sábado, 7 de novembro de 2015

Cristianismo 127 até 10-10-2015


"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68

Domingo, dia 04 de Outubro de 2015

27º Domingo do Tempo Comum - Ano B

Disse o Senhor Deus: «Não é bom que o homem esteja só: vou dar-lhe uma auxiliar semelhante a ele».
Então o Senhor Deus, depois de ter formado da terra todos os animais do campo e todas as aves do céu, conduziu-os até junto do homem para ver como ele os chamaria a fim de que todos os seres vivos fossem conhecidos pelo nome que o homem lhes desse.
O homem chamou pelos seus nomes todos os animais domésticos, todas as aves do céu e todos os animais do campo. Mas não encontrou uma companheira semelhante a ele.
Então o Senhor Deus fez descer sobre o homem um sono profundo e, enquanto ele dormia, tirou-lhe uma costela, fazendo crescer a carne em seu lugar.
Da costela do homem o Senhor Deus formou a mulher e apresentou-a ao homem.
Ao vê-la, o homem exclamou: «Esta é realmente osso dos meus ossos e carne da minha carne. Chamar-se-á mulher porque foi tirada do homem».
Por isso o homem deixará pai e mãe para se unir à sua esposa e os dois serão uma só carne. (não se encontra a nossa cara-metade quando se quer ou apenas na juventude, mas quando faz sentido para as nossas vidas segundo os desígnios do Senhor Deus para a nossa evolução. Deus tem para nós o Bem e escolhe o Bem para nós; agora dentro do Bem há uma grande panóplia de possibilidades que o Senhor Deus põe à nossa disposição e nos dá o livre arbítrio, isto é, de acordo com as nossas escolhas temos causas para nos ser possível alcançar as nossas escolhas e temos consequências que advêm das nossas escolhas boas ou más, adequadas ou inadequadas a nós. Deus não tem culpa disso; só nós! É triste culparmos Deus do que nos acontece quando somos nós que escolhemos esses caminhos. Tratamos Deus como se Ele fosse o nosso expiador, o mais insignificante dos escravos. Isto é do pior dos ateus que se dizem crentes.
Por outro lado, os protótipos da Criação foram sendo feitos numa linha de evolução e utilizando os anteriores nos seguintes. Os últimos foram o homem e a mulher; porém há algo muito importante, nesta cadeia o homem está dependente da mulher, a mulher o complementa e a mulher, estando numa posição de charneira, está muito dependente/ligada a Deus, ao divino, ao espiritual e são os seres mais dependentes de todos os outros seres, da natureza. Nunca esquecer que Deus é Amor = Afectos Bons. Os do Bem precisam/carecem de afectos; os das trevas são insensíveis, despojados de sentimentos porque sem Deus. Que ninguém que queira ser do Bem esqueça isto. Se a natureza for destruída, nós, homens e mulheres, seremos dos primeiros porque são todos os outros que nos fazem sem deficiência e nos alimentam.
Daqui a nossa posição de humildade, reconhecimento por todo o resto da natureza e não-superioridade porque não temos o direito de dominar os outros (só domina quem não tem nem capacidades nem saber-fazer). O Senhor Deus pôs tudo à nossa disposição, não para dominarmos, mas sim para usufruirmos e gerirmos bem no sentido do bem de todos. Por tudo o que foi dito anteriormente se gerirmos mal destruímos os outros, mas principalmente a nós, os causadores. Neste processo de evolução, na altura adequada, o homem une-se à mulher para formar uma nova família/ célula e, inconscientemente os dois vão procurar fazer melhor do que os seus progenitores no todo ou em parte se se identificam com o todo e aqui está o cerne da nossa evolução e cada vez mais próximos do Senhor Deus nos Seus colaboradores e servidores entre os quais o Senhor Jesus Cristo, Senhor dos seres humanos.)    

Livro de Salmos 128(127),1-2.3.4-5.6.
Feliz de ti que amas o Senhor e andas nos seus caminhos.
Comerás do trabalho das tuas mãos, serás feliz e tudo te correrá bem.
Tua esposa será como videira fecunda no íntimo do teu lar; teus filhos como ramos de oliveira ao redor da tua mesa.
Assim será abençoado o homem que adora o Senhor.
De Sião o Senhor te abençoe: vejas a prosperidade de Jerusalém todos os dias da tua vida
e possas ver os filhos dos teus filhos. Paz a Israel.


Carta aos Hebreus 2,9-11.
Irmãos: Jesus Cristo que, por um pouco, foi inferior aos Anjos, vemo-l’O agora coroado de glória e de honra por causa da morte que sofreu, pois era necessário que, pela graça de Deus, experimentasse a morte em proveito de todos.
Convinha na verdade que Deus, origem e fim de todas as coisas, querendo conduzir muitos filhos para a sua glória, levasse à glória perfeita, pelo sofrimento, o autor da salvação.
Pois Aquele que santifica e os que são santificados procedem todos de um só. Por isso não Se envergonha de lhes chamar irmãos.

Evangelho segundo S. Marcos 10,2-16.
Naquele tempo, aproximaram-se de Jesus Cristo uns fariseus que, para O porem à prova, perguntaram-Lhe: «Pode um homem repudiar a sua esposa?».
Jesus Cristo disse-lhes: «Que vos ordenou Moisés?».
Eles responderam: «Moisés permitiu que se passasse um certificado de divórcio para se repudiar a esposa».
Jesus Cristo disse-lhes: «Foi por causa da dureza do vosso coração que ele vos deixou essa lei.
Mas no princípio da criação, ‘Deus fê-los homem e mulher.
Por isso, o homem deixará pai e mãe para se unir à sua esposa
e os dois serão uma só carne’. Deste modo já não são dois, mas uma só carne.
Portanto não separe o homem os que Deus uniu».
Em casa, os discípulos interrogaram-n’O de novo sobre este assunto.
Jesus Cristo disse-lhes então: «Quem repudiar a sua esposa e casar com outra, comete adultério contra a primeira.
E se a mulher repudiar o seu marido e casar com outro, comete adultério».
Apresentaram a Jesus Cristo umas crianças para que Ele lhes tocasse, mas os discípulos afastavam-nas.
Jesus Cristo, ao ver isto, indignou-Se e disse-lhes: «Deixai vir a Mim as criancinhas, não as estorveis: dos que são como elas é o reino de Deus.
Em verdade vos digo: Quem não acolher o reino de Deus como uma criança, não entrará nele».
E abraçando-as, começou a abençoá-las, impondo as mãos sobre elas.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos -
www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São João Paulo II (1920-2005), papa
Homilia de 19 Outubro de 1980

«Já não são dois, mas um só».

«Os que Deus uniu, não o separe o homem» (Mt 19,6). Nesta expressão está contida a grandeza essencial do matrimónio e, ao mesmo tempo, a unidade moral da família. Hoje pedimos essa grandeza e essa dignidade para todos os esposos do mundo; pedimos essa potência sacramental e essa unidade moral para todas as famílias. E pedimo-lo para o bem do homem! Para o bem de cada um dos homens. O homem não tem outro caminho para a humanidade senão através da família. E a família deve ser colocada como o fundamento mesmo de toda a solicitude pelo bem do homem e de todo o esforço para o nosso mundo ser cada vez mais humano. Ninguém pode subtrair-se a esta solicitude: nenhuma sociedade, nenhum povo, nenhum sistema; nem o Estado nem a Igreja nem sequer o indivíduo.
O amor (no universo das trevas – a posse; no universo do Bem o afecto maior – o Amor) que une o homem e a mulher como cônjuges e pais é, ao mesmo tempo, dom e mandamento. O amor é dom: «vem de Deus e todo aquele que ama nasceu de Deus e conhece-O» (1Jo 4,7). E ao mesmo tempo, o amor é mandamento, é o maior mandamento «Amarás...» (Mt 22,37). Cumprir o mandamento do amor significa praticar todos os deveres da família cristã. Afinal todos se reduzem a ele: a fidelidade e a honestidade conjugal, a paternidade responsável e a educação. A «pequena Igreja», a Igreja doméstica, significa a família que vive no espírito do mandamento do amor a sua verdade interior, o seu esforço diário, a sua beleza espiritual e a sua força. [...] Se Deus é amado sobre todas as coisas então também o homem ama e é amado com toda a plenitude do amor acessível a ele. Se se destrói esta estrutura inseparável de que fala o mandamento de Jesus Cristo, então o amor do homem apartar-se-á da sua raiz mais profunda, perderá a raiz da plenitude e da verdade que lhe são essenciais.
Imploremos para todas as famílias cristãs, para todas as famílias do mundo, esta plenitude e verdade do amor, indicada pelo mandamento de Jesus Cristo.

Segunda-feira, dia 05 de Outubro de 2015

Segunda-feira da 27ª semana do Tempo Comum

A palavra do Senhor foi dirigida a Jonas, filho de Amitai:
«Levanta-te e vai à grande cidade de Nínive e anuncia-lhe que a fama da sua malícia chegou à minha presença».
Jonas levantou-se a fim de fugir para Társis, para longe da presença do Senhor. Desceu a Jope onde encontrou um navio que ia para Társis. Pagou a sua passagem e embarcou a fim de seguir com os viajantes para Társis, para longe da presença do Senhor.
Mas o Senhor fez que soprasse um forte vento sobre o mar e levantou-se uma grande tempestade a ponto de o navio ameaçar afundar-se.
Os marinheiros estavam aterrados e começou cada qual a clamar pelo seu deus. Para aliviarem o navio, deitaram a carga ao mar. Entretanto Jonas tinha descido ao porão do navio e, deitado, dormia profundamente.
O capitão foi ter com ele e disse-lhe: «Como podes dormir? Levanta-te e invoca o teu Deus. Talvez Ele Se lembre de nós e não pereçamos».
Os tripulantes disseram uns para os outros: «Vamos deitar sortes para sabermos quem é o responsável desta desgraça». Deitaram sortes e a sorte caiu sobre Jonas.
Então disseram-lhe: «Declara-nos por que motivo nos vem esta desgraça. Qual é a tua profissão? Donde vens? Qual é a tua terra e a que povo pertences?».
Jonas respondeu-lhes: «Eu sou hebreu e presto culto ao Senhor, Deus do Céu, que fez o mar e a terra».
Então aqueles homens sentiram um grande temor e disseram-lhe: «Que fizeste? – Pelo que Jonas lhes tinha contado, eles sabiam que fugia da presença do Senhor
– Que havemos de fazer-te para que o mar se acalme à nossa volta?». É que o mar tornava-se cada vez mais impetuoso.
Jonas disse-lhes: «Agarrai-me e lançai-me ao mar e o mar acalmar-se-á à vossa volta porque eu sei que é por minha causa que esta grande tormenta caiu sobre vós».
Os marinheiros remaram, tentando alcançar a costa, mas em vão porque o mar se agitava cada vez mais contra eles.
Então invocaram o Senhor, dizendo: «Ah, Senhor! Não queremos morrer por causa deste homem; mas não nos torneis responsáveis pela morte de um inocente porque Vós, Senhor, fareis o que Vos agrada».
Pegaram em Jonas e lançaram-no ao mar e o mar acalmou a sua fúria.
Aqueles homens começaram a temer muito o Senhor; ofereceram-Lhe um sacrifício e fizeram-Lhe votos.
Então o Senhor enviou um grande peixe para engolir Jonas e Jonas ficou nas entranhas do peixe três dias e três noites.
Por fim, o Senhor ordenou ao peixe que vomitasse Jonas na praia.

Livro de Jonas 2,2.3.4.5.8.
«Na minha aflição invoquei o Senhor
e Ele ouviu-me.
Clamei a ti do meio da morada dos mortos
e Tu ouviste a minha voz.

Lançastes-me no profundo abismo dos mares
e as ondas me envolveram;
as vossas torrentes e vagas

Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos -
www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São Gregório de Nissa (c. 335-395), monge, bispo
Homilia 15 sobre o Cântico dos Cânticos

O bom samaritano

«Este é o meu amado; este é o meu amigo, mulheres de Jerusalém» (Ct 5,16). A Esposa do Cântico mostra aquele que procurava, dizendo: «Eis quem eu procuro, Aquele que, para Se tornar nosso irmão, veio de Judá. Tornou-Se amigo daquele que caiu nas mãos dos salteadores; curou as suas feridas com azeite, vinho e ligaduras; içou-o para a sua própria montada; levou-o para uma estalagem; deu duas moedas de prata para que cuidassem dele e prometeu pagar, quando regressasse, o que tivessem gastado no cumprimento das suas ordens». Cada um destes detalhes tem um significado bem evidente.
O doutor da Lei tentou o Senhor e quis mostrar a sua superioridade em relação aos outros, dizendo: «E quem é o meu próximo?» O Verbo expõe-lhe então, sob a forma de uma narrativa, toda a história sagrada da misericórdia: conta a queda do homem, a emboscada dos salteadores, o roubo da veste incorruptível, as feridas do pecado, a invasão causada pela morte em metade da nossa natureza (uma vez que a nossa alma permanece imortal), a passagem inútil da Lei (uma vez que nem o sacerdote nem o Levita trataram das feridas daquele que tinha caído nas mãos dos salteadores).
«Era, na verdade, impossível que o sangue dos toiros e dos carneiros apagasse o pecado» (Heb 10,4): só o podia fazer Aquele que revestiu toda a natureza humana: a dos judeus, dos samaritanos, dos gregos, numa palavra, de toda a humanidade. Com o seu corpo que é a montada, Ele veio ao encontro da miséria do homem. Curou as suas feridas, fê-lo repousar na sua própria montada, fez da sua misericórdia uma estalagem onde todos os que penam e se vergam sob o seu fardo encontram repouso (cf Mt 11,28).

Terça-feira, dia 06 de Outubro de 2015

Terça-feira da 27 semana do Tempo Comum

A palavra do Senhor foi dirigida a Jonas nos seguintes termos:
«Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive e apregoa nela a mensagem que Eu te direi».
Jonas levantou-se e foi a Nínive, conforme a palavra do Senhor. Nínive era uma grande cidade aos olhos de Deus; levava três dias a atravessar.
Jonas entrou na cidade e caminhou durante um dia, apregoando: «Daqui a quarenta dias, Nínive será destruída».
Os habitantes de Nínive acreditaram em Deus, proclamaram um jejum e revestiram-se de saco desde o maior ao mais pequeno.
Logo que a notícia chegou ao rei de Nínive, ele ergueu-se do trono e tirou o manto, cobriu-se de saco e sentou-se sobre a cinza.
Depois foi proclamado em Nínive um decreto do rei e dos seus ministros que dizia: «Os homens e os animais, os bois e as ovelhas, não provem alimento, não pastem nem bebam água.
Os homens e os animais revistam-se de saco e clamem a Deus com vigor; afaste-se cada um do seu mau caminho e das violências que tenha praticado.
Quem sabe? Talvez Deus reconsidere e desista, acalmando o ardor da sua ira de modo que não pereçamos».
Quando Deus viu as suas obras e como se convertiam do seu mau caminho, desistiu do castigo com que os ameaçara e não o executou.

Livro de Salmos 130(129),1-2.3-4ab.7-8.
Do profundo abismo chamo por Vós, Senhor,
Senhor, escutai a minha voz.
Estejam os vossos ouvidos atentos
à voz da minha súplica.

Se tiverdes em conta as nossas faltas,
Senhor, quem poderá salvar-se?
Mas em Vós está o perdão
para Vos servirmos com reverência.

No Senhor está a misericórdia (para os misericordiosos)
e com Ele abundante redenção.
Ele há-de libertar Israel
de todas as suas faltas.


Evangelho segundo S. Lucas 10,38-42.
Naquele tempo, Jesus Cristo entrou em certa povoação e uma mulher chamada Marta recebeu-O em sua casa.
Ela tinha uma irmã chamada Maria que, sentada aos pés de Jesus Cristo, ouvia a sua palavra.
Entretanto Marta atarefava-se com muito serviço. Interveio então e disse: «Senhor, não Te importas que minha irmã me deixe sozinha a servir? Diz-lhe que venha ajudar-me».
O Senhor respondeu-lhe: «Marta, Marta, andas inquieta e preocupada com muitas coisas
quando uma só é necessária. Maria escolheu a melhor parte que não lhe será tirada» (a companhia, o afecto, o aprender. Marta certamente, como mais velha, decidiu preparar o que comer e pediu a Maria que fizesse companhia a Jesus Cristo. Depois, ouvindo a animação e Jesus Cristo a ensinar, quis também estar presente, mas não pediu que viessem ambos para a cozinha como gostaria; talvez isso não fosse aceite eticamente e não foi compreendida)  


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos -
www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Santa Teresinha do Menino Jesus (1873-1897), carmelita, doutora da Igreja
Manuscrito autobiográfico C, 36 r° - v°, Edições Carmelo, 2000 (rev.)

«Maria escolheu a melhor parte»

Uma alma abrasada de amor não pode ficar inactiva. Sem dúvida que, como Santa Maria de Magdala, ela permanece aos pés de Jesus Cristo e escuta a sua palavra doce e inflamada. Parecendo não dar nada, dá muito mais do que Marta que se aflige com muitas coisas e que quereria que sua irmã a imitasse. Não são, de modo nenhum, os trabalhos de Marta que Jesus Cristo censura; a esses trabalhos se submeteu humildemente sua Mãe durante a vida, pois tinha de preparar as refeições da Sagrada Família. Era apenas a inquietação da sua ardente anfitriã que Ele queria corrigir.
Todos os santos o compreenderam e mais particularmente talvez aqueles que encheram o universo com a iluminação da doutrina evangélica. Não foi acaso na oração que os santos Paulo, Agostinho, João da Cruz, Tomás de Aquino, Francisco, Domingos e tantos outros ilustres amigos de Deus beberam esta ciência divina que arrebata os maiores génios? Houve um sábio que disse: «Dai-me uma alavanca, um ponto de apoio e levantarei o mundo.» O que Arquimedes não pôde obter, porque o seu pedido não se dirigia a Deus e por não ser feito senão sob o ponto de vista material, obtiveram-no os santos em toda a plenitude: o Todo-Poderosos deu-lhes como ponto de apoio Ele mesmo e Ele só e como alavanca a oração que abrasa com fogo de amor (a oração é o melhor meio de meditação para entrar em comunhão com Deus e o divino e é falando, exprimindo-nos, abrindo o nosso coração a Ele que tal se consegue de tal modo que se consegue que Ele venha morar em nós e nos encher de vida. Esta é a grande diferença entre o crente e o ateu: o crente tem que lhe leve ao colo nos tempos mais difíceis, de provação e tem Vida enquanto os outros são mortos caminhando entre mortos porque não têm Deus). E foi assim que levantaram o mundo; é assim que os santos que ainda militam na terra o levantam e que, até ao fim do mundo, os futuros santos o levantarão também.

Quarta-feira, dia 07 de Outubro de 2015

Quarta-feira da 27ª semana do Tempo Comum


Festa da Igreja : Nossa Senhora do Rosário
Calendário da Igreja disponível este dia

Livro de Jonas 4,1-11.
Jonas ficou muito desgostoso e irritado quando Deus perdoou aos ninivitas
e orou, dizendo: «Ah, Senhor! Não era isto que eu dizia quando estava ainda na minha terra? Por isso me apressei a fugir para Társis, por saber que sois um Deus clemente e compassivo, lento para a ira, rico de misericórdia e sempre disposto a desistir do castigo.
Mas agora, Senhor, tirai-me a vida porque para mim é melhor morrer do que ficar vivo».
O Senhor respondeu-lhe: «Terás razão para te irritares?».
Jonas saiu de Nínive e instalou-se a oriente da cidade. Aí fez uma cabana e sentou-se à sua sombra para ver o que acontecia à cidade.
Então o Senhor Deus fez crescer um rícino que se elevou por cima de Jonas para lhe dar sombra à cabeça e o livrar do seu mau humor. Jonas ficou muito contente com o rícino.
Mas no dia seguinte, ao romper da manhã, Deus mandou um verme que roeu as raízes do rícino e ele secou.
Ao nascer do sol, Deus fez soprar do oriente um vento abrasador e o sol bateu em cheio na cabeça de Jonas, fazendo-o desmaiar. E Jonas tornou a pedir a morte, exclamando: «Para mim é melhor morrer do que ficar vivo».
Então Deus disse a Jonas: «Terás razão para te irritares por causa do rícino?». Jonas respondeu: «Tenho razão de me irritar mortalmente».
O Senhor disse-lhe: «Tu tens pena do rícino que não te deu qualquer trabalho e não fizeste crescer, que nasceu numa noite e numa noite morreu.
E Eu não devia ter pena da grande cidade de Nínive, onde há mais de cento e vinte mil pessoas que não sabem distinguir a mão direita da esquerda além de grande número de animais? (Porque eles fizeram penitência)».

Livro de Salmos 86(85),3-4.5-6.9-10.
Tende piedade de mim, Senhor,
que a Vós clamo todo o dia.
Alegrai a alma do vosso servo porque
a Vós, Senhor, elevo a minha alma.

Vós, Senhor, sois bom e indulgente,
cheio de misericórdia para com todos os que Vos invocam.
Ouvi, Senhor, a minha oração,
atendei a voz da minha súplica.

Todos os povos que criastes virão adorar-Vos, Senhor,
e glorificar o vosso nome porque Vós sois grande
e operais maravilhas, Vós sois o único Deus.

Evangelho segundo S. Lucas 11,1-4.
Naquele tempo, estava Jesus Cristo em oração em certo lugar. Ao terminar, disse-Lhe um dos discípulos: «Senhor, ensina-nos a orar como João Baptista ensinou também os seus discípulos».
Disse-lhes Jesus Cristo: «Quando orardes, dizei: ‘Pai, santificado seja o vosso nome; venha o vosso reino;
dai-nos em cada dia o pão da nossa subsistência;
perdoai-nos os nossos pecados; nós perdoamos a todo aquele que nos ofende; não nos deixeis cair nas tentações.’
».

Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Santa Teresa de Ávila (1515-1582), carmelita descalça, doutora da Igreja
Caminho de Perfeição, cap. 30

A oração introduz-nos desde já no reino de Deus

«Santificado seja o vosso nome. Venha a nós o vosso Reino.» Admirai aqui, minhas filhas, a imensa sabedoria do nosso Mestre! Que queremos nós quando pedimos esse Reino? [...] Nosso Senhor conhecia a nossa extrema fraqueza. Ele sabia que nós éramos incapazes de santificar, de louvar, de exaltar, de glorificar o nome santíssimo do Pai eterno de uma forma conveniente, a menos que Ele atendesse a isso, dando-nos o seu Reino já cá em baixo. Foi exactamente por isso que o bom Jesus juntou aqui estes dois pedidos. [...]
Em minha opinião, um dos grandes bens que encerra o Reino do Céu é estarmos afastados de todas as coisas da terra; aí, gozamos um repouso e uma beatitude íntimas e participamos da alegria de todos numa paz perpétua, na felicidade profunda que provém de vermos todos os eleitos santificarem e louvarem o Senhor, abençoando o seu nome sem ninguém que O ofenda. Todos O amam e a alma não tem outra ocupação que não seja amá-Lo e não pode deixar de O amar porque O conhece.
Pois bem! Se nós pudéssemos conhecê-Lo, amá-Lo-íamos do mesmo modo cá em baixo, não todavia tão perfeitamente nem com essa estabilidade, mas enfim, amá-Lo-íamos de modo diferente de como O amamos. [...] Aquilo de que estamos a tratar é possível à alma, já neste exílio, com a graça de Deus. Mas, na verdade, ela não pode atingi-lo perfeitamente [...] pois ainda navegamos no mar deste mundo e continuamos a ser viajantes. Há contudo momentos em que o Senhor, vendo-nos fatigados do caminho, põe todas as nossas forças na calma e a nossa alma na quietude. Então Ele revela claramente, por um certo antegosto, qual é o sabor da recompensa reservada àqueles que introduz no seu Reino.

Quinta-feira, dia 08 de Outubro de 2015

Quinta-feira da 27ª semana do Tempo Comum

«As vossas palavras contra Mim são arrogantes – diz o Senhor – e perguntais: ‘Que dissemos contra o Senhor?’.
Vós dissestes: ‘É tempo perdido servir a Deus. Que aproveita cumprir os seus preceitos e andar vestido de luto diante do Senhor do Universo?
Por isso agora chamamos felizes os soberbos que praticam o mal e prosperam, que provocam a Deus e ficam impunes’».
Então os que adoram o Senhor falaram entre si e o Senhor prestou atenção e escutou-os. Diante d’Ele foi escrito um livro que conserva a memória daqueles que O adoram e respeitam o seu nome.
«No dia que Eu preparo, Eles serão minha propriedade – diz o Senhor do Universo –. Terei compaixão deles como um pai se compadece do filho obediente.
Então vereis de novo a diferença entre o justo e o pecador, entre aquele que serve a Deus e aquele que não O serve.
Porque há-de vir o dia, ardente como uma fornalha, em que serão como a palha todos os soberbos e malfeitores. O dia que há-de vir os abrasará – diz o Senhor do Universo – e não lhes deixará raiz nem ramos.
Mas para vós que ameis o meu nome, nascerá o sol de justiça, trazendo nos seus raios a salvação».

Livro de Salmos 1,1-2.3.4.6.
Feliz o homem que não segue o conselho dos ímpios,
nem se detém no caminho dos pecadores,
mas antes se compraz na lei do Senhor
e nela medita dia e noite.

É como árvore plantada à beira das águas:
dá fruto a seu tempo e sua folhagem não murcha.
Tudo quanto fizer será bem sucedido.
Bem diferente é a sorte dos ímpios:

são como palha que o vento leva.
O Senhor vela pelo caminho dos justos,
mas o caminho dos pecadores leva à perdição.


Evangelho segundo S. Lucas 11,5-13.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Se algum de vós tiver um amigo, poderá ter de ir a sua casa à meia-noite para lhe dizer: ‘Amigo, empresta-me três pães
porque chegou de viagem um dos meus amigos e não tenho nada para lhe dar’.
Ele poderá responder lá de dentro: ‘Não me incomodes; a porta está fechada, eu e os meus filhos já nos deitámos; não posso levantar-me para te dar os pães’.
Eu vos digo: Se ele não se levantar por ser amigo, ao menos, por causa da sua insistência, levantar-se-á para lhe dar tudo aquilo de que precisa.
Também vos digo: Pedi e dar-se-vos-á; procurai e encontrareis; batei à porta e abrir-se-vos-á.
Porque quem pede recebe; quem procura encontra, e a quem bate à porta, abrir-se-á.
Se um de vós for pai e um filho lhe pedir peixe, em vez de peixe dar-lhe-á uma serpente?
E se lhe pedir um ovo, dar-lhe-á um escorpião?
Se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos quanto mais o Pai do Céu dará o Espírito Santo àqueles que Lho pedem!».

Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos -
www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São Tomás de Aquino (1225-1274), teólogo dominicano, doutor da Igreja
Compêndio de teologia
Convém ao homem rezar
Segundo o projecto providencial de Deus, Ele deu a tudo o que existe o meio de alcançar a sua conclusão como convém à sua natureza. Os homens também receberam, para obter o que esperam de Deus, um meio adaptado à condição humana. Esta condição quer que o homem se sirva da oração para obter de outrem o que espera, sobretudo se aquele a quem se dirige lhe é superior. É por isso que é recomendado aos homens rezarem para obterem de Deus aquilo que esperam receber dele. Mas a necessidade de implorar é diferente conforme se trate de obter algo de um homem ou de Deus.
Quando a súplica se dirige a um homem, tem de exprimir primeiro o desejo e a necessidade de quem implora. É preciso também que dobre, até o fazer ceder, o coração daquele a quem implora. Ora estes elementos não têm lugar na oração feita a Deus. Ao rezar, não temos de nos preocupar em manifestar os nossos desejos ou as nossas necessidades a Deus, pois Ele tudo conhece. Assim o salmista diz ao Senhor: «Todos os meus desejos estão diante de Ti» (Sl 37,10). E lemos no Evangelho: «Vosso Pai sabe que tendes necessidade de tudo isso» (Mt 6,8). Não se trata de dobrar, por palavras humanas, a vontade divina, levando-a a querer o que não queria porque está dito no livro dos Números: «Deus não é como um homem, para mentir, nem filho de Adão, para mudar» (23,19).

Sexta-feira, dia 09 de Outubro de 2015

Sexta-feira da 27ª semana do Tempo Comum

Vesti-vos de luto e chorai, sacerdotes, entoai lamentações, ministros do altar. Vinde passar a noite com vestes de penitência, ministros do Senhor Deus porque no templo de Deus, desapareceram a oferenda e a libação.
Proclamai um solene jejum, convocai uma assembleia. Reuni os anciãos e todos os habitantes do país no templo do Senhor, vosso Deus. E clamai ao Senhor:
«Ah, que dia este!». Está próximo o dia do Senhor que vai chegar como devastação que vem do Omnipotente.
Tocai a trombeta em Sião, dai o alarme no meu santo monte. Estremeçam todos os habitantes do país porque está a chegar o dia do Senhor. Sim, ele está próximo:
será dia de trevas e de escuridão, dia de nuvens e de sombras. Como a luz da aurora, estende-se sobre os montes um povo numeroso e forte. Nunca houve povo nenhum como ele nem depois dele haverá outro até às mais longínquas gerações.

Livro de Salmos 9(9A),2-3.6.16.8-9.
De todo o coração, Senhor, Vos quero louvar
e contar todas as vossas maravilhas.
Quero alegrar-me e exultar em Vós,
quero cantar o vosso nome, ó Altíssimo.

Ameaçastes os pagãos, destruístes os ímpios,
apagastes o seu nome para sempre.
Afundaram-se as nações no fosso que abriram,
ficaram presos os seus pés na armadilha que prepararam.

O Senhor é rei para sempre,
firmou o seu trono para julgar.
Ele julga a Terra com justiça,
governa os povos com rectidão.


Evangelho segundo S. Lucas 11,15-26.
Naquele tempo, Jesus Cristo expulsou um demónio, mas alguns dos presentes disseram: «É por Belzebu, príncipe dos demónios, que Ele expulsa os demónios».
Outros, para O experimentarem, pediam-Lhe um sinal do céu.
Mas Jesus Cristo, que conhecia os seus pensamentos, disse: «Todo o reino dividido contra si mesmo, acaba em ruínas e cairá casa sobre casa.
Se Satanás está dividido contra si mesmo, como subsistirá o seu reino? Vós dizeis que é por Belzebu que Eu expulso os demónios.
Ora se Eu expulso os demónios por Belzebu, por quem os expulsam os vossos discípulos? Por isso eles mesmos serão os vossos juízes.
Mas se Eu expulso os demónios pelo dedo de Deus, então quer dizer que o reino de Deus chegou até vós.
Quando um homem forte e bem armado guarda o seu palácio, os seus bens estão em segurança.
Mas se aparece um mais forte do que ele e o vence, tira-lhe as armas em que confiava e distribui os seus despojos.
Quem não está comigo está contra Mim e quem não junta comigo dispersa.
Quando o espírito impuro sai do homem, anda a vaguear por lugares desertos à procura de repouso. Como não o encontra, diz consigo: ‘Voltarei para a casa de onde saí’.
Quando lá chega, encontra-a varrida e arrumada. Então vai e toma consigo sete espíritos piores do que ele que entram e se instalam nela.
E o último estado daquele homem torna-se pior do que o primeiro».


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos -
www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Santo Ireneu de Lyon (c. 130-c. 208), bispo, teólogo, mártir
Contra as heresias

«Mas se Eu expulso os demónios pelo dedo de Deus, então quer dizer que o reino de Deus chegou até vós.»

Henoc, por ter andado na presença de Deus, foi transferido para o céu no seu corpo natural, prefigurando assim a transferência dos justos. Também Elias foi elevado tal como se encontrava na substância da sua carne formada (2Rs 2,11), profetizando desse modo o levantamento dos homens espirituais. Os seus corpos não puseram nenhum obstáculo a esta transferência e a este levantamento: foi pelas mesmas mãos pelas quais foram formados no princípio (Gn 2,7) que foram transferidos e elevados. Porque, em Adão, as mãos de Deus acostumaram-se a dirigir, a reter e a levar a obra formada por elas, a transportá-la a colocá-la onde queriam. Onde foi, pois colocado o primeiro homem? No paraíso, sem dúvida, segundo o que diz a Escritura: «E Deus plantou um jardim no Éden, ao oriente, e nele colocou o homem que havia formado? (Gn 2,8). E foi de lá que ele foi expulso para este mundo, por ter desobedecido. […]
Parece impossível a alguém que os homens vivam tanto tempo como os primeiros patriarcas? Que Elias tenha sido elevado ao céu na sua carne? Jonas, depois de ter sido precipitado no fundo do mar e engolido por um peixe, foi lançado são e salvo no rio por ordem de Deus. Ananias, Azarias e Misael, lançados numa fornalha ardente, não sofreram nenhum mal e nem mesmo o cheiro do fogo ficou neles (Dn 3,50). Se a mão de Deus os assistiu e realizou neles coisas extraordinárias e impossíveis à natureza humana porque será inverosímil que, naqueles que foram transferidos, esta mesma mão tenha também realizado uma coisa extraordinária, executando a vontade do Pai? Ora esta mão é o Filho de Deus (cf Dn 3,25).

Sábado, dia 10 de Outubro de 2015

Sábado da 27ª semana do Tempo Comum

Eis o que diz o Senhor: «Levantem-se as nações e encaminhem-se para o Vale de Josafat. Ali estarei sentado a julgar todas as nações vizinhas.
Metei a foice porque a seara está madura; vinde pisar porque o lagar está cheio: os tanques transbordam porque é grande a malícia das nações».
Multidões e multidões no Vale do Julgamento! Está próximo o dia do Senhor no Vale do Julgamento!
O sol e a lua escureceram e as estrelas perderam o seu brilho.
O Senhor ruge desde Sião, de Jerusalém faz ouvir a sua voz: tremem os céus e a terra. Mas o Senhor é um refúgio para o seu povo, um abrigo para os filhos de Israel.
«Então sabereis que Eu sou o Senhor, vosso Deus, que habito em Sião, o meu santo monte. Jerusalém será um lugar sagrado e nunca mais passarão por lá os estranhos».
Nesse dia, os montes escorrerão vinho novo, as colinas jorrarão leite e correrão águas em todos os ribeiros de Judá. Do templo do Senhor sairá uma nascente para regar o Vale das Acácias.
O Egipto será terra devastada e Edom um deserto desolado por causa das violências contra os filhos de Judá, por terem derramado na sua terra sangue inocente.
Mas Judá será habitado para sempre e Jerusalém de geração em geração.
«Eu vingarei o seu sangue que não deixarei impune». E o Senhor habitará em Sião.

Livro de Salmos 97(96),1-2.5-6.11-12.
O Senhor é rei: exulte a terra,
rejubile a multidão das ilhas.
Ao seu redor, nuvens e trevas;
a justiça e o direito são a base do seu trono.

Derretem-se os montes como cera
diante do Senhor de toda a Terra.
Os céus proclamam a sua justiça
e todos os povos contemplam a sua glória.

A luz resplandece para os justos
e a alegria para os corações rectos.
Alegrai-vos, justos, no Senhor
e louvai o seu nome santo.


Evangelho segundo S. Lucas 11,27-28.
Naquele tempo, enquanto Jesus Cristo falava à multidão, uma mulher levantou a voz no meio da multidão e disse: «Feliz Aquela que Te trouxe no seu ventre e Te amamentou ao seu peito».
Mas Jesus Cristo respondeu: «Mais felizes são os que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática».


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos -
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Comentário do dia:
São Beda, o Venerável (c. 673-735), monge beneditino, doutor da Igreja
Homilia sobre S. Lucas: L. IV, 49

«Mais felizes são os que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática»

«Feliz Aquela que Te trouxe no seu ventre e Te amamentou ao seu peito.» Grande é a devoção, grande é a fé que se exprimem nesta palavra da mulher do Evangelho. Enquanto os escribas e os fariseus põem o Senhor à prova e blasfemam, esta mulher reconhece diante de todos a sua incarnação com uma tal lealdade, confessa-a com uma tal certeza que desmonta a calúnia dos seus contemporâneos e a falsa lei dos heréticos dos tempos futuros. Ofendendo as obras do Espírito Santo, os contemporâneos de Jesus Cristo negavam que Ele fosse verdadeiramente o Filho. Mais tarde, houve homens que negaram também que, pela acção do Espírito Santo, Maria, sempre virgem, tenha fornecido a substância da sua carne ao Filho que havia de nascer com um corpo verdadeiramente humano: negaram que ele fosse verdadeiramente Filho do homem, da mesma natureza que sua mãe. Mas o apóstolo Paulo desmente essa opinião quando diz de Jesus Cristo que Ele é «nascido de mulher, submetido à Lei» (Gal 4,4). Porque, concebido no seio da Virgem, Ele não foi buscar a sua carne ao nada nem a outra parte qualquer, mas ao corpo de sua Mãe. De outro modo, não seria exacto chamar-lhe verdadeiramente Filho do homem. [...]
Feliz Mãe, na verdade, esta que, nas palavras do poeta, «deu à luz o Rei que rege o céu e a Terra por todos os séculos, Ela que viveu as alegrias da maternidade e detém as honras da virgindade, Antes dela, não se viu outra assim e nunca mais se verá depois dela» (Sedúlio). E contudo, o Senhor acrescenta: «Mais felizes são os que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática», confirmando de forma magnífica o testemunho desta mulher. Pois não somente declara afortunada aquela a quem foi dado conceber corporalmente o Verbo de Deus como igualmente afortunados todos aqueles que se apliquem a conceber espiritualmente o mesmo Verbo pela escuta da fé e a alimentá-Lo no seu coração e no coração dos outros, tendo-O presente pela prática do bem.
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