sábado, 31 de outubro de 2015

Cristianismo 130 até 31-10-2015


 

"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68

Domingo, dia 25 de Outubro de 2015

30º Domingo do Tempo Comum - Ano B

Eis o que diz o Senhor: «Soltai brados de alegria por causa de Jacob, enaltecei a primeira das nações. Fazei ouvir os vossos louvores e proclamai: ‘O Senhor salvou o seu povo, o resto de Israel’.
Vou trazê-los das terras do Norte e reuni-los dos confins do mundo. Entre eles vêm o cego e o coxo, a mulher que vai ser mãe e a que já deu à luz. É uma grande multidão que regressa.
Eles partiram com lágrimas nos olhos e Eu vou trazê-los no meio de consolações. Levá-los-ei às águas correntes por caminho plano em que não tropecem porque Eu sou um Pai para Israel e Efraim é o meu primogénito».
Livro de Salmos 126(125),1-2ab.2cd-3.4-5.6.
Quando o Senhor fez regressar os cativos de Sião,
parecia-nos viver um sonho.
Da nossa boca brotavam expressões de alegria
e de nossos lábios cânticos de júbilo.

Diziam então os pagãos:
«O Senhor fez por eles grandes coisas».
Sim, grandes coisas fez por nós o Senhor,
estamos exultantes de alegria.

Fazei regressar, Senhor, os nossos cativos
como as torrentes do deserto.
Os que semeiam em lágrimas recolhem com alegria.
À ida, vão a chorar, levando as sementes;
à volta, vêm a cantar, trazendo os molhos de espigas.

Carta aos Hebreus 5,1-6.
Todo o sumo sacerdote, escolhido de entre os homens, é constituído em favor dos homens, nas suas relações com Deus para oferecer dons e sacrifícios pelos pecados.
Ele pode ser compreensivo para com os ignorantes e os transviados porque também ele está revestido de fraqueza
e, por isso, deve oferecer sacrifícios pelos próprios pecados e pelos do seu povo.
Ninguém atribui a si próprio esta honra, senão quem foi chamado por Deus, como Aarão.
Assim também não foi Jesus Cristo que tomou para Si a glória de Se tornar sumo sacerdote; deu-Lha Aquele que Lhe disse: «Tu és meu Filho, Eu hoje Te gerei»
e como disse ainda noutro lugar: «Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedec».
Evangelho segundo S. Marcos 10,46-52.
Naquele tempo, quando Jesus Cristo ia a sair de Jericó com os discípulos e uma grande multidão, estava um cego, chamado Bartimeu, filho de Timeu, a pedir esmola à beira do caminho.
Ao ouvir dizer que era Jesus de Nazaré que passava, começou a gritar: «Jesus, Filho de David, tem piedade de mim».
Muitos repreendiam-no para que se calasse, mas ele gritava cada vez mais: «Filho de David, tem piedade de mim».
Jesus Cristo parou e disse: «Chamai-o». Chamaram então o cego e disseram-lhe: «Coragem! Levanta-te que Ele está a chamar-te».
O cego atirou fora a capa, deu um salto e foi ter com Jesus Cristo.
Jesus perguntou-lhe: «Que queres que Eu te faça?». O cego respondeu-Lhe: «Mestre, que eu veja».
Jesus Cristo disse-lhe: «Vai: a tua fé te salvou». Logo ele recuperou a vista e seguiu Jesus Cristo pelo caminho.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São Gregório de Nissa (c. 335-395), monge, bispo
A Vida de Moisés, II, 231-233, 251-253 (a partir da trad. de cf. SC Iter, pp. 265ss.)
«Logo ele recuperou a vista e seguiu Jesus pelo caminho»
[No Monte Sinai, Moisés disse ao Senhor: «Mostra-me a tua glória». Deus respondeu-lhe: «Farei passar diante de ti toda a minha bondade [...], mas tu não poderás ver a minha face» (Ex 33,18ss) (porque o Senhor Deus é invisível).] Experimentar este desejo parece-me porvir de uma alma animada pelo amor à beleza essencial, uma alma a quem a esperança não pára de conduzir da beleza que já viu para aquela que está para além. [...] Este pedido audacioso que ultrapassa os limites do desejo, almeja pela beleza que está para além do espelho, do reflexo para a ver face a face. A voz divina satisfaz o pedido, recusando-o simultaneamente [...]: a magnanimidade de Deus concede-lhe a satisfação do desejo, mas, ao mesmo tempo, não lhe promete repouso nem saciedade. [...] É nisto que consiste a verdadeira visão de Deus: quem para Ele eleva os olhos nunca mais cessa de O desejar. É por isso que Ele diz: «não poderás ver a minha face». [...]
O Senhor que tinha respondido a Moisés exprime-Se da mesma forma aos seus discípulos, clarificando o sentido desta simbologia. Ele diz «Se alguém quiser vir após Mim», (Lc 9,23) e não: «Se alguém quiser ir à minha frente». Ao que Lhe faz um pedido a respeito da vida eterna, propõe o mesmo: «Vem e segue-Me» (Lc 18,22). Ora aquele que segue, caminha virado para as costas daquele que o guia. Portanto o ensinamento que Moisés recebe sobre a maneira pela qual é possível ver a Deus é este: ver a Deus é segui-Lo para onde Ele conduzir. [...]
Com efeito, aquele que não conhece o caminho não pode viajar em segurança se não seguir o guia. Este precede-o, mostrando-lhe o caminho; por isso, quem o segue não se desviará do caminho se se mantiver virado para as costas daquele que o conduz. Com efeito, se se deixar ir ao lado ou de frente para o guia tomará uma via diferente da indicada. Por isso, Deus diz àquele a quem conduz: «Não poderás ver a minha face», o que significa: «Não olhes de frente o teu guia» porque, se assim fizesses, correrias num sentido que Lhe é contrário. [...] Como vês, é importante aprender a seguir a Deus: para aquele que assim O segue nenhuma contradição do mal se poderá opor ao seu caminhar.

Segunda-feira, dia 26 de Outubro de 2015

Segunda-feira da 30ª semana do Tempo Comum


Santo do dia : Santo Evaristo, papa, mártir, +107

Carta aos Romanos 8,12-17.
Irmãos: Já não somos devedores à carne para vivermos segundo a carne.
Se viverdes segundo a carne, morrereis; mas se pelo Espírito fizerdes morrer as obras da carne, vivereis
porque todos os que são conduzidos pelo Espírito de Deus são filhos de Deus.
Vós não recebestes um espírito de escravidão para recair no temor, mas o Espírito de adopção filial, pelo qual exclamamos: «Abba, Pai».
O próprio Espírito Santo dá testemunho, em união com o nosso espírito, de que somos filhos de Deus.
Se somos filhos, também somos herdeiros, herdeiros de Deus e herdeiros com Jesus Cristo; Se sofrermos com Ele, também com Ele seremos glorificados.
Livro de Salmos 68(67),2.4.6-7ab.20-21.
Levanta-Se Deus, dispersam-se os inimigos
e fogem diante d’Ele os que O odeiam.
Os justos, porém alegram-se
e exultam na presença de Deus

e transbordam de alegria.
Pai dos órfãos e defensor das viúvas,
é Deus na sua morada santa.
Aos abandonados, Deus prepara uma casa,

conduz os cativos à liberdade.
Bendito seja o Senhor, dia após dia:
preocupa-Se connosco o Deus, nosso Salvador.
O nosso Deus é um Deus que salva,

da morte nos livra o Senhor.


Evangelho segundo S. Lucas 13,10-17.
Naquele tempo, estava Jesus Cristo a ensinar ao sábado numa sinagoga.
Apareceu lá uma mulher com um espírito que a tornava enferma havia dezoito anos; andava curvada e não podia de modo algum endireitar-se.
Ao vê-la, Jesus Cristo chamou-a e disse-lhe: «Mulher, estás livre da tua enfermidade»
e impôs-lhe as mãos. Ela endireitou-se logo e começou a dar glória a Deus,
mas o chefe da sinagoga, indignado por Jesus Cristo ter feito uma cura ao sábado, tomou a palavra e disse à multidão: «Há seis dias para trabalhar. Portanto vinde curar-vos nesses dias e não no dia de sábado».
O Senhor respondeu: «Hipócritas! Não solta cada um de vós do estábulo o seu boi ou o seu jumento ao sábado para o levar a beber?
E esta mulher, filha de Abraão, que Satanás prendeu há dezoito anos, não devia libertar-se desse jugo no dia de sábado?».
Enquanto Jesus Cristo assim falava, todos os seus adversários ficaram envergonhados e a multidão alegrava-se com todas as maravilhas que Ele realizava.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Homilia atribuída a Eusébio de Alexandria (século V)
Sermões sobre o domingo, 16, 1-2; PG 86, 416-421
O Sábado torna-se o primeiro dia da nova criação
A semana comporta evidentemente sete dias: Deus deu-nos seis para trabalharmos e deu-nos um para rezarmos, repousarmos e nos libertarmos dos nossos pecados. [...]
Vou expor-te as razões pelas quais a tradição de guardarmos o domingo e de nos abstermos de trabalhar nos foi transmitida. Quando o Senhor confiou o sacramento aos discípulos, «tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e deu-o aos seus discípulos, dizendo: "Tomai e comei, este é o meu corpo entregue por vós em remissão dos pecados." Da mesma forma, deu-lhes o cálice dizendo: "Bebei todos, este é o meu sangue, o sangue da Nova Aliança, derramado por vós e pela multidão em remissão dos pecados. Fazei isto em memória de mim."» (Mt 26,26ss; 1Cor 11,24). O dia santo de domingo é, pois aquele em que se faz memória do Senhor. Por isso é que se lhe chama «dia do Senhor». E ele é como o senhor dos dias. Com efeito, antes da Paixão do Senhor, não era chamado «dia do Senhor», mas «primeiro dia».
Nesse dia, o Senhor estabeleceu o fundamento da ressurreição, quer dizer, empreendeu a criação; nesse dia, deu ao mundo as primícias da ressurreição; nesse dia, como dissemos, mandou celebrar os santos mistérios. Esse dia foi, pois o começo de toda a graça: início da criação do mundo, início da ressurreição, início da semana. Esse dia, que comporta em si próprio três começos, prefigura a primazia da Santíssima Trindade.

Terça-feira, dia 27 de Outubro de 2015

Terça-feira da 30ª semana do Tempo Comum

Irmãos: Eu penso que os sofrimentos do tempo presente não têm comparação com a glória que se há-de manifestar em nós.
Na verdade, as criaturas esperam ansiosamente a revelação dos filhos de Deus.
Elas estão sujeitas à vã situação do mundo, não por sua vontade, mas por vontade d’Aquele que as submeteu
com a esperança de que as mesmas criaturas sejam também libertadas da corrupção que escraviza para receberem a gloriosa liberdade dos filhos de Deus.
Sabemos que toda a criatura geme ainda agora e sofre as dores da maternidade.
E não só ela, mas também nós que possuímos as primícias do Espírito, gememos interiormente, esperando a adopção filial e a libertação do nosso corpo.
É em esperança que estamos salvos, pois ver o que se espera não é esperança: quem espera o que já vê?
Mas esperar o que não vemos é esperá-lo com perseverança.
Livro de Salmos 126(125),1-2ab.2cd-3.4-5.6.
Quando o Senhor fez regressar os cativos de Sião,
parecia-nos viver um sonho.
Da nossa boca brotavam expressões de alegria
e de nossos lábios cânticos de júbilo.

Diziam então os pagãos:
«O Senhor fez por eles grandes coisas».
Sim, grandes coisas fez por nós o Senhor,
estamos exultantes de alegria.

Fazei regressar, Senhor, os nossos cativos
como as torrentes do deserto.
Os que semeiam em lágrimas recolhem com alegria.
À ida, vão a chorar, levando as sementes;
à volta, vêm a cantar, trazendo os molhos de espigas.

Evangelho segundo S. Lucas 13,18-21.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo: «A que é semelhante o reino de Deus, a que hei-de compará-lo?
É semelhante ao grão de mostarda que um homem tomou e lançou na sua horta. Cresceu, tornou-se árvore e as aves do céu vieram abrigar-se nos seus ramos».
Jesus Cristo disse ainda: «A que hei-de comparar o reino de Deus?
É semelhante ao fermento que uma mulher tomou e misturou em três medidas de farinha até ficar tudo levedado».


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São Máximo de Turim (?-c. 420), bispo
Sermão 26
«É semelhante a um grão de mostarda que um homem tomou e deitou no seu quintal»
A propósito do que diz o Evangelho: «Um homem tomou-o e deitou-o no seu quintal», que homem é esse, em vossa opinião, que semeou o grão que recebeu como um grão de mostarda no seu pequeno jardim? Penso que é aquele sobre o qual o Evangelho diz: «Um membro do Conselho, chamado José, natural de Arimateia [...], foi ter com Pilatos, pediu-lhe o corpo de Jesus Cristo e, descendo-O da cruz, envolveu-O num lençol e depositou-O num sepulcro preparado no seu jardim» (Lc 23,50-53). É por essa razão que as Escrituras dizem: «Um homem tomou-o e deitou-o no seu jardim».
No jardim de José misturavam-se perfumes de diversas flores, mas um grão como aquele nunca lá tinha sido deitado. O jardim espiritual da sua alma rescendia ao perfume das suas virtudes, mas Jesus Cristo ainda não tinha sido aí colocado. Ao sepultar o Salvador no monumento do seu jardim, ele acolheu-O mais profundamente no fundo do seu coração.

Quarta-feira, dia 28 de Outubro de 2015

S. Simão e S. Judas, Apóstolos – Festa


Santo do dia : S. Simão e S. Judas Tadeu, apóstolos

Carta aos Efésios 2,19-22.
Irmãos: Já não sois estrangeiros nem imigrantes, mas sois concidadãos dos santos e membros da casa de Deus,  
edificados sobre o alicerce dos Apóstolos e dos Profetas, tendo por pedra angular o próprio Cristo Jesus.
É nele que toda a construção, bem ajustada, cresce para formar um templo santo, no Senhor.
É nele que também vós sois integrados na construção para formardes uma habitação de Deus, pelo Espírito.
Livro de Salmos 19(18),2-3.4-5.
Os céus proclamam a glória de Deus
e o firmamento anuncia a obra das suas mãos.
O dia transmite ao outro esta mensagem
e a noite a dá a conhecer à outra noite.

Não são palavras nem linguagem
cujo sentido se não perceba.
O seu eco ressoou por toda a terra
e a sua notícia até aos confins do mundo.


Evangelho segundo S. Lucas 6,12-19.
Naqueles dias, Jesus Cristo subiu ao monte para rezar e passou a noite em oração a Deus.
Quando amanheceu, chamou os discípulos e escolheu doze entre eles, a quem deu o nome de apóstolos:
Simão, a quem deu também o nome de Pedro, e seu irmão André; Tiago e João; Filipe e Bartolomeu,
Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado o Zelota;
Judas, irmão de Tiago, e Judas Iscariotes, que veio a ser o traidor.
Depois desceu com eles do monte e deteve-Se num sítio plano com numerosos discípulos e uma grande multidão de pessoas de toda a Judeia, de Jerusalém e do litoral de Tiro e de Sidónia.
Tinham vindo para ouvir Jesus Cristo e serem curados das suas doenças. Os que eram atormentados por espíritos impuros também ficavam curados.
Toda a multidão procurava tocar Jesus Cristo porque saía d’Ele uma força que a todos sarava (a Vida, a presença do Senhor Deus em nós).


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São Cirilo de Alexandria (380-444), bispo, doutor da Igreja
Comentários sobre o evangelho de João
«Escolheu doze entre eles, a quem deu o nome de apóstolos»
Nosso Senhor Jesus Cristo instituiu guias e mestres para o mundo inteiro e «dispensadores dos mistérios divinos» (1Cor 4,1). E ordenou-lhes que brilhassem e iluminassem como archotes (a Vida), não só os judeus […], mas os homens que habitam em toda a superfície da terra. É, portanto verdadeira esta palavra de São Paulo: «Ninguém atribui esta honra a si mesmo; recebemo-la por vocação de Deus» (Heb 5,4). […]
Se Ele achava que devia enviar os seus discípulos como o Pai o tinha enviado a Ele (Jo 20,21), era necessário que estes, chamados a ser seus seguidores, descobrissem para que tarefa tinha o Pai enviado o Filho. Por isso nos explicou de diversas maneiras o carácter da sua própria missão. Disse um dia: «Não vim chamar os justos, mas os pecadores para que eles se convertam (deixem de praticar o mal e assim há mais gente feliz na Terra)» (Lc 5,32). E também: «Eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou» (Jo 6,38). E de outra vez: «Deus não enviou o seu Filho ao mundo para o julgar, mas para que o mundo seja salvo por Ele» (Jo 3,17).
Resumia em algumas palavras a função dos apóstolos, dizendo que os tinha enviado como o Pai O tinha enviado a Ele; saberiam assim que lhes competia chamar os pecadores à conversão, cuidar dos doentes, corporal e espiritualmente e, nas suas funções de dispensadores, não procurar de modo algum fazer a sua própria vontade, mas a vontade daquele que os tinha enviado a fim de salvarem o mundo na medida em que ele aceitasse os ensinamentos do Senhor.

Quinta-feira, dia 29 de Outubro de 2015

Quinta-feira da 30ª semana do Tempo Comum


Santo do dia : S. Narciso, bispo de Jerusalém, +212, Santa Ermelinda, virgem, eremita, séc. VI, Beata Chiara Luce Badano, virgem +1990

Carta aos Romanos 8,31b-39.
Irmãos: Se Deus está por nós, quem estará contra nós?
Deus, que não poupou o seu próprio Filho, mas O entregou à morte por todos nós, como não havia de nos dar, com Ele, todas as coisas?
Quem acusará os eleitos de Deus, se Deus os justifica?
E quem os condenará, se Cristo Jesus morreu e, mais ainda, ressuscitou, está à direita de Deus e intercede por nós?
Quem poderá separar-nos do amor de Jesus Cristo? A tribulação, a angústia, a perseguição, a fome, a nudez, o perigo ou a espada?
Assim está escrito: «Por tua causa somos sujeitos à morte o dia inteiro; somos tomados como ovelhas para o matadouro».
Mas em tudo isto somos vencedores, graças Àquele que nos amou.
Na verdade, eu estou certo de que nem a morte nem a vida, nem os Anjos nem os Principados, nem o presente nem o futuro, nem as Potestades
nem a altura nem a profundidade nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que se manifestou em Cristo Jesus, nosso Senhor.
Livro de Salmos 109(108),21-22.26-27.30-31.
Senhor, vinde em meu auxílio,
por amor do vosso nome, livrai-me,
pela vossa grande misericórdia,
porque sou pobre e indigente
e tenho o coração amargurado.

Socorrei-me, Senhor Deus,
salvai-me pela vossa bondade
e reconheçam que isto é obra das vossas mãos,
que fostes Vós, Senhor, que assim fizestes.

Agradecerei bem alto ao Senhor,
louvá-l’O-ei no meio da multidão,
porque Ele Se coloca à direita do pobre
para o salvar dos que o condenam.


Evangelho segundo S. Lucas 13,31-35.
Naquele dia, aproximaram-se alguns fariseus que disseram a Jesus Cristo: «Vai-te daqui porque Herodes quer matar-te».
Jesus Cristo respondeu-lhes: «Ide dizer a essa raposa: Eu expulso demónios e realizo curas hoje e amanhã; ao terceiro dia chego ao meu fim.
Mas hoje, amanhã e depois de amanhã, devo seguir o meu caminho porque não é possível que um profeta morra fora de Jerusalém.
Jerusalém, Jerusalém que matas os profetas e apedrejas aqueles que te são enviados! Quantas vezes Eu quis reunir os teus filhos como a galinha recolhe os pintainhos debaixo das suas asas! Mas vós não quisestes.
Pois bem. A vossa casa vai ficar abandonada. E Eu vos digo: Não voltareis a ver-Me até chegar o dia em que direis: ‘Bendito o que vem em nome do Senhor!’».


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São Jerónimo (347-420), presbítero, tradutor da Bíblia, doutor da Igreja
Carta 58, 2-4
«A Jerusalém do alto é livre e ela é nossa mãe» (Gal 4, 26)
Não é por termos estado em Jerusalém que devemos felicitar-nos, mas por termos vivido bem. A cidade que é preciso procurar não é aquela que matou os profetas e verteu o sangue de Jesus Cristo, mas aquela que um rio impetuoso enche de júbilo, aquela que, construída sobre uma montanha, não pode ser escondida, aquela que o apóstolo Paulo proclama ser mãe dos santos e na qual os justos se regozijam de habitar (Sl 45,5; Mt 5,14; Gal 4,26) [...]. Não ousarei limitar o poder de Deus a uma região ou confinar num recanto da terra Aquele que o céu não pode conter. Cada crente é apreciado pelo mérito da sua fé e não pelo lugar em que habita e os verdadeiros adoradores não têm necessidade de Jerusalém ou do monte Garizim para adorar o Pai porque «Deus é espírito» e os seus adoradores devem «adorá-Lo em espírito e verdade» (Jo 4,21-23). Ora «o Espírito sopra onde quer» (Jo 3,8) e «a terra é do Senhor assim como tudo o que ela contém» (Sl 23,1). [...]
Os lugares santos da cruz e da ressurreição só são úteis aos que levam a sua cruz, ressuscitam com Jesus Cristo cada dia e se mostram dignos de habitar em tais lugares. Quanto aos que dizem: «Templo do Senhor, Templo do Senhor, Templo do Senhor» (Jer 7,4), ouçam esta palavra do apóstolo: «Vós é que sois o templo de Deus, se o Espírito Santo habita em vós» (1Cor 3,16). [...]
Não creio que falte alguma coisa à tua fé por não teres visto Jerusalém nem não me julgo melhor por habitar neste lugar. Mas, aqui ou noutro sítio, receberás igual recompensa segundo as tuas obras perante Deus.

Sexta-feira, dia 30 de Outubro de 2015

Sexta-feira da 30ª semana do Tempo Comum

Irmãos: Em Jesus Cristo digo a verdade, não minto e disso me dá testemunho a consciência no Espírito Santo:
Sinto uma grande tristeza e uma dor contínua no meu coração.
Quisera eu próprio ser anátema, separado de Jesus Cristo, para bem dos meus irmãos que são do mesmo sangue que eu,
que são israelitas, a quem pertencem a adopção filial, a glória, as alianças, a legislação, o culto e as promessas,
a quem pertencem os Patriarcas e de quem procede Jesus Cristo segundo a carne, Ele que está acima de todas as coisas, Deus bendito por todos os séculos. Amen.
Livro de Salmos 147,12-13.14-15.19-20.
Glorifica, Jerusalém, o Senhor,
louva, Sião, o teu Deus.
Ele reforçou as tuas portas
e abençoou os teus filhos.

Estabeleceu a paz nas tuas fronteiras
e saciou-te com a flor da farinha.
Envia à terra a sua palavra,
corre veloz a sua mensagem.

Revelou a sua palavra a Jacob,
suas leis e preceitos a Israel.
Não fez assim com nenhum outro povo,
a nenhum outro manifestou os seus juízos.


Evangelho segundo S. Lucas 14,1-6.
Naquele tempo, Jesus Cristo entrou, num sábado, em casa de um dos principais fariseus para tomar uma refeição. Todos O observavam (com olhar crítico - como isto é terrível para o observado).
Diante d’Ele encontrava-se um hidrópico.
Jesus Cristo tomou a palavra e disse aos doutores da lei e aos fariseus: «É lícito ou não curar ao sábado?».
Mas eles ficaram calados. Então Jesus Cristo tomou o homem pela mão, curou-o e mandou-o embora.
Depois disse-lhes: «Se um filho vosso ou um boi cair num poço, qual de vós não irá logo retirá-lo em dia de sábado?».
E eles não puderam replicar a estas palavras.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São João Paulo II (1920-2005), papa
Carta Apostólica «Dies Domini», 61 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana, rev.)
«O sábado foi feito para o homem» (Mc 2,27)
O shabbat, o sétimo dia abençoado e consagrado por Deus, ao mesmo tempo que encerra toda a obra da criação, está em ligação imediata com a obra do sexto dia quando Deus fez o homem «à sua imagem e semelhança» (cf Gn 1,26). Esta relação directa entre o «dia de Deus» e o «dia do homem» não passou despercebida aos Padres, na sua meditação sobre o relato bíblico da criação. A este propósito, diz Santo Ambrósio: «Agradecemos, pois ao Senhor nosso Deus, que fez uma obra onde Ele pudesse encontrar descanso. Fez o céu, mas não leio que aí tenha repousado; fez as estrelas, a lua, o sol e também não leio que tenha descansado neles. Mas, ao contrário, leio que fez o homem e que então Se repousou, tendo nele alguém a quem podia perdoar os pecados.»
Assim, o «dia de Deus» estará sempre directamente relacionado com o «dia do homem». Quando o mandamento de Deus diz: «Recorda-te do dia de sábado para o santificares» (Ex 20,8), a pausa prescrita para honrar o dia a Ele dedicado não constitui de modo algum uma imposição gravosa para o homem, mas antes uma ajuda para que se consciencialize da sua dependência vital e libertadora do Criador e simultaneamente da vocação para colaborar na sua obra e acolher a sua graça. Deste modo, honrando o «repouso» de Deus, o homem encontra-se plenamente a si próprio e assim o dia do Senhor fica profundamente marcado pela bênção divina (cf Gn 2,3) e graças a ela, dir-se-ia dotado, como acontece com os animais e com os homens (cf Gn 1,22.28), de uma espécie de «fecundidade». Esta exprime-se não só no constante acompanhamento do ritmo do tempo, mas sobretudo no reanimar e, de certo modo, «multiplicar» do próprio tempo, aumentando no homem, com a lembrança do Deus vivo, a alegria de viver e o desejo de promover e dar a vida.

Sábado, dia 31 de Outubro de 2015

Sábado da 30ª semana do Tempo Comum


Santo do dia : Santo Afonso Rodrigues, viuvo, religioso, +1617

Carta aos Romanos 11,1-2a.11-12.25-29.
Irmãos: Eu pergunto: Teria Deus rejeitado o seu povo? De modo nenhum. Porque eu também sou israelita, da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim.
Deus não rejeitou o seu povo que de antemão conheceu.
Pergunto ainda: Teria Israel tropeçado para cair definitivamente? De modo nenhum. Mas da sua queda resultou a salvação dos gentios para provocar a emulação de Israel.
Se a sua queda se tornou riqueza para o mundo e o seu declínio riqueza para os gentios, que não fará a sua participação plena na salvação?
Não quero, irmãos, que ignoreis este mistério para não pensardes que sois sábios: O endurecimento de uma parte de Israel durará até que chegue à salvação a plenitude dos gentios.
Então todo Israel será salvo, como diz a Escritura: «De Sião virá o Libertador que afastará as iniquidades de Jacob.
E esta será a aliança que farei com eles quando perdoar os seus pecados».
Quanto ao Evangelho, eles são inimigos de Deus para vossa utilidade; mas quanto à escolha divina, são por Ele amados por causa dos seus pais.
Porque os dons e o chamamento de Deus são irrevogáveis.
Livro de Salmos 94(93),12-13a.14-15.17-18.
Afortunado o homem a quem Vós ensinais, Senhor, e instruís na vossa lei
para lhe dar a paz nos dias de angústia.
O Senhor não rejeita o seu povo nem abandona a sua herança,
mas há-de julgar com justiça e hão-de segui-la todos os corações rectos.
Se o Senhor não viesse em meu auxílio, em breve a minha alma habitaria no silêncio.
Quando digo: «Os meus pés vacilam», a vossa bondade, Senhor, me sustenta.


Evangelho segundo S. Lucas 14,1.7-11.
Naquele tempo, Jesus Cristo entrou, num sábado, em casa de um dos principais fariseus para tomar uma refeição. Todos O observavam.
Ao notar como os convidados escolhiam os primeiros lugares, Jesus Cristo disse-lhes esta parábola:
«Quando fores convidado para um banquete nupcial, não tomes o primeiro lugar. Pode acontecer que tenha sido convidado alguém mais importante do que tu;
então aquele que vos convidou a ambos, terá que te dizer: ‘Dá o lugar a este’ e ficarás depois envergonhado, se tiveres de ocupar o último lugar.
Por isso, quando fores convidado, vai sentar-te no último lugar e quando vier aquele que te convidou, dirá: ‘Amigo, sobe mais para cima’; ficarás então honrado aos olhos dos outros convidados.
Quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado».


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São Bernardo (1091-1153), monge cisterciense, doutor da Igreja
Sermão 37 sobre o Cântico dos Cânticos
O segredo do último lugar
Se soubéssemos claramente em que lugar Deus coloca cada um de nós, aceitaríamos tal decisão sem nunca nos colocarmos nem acima nem abaixo desse lugar. Mas, no nosso estado presente, os decretos de Deus estão-nos vedados (porque temos o livre arbítrio e fazemos caminho; só no fim são tomadas as decisões celestes) e a sua vontade está-nos oculta. Por isso, o mais seguro, de acordo com o conselho da própria Verdade, é escolhermos o último lugar, de onde nos tirarão depois com honra para nos darem um melhor. Ao passarmos debaixo de uma porta muito baixa, podemos baixar-nos tanto quanto quisermos sem nada temer; mas, se nos levantarmos um dedo que seja acima da altura da porta, bateremos com a cabeça. É por isso que não devemos recear nenhuma humilhação, mas antes temer e reprimir o menor movimento de autossuficiência.
Não vos compareis nem com os que são maiores do que vós nem com os vossos inferiores nem com quaisquer outros nem sequer com um só. Que sabeis sobre eles? Imaginemos um homem que parece o mais vil e desprezível de todos, cuja vida infame nos horroriza. Pensais que o podeis desprezar, não só por comparação convosco mesmos, que aparentemente viveis em sobriedade, justiça e piedade, mas até por comparação com outros malfeitores, dizendo que ele é o pior de todos. Mas sabeis se ele não será um dia melhor do que vós e se o não é já aos olhos do Senhor? Por isso é que Deus não quis que ocupássemos um lugar intermédio nem o penúltimo nem sequer um dos últimos, mas disse: «Toma o último lugar» a fim de ficarmos verdadeiramente sós na última fila. Desse modo não pensareis, já não digo em preferir-vos, mas simplesmente em comparar-vos com quem quer que seja.
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