sábado, 24 de setembro de 2016

Cristianismo 175 até 24-09-2016

"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68

Domingo, dia 18 de Setembro de 2016

25.º Domingo do Tempo Comum - Ano C

Escutai bem, vós que espezinhais o pobre e quereis eliminar os humildes da Terra.
Vós dizeis: «Quando passará a lua nova para podermos vender o nosso grão? Quando chegará o fim de sábado para podermos abrir os celeiros de trigo? Faremos a medida mais pequena, aumentaremos o preço, arranjaremos balanças falsas.
Compraremos os necessitados por dinheiro e os indigentes por um par de sandálias. Venderemos até as cascas do nosso trigo».
O SENHOR jurou contra a soberba de Jacob: "Não esquecerei jamais nenhuma das suas obras."
Livro de Salmos 113(112),1-2.4-6.7-8.
Louvai, servidores do Senhor,
louvai o nome do Senhor.
Bendito seja o nome do Senhor,
agora e para sempre.

O Senhor domina sobre todos os povos,
a sua glória está acima dos céus.
Quem se compara ao Senhor nosso Deus,
que tem o seu trono nas alturas

e Se inclina lá do alto
a olhar o céu e a Terra?
Levanta do pó o indigente e tira o pobre da miséria,
para o fazer sentar com os grandes,

com os grandes do seu povo.
1.ª Carta a Timóteo 2,1-8.
Caríssimo: Recomendo, antes de tudo, que se façam preces, orações, súplicas e acções de graças por todos os homens,
pelos reis e por todas as autoridades, para que possamos levar uma vida tranquila e pacífica, com toda a piedade e dignidade.
Isto é bom e agradável aos olhos de Deus, nosso Salvador;
Ele quer que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da Verdade.
Há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, o Homem Jesus Cristo,
que Se entregou à morte pela redenção de todos. Tal é o testemunho que foi dado a seu tempo
e do qual fui constituído arauto e apóstolo __ digo a verdade, não minto __ mestre dos gentios na fé e na verdade.
Quero, portanto, que os homens rezem em toda a parte, erguendo para o Céu as mãos santas, sem ira nem contenda.
Evangelho segundo S. Lucas 16,1-13.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Um homem rico tinha um administrador que foi denunciado por andar a desperdiçar os seus bens.
Mandou chamá-lo e disse-lhe: ‘Que é isto que ouço dizer de ti? Presta contas da tua administração porque já não podes continuar a administrar’.
O administrador disse consigo: ‘Que hei-de fazer, agora que o meu senhor me vai tirar a administração? Para cavar não tenho forças, de mendigar tenho vergonha.
Já sei o que hei-de fazer para que, ao ser despedido da administração, alguém me receba em sua casa’.
Mandou chamar um por um os devedores do seu senhor e disse ao primeiro: ‘Quanto deves ao meu senhor?’.
Ele respondeu: ‘Cem talhas de azeite’. O administrador disse-lhe: ‘Toma a tua conta: senta-te depressa e escreve cinquenta’.
A seguir disse a outro: ‘E tu quanto deves?’ Ele respondeu: ‘Cem medidas de trigo’. Disse-lhe o administrador: ‘Toma a tua conta e escreve oitenta’.
E o senhor elogiou o administrador desonesto, por ter procedido com esperteza. De facto, os filhos deste mundo são mais espertos do que os filhos da luz, no trato com os seus semelhantes».
«E Eu digo-vos: Arranjai amigos com o dinheiro desonesto para que, quando este faltar, eles vos recebam nas moradas eternas.
Quem é fiel nas coisas pequenas também é fiel nas grandes e quem é injusto nas coisas pequenas, também é injusto nas grandes.
Se não fostes fiéis no que se refere ao vil dinheiro, quem vos confiará o verdadeiro bem?
E se não fostes fiéis no bem alheio, quem vos entregará o que é vosso?
Nenhum servidor pode servir a dois senhores porque, ou não gosta de um deles e estima o outro ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São Gregório de Nazianzo (330-390), bispo, doutor da Igreja
Homilia sobre o amor aos pobres
«Arranjai amigos com o dinheiro desonesto para que, quando este faltar, eles vos recebam nas moradas eternas»: socorrer os pobres
Meus amigos e meus irmãos, não sejamos maus gestores dos bens que nos foram confiados para não ouvirmos dizer: «Envergonhai-vos, vós que guardais o que não vos pertence; imitai a justiça de Deus e não haverá mais pobres.» Não nos esgotemos a juntar e a pôr de reserva enquanto outros estão esgotados de fome; só assim não mereceremos a acusação amarga e a ameaça do profeta Amós: «Cuidado, vós que dizeis: "Quando acabará este mês para podermos vender o nosso trigo? Quando acabará o sábado para podermos vender a nossa farinha?"» (8,5). [...]
Imitemos a lei sublime e primordial de Deus «que faz cair a chuva sobre justos e pecadores e também para todos faz nascer o sol» (Mt 5,45). Ele cumula todos os que vivem na Terra de imensas extensões de pastos, de nascentes, de rios e de florestas; aos pássaros dá os ares e a água a todos os animais aquáticos.
Para a vida de todos, dá em abundância os recursos naturais que não podem ser nem agarrados pelos fortes, medidos pelas leis ou delimitados pelas fronteiras; mas dá-os a todos, de modo que nada falte a ninguém. Assim, pela partilha igual dos seus dons, Ele honra a igualdade natural de todos e mostra toda a generosidade da sua bondade. [...] Por isso, também tu, imita esta misericórdia divina.

Segunda-feira, dia 19 de Setembro de 2016

Segunda-feira da 25.ª semana do Tempo Comum

Festa da Igreja : Nossa Senhora da Salette
Santo do dia : S. Januário, bispo, mártir, +305

Livro de Provérbios 3,27-34.
Meu filho: Não negues um benefício a quem dele precisa, se estiver nas tuas mãos poder concedê-lo.
Não digas ao teu próximo: «Vai e volta depois, amanhã te darei», quando o puderes logo atender.
Não maquines o mal contra teu próximo, quando ele deposita confiança em ti.
Não litigues contra ninguém sem motivo, quando não te fez mal algum.
Não invejes o homem violento, nem adoptes o seu procedimento,
porque o Senhor abomina o homem perverso, mas reserva para os rectos a sua intimidade.
A maldição do Senhor cai sobre a casa do ímpio, mas Ele abençoa a morada dos justos.
Ele escarnece dos escarnecedores, mas concede a sua graça aos humildes.
Livro de Salmos 15(14),2-3ab.3cd-4ab.5.
O que vive sem mancha e pratica a justiça
e diz a verdade que tem no seu coração
e guarda a sua língua da calúnia.
O que não faz mal ao seu próximo,

O que não faz mal ao seu próximo
nem ultraja o seu semelhante,
o que tem por desprezível o ímpio (= ateu),
mas estima os que adoram o Senhor.

e não empresta dinheiro com usura
nem aceita presentes para condenar o inocente.
Quem assim proceder jamais será abalado.

Evangelho segundo S. Lucas 8,16-18.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo à multidão: «Ninguém acende uma lâmpada para a cobrir com uma vasilha ou a colocar debaixo da cama, mas coloca-a num candelabro para que os que entram, vejam a luz.
Não há nada oculto que não se torne manifesto nem secreto que não seja conhecido à luz do dia.
Portanto tende cuidado com a maneira como ouvis, pois àquele que tem (bem), dar-se-á (+ bem); mas àquele que não tem (bem), até o que julga ter (bem) lhe será tirado».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São Cromácio de Aquileia (?-407), bispo
Homilias sobre o Evangelho de Mateus
A lâmpada no candelabro
O Senhor chama aos seus discípulos «luz do mundo» (Mt 5, 4) porque, iluminados por Ele, que é a luz eterna e verdadeira (Jo 1,9), eles próprios se tornam uma luz no meio das trevas. Porque Ele é o «Sol da justiça» (Mal 3,20), o Senhor pode chamar aos seus discípulos «luz do mundo»: é por meio deles que irradia sobre o mundo inteiro a luz da sua própria ciência. [...] Iluminados por eles, também nós passámos das trevas à luz, como diz o Apóstolo: «Outrora éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor; vivei como filhos da luz» (Ef 3,8). E noutro passo: «Não sois filhos da noite nem das trevas, mas sois filhos da luz e filhos do dia» (1Tess 5,5). Com razão diz também S. João na sua primeira epístola: «Deus é luz» (1,5) e «quem permanece em Deus está na luz» (1,7). [...] Portanto, uma vez que temos a felicidade de estar libertos das trevas do erro, devemos andar sempre na luz, como filhos da luz que somos. [...] Por isso diz o Apóstolo: «Vós brilhais entre eles como estrelas no mundo, ostentando a palavra da vida» (Tess 2,15). [...]
Aquela lâmpada resplandecente que foi acesa para nossa salvação, deve brilhar sempre em nós. [...] Por isso é nosso dever não ocultar esta lâmpada da lei e da fé, mas colocá-la sempre no candelabro da Igreja para salvação de todos, a fim de nós próprios gozarmos da luz da sua verdade e de com ela serem iluminados todos os crentes.

Terça-feira, dia 20 de Setembro de 2016

Terça-feira da 25.ª semana do Tempo Comum

O coração do rei é como água corrente nas mãos do Senhor, Ele o dirigirá para onde quiser.
Os caminhos do homem parecem-lhe sempre rectos, mas é o Senhor quem pesa os corações.
A prática da justiça e da equidade é mais agradável ao Senhor do que os sacrifícios.
Olhares altivos, coração soberbo (do sol): a lâmpada dos ímpios (= ateus) é o pecado.
Os projectos do homem diligente têm êxito, mas quem se precipita cai certamente na ruína.
Os tesouros adquiridos pela mentira são vaidade passageira e laço de morte.
A alma do ímpio deseja o mal; não terá compaixão do seu próximo.
Com o castigo do insolente, o ingénuo ficará mais sábio; quando se adverte o sábio, ele adquire mais saber.
O justo está atento à família do ímpio e precipita os maus na desventura.
Aquele que se faz surdo ao clamor do pobre, também um dia clamará e não será ouvido.
Livro de Salmos 119(118),1.27.30.34.35.44.
Felizes os que seguem o caminho perfeito
e andam na lei do Senhor.
Fazei-me compreender o caminho dos vossos preceitos
para meditar nas vossas maravilhas.

Escolhi o caminho da verdade
e decidi-me pelos vossos juízos.
Dai-me entendimento para guardar a vossa lei
e para a cumprir de todo o coração.

Conduzi-me pela senda dos vossos mandamentos,
pois nela estão as minhas delícias.
Assim cumprirei continuamente a tua lei,
para todo o sempre.

Evangelho segundo S. Lucas 8,19-21.
Naquele tempo, vieram ter com Jesus Cristo sua Mãe e seus irmãos, mas não podiam chegar junto d’Ele por causa da multidão.
Então disseram-Lhe: «Tua Mãe e teus irmãos estão lá fora e querem ver-Te».
Mas Jesus Cristo respondeu-lhes: «Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Santo Ireneu de Lyon (c. 130-c. 208), bispo, teólogo, mártir
Contra as heresias, III, 22
Somos seus irmãos porque sua Mãe ouviu a palavra e a pôs em prática
A Virgem Maria foi obediente quando disse: «Eis a escrava do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra» (Lc 1,38). Pelo contrário, Eva foi desobediente, tendo desobedecido quando era ainda virgem. E assim como Eva, desobedecendo, se tornou causa de morte para si mesma e para todo o género humano, assim também Maria, tendo por esposo aquele que lhe tinha sido antecipadamente destinado mas mantendo-se virgem, se tornou, pela sua obediência, causa de salvação para si mesma e para todo o género humano. […] Porque o que foi ligado só pode ser desligado quando se faz em sentido inverso o processo que tinha dado origem ao nó, de tal maneira que o primeiro laço é desatado por um segundo, tendo o segundo a função de desatar o primeiro.
Era por isso que o Senhor dizia que os primeiros seriam os últimos e os últimos os primeiros (Mt 19,30). E também o profeta afirma a mesma coisa, ao dizer: «Em lugar dos teus pais, virão os teus filhos» (Sl 44,17). Porque, ao tornar-Se «o Primogénito dos mortos», ao receber no seu seio os pais antigos, o Senhor fê-los renascer para a vida em Deus, tornando-Se Ele mesmo «o princípio» (Col 1,18), já que Adão fora o princípio dos mortos. É também por isso que Lucas começa a sua genealogia pelo Senhor, fazendo-a depois remontar até Adão (Lc 3,23ss.), indicando assim que não foram os pais que deram a vida ao Senhor, mas foi Ele, pelo contrário, que os fez renascer no Evangelho da vida. Da mesma maneira, o nó da desobediência de Eva foi desatado pela obediência de Maria porque aquilo que a virgem Eva tinha atado pela sua incredulidade foi desatado pela Virgem Maria pela sua fé.

Quarta-feira, dia 21 de Setembro de 2016

S. Mateus, Apóstolo e Evangelista – Festa

Santo do dia : S. Mateus, apóstolo e evangelista

Carta aos Efésios 4,1-7.11-13.
Irmãos: Eu, prisioneiro pela causa do Senhor, recomendo-vos que vos comporteis segundo a maneira de viver a que fostes chamados:
procedei com toda a humildade, mansidão e paciência; suportai-vos uns aos outros com caridade;
empenhai-vos em manter a unidade do espírito pelo vínculo da paz.
Há um só Corpo e um só Espírito, como existe uma só esperança na vida a que fostes chamados.
Há um só Senhor, uma só fé, um só Baptismo.
Há um só Deus e Pai de todos que está acima de todos, actua em todos e em todos Se encontra.
A cada um de nós foi concedida a graça, na medida em que recebeu o dom de Jesus Cristo.
Foi Ele que a uns constituiu apóstolos, a outros evangelistas e a outros pastores e mestres
para o aperfeiçoamento dos cristãos, em ordem ao trabalho do ministério para a edificação do Corpo de Jesus Cristo
até que cheguemos todos à unidade da fé e do conhecimento do Filho (de Deus), ao estado de homem perfeito, à medida de Jesus Cristo na sua plenitude.
Livro de Salmos 19(18),2-3.4-5.
Os céus proclamam a glória de Deus
e o firmamento anuncia a obra das suas mãos.
O dia transmite ao outro esta mensagem
e a noite a dá a conhecer à outra noite.

Não são palavras nem linguagem
cujo sentido se não perceba.
O seu eco ressoou por toda a Terra
e a sua notícia até aos confins do mundo.

Evangelho segundo S. Mateus 9,9-13.
Naquele tempo, Jesus Cristo ia a passar, quando viu um homem chamado Mateus, sentado no posto de cobrança dos impostos e disse-lhe: «Segue-Me». Ele levantou-se e seguiu Jesus Cristo.
Um dia em que Jesus Cristo estava à mesa em casa de Mateus, muitos publicanos e pecadores vieram sentar-se com Ele e os seus discípulos.
Vendo isto, os fariseus diziam aos discípulos: «Por que motivo é que o vosso Mestre come com os publicanos e os pecadores?».
Jesus Cristo ouviu-os e respondeu: «Não são os que têm saúde que precisam do médico, mas sim os doentes.
Ide aprender o que significa: ‘Prefiro a misericórdia ao sacrifício’. Porque Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Santo Ireneu de Lyon (c. 130-c. 208), bispo, teólogo, mártir
Contra as heresias, III, 11,8; 9,1
Uma das primeiras afirmações históricas dos evangelistas
Os apóstolos foram até ao fim do mundo proclamar a Boa Nova das graças que Deus nos concede e anunciar aos homens a paz do céu (Lc 2,14), eles que possuíam – todos igualmente e cada um em particular – a Boa Nova de Deus. Encontrando-se entre hebreus, Mateus publicou uma das versões escritas do Evangelho nessa língua, enquanto Pedro e Paulo evangelizavam Roma e aí fundavam a Igreja. Depois da morte destes, Marcos, discípulo e intérprete de Pedro (1Ped 5,13), transmitiu-nos por escrito a pregação de Pedro. Da mesma forma, Lucas, companheiro de Paulo, consignou em livro o Evangelho por este pregado. Seguidamente João, discípulo do Senhor, o mesmo que apoiou a cabeça sobre o seu peito (Jo 13,25), publicou também o Evangelho durante a sua permanência em Éfeso.
No seu evangelho, Mateus regista a genealogia de Jesus Cristo como homem: «genealogia de Jesus Cristo, filho de David, filho de Abraão» (Mt 1,1-18). Este evangelho apresenta Jesus Cristo na sua forma humana; nele, Jesus Cristo é um homem permanentemente animado de sentimentos de humildade e de mansidão. [...] O apóstolo Mateus conhece um único Deus, o mesmo que prometeu a Abraão multiplicar a sua descendência como as estrelas do céu (Gn 15,5) e que, por seu Filho Cristo Jesus, nos chamou do culto das pedras até ao seu conhecimento (Mt 3,9), de forma que [se cumprisse a Escritura que diz]: «Àquele que não é meu povo hei-de chamar meu povo e minha amada àquela que não é minha amada» (Os 2,25; Rom 9,25).

Quinta-feira, dia 22 de Setembro de 2016

Quinta-feira da 25.ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : S. Maurício e companheiros (soldados romanos), mártires, séc. III

Livro de Eclesiastes 1,2-11.
Vaidade das vaidades – diz Coelet – vaidade das vaidades: tudo é vaidade.
Que proveito pode tirar o homem de todo o esforço que faz debaixo do sol?
Uma geração passa, outra vem e a Terra permanece sempre.
O sol nasce e o sol põe-se e visa o ponto donde volta a despontar.
O vento vai em direcção ao sul, depois ruma ao norte e gira, torna a girar e passa e recomeça as suas idas e vindas.
Todos os rios correm para o mar e o mar não se enche. Para onde sempre correram, continuam os rios a correr.
Todas as palavras estão gastas, o homem não consegue já dizê-las. A vista não se sacia com o que vê nem o ouvido se contenta com o que ouve.
Aquilo que foi é aquilo que será; aquilo que foi feito, há-de voltar a fazer-se e nada há de novo debaixo do sol!
Se de alguma coisa alguém diz: «Eis aí algo de novo!», ela já existia nas eras que nos precederam.
Não há memória das coisas antigas e também não haverá memória do que há-de suceder depois nem ficará disso memória entre aqueles que hão-de vir mais tarde.
Livro de Salmos 90(89),3-4.5-6.12-13.14.17.
Vós reduzis o homem ao pó da terra
e dizeis: «Voltai, filhos de Adão».
Mil anos a vossos olhos
são como o dia de ontem que passou
e como uma vigília da noite.

Vós os arrebatais como um sonho,
como a erva que de manhã reverdece;
de manhã floresce e viceja,
de tarde ela murcha e seca.

Ensinai-nos a contar os nossos dias
para chegarmos à sabedoria do coração.
Voltai, Senhor! Até quando...
Tende piedade dos vossos servidores.

Saciai-nos desde a manhã com a vossa bondade
para nos alegrarmos e exultarmos todos os dias.
Desça sobre nós a graça do Senhor, nosso Deus.
Confirmai, Senhor, a obra das nossas mãos.

Evangelho segundo S. Lucas 9,7-9.
Naquele tempo, o tetrarca Herodes ouviu dizer tudo o que Jesus Cristo fazia e andava perplexo porque alguns diziam: «É João Baptista que ressuscitou dos mortos».
Outros diziam: «É Elias que reapareceu». E outros diziam ainda: «É um dos antigos profetas que ressuscitou».
Mas Herodes disse: «A João mandei-o eu decapitar. Mas quem é este homem, de quem oiço dizer tais coisas?». E procurava ver Jesus Cristo.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Orígenes (c. 185-253), presbítero, teólogo
Homilias sobre o Génesis
E procurava ver Jesus Cristo.
O sol e a lua iluminam o nosso corpo; Jesus Cristo e a Igreja iluminam o nosso espírito. Isto é, iluminam-nos se não formos espiritualmente cegos (se não formos das trevas. Os das trevas projectam de si as trevas). Porque, do mesmo modo que o sol e a lua não deixam de derramar a sua claridade sobre os cegos que, contudo, não podem acolher a luz, também Jesus Cristo envia a sua luz aos nossos espíritos, mas esta iluminação só tem lugar se a nossa cegueira não lhe puser obstáculos. Por isso, os cegos devem começar por seguir a Jesus Cristo gritando: «Tem piedade de nós, Filho de David!» (Mt 9,27) e, quando tiverem recuperado a vista graças a Ele, poderão ser iluminados com o esplendor da luz (= aura).
Mas nem todos os que vêem são iluminados de igual forma por Jesus Cristo; cada um o é na medida em que pode receber a luz (cf Lc 23,8 ss). [...] Não é da mesma maneira que todos vamos a Ele, mas «cada um segundo as suas próprias possibilidades» (Mt 25,15).

Sexta-feira, dia 23 de Setembro de 2016

Sexta-feira da 25.ª semana do Tempo Comum


Santo do dia : S. Pio de Petrelcina (Padre Pio), presbítero, +1968

Livro de Eclesiastes 3,1-11.
Para tudo há um momento e um tempo para cada coisa que se deseja debaixo do céu:
tempo para nascer e tempo para morrer, tempo para plantar e tempo para arrancar o que se plantou,
tempo para matar e tempo para curar, tempo para destruir e tempo para edificar,
tempo para chorar e tempo para rir, tempo para se lamentar e tempo para dançar,
tempo para atirar pedras e tempo para as ajuntar, tempo para abraçar e tempo para evitar o abraço,
tempo para procurar e tempo para perder, tempo para guardar e tempo para atirar fora,
tempo para rasgar e tempo para coser, tempo para calar e tempo para falar,
tempo para amar e tempo para odiar, tempo para guerra e tempo para paz.
Que proveito tira das suas fadigas aquele que trabalha?
Eu vi a tarefa que Deus impôs aos filhos dos homens para que dela se ocupem.
Todas as coisas que Deus 
(isto é, o Construtor) fez, são boas a seu tempo (porque DEUS está acima de todos, é o Máximo; O Destruidor também não é Deus; é uma divindade, importante também, mas divindade, Senhor das trevas.)
 Até a eternidade colocou no coração deles, sem que nenhum ser humano possa compreender a obra divina do princípio ao fim.
Livro de Salmos 144(143),1a.2abc.3-4.
Bendito seja o Senhor, meu refúgio;
meu amparo e fortaleza,
meu baluarte e meu libertador
meu escudo e o meu abrigo,

Senhor, que é o homem, para cuidares dele,
e o filho do homem, para nele pensares?
O homem é semelhante ao sopro da brisa;
os seus dias passam como uma sombra.

Evangelho segundo S. Lucas 9,18-22.
Um dia, Jesus Cristo orava sozinho, estando com Ele apenas os discípulos. Então perguntou-lhes: «Quem dizem as multidões que Eu sou?».
Eles responderam: «Uns dizem que és João Baptista; outros que és Elias e outros que és um dos antigos profetas que ressuscitou».
Disse-lhes Jesus Cristo: «E vós, quem dizeis que Eu sou?». Pedro tomou a palavra e respondeu: «És o Messias de Deus».
Ele, porém proibiu-lhes severamente de o dizerem fosse a quem fosse
e acrescentou: «O Filho (do homem) tem de sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos príncipes dos sacerdotes e pelos escribas; tem de ser morto e ressuscitar ao terceiro dia» (porque entrou no mundo dominado pelas trevas, mas ressuscitará ao terceiro dia porque venceu a morte, as trevas.)
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Beato Paulo VI (1897-1978), papa de 1963 a 1978
Homilia em Manila, 29/11/70 (© Libreria Editrice Vaticana)
«E vós, quem dizeis que Eu sou?»
Jesus Cristo! Sinto a necessidade de O anunciar, não posso calá-Lo: «Ai de mim, se não anunciar o Evangelho!» (1Cor 9,16) Fui enviado por Ele para isso mesmo; sou apóstolo, sou testemunha. Quanto mais longe está o objectivo e mais difícil é a missão, mais premente é o amor que me impele (2Cor 5,14). Tenho de proclamar o seu nome: Jesus é o Cristo, o Filho do Deus vivo (Mt 16,16). É Ele que nos revela o Deus invisível; Ele é o primogénito de toda a criatura, o fundamento de todas as coisas (Col 1,15s). Ele é o Mestre da humanidade e o Redentor: nasceu, morreu e ressuscitou por nós. Ele é o centro da história e do mundo, é quem nos conhece e nos ama, é o companheiro e o amigo da nossa vida. É o homem da dor e da esperança. É o que há-de vir, que será um dia nosso juiz e também, assim o esperamos, a plenitude eterna da nossa existência, a nossa felicidade.
Nunca mais acabaria de falar dele: Ele é a luz e a verdade; mais, Ele é «o Caminho, a Verdade e a Vida» (Jo 14,6). Ele é o Pão e a Fonte de água viva que responde à nossa fome e à nossa sede (Jo 6,35; 7,38); Ele é o nosso Pastor, o nosso guia, o nosso exemplo, o nosso conforto, o nosso irmão. Como nós, e mais do que nós, foi pequeno, pobre, humilhado, trabalhador, infeliz e paciente. Por nós, falou, realizou milagres, fundou um Reino novo onde os pobres são bem-aventurados, onde a paz é o princípio da vida em comum, onde os que têm o coração puro e os que choram são exaltados e consolados, onde os que aspiram à justiça são atendidos, onde os pecadores podem ser perdoados, onde todos são irmãos.
Jesus Cristo: já ouvistes falar dele e a maioria de vós pertence-lhe, pois sois cristãos. Pois bem! A vós, cristãos, repito o seu nome, a todos anuncio: Jesus Cristo é «o princípio e o fim, o alfa e o omega» (Ap 21,6). Ele é o Rei do mundo novo; é o segredo da história, a chave do nosso destino; ele é o Mediador, a ponte entre a Terra e o Céu [...]; é o Filho (do homem), o Filho (de Deus) [...], o Filho (de Maria)... Jesus Cristo! Recordai: este é o anúncio que fazemos para a eternidade, é a voz que fazemos ressoar por toda a Terra (Rom 10,18) e pelos séculos que hão-de vir.

Sábado, dia 24 de Setembro de 2016

Sábado da 25.ª semana do Tempo Comum

Jovem, regozija-te na tua mocidade e alegra o teu coração na flor dos teus anos. Segue os impulsos do teu coração e o que agradar aos teus olhos, mas sabe que, de tudo isso, Deus te pedirá contas.
Lança fora do teu coração a tristeza, poupa o sofrimento ao teu corpo: também a meninice e a juventude são ilusão.
Lembra-te do teu Criador nos dias da tua juventude, antes que venham os dias maus e cheguem os anos, dos quais dirás: «Não sinto neles prazer algum»;
antes que escureçam o sol e a luz, a lua e as estrelas e voltem as nuvens depois da chuva;
quando os guardas da tua casa começarem a tremer e os homens robustos, a vergar; quando as mós deixarem de moer por serem poucas e se escurecer a vista dos que olham pela janela;
quando se fecham as portas da rua, quando enfraquece a voz do moinho, quando se acorda com o piar de um pássaro e emudecem as canções.
Então também haverá o medo das subidas e haverá sobressaltos no caminho, enquanto a amendoeira abre em flor, o gafanhoto engorda, e a alcaparra perde as suas propriedades. Então o homem encaminha-se para a sua casa da eternidade e as carpideiras percorrem as ruas;
antes que se rompa o cordão de prata e se quebre a bacia de oiro; antes que se parta a bilha na fonte e se desenrole a roldana sobre a cisterna.
Então o pó voltará à terra de onde saiu e o espírito voltará para Deus que o concedeu.
Ilusão das ilusões - disse Qohélet - tudo é ilusão.
Livro de Salmos 90(89),3-4.5-6.12-13.14.17.
Vós reduzis o homem ao pó da terra
e dizeis: «Voltai, filhos de Adão».
Mil anos a vossos olhos
são como o dia de ontem que passou
e como uma vigília da noite.

Vós os arrebatais como um sonho,
como a erva que de manhã reverdece;
de manhã floresce e viceja,
de tarde ela murcha e seca.

Ensinai-nos a contar os nossos dias,
para chegarmos à sabedoria do coração.
Voltai, Senhor! Até quando...
Tende piedade dos vossos servidores.

Saciai-nos desde a manhã com a vossa bondade,
para nos alegrarmos e exultarmos todos os dias.
Desça sobre nós a graça do Senhor, nosso Deus.
Confirmai, Senhor, a obra das nossas mãos.

Evangelho segundo S. Lucas 9,43b-45.
Naquele tempo, estavam todos admirados com tudo o que Jesus Cristo fazia. Então Ele disse aos discípulos:
«Escutai bem o que vou dizer-vos. O Filho (do homem) vai ser entregue às mãos dos homens».
Eles, porém não compreendiam aquelas palavras; eram misteriosas para eles e não as entendiam. Mas tinham medo de O interrogar sobre tal assunto.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São Tomás de Aquino (1225-1274), teólogo dominicano, doutor da Igreja
Comentário sobre a Epístola aos Gálatas, 6
O nosso título de glória é o Filho do Homem entregue nas mãos dos homens
«Quanto a mim, Deus me livre de me gloriar a não ser na cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo», diz São Paulo (Gal 6,14). Repara, observa Santo Agostinho: onde o sábio segundo este mundo julgou encontrar a vergonha, aí descobriu o apóstolo Paulo um tesouro; pois aquilo que para outro é loucura é para ele sabedoria (1Cor 1,17s) e título de glória.
Com efeito, cada um retira a sua glória daquilo que, a seus olhos, o torna grande; se julga ser um homem importante por ser rico, glorifica-se nos seus bens. Mas aquele que não encontra grandeza para si senão em Jesus Cristo põe a sua glória apenas em Jesus Cristo; assim era o apóstolo Paulo que dizia: «Já não sou eu que vivo, é Jesus Cristo que vive em mim»(Gal 2,20). É por isso que apenas se gloria em Jesus Cristo e, sobretudo na cruz de Jesus Cristo. É que nesta cruz estão reunidos todos os motivos de glória que um homem pode ter.
Há pessoas que retiram a sua glória da amizade com os grandes e poderosos; Paulo, porém apenas tem necessidade da cruz de Jesus Cristo, onde descobre o sinal mais evidente da amizade de Deus: «Deus demonstra o seu amor para connosco pelo facto de Jesus Cristo haver morrido por nós quando ainda éramos pecadores» (Rom 5,8). Não, nada manifesta tão bem o amor de Deus para connosco como a morte de Jesus Cristo. «Oh, testemunho inestimável do amor!», exclama São Gregório. «Para resgatar o escravo, entregastes o Filho!».
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