"Senhor, a quem
iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68
Domingo,
dia 01 de Novembro de 2015
TODOS OS SANTOS –
Solenidade
Festa da Igreja : Todos-os-Santos
Calendário da Igreja disponível este dia
Livro do Apocalipse 7,2-4.9-14.
Eu, João, vi um Anjo que subia do Nascente, trazendo o selo do
Deus vivo. Ele clamou em alta voz aos quatro Anjos a quem foi dado o poder de
causar dano à terra e ao mar:
«Não causeis dano à terra nem ao mar nem às árvores até que tenhamos marcado
na fronte os servos (= os que servem) do nosso Deus».
E ouvi o número dos que foram marcados: cento e quarenta e quatro mil, de
todas as tribos dos filhos de Israel.
Depois disto, vi uma multidão imensa que ninguém podia contar de todas as
nações, tribos, povos e línguas. Estavam de pé diante do trono e na presença
do Cordeiro, vestidos com túnicas brancas e de palmas na mão.
E clamavam em alta voz: «A salvação ao nosso Deus que está sentado no trono e
ao Cordeiro».
Todos os Anjos formavam círculo em volta do trono, dos Anciãos e dos quatro
Seres Vivos. Prostraram-se diante do trono, de rosto por terra e adoraram a
Deus,
dizendo: «Ámen! A bênção e a glória, a sabedoria e a acção de graças, a
honra, o poder e a força ao nosso Deus pelos séculos dos séculos. Ámen!».
Um dos Anciãos tomou a palavra e disse-me: «Esses que estão vestidos de
túnicas brancas, quem são e de onde vieram?».
Eu respondi-lhe: «Meu Senhor, vós é que o sabeis». Ele disse-me: «São os que
vieram da grande tribulação, os que lavaram as túnicas e as branquearam no
sangue do Cordeiro».
Livro de Salmos 24(23),1-2.3-4ab.5-6.
Do Senhor é a terra e o que nela existe,
o mundo e quantos nele habitam.
Ele a fundou sobre os mares
e a consolidou sobre as águas.
Quem poderá subir à montanha do Senhor?
Quem habitará no seu santuário?
O que tem as mãos inocentes e o coração puro,
o que não invocou o seu nome em vão.
Este será abençoado pelo Senhor
e recompensado por Deus, seu Salvador.
Esta é a geração dos que O procuram,
que procuram a presença de Deus.
1ª Carta de S. João 3,1-3.
Caríssimos: Vede que admirável amor o Pai nos consagrou em nos
chamar filhos de Deus. E somo-lo de facto. Se o mundo não nos conhece, é
porque não O conheceu a Ele.
Caríssimos, agora somos filhos de Deus e ainda não se manifestou o que
havemos de ser. Mas sabemos que, na altura em que se manifestar, seremos
semelhantes a Deus porque O veremos tal como Ele é.
Todo aquele que tem n’Ele esta esperança purifica-se a si mesmo para ser puro
como Ele é puro.
Evangelho segundo S.
Mateus 5,1-12a.
Naquele tempo, ao ver as multidões, Jesus Cristo
subiu ao monte e sentou-Se. Rodearam-n’O os discípulos
e Ele começou a ensiná-los, dizendo:
«Afortunados os pobres em espírito (acho esta tradução sublinhada infeliz. parece-me mais adequado colaboradores de Deus) porque deles é o reino dos Céus.
Afortunados os que choram porque serão
consolados.
Afortunados os humildes porque possuirão
a terra.
Afortunados os que têm fome e sede de
justiça porque serão saciados.
Afortunados os misericordiosos,
porque alcançarão misericórdia.
Afortunados os puros de coração
porque estarão com Deus.
Afortunados os que promovem a paz
porque serão chamados filhos de Deus.
Afortunados os que sofrem perseguição
por amor da justiça porque deles é o reino dos Céus.
Afortunados sereis quando, por minha causa, vos insultarem, vos perseguirem
e, mentindo, disserem todo o mal contra vós.
Alegrai-vos e exultai porque é grande nos Céus a vossa recompensa».
Da Bíblia Sagrada -
Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Santa Catarina de Sena (1347-1380), terceira dominicana, doutora da Igreja,
copadroeira da Europa
O diálogo, cap. 41
«Creio na comunhão dos
santos» (Credo)
Deus disse a
Santa Catarina:
«A alma justa que termina a sua vida terrena na caridade fica a partir daí
encadeada no amor e já não pode crescer em virtude; o seu tempo acabou. Mas
pode sempre amar com o amor que tinha quando veio a Mim que é a medida do seu
amor (Lc 6,38). Deseja-Me sempre, ama-Me sempre e o seu desejo nunca é
frustrado: tem fome, é saciada e, uma vez saciada, tem mais fome; está livre
do desprazer da saciedade tanto quanto do sofrimento da fome. É no amor que
os bem-aventurados gozam da minha eterna visão e participam deste bem que
tenho em Mim mesmo e que comunico a cada um segundo a sua medida; essa medida
é o grau de amor que eles tinham
quando vieram a Mim.
Porque permaneceram na minha caridade e na do próximo e porque estão unidos
pela caridade [...], cada um alegra-se por participar do bem dos outros para
além do bem universal que já possui. Os santos partilham a alegria e o júbilo
dos anjos, no meio dos quais foram colocados [...]. Participam também, de uma
forma muito particular, na felicidade daqueles que amavam na terra mais
intimamente e com uma afeição especial. Com esse amor, eles cresciam juntos em graça e virtude, sendo uns para os
outros ocasião de manifestarem a minha glória e de louvarem o meu nome. [...]
E não perderam esse amor na vida eterna, antes o guardam para sempre. É
ele que faz superabundar a sua felicidade, pela alegria que cada um recebe
com a felicidade do
outro.»
Segunda-feira,
dia 02 de Novembro de 2015
Fiéis Defuntos
Job respondeu, dizendo:
«Quem dera que as minhas palavras fossem escritas num livro ou gravadas em
bronze
com estilete de ferro ou esculpidas em pedra para sempre!
Eu sei que o meu Redentor está vivo e no último dia Se levantará sobre a Terra.
Revestido da minha pele, estarei de pé; na minha carne verei a Deus.
Eu próprio O verei, meus olhos O hão-de contemplar». (?)
Livro de Salmos
27(26),1.4.7.8a.8b.9.13-14.
O Senhor é minha luz e salvação:
a quem hei-de temer?
O Senhor é o protector da minha vida:
de quem hei-de ter medo?
Uma coisa peço ao Senhor, por ela anseio:
habitar na casa do Senhor todos os dias da minha vida
para gozar da suavidade do Senhor
e visitar o seu santuário.
Ouvi, Senhor, a voz da minha súplica,
tende compaixão de mim e atendei-me.
O meu coração murmura por ti,
A Vós, Senhor, eu procuro:
Espero contemplar a bondade do Senhor
na terra dos vivos.
Confia no Senhor, sê forte.
Tem coragem e confia no Senhor.
Espero vir a contemplar a bondade do Senhor
na terra dos vivos.
Confia no Senhor, sê forte.
Tem coragem e confia no Senhor.
2ª Carta aos Coríntios 4,14-18.5,1.
Como sabemos, irmãos, Aquele que ressuscitou o Senhor Jesus
Cristo também nos há-de ressuscitar com Jesus Cristo e nos levará convosco
para junto d’Ele.
Tudo isto é por vossa causa, para que uma graça mais abundante multiplique os
louvores de um maior número de cristãos para glória de Deus.
Por isso, não desanimamos. Ainda que em nós o homem exterior se vá
arruinando, o homem interior vai-se renovando de dia para dia.
Porque a ligeira aflição dum momento prepara-nos, para além de toda e
qualquer medida, um peso eterno de glória.
Não olhamos para as coisas visíveis, olhamos para as invisíveis: as coisas
visíveis são passageiras, ao passo que as invisíveis são eternas.
Bem sabemos que, se esta tenda (= nosso corpo natural), que é a nossa
morada terrestre, for desfeita, recebemos nos Céus uma habitação eterna que
é obra de Deus e não é feita pela mão dos homens.
Evangelho segundo S.
Mateus 11,25-30.
Naquele tempo, Jesus Cristo exclamou: «Eu Te bendigo, ó Pai,
Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas verdades aos sábios e
inteligentes e as revelaste aos pequeninos.
Sim, Pai, Eu Te bendigo porque assim foi do teu agrado.
Tudo Me foi dado por meu Pai. Ninguém conhece o Filho senão o Pai e ninguém
conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar.
Vinde a Mim, todos os que andais cansados e oprimidos e Eu vos aliviarei.
Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de Mim que sou manso e humilde de
coração e encontrareis descanso para as vossas almas.
Porque o meu jugo é suave e a minha carga é leve».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
São Bráulio de Saragoça (c. 590-651), bispo
Carta 19
«Ao ver a viúva, o
Senhor Jesus [...] disse-lhe: "Não chores"» (Lc 7,13)
Jesus Cristo,
esperança de todos os crentes, chama aos que deixam este mundo, não mortos,
mas (vivos) adormecidos, pois diz: «Lázaro, o meu amigo, está a dormir» (Jo
11,11) (Jesus Cristo estava a referir-se ao corpo natural. O corpo natural
estava adormecido, em coma porque o corpo celeste o tinha deixado. Quando Jesus
Cristo o chamou, ele entrou no corpo natural semelhante a vaso e este
voltou a ter vida, reanimou-se); o apóstolo Paulo, por seu turno, não quer
que estejamos «tristes por causa dos que adormeceram» (1Tes 4,13). Por
isso, se a nossa fé afirma que «todos os que crêem» em Jesus Cristo,
segundo a palavra do Evangelho, «não morrerão jamais» (Jo 11,16) e se nós
sabemos que eles não estão mortos e que nós próprios não morremos, é
porque, «quando for dado o sinal, à voz do arcanjo e ao som da trombeta de
Deus, o próprio Senhor descerá do céu e os que morreram em Jesus Cristo
ressurgirão» (1Tes 4,16). Portanto, que a esperança da ressurreição nos
encoraje, pois voltaremos a ver os que tínhamos perdido. Importa que
acreditemos firmemente nele, quer dizer, que obedeçamos aos seus
mandamentos porque com o seu poder supremo Ele acorda os mortos mais
facilmente do que nós acordamos os que estão a dormir.
É isto que dizemos e, contudo não sei por que sentimento, refugiamo-nos nas
lágrimas e o sentimento da perda impede a nossa fé. Ai de nós! A condição
do homem é lamentável e vã é a nossa vida sem Jesus Cristo! Mas tu, ó morte,
que tens a crueldade de quebrar a união dos esposos e de separar os que
estão unidos pela amizade, sabe que a tua força foi destruída. O teu jugo
impiedoso foi esmagado por Aquele que te ameaçou pelas palavras do profeta
Oseias: «Ó morte, Eu serei a tua morte» (Os 13,14 Vulg). É por isso que,
com o apóstolo Paulo, lançamos este desafio: «Onde está, ó morte, a tua
vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?» (1Cor 15,55). Aquele que te
venceu resgatou-nos, entregando a sua alma bem-amada nas mãos dos ímpios
para fazer deles seus bem-amados.
Seria muito longo relembrar tudo o que na Sagrada Escritura nos deve
consolar. Baste-nos acreditar na ressurreição e erguer os olhos para a
glória do nosso Redentor porque é nele que somos já ressuscitados, como a
nossa fé nos recorda, segundo a palavra do apóstolo Paulo: «Se morremos por
Ele também com Ele reviveremos» (2Tim 2,11).
Terça-feira,
dia 03 de Novembro de 2015
Terça-feira da 31ª
semana do Tempo Comum
Irmãos: Nós, que
somos muitos, formamos em Jesus Cristo um só corpo e somos membros uns
dos outros.
Mas possuímos dons diferentes, conforme a graça que nos foi dada. Quem
tem o dom da profecia, comunique-o em harmonia com a fé;
quem tem o dom do ministério, exerça as funções do ministério; quem tem o
dom do ensino, ensine;
quem tem o dom de exortar, exorte;
quem tem a missão de repartir, faça-o
com simplicidade;
quem preside, faça-o com zelo;
quem exerce misericórdia, faça-o com
alegria.
Seja a vossa caridade sem fingimento.
Detestai
o mal e aderi ao bem.
Amai-vos uns aos outros com amor fraterno;
rivalizai uns com os outros na estima
recíproca.
Não sejais indolentes no zelo, mas fervorosos no espírito;
dedicai-vos ao serviço do Senhor.
Sede alegres na esperança, pacientes na tribulação, perseverantes na
oração.
Acudi com a vossa parte às necessidades dos cristãos;
praticai generosamente a
hospitalidade.
Bendizei aqueles que vos perseguem;
abençoai
e não amaldiçoeis.
Alegrai-vos com os que estão alegres, chorai com os que choram.
Vivei em harmonia uns com os outros.
Não aspireis às grandezas, mas
conformai-vos com o que é humilde.
Livro de Salmos 131(130),1.2.3.
Senhor, não se
eleva soberbo o meu coração
nem se levantam altivos os meus olhos.
Não ambiciono riquezas
nem coisas superiores a mim.
Antes fico sossegado e tranquilo
como criança ao colo da mãe.
Espera, Israel, no Senhor
agora e para sempre.
Evangelho segundo S. Lucas 14,15-24.
Naquele tempo, disse a Jesus Cristo um dos que estavam com
Ele à mesa: «Afortunado é quem tomar parte no banquete do reino de Deus».
Respondeu-lhe Jesus Cristo: «Certo homem preparou um grande banquete e
convidou muita gente.
À hora do festim, enviou um servo para dizer aos convidados: ‘Vinde que
está tudo pronto’.
Mas todos eles se foram desculpando. O primeiro disse: ‘Comprei um campo
e preciso de ir vê-lo. Peço-te que me dispenses’.
Outro disse: ‘Comprei cinco juntas de bois e vou experimentá-las. Peço-te
que me dispenses’.
E outro disse: ‘Casei-me e por isso não posso ir’.
Ao voltar, o servo contou tudo isso ao seu senhor. Então o dono da casa
indignou-se e disse ao servo: ‘Vai depressa pelas praças e ruas da cidade
e traz para aqui os pobres, os aleijados, os cegos e os coxos’.
No fim, o servo disse: ‘Senhor, as tuas ordens foram cumpridas, mas ainda
há lugar’.
O dono da casa disse então ao servo: ‘Vai pelos caminhos e azinhagas e
obriga toda a gente a entrar para que a minha casa fique cheia.
Porque eu vos digo que nenhum daqueles que foram convidados provará do
meu banquete’».(quem foram os convidados? Os que viviam em Igreja, faziam
parte da Igreja; mas “nenhum daqueles que foram convidados provará do meu
banquete”, isto é, não ficará na Casa do Senhor ‘porque estes têm medo de
ir para lá’)
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Divina Liturgia de São Basílio (século IV)
Oração eucarística, I Parte
«Vai pelos
caminhos e azinhagas e obriga toda a gente a entrar para que a minha casa
fique cheia»
Santo,
santo, Tu és verdadeiramente santo, Senhor Deus, e não há limite para a
grandeza da tua santidade: Tu dispuseste todas as coisas com correcção e
justeza. Modelaste o homem com o barro da terra, honraste-o com a imagem
do próprio Deus, colocaste-o num paraíso de delícias, prometendo-lhe – se
observasse os mandamentos – a imortalidade e o gozo dos bens eternos. Mas
ele transgrediu os teus mandamentos, Deus verdadeiro, e, seduzido pela
malícia da serpente (= egoísmo), vítima do seu próprio pecado,
submeteu-se à morte. Pelo teu justo juízo, foi expulso do Paraíso para
este mundo, reenviado para a terra de onde havia sido tirado.
Mas Tu dispuseste para ele, no teu Jesus Cristo, a salvação pelo novo
nascimento, pois não rejeitaste para sempre a criatura que havias criado
na tua bondade; velaste por ela de muitas maneiras na grandeza da tua
misericórdia. Enviaste profetas, fizeste milagres pelos santos que, em
cada geração, Te foram agradáveis; deste-nos a Lei para nos socorrer;
estabeleceste os anjos para nos guardarem.
E, ao chegar a plenitude dos tempos, falaste-nos no teu único Filho por
Quem criaste o universo; Ele que é o esplendor da tua glória e a imagem
da tua natureza; Ele que tudo realiza pelo poder da sua palavra; Ele que
não preservou ciosamente a sua igualdade com Deus mas, desde toda a
eternidade, veio à Terra, viveu com os homens, tomou carne na Virgem Maria,
aceitou a condição de servo (= Aquele que serve) e assumiu o nosso corpo
miserável para nos tornar conformes ao seu corpo de glória (Heb 1,2-3;
Fil 2,6-7; 3,21).
E como foi pelo homem que o pecado entrou no mundo – e, pelo pecado, a
morte –, agradou ao Filho único, a Ele que Se encontrava eternamente no
teu seio, ó Pai, mas que nasceu de mulher, condenar o pecado na sua carne
a fim de que aqueles que haviam morrido em Adão tivessem a plenitude da
vida em Jesus Cristo (Rom 5,12; 8,3). Enquanto viveu neste mundo, Ele
deu-nos preceitos de salvação, desviou-nos do erro dos ídolos,
levando-nos a conhecer-Te, a Ti, Deus verdadeiro. Desse modo,
conquistou-nos para Si como povo escolhido, sacerdócio real, nação santa
(1Ped 2,9).
Quarta-feira,
dia 04 de Novembro de 2015
Quarta-feira da
31ª semana do Tempo Comum
Irmãos: Não devais a ninguém coisa
alguma a não ser o amor de uns para com os outros, pois quem ama o
próximo cumpre a lei.
De facto, os mandamentos que dizem: «Não cometerás adultério, não
matarás, não furtarás, não cobiçarás» e todos os outros mandamentos,
resumem-se nestas palavras: «Amarás
ao próximo como a ti mesmo».
A caridade não faz mal ao próximo. A caridade é o pleno cumprimento da
lei.
Livro de Salmos
112(111),1-2.4-5.9.
Feliz o homem que
adora o Senhor
e ama ardentemente os seus preceitos.
A sua descendência será poderosa sobre a Terra,
será abençoada a geração dos justos.
Brilha aos homens rectos como luz nas trevas,
o homem misericordioso, compassivo e justo.
Ditoso o homem que se compadece e empresta
e dispõe das suas coisas com justiça.
O seu coração é inabalável, nada teme
reparte com largueza pelos pobres,
a sua generosidade permanece para sempre
e pode levantar a fronte com dignidade.
Evangelho segundo S. Lucas 14,25-33.
Naquele tempo,
seguia Jesus Cristo uma grande multidão. Jesus Cristo voltou-Se e
disse-lhes:
«Se alguém vem ter comigo e não Me preferir ao pai, à mãe, à esposa,
aos filhos, aos irmãos, às irmãs e até à própria vida, não pode ser meu
discípulo.
Quem não toma a sua cruz para Me seguir, não pode ser meu discípulo.(=
primeiro toma-se a nossa cruz, carma de tudo o que temos para ser
burilado, aperfeiçoado; depois quando esta está ultrapassada toma-se a
cruz de Jesus Cristo que é a das injustiças, maldades, invejas,… sobre
nós. Conseguimos ultrapassar as duas cruzes porque somos levados ao
colo e tudo entregamos para libertar o nosso coração; não para que outros
carreguem o que existia em nós, mas para que haja análise e decisão
divina sobre isso)
Quem de vós, desejando construir uma torre, não se senta primeiro a
calcular a despesa para ver se tem com que terminá-la?
Não suceda que, depois de assentar os alicerces, se mostre incapaz de a
concluir e todos os que olharem comecem a fazer troça, dizendo:
‘Esse homem começou a edificar, mas não foi capaz de concluir’.
E qual é o rei que parte para a guerra contra outro rei e não se senta
primeiro a considerar se é capaz de se opor, com dez mil soldados,
àquele que vem contra ele com vinte mil?
Aliás, enquanto o outro ainda está longe, manda-lhe uma delegação a
pedir as condições de paz.
Assim quem de entre vós não renunciar a todos os seus bens, não pode
ser meu discípulo».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
São João Cassiano (c. 360-435), fundador de mosteiro em Marselha
Conferências 3, 6-7
Renunciar a
todos os bens
Segundo
a tradição dos Padres e a autoridade das Sagradas Escrituras, as
renúncias são em número de três. […] A primeira diz respeito às coisas
materiais: devemos desprezar as riquezas e todos os bens deste mundo.
Pela segunda, repudiamos a nossa antiga maneira de viver, os vícios e
as paixões da alma e da carne. Pela terceira, distanciamos o nosso
espírito de todas as realidades presentes e visíveis para contemplarmos
apenas as realidades futuras e desejarmos apenas as realidades
invisíveis. Estas renúncias devem ser observadas em conjunto como o
Senhor ordenou a Abraão quando lhe disse: «Deixa a tua terra, a tua
família e a casa de teu pai» (Gn 12,1).
«Deixa a tua terra» – isto é, as riquezas da terra – disse-lhe em
primeiro lugar. Em segundo lugar disse-lhe: «Deixa a tua família», isto
é, os hábitos e os vícios passados que, agregando-se a nós desde o dia
em que nascemos, estão estreitamente unidos a nós por uma espécie de
parentesco. E em terceiro lugar, «Deixa a casa de teu pai», quer dizer,
todas as ligações a este mundo que se apresentam aos nossos olhos. […]
Contemplemos, como diz o Apóstolo Paulo, «não as coisas visíveis, mas
as invisíveis porque as visíveis são passageiras, ao passo que as
invisíveis são eternas» (2Cor 4,18) […]; «nós, porém somos cidadãos do
céu» (Fil 3,20). […] Sairemos, pois da casa do nosso antigo pai,
daquele que era nosso pai segundo o homem velho desde o dia em que
nascemos, desde que «éramos por natureza filhos da ira como os demais»
(Ef 2,3) e transferiremos toda a nossa atenção, todo o nosso espírito
para as coisas celestes. […] Então a nossa alma elevar-se-á até ao
mundo invisível pela meditação constante das coisas de Deus e pela
contemplação espiritual.
Quinta-feira, dia 05 de Novembro de 2015
Quinta-feira
da 31ª semana do Tempo Comum
Irmãos: Nenhum
de nós vive para si mesmo e nenhum de nós morre para si mesmo.
Se vivemos, vivemos para o Senhor e se morremos, morremos para o
Senhor. Portanto, quer vivamos quer morramos, pertencemos ao Senhor.
Na verdade, Jesus Cristo morreu e ressuscitou para ser o Senhor dos
mortos e dos vivos.
Mas tu, porque julgas o teu irmão? Porque desprezas o teu irmão?
Todos havemos de comparecer diante do tribunal de Deus
como está escrito: «Por minha vida, diz o Senhor, todo o joelho se
dobrará diante de Mim e toda a língua dará glória a Deus».
Portanto cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus.
Livro de
Salmos 27(26),1.4.13-14.
O Senhor é
minha luz e salvação:
a quem hei-de temer?
O Senhor é o protector da minha vida:
de quem hei-de ter medo?
Uma coisa peço ao Senhor, por ela anseio:
habitar na casa do Senhor todos os dias da minha vida
para gozar da suavidade do Senhor
e visitar o seu santuário.
Espero vir a contemplar a bondade do Senhor
na terra dos vivos.
Confia no Senhor, sê forte.
Tem coragem e confia no Senhor.
Evangelho segundo S. Lucas 15,1-10.
Naquele tempo,
os publicanos e os pecadores aproximavam-se todos de Jesus Cristo para
O ouvirem.
Mas os fariseus e os escribas murmuravam entre si, dizendo: «Este
homem acolhe os pecadores e come com eles».
Jesus Cristo disse-lhes então a seguinte parábola:
«Quem de vós que possua cem ovelhas e tenha perdido uma delas, não
deixa as outras noventa e nove no deserto para ir à procura da que
anda perdida até a encontrar?
Quando a encontra, põe-na alegremente aos ombros
e, ao chegar a casa, chama os amigos e vizinhos e diz-lhes:
‘Alegrai-vos comigo porque encontrei a minha ovelha perdida’.
Eu vos digo: Assim haverá mais alegria no Céu por um só pecador que
se arrependa do que por noventa e nove justos que não precisam de
arrependimento.
Ou então, qual é a mulher que, possuindo dez dracmas e tendo perdido
uma, não acende uma lâmpada, varre a casa e procura cuidadosamente a
moeda até a encontrar?
Quando a encontra, chama as amigas e vizinhas e diz-lhes:
‘Alegrai-vos comigo porque encontrei a dracma perdida’.
Eu vos digo: Assim haverá alegria entre os Anjos de Deus por um só
pecador que se arrependa».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Beato Charles de Foucauld (1858-1916), eremita e missionário no Saara
Retiro em Nazaré, Novembro de 1897
À procura da
ovelha perdida
Ia-me
afastando mais e mais de Vós, meu Senhor e minha vida, e a minha vida
começava a ser uma morte, ou antes, era já uma morte a vossos olhos.
E neste estado de morte me conserváveis ainda. [...] A fé tinha
desaparecido por completo, mas o respeito e a estima haviam
permanecido intactos. Concedíeis-me outras graças, Senhor Deus,
mantínheis em mim o gosto pelo estudo, pelas leituras sérias, pelas
coisas belas, a repugnância pelo vício e pela fealdade. Fazia o mal,
mas não o aprovava nem o amava. [...] Dáveis-me essa vaga inquietação
de uma má consciência que, por adormecida que esteja, nem por isso
está morta.
Nunca senti esta tristeza, este mal-estar, esta inquietação, senão
nessa altura. Era, pois um dom vosso, Senhor Deus; que longe estava
eu de suspeitar de que assim fosse! Que bom sois! E ao mesmo tempo
que impedíeis a minha alma, por essa invenção do vosso amor, de se
afundar irremediavelmente, preserváveis o meu corpo: pois se tivesse
morrido nessa altura, teria ido para o inferno. [...] Os perigos da
viagem, tão grandes e tão numerosos, de que me fizestes sair como que
por milagre! A saúde inalterável nos lugares mais malsãos, apesar de
tão grandes fadigas! Ó meu Deus, como tínheis a vossa mão sobre mim e
quão pouco eu a sentia! Como me protegestes! Como me abrigastes sob a
vossa protecção quando eu nem sequer acreditava na vossa existência!
E enquanto assim me protegíeis, e o tempo ia passando, parecia-Vos
que tinha chegado o momento de me reconduzir ao cercado.
Desfizestes, apesar de mim, todos os laços maus que me teriam mantido
afastado de Vós; desfizestes mesmo todos os laços bons que me teriam
impedido de ser, um dia, todo vosso. [...] Foi a vossa mão, e só ela,
que fez disto o começo, o meio e o fim. Que bom sois! Era necessário
fazê-lo para preparar a minha alma para a verdade; o demónio é
excessivamente senhor de uma alma que não é casta para nela deixar
entrar a verdade; não podíeis entrar, meu Deus, numa alma onde o
demónio das paixões imundas reinava como senhor. Queríeis entrar na
minha, ó Bom Pastor, e fostes Vós que dela expulsastes o vosso
inimigo.
Sexta-feira, dia 06 de Novembro de 2015
Sexta-feira da 31ª semana do Tempo Comum
A vosso
respeito, irmãos, estou pessoalmente convencido de que estais
cheios de bondade, plenos de conhecimento e preparados para vos
advertirdes mutuamente.
Todavia, para reavivar a vossa memória, escrevi-vos com certa
ousadia nalguns pontos, em virtude da graça que me foi concedida
por Deus.
Porque Ele me fez ministro de Cristo Jesus junto dos gentios para
exercer o sagrado ministério do Evangelho de Deus a fim de que a
oblação dos gentios, santificada pelo Espírito Santo, seja
agradável a Deus.
Tenho, portanto motivos para me gloriar no que se refere ao serviço
de Deus.
Mas eu não ousaria falar senão do que Jesus Cristo realizou por meu
intermédio para levar os gentios à obediência da fé, pela palavra e
pela acção,
pelo poder dos sinais e prodígios, pelo poder do Espírito de Deus.
Assim desde Jerusalém e regiões vizinhas até à Ilíria, dei a
conhecer plenamente o Evangelho de Jesus Cristo.
Tive, contudo a preocupação de só pregar o Evangelho onde ainda não
se tinha invocado o nome de Jesus Cristo para não construir em
alicerce alheio.
Deste modo faço o que diz a Escritura: «Hão-de vê-l’O aqueles a
quem não foi anunciado e conhecê-l’O os que d’Ele não ouviram
falar».
Livro de
Salmos 98(97),1.2-3ab.3cd-4.
Cantai ao
Senhor um cântico novo
pelas maravilhas que Ele operou.
A sua mão e o seu santo braço
Lhe deram a vitória.
O Senhor deu a conhecer a salvação,
revelou aos olhos das nações a sua justiça.
Recordou-Se da sua bondade e fidelidade
em favor da casa de Israel.
Os confins da terra puderam ver
a salvação do nosso Deus.
Aclamai o Senhor, Terra inteira,
exultai de alegria e cantai.
Evangelho segundo S. Lucas 16,1-8.
Naquele
tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Um homem rico tinha
um administrador que foi denunciado por andar a desperdiçar os seus
bens.
Mandou chamá-lo e disse-lhe: ‘Que é isto que ouço dizer de ti?
Presta contas da tua administração porque já não podes continuar a
administrar’.
O administrador disse consigo: ‘Que hei-de fazer, agora que o meu
senhor me vai tirar a administração? Para cavar não tenho forças,
de mendigar tenho vergonha.
Já sei o que hei-de fazer para que, ao ser despedido da
administração, alguém me receba em sua casa’.
Mandou chamar um por um os devedores do seu senhor e disse ao
primeiro: ‘Quanto deves ao meu senhor?’.
Ele respondeu: ‘Cem talhas de azeite’. O administrador disse-lhe:
‘Toma a tua conta: senta-te depressa e escreve cinquenta’.
A seguir disse a outro: ‘E tu quanto deves?’ Ele respondeu: ‘Cem
medidas de trigo’. Disse-lhe o administrador: ‘Toma a tua conta e
escreve oitenta’.
E o senhor elogiou o administrador desonesto por ter procedido com
esperteza. De facto, os filhos deste mundo são mais espertos do que
os filhos da luz no trato com os seus semelhantes».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos
Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
São Gregório de Nazianzo (330-390), bispo, doutor da Igreja
14ª homilia sobre o amor aos pobres, 38.40
«Um pobre
estava deitado à sua porta»
«Afortunados
os misericordiosos», diz o Senhor, «pois alcançarão misericórdia»
(Mt 5,7). A misericórdia não é a menor das bem-aventuranças: «afortunado
o que compreende o pobre e o fraco» e também: «o homem bom
compadece-se e partilha» ou ainda: «sempre o justo se compadece e
empresta». Façamos, pois nossa esta bem-aventurança: saibamos
compreender, sejamos bons.
Nem a noite deve deter a tua misericórdia; «não digas: volta amanhã
e logo te darei» (Prov 3,28). Que não haja hesitação entre a tua
primeira reacção e a tua generosidade. [...] «Partilha o teu pão
com aquele que tem fome, recolhe em tua casa o infeliz sem abrigo»
(Is 58,7) e fá-lo de boa vontade. «Aquele que exerce a misericórdia»,
diz S. Paulo, «que o faça com alegria» (Rom 12,8).
O teu mérito será redobrado pelo teu zelo; uma dádiva feita com
contrariedade e por obrigação não tem graça nem fulgor. É com um
coração em festa e sem lamentos que devemos fazer o bem. [...]
Então a luz jorrará como a aurora e as nossas forças não tardarão a
restabelecer-se. E haverá quem não deseje a luz e a cura? [...]
Por isso, servos de Jesus Cristo, seus irmãos e seus co-herdeiros
(Gal 4,7), sempre que tenhamos oportunidade, visitemos Jesus Cristo,
alimentemos Jesus Cristo, agasalhemos Jesus Cristo, abriguemos Jesus
Cristo, honremos Jesus Cristo (cf Mt 25,31s). Não só sentando-O à
nossa mesa, como alguns fizeram, ou cobrindo-O de perfumes como
Maria de Magdala ou participando na sua sepultura como Nicodemos.
[...] Nem com ouro, incenso e mirra como os magos, [...] pois o
Senhor do universo «quer a misericórdia e não o sacrifício» (Mt
9,13), prefere a nossa compaixão a milhares de cordeiros gordos
(Miq 6,7). Apresentemos-Lhe, pois a nossa misericórdia pela mão
desses infelizes que jazem hoje por terra para que, no dia em que
partirmos daqui, eles nos «conduzam à morada eterna» (Lc 16,9), ao
próprio Jesus Cristo, nosso Senhor.
Sábado, dia 07 de Novembro de 2015
Sábado da 31a semana do Tempo Comum
Irmãos:
Saudai Prisca e Áquila, meus colaboradores na obra de Cristo
Jesus,
que arriscaram a cabeça para me salvar a vida. – Não sou só eu
que lhes estou agradecido, mas todas as Igrejas dos gentios –.
Saudai também a Igreja que se reúne em sua casa. Saudai o meu
querido Epéneto, primícias da Ásia para Jesus Cristo.
Saudai Maria que tanto trabalhou por vós.
Saudai Andrónico e Júnia, meus parentes e companheiros de prisão,
apóstolos eminentes que me precederam na fé em Jesus Cristo.
Saudai Ampliato, meu amigo no Senhor.
Saudai Urbano, nosso colaborador na obra de Jesus Cristo e o meu
amigo Estáquis.
Saudai-vos uns aos outros com o ósculo santo. Todas as Igrejas de
Jesus Cristo vos saúdam.
Também eu, Tércio, que escrevi esta carta, vos saúdo no Senhor –.
Saúda-vos Gaio que me hospedou a mim e a toda a Igreja
e Erasto, o tesoureiro da cidade, e também o nosso irmão Quarto.
Seja dada glória a Deus que tem o poder de vos confirmar, segundo
o Evangelho que eu proclamo, anunciando Jesus Cristo. Esta é a
revelação do mistério que estava encoberto desde os tempos
eternos,
mas agora foi manifestado e dado a conhecer a todos os povos
pelas escrituras dos Profetas, segundo a ordem do Deus eterno
para que eles sejam conduzidos à obediência da fé.
A Deus, o único sábio, por Jesus Cristo, seja dada glória pelos
séculos dos séculos. Amen.
Livro de
Salmos 145(144),2-3.4-5.10-11.
Quero
bendizer-Vos dia após dia
e louvar o vosso nome para sempre.
O Senhor é grande e digno de louvor,
insondável é a sua grandeza.
Uma geração anuncia à outra as vossas obras
e todas proclamam o vosso poder.
Falam do esplendor da vossa majestade
e anunciam as vossas maravilhas.
Que Vos louvem, Senhor, todas as criaturas
e bendigam-Vos os vossos fiéis.
Proclamem a glória do vosso reino
e anunciem os vossos feitos gloriosos.
Evangelho segundo S. Lucas 16,9-15.
Naquele
tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Arranjai amigos
com o vil dinheiro para que, quando este vier a faltar, eles vos
recebam nas moradas eternas.
Quem é fiel nas coisas pequenas também é fiel nas grandes e quem
é injusto nas coisas pequenas, também é injusto nas grandes.
Se não fostes fiéis no que se refere ao vil dinheiro, quem vos
confiará o verdadeiro bem?
E se não fostes fiéis no bem alheio, quem vos entregará o que é
vosso?
Nenhum servo pode servir a dois senhores porque ou não gosta de
um deles e estima o outro ou se dedicará a um e desprezará o
outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro».
Os fariseus, que eram amigos de dinheiro, ouviam tudo isto e
escarneciam de Jesus Cristo.
Então Jesus Cristo disse-lhes: «Vós quereis passar por justos aos
olhos dos homens, mas Deus conhece os vossos corações. O que vale
muito para os homens nada vale aos olhos de Deus».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
São Gregório de Nazianzo (330-390), bispo, doutor da Igreja
Homilia 14, sobre o amor dos pobres, §§ 23-25; PG 35,887
«Quem é
fiel no pouco também é fiel no muito»
Tens
de saber de onde te vem a existência, o sopro de vida, a
inteligência e aquilo que há de mais precioso, o conhecimento de
Deus, de onde te vem a esperança do Reino dos céus e a de
contemplar a glória que hoje vês de maneira obscura como num
espelho, mas que verás amanhã em toda a sua pureza e brilho (1Cor
13, 12). De onde te vem o facto de seres filho de Deus, herdeiro
com Jesus Cristo (Rom 8, 16-17)? De onde te vem tudo isto e
através de quem?
Ou ainda, falando de coisas menos importantes, as que se vêem:
quem te deu a beleza do céu, o curso do sol, o ciclo da lua, as
incontáveis estrelas e a harmonia e a ordem que as regem? [...]
Quem te deu a chuva, a agricultura, os alimentos, as artes, as
leis, a cidade, uma vida civilizada, relações familiares com os
teus semelhantes?
Não foi Aquele que, antes de mais nada e em paga de todas as suas
dádivas, te pede que ames os homens? [...] Se Ele, o nosso Deus e
nosso Senhor, não tem vergonha de ser chamado nosso Pai, podemos
nós renegar os nossos irmãos? Não, meus irmãos e meus amigos, não
sejamos administradores infiéis dos bens que nos são confiados.©
http://goo.gl/RSVXh5 site
da Confraria dos
Bolos D. Rodrigo, Lagos, Portugal
Os meus filmes
2.º – O Cemitério de Lagos
3.º – Lagos e a sua Costa Dourada
4.º –
Natal de 2012
5.º – Tempo de Poesia
Os meus blogues
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http://www.descubriter.com/pt/ Rota
Europeia dos Descobrimentos
http://www.psd.pt/ Homepage - “Povo Livre” -
Arquivo - PDF
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terço todos os dias
(livros, música, postais, … cristãos)
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