receber
(At 20,35) e é verdade, mas quando Jesus Cristo quer tomar para Si a
doçura de dar, não é delicado recusar. Deixemo-Lo tomar e dar tudo o que
quiser; a perfeição consiste em fazer a sua vontade e a alma que se
entrega totalmente a Ele é chamada pelo próprio Jesus Cristo «sua mãe,
sua irmã» e toda a sua família. Aliás, «se alguém Me tem amor, há-de
guardar a minha palavra e o meu Pai o amará e Nós viremos a ele e nele
faremos morada» (Jo 14,23) (ou o bem domina em nós ou o mal; não há outra
hipótese). Oh, como é fácil agradar a Jesus Cristo, deleitar o seu
coração; basta amá-Lo sem olhar demasiado para nós próprios, sem examinar
excessivamente os próprios defeitos [...].
Os directores espirituais fazem-nos aproximar da perfeição levando-nos a
praticar um grande número de actos de virtude e têm razão, mas o meu director,
que é Jesus Cristo, não me ensina a contar os meus actos; ensina-me a
fazer tudo por amor, a não Lhe recusar nada, a estar contente quando me
dá ocasião de Lhe mostrar que O amo, mas isso acontece na paz, no
abandono; é Jesus Cristo que faz tudo e eu nada faço.
Jesus Cristo dá aos seus discípulos o poder de curar os corpos, esperando
confiar-lhes o poder, muito mais importante, de curar as almas. Observa
como Ele mostra simultaneamente a facilidade e a necessidade desta obra.
Efectivamente, que diz Ele? «A messe é abundante, mas os trabalhadores
são poucos.» Não é para a sementeira que vos envio, mas para a colheita.
[...] Falando assim, Nosso Senhor incutia-lhes confiança e mostrava-lhes
que o trabalho mais importante já tinha sido realizado.
Quarta-feira,
dia 20 de Julho de 2016
Quarta-feira da
16.ª semana do Tempo Comum
Palavras de
Jeremias, filho de Helcias, um dos sacerdotes de Anatot, no território
de Jr Benjamim:
O Senhor dirigiu-me a palavra, dizendo:
«Antes de te formar no ventre materno, Eu te escolhi; antes que saísses
do seio de tua mãe, Eu te consagrei e te constituí profeta entre as
nações».
Então eu disse: «Ah, Senhor Deus, mas eu não sei falar porque sou uma
criança».
O Senhor respondeu-me: «Não digas: ‘Sou uma criança’ porque irás ao
encontro daqueles a quem Eu te enviar e dirás tudo quanto Eu te mandar dizer.
Não tenhas receio diante deles porque Eu estou contigo, para te salvar
– diz o Senhor».
Depois o Senhor estendeu a mão, tocou-me na boca e disse-me: «Eu ponho
as minhas palavras na tua boca.
Hoje dou-te poder sobre os povos e os reinos para arrancar e destruir,
para arruinar e demolir, para construir e plantar».
Livro de Salmos
71(70),1-2.3-4a.5-6ab.15ab.17.
Em Vós, Senhor, me
refugio,
jamais serei confundido.
Pela vossa justiça, defendei-me e salvai-me,
prestai ouvidos e libertai-me.
Sede para mim um refúgio seguro,
a fortaleza da minha salvação.
Vós sois a minha defesa e o meu refúgio:
meu Deus, salvai-me do pecador.
Sois Vós, Senhor, a minha esperança,
a minha confiança desde a juventude.
Desde o nascimento Vós me sustentais,
desde o seio materno sois o meu protector.
A minha boca proclamará a vossa justiça,
dia após dia a vossa infinita salvação.
Desde a juventude Vós me ensinais
e até hoje anunciei sempre os vossos prodígios.
Evangelho segundo S. Mateus 13,1-9.
Naquele dia, Jesus Cristo
saiu de casa e foi sentar-Se à beira-mar.
Reuniu-se à sua volta tão grande multidão que teve de subir para um
barco e sentar-Se, enquanto a multidão ficava na margem.
Disse muitas coisas em parábolas, nestes termos: «Saiu o semeador a
semear.
Quando semeava, caíram algumas sementes ao longo do caminho: vieram as
aves e comeram-nas.
Outras caíram em sítios pedregosos, onde não havia muita terra e logo
nasceram porque a terra era pouco profunda;
mas depois de nascer o sol, queimaram-se e secaram, por não terem raiz.
Outras caíram entre espinhos e os espinhos cresceram e afogaram-nas.
Outras caíram em boa terra e deram fruto: umas, cem; outras, sessenta;
outras, trinta por um.
Quem tem ouvidos, oiça».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
São João Crisóstomo (c.
345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da
Igreja
Homilias sobre Mateus, 44
«Caíram em boa terra e deram fruto»
«Saiu o
semeador a semear.» Donde saiu Ele, Aquele que está presente em toda a
parte, que enche todo o universo? Como saiu? Não materialmente, mas por
uma disposição da sua providência a nosso respeito: aproximou-Se de nós,
revestindo-Se da nossa carne. Uma vez que não podíamos ir até Ele,
porque os nossos pecados nos impediam o acesso, foi Ele que veio até
nós. E porque foi que saiu? Para destruir a terra onde abundavam os
espinhos? Para castigar os cultivadores? De modo nenhum. Ele veio
cultivar essa terra, tratar dela e nela semear a palavra da santidade.
Porque a semente de que fala é, na verdade, a sua doutrina; o campo é a
alma do homem; o semeador é Ele próprio. [...]
Teríamos razão em censurar um cultivador que semeasse com tanta
abundância. [...] Mas, quando se trata das coisas da alma, as pedras
podem transformar-se em terra fértil, o caminho pode deixar de ser
pisado pelos transeuntes e tornar-se um campo fecundo, os espinhos
podem ser arrancados e permitir aos grãos que cresçam com toda a
tranquilidade. Se isso não fosse possível, Ele não teria lançado a
semente. E, se a transformação não se realizou, não é por culpa do
semeador, mas daqueles que não quiseram deixar-se transformar. O
semeador fez o seu trabalho. Se a semente se perdeu, o autor de tão
grande benefício não é responsável por
isso.
Nota bem que há várias maneiras de perder a semente. [...] Uma coisa é
deixar a semente da palavra de Deus secar sem tribulações e sem
cuidados, outra é vê-la sucumbir sob o choque das tentações. [...] Para
que tal não nos aconteça, gravemos a palavra na nossa memória, com
ardor e seriedade. Assim, por muito que o diabo arranque à nossa volta,
teremos força para evitar que ele arranque o que quer que seja dentro de
nós.
Quinta-feira, dia 21 de Julho de 2016
Quinta-feira
da 16.ª semana do Tempo Comum
O Senhor
dirigiu-me a palavra, dizendo:
«Vai proclamar aos ouvidos de Jerusalém: Assim fala o Senhor:
Lembro-Me do afecto da tua juventude, do amor do teu noivado, quando
Me seguias no deserto, numa terra onde não se semeia.
Israel era então uma herança sagrada do Senhor, primícias da sua
colheita. Aqueles que a devoravam recebiam a paga: a desgraça caía
sobre eles – oráculo do Senhor –.
Eu conduzi-vos a uma terra de pomares, para comerdes dos seus ricos
frutos. Mas logo que entrastes, profanastes a minha terra e fizestes
da minha herança um lugar abominável.
Os sacerdotes não perguntavam: ‘Onde está o Senhor?’. Os mestres da
Lei não Me conheceram, os guias do povo revoltaram-se contra Mim, os
profetas vaticinaram em nome de Baal e foram atrás de divindades que
nada valem.
Pasmai de tudo isto, ó céus, estremecei de horror e espanto – diz o
Senhor –
porque o meu povo cometeu dois pecados: abandonaram-Me a Mim, fonte
de água viva, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não conservam
a água».
Livro de
Salmos 36(35),6-7ab.8-9.10-11.
Senhor, até aos
céus se eleva a vossa bondade
e até às nuvens a vossa fidelidade.
A vossa justiça é como os montes altíssimos,
os vossos juízos são como o abismo profundo.
Como é admirável, Senhor, a vossa bondade!
À sombra das vossas asas se refugiam os homens.
Podem saciar-se da abundância da vossa casa
e Vós os inebriais com a torrente das vossas delícias.
Em Vós está a fonte da vida
e é na vossa luz que vemos a luz.
Conservai a vossa bondade aos que Vos conhecem
e a vossa justiça aos rectos de coração.
Evangelho segundo S. Mateus 13,10-17.
Naquele tempo, os
discípulos aproximaram-se de Jesus Cristo e disseram-Lhe: «Porque
lhes falas em parábolas?».
Jesus Cristo respondeu: «Porque a vós é dado conhecer os mistérios do
reino dos Céus, mas a eles não.
Pois àquele que tem dar-se-á e terá em abundância; mas àquele que não
tem, até o pouco que tem lhe será tirado.
É por isso que lhes falo em parábolas, porque vêem sem ver e ouvem
sem ouvir nem entender.
Neles se cumpre a profecia de Isaías que diz: ‘Ouvindo ouvireis, mas
sem compreender; olhando olhareis, mas sem ver.
Porque o coração deste povo tornou-se duro: endureceram os seus
ouvidos e fecharam os seus olhos para não acontecer que, vendo com os
olhos e ouvindo com os ouvidos e compreendendo com o coração, se convertam e Eu os cure’.
Quanto a vós, felizes os vossos olhos porque vêem e os vossos ouvidos
porque ouvem!
Em verdade vos digo: muitos profetas e justos desejaram ver o que vós
vedes e não viram e ouvir o que vós ouvis e não ouviram».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos
- www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
São Justino (c.100
-160), filósofo, mártir
Primeira apologia, 1.30-31
«Muitos profetas e justos desejaram ver o que vós vedes»
Ao
imperador Adriano, César Augusto, e a Veríssimo, seu filho filósofo,
e a Lício, filósofo, e ao Senado e a todo o povo romano, em nome dos
homens de todas as raças que são injustamente odiados e perseguidos,
sendo eu um deles, Justino, de Néapolis [Nablus] na Síria da
Palestina, dirijo este discurso. [...]
Argumenta-se que Aquele a que nós chamamos o Cristo é apenas um
homem, nascido de um homem, que os prodígios que Lhe atribuímos são
devidos a artes mágicas e que Ele Se fez passar por Filho de Deus. A
nossa demonstração não se apoiará sobre dizeres, mas sobre as
profecias feitas antes dos acontecimentos, nas quais temos
necessariamente de acreditar: porque nós vimos e vemos ainda,
realizar-se aquilo que foi profetizado. [...]
Houve entre os judeus profetas de Deus pelos quais o Espírito
profético anunciou antecipadamente acontecimentos futuros. As suas
profecias foram cuidadosamente guardadas, tal como haviam sido
proferidas, pelos sucessivos reis da Judeia nos livros escritos em
hebraico pela mão dos profetas. [...]
Ora nós lemos nos livros dos profetas que Jesus, nosso Cristo, havia
de vir, que nasceria de uma virgem, que apareceria com o aspecto de
homem, que curaria todas as doenças e todas as enfermidades, que
ressuscitaria os mortos, que, ignorado e perseguido, seria
crucificado, que morreria, que ressuscitaria e subiria ao céu, que
seria e será reconhecido como Filho de Deus, que enviaria alguns a
anunciar estas coisas ao mundo e que seriam sobretudo os pagãos a
acreditar nele. Estas profecias foram feitas 5000, 2000, 1000, 800
anos antes da sua vinda porque os profetas sucederam-se uns aos
outros de geração em geração. |
Sexta-feira, dia 22 de Julho de 2016
Santa Maria
Madalena, discípula – Festa
Eis o que diz a esposa:
«No meu descanso, durante a noite, procurei aquele que o meu coração
ama; procurei-o, mas não pude encontrá-lo.
Levantar-me-ei e percorrerei a cidade, pelas ruas e pelas praças,
procurando aquele que o meu coração ama. Procurei-o, mas não pude
encontrá-lo.
Encontraram-me as sentinelas que rondavam a cidade e eu
perguntei-lhes: ‘Vistes porventura aquele que o meu coração ama?’.
E logo que passei por eles, encontrei aquele que o meu coração ama».
Livro de
Salmos 63(62),2.3-4.5-6.8-9.
Senhor, sois o
meu Deus: desde a aurora Vos procuro.
A minha alma tem sede de Vós.
Por Vós suspiro,
como terra árida, sequiosa, sem água.
Quero contemplar-Vos no santuário,
para ver o vosso poder e a vossa glória.
A vossa graça vale mais do que a vida;
por isso os meus lábios hão-de cantar-Vos louvores.
Assim Vos bendirei toda a minha vida
e em vosso louvor levantarei as mãos.
Serei saciado com saborosos manjares
e com vozes de júbilo Vos louvarei.
Porque Vos tornastes o meu refúgio,
exulto à sombra das vossas asas.
Unido a Vós estou, Senhor,
a vossa mão me serve de amparo.
Evangelho segundo S. João 20,1-2.11-18.
No primeiro dia
da semana, Maria Madalena foi de manhãzinha, ainda escuro, ao
sepulcro e viu a pedra retirada do sepulcro.
Correu então e foi ter com Simão Pedro e com o discípulo predilecto
de Jesus Cristo e disse-lhes: «Levaram o Senhor do sepulcro e não
sabemos onde O puseram».
E ficou a chorar junto do sepulcro. Enquanto chorava, debruçou-se
para dentro do sepulcro
e viu dois Anjos vestidos de branco, sentados, um à cabeceira e outro
aos pés, onde estivera deitado o corpo de Jesus Cristo.
Os Anjos perguntaram a Maria: «Mulher, porque choras?». Ela
respondeu-lhes: «Porque levaram o meu Senhor e não sei onde O
puseram».
Dito isto, voltou-se para trás e viu Jesus Cristo de pé, sem saber
que era Ele.
Disse-lhe Jesus Cristo: «Mulher, porque choras? A quem procuras?».
Pensando que era o jardineiro, ela respondeu-Lhe: «Senhor, se foste
tu que O levaste, diz-me onde O puseste, para eu O ir buscar».
Disse-lhe Jesus Cristo: «Maria!». Ela voltou-se e respondeu em
hebraico: «Rabuni!», que quer dizer: «Mestre!».
Jesus Cristo disse-lhe: «Não Me detenhas porque ainda não subi para o
Pai.
Vai ter com os meus irmãos e diz-lhes que vou subir para o meu Pai e
vosso Pai, para o meu Deus e vosso Deus». Maria Madalena (= de
Magdala) foi anunciar aos discípulos: «Vi o Senhor». E contou-lhes o
que Ele lhe tinha dito.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos
- www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
São Gregório Magno (c.
540-604), papa, doutor da Igreja
Homilia 25
«Mulher, porque choras?»
Maria
torna-se testemunha da compaixão de Deus, [...] aquela Maria a quem
um fariseu queria quebrar o arroubo de ternura: «Se este homem fosse
profeta», exclamava ele, «saberia quem é a mulher que Lhe toca e o
que ela é: uma pecadora» (Lc 7,39) (são duas mulheres diferentes: a
do túmulo era sua companheira e discípula e a quase apedrejada era
desconhecida e seguiu o seu caminho). Mas as suas lágrimas
apagaram-lhe as manchas do corpo e do coração; e ela precipitou-se a
seguir os passos do seu Salvador, afastando-se dos caminhos do mal.
Estava sentada aos pés de Jesus e escutava-O (Lc 10,39). Vivo,
apertou-O nos braços; depois de morto, procurou-O, encontrando vivo
Aquele que procurava morto. E encontrou nele tanta graça, que acabou
por ser ela a levar a boa nova aos apóstolos, aos mensageiros de
Deus!
Que havemos de ver aqui, meus irmãos, senão a infinita ternura do
nosso Criador que, para dar novo ânimo à nossa consciência, nos dá
constantemente exemplos de pecadores arrependidos. Lanço os meus
olhos sobre Pedro, olho para o ladrão, examino Zaqueu, considero
Maria, e só vejo neles apelos à esperança e ao arrependimento. A
vossa fé foi tocada pela dúvida? Pensai em Pedro que chora
amargamente a sua cobardia. Estais ardendo em cólera contra o vosso
próximo? Pensai no ladrão que, em plena agonia, se arrepende e ganha
a recompensa eterna. A avareza seca-vos o coração? Prejudicastes
alguém? Vede Zaqueu que devolve quatro vezes mais aquilo que tinha
roubado. Por causa de uma paixão, perdestes a pureza da carne? Olhai
para Maria, que purifica o amor da carne com o fogo do amor divino.
Sim, Deus todo-poderoso oferece-nos constantemente exemplos e sinais
da sua compaixão. Enchamo-nos, pois de horror pelos nossos pecados,
mesmo pelos mais antigos. Deus todo-poderoso esquece com facilidade
que nós cometemos o mal e está pronto a olhar para o nosso
arrependimento como se fosse a própria inocência. Nós que, depois das
águas da salvação, nos tínhamos de novo manchado, renasçamos com as
nossas lágrimas. [...] O nosso Redentor consolará as vossas lágrimas
com a sua alegria eterna.
Sábado, dia 23 de Julho de 2016
S. Brígida,
religiosa, copadroeira da Europa – Festa
Palavra que o
Senhor dirigiu ao profeta Jeremias:
«Vai à entrada do templo do Senhor e proclama ali a seguinte
mensagem: Escutai a palavra do Senhor, vós todos, homens de Judá,
que entrais por estas portas para adorar o Senhor.
Assim fala o Senhor do Universo, o Deus de Israel: Emendai os
vossos caminhos e as vossas acções e Eu vos deixarei habitar neste
lugar.
Não vos fieis em palavras enganadoras, dizendo: ‘É o templo do
Senhor, o templo do Senhor, o templo do Senhor!’.
Mas se endireitardes os vossos caminhos e corrigirdes as vossas
obras, se praticardes a justiça uns para com os outros,
se não oprimirdes o estrangeiro, o órfão e a viúva, se não
derramardes neste lugar sangue inocente, se não seguirdes outros
deuses para vossa desgraça,
então vos deixarei habitar neste lugar, na terra que dei a vossos
pais desde há muito e para sempre.
Mas vós fiais-vos em palavras enganadoras que para nada servem.
Assim podeis roubar, matar, cometer adultério, jurar falso, queimar
incenso a Baal, seguir deuses estrangeiros que não conheceis.
Depois vindes aqui apresentar-vos diante de Mim, nesta casa em que
é invocado o meu nome, e dizeis: ‘Estamos salvos’ para voltar a
cometer todas essas abominações.
Será porventura um covil de salteadores esta casa onde é invocado o
meu nome? Eu também vi tudo isto».
Livro de
Salmos 84(83),3.4.5-6a.8a.11.
A minha alma
suspira ansiosamente
pelos átrios do Senhor.
O meu ser e a minha carne
exultam no Deus vivo.
Até as aves do céu encontram abrigo
e as andorinhas um ninho para os seus filhos,
junto dos vossos altares, Senhor dos Exércitos,
meu Rei e meu Deus.
Felizes os que moram em vossa casa:
podem louvar-Vos continuamente.
Felizes os que em Vós encontram a sua força,
os que caminham para ver a Deus em Sião.
Um dia em vossos átrios
vale por mais de mil longe de Vós.
Antes quero ficar no vestíbulo da casa do meu Deus
do que habitar nas tendas dos pecadores.
Evangelho segundo S. Marcos 3,31-35.
Naquele tempo,
chegaram à casa onde estava Jesus Cristo, sua Mãe e seus irmãos
que, ficando fora, O mandaram chamar.
A multidão estava sentada em volta d’Ele, quando Lhe disseram: «Tua
Mãe e teus irmãos estão lá fora à tua procura».
Mas Jesus Cristo respondeu-lhes: «Quem é minha Mãe e meus irmãos?».
Quem fizer a vontade de Deus esse é meu irmão, minha irmã e minha
Mãe».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
São João Paulo II
(1920-2005), papa
Carta apostólica «Spes Aedificandi», de 02/10/1999 (© copyright
Libreria Editrice Vaticana)
Santa Brígida da Suécia, copadroeira
da Europa
A fé
cristã deu forma à cultura do continente europeu e combinou-se de
forma inextricável com a sua história, a ponto de esta ser
incompreensível sem uma referência aos acontecimentos que
caracterizaram, primeiro o grande período da evangelização, depois
os longos séculos no decurso dos quais o cristianismo se afirmou,
apesar da dolorosa divisão entre o Oriente e o Ocidente, como a
religião dos europeus. [...]
O caminho em direcção ao futuro não pode deixar de ter em conta
este facto; os cristãos são chamados a ter dele uma consciência
renovada, a fim de darem conta das suas permanentes
potencialidades. Têm o dever de dar à construção da Europa um
contributo específico que terá tanto mais valor e eficácia quanto
souberem renovar-se à luz do Evangelho. Serão então os
continuadores desta longa história de milénios, em que os santos
oficialmente reconhecidos mais não são do que cumes propostos como
modelos para todos. Há, com efeito, inúmeros cristãos que, pela sua
vida recta e honesta, animada pelo amor a Deus e ao próximo,
alcançaram, nas mais diversas vocações consagradas e laicas, uma
santidade verdadeira e largamente difundida, ainda que se
mantivesse oculta. A Igreja não duvida de que este tesouro de
santidade é precisamente o segredo do seu passado e a esperança do
seu futuro. [...]
Foi por isso que, completando aquilo que fiz quando declarei
padroeiros da Europa, a par de São Bento, dois santos do primeiro
milénio, os irmãos Cirilo e Metódio, pioneiros da evangelização do
Oriente, pensei agora completar o cortejo dos padroeiros celestiais
com três figuras igualmente emblemáticas de momentos cruciais deste
segundo milénio que chega agora ao fim: Santa Brígida da Suécia,
Santa Catarina de Sena, Santa Teresa Benedita da Cruz. Três grandes
santas, três mulheres que, em três épocas diferentes - duas em
plena Idade Média, uma no nosso século - se evidenciaram pelo seu
amor activo à Igreja de Jesus Cristo e pelo testemunho prestado à
sua cruz.©
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D. Rodrigo
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