"Senhor, a quem
iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68
Domingo,
dia 28 de Agosto de 2016
22.º
Domingo do Tempo Comum - Ano C
Filho, em todas as tuas obras procede com humildade e serás mais
estimado do que o homem generoso.
Quanto mais importante fores, mais deves humilhar-te e encontrarás graça
diante do Senhor.
Porque é grande o poder do Senhor e os humildes cantam a sua glória.
A desgraça do soberbo não tem cura porque a árvore da maldade criou nele
raízes.
O coração do sábio compreende as máximas do sábio e o ouvido atento alegra-se
com a sabedoria.
Livro de Salmos
68(67),4-5.6-7.10-11.
Os justos alegram-se na presença de Deus,
exultam e transbordam de alegria.
Cantai a Deus, entoai um cântico ao seu nome;
o seu nome é Senhor: exultai na sua presença.
Pai dos órfãos e defensor das viúvas,
é Deus na sua morada santa.
Deus prepara uma casa para os desamparados
e liberta aqueles que estão prisioneiros;
Derramastes, ó Deus, uma chuva de bênçãos,
restaurastes a vossa herança enfraquecida.
A vossa grei estabeleceu-se numa terra
que a vossa bondade, ó Deus, preparara ao oprimido.
Carta aos Hebreus 12,18-19.22-24.
Irmãos: Vós não vos aproximastes de uma realidade sensível como
os Israelitas no monte Sinai: o fogo ardente, a nuvem escura, as trevas
densas ou a tempestade,
o som da trombeta e aquela voz tão retumbante que os ouvintes suplicaram que
não lhes falasse mais.
Vós aproximastes-vos do monte Sião, da cidade do Deus vivo, a Jerusalém
celeste, de muitos milhares de Anjos em reunião festiva,
de uma assembleia de primogénitos inscritos no Céu, de Deus, juiz do
universo, dos espíritos dos justos que atingiram a perfeição
e de Jesus Cristo, mediador da nova aliança, de um sangue de aspersão que
fala com voz mais eloquente do que a do sangue de Abel.
Evangelho segundo S.
Lucas 14,1.7-14.
Naquele tempo, Jesus Cristo entrou, num sábado, em casa de um dos
principais fariseus para tomar uma refeição. Todos O observavam.
Ao notar como os convidados escolhiam os primeiros lugares (para ficarem em
melhor lugar do que ele), Jesus Cristo disse-lhes esta parábola:
«Quando fores convidado para um banquete nupcial, não tomes o primeiro lugar.
Pode acontecer que tenha sido convidado alguém mais importante do que tu;
então aquele que vos convidou a ambos, terá que te dizer: ‘Dá o lugar a este’
e ficarás depois envergonhado, se tiveres de ocupar o último lugar.
Por isso, quando fores convidado, vai sentar-te no último lugar e quando vier
aquele que te convidou, dirá: ‘Amigo, sobe mais para cima’; ficarás então
honrado aos olhos dos outros convidados.
Quem se exalta será humilhado e quem
se humilha será exaltado».
Jesus Cristo disse ainda a quem O tinha convidado: «Quando ofereceres um
almoço ou um jantar, não convides os teus amigos nem os teus irmãos nem os
teus parentes nem os teus vizinhos ricos, não seja que eles por sua vez te
convidem e assim serás retribuído.
Mas quando ofereceres um banquete, convida os pobres, os aleijados, os coxos
e os cegos
e serás feliz por eles não terem com que retribuir-te: ser-te-á retribuído na
ressurreição dos justos.
Da
Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
São Gregório de Nazianzo
(330-390), bispo, doutor da Igreja
Do amor aos pobres, 8, 14
«Quando ofereceres um banquete, convida os pobres»
Velemos pela
saúde do nosso próximo com o mesmo cuidado com que velamos pela nossa, esteja
ele saudável ou desgastado pela doença. Porque «somos todos um só no Senhor»
(Rom 12,5), ricos e pobres, escravos e livres, sãos e doentes. Para todos, há
uma só cabeça, princípio de tudo – Jesus Cristo (Col 1,18); o que os membros
do corpo são uns para os outros, é cada um de nós para cada um dos seus
irmãos. Por isso, não podemos negligenciar nem abandonar os que caíram antes
de nós num estado de fraqueza a que a todos estamos sujeitos. Antes de nos
regozijarmos por estarmos de boa saúde, compadeçamo-nos da infelicidade dos
nossos irmãos mais pobres. [...] Eles são à imagem de Deus tal como nós e,
apesar da sua aparente decadência, mantiveram melhor do que nós a fidelidade
a essa imagem. Neles o homem interior revestiu o próprio Jesus Cristo e eles
receberam o mesmo «penhor do Espírito» (2Cor 5,5), têm as mesmas leis, os
mesmos mandamentos, as mesmas alianças, as mesmas assembleias, os mesmos
mistérios, a mesma esperança. Jesus Cristo, Aquele «que tira o pecado do
mundo» (Jo 1,29), também morreu por eles. Eles tomam parte da herança da vida
celeste, depois de terem sido privados de muitos bens neste mundo. São
companheiros de Jesus Cristo nos seus sofrimentos e sê-lo-ão na sua glória.
Segunda-feira,
dia 29 de Agosto de 2016
Martírio de S. João
Baptista – Memória Obrigatória
Naqueles dias, o Senhor dirigiu-me a palavra, dizendo: «Cinge
os teus rins e levanta-te para ires dizer tudo o que Eu te ordenar. Não
temas diante deles, senão serei Eu que te farei temer a sua presença.
Hoje mesmo faço de ti uma cidade fortificada, uma coluna de ferro e uma
muralha de bronze, diante de todo este país, dos reis de Judá e dos seus
chefes, diante dos sacerdotes e do povo da Terra.
Eles combaterão contra ti, mas não
poderão vencer-te porque Eu estou contigo para te salvar».
Livro de Salmos
71(70),1-2.3-4a.5-6ab.15ab.17.
Em Vós, Senhor, me refugio,
jamais serei confundido.
Pela vossa justiça, defendei-me e salvai-me,
prestai ouvidos e libertai-me.
Sede para mim um refúgio seguro,
a fortaleza da minha salvação.
Vós sois a minha defesa e o meu refúgio:
Deus, salvai-me do meu pecado.
Sois Vós, Senhor, a minha esperança,
a minha confiança desde a juventude.
Desde o nascimento Vós me sustentais,
desde o seio materno sois o meu protector.
A minha boca proclamará a vossa justiça,
dia após dia a vossa infinita salvação.
Desde a juventude Vós me ensinais
e até hoje anunciei sempre os vossos prodígios.
Evangelho segundo S. Marcos 6,17-29.
Naquele tempo, o rei Herodes mandara prender João e algemá-lo
no cárcere, por causa de Herodíades, a mulher do seu irmão Filipe, que ele
tinha tomado por esposa.
João dizia a Herodes: «Não podes ter contigo a esposa do teu irmão».
Herodíades odiava João Baptista e queria dar-lhe a morte, mas não podia
porque Herodes respeitava João, sabendo que era justo e santo e, por isso o
protegia. Quando o ouvia, ficava perturbado, mas escutava-o com prazer.
Entretanto chegou um dia oportuno quando Herodes, no seu aniversário
natalício, ofereceu um banquete aos grandes da corte, aos oficiais e às
principais personalidades da Galileia.
Entrou então a filha de Herodíades que dançou e agradou a Herodes e aos
convidados. O rei disse à jovem: «Pede-me o que desejares e eu to darei».
E fez este juramento: « Dar-te-ei o que me pedires, ainda que seja a metade
do meu reino».
Ela saiu e perguntou à mãe: «Que hei-de pedir?». A mãe respondeu-lhe: «Pede
a cabeça de João Baptista».
Ela voltou apressadamente à presença do rei e fez-lhe este pedido: «Quero
que me dês sem demora, num prato, a cabeça de João Baptista».
O rei ficou consternado, mas por causa do juramento e dos convidados, não
quis recusar o pedido.
E mandou imediatamente um guarda, com ordem de trazer a cabeça de João. O
guarda foi à cadeia, cortou a cabeça de João
e trouxe-a num prato. A jovem recebeu-a e entregou-a à mãe.
Quando os discípulos de João souberam a notícia, foram buscar o seu cadáver
e deram-lhe sepultura.
Da
Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
São Máximo de Turim (?-c. 420),
bispo
Sermão 36
«E tu, menino, serás chamado profeta do Altíssimo» (Lc 1,76)
De entre os
títulos de glória do santo e bem-aventurado João Baptista, cuja festa hoje
celebramos, não sei qual prefiro: se o seu nascimento milagroso ou a sua
morte, ainda mais milagrosa. O seu nascimento trouxe uma profecia (Lc
1,67ss), a sua morte a verdade; o seu nascimento anunciou a chegada do
Salvador, a sua morte condenou o incesto de Herodes. Este santo homem [...]
mereceu, aos olhos de Deus, não desaparecer da mesma forma que os outros
homens deste mundo: deixou este corpo recebido do Senhor, confessando-O.
João cumpriu em tudo a vontade de Deus, uma vez que a sua vida e a sua
morte correspondem aos seus desígnios. [...]
Ainda se encontrava no ventre de sua mãe e já celebrava a chegada do Senhor
com os seus movimentos de alegria, uma vez que não podia fazê-lo com a voz.
Isabel diz a Santa Maria: «Pois logo que chegou aos meus ouvidos a tua
saudação, o menino saltou de alegria no meu seio» (Lc 1,44). João exulta
antes de nascer e, antes de os seus olhos verem o mundo, o seu espírito
reconhece já Aquele que é o seu Senhor. Penso que é este o sentido da frase
do profeta: «Antes que fosses formado no ventre de tua mãe, Eu já te
conhecia; antes que saísses do seio materno, Eu te consagrei» (Jer 1,5).
Não é de surpreender que, encarcerado na prisão para onde Herodes o
enviara, tenha continuado a pregar por intermédio dos seus discípulos (Mt
11,2), uma vez que, ainda no ventre de sua mãe, anunciara já com os seus
movimentos a vinda do Senhor.
Terça-feira,
dia 30 de Agosto de 2016
Terça-feira da 22.ª
semana do Tempo Comum
Santo do dia : Santa
Joana Jugan, religiosa, +1879, Santa
Tecla, virgem, mártir, séc. I, Beato
Eustáquio van Lieshout, presbítero, +1943
1.ª Carta aos Coríntios 2,10b-16.
Irmãos: O Espírito Santo conhece todas as coisas, até o que
há de mais profundo em Deus.
Na verdade, quem sabe o que há no homem senão o espírito humano que nele
se encontra? Assim também, ninguém conhece o que há em Deus, senão o
Espírito de Deus.
Nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que vem de Deus,
para conhecermos os dons da graça de Deus.
Para falarmos desses dons, não usamos a linguagem ensinada pela sabedoria
humana, mas a linguagem que o Espírito de Deus nos ensina, exprimindo em
termos espirituais as realidades espirituais.
O homem natural não aceita as coisas que vêm do Espírito de Deus, pois
são loucura para ele. Não pode entendê-las porque só podem ser julgadas
com critério espiritual.
Mas o homem espiritual julga todas as coisas, enquanto ele próprio não é
julgado por ninguém.
Na verdade, quem conheceu o pensamento do Senhor, para que O possa
instruir? Nós, porém, temos o pensamento do Senhor Jesus Cristo.
Livro de Salmos
145(144),8-9.10-11.12-13ab.13cd-14.
O Senhor é clemente e compassivo,
paciente e cheio de bondade.
O Senhor é bom para com todos
e a sua misericórdia se estende a todas as criaturas.
Agradeçam-Vos, Senhor, todas as criaturas
e bendigam-Vos os vossos fiéis.
Proclamem a glória do vosso reino
e anunciem os vossos feitos gloriosos;
Para darem a conhecer aos homens o vosso poder,
a glória e o esplendor do vosso reino.
O vosso reino é um reino eterno,
o vosso domínio estende-se por todas as gerações.
O Senhor é fiel à sua palavra
e perfeito em todas as suas obras.
O Senhor ampara os que vacilam
e levanta todos os oprimidos.
Evangelho segundo S. Lucas 4,31-37.
Naquele tempo, Jesus Cristo desceu a Cafarnaum, cidade da
Galileia, e ali ensinava aos sábados.
Todos se maravilhavam com a sua doutrina porque falava com autoridade.
Encontrava-se então na sinagoga um homem que tinha um espírito de demónio
impuro, que bradou com voz forte:
«Ah! Que tens a ver connosco, Jesus de Nazaré? Vieste para nos destruir?
Eu sei quem Tu és: o Santo de Deus».
Disse-lhe Jesus Cristo em tom severo: «Cala-te e sai desse homem». O
demónio, depois de o ter arremessado para o meio dos presentes, saiu dele
sem lhe fazer mal nenhum.
Todos se encheram de assombro e diziam entre si: «Que palavra esta!
Ordena com autoridade e poder aos espíritos impuros e eles saem!».
E a fama de Jesus Cristo espalhava-se por todos os lugares da região.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Homilia grega do século IV
Para a Oitava da Páscoa
«Que tens a ver connosco, Jesus de Nazaré?»
Não vos apresento um conjunto de bizarrias inauditas, mas
aquilo mesmo que foi antecipadamente escrito no Antigo Testamento pelos
profetas. Não ouvistes o grito de Moisés: «Suscitar-lhes-ei um profeta
como tu, entre os seus irmãos» (Dt 18,18)? Não ouvistes Isaías anunciar:
«A virgem está grávida e dará à luz um filho» (7,14)? Não ouvistes David
proclamar: «Baixará como a chuva sobre a relva» (Sl 71,6)? [...]
Acreditai, pois nos profetas, compreendei a realidade que eles anunciam e
encontrareis Jesus Cristo, de Nazaré (Mt 2,23). Eis que vos mostrei o
caminho: quem quiser, siga-o. Eis que acendi a chama; saí das trevas.
Jesus Cristo, de Nazaré: identifico-O pelo nome e pela pátria. [...] Não
falo do Jesus que formou a abóbada dos céus, que acendeu os raios do sol,
que concebeu as constelações no céu, que acendeu a lâmpada da lua, que
fixou o tempo aos dias, que atribuiu o curso às noites, que estabeleceu a
terra firme sobre as águas, que pôs travão ao mar com a sua palavra.
[...] Falo de Jesus Cristo, de Nazaré: aquele acerca de quem Natanael
proclamou as suas dúvidas: «De Nazaré pode vir alguma coisa boa?» (Jo
1,46). Daquele diante de quem a tropa dos demónios tremia, dizendo: «Que
tens a ver connosco, Jesus de Nazaré?» «Jesus de Nazaré», diz o apóstolo
Pedro, «homem acreditado por Deus junto de vós, com milagres, prodígios e
sinais que Deus realizou no meio de vós, por seu intermédio» (At 2,22).
Quarta-feira,
dia 31 de Agosto de 2016
Quarta-feira da
22.ª semana do Tempo Comum
Irmãos: Não pude
falar-vos como a pessoas espirituais, mas como a pessoas demasiado
naturais, como a crianças em Jesus Cristo.
Por isso vos dei leite a beber e não alimento sólido porque não podíeis
suportá-lo. Mas nem sequer o podeis suportar agora
porque ainda sois demasiado naturais. De facto, se entre vós há inveja
e discórdia, não é certo que sois demasiado naturais e procedeis
segundo critérios humanos?
Pois, quando alguém diz: «Eu sou de Pedro» e outro: «Eu sou de Apolo»,
não julgais apenas por critérios humanos?
Então quem é Apolo? Quem é Paulo? Apenas servidores de Deus, por meio
dos quais alcançastes a fé, cada um na medida em que o Senhor lhe
concedeu.
Eu plantei, Apolo regou; mas Deus é que fez crescer.
Assim nem o que planta nem o que rega são coisa alguma; só Deus é que
conta, pois é Ele que faz crescer.
Entretanto quem planta e quem rega trabalham como um só, mas cada qual
receberá a recompensa, segundo o esforço do seu trabalho.
Nós somos colaboradores de Deus e vós sois o campo de Deus, o edifício
de Deus.
Livro de Salmos
33(32),12-13.14-15.20-21.
Feliz a nação que
tem o Senhor por seu Deus,
o povo que Ele escolheu para sua herança.
Do Céu o Senhor contempla
e observa todos os homens.
Do lugar onde habita,
contempla todos os habitantes da Terra.
Ele que formou o coração de cada homem
está atento a todas as suas obras.
A nossa alma espera o Senhor,
Ele é o nosso amparo e protector.
N’Ele se alegra o nosso coração,
em seu nome santo pomos a nossa confiança.
Evangelho segundo S. Lucas 4,38-44.
Naquele tempo,
Jesus Cristo saiu da sinagoga e entrou em casa de Simão. A sogra de
Simão estava com febre muito alta e pediram a Jesus Cristo que fizesse
alguma coisa por ela.
Jesus Cristo, aproximando-Se da sua cabeceira, falou imperiosamente à
febre e a febre deixou-a. Ela levantou-se e começou logo a servi-los.
Ao pôr do sol, todos os que tinham doentes com diversas enfermidades
traziam-nos a Jesus Cristo e Jesus, impondo as mãos sobre cada um
deles, curava-os.
De muitos deles saíam demónios que diziam em altos gritos: «Tu és o
Filho (de Deus)». Mas Jesus Cristo, em tom severo, impedia-os de falar
porque sabiam que Ele era o Messias.
Ao romper do dia, Jesus Cristo dirigiu-Se a um lugar deserto. A
multidão foi à procura d’Ele e, tendo-O encontrado, queria retê-l’O
para que não os deixasse.
Mas Jesus Cristo disse-lhes: «Tenho de ir também às outras cidades
anunciar a boa nova do reino de Deus porque para isto fui enviado».
E pregava pelas sinagogas da Judeia.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Santo Agostinho (354-430),
bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
Solilóquios
«A multidão foi à procura dele»
Desde
agora, Senhor, só a Ti amo, a Ti somente me prendo, a Ti somente
procuro, a Ti somente estou disposto a servir porque só Tu ordenas com
justiça. Às tuas ordens desejo submeter-me; ordena, peço-Te, ordena o
que quiseres, mas cura-me, abre os meus ouvidos, a fim de que eu possa
ouvir as tuas palavras. […]
Recebe-me como um fugitivo, Senhor, ó Pai excelente. Sofri tempo
demais; tempo demais estive submetido aos teus inimigos e fui joguete
de mentiras. Recebe-me como teu servidor que quer afastar-se de todas
as coisas vãs. […] Sinto que tenho necessidade de regressar a Ti; estou
a bater, abre-me a porta, ensina-me a chegar a Ti. […] É para junto de
Ti que pretendo ir, dá-me, pois os meios de chegar até Ti. Se Te
afastares, pereceremos! Mas Tu a ninguém abandonas porque és o Soberano
Bem; todos quantos Te procuram rectamente Te encontram. És Tu que nos
mostras como havemos de procurar-Te com rectidão. Ó meu Pai, faz com
que Te procure, liberta-me do erro, não permitas que, na minha busca,
encontre outra coisa senão a Ti. Se nada mais desejo senão a Ti, faz
com que apenas Te encontre a Ti, ó meu Pai.
Quinta-feira, dia 01 de Setembro de 2016
Quinta-feira
da 22.ª semana do Tempo Comum
Irmãos, ninguém
tenha ilusões. Se alguém entre vós se julga sábio aos olhos do mundo,
faça-se louco, para se tornar sábio.
Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus, como está
escrito: «Apanharei os sábios na sua própria astúcia».
E ainda: «O Senhor sabe como são vãos os pensamentos dos sábios».
Por isso, ninguém deve gloriar-se nos homens. Tudo é vosso:
Paulo, Apolo e Pedro, o mundo, a vida e a morte, as coisas presentes
e as futuras. Tudo é vosso;
mas vós sois de Jesus Cristo e Jesus Cristo é de Deus.
Livro de
Salmos 24(23),1-2.3-4ab.5-6.
Do Senhor é a Terra
e o que nela existe,
o mundo e quantos nele habitam.
Ele a fundou sobre os mares
e a consolidou sobre as águas.
Quem poderá subir à montanha do Senhor?
Quem habitará no seu santuário?
O que tem as mãos inocentes
e o coração puro,
que não invocou o seu nome em vão nem jurou falso.
Este será abençoado pelo
Senhor
e recompensado por Deus,
seu Salvador.
Esta é a geração dos que O procuram,
que procuram o Deus de Jacob.
Evangelho segundo S. Lucas 5,1-11.
Naquele tempo,
estava a multidão aglomerada em volta de Jesus Cristo, para ouvir a
palavra de Deus.
Ele encontrava-Se na margem do lago de Genesaré e viu dois barcos parados
no lago. Os pescadores tinham deixado os barcos e estavam a lavar as
redes.
Jesus Cristo subiu para um barco que era de Simão e pediu-lhe que se
afastasse um pouco da terra. Depois sentou-Se e do barco pôs-Se a
ensinar a multidão.
Quando acabou de falar, disse a Simão: «Faz-te ao largo e lança as
redes para a pesca».
Respondeu-Lhe Simão: «Mestre, andámos na faina toda a noite e não
apanhámos nada. Mas, já que o dizes, lançarei as redes».
Eles assim fizeram e apanharam tão grande quantidade de peixes que as
redes começavam a romper-se.
Fizeram sinal aos companheiros que estavam no outro barco para os
virem ajudar; eles vieram e encheram ambos os barcos de tal modo que
quase se afundavam.
Ao ver o sucedido, Simão Pedro lançou-se aos pés de Jesus Cristo e
disse-Lhe: «Senhor, afasta-Te de mim que sou um homem pecador».
Na verdade, o temor tinha-se apoderado dele e de todos os seus
companheiros por causa da pesca realizada.
Isto mesmo sucedeu a Tiago e a João, filhos de Zebedeu, que eram
companheiros de Simão. Jesus Cristo disse a Simão: «Não temas. Daqui
em diante serás pescador de homens».
Tendo conduzido os barcos para terra, eles deixaram tudo e seguiram
Jesus Cristo.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos
- www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
São Josemaría Escrivá de
Balaguer (1902-1975), presbítero, fundador
«Amigos de Deus», nos. 259-260
«Daqui em diante serás pescador de homens»
«Eis
que vou enviar grande número de pescadores que os pescarão, oráculo
do Senhor» (Jer 16,16). Assim nos indica Deus o nosso grande
trabalho: pescar. Falando ou escrevendo, às vezes compara-se o mundo
com o mar. E há muita verdade nessa comparação. Na vida humana tal
como no mar há períodos de calma e períodos de borrasca, de
tranquilidade e de forte ventania. Muitas vezes, os homens nadam em
águas amargas, no meio de grandes vagas; caminham no meio de
tormentas; viajam cheios de tristeza, mesmo quando parece que têm
alegria, mesmo quando falam ruidosamente: gargalhadas que pretendem
encobrir o seu desalento, o seu desgosto, a sua vida sem caridade nem
compreensão. E devoram-se uns aos outros, tanto os homens como os
peixes...
É missão dos filhos de Deus conseguir que todos os homens entrem -
com liberdade - dentro da rede divina para que se amem. Se somos cristãos, temos de
converter-nos nos pescadores de que fala o profeta Jeremias. Jesus Cristo
também utilizou repetidamente essa metáfora: «Segui-Me e Eu vos farei
pescadores de homens», diz a Pedro e a André.
Acompanhemos Jesus Cristo nesta pesca divina. Jesus Cristo está junto
do lago de Genesaré e as pessoas «comprimem-se à sua volta, ansiosas
por ouvirem a palavra de Deus» (Lc 5,1). Tal como hoje! Não estais a
ver?
Sexta-feira, dia 02 de Setembro de 2016
Sexta-feira
da 22.ª semana do Tempo Comum
Irmãos: Todos
nos devem considerar como servidores de Jesus Cristo e
administradores dos mistérios de Deus.
Ora o que se requer dos administradores é que sejam fiéis.
Quanto a mim, pouco me importa ser julgado por vós ou por um
tribunal humano; nem sequer me julgo a mim próprio.
De nada me acusa a consciência, mas não é por isso que estou
justificado:
quem me julga é o Senhor. Portanto não façais qualquer juízo antes
do tempo, até que venha o Senhor que há-de iluminar o que está
oculto nas trevas e manifestar os desígnios dos corações. E então
cada um receberá da parte de Deus o louvor que merece.
Livro de
Salmos 37(36),3-4.5-6.27-28.39-40.
Confia no
Senhor e pratica o bem,
possuirás a terra e viverás tranquilo.
Põe no Senhor as tuas delícias
e Ele satisfará os anseios do teu coração.
Confia ao Senhor o teu destino
e tem confiança que Ele actuará.
Fará brilhar a tua luz como a justiça
e como o sol do meio-dia os teus direitos.
Afasta-te do mal e pratica o bem
e permanecerás para sempre
porque o Senhor ama a justiça
e não desampara os que Lhe são fiéis.
A salvação dos justos vem do Senhor,
Ele é o seu refúgio no tempo da tribulação.
O Senhor os ajuda e defende
porque n’Ele procuraram refúgio.
Evangelho segundo S. Lucas 5,33-39.
Naquele tempo,
os fariseus e os escribas disseram a Jesus Cristo: «Os discípulos
de João Baptista e os fariseus jejuam muitas vezes e recitam
orações. Mas os teus discípulos comem e bebem».
Jesus Cristo respondeu-lhes: «Quereis vós obrigar a jejuar os
companheiros do noivo, enquanto o noivo está com eles?
Dias virão em que o noivo lhes será tirado; nesses dias jejuarão».
Disse-lhes também esta parábola: «Ninguém corta um remendo de um
vestido novo para o deitar num vestido velho porque não só rasga o
vestido novo, como também o remendo não se ajustará ao velho.
E ninguém deita vinho novo em odres velhos porque o vinho novo
acaba por romper os odres, derramar-se-á e os odres ficarão
perdidos.
Mas deve-se deitar vinho novo em odres novos. Quem beber do vinho
velho não quer do novo, pois diz: ‘O velho é que é bom’».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
São Bernardo
(1091-1153), monge cisterciense, doutor da Igreja
Sermão 83 sobre o Cântico dos Cânticos
«O noivo está com eles»
De
entre todos os movimentos da alma/ pessoa celeste, de entre todos
os sentimentos e os afectos da alma, o amor é o único que permite à
criatura corresponder ao seu Criador, senão de igual para igual,
pelo menos de semelhante para semelhante. [...] O amor do Noivo, ou
antes, o Noivo que é amor, apenas pede amor recíproco e fidelidade.
Que seja, pois permitido à noiva corresponder a esse amor. E como
poderia ela não amar, sendo noiva e noiva do Amor? Como poderia o
Amor não ser amado? Ela tem, pois razões para renunciar a todos os
outros afectos e para se entregar a um único amor, uma vez que lhe
foi dado corresponder ao Amor com um amor recíproco. [...]
Mas, mesmo que ela se funda por completo no amor, o que será isso
em comparação com a torrente de amor eterno que brota da própria
fonte? O fluxo não corre com a mesma abundância daquele que ama e
do Amor, da alma/ pessoa celeste e do Verbo, da noiva e do Noivo,
da criatura e do Criador; não existe a mesma abundância na fonte e
naquele que vem beber à fonte. [...] Quero dizer então que os
suspiros da noiva, o seu fervor amoroso, a sua espera cheia de
confiança, que tudo isso é em vão porque ela não pode rivalizar na
corrida com um campeão (Sl 18,6), não pode querer ser doce como o
mel, terna como o cordeiro, branca como o lírio, luminosa como sol
e tão amorosa como Aquele que é o próprio Amor? Não. Porque, se é
certo que a criatura, na medida em que é inferior ao Criador, ama
menos do que Ele, também é certo que pode amar com todo o seu ser
e, onde há totalidade, nada falta.
É esse o amor puro e desinteressado, o amor delicado, pacífico e
sincero, mútuo, íntimo, forte que reúne os dois amantes, não numa
só carne, mas num único espírito, de modo que eles se tornam um só,
nas palavras de São Paulo: «Aquele que se une ao Senhor constitui
com Ele um só espírito» (1Cor 6,17).
Sábado, dia 03 de Setembro de 2016
Sábado da
22ª semana do Tempo Comum
Irmãos:
Aprendei de mim e de Apolo a sentença: «não se deve ir além do
que está escrito», para que nenhum de vós se encha de orgulho,
tomando partido de um contra o outro.
Pois quem te considera superior aos demais? Que possuis que não
tenhas recebido? E, se o recebeste porque te orgulhas como se não
o tivesses recebido?
Já estais saciados, já estais ricos! Sem nós vos tornastes reis!
Quem dera que vos tivésseis tornado reis, para nós reinarmos
também convosco!
Na verdade, parece-me que Deus nos expôs a nós, os Apóstolos, no
último lugar, como homens condenados à morte porque nos tornámos
espectáculo para o mundo, para os Anjos e para os homens.
Nós somos loucos por causa de Jesus Cristo, vós sábios em Jesus Cristo;
nós somos fracos, vós sois fortes; vós sois honrados, nós
desprezados.
Ainda agora, suportamos a fome e a sede, andamos malvestidos,
somos maltratados, não temos morada certa
e cansamo-nos a trabalhar com as próprias mãos. Insultam-nos e
abençoamos; perseguem-nos e suportamos;
somos difamados e respondemos com bondade. Temos sido
considerados até ao presente como o lixo deste mundo, como a
escória da humanidade.
Não é para vos envergonhar que vos escrevo estas palavras, mas
para vos advertir como a filhos caríssimos.
Na verdade, podíeis ter dez mil tutores em Jesus Cristo, mas não
tendes muitos pais e fui eu que vos fiz nascer, por meio do
Evangelho, como membros de Cristo Jesus.
Livro de
Salmos 145(144),17-18.19-20.21.
O Senhor é
justo em todos os seus caminhos
e perfeito em todas as suas obras.
O Senhor está perto de quantos O invocam,
de quantos O invocam em verdade.
Atende os desejos daqueles que O adoram,
ouve os seus clamores e os salva.
O Senhor vela por aqueles que o amam
e extermina todos os ímpios.
Cante a minha boca os louvores do Senhor
e todo o ser vivo bendiga eternamente o seu nome santo.
Evangelho
segundo S. Lucas 6,1-5.
Passava Jesus
Cristo através das searas num dia de sábado e os discípulos
apanhavam e comiam as espigas, debulhando-as com as mãos.
Alguns fariseus disseram: «Porque fazeis o que não é permitido ao
sábado?».
Respondeu-lhes Jesus Cristo: «Não lestes o que fez David, quando
ele e os seus companheiros sentiram fome?
Entrou na casa de Deus, tomou e comeu os pães da proposição que
só aos sacerdotes era permitido comer e também os deu aos
companheiros».
E acrescentou: «O Filho (do homem) é senhor do sábado».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos
Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Catecismo da Igreja
Católica
§§ 2168-2173
«O Filho (do Homem) é senhor do
sábado»
O
terceiro mandamento do Decálogo refere-se à santificação do
sábado: «O sétimo dia é um sábado: um descanso completo
consagrado ao Senhor» (Ex 31,15).
A Escritura faz, a este propósito, memória da criação: «Porque em
seis dias o Senhor fez o céu e a terra, o mar e tudo o que nele
se encontra, mas ao sétimo dia descansou. Eis porque o Senhor
abençoou o dia do sábado e o santificou» (Ex 20,11).
A Escritura vê também, no dia do Senhor, o memorial da libertação
de Israel da escravidão do Egipto: «Recorda-te de que foste escravo
no país do Egipto, de onde o Senhor, teu Deus, te fez sair com
mão forte e braço poderoso. É por isso que o Senhor, teu Deus, te
ordenou que guardasses o dia de sábado» (Dt 5,15).
Deus confiou a Israel o sábado, para ele o guardar em sinal da
Aliança inviolável. O sábado é para o Senhor, santamente
reservado ao louvor a Deus, à sua obra criadora e às suas acções
salvíficas a favor de Israel. [...]
O Evangelho relata numerosos incidentes em que Jesus Cristo é
acusado de violar a lei do sábado. Mas Jesus Cristo nunca viola a
santidade deste dia. É com autoridade que Ele dá a sua
interpretação autêntica desta lei: «O sábado foi feito para o
homem e não o homem para o sábado» (Mc 2,27). Cheio de compaixão,
Jesus Cristo autoriza-Se, em dia de sábado, a fazer o bem em vez
do mal, a salvar uma vida antes que perdê-la (Mc 3,4). O sábado é
o dia do Senhor, das misericórdias e da honra de Deus. «O Filho (do
Homem) é senhor do sábado».©
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