domingo, 4 de outubro de 2015

Cristianismo 126 até 04-10-2015

 
"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68

Domingo, dia 27 de Setembro de 2015

26º Domingo do Tempo Comum - Ano B

Naqueles dias, o Senhor desceu na nuvem e falou com Moisés. Tirou uma parte do Espírito que estava nele e fê-lo poisar sobre setenta anciãos do povo. Logo que o Espírito poisou sobre eles, começaram a profetizar; mas não continuaram a fazê-lo.
Tinham ficado no acampamento dois homens: um deles chamava-se Eldad e o outro Medad. O Espírito poisou também sobre eles, pois contavam-se entre os inscritos, embora não tivessem comparecido na tenda e começaram a profetizar no acampamento.
Um jovem correu a dizê-lo a Moisés: «Eldad e Medad estão a profetizar no acampamento».
Então Josué, filho de Nun, que estava ao serviço de Moisés desde a juventude, tomou a palavra e disse: «Moisés, meu senhor, proíbe-os».
Moisés, porém respondeu-lhe: «Estás com ciúmes por causa de mim? Quem dera que todo o povo do Senhor fosse profeta e que o Senhor infundisse o seu Espírito sobre eles!».
Livro de Salmos 19(18),8.10.12-13.14.
A lei do Senhor é perfeita,
ela reconforta a alma;
as ordens do Senhor são firmes,
dão sabedoria aos simples.

O amor do Senhor é puro
e permanece eternamente;
os juízos do Senhor são verdadeiros,
todos eles são rectos.

Embora o vosso servo se deixe guiar por eles
e os observe com cuidado,
quem pode entretanto reconhecer os seus erros?
Purificai-me dos que me são ocultos.

Preservai também do orgulho o vosso servo
para que não tenha poder algum sobre mim:
então serei irrepreensível
e imune de culpa grave.


Carta de S. Tiago 5,1-6.
Agora, vós, ó ricos, chorai e lamentai-vos por causa das desgraças que vão cair sobre vós.
As vossas riquezas estão apodrecidas e as vossas vestes estão comidas pela traça.
O vosso ouro e a vossa prata enferrujaram-se e a sua ferrugem vai dar testemunho contra vós e devorar a vossa carne como fogo. Acumulastes tesouros no fim dos tempos.
Privastes do salário os trabalhadores que ceifaram as vossas terras. O seu salário clama e os brados dos ceifeiros chegaram aos ouvidos do Senhor do Universo.
Levastes na terra uma vida regalada e libertina, cevastes os vossos corações para o dia da matança.
Condenastes e matastes o justo e ele não vos resiste.
Evangelho segundo S. Marcos 9,38-43.45.47-48.
Naquele tempo, João disse a Jesus Cristo: «Mestre, nós vimos um homem a expulsar os demónios em teu nome e procurámos impedir-lho porque ele não anda connosco».
Jesus Cristo respondeu: «Não o proibais porque ninguém pode fazer um milagre em meu nome e depois dizer mal de Mim.
Quem não é contra nós é por nós.
Quem vos der a beber um copo de água por serdes de Jesus Cristo, em verdade vos digo que não perderá a sua recompensa.
Se alguém escandalizar algum destes pequeninos que crêem em Mim, melhor seria para ele que lhe atassem ao pescoço uma dessas mós movidas por um jumento e o lançassem ao mar.
Se a tua mão é para ti ocasião de escândalo, corta-a porque é melhor entrar mutilado na vida do que ter as duas mãos e ir para a Geena, para esse fogo que não se apaga.
E se o teu pé é para ti ocasião de escândalo, corta-o porque é melhor entrar coxo na vida do que ter os dois pés e ser lançado na Geena.
E se um dos teus olhos é para ti ocasião de escândalo, deita-o fora porque é melhor entrar no reino de Deus só com um dos olhos do que ter os dois olhos e ser lançado na Geena
onde o verme não morre e o fogo nunca se apaga». (também nos foi transmitido que somo templo de Deus e devemos preservar o nosso corpo digno de ser isso. Também nos ensinou “não julgues para não seres julgado; a misericórdia para os misericordiosos e dos mansos e humildes é o reino dos céus (do Bem)).


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São Clemente de Roma (c. 35-c. 100), papa
Da carta aos Coríntios 7-9
A graça da conversão
Fixemos o nosso olhar no sangue de Jesus Cristo e compreenderemos como é precioso aos olhos de Deus seu Pai, esse sangue que, derramado para nossa salvação, ofereceu ao mundo inteiro a graça da conversão. Percorramos todas as gerações e veremos que em todas elas o Senhor concedeu «o tempo favorável da penitência» (Si 17,24) a todos os que a Ele quiseram converter-se. Noé proclamou a penitência e os que o escutaram foram salvos. Jonas anunciou aos ninivitas a destruição iminente da cidade, mas eles, fazendo penitência pelos seus pecados, aplacaram a ira de Deus com as suas orações e obtiveram a salvação, apesar de não pertencerem ao povo de Deus.
Nunca faltaram ministros da graça divina que, inspirados pelo Espírito Santo, pregaram a penitência. O próprio Senhor do Universo falou da penitência, empenhando as suas palavras com juramento: «Por minha vida, diz o Senhor, não quero a morte do pecador, mas antes que se converta e viva» (Ez 18,23). E acrescentou esta admirável sentença: «Deixa de praticar o mal, ó Casa de Israel. Diz aos filhos do meu povo: Ainda que os vossos pecados cheguem da terra ao céu, ainda que sejam mais vermelhos que o escarlate e mais negros que o cilício, se vos converterdes a Mim de todo o coração e disserdes "Pai", Eu vos tratarei como um povo santo» (cf Is 1,16-20; Ne 9,1). [...]
Querendo levar à conversão todos aqueles a quem amava, confirmou esta sentença com a sua vontade omnipotente. Por isso, devemos obedecer à sua magnífica e gloriosa vontade. Imploremos humildemente a sua misericórdia e benignidade, prostremo-nos, refugiemo-nos na sua clemência e convertamo-nos sinceramente, abandonando as obras más, as contendas e as invejas que conduzem à morte.

Segunda-feira, dia 28 de Setembro de 2015

Segunda-feira da 26ª semana do Tempo Comum

A palavra do Senhor do Universo foi-me dirigida nestes termos:
«Assim fala o Senhor do Universo: Sinto por Sião um amor ardente, tenho por ela um grande ciúme.
Assim fala o Senhor: Eu voltarei para Sião, habitarei em Jerusalém. Jerusalém será chamada ‘Cidade fiel’ e o monte do Senhor do Universo ‘Monte Santo’.
Assim fala o Senhor do Universo: Velhos e velhas voltarão a sentar-se nas praças de Jerusalém, cada um apoiado no seu bastão por causa da muita idade.
As praças da cidade encher-se-ão de meninos e meninas que brincarão nas suas praças.
Assim fala o Senhor do Universo: Se isto parece impossível, naqueles dias, aos olhos do resto deste povo, porventura será também impossível a meus olhos? – oráculo do Senhor do Universo.
Assim fala o Senhor do Universo: Eu libertarei o meu povo das terras do Oriente e das terras do Ocidente.
Hei-de trazê-los de novo para habitarem em Jerusalém. Eles serão o meu povo e Eu serei o seu Deus na fidelidade e na justiça».
Livro de Salmos 102(101),16-18.19-21.29.22-23.
Os povos amarão, Senhor, o vosso nome, todos os reis da Terra a vossa glória.
Quando o Senhor reconstruir Sião e manifestar a sua glória,
atenderá a súplica do infeliz e não desprezará a sua oração.
Escreva-se tudo isto para as gerações vindouras e o povo que se há-de formar louvará o Senhor.
Debruçou-Se do alto da sua morada, lá do Céu o Senhor olhou para a Terra
para ouvir os gemidos dos cativos, para libertar os condenados à morte.
Os filhos dos vossos servos hão-de permanecer e a sua descendência se perpetuará na vossa presença
para ser proclamado em Sião o nome do Senhor e em Jerusalém o seu louvor
quando se reunirem todos os reinos para servirem o Senhor.

Evangelho segundo S. Lucas 9,46-50.
Naquele tempo, houve uma discussão entre os discípulos sobre qual deles seria o maior.
Mas Jesus Cristo, que lhes conhecia os sentimentos íntimos, tomou uma criança, colocou-a junto de Si
e disse-lhes: «Quem acolher em meu nome uma criança como esta acolhe-Me a Mim e quem Me acolher acolhe Aquele que Me enviou. Na verdade, quem for o mais pequeno (menos poderoso) entre vós esse é que será o maior».
João tomou a palavra e disse: «Mestre, vimos um homem expulsar os demónios em teu nome e quisemos impedi-lo porque ele não anda connosco».
Mas Jesus Cristo respondeu-lhe: «Não lho proibais, pois quem não é contra vós é por vós».


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São Clemente de Alexandria (150-c. 215), teólogo
O Pedagogo, I, 21-24
«Quem acolher este menino em meu nome, é a mim que acolhe»
«Os seus filhinhos serão levados aos ombros e consolados ao colo», dizem as Escrituras. «Como à criança a quem a mãe dá consolo, também Eu vos consolarei» (Is 66,12-13). A mãe chega os filhos a si e nós procuramos a nossa mãe, a Igreja. Todo o ser de pouca idade e frágil é, nessa fragilidade desprotegida, um ser gracioso, doce, encantador e Deus não recusa o seu auxílio a seres tão jovens. Todos os pais têm uma ternura peculiar pelos seus filhos pequenos. […] De igual modo, o Pai de toda a criação acolhe aqueles que se refugiam junto de Si, regenera-os pelo Espírito e adopta-os como filhos; conhece a sua doçura e só a eles ama, auxilia, defende; por isso lhes chama filhos (cf Jo 13,33).
O Santo Espírito, falando pela boca de Isaías, aplica ao próprio Senhor o termo «filho»: «Eis que nos nasceu um menino, foi-nos dado um filho» (Is 9,5). Quem é então esta criança, este recém-nascido à imagem de quem também nós somos crianças? Pela boca do mesmo Profeta, o Espírito descreve-nos a sua grandeza: «Conselheiro admirável, Deus poderoso, Pai eterno, Príncipe da paz» (v. 6).
Ó Deus tão grande! Ó menino perfeito! O Filho está no Pai e o Pai está no Filho. Poderia não ser perfeita a educação que nos dá este menino? Ele reúne-nos para nos guiar, a nós que somos seus filhos. O menino estendeu-nos as mãos e nelas pomos toda a nossa fé. Também João Baptista dá testemunho desta criança: «Eis o cordeiro de Deus», diz-nos (Jo 1,29). Como as Escrituras designam as crianças por cordeiros, chamou «cordeiro de Deus» ao Verbo de Deus que por nós Se fez homem e que em tudo quis ser igual a nós, Ele, que é o Filho.

Terça-feira, dia 29 de Setembro de 2015

S. Miguel, S. Gabriel e S. Rafael, Arcanjos – Festa


Santo do dia : S. Miguel, arcanjo, S. Gabriel, arcanjo, S. Rafael, arcanjo

Livro de Daniel 7,9-10.13-14.
Eu estava a olhar (numa visão), quando foram colocados tronos e um Ancião sentou-se. Tinha vestes brancas como a neve e os cabelos eram como a lã pura. O seu trono eram chamas de fogo com rodas de lume vivo.
Um rio de fogo corria, irrompendo diante dele (Deus e o Pai juntos). Milhares de milhares o serviam e miríades de miríades o assistiam. O tribunal abriu a sessão e os livros foram abertos.
Contemplava eu as visões da noite quando, sobre as nuvens do céu, veio alguém semelhante a um Filho do homem. Dirigiu-Se para o Ancião venerável e conduziram-no à sua presença.
Foi-lhe entregue o poder, a honra e a realeza e todos os povos, nações e línguas O serviram. O seu poder é eterno, não passará jamais e o seu reino jamais será destruído.

Livro de Salmos 138(137),1-2a.2bc-3.4-5.
De todo o coração, Senhor, eu Vos agradeço
porque ouvistes as palavras da minha boca.
Na presença dos Anjos Vos hei-de cantar
e Vos adorarei, voltado para o vosso templo santo.

Hei-de louvar o vosso nome pela vossa bondade e fidelidade
porque exaltastes acima de tudo o vosso nome
e a vossa promessa.

Quando Vos invoquei, me respondestes,
aumentastes a fortaleza da minha alma.
Todos os reis da Terra Vos hão-de louvar, Senhor,
quando ouvirem as palavras da vossa boca.

Celebrarão os caminhos do Senhor
porque é grande a glória do Senhor.

Evangelho segundo S. João 1,47-51.
Naquele tempo, Jesus Cristo viu Natanael que vinha ao seu encontro e disse: «Eis um verdadeiro israelita, em quem não há fingimento».
Perguntou-lhe Natanael: «De onde me conheces?». Jesus Cristo respondeu-lhe: «Antes que Filipe te chamasse, Eu vi-te quando estavas debaixo da figueira».
Disse-lhe Natanael: «Mestre, Tu és o Filho de Deus, Tu és o Rei de Israel!».
Jesus Cristo respondeu: «Porque te disse: ‘Eu vi-te debaixo da figueira’, acreditas. Verás coisas maiores do que estas».
E acrescentou: «Em verdade, em verdade vos digo: Vereis o Céu aberto e os Anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São Basílio (c. 330-379), monge, bispo de Cesareia da Capadócia, doutor da Igreja
Tratado do Espírito Santo, cap. 16
A santidade dos anjos
«Os Céus foram consolidados pela palavra do Senhor e todo o seu exército pelo sopro da sua boca» (Sl 32,6). [...] É difícil deixarmos de pensar na Trindade: o Senhor que ordena, a Palavra que cria, o Sopro que consolida. O que quer dizer «consolidar», senão perfazer em santidade, designando seguramente esta palavra o facto de estar solidamente fixado no bem? Mas sem o Espírito Santo, não há santidade: as potestades do céu não são santas pela sua própria natureza, senão não se distinguiriam do Espírito Santo; cada uma delas detém do Espírito a medida da sua santidade.
A substância dos anjos é talvez um sopro aéreo ou um fogo imaterial. Diz o salmo: «Tens os ventos por mensageiros, por servidor uma chama de fogo» (Sl 103,4). É por isso que podem estar num sítio e de seguida tornar-se visíveis sob um aspecto corporal para aqueles que são dignos disso, mas a santidade [...] é-lhes comunicada pelo Espírito. E os anjos mantêm-se na sua dignidade perseverando no bem, mantendo a sua escolha; eles escolhem nunca se afastar do verdadeiro bem. [...]
Como diriam os anjos: «Glória a Deus no mais alto dos céus» (Lc 2,14) senão pelo Espírito? Na verdade, «ninguém pode dizer: “Jesus é o Senhor”, senão no Espírito Santo e ninguém, se falar no Espírito de Deus, diz: “maldito seja Jesus”» (1Cor 12,3). É precisamente o que terão dito os espíritos maus, adversários de Deus, [...] no seu livre arbítrio. [...] Poderiam as potestades invisíveis (Col 1,16) ter uma vida feliz se não vissem incessantemente a face do Pai que está nos céus? (Mt 18,10) Ora não se pode ter essa visão sem o Espírito. [...] Diriam os serafins: «Santo, Santo, Santo» (Is 6,3) se o Espírito lhes não tivesse ensinado esse louvor? Se todos os seus anjos e todas as potestades celestes louvam a Deus (Sl 148,2), se milhares de milhares de anjos e inumeráveis miríades de ministros se conservam perto dele é pela força do Espírito Santo que rege toda esta harmonia celeste e indizível, ao serviço de Deus e em acordo mútuo.

Quarta-feira, dia 30 de Setembro de 2015

Quarta-feira da 26ª semana do Tempo Comum

No mês de Nisã do ano vinte do reinado de Artaxerxes, em que eu era o copeiro-mor, tomei o vinho e servi-o ao rei. Como eu nunca me apresentara triste na sua presença,
o rei perguntou-me: «Porque tens o rosto abatido? Não estás doente; mas certamente tens o coração angustiado». Eu assustei-me,
mas respondi ao rei: «Viva o rei para sempre! Como não havia de andar tão triste, se a cidade onde estão os túmulos dos meus pais está em ruínas e as suas portas devoradas pelo fogo?».
O rei disse-me: «Então que desejas fazer?». Eu invoquei o Deus dos Céus
e respondi ao rei: «Se te agrada, ó rei, e estás contente com o teu servo, manda-me ir a Judá para reconstruir a cidade onde estão os túmulos dos meus pais».
O rei que tinha a rainha a seu lado, perguntou-me: «Quanto tempo durará a tua viagem? Quando voltarás?». Marquei uma data. O rei concordou e deixou-me partir.
Eu disse ainda ao rei: «Se parecer bem ao rei, dêem-me cartas para o governador da província ocidental do Eufrates a fim de me deixarem passar até eu chegar a Judá
e também uma carta para Asaf, intendente do parque florestal, a fim de me dar madeira para reconstruir as portas da cidadela do templo, as muralhas da cidade e a casa onde vou morar». O rei concedeu-mo porque a mão bondosa do meu Deus estava comigo.
Livro de Salmos 137(136),1-2.3.4-5.6.
Sobre os rios de Babilónia nos sentámos a chorar
com saudades de Sião.
Nos salgueiros das suas margens,
dependurámos nossas harpas.

Aqueles que nos levaram cativos
queriam ouvir os nossos cânticos
e os nossos opressores uma canção de alegria:
«Cantai-nos um cântico de Sião».

Como poderíamos nós cantar um cântico do Senhor
em terra estrangeira?
Se eu me esquecer de ti, Jerusalém,
esquecida fique a minha mão direita.

Apegue-se-me a língua ao paladar,
se não me lembrar de ti,
se não fizer de Jerusalém
a maior das minhas alegrias.

Evangelho segundo S. Lucas 9,57-62.
Naquele tempo, Jesus Cristo e os seus discípulos iam a caminho de Jerusalém quando alguém Lhe disse: «Seguir-Te-ei para onde quer que fores».
Jesus Cristo respondeu-lhe: «As raposas têm as suas tocas e as aves do céu os seus ninhos; mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça».
Depois disse a outro: «Segue-Me». Ele respondeu: «Senhor, deixa-me ir primeiro sepultar meu pai».
Disse-lhe Jesus Cristo: «Deixa que os mortos sepultem os seus mortos; tu, vai anunciar o reino de Deus».
Disse-Lhe ainda outro: «Seguir-Te-ei, Senhor; mas deixa-me ir primeiro despedir-me da minha família».
Jesus Cristo respondeu-lhe: «Quem tiver lançado as mãos ao arado e olhar para trás não serve para o reino de Deus».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Santo Atanásio (295-373), bispo de Alexandria, doutor da Igreja
Vida de Santo Antão, 19-20
Seguir a Jesus Cristo pelo caminho certo
Um dia, os monges vieram ter com Antão e pediram-lhe que lhes dirigisse a palavra. Ele respondeu-lhes: «Eis que começámos a avançar pela estrada da virtude; continuemos agora em frente a fim de atingirmos a meta (Fil 3,14). Que ninguém olhe para trás como a mulher de Lot (Gn 19,26) porque o Senhor disse: “Quem mete a mão ao arado e olha para trás não é apto para o Reino dos Céus.” Olhar para trás mais não é do que alterar o próprio objectivo e retomar o gosto pelas coisas deste mundo. Nada receeis quando ouvirdes falar da virtude nem vos espanteis com esta palavra. Porque a virtude não está longe de nós nem nasce fora de nós; é coisa que nos diz respeito e é simples desde que o queiramos.
Os pagãos deixam o seu país e atravessam os mares para irem estudar letras. Nós não temos necessidade de abandonar o nosso país para ir para o Reino dos Céus nem de atravessar o mar para adquirir a virtude. Porque o Senhor disse: “O Reino de Deus está dentro de vós” (Lc 17,21). A virtude apenas precisa, pois do nosso querer, dado que está em nós e nasce de nós. Se a alma conserva a parte inteligente que é conforme à sua natureza, a virtude pode nascer. A alma encontra-se no seu estado natural quando permanece tal como foi feita e foi feita muito bela e muito recta. Era por isso que Josué, filho de Nun, dizia: “Inclinai os vossos corações para o Senhor, Deus de Israel” (Jos 24,23) e João Baptista: “Endireitai as suas veredas” (Mt 3,3). Para a alma, ser recta consiste em manter a sua inteligência tal como foi criada. Quando, pelo contrário, se desvia do seu estado natural, nessa altura fala-se do vício da alma. Não se trata, pois de uma coisa difícil. […] Se tivéssemos de procurá-la fora de nós, seria realmente difícil; mas, visto que está em nós, evitemos os pensamentos impuros e guardemos a alma para o Senhor, como se tivéssemos recebido um depósito a fim de que Ele reconheça a sua obra, encontrando a nossa alma tal como a fez.»

Quinta-feira, dia 01 de Outubro de 2015

Santa Teresa do Menino Jesus

Alegrai-vos com Jerusalém, exultai com ela, todos vós que a amais. Com ela enchei-vos de júbilo, todos vós que participastes no seu luto.
Assim podereis beber e saciar-vos com o leite das suas consolações, podereis deliciar-vos no seio da sua magnificência.
Porque assim fala o Senhor: «Farei correr para Jerusalém a paz como um rio e a riqueza das nações como torrente transbordante. Os seus meninos de peito serão levados ao colo e acariciados sobre os joelhos.
Como a mãe que anima o seu filho, também Eu vos confortarei: em Jerusalém sereis consolados».
Quando o virdes, alegrar-se-á o vosso coração e, como a verdura, retomarão vigor os vossos membros. A mão do Senhor manifestar-se-á aos seus servos.
Livro de Salmos 131(130),1-3.
Senhor, não se eleva soberbo o meu coração nem se levantam altivos os meus olhos. Não ambiciono riquezas nem coisas superiores a mim.
Antes fico sossegado e tranquilo como criança ao colo da mãe.
Espera, Israel, no Senhor agora e para sempre.

Evangelho segundo S. Mateus 18,1-5.
Naquela hora, os discípulos aproximaram-se de Jesus Cristo e perguntaram-Lhe: «Quem é o maior no reino dos Céus?».
Jesus Cristo chamou uma criança, colocou-a no meio deles
e disse-lhes: «Em verdade vos digo: Se não vos converterdes (= não deixarem de praticar o mal, desejar mal aos outros e passarem a praticar só o bem) e não vos tornardes como as crianças (confiarem plenamente no Senhor Deus apoiado pelos seus colaboradores e, portanto sem terem medo, confiantes), não entrareis no reino dos Céus.
Quem for humilde como esta criança, esse será o maior no reino dos Céus.
E quem acolher em meu nome uma criança como esta, acolhe-Me a Mim».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Santa Faustina Kowalska (1905-1938), religiosa
Pequeno Diário, § 244 (a partir da trad. de Parole et Dialogue 2002, p. 128)
«Quem for humilde como esta criança, esse será o maior no reino dos Céus.»
Já recomeçou o cinzento da rotina do dia a dia. Os momentos solenes dos meus votos perpétuos passaram, mas esta grande graça de Deus permanece na minha alma. Sinto que pertenço totalmente a Deus, sei que sou a sua filha, sinto que sou inteiramente sua propriedade. Experimento-o de maneira física e sensível. Estou perfeitamente tranquila em tudo porque sei que é tarefa do Esposo pensar em mim. Estou completamente esquecida de mim própria.
A minha confiança no seu Coração misericordioso não tem limites. Estou continuamente unida a Ele. Vejo que é como se Jesus não pudesse ser feliz sem mim nem eu sem Ele. Compreendo bem que, sendo Deus feliz em Si mesmo e não precisando de criatura absolutamente nenhuma para a sua felicidade, no entanto, a sua bondade força-O a dar-Se à sua criatura – e fá-lo com uma generosidade inconcebível.

Sexta-feira, dia 02 de Outubro de 2015

Santos Anjos da Guarda – Memória


Santo do dia : Santos Anjos da Guarda

Livro de Êxodo 23,20-23.
Eis que diz o Senhor: « Vou enviar um anjo diante de ti para te guardar no caminho e para te fazer entrar no lugar que Eu preparei.
Mantém-te atento na sua presença e escuta a sua voz. Não lhe causes amargura porque ele não suportará a vossa transgressão, porque está nele a minha autoridade.
Mas se escutares a sua voz e se fizeres tudo o que Eu falar, Eu serei inimigo dos teus inimigos e serei adversário dos teus adversários,
pois o meu anjo caminhará diante de ti e te fará entrar na terra do amorreu, do hitita, do perizeu, do cananeu, do heveu e do jebuseu e Eu exterminá-lo-ei.
Livro de Salmos 91(90),1-2.3-4.5-6.10-11.
Tu que habitas sob a protecção do Altíssimo
e moras à sombra do Omnipotente,
diz ao Senhor: «Sois o meu refúgio e a minha cidadela;
Senhor Deus, em Vós confio».

Ele te livrará do laço do caçador
e do flagelo maligno.
Cobrir-te-á com as suas penas,
debaixo das suas asas encontrarás abrigo.

Não temerás o terror da noite
nem da seta que voa de dia
nem da peste que alastra nas trevas
nem do flagelo que mata em pleno dia.

Nenhum mal lhe acontecerá
nem a desgraça se aproximará da sua tenda
porque Ele mandará os seus anjos
que o guardem em todos os seus caminhos.

Evangelho segundo S. Mateus 18,1-5.10.
Naquela hora, os discípulos aproximaram-se de Jesus Cristo e perguntaram-Lhe: «Quem é o maior no reino dos Céus?».
Jesus Cristo chamou uma criança, colocou-a no meio deles
e disse-lhes: «Em verdade vos digo: Se não vos converterdes e não vos tornardes como as crianças, não entrareis no reino dos Céus.
Quem for humilde como esta criança, esse será o maior no reino dos Céus.
E quem acolher em meu nome uma criança como esta, acolhe-Me a Mim».
Não desprezeis um só destes pequeninos. Eu vos digo que os seus Anjos vêem constantemente o rosto de meu Pai que está nos Céus.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Santo Alberto Magno (c. 1200-1280), dominicano
Sermão para a festa de S. Miguel
«Os seus Anjos vêem constantemente o rosto de meu Pai que está nos Céus.»
Guardai-vos de desprezar algum destes pequeninos. Digo-vos, «os seus Anjos vêem constantemente o rosto de meu Pai que está nos Céus». Por estas palavras, Jesus Cristo diz-nos aproximadamente o seguinte: Estai atentos, cuidai de não desprezar os homens simples, pobres ou fracos; por mim, tenho-os em grande estima, a tal ponto que, para os guardar de todo o mal, pus ao seu serviço os meus anjos. E que anjos! Não penseis que se pode compará-los a criados que trabalhem na minha cozinha. Não. Eles são semelhantes aos oficiais do meu palácio, pois vêem sem cessar a face de meu Pai que está nos céus.
Ora esses anjos vêem a face de Deus por várias razões. A primeira é que os anjos devem oferecer e apresentar a Deus as boas obras dos homens. Temos disso o testemunho nas palavras de Rafael dirigidas a Tobias: «Apresentei a tua oração ao Senhor» (Tb 12,12). Lê-se também no Apocalipse: «Um anjo veio colocar-se junto do altar com um incensório de ouro e foram-lhe dados muitos perfumes para que os oferecesse, com orações de todos os santos, sobre o altar de ouro que se tornou no trono de Deus» (8,13). Salientemos que o altar é o coração do homem verdadeiramente fiel a Deus. Diante desse altar, estão os anjos. O seu incensório representa os sentimentos de júbilo com que recolhem os pensamentos, as orações, as palavras e as acções dos homens para as oferecerem, abrasadas no fogo da caridade, sobre o altar de ouro que está diante do trono de Deus. E a oferenda ascende em direcção ao Filho que está no seio do Pai. Seria pois bom que tivéssemos sempre algum bem para depositar no incensório dos anjos.

Sábado, dia 03 de Outubro de 2015

Sábado da 26ª semana do Tempo Comum

Tem coragem, meu povo, memorial de Israel.
Fostes vendidos às nações, mas não para vossa ruína. Por terdes provocado a ira de Deus, fostes entregues aos vossos inimigos,
pois irritastes Aquele que vos criou, oferecendo sacrifícios aos demónios e não a Deus.
Esquecestes Aquele que vos sustentou, o Deus eterno, e contristastes também aquela que vos alimentou, Jerusalém.
Ao ver cair sobre vós a ira de Deus, ela disse: «Ouvi, cidades vizinhas de Sião, Deus infligiu-me um grande sofrimento,
pois vi o cativeiro dos meus filhos e filhas que o Eterno fez cair sobre eles.
Eu tinha-os alimentado com alegria, mas vi-os partir com pranto e aflição.
Ninguém se alegre por causa de mim, vendo-me viúva e abandonada. Fiquei só, por causa dos pecados de meus filhos porque se desviaram da Lei de Deus.
Tende coragem, meus filhos, e clamai a Deus, pois Aquele que vos castigou lembrar-se-á de vós.
Assim como tivestes o pensamento de abandonar a Deus, agora voltai para Ele e empenhai-vos dez vezes mais em procurá-l’O.
Pois Aquele que vos infligiu estes males fará vir sobre vós a eterna alegria juntamente com a vossa salvação».
Livro de Salmos 69(68),33-35.36-37.
Vós, humildes, olhai e alegrai-vos,
buscai o Senhor e o vosso coração se reanimará.
O Senhor ouve os pobres e não despreza os cativos.

Louvem-n’O o céu e a Terra,
os mares e quanto neles se move.
Deus protegerá Sião, reconstruirá as cidades de Judá

e hão-de voltar a ocupá-la os cativos.
Os seus servos a receberão em herança
e nela hão-de morar os que amam o seu nome.

Evangelho segundo S. Lucas 10,17-24.
Naquele tempo, os setenta e dois discípulos voltaram cheios de alegria, dizendo: «Senhor, até os demónios nos obedeciam em teu nome».
Jesus Cristo respondeu-lhes: «Eu via Satanás cair do céu como um relâmpago.
Dei-vos o poder de pisar serpentes e escorpiões e dominar toda a força do inimigo; nada poderá causar-vos dano.
Contudo não vos alegreis porque os espíritos vos obedecem; alegrai-vos antes porque os vossos nomes estão escritos no Céu».
Naquele momento, Jesus Cristo exultou de alegria pela acção do Espírito Santo e disse: «Eu Te bendigo, ó Pai, Senhor do céu e da Terra, porque escondeste estas verdades aos sábios e aos inteligentes e as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque assim foi do teu agrado.
Tudo Me foi entregue por meu Pai e ninguém sabe o que é o Filho senão o Pai nem o que é o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar».
Voltando-Se depois para os discípulos, disse-lhes: «Felizes os olhos que vêem o que estais a ver
porque Eu vos digo que muitos profetas e reis quiseram ver o que vós vedes e não viram e ouvir o que vós ouvis e não ouviram».


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Beato John Henry Newman (1801-1890), teólogo, fundador do Oratório em Inglaterra
Meditations and Devotions : Part III, 2, 2 «Our Lord refuses sympathy»
«Muitos profetas e reis quiseram ver o que vós vedes»
Poder-se-á dizer que a partilha profunda dos sentimentos é uma lei eterna porque tem significado, ou melhor, tem cumprimento de forma primordial no amor recíproco e indizível da Trindade. Deus, infinitamente uno, está associado às três Pessoas. Desde sempre, Deus exulta no Pai, no Filho e no Espírito e Eles nele [...]. Quando o Filho Se fez carne, viveu durante trinta anos com Maria e José, formando assim uma imagem da Trindade na Terra. [...]
Mas convinha que Aquele que havia de ser o verdadeiro Grande Sacerdote e de exercer esse ministério para toda a raça humana, estivesse livre de laços e de sentimentos, tal como se dissera antigamente que Melquisedeque não tinha pai nem mãe (He 7,3). [...] Abandonar a mãe, gesto que Ele torna plenamente significativo em Caná (Jo 2,4), era portanto o primeiro passo solene necessário ao cumprimento da salvação do mundo [...]. Jesus Cristo renunciou não só a Maria e a José, mas também aos amigos secretos. Quando chegou o seu tempo, teve de renunciar a todos eles.
Mas podemos supor que estava em comunhão com os santos patriarcas que haviam preparado e profetizado a sua vinda. Numa ocasião solene, vimo-Lo a falar durante toda a noite com Moisés e Elias sobre a Paixão. Que visão, que pensamentos nos são então abertos acerca da pessoa de Jesus Cristo, de Quem tão pouco sabemos! Quando Ele passava noites inteiras em oração [...], quem melhor poderia apoiar o Senhor e dar-Lhe força do que essa «multidão admirável» de profetas de quem Ele era o modelo e o cumprimento? Ele podia pois falar com Abraão que exultara pensando que tinha visto o Seu dia (Jo 8, 56) e com Moisés [...] ou com David e Jeremias que tão particularmente O tinham prefigurado ou com os que mais tinham falado com Ele como Isaías e Daniel. Encontrava nestes um fundo de grande simpatia. Quando foi para Jerusalém, para o sofrimento último, todos os santos padres da antiga aliança, cujos sacrifícios prefiguravam o seu, vieram invisivelmente ao seu encontro.
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