sábado, 14 de novembro de 2015

Cristianismo 132 até 14-11-2015



"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68

Domingo, dia 08 de Novembro de 2015

32º Domingo do Tempo Comum - Ano B


Festa da Igreja :
XXXII Domingo do Tempo Comum (semana IV do saltério)
Santo do dia : S. Deodato, papa, +618,
Beata Isabel da Trindade, religiosa, +1906

Livro de 1º Reis 17,10-16.
Naqueles dias, o profeta Elias pôs-se a caminho e foi a Sarepta. Ao chegar às portas da cidade, encontrou uma viúva a apanhar lenha. Chamou-a e disse-lhe: «Por favor, traz-me uma bilha de água para eu beber».
Quando ela ia a buscar a água, Elias chamou-a e disse: «Por favor, traz-me também um pedaço de pão».
Mas ela respondeu: «Tão certo como estar vivo o Senhor, teu Deus, eu não tenho pão cozido, mas somente um punhado de farinha na panela e um pouco de azeite na almotolia. Vim apanhar dois cavacos de lenha a fim de preparar esse resto para mim e meu filho. Depois comeremos e esperaremos a morte».
Elias disse-lhe: «Não temas; volta e faz como disseste. Mas primeiro coze um pãozinho e traz-mo aqui. Depois prepararás o resto para ti e teu filho.
Porque assim fala o Senhor, Deus de Israel: ‘Não se esgotará a panela da farinha nem se esvaziará a almotolia do azeite até ao dia em que o Senhor mandar chuva sobre a face da Terra’».
A mulher foi e fez como Elias lhe mandara e comeram ele, ela e seu filho.
Desde aquele dia nem a panela da farinha se esgotou nem se esvaziou a almotolia do azeite como o Senhor prometera pela boca de Elias.
Livro de Salmos 146(145),7.8-9a.9bc-10.
O Senhor faz justiça aos oprimidos,
dá pão aos que têm fome
e a liberdade aos cativos.
O Senhor ilumina os olhos do cego,
o Senhor levanta os abatidos,
o Senhor ama os justos.

O Senhor protege os peregrinos,
ampara o órfão e a viúva
e entrava o caminho aos pecadores.

O Senhor reina eternamente;
o teu Deus, ó Sião,
é rei por todas as gerações.


Carta aos Hebreus 9,24-28.
Jesus Cristo não entrou num santuário feito por mãos humanas, figura do verdadeiro, mas no próprio Céu, para Se apresentar agora na presença de Deus em nosso favor.
E não entrou para Se oferecer muitas vezes como o sumo sacerdote que entra cada ano no Santuário com sangue alheio;
nesse caso, Jesus Cristo deveria ter padecido muitas vezes, desde o princípio do mundo. Mas Ele manifestou-Se uma só vez, na plenitude dos tempos para destruir o pecado pelo sacrifício de Si mesmo.
E como está determinado que os homens morram uma só vez e a seguir haja o julgamento (pelo que sei primeiro há julgamento, a seguir penitência e após mudança para o mundo adequado ou morte do corpo natural porque de acordo com as nossas escolhas e acções vamos descendo ou subindo no mundo em que se está e quando surge a mudança de mundo há julgamento, penitência e então mudança)
assim também Jesus Cristo, depois de Se ter oferecido uma só vez para tomar sobre Si os pecados da multidão (Jesus Cristo toda a Sua vida Ele foi dando da Sua Vida aos outros até ao ponto em que deu a Sua vida natural, mas depois reganhou-a porque não a perdeu por acções negativas que tenha praticado), aparecerá segunda vez, sem a aparência do pecado, para dar a salvação àqueles que O esperam.
Evangelho segundo S. Marcos 12,38-44.
Naquele tempo, Jesus Cristo ensinava a multidão, dizendo: «Acautelai-vos dos escribas que gostam de exibir longas vestes, de receber cumprimentos nas praças,
de ocupar os primeiros assentos nas sinagogas e os primeiros lugares nos banquetes.
Devoram as casas das viúvas com pretexto de fazerem longas rezas (que eram pagas levando o que as viúvas tinham ou pediam). Estes receberão uma sentença mais severa».
Jesus Cristo sentou-Se em frente da arca do tesouro a observar como a multidão deitava o dinheiro na caixa. Muitos ricos deitavam quantias avultadas.
Veio uma pobre viúva e deitou duas pequenas moedas, isto é, um quadrante.
Jesus Cristo chamou os discípulos e disse-lhes: «Em verdade vos digo: Esta pobre viúva deitou na caixa mais do que todos os outros.
Eles deitaram do que lhes sobrava, mas ela, na sua pobreza, ofereceu tudo o que tinha, tudo o que possuía para viver».(na minha opinião, Jesus Cristo não está a fazer a apologia de se entregar tudo o que se tem e depois ficar de mão estendida; mas sim da relatividade dos factos. Os ricos, dando em quantidade monetária muito mais do que aquela viúva, mas aquela viúva dando tudo e eles dando quase nada porque o que davam não lhes fazia falta. É esta a perspectiva que o Senhor Jesus Cristo, naquele momento, quis ensinar, pois na mentalidade da época era a quantidade monetária que importava, incluindo para os sacerdotes.)


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos -
www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Tomás de Celano (c. 1190-c. 1260), biógrafo de São Francisco e de Santa Clara
«Vita prima» de São Francisco, §76
Dar tudo porque Jesus Cristo deu tudo
Francisco, pobrezinho e pai dos pobres, queria viver em tudo como pobre; sofria quando encontrava alguém mais pobre do que ele, não por vaidade, mas por causa da terna compaixão que os pobres suscitavam nele. Só queria ter uma túnica de tecido grosseiro e muito comum e ainda assim, acontecia-lhe bastas vezes partilhá-la com algum infeliz. No entanto, era um pobre muito rico, pois, movido pela sua grande caridade a socorrer os pobres sempre que podia, quando estava muito frio, ia ter com os ricos deste mundo e pedia-lhes que lhe emprestassem um sobretudo ou um casaco. Traziam-lhos mais depressa do que a pressa que ele se tinha dado em fazer o pedido. Ele então dizia: «Aceito com a condição de não esperarem que vo-los devolva.» E com o coração em festa, Francisco oferecia o que acabava de receber ao primeiro pobre que encontrava.
Nada lhe causava mais pena do que ver insultar um pobre ou que dissessem mal de qualquer criatura. Um dia, um irmão deixou escapar umas palavras que magoaram um pobre que pedia esmola: «Não serás por acaso um rico a fingir de pobre?» Estas palavras caíram muito mal a Francisco, o pai dos pobres, que infligiu ao delinquente uma terrível reprimenda e lhe ordenou que se despojasse das suas vestes na presença do pobre e lhe beijasse os pés, pedindo-lhe perdão. «Quem fala mal a um pobre», dizia, «injuria a Jesus Cristo, de quem o pobre é o mais nobre símbolo neste mundo, uma vez que Jesus Cristo por nós Se fez pobre neste mundo (cf 2Cor 8,9).»

Segunda-feira, dia 09 de Novembro de 2015

Dedicação da Basílica de Latrão – Festa


Festa da Igreja : Dedicação da Basílica de Latrão
Calendário da Igreja disponível este dia

Livro de Ezequiel 47,1-2.8-9.12.
Naqueles dias, (em visão, isto é, o corpo celeste do profeta vivendo a situação) o Anjo reconduziu-me à entrada do templo. Debaixo do limiar da porta saía água em direcção ao Oriente, pois a fachada do templo estava voltada para o Oriente. As águas corriam da parte inferior, do lado direito do templo, ao sul do altar.
O Anjo fez-me sair pela porta setentrional e contornar o templo por fora até à porta exterior que está voltada para o Oriente. As águas corriam do lado direito.
O Anjo disse-me: «Esta água corre para a região oriental, desce para Arabá e entra no mar para que as suas águas se tornem salubres.
Todo o ser vivo que se move na água onde chegar esta torrente (água viva, benta) terá novo alento e o peixe será mais abundante. Porque aonde esta água chegar, tornar-se-ão sãs as outras águas e haverá vida por toda a parte aonde chegar esta torrente.
À beira da torrente, nas duas margens, crescerá toda a espécie de árvores de fruto; a sua folhagem não murchará, nem acabarão os seus frutos. Todos os meses darão frutos novos porque as águas vêm do santuário. Os frutos servirão de alimento e as folhas de remédio».
Livro de Salmos 46(45),2-3.5-6.8-9.
Deus é o nosso refúgio e a nossa força,
auxílio sempre pronto na adversidade.
Por isso nada receamos ainda que a terra vacile
e os montes se precipitem no fundo do mar.

Os braços de um rio alegram a cidade de Deus,
a mais santa das moradas do Altíssimo.
Deus está no meio dela e a torna inabalável,
Deus a protege desde o romper da aurora.

O Senhor dos Exércitos está connosco,
o Deus de Jacob é a nossa fortaleza.
Vinde e contemplai as obras do Senhor,
as maravilhas que realizou na Terra.


Evangelho segundo S. João 2,13-22.
Estava próxima a Páscoa dos judeus e Jesus Cristo subiu a Jerusalém.
Encontrou no templo os vendedores de bois, de ovelhas e de pombas e os cambistas sentados às bancas.
Fez então um chicote de cordas e expulsou-os a todos do templo com as ovelhas e os bois; deitou por terra o dinheiro dos cambistas e derrubou-lhes as mesas
e disse aos que vendiam pombas: «Tirai tudo isto daqui; não façais da casa de meu Pai casa de comércio».
Os discípulos recordaram-se do que estava escrito: «Devora-me o zelo pela Tua casa».
Então os judeus tomaram a palavra e perguntaram-Lhe: «Que sinal nos dás de que podes proceder deste modo?».
Jesus Cristo respondeu-lhes: «Destruí este templo e em três dias o levantarei».
Disseram os judeus: «Foram precisos quarenta e seis anos para construir este templo e Tu vais levantá-lo em três dias?».
o Senhor Jesus Cristo, porém falava do templo do seu Corpo.
Por isso, quando Ele ressuscitou dos mortos, os discípulos lembraram-se do que tinha dito e acreditaram na Escritura e na palavra de Jesus.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos -
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Comentário do dia:
Santo Hilário (c. 315-367), bispo de Poitiers, doutor da Igreja
Tratado sobre o salmo 64
Jesus, porém, falava do templo do seu corpo.
O Senhor disse: «Aqui será o meu repouso para sempre» e «escolheu Sião como lugar de sua morada» (Sl 131,14). Mas Sião e o templo foram destruídos. Onde se erguerá então o trono eterno de Deus? Onde será o seu repouso para sempre? Onde será o seu templo, para que nele habite? O apóstolo Paulo responde-nos: «O templo de Deus sois vós; em vós habita o Espírito de Deus» (1Cor 3,16). Eis a casa e o templo de Deus, cheios da sua doutrina e do seu poder. Eles são o habitáculo da santidade do coração de Deus.
Mas é Deus quem edifica esta morada. Construída pela mão dos homens, ela não duraria; como não resistiria se fosse fundada sobre doutrinas humanas. Os nossos vãos labores e as nossas inquietações não bastam para a proteger. O Senhor resolve as coisas de outra maneira; Ele não pôs os seus alicerces sobre terra solta nem sobre areias movediças, mas assentou-a sobre os profetas e os apóstolos (Ef 2,20); ela é incessantemente construída com pedras vivas (1Ped 2,5) e desenvolver-se-á até às últimas dimensões do corpo de do Senhor Jesus Cristo. A sua edificação prossegue sem cessar; à sua volta erguem-se numerosas casas que se reúnem numa cidade grande e bem-aventurada (e afortunada) (Sl 121,3).


Terça-feira, dia 10 de Novembro de 2015

Terça-feira da 32ª semana do Tempo Comum


Santo do dia : S. Leão I Magno, papa, Doutor da Igreja, +461

Livro de Sabedoria 2,23-24.3,1-9.
Deus criou o homem para ser incorruptível e fê-lo à imagem da sua própria natureza.
Foi pela inveja do Diabo (essência de todo o egoísmo) que a morte entrou no mundo e experimentam-na aqueles que lhe pertencem.
Mas as almas dos justos estão na mão de Deus e nenhum tormento os atingirá.
Aos olhos dos insensatos parecem ter morrido; a sua saída deste mundo foi considerada uma desgraça
e a sua partida do meio de nós um aniquilamento. Mas eles estão em paz.
Aos olhos dos homens eles sofreram um castigo, mas a sua esperança estava cheia de imortalidade.
Depois de leve pena, terão grandes benefícios porque o Senhor Deus os pôs à prova e os achou dignos de Si.
Experimentou-os como ouro no crisol e aceitou-os como sacrifício de holocausto.
No tempo da recompensa hão-de resplandecer, correndo como centelhas através da palha.
Hão-de governar as nações e dominar os povos e o Senhor reinará sobre eles eternamente.
Os que n’Ele confiam compreenderão a verdade e os que Lhe são fiéis permanecerão com Ele no amor, pois a graça e a fidelidade são para os seus santos e a sua vinda será benéfica para os seus eleitos.
Livro de Salmos 34(33),2-3.16-17.18-19.
A toda a hora bendirei o Senhor,
o seu louvor estará sempre na minha boca.
A minha alma gloria-se no Senhor:
escutem e alegrem-se os humildes.

Os olhos do Senhor estão voltados para os justos
e os ouvidos atentos aos seus rogos.
A presença do Senhor volta-se contra os que fazem o mal,
para apagar da Terra a sua memória.

Os justos clamaram e o Senhor os ouviu,
livrou-os de todas as suas angústias.
O Senhor está perto dos que têm o coração atribulado
e salva os de ânimo abatido.


Evangelho segundo S. Lucas 17,7-10.
Naquele tempo, disse o Senhor: «Quem de vós, tendo um servo a lavrar ou a guardar gado, lhe dirá quando ele volta do campo: ‘Vem depressa sentar-te à mesa’?
Não lhe dirá antes: ‘Prepara-me o jantar e cinge-te para me servires até que eu tenha comido e bebido. Depois comerás e beberás tu’.
Terá de agradecer ao servo por lhe ter feito o que mandou?
Assim também vós, quando tiverdes feito tudo o que vos foi ordenado, dizei: ‘Somos inúteis servos: fizemos o que devíamos fazer’». (porque é que os obedientes são servos inúteis? Pois bem, porque servem na Igreja, mas nunca alcançarão a Vida porque, ao tentar a passagem, vão obedecer aos do mal/trevas, pensando que são do Bem/Deus e vão revoltar-se contra Deus, pois é esse o objectivo dos das trevas que se ficam a rir. Quando se é obediente, perde-se o sentido crítico que nos faz discernir e perceber o Bem do Mal. Claro que os senhores deste mundo fabricam obedientes; dá-lhes mais gozo e facilmente são levados para o seu mundo de escravos. O Bem não tem escravos, tem servos com sentido crítico e discernimento, felizes.)  


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Comentário do dia:
Santo Ambrósio (c. 340-397), bispo de Milão, doutor da Igreja
Sobre o Evangelho de S. Lucas 8, 31-32
«Somos inúteis servos»
Que ninguém se vanglorie do que faz, pois é de simples justiça que sirvamos o Senhor. [...] Enquanto vivermos, devemos trabalhar sempre para este nosso Senhor. Reconhece, pois que és um servo obrigado a um grande número de serviços. Não te envaideças por seres chamado «filho de Deus» (1Jo 3,1): reconheçamos esta graça, mas não esqueçamos a nossa natureza. Não te gabes de teres servido bem, pois fizeste o que devias fazer. O sol desempenha o seu papel, a lua obedece, os anjos cumprem os seus serviços. S. Paulo, «o instrumento escolhido pelo Senhor para os pagãos» (Act 9,15), escreve: «Eu não mereço o nome de apóstolo porque persegui a Igreja de Deus» (1Cor 15,9). E se mostra que não tem consciência de qualquer falta, acrescenta de seguida: «Mas nem por isso estou justificado» (1Cor 4,4). Não pretendamos pois ser louvados por nós próprios, nem antecipemos o julgamento de Deus.

Quarta-feira, dia 11 de Novembro de 2015

Quarta-feira da 32ª semana do Tempo Comum


Santo do dia : S. Martinho (de Tours), bispo, +397

Livro de Sabedoria 6,2-11.
Escutai, ó reis, e procurai compreender; aprendei governantes de toda a Terra. Prestai atenção, vós que reinais sobre as multidões e vos gloriais do número dos vossos povos!
Do Senhor recebestes o poder e do Altíssimo a soberania; Ele examinará as vossas obras e sondará as vossas intenções.
Sendo ministros do seu reino, não governastes com rectidão, não cumpristes a lei, nem seguistes a vontade do Senhor Deus.
Ele virá sobre vós, terrível e repentino, porque julga severamente os que dominam.
Ao mais pequeno perdoa-se por compaixão, mas os grandes serão examinados com rigor.
O Senhor de todos não teme ninguém nem Se impressiona com a grandeza. Ele criou o pequeno e o grande e a sua providência é igual para todos;
mas aos poderosos reserva um exame severo.
É a vós, soberanos, que se dirigem as minhas palavras a fim de aprenderdes a Sabedoria e não cairdes em falta.
Porque os que santamente tiverem guardado as leis santas serão declarados santos e os que nelas se tiverem instruído encontrarão segura defesa.
Procurai ouvir as minhas palavras, desejai-as ardentemente e sereis instruídos.
Livro de Salmos 82(81),3-4.6-7.
Defendei o órfão e o desprotegido,
fazei justiça ao humilde e ao pobre.
Salvai o oprimido e o indigente,
libertai-o das mãos dos ímpios.

O Senhor disse: «Vós sois divinos,
todos vós sois filhos do Altíssimo.
Mas como homens morrereis,
como os príncipes, todos vós sucumbireis».


Evangelho segundo S. Lucas 17,11-19.
Naquele tempo, indo Jesus Cristo a caminho de Jerusalém, passava entre a Samaria e a Galileia.
Ao entrar numa povoação, vieram ao seu encontro dez leprosos. Conservando-se a distância,
disseram em alta voz: «Jesus, Mestre, tem compaixão de nós».
Ao vê-los, Jesus Cristo disse-lhes: «Ide mostrar-vos aos sacerdotes». E sucedeu que no caminho ficaram limpos da lepra.
Um deles, ao ver-se curado, voltou atrás, glorificando a Deus em alta voz
e prostrou-se de rosto por terra aos pés do Senhor Jesus Cristo para Lhe agradecer. Era um samaritano.
Jesus Cristo, tomando a palavra, disse: «Não foram dez os que ficaram curados? Onde estão os outros nove?
Não se encontrou quem voltasse para dar glória a Deus senão este estrangeiro?».
E disse ao homem: «Levanta-te e segue o teu caminho; a tua fé te salvou». (que dizer? Obtiveram a cura e foram às suas vidinhas; já não precisavam de quem lhes deu Vida. Agradecidos; para quê? Tão importantes que eles são!)


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Comentário do dia:
Odes de Salomão (texto cristão hebraico do início do século II)
nº 2
«Prostrou-se de rosto por terra aos pés do Senhor Jesus Cristo para Lhe agradecer»
Jesus Cristo está perto de mim:
adiro a Ele e ele abraça-me.
Não teria sido capaz de amar o Senhor
se Ele não me tivesse amado primeiro.
Quem pode compreender o amor,
senão aquele que ama?

Abraço o amado e a minha alma acolhe-O,
quedando-se onde Ele repousa.
Não serei mais um estrangeiro para Ele
porque não há ódio no Senhor.
Estou ligado a Ele como a amante
que encontrou o seu amado.

Porque amo o Filho,
tornar-me-ei filho.
Sim, quem adere ao que não morre
também não morrerá.
Aquele que se compraz na Vida
permanecerá vivo.
Tal é o Espírito do Senhor que, sem mentira,
ensina os homens a conhecerem os seus caminhos.    

Quinta-feira, dia 12 de Novembro de 2015

Quinta-feira da 32ª semana do Tempo Comum


Santo do dia : S. Josafá Kuncevicz, monge, bispo, mártir, +1623

Livro de Sabedoria 7,22-30.8,1.
Na Sabedoria há um espírito inteligente, santo, único, multiforme, subtil, veloz, perspicaz, sem mancha; um espírito lúcido, inalterável, amigo do bem; penetrante,
irreprimível, benfazejo, amigo dos homens; firme, seguro, sereno; ele tudo pode, tudo abrange e penetra todos os espíritos, os mais inteligentes, mais puros e mais subtis.
A Sabedoria é mais ágil do que todo o movimento, atravessa e penetra tudo, graças à sua pureza.
Ela é um sopro do poder de Deus, emanação pura da glória do Omnipotente; por isso nenhuma impureza a pode atingir.
Ela é o esplendor da luz eterna, espelho puríssimo da actividade de Deus, imagem da sua bondade.
Sendo única, ela tudo pode e, imutável em si mesma, tudo renova. Ela comunica-se de geração em geração pelas almas santas e forma os amigos de Deus e os profetas,
pois Deus só ama quem habita com a Sabedoria.
Ela é mais formosa do que o sol e supera todas as constelações. Comparada com a luz, aparece mais excelente porque à luz sucede a noite, mas a maldade nada pode contra a Sabedoria.
pois a luz dá lugar à noite, mas sobre a sabedoria não prevalece o mal.
Estende o seu vigor de um extremo ao outro da Terra e tudo governa com harmonia.
Livro de Salmos 119(118),89.90.91.130.135.175.
Senhor, a vossa palavra permanece para sempre
imutável como os céus.
A vossa fidelidade mantém-se de geração em geração
como a Terra que formastes e permanece.

Pela vossa vontade perduram as coisas até este dia
porque todas elas Vos estão sujeitas.
A manifestação das vossas palavras ilumina
e dá inteligência aos simples.

Fazei brilhar a vossa face sobre o vosso servo
e dai-me a conhecer os vossos decretos.
Viva a minha alma para Vos louvar
e os vossos juízos venham em meu auxílio.


Evangelho segundo S. Lucas 17,20-25.
Naquele tempo, os fariseus perguntaram a Jesus Cristo quando viria o reino de Deus e Ele respondeu-lhes, dizendo: «O reino de Deus não vem de maneira visível,
nem se dirá: ‘Está aqui ou ali’ porque o reino de Deus está no meio de vós».
Depois disse aos seus discípulos: «Dias virão em que desejareis ver um dia do Filho (do homem) e não o vereis.
Hão-de dizer-vos: ‘Está ali’ ou ‘Está aqui’. Não queirais ir nem os sigais.
Pois assim como o relâmpago que faísca de um lado do horizonte e brilha até ao lado oposto assim será o Filho (do homem semelhante) no seu dia.
Mas primeiro tem de sofrer muito e ser rejeitado por esta geração».(porque não havia dos seus)


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Comentário do dia:
Santa Teresinha do Menino Jesus (1873-1897), carmelita, doutora da Igreja
Manuscrito autobiográfico A, 83 v.
«O reino de Deus está no meio de vós»
É especialmente o Evangelho que me ocupa durante as minhas orações; nele encontro tudo o que é necessário à minha pobre alma. Nele encontro sempre novas luzes, sentidos escondidos e misteriosos. […]
Compreendo e sei por experiência que «o Reino de Deus está dentro de nós». O Senhor Jesus Cristo não precisa de livros nem de doutrinas para instruir as almas; Ele, que é o Doutor dos doutores, que ensina sem ruído de palavras. Nunca O ouvi falar, mas sinto que Ele está em mim; em cada instante, Ele guia-me e inspira-me o que devo dizer ou fazer. Descubro, precisamente no momento em que delas necessito, luzes que nunca tinha visto e não é especialmente durante as minhas orações que essas luzes me são dadas, é antes no meio das ocupações do meu dia.

Sexta-feira, dia 13 de Novembro de 2015

Sexta-feira da 32ª semana do Tempo Comum


Santo do dia : Santo Estanislau Kostka, religioso, +1568, S. Diogo de Alcalá, religioso, +1463

Livro de Sabedoria 13,1-9.
Todos os homens que vivem na ignorância do Senhor Deus são verdadeiramente insensatos porque, pelos bens visíveis, não foram capazes de conhecer Aquele que é nem reconheceram o Artífice pela consideração das suas obras.
Mas foi o fogo, o vento, o ar ligeiro, o ciclo dos astros, a água impetuosa ou os luzeiros do céu que eles tomaram como deuses e senhores do mundo.
Se, fascinados pela beleza das coisas, as tomaram por deuses, reconheçam quanto é mais excelente o seu Senhor, pois foi o Autor da beleza que as criou.
Se o que os impressionou foi a sua força e energia, compreendam quanto é mais poderoso Aquele que as fez.
Porque a grandeza e a beleza das criaturas conduzem, por analogia, à contemplação do seu Autor.
Contudo esses homens incorrem apenas em ligeira censura porque talvez se extraviem, buscando a Deus e desejando encontrá-l’O:
ocupados na investigação das suas obras, deixam-se seduzir pelas aparências, pois são belas as coisas que vêm.
Mas nem esses têm desculpa:
se conseguiram obter tanta ciência que podem examinar o mundo, como não encontraram mais depressa o Senhor do mundo?
Livro de Salmos 19(18),2-3.4-5.
Os céus proclamam a glória de Deus
e o firmamento anuncia a obra das suas mãos.
O dia transmite ao outro esta mensagem
e a noite a dá a conhecer à outra noite.

Não são palavras nem linguagem
cujo sentido se não perceba.
O seu eco ressoou por toda a Terra
e a sua notícia até aos confins do mundo.


Evangelho segundo S. Lucas 17,26-37.
Naquele tempo, disse o Senhor Jesus Cristo aos seus discípulos: «Como sucedeu nos dias de Noé assim será também nos dias do Filho (do homem):
Comiam e bebiam, casavam e davam-se em casamento até ao dia em que Noé entrou na arca. Então veio o dilúvio que os fez perecer a todos.
Do mesmo modo sucedeu nos dias de Lot: Comiam e bebiam, compravam e vendiam, plantavam e construíam.
Mas no dia em que Lot saiu de Sodoma, Deus mandou do céu uma chuva de fogo e enxofre que os fez perecer a todos.
Assim será no dia em que Se manifestar o Filho (do homem).
Nesse dia, quem estiver no terraço e tiver coisas em casa não desça para as tirar e quem estiver no campo não volte atrás.
Lembrai-vos da mulher de Lot.
Quem procurar salvar a vida (do corpo natural) há-de perdê-la (a Vida) e quem a (do corpo natural) perder há-de salvá-la (a Vida).
Eu vos digo que, nessa noite, estarão dois num leito: um será tomado e o outro deixado;
estarão duas mulheres a moer juntamente: uma será tomada e a outra deixada;
Dois homens estarão no campo: um será tomado e o outro será deixado».
Então os discípulos perguntaram a Jesus Cristo: «Senhor, onde será isto?». Ele respondeu-lhes: «Onde estiver o corpo, aí se juntarão os abutres».(isto é, onde está a Vida, aí se juntará a Morte, os do Mal)


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos -
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Comentário do dia:
São Romano, o Melodista (?-c. 560), compositor de hinos
Hino de Noé
Deus espera a nossa conversão
Quando contemplo a ameaça suspensa sobre os culpados no tempo de Noé, tremo, eu que também sou culpado de pecados abomináveis. [...] O Criador começou por ameaçar os homens de então porque esperava o tempo da sua conversão (de passarem apenas a praticar o Bem e deixaram a justiça para os decisores do Senhor Deus). Também para nós virá a hora final que desconhecemos e que até aos anjos foi ocultada (Mt 24,36). Nesse último dia, Jesus Cristo, o Senhor de antes dos séculos, virá cavalgando nas nuvens para julgar a Terra como viu Daniel (7,13). Antes de esta hora cair sobre nós, supliquemos-Lhe: «Salva da tua cólera todos os homens, pelo amor que nos tens, ó Redentor do Universo» [...]
O Amigo dos homens, vendo a maldade que então reinava, disse a Noé: «O fim de toda a humanidade chegou diante de Mim, pois ela encheu a Terra de violência. Vou exterminá-la juntamente com a Terra» (Gn 6,13); «só a ti reconheci como justo nesta geração» (Gn 7,1). Constrói uma arca de madeiras resinosas; [...] como matriz, ela carregará as sementes das espécies futuras. Fá-la-ás como uma casa, à imagem da Igreja. [...] Nela te guardarei, a ti, que Me rezas com fé: «Salva da tua cólera todos os homens, pelo amor que nos tens, ó Redentor do universo!»
Com inteligência, o eleito cumpriu a sua obra [...] e pedia com fé aos homens sem fé: «Depressa! Saí do pecado, rejeitai a maldade, arrependei-vos! Lavai com lágrimas a mácula das vossas almas, reconciliai-vos pela fé no poder do nosso Deus [...].» Mas os filhos da rebelião não se converteram. À perversidade, acrescentaram ainda a dureza de coração. Então Noé implorou a Deus com lágrimas: «Fizeste-me nascer do seio da minha mãe; salva-me dentro desta arca. Porque vou fechar-me nesta espécie de sepultura, mas, quando me chamares, dela sairei pela tua força! Nela, vou prefigurar desde agora a ressurreição de todos os homens quando salvares os justos do fogo como a mim me salvas das ondas do mal, arrancando-me do meio dos ímpios, eu que Te rezo com fé, a Ti, compassivo Juiz: 'Salva da tua cólera todos os homens, pelo amor que nos tens, ó Redentor do universo!'»

Sábado, dia 14 de Novembro de 2015

Sábado da 32.a semana do Tempo Comum


Santo do dia : S. José Pignatelli, presbítero, +1811

Livro de Sabedoria 18,14-16.19,6-9.
Quando um silêncio profundo envolvia todas as coisas e a noite estava no meio do seu curso,
a vossa palavra omnipotente, Senhor, veio do alto dos Céus, do seu trono real. Como implacável guerreiro, para o meio de uma terra de ruína, trazia, como espada afiada,
o vosso decreto irrevogável. Parou e encheu de morte o universo; tocava o céu e caminhava sobre a terra.
Toda a criação, obedecendo às vossas ordens, tomava novas formas segundo a sua natureza para guardar sãos e salvos os vossos filhos.
Viu-se a nuvem cobrir de sombra o acampamento, a terra enxuta surgir do que antes era água, o Mar Vermelho tornar-se um caminho livre e as ondas impetuosas uma planície verdejante.
Por ali passou um povo inteiro, protegido pela vossa mão, contemplando prodígios admiráveis.
Expandiram-se como cavalos na pradaria e saltavam como cordeiros, cantando a vossa glória, Senhor, seu libertador.
Livro de Salmos 105(104),2-3.36-37.42-43.
Cantai salmos e hinos ao Senhor,
proclamai todas as suas maravilhas.
Gloriai-vos no seu nome santo,
exulte o coração dos que procuram o Senhor.

Feriu de morte todos os primogénitos do Egipto,
as primícias da sua raça
e fez sair o seu povo carregado de prata e ouro
e não havia enfermo nas suas tribos.

Não Se esqueceu da palavra sagrada
que dera a Abraão, seu servo;
e fez sair o povo com alegria,
os seus eleitos com gritos de júbilo.


Evangelho segundo S. Lucas 18,1-8.
Naquele tempo, o Senhor Jesus Cristo disse aos seus discípulos uma parábola sobre a necessidade de orar sempre sem desanimar:
«Em certa cidade, vivia um juiz que não temia a Deus nem respeitava os homens.
Havia naquela cidade uma viúva que vinha ter com ele e lhe dizia: ‘Faz-me justiça contra o meu adversário’.
Durante muito tempo ele não quis atendê-la. Mas depois disse consigo: ‘É certo que eu não temo a Deus nem respeito os homens;
mas porque esta viúva me importuna, vou fazer-lhe justiça para que não venha incomodar-me indefinidamente’».
E o Senhor acrescentou: «Escutai o que diz o juiz iníquo!...
E o Senhor Deus não havia de fazer justiça aos seus eleitos, que por Ele clamam dia e noite e iria fazê-los esperar muito tempo?
Eu vos digo que lhes fará justiça bem depressa. Mas quando voltar, o Filho do homem encontrará fé sobre a Terra?». (encontrará ainda gente crente, com Vida? Acredito que sim! Eles são ilustres desconhecidos que não estão entre os convidados porque assim seriam mais facilmente destruídos)


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos -
www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
Discursos sobre os salmos, Sl 37, 14
«Jesus disse aos seus discípulos uma parábola sobre a obrigação de orar sempre»
«Senhor, diante de Vós está todo o meu desejo» (Sl 37,10). […] O teu desejo é a tua oração; se o teu desejo for contínuo, a tua oração também será contínua. Não foi por acaso que o apóstolo Paulo disse: «Orai sem cessar» (1Tes 5,17). Di-lo-á porque sem cessar nos ajoelhamos, nos prostramos ou levantamos as mãos para Deus? Se dissermos que só nestas condições é que oramos, não creio que o possamos fazer sem cessar.
Mas há uma outra oração, interior, que não cessa: é o desejo. Qualquer que seja a ocupação a que te entregues, se desejares aquele repouso do sabbath de que falamos, rezarás sem cessar. Se não quiseres deixar de orar, não deixes de desejar.
O teu desejo é contínuo? Então o teu grito será contínuo. Só te calarás se deixares de amar. Quem são os que se calaram? São aqueles de quem se diz: «E por se multiplicar a iniquidade, resfriará a caridade da maioria» (Mt 24,12). A caridade que arrefece é o coração que se cala; a caridade que arde é o coração que grita. Se a caridade subsistir sem cessar, gritarás sem cessar; se gritares sem cessar, é porque continuas a desejar; se estiveres cheio deste desejo, é porque pensas no repouso eterno.
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