Domingo,
dia 08 de Novembro de 2015
32º Domingo do Tempo
Comum - Ano B
Naqueles dias, o profeta Elias pôs-se a caminho e foi a Sarepta.
Ao chegar às portas da cidade, encontrou uma viúva a apanhar lenha. Chamou-a
e disse-lhe: «Por favor, traz-me uma bilha de água para eu beber».
Quando ela ia a buscar a água, Elias chamou-a e disse: «Por favor, traz-me
também um pedaço de pão».
Mas ela respondeu: «Tão certo como estar vivo o Senhor, teu Deus, eu não
tenho pão cozido, mas somente um punhado de farinha na panela e um pouco de
azeite na almotolia. Vim apanhar dois cavacos de lenha a fim de preparar esse
resto para mim e meu filho. Depois comeremos e esperaremos a morte».
Elias disse-lhe: «Não temas; volta e faz como disseste. Mas primeiro coze um
pãozinho e traz-mo aqui. Depois prepararás o resto para ti e teu filho.
Porque assim fala o Senhor, Deus de Israel: ‘Não se esgotará a panela da
farinha nem se esvaziará a almotolia do azeite até ao dia em que o Senhor
mandar chuva sobre a face da Terra’».
A mulher foi e fez como Elias lhe mandara e comeram ele, ela e seu filho.
Desde aquele dia nem a panela da farinha se esgotou nem se esvaziou a
almotolia do azeite como o Senhor prometera pela boca de Elias.
Livro de Salmos
146(145),7.8-9a.9bc-10.
O Senhor faz justiça aos oprimidos,
dá pão aos que têm fome
e a liberdade aos cativos.
O Senhor ilumina os olhos do cego,
o Senhor levanta os abatidos,
o Senhor ama os justos.
O Senhor protege os peregrinos,
ampara o órfão e a viúva
e entrava o caminho aos pecadores.
O Senhor reina eternamente;
o teu Deus, ó Sião,
é rei por todas as gerações.
Carta aos Hebreus 9,24-28.
Jesus Cristo não entrou num santuário feito por mãos humanas,
figura do verdadeiro, mas no próprio Céu, para Se apresentar agora na
presença de Deus em nosso favor.
E não entrou para Se oferecer muitas vezes como o sumo sacerdote que entra
cada ano no Santuário com sangue alheio;
nesse caso, Jesus Cristo deveria ter padecido muitas vezes, desde o princípio
do mundo. Mas Ele manifestou-Se uma só vez, na plenitude dos tempos para
destruir o pecado pelo sacrifício de Si mesmo.
E como está determinado que os homens morram uma só vez e a seguir haja o
julgamento (pelo que sei primeiro há julgamento, a seguir penitência e após
mudança para o mundo adequado ou morte do corpo natural porque de acordo com
as nossas escolhas e acções vamos descendo ou subindo no mundo em que se está
e quando surge a mudança de mundo há julgamento, penitência e então mudança)
assim também Jesus Cristo, depois de Se ter oferecido uma só vez para tomar
sobre Si os pecados da multidão (Jesus Cristo toda a Sua vida Ele foi dando
da Sua Vida aos outros até ao ponto em que deu a Sua vida natural, mas depois
reganhou-a porque não a perdeu por acções negativas que tenha praticado),
aparecerá segunda vez, sem a aparência do pecado, para dar a salvação àqueles
que O esperam.
Evangelho segundo S.
Marcos 12,38-44.
Naquele tempo, Jesus Cristo ensinava a multidão, dizendo:
«Acautelai-vos dos escribas que gostam de exibir longas vestes, de receber
cumprimentos nas praças,
de ocupar os primeiros assentos nas sinagogas e os primeiros lugares nos
banquetes.
Devoram as casas das viúvas com pretexto de fazerem longas rezas (que eram
pagas levando o que as viúvas tinham ou pediam). Estes receberão uma sentença
mais severa».
Jesus Cristo sentou-Se em frente da arca do tesouro a observar como a
multidão deitava o dinheiro na caixa. Muitos ricos deitavam quantias avultadas.
Veio uma pobre viúva e deitou duas pequenas moedas, isto é, um quadrante.
Jesus Cristo chamou os discípulos e disse-lhes: «Em verdade vos digo: Esta
pobre viúva deitou na caixa mais do que todos os outros.
Eles deitaram do que lhes sobrava, mas ela, na sua pobreza, ofereceu tudo o
que tinha, tudo o que possuía para viver».(na minha opinião, Jesus Cristo não
está a fazer a apologia de se entregar tudo o que se tem e depois ficar de
mão estendida; mas sim da relatividade dos factos. Os ricos, dando em
quantidade monetária muito mais do que aquela viúva, mas aquela viúva dando
tudo e eles dando quase nada porque o que davam não lhes fazia falta. É esta
a perspectiva que o Senhor Jesus Cristo, naquele momento, quis ensinar, pois
na mentalidade da época era a quantidade monetária que importava, incluindo
para os sacerdotes.)
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Tomás de Celano (c. 1190-c. 1260), biógrafo de São Francisco e de Santa Clara
«Vita prima» de São Francisco, §76
Dar tudo porque Jesus Cristo deu tudo
Francisco,
pobrezinho e pai dos pobres, queria viver em tudo como pobre; sofria quando
encontrava alguém mais pobre do que ele, não por vaidade, mas por causa da
terna compaixão que os pobres suscitavam nele. Só queria ter uma túnica de
tecido grosseiro e muito comum e ainda assim, acontecia-lhe bastas vezes
partilhá-la com algum infeliz. No entanto, era um pobre muito rico, pois,
movido pela sua grande caridade a socorrer os pobres sempre que podia, quando
estava muito frio, ia ter com os ricos deste mundo e pedia-lhes que lhe
emprestassem um sobretudo ou um casaco. Traziam-lhos mais depressa do que a
pressa que ele se tinha dado em fazer o pedido. Ele então dizia: «Aceito com
a condição de não esperarem que vo-los devolva.» E com o coração em festa,
Francisco oferecia o que acabava de receber ao primeiro pobre que encontrava.
Nada lhe causava mais pena do que ver insultar um pobre ou que dissessem mal
de qualquer criatura. Um dia, um irmão deixou escapar umas palavras que
magoaram um pobre que pedia esmola: «Não serás por acaso um rico a fingir de
pobre?» Estas palavras caíram muito mal a Francisco, o pai dos pobres, que
infligiu ao delinquente uma terrível reprimenda e lhe ordenou que se
despojasse das suas vestes na presença do pobre e lhe beijasse os pés,
pedindo-lhe perdão. «Quem fala mal a um pobre», dizia, «injuria a Jesus Cristo,
de quem o pobre é o mais nobre símbolo neste mundo, uma vez que Jesus Cristo
por nós Se fez pobre neste mundo (cf 2Cor 8,9).»
Segunda-feira,
dia 09 de Novembro de 2015
Dedicação da
Basílica de Latrão – Festa
Naqueles dias, (em visão, isto é, o corpo celeste do profeta vivendo a situação) o
Anjo reconduziu-me à entrada do templo. Debaixo do limiar da porta saía
água em direcção ao Oriente, pois a fachada do templo estava voltada para o
Oriente. As águas corriam da parte inferior, do lado direito do templo, ao
sul do altar.
O Anjo fez-me sair pela porta setentrional e contornar o templo por fora
até à porta exterior que está voltada para o Oriente. As águas corriam do
lado direito.
O Anjo disse-me: «Esta água corre para a região oriental, desce para Arabá
e entra no mar para que as suas águas se tornem salubres.
Todo o ser vivo que se move na água onde chegar esta torrente (água viva,
benta) terá novo alento e o peixe será mais abundante. Porque aonde esta
água chegar, tornar-se-ão sãs as outras águas e haverá vida por toda a
parte aonde chegar esta torrente.
À beira da torrente, nas duas margens, crescerá toda a espécie de árvores
de fruto; a sua folhagem não murchará, nem acabarão os seus frutos. Todos
os meses darão frutos novos porque as águas vêm do santuário. Os frutos
servirão de alimento e as folhas de remédio».
Livro de Salmos
46(45),2-3.5-6.8-9.
Deus é o nosso refúgio e a nossa força,
auxílio sempre pronto na adversidade.
Por isso nada receamos ainda que a terra vacile
e os montes se precipitem no fundo do mar.
Os braços de um rio alegram a cidade de Deus,
a mais santa das moradas do Altíssimo.
Deus está no meio dela e a torna inabalável,
Deus a protege desde o romper da aurora.
O Senhor dos Exércitos está connosco,
o Deus de Jacob é a nossa fortaleza.
Vinde e contemplai as obras do Senhor,
as maravilhas que realizou na Terra.
Evangelho segundo S. João 2,13-22.
Estava próxima a Páscoa dos judeus e Jesus Cristo subiu a
Jerusalém.
Encontrou no templo os vendedores de bois, de ovelhas e de pombas e os
cambistas sentados às bancas.
Fez então um chicote de cordas e expulsou-os a todos do templo com as
ovelhas e os bois; deitou por terra o dinheiro dos cambistas e
derrubou-lhes as mesas
e disse aos que vendiam pombas: «Tirai tudo isto daqui; não façais da casa
de meu Pai casa de comércio».
Os discípulos recordaram-se do que estava escrito: «Devora-me o zelo pela Tua
casa».
Então os judeus tomaram a palavra e perguntaram-Lhe: «Que sinal nos dás de
que podes proceder deste modo?».
Jesus Cristo respondeu-lhes: «Destruí este templo e em três dias o
levantarei».
Disseram os judeus: «Foram precisos quarenta e seis anos para construir
este templo e Tu vais levantá-lo em três dias?».
o Senhor Jesus Cristo, porém falava do templo do seu Corpo.
Por isso, quando Ele ressuscitou dos mortos, os discípulos lembraram-se do
que tinha dito e acreditaram na Escritura e na palavra de Jesus.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Santo Hilário (c. 315-367), bispo de Poitiers, doutor da Igreja
Tratado sobre o salmo 64
Jesus, porém, falava do templo do seu corpo.
O Senhor
disse: «Aqui será o meu repouso para sempre» e «escolheu Sião como lugar de
sua morada» (Sl 131,14). Mas Sião e o templo foram destruídos. Onde se
erguerá então o trono eterno de Deus? Onde será o seu repouso para sempre?
Onde será o seu templo, para que nele habite? O apóstolo Paulo
responde-nos: «O templo de Deus sois
vós; em vós habita o Espírito de Deus» (1Cor 3,16). Eis a casa e o
templo de Deus, cheios da sua doutrina e do seu poder. Eles são o
habitáculo da santidade do coração de Deus.
Mas é Deus quem edifica esta morada. Construída pela mão dos homens, ela
não duraria; como não resistiria se fosse fundada sobre doutrinas humanas.
Os nossos vãos labores e as nossas inquietações não bastam para a proteger.
O Senhor resolve as coisas de outra maneira; Ele não pôs os seus alicerces
sobre terra solta nem sobre areias movediças, mas assentou-a sobre os
profetas e os apóstolos (Ef 2,20); ela é incessantemente construída com
pedras vivas (1Ped 2,5) e desenvolver-se-á até às últimas dimensões do
corpo de do Senhor Jesus Cristo. A sua edificação prossegue sem cessar; à
sua volta erguem-se numerosas casas que se reúnem numa cidade grande e
bem-aventurada (e afortunada) (Sl 121,3).
Terça-feira, dia 10 de Novembro de 2015
Terça-feira da 32ª
semana do Tempo Comum
Deus criou o homem para ser incorruptível e fê-lo à imagem da
sua própria natureza.
Foi pela inveja do Diabo (essência de todo o egoísmo) que a morte entrou
no mundo e experimentam-na aqueles que lhe pertencem.
Mas as almas dos justos estão na mão de Deus e nenhum tormento os
atingirá.
Aos olhos dos insensatos parecem ter morrido; a sua saída deste mundo foi
considerada uma desgraça
e a sua partida do meio de nós um aniquilamento. Mas eles estão em paz.
Aos olhos dos homens eles sofreram um castigo, mas a sua esperança estava
cheia de imortalidade.
Depois de leve pena, terão grandes benefícios porque o Senhor Deus os pôs
à prova e os achou dignos de Si.
Experimentou-os como ouro no crisol e aceitou-os como sacrifício de
holocausto.
No tempo da recompensa hão-de resplandecer, correndo como centelhas
através da palha.
Hão-de governar as nações e dominar os povos e o Senhor reinará sobre
eles eternamente.
Os que n’Ele confiam compreenderão a verdade
e os que Lhe são fiéis permanecerão com Ele no amor, pois a graça
e a fidelidade são para os
seus santos e a sua vinda será benéfica
para os seus eleitos.
Livro de Salmos
34(33),2-3.16-17.18-19.
A toda a hora bendirei o Senhor,
o seu louvor estará sempre na minha boca.
A minha alma gloria-se no Senhor:
escutem e alegrem-se os humildes.
Os olhos do Senhor estão voltados para os justos
e os ouvidos atentos aos seus rogos.
A presença do Senhor volta-se contra os que fazem o mal,
para apagar da Terra a sua memória.
Os justos clamaram e o Senhor os ouviu,
livrou-os de todas as suas angústias.
O Senhor está perto dos que têm o coração atribulado
e salva os de ânimo abatido.
Evangelho segundo S. Lucas 17,7-10.
Naquele tempo, disse o Senhor: «Quem de vós, tendo um servo a
lavrar ou a guardar gado, lhe dirá quando ele volta do campo: ‘Vem
depressa sentar-te à mesa’?
Não lhe dirá antes: ‘Prepara-me o jantar e cinge-te para me servires até
que eu tenha comido e bebido. Depois comerás e beberás tu’.
Terá de agradecer ao servo por lhe ter feito o que mandou?
Assim também vós, quando tiverdes feito tudo o que vos foi ordenado,
dizei: ‘Somos inúteis servos:
fizemos o que devíamos fazer’». (porque é que os obedientes são servos
inúteis? Pois bem, porque servem na Igreja, mas nunca alcançarão a Vida
porque, ao tentar a passagem, vão obedecer aos do mal/trevas, pensando
que são do Bem/Deus e vão revoltar-se contra Deus, pois é esse o
objectivo dos das trevas que se ficam a rir. Quando se é obediente,
perde-se o sentido crítico que nos faz discernir e perceber o Bem do Mal.
Claro que os senhores deste mundo fabricam obedientes; dá-lhes mais gozo
e facilmente são levados para o seu mundo de escravos. O Bem não tem
escravos, tem servos com sentido crítico e discernimento, felizes.)
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Santo Ambrósio (c. 340-397), bispo de Milão, doutor da Igreja
Sobre o Evangelho de S. Lucas 8, 31-32
«Somos inúteis servos»
Que
ninguém se vanglorie do que faz, pois é de simples justiça que sirvamos o
Senhor. [...] Enquanto vivermos, devemos trabalhar sempre para este nosso
Senhor. Reconhece, pois que és um servo obrigado a um grande número de
serviços. Não te envaideças por seres chamado «filho de Deus» (1Jo 3,1):
reconheçamos esta graça, mas não esqueçamos a nossa natureza. Não te
gabes de teres servido bem, pois fizeste o que devias fazer. O sol
desempenha o seu papel, a lua obedece, os anjos cumprem os seus serviços.
S. Paulo, «o instrumento escolhido pelo Senhor para os pagãos» (Act
9,15), escreve: «Eu não mereço o nome de apóstolo porque persegui a
Igreja de Deus» (1Cor 15,9). E se mostra que não tem consciência de
qualquer falta, acrescenta de seguida: «Mas nem por isso estou
justificado» (1Cor 4,4). Não pretendamos pois ser louvados por nós
próprios, nem antecipemos o julgamento de Deus.
Quarta-feira,
dia 11 de Novembro de 2015
Quarta-feira da
32ª semana do Tempo Comum
Escutai, ó reis,
e procurai compreender; aprendei governantes de toda a Terra. Prestai
atenção, vós que reinais sobre as multidões e vos gloriais do número
dos vossos povos!
Do Senhor recebestes o poder e do Altíssimo a soberania; Ele examinará
as vossas obras e sondará as vossas intenções.
Sendo ministros do seu reino, não governastes com rectidão, não
cumpristes a lei, nem seguistes a vontade do Senhor Deus.
Ele virá sobre vós, terrível e repentino, porque julga severamente os
que dominam.
Ao mais pequeno perdoa-se por compaixão, mas os grandes serão
examinados com rigor.
O Senhor de todos não teme ninguém nem Se impressiona com a grandeza.
Ele criou o pequeno e o grande e a sua providência é igual para todos;
mas aos poderosos reserva um exame severo.
É a vós, soberanos, que se dirigem as minhas palavras a fim de
aprenderdes a Sabedoria e não cairdes em falta.
Porque os que santamente tiverem guardado as leis santas serão
declarados santos e os que nelas se tiverem instruído encontrarão
segura defesa.
Procurai ouvir as minhas palavras, desejai-as ardentemente e sereis
instruídos.
Livro de Salmos
82(81),3-4.6-7.
Defendei o órfão
e o desprotegido,
fazei justiça ao humilde e ao pobre.
Salvai o oprimido e o indigente,
libertai-o das mãos dos ímpios.
O Senhor disse: «Vós sois divinos,
todos vós sois filhos do Altíssimo.
Mas como homens morrereis,
como os príncipes, todos vós sucumbireis».
Evangelho segundo S. Lucas 17,11-19.
Naquele tempo,
indo Jesus Cristo a caminho de Jerusalém, passava entre a Samaria e a
Galileia.
Ao entrar numa povoação, vieram ao seu encontro dez leprosos.
Conservando-se a distância,
disseram em alta voz: «Jesus, Mestre, tem compaixão de nós».
Ao vê-los, Jesus Cristo disse-lhes: «Ide mostrar-vos aos sacerdotes». E
sucedeu que no caminho ficaram limpos da lepra.
Um deles, ao ver-se curado, voltou atrás, glorificando a Deus em alta
voz
e prostrou-se de rosto por terra aos pés do Senhor Jesus Cristo para
Lhe agradecer. Era um samaritano.
Jesus Cristo, tomando a palavra, disse: «Não foram dez os que ficaram
curados? Onde estão os outros nove?
Não se encontrou quem voltasse
para dar glória a Deus senão este estrangeiro?».
E disse ao homem: «Levanta-te e segue o teu caminho; a tua fé te
salvou». (que dizer? Obtiveram a cura e foram às suas vidinhas; já não
precisavam de quem lhes deu Vida. Agradecidos; para quê? Tão importantes
que eles são!)
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Odes de Salomão (texto
cristão hebraico do início do século II)
nº 2
«Prostrou-se de rosto por terra aos pés do Senhor Jesus Cristo
para Lhe agradecer»
Jesus Cristo está perto de mim:
adiro a Ele e ele abraça-me.
Não teria sido capaz de amar o Senhor
se Ele não me tivesse amado primeiro.
Quem pode compreender o amor,
senão aquele que ama?
Abraço o amado e a minha alma acolhe-O,
quedando-se onde Ele repousa.
Não serei mais um estrangeiro para Ele
porque não há ódio no Senhor.
Estou ligado a Ele como a amante
que encontrou o seu amado.
Porque amo o Filho,
tornar-me-ei filho.
Sim, quem adere ao que não morre
também não morrerá.
Aquele que se compraz na Vida
permanecerá vivo.
Tal é o Espírito do Senhor que, sem mentira,
ensina os homens a conhecerem os seus caminhos.
Quinta-feira, dia 12 de Novembro de 2015
Quinta-feira
da 32ª semana do Tempo Comum
Na Sabedoria há um espírito
inteligente, santo, único, multiforme, subtil, veloz, perspicaz, sem
mancha; um espírito lúcido, inalterável, amigo do bem; penetrante,
irreprimível, benfazejo, amigo dos homens; firme, seguro, sereno; ele
tudo pode, tudo abrange e penetra todos os espíritos, os mais
inteligentes, mais puros e mais subtis.
A Sabedoria é mais ágil do
que todo o movimento, atravessa e penetra tudo, graças à sua pureza.
Ela é um sopro do poder de Deus, emanação pura da glória do
Omnipotente; por isso nenhuma impureza a pode atingir.
Ela é o esplendor da luz eterna, espelho puríssimo da actividade de
Deus, imagem da sua bondade.
Sendo única, ela tudo pode e, imutável em si mesma, tudo renova. Ela
comunica-se de geração em geração pelas almas santas e forma os
amigos de Deus e os profetas,
pois Deus só ama quem habita com a Sabedoria.
Ela é mais formosa do que o sol e supera todas as constelações.
Comparada com a luz, aparece mais excelente porque à luz sucede a
noite, mas a maldade nada pode contra a Sabedoria.
pois a luz dá lugar à noite, mas sobre a sabedoria não prevalece o
mal.
Estende o seu vigor de um extremo ao outro da Terra e tudo governa
com harmonia.
Livro de
Salmos 119(118),89.90.91.130.135.175.
Senhor, a vossa
palavra permanece para sempre
imutável como os céus.
A vossa fidelidade mantém-se de geração em geração
como a Terra que formastes e permanece.
Pela vossa vontade perduram as coisas até este dia
porque todas elas Vos estão sujeitas.
A manifestação das vossas palavras ilumina
e dá inteligência aos simples.
Fazei brilhar a vossa face sobre o vosso servo
e dai-me a conhecer os vossos decretos.
Viva a minha alma para Vos louvar
e os vossos juízos venham em meu auxílio.
Evangelho segundo S. Lucas 17,20-25.
Naquele tempo,
os fariseus perguntaram a Jesus Cristo quando viria o reino de Deus e
Ele respondeu-lhes, dizendo: «O reino de Deus não vem de maneira
visível,
nem se dirá: ‘Está aqui ou ali’ porque o reino de Deus está no meio
de vós».
Depois disse aos seus discípulos: «Dias virão em que desejareis ver
um dia do Filho (do homem) e não o vereis.
Hão-de dizer-vos: ‘Está ali’ ou ‘Está aqui’. Não queirais ir nem os
sigais.
Pois assim como o relâmpago que faísca de um lado do horizonte e
brilha até ao lado oposto assim será o Filho (do homem semelhante) no
seu dia.
Mas primeiro tem de sofrer muito e ser rejeitado por esta geração».(porque
não havia dos seus)
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Santa Teresinha do Menino Jesus (1873-1897), carmelita, doutora da
Igreja
Manuscrito autobiográfico A, 83 v.
«O reino de
Deus está no meio de vós»
É
especialmente o Evangelho que me ocupa durante as minhas orações;
nele encontro tudo o que é necessário à minha pobre alma. Nele
encontro sempre novas luzes, sentidos escondidos e misteriosos. […]
Compreendo e sei por experiência que «o Reino de Deus está dentro de
nós». O Senhor Jesus Cristo não precisa de livros nem de doutrinas
para instruir as almas; Ele, que é o Doutor dos doutores, que ensina
sem ruído de palavras. Nunca O ouvi falar, mas sinto que Ele está em
mim; em cada instante, Ele guia-me e inspira-me o que devo dizer ou
fazer. Descubro, precisamente no momento em que delas necessito,
luzes que nunca tinha visto e não é especialmente durante as minhas
orações que essas luzes me são dadas, é antes no meio das ocupações
do meu dia.
Sexta-feira, dia 13 de Novembro de 2015
Sexta-feira da 32ª semana do Tempo Comum
Todos os
homens que vivem na ignorância do Senhor Deus são verdadeiramente
insensatos porque, pelos bens visíveis, não foram capazes de
conhecer Aquele que é nem reconheceram o Artífice pela consideração
das suas obras.
Mas foi o fogo, o vento, o ar ligeiro, o ciclo dos astros, a água
impetuosa ou os luzeiros do céu que eles tomaram como deuses e
senhores do mundo.
Se, fascinados pela beleza das coisas, as tomaram por deuses,
reconheçam quanto é mais excelente o seu Senhor, pois foi o Autor da beleza que as criou.
Se o que os impressionou foi a sua força e energia, compreendam
quanto é mais poderoso Aquele que as fez.
Porque a grandeza e a beleza das criaturas conduzem, por analogia,
à contemplação do seu Autor.
Contudo esses homens incorrem apenas em ligeira censura porque
talvez se extraviem, buscando a Deus e desejando encontrá-l’O:
ocupados na investigação das suas obras, deixam-se seduzir pelas
aparências, pois são belas as coisas que vêm.
Mas nem esses têm desculpa:
se conseguiram obter tanta ciência que podem examinar o mundo, como
não encontraram mais depressa o Senhor do mundo?
Livro de
Salmos 19(18),2-3.4-5.
Os céus
proclamam a glória de Deus
e o firmamento anuncia a obra das suas mãos.
O dia transmite ao outro esta mensagem
e a noite a dá a conhecer à outra noite.
Não são palavras nem linguagem
cujo sentido se não perceba.
O seu eco ressoou por toda a Terra
e a sua notícia até aos confins do mundo.
Evangelho segundo S. Lucas 17,26-37.
Naquele
tempo, disse o Senhor Jesus Cristo aos seus discípulos: «Como
sucedeu nos dias de Noé assim será também nos dias do Filho (do
homem):
Comiam e bebiam, casavam e davam-se em casamento até ao dia em que
Noé entrou na arca. Então veio o dilúvio que os fez perecer a
todos.
Do mesmo modo sucedeu nos dias de Lot: Comiam e bebiam, compravam e
vendiam, plantavam e construíam.
Mas no dia em que Lot saiu de Sodoma, Deus mandou do céu uma chuva
de fogo e enxofre que os fez perecer a todos.
Assim será no dia em que Se manifestar o Filho (do homem).
Nesse dia, quem estiver no terraço e tiver coisas em casa não desça
para as tirar e quem estiver no campo não volte atrás.
Lembrai-vos da mulher de Lot.
Quem procurar salvar a vida (do corpo natural) há-de perdê-la (a
Vida) e quem a (do corpo natural) perder há-de salvá-la (a Vida).
Eu vos digo que, nessa noite, estarão dois num leito: um será
tomado e o outro deixado;
estarão duas mulheres a moer juntamente: uma será tomada e a outra
deixada;
Dois homens estarão no campo: um será tomado e o outro será
deixado».
Então os discípulos perguntaram a Jesus Cristo: «Senhor, onde será
isto?». Ele respondeu-lhes: «Onde estiver o corpo, aí se juntarão
os abutres».(isto é, onde está a Vida, aí se juntará a Morte, os do
Mal)
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
São Romano, o Melodista (?-c. 560), compositor de hinos
Hino de Noé
Deus espera
a nossa conversão
Quando
contemplo a ameaça suspensa sobre os culpados no tempo de Noé,
tremo, eu que também sou culpado de pecados abomináveis. [...] O
Criador começou por ameaçar os homens de então porque esperava o
tempo da sua conversão (de passarem apenas a praticar o Bem e
deixaram a justiça para os decisores do Senhor Deus). Também para
nós virá a hora final que desconhecemos e que até aos anjos foi
ocultada (Mt 24,36). Nesse último dia, Jesus Cristo, o Senhor de
antes dos séculos, virá cavalgando nas nuvens para julgar a Terra
como viu Daniel (7,13). Antes de esta hora cair sobre nós,
supliquemos-Lhe: «Salva da tua cólera todos os homens, pelo amor
que nos tens, ó Redentor do Universo» [...]
O Amigo dos homens, vendo a maldade que então reinava, disse a
Noé: «O fim de toda a humanidade chegou diante de Mim, pois ela
encheu a Terra de violência. Vou exterminá-la juntamente com a
Terra» (Gn 6,13); «só a ti
reconheci como justo nesta geração» (Gn 7,1). Constrói uma arca
de madeiras resinosas; [...] como matriz, ela carregará as
sementes das espécies futuras. Fá-la-ás como uma casa, à imagem
da Igreja. [...] Nela te guardarei, a ti, que Me rezas com fé:
«Salva da tua cólera todos os homens, pelo amor que nos tens, ó
Redentor do universo!»
Com inteligência, o eleito cumpriu a sua obra [...] e pedia com
fé aos homens sem fé: «Depressa! Saí do pecado, rejeitai a
maldade, arrependei-vos! Lavai com lágrimas a mácula das vossas
almas, reconciliai-vos pela fé no poder do nosso Deus [...].» Mas
os filhos da rebelião não se converteram. À perversidade,
acrescentaram ainda a dureza de coração. Então Noé implorou a Deus
com lágrimas: «Fizeste-me nascer do seio da minha mãe; salva-me
dentro desta arca. Porque vou fechar-me nesta espécie de
sepultura, mas, quando me chamares, dela sairei pela tua força!
Nela, vou prefigurar desde agora a ressurreição de todos os
homens quando salvares os justos do fogo como a mim me salvas das
ondas do mal, arrancando-me do meio dos ímpios, eu que Te rezo
com fé, a Ti, compassivo Juiz: 'Salva da tua cólera todos os
homens, pelo amor que nos tens, ó Redentor do universo!'»
Sábado, dia 14 de Novembro de 2015
Sábado da 32.a semana do Tempo Comum
Quando um
silêncio profundo envolvia todas as coisas e a noite estava no
meio do seu curso,
a vossa palavra omnipotente, Senhor, veio do alto dos Céus, do
seu trono real. Como implacável guerreiro, para o meio de uma
terra de ruína, trazia, como espada afiada,
o vosso decreto irrevogável. Parou e encheu de morte o universo;
tocava o céu e caminhava sobre a terra.
Toda a criação, obedecendo às vossas ordens, tomava novas formas
segundo a sua natureza para guardar sãos e salvos os vossos
filhos.
Viu-se a nuvem cobrir de sombra o acampamento, a terra enxuta
surgir do que antes era água, o Mar Vermelho tornar-se um caminho
livre e as ondas impetuosas uma planície verdejante.
Por ali passou um povo inteiro, protegido pela vossa mão,
contemplando prodígios admiráveis.
Expandiram-se como cavalos na pradaria e saltavam como cordeiros,
cantando a vossa glória, Senhor, seu libertador.
Livro de
Salmos 105(104),2-3.36-37.42-43.
Cantai
salmos e hinos ao Senhor,
proclamai todas as suas maravilhas.
Gloriai-vos no seu nome santo,
exulte o coração dos que procuram o Senhor.
Feriu de morte todos os primogénitos do Egipto,
as primícias da sua raça
e fez sair o seu povo carregado de prata e ouro
e não havia enfermo nas suas tribos.
Não Se esqueceu da palavra sagrada
que dera a Abraão, seu servo;
e fez sair o povo com alegria,
os seus eleitos com gritos de júbilo.
Evangelho segundo S. Lucas 18,1-8.
Naquele
tempo, o Senhor Jesus Cristo disse aos seus discípulos uma
parábola sobre a necessidade de orar sempre sem desanimar:
«Em certa cidade, vivia um juiz que não temia a Deus nem
respeitava os homens.
Havia naquela cidade uma viúva que vinha ter com ele e lhe dizia:
‘Faz-me justiça contra o meu adversário’.
Durante muito tempo ele não quis atendê-la. Mas depois disse
consigo: ‘É certo que eu não temo a Deus nem respeito os homens;
mas porque esta viúva me importuna, vou fazer-lhe justiça para
que não venha incomodar-me indefinidamente’».
E o Senhor acrescentou: «Escutai o que diz o juiz iníquo!...
E o Senhor Deus não havia de fazer
justiça aos seus eleitos, que por Ele clamam dia e noite e
iria fazê-los esperar muito tempo?
Eu vos digo que lhes fará justiça bem depressa. Mas quando voltar,
o Filho do homem encontrará fé sobre a Terra?». (encontrará ainda
gente crente, com Vida? Acredito que sim! Eles são ilustres
desconhecidos que não estão entre os convidados porque assim
seriam mais facilmente destruídos)
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África),
doutor da Igreja
Discursos sobre os salmos, Sl 37, 14
«Jesus disse aos seus discípulos
uma parábola sobre a obrigação de orar sempre»
«Senhor, diante de Vós está todo o meu desejo» (Sl
37,10). […] O teu desejo é a tua oração; se o teu desejo for
contínuo, a tua oração também será contínua. Não foi por acaso
que o apóstolo Paulo disse: «Orai sem cessar» (1Tes 5,17).
Di-lo-á porque sem cessar nos ajoelhamos, nos prostramos ou
levantamos as mãos para Deus? Se dissermos que só nestas
condições é que oramos, não creio que o possamos fazer sem
cessar.
Mas há uma outra oração, interior, que não cessa: é o desejo.
Qualquer que seja a ocupação a que te entregues, se desejares
aquele repouso do sabbath de que falamos, rezarás sem cessar. Se
não quiseres deixar de orar, não deixes de desejar.
O teu desejo é contínuo? Então o teu grito será contínuo. Só te
calarás se deixares de amar. Quem são os que se calaram? São
aqueles de quem se diz: «E por se multiplicar a iniquidade,
resfriará a caridade da maioria» (Mt 24,12). A caridade que
arrefece é o coração que se cala; a caridade que arde é o coração
que grita. Se a caridade subsistir sem cessar, gritarás sem
cessar; se gritares sem cessar, é porque continuas a desejar; se
estiveres cheio deste desejo, é porque pensas no repouso eterno.©
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