Segunda-feira,
dia 02 de Maio de 2016
Segunda-feira da 6.ª
semana da Páscoa
Naqueles dias, deixámos Tróade e navegámos directamente para
Samotrácia. No dia seguinte, fomos para Neápoles
e de lá para Filipos, cidade principal daquela região da Macedónia e colónia
romana. Estivemos nesta cidade durante alguns dias.
No sábado, saímos pelas portas da cidade, em direcção à margem do rio, onde
julgávamos que havia um lugar de oração. Sentámo-nos e começámos a falar às
mulheres ali reunidas.
Uma delas, chamada Lídia, escutava-nos com atenção; era negociante de
púrpura, natural da cidade de Tiatira, e adorava o verdadeiro Deus. O Senhor
abriu-lhe o coração para aderir ao que Paulo dizia.
Quando recebeu o Baptismo, juntamente com toda a sua família, fez-nos este
pedido: «Se me considerais fiel ao Senhor, vinde hospedar-vos em minha casa».
E obrigou-nos a aceitar.
Livro de Salmos
149(148),1-2.3-4.5-6a.9b.
Cantai ao Senhor um cântico novo,
cantai ao Senhor na assembleia dos santos.
Alegre-se Israel em seu Criador,
rejubilem os filhos de Sião em seu Rei.
Louvem o seu nome com danças,
cantem ao som do tímpano e da cítara,
porque o Senhor ama o seu povo,
coroa os humildes com a vitória.
Exultem de alegria os fiéis,
cantem jubilosos em suas casas;
em sua boca os louvores de Deus.
Esta é a glória de todos os seus fiéis.
Evangelho segundo S.
João 15,26-27.16,1-4a.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Quando
vier o Paráclito que Eu vos enviarei de junto do Pai, o Espírito da verdade,
que procede do Pai, Ele dará testemunho de Mim.
E vós também dareis testemunho porque estais comigo desde o princípio.
Disse-vos estas palavras para não sucumbirdes.
Hão-de expulsar-vos das sinagogas e mais ainda, aproxima-se a hora em que
todo aquele que vos matar julgará que presta culto a Deus.
Procederão assim por não terem conhecido o Pai nem Me terem conhecido a Mim.
Mas Eu disse-vos isto para que, ao chegar a hora, vos lembreis de que vo-lo
tinha dito».
Da
Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
São Cirilo de Alexandria
(380-444), bispo, doutor da Igreja
Comentário ao Evangelho de S. João, 10
«Vós também haveis de dar testemunho»
A missão de Jesus
Cristo na Terra estava cumprida, mas era necessário que nos tornássemos
«participantes da natureza divina» do Verbo (2Ped 1,4), isto é, que a nossa
vida anterior fosse abandonada para se transformar numa vida nova [...]. De
facto, enquanto viveu visivelmente entre os seus, Jesus Cristo surgia-lhes,
parece-me, como o dispensador de todos os bens. Mas, quando chegou o momento
em que teve de subir ao Pai celeste, foi necessário que continuasse presente
entre os seus fiéis por meio do Espírito e que habitasse pela fé nos nossos corações (Ef 3,17).
Aqueles em quem o Espírito habita, são transformados e recebem dele uma vida
nova como podemos facilmente demonstrar por exemplos, tanto do Antigo como do
Novo Testamento. Samuel, dirigindo-se a Saul, diz: «O Espírito do Senhor virá
então sobre ti» (1Sam 10,6). E São Paulo afirma: «E nós todos que, com o
rosto descoberto, reflectimos a glória do Senhor, somos transfigurados na sua
própria imagem, de glória em glória, pelo Senhor que é Espírito» (2Cor 3,18).
Vês como o Espírito transforma noutra imagem aqueles em quem habita?
Facilmente os faz passar da consideração das coisas terrenas ao olhar voltado
unicamente para as realidades celestes e os conduz da tibieza à vida heróica.
Foi o que sucedeu com os discípulos: fortalecidos pelo Espírito, não se
deixaram intimidar pelos seus perseguidores, permanecendo unidos a Jesus Cristo
pelo vínculo de um amor invencível. [...] É, pois verdade o que nos diz o
Salvador: «É melhor para vós que Eu vá» (Jo 16,7). Pois então virá o Espírito
Santo.
Terça-feira,
dia 03 de Maio de 2016
SS. Filipe e Tiago,
apóstolos - festa
Recordo-vos, irmãos, o Evangelho que vos anunciei e que
recebestes, no qual permaneceis
e pelo qual sereis salvos, se o conservais como eu vo-lo anunciei; aliás
teríeis abraçado a fé em vão.
Transmiti-vos em primeiro lugar o que eu mesmo recebi: Jesus Cristo
morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras;
foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as
Escrituras,
e apareceu a Pedro e depois aos Doze.
Em seguida apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma só vez, dos
quais a maior parte ainda vive, enquanto alguns já faleceram.
Posteriormente apareceu a Tiago e depois a todos os Apóstolos.
Em último lugar, apareceu-me também a mim.
Livro de Salmos
19(18),2-3.4-5.
Os céus proclamam a glória de Deus
e o firmamento anuncia a obra das suas mãos.
O dia transmite ao outro esta mensagem
e a noite a dá a conhecer à outra noite.
Não são palavras nem linguagem
cujo sentido se não perceba.
O seu eco ressoou por toda a Terra
e a sua notícia até aos confins do mundo.
Evangelho segundo S. João 14,6-14.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Eu sou o caminho, a verdade e a vida:
ninguém vai ao Pai senão por Mim.
Se Me conhecêsseis, conheceríeis também o meu Pai. Mas desde agora já O
conheceis e já O vistes».
Disse-Lhe Filipe: «Senhor, mostra-nos o Pai e isto nos basta».
Respondeu-lhe Jesus Cristo: «Há tanto tempo estou convosco e não Me
conheces, Filipe? Quem Me vê, vê o Pai. Como podes tu dizer: ‘Mostra-nos o
Pai’?
Não acreditas que Eu estou no Pai e o Pai está em Mim? As palavras que vos
digo, não as digo por Mim próprio, mas é o Pai, permanecendo em Mim, que
faz as obras.
Acreditai-Me: Eu estou no Pai e o Pai está em Mim. Acreditai ao menos pelas
minhas obras.
Em verdade, em verdade vos digo: Quem acredita em Mim fará também as obras
que Eu faço e fará obras ainda maiores porque Eu vou para o Pai.
E tudo quanto pedirdes em meu nome, Eu o farei, para que o Pai seja
glorificado no Filho.
Se pedirdes alguma coisa em meu nome, Eu a farei».
Da
Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Santo Hilário (c. 315-367),
bispo de Poitiers, doutor da Igreja
Sobre a Trindade, 7, 34-36
«Senhor, mostra-nos o Pai e isso nos basta»
Jesus Cristo disse:
«Se ficastes a conhecer-Me, conhecereis também o meu Pai. E já O conheceis,
pois estais a vê-Lo.» Quem se vê é Jesus Cristo homem. Os apóstolos têm
diante dos olhos o seu aspecto exterior, isto é, a sua natureza de homem,
ao passo que Deus, liberto de toda a carne, não é reconhecível num
miserável corpo carnal. Como é então que conhecer a Jesus Cristo é conhecer
também o Pai?
Estas palavras inesperadas perturbam o apóstolo Filipe, pois a fraqueza do
seu espírito humano não lhe permite compreender uma afirmação tão estranha.
[...] Então, com a impetuosidade que resultava da sua familiaridade e da
sua fidelidade de apóstolo, ele diz ao Mestre: «Senhor, mostra-nos o Pai e
isto nos basta.» Não é que deseje contemplar o Pai com os olhos físicos;
mas pede para compreender aquilo que vê com esses olhos. Porque, vendo o
Filho na sua forma humana, não compreende como foi que, desse modo, viu o
Pai. [...]
O Senhor responde-lhe então: «Há tanto tempo estou convosco e não Me
conheces, Filipe?» repreendendo-o por ignorar quem Ele era. [...] Porque é
que não O tinham reconhecido, a Ele que há tanto tempo procuravam? É que,
para O reconhecerem, tinham de reconhecer que a divindade, a natureza do
Pai, estava nele. Na verdade, todas as obras que Ele tinha feito eram
próprias de Deus: caminhar sobre as águas, dar ordens ao vento, realizar
coisas impossíveis de compreender como transformar a água em vinho e
multiplicar os pães [...], afugentar os demónios, curar doenças, dar
remédio às enfermidades do corpo, corrigir malformações congénitas, perdoar
os pecados, devolver a vida aos mortos. Tudo isso fora feito pelo seu corpo
de carne e tudo isso Lhe permite proclamar-Se Filho (de Deus). Daí a sua
reprimenda e a sua queixa: por causa da realidade misteriosa do seu
nascimento humano, eles não se tinham apercebido da natureza divina que
realizava estes milagres na natureza humana que o Filho tinha assumido.
Quarta-feira,
dia 04 de Maio de 2016
Quarta-feira da 6.ª
semana da Páscoa
Santo do dia : S.
Floriano, mártir, +304, S.
Peregrino Laziosi, religioso, +1345, S.
José Maria Rúbio, presbítero, +1929, S.
Gregório, o iluminador, bispo, +332
Livro dos Actos dos Apóstolos 17,15.22-34.18,1.
Naqueles dias, os que acompanhavam Paulo levaram-no a Atenas
e voltaram em seguida, encarregados de transmitirem a Silas e a Timóteo a
ordem de irem ter com Paulo o mais depressa possível.
Um dia, Paulo, de pé no meio do Areópago, disse: «Atenienses, vejo que
sois em tudo extremamente religiosos.
Na verdade, quando eu andava percorrendo a vossa cidade e observando os
vossos monumentos sagrados, encontrei até um altar com a inscrição: ‘Ao
Deus desconhecido’. Pois bem: Aquele que venerais sem O conhecer, é
esse que eu vos anuncio.
O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe é o Senhor do céu e da Terra.
Não habita em templos feitos por mãos humanas
nem é servido pelas mãos dos homens, como se tivesse necessidade de
alguma coisa. É Ele que a todos dá a vida, a respiração e tudo o mais.
Criou de um só homem todo o género humano, para habitar sobre a
superfície da terra e fixou períodos determinados e os limites da sua
habitação
para que os homens procurassem Deus
e se esforçassem realmente para O atingir e encontrar. Na verdade, Ele
não está longe de cada um de nós.
É n’Ele que vivemos, nos movemos e existimos, como disseram alguns dos
vossos poetas: ‘Somos da raça de Deus’.
Se nós somos da raça de Deus, não devemos pensar que Deus é semelhante ao
ouro, à prata ou à pedra, trabalhados pela arte e engenho do homem.
Sem olhar a estes tempos de ignorância, Deus fez saber agora aos homens
que todos e em toda a parte se devem arrepender;
pois Ele fixou um dia em que há-de julgar o universo com justiça por meio
de um Homem que escolheu e deu
a todos motivo de crédito, ressuscitando-O de entre os mortos».
Ao ouvirem falar da ressurreição dos mortos, alguns zombavam, mas outros
disseram: «Havemos de te ouvir falar disto ainda outra vez».
Foi assim que Paulo saiu do meio deles.
No entanto, alguns homens juntaram-se a Paulo e abraçaram a fé: entre
eles Dionísio, o Areopagita, e também uma mulher chamada Dâmaris e outros
com eles.
Depois disto, Paulo saiu de Atenas e foi para Corinto.
Livro de Salmos
148(147),1-2.11-12ab.12c-14a.14bcd.
Louvai o Senhor do alto dos céus,
louvai-O nas alturas,
Todos os seus anjos louvai-O,
exércitos celestes louvai-O,
sol e lua louvai-O,
estrelas luminosas louvai-O.
Reis e povos do mundo,
príncipes e todos os juízes da Terra,
jovens e donzelas,
velhos e crianças;
e as crianças!
Louvem todos o nome do Senhor
porque o seu nome é sublime,
a sua majestade está acima do céu e da Terra.
Exaltou a força do seu povo:
louvem-n’O todos os seus fiéis,
os filhos de Israel,
seu povo eleito.
Evangelho segundo S. João 16,12-15.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Tenho
ainda muitas coisas para vos dizer, mas não as podeis compreender agora.
Quando vier o Espírito da verdade, Ele vos guiará para a verdade plena
porque não falará de Si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos
anunciará o que está para vir.
Ele Me glorificará porque receberá do que é meu e vo-lo anunciará.
Tudo o que o Pai tem, é meu. Por isso vos disse que Ele receberá do que é
meu e vo-lo anunciará».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Santo António de Lisboa (c.
1195-1231), franciscano, doutor da Igreja
Sermões para os domingos e as festas dos santos
«Ele vos guiará para a verdade plena»
O Espírito
Santo, o Paráclito, o Defensor, é Aquele que, como um sopro, o Pai e o
Filho enviam à alma dos justos. É por Ele que somos santificados e
merecemos ser santos. O sopro humano é a vida dos corpos; o sopro divino
é a vida dos espíritos. O sopro humano torna-nos sensíveis; o sopro divino
torna-nos santos. Este Espírito é santo porque, sem Ele, nenhum espírito
– nem angélico nem humano – pode ser santo.
«O Pai», diz Jesus Cristo, «vo-Lo enviará em meu nome» (Jo 14,26), isto
é, em minha glória, para manifestar a minha glória ou ainda porque Ele
tem o mesmo nome que o Filho. «Ele Me glorificará» porque vos tornará
espirituais e vos levará a compreender como o Filho é igual ao Pai e não
simplesmente um homem como O vedes e porque vos tirará todo o temor
e vos fará anunciar a minha glória a todo o mundo. Pois a minha glória é
a salvação dos homens.
«Ele receberá do que é meu e vo-lo anunciará.» «Filhos de Sião,
alegrai-vos», diz o profeta Joel, «porque o Senhor vosso Deus vos deu
Aquele que ensina a justiça» (2, 23 Vulg.), que vos há-de ensinar tudo o
que diz respeito à salvação.
Quinta-feira,
dia 05 de Maio de 2016
Quinta-feira da
6.ª semana da Páscoa
No meu primeiro
livro, ó Teófilo, narrei todas as coisas que Jesus Cristo começou a
fazer e a ensinar, desde o princípio
até ao dia em que foi elevado ao Céu, depois de ter dado, pelo Espírito
Santo, as suas instruções aos Apóstolos que escolhera.
Foi também a eles que, depois da sua paixão, Se apresentou vivo com
muitas provas, aparecendo-lhes durante quarenta dias e falando-lhes
do reino de Deus.
Um dia em que estava com eles à mesa, mandou-lhes que não se afastassem
de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, «da qual __ disse
Ele __ Me ouvistes falar.
Na verdade, João baptizou com água; vós, porém, sereis baptizados no
Espírito Santo, dentro de poucos dias».
Aqueles que se tinham reunido começaram a perguntar: «Senhor, é agora
que vais restaurar o reino de Israel?»
Ele respondeu-lhes: «Não vos compete saber os tempos ou os momentos que
o Pai determinou com a sua autoridade;
mas recebereis a força do Espírito Santo que descerá sobre vós e sereis
minhas testemunhas em Jerusalém e em toda a Judeia e na Samaria e até
aos confins da Terra».
Dito isto, elevou-Se à vista deles e uma nuvem escondeu-O a seus olhos.
E estando de olhar fito no Céu, enquanto Jesus Cristo Se afastava,
apresentaram-se-lhes dois homens vestidos de branco
que disseram: «Homens da Galileia, porque estais a olhar para o Céu?
Esse Jesus, que do meio de vós foi elevado para o Céu, virá do mesmo
modo que O vistes ir para o Céu».
Livro de Salmos
47(46),2-3.6-7.8-9.
Povos todos, batei
palmas,
aclamai a Deus com brados de alegria
porque o Senhor, o Altíssimo,
é o rei soberano de toda a Terra.
Deus subiu entre aclamações,
o Senhor subiu ao som da trombeta.
Cantai hinos a Deus, cantai,
cantai hinos ao nosso rei, cantai.
Deus é rei do universo:
cantai os hinos mais belos.
Deus reina sobre os povos,
Deus está sentado no seu trono sagrado.
Carta aos
Hebreus 9,24-28.10,19-23.
Jesus Cristo não
entrou num santuário feito por mãos humanas, figura do verdadeiro, mas
no próprio Céu, para Se apresentar agora na presença de Deus em nosso
favor.
E não entrou para Se oferecer muitas vezes como o sumo sacerdote que
entra cada ano no Santuário, com sangue alheio;
nesse caso, Jesus Cristo deveria ter padecido muitas vezes, desde o
princípio do mundo. Mas Ele manifestou-Se uma só vez, na plenitude dos
tempos, para destruir o pecado pelo sacrifício de Si mesmo.
E como está determinado que os homens morram uma só vez e a seguir haja
o julgamento,
assim também Jesus Cristo, depois de Se ter oferecido uma só vez para
tomar sobre Si os pecados da multidão, aparecerá segunda vez, sem a
aparência do pecado, para dar a salvação àqueles que O esperam.
Temos, pois, irmãos, plena liberdade para a entrada no santuário por
meio do sangue de Jesus Cristo.
por este caminho novo e vivo que Ele nos inaugurou através do véu, isto
é, o caminho da sua carne
e tendo tão grande sacerdote à frente da casa de Deus,
aproximemo-nos de coração sincero, na plenitude da fé, tendo o coração
purificado da má consciência e o corpo lavado na água pura.
Conservemos firmemente a esperança que professamos, pois Aquele que fez
a promessa é fiel.
Evangelho
segundo S. Lucas 24,46-53.
Naquele tempo,
disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Está escrito que o Messias (=
Cristo) havia de sofrer e de ressuscitar dos mortos ao terceiro dia
e que havia de ser pregado em seu nome o arrependimento e o perdão dos
pecados a todas as nações, começando por Jerusalém.
Vós sois testemunhas disso.
Eu vos enviarei Aquele que foi prometido por meu Pai. Por isso,
permanecei na cidade até que sejais revestidos com a força do alto».
Depois Jesus Cristo levou os discípulos até junto de Betânia e,
erguendo as mãos, abençoou-os.
Enquanto os abençoava, afastou-Se deles e foi elevado ao Céu.
Eles prostraram-se diante de Jesus Cristo e depois voltaram para
Jerusalém com grande alegria.
E estavam continuamente no templo, bendizendo a Deus.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
São Cirilo de Alexandria
(380-444), bispo, doutor da Igreja
Comentário ao Evangelho de São João
Jesus Cristo abre-nos o caminho
«Na casa
de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fosse, como teria Eu dito
que vos vou preparar um lugar?» (Jo 14,2) [...] O Senhor sabia que
muitas dessas moradas já estavam preparadas e esperavam a chegada dos
amigos de Deus. Atribui, portanto outro motivo à sua partida: preparar
o caminho para a nossa ascensão a esses lugares no Céu, abrindo uma
passagem, visto que, até então, ele nos era inacessível. Porque o Céu
estava completamente fechado aos homens e nunca um ser de carne tinha
penetrado nesse santíssimo e puríssimo domínio dos anjos.
É Jesus Cristo quem nos inaugura esse caminho rumo às alturas. Ao
oferecer-Se a si mesmo ao Pai como primícias dos que dormem nos túmulos
da terra, permite à carne subir ao Céu e Ele próprio é o primeiro homem
a aparecer aos seus habitantes. Os anjos, que não conheciam o mistério
grandioso de uma entronização celeste da carne, contemplaram com
assombro e admiração essa a ascensão de Jesus Cristo. Quase perturbados
perante esse espectáculo inaudito, exclamaram: «Quem é Este que vem de
Edom?» (Is 63,1), isto é, da terra. Mas o Espírito não lhes permite que
permaneçam na ignorância e [...] ordena que se abram as portas diante
do Rei e Senhor do universo: «Levantai, ó portas, os vossos umbrais,
alteai-vos, pórticos antigos, e entrará o Rei da glória» (Sl 23,7).
Portanto nosso Senhor Jesus Cristo inaugurou para nós «um caminho novo
e vivo»; como diz São Paulo, «Ele não entrou num santuário feito por
mão humana [...], mas entrou no próprio Céu, para Se apresentar agora
diante de Deus em nosso favor» (Heb 10,20; 9,24).
Sexta-feira, dia 06 de Maio de 2016
Sexta-feira da
6.ª semana da Páscoa
Quando Paulo
estava em Corinto, certa noite o Senhor disse-lhe numa visão: «Não
temas, continua a falar
que Eu estou contigo e ninguém porá as mãos sobre ti para te fazer
mal, pois tenho um povo numeroso nesta cidade».
Então Paulo demorou-se ali ano e meio a ensinar aos coríntios a
palavra de Deus.
Quando Galião era procónsul da Acaia, os judeus levantaram-se todos
contra Paulo e levaram-no ao tribunal,
dizendo: «Este homem induz as pessoas a prestarem culto a Deus à
margem da lei».
Quando Paulo ia a abrir a boca, disse Galião aos judeus: «Judeus, se
se tratasse de alguma injustiça ou grave delito, escutaria certamente
as vossas queixas como é meu dever.
Uma vez, porém que são questões de doutrina e de nomes da vossa
própria lei, o assunto é convosco. Eu não quero ser juiz dessas
coisas».
E mandou-os sair do tribunal.
Todos então se apoderaram de Sóstenes, chefe da sinagoga, e começaram
a bater-lhe em frente do tribunal. Mas Galião não se importou nada
com isso.
Paulo demorou-se ainda algum tempo em Corinto; depois despediu-se dos
irmãos e embarcou para a Síria, em companhia de Priscila e Áquila e
rapou a cabeça em Cêncreas, por causa de um voto que fizera.
Livro de
Salmos 47(46),2-3.4-5.6-7.
Povos todos,
batei palmas,
aclamai a Deus com brados de alegria
porque o Senhor, o Altíssimo,
é o rei soberano de toda a Terra.
Submeteu os povos à nossa obediência
e pôs as nações a nossos pés.
Para nós escolheu a nossa herança,
glória de Jacob, por Ele amado.
Deus subiu entre aclamações,
o Senhor subiu ao som da trombeta.
Cantai hinos a Deus, cantai,
cantai hinos ao nosso rei, cantai.
Evangelho segundo S. João 16,20-23a.
Naquele tempo,
disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Em verdade, em verdade vos
digo: Chorareis e lamentar-vos-eis, enquanto o mundo se alegrará.
Estareis tristes, mas a vossa tristeza converter-se-á em alegria.
A mulher, quando está para ser mãe, sente angústia porque chegou a
sua hora. Mas depois que deu à luz um filho, já não se lembra do
sofrimento pela alegria de ter dado um homem ao mundo.
Também vós agora estais tristes; mas Eu hei-de ver-vos de novo e o
vosso coração se alegrará e ninguém vos poderá tirar a vossa alegria.
Nesse dia, não Me fareis nenhuma pergunta».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos
- www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
São Gregório de Nissa (c.
335-395), monge, bispo
Contra Eunómio
«Toda a criação [...} tem gemido e sofrido as dores de
parto até ao presente» (Rom 8,22)
O
apóstolo Paulo [...] testemunha a respeito do Filho único que Ele não
Se limitou a criar os seres, mas que, tendo a antiga criação
envelhecido e tendo-se tornado caduca, operou uma nova criação. E
assim, o próprio Jesus Cristo é o primogénito de toda a criação (Col
1,15) pelo evangelho anunciado aos homens. [...]
Como se tornou Jesus Cristo «primogénito de uma multidão de irmãos»
(Rom 8,29)? [...] Por nós, Ele fez-Se como nós, tendo participado na
carne e no sangue para nos transformar de corruptíveis em
incorruptíveis, pelo nascimento do alto, da água e do Espírito (Jo
3,5). Mostrou-nos o caminho de um tal nascimento quando, pelo seu
próprio baptismo, atraiu o Espírito Santo sobre a água. Tornou-Se
assim o primogénito de todos os que são regenerados espiritualmente e
todos os que tomam parte nesta regeneração pela água e pelo Espírito
são chamados irmãos.
Tendo depositado na nossa natureza humana a força da ressurreição de
entre os mortos, Jesus Cristo tornou-Se também primícias dos que
adormeceram e primogénito dos mortos (Col 1,18). Primeiro entre
todos, abriu-nos o caminho da libertação da morte. Pela sua
Ressurreição, destruiu os laços da morte que nos mantinham cativos.
Assim por esta dupla regeneração, do santo baptismo e da ressurreição
dos mortos, Ele tornou-Se o primogénito da nova criação.
Este primogénito tem irmãos, Ele que disse a Maria de Magdala: «Vai
ter com os meus irmãos e diz-lhes que vou subir para meu e vosso Pai,
meu Deus e vosso Deus» (Jo 20,17). É por isso que, como mediador
entre Deus e os homens (1Tim 2,5), abrindo o cortejo de toda a
natureza humana, ele envia aos seus irmãos esta mensagem: «Pelas
primícias que assumi em Mim, Eu reconduzo ao nosso Deus e Pai tudo
o que é humano.»
Sábado, dia 07 de Maio de 2016
Sábado da 6.ª
semana da Páscoa
Depois de ter
passado algum tempo em Antioquia, Paulo partiu de novo e percorreu
sucessivamente a Galácia e a Frígia, fortalecendo todos os
discípulos na fé.
Entretanto chegou a Éfeso um judeu chamado Apolo, natural de
Alexandria, homem eloquente, muito versado nas Escrituras.
Fora instruído no caminho do Senhor e pregava com muito entusiasmo,
ensinando com exactidão o que se referia a Jesus Cristo, embora só
conhecesse o baptismo de João.
E começou a falar também com firmeza na sinagoga. Priscila e
Áquila, ouvindo-o falar, tomaram-no consigo e expuseram-lhe com
maior exactidão o caminho do Senhor.
Como ele queria partir para a Acaia, os irmãos encorajaram-no e
escreveram aos discípulos que o recebessem. Depois de lá ter
chegado, ajudava muito os fiéis com o auxílio da graça:
refutava energicamente os judeus em público, demonstrando pelas
Escrituras que Jesus era o Messias.
Livro de
Salmos 47(46),2-3.8-9.10.
Povos todos,
batei palmas,
aclamai a Deus com brados de alegria
porque o Senhor, o Altíssimo, é terrível,
o rei soberano de toda a Terra.
Deus é rei do universo:
cantai os hinos mais belos.
Deus reina sobre os povos,
Deus está sentado no seu trono sagrado.
porque a Deus pertencem os poderes da Terra,
Ele está acima de todas as coisas.
Evangelho
segundo S. João 16,23b-28.
Naquele tempo,
disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Em verdade, em verdade vos
digo: Tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome, Ele vo-lo dará.
Até agora não pedistes nada em meu nome: pedi e recebereis para que a vossa alegria seja
completa.
Tenho-vos dito tudo isto em parábolas, mas vai chegar a hora em que
não vos falarei mais em parábolas: falar-vos-ei claramente do Pai.
Nesse dia, pedireis em meu nome e não vos digo que rogarei por vós
ao Pai,
pois o próprio Pai vos ama porque vós Me amastes e acreditastes que
Eu saí de Deus.
Saí de Deus e vim ao mundo. Agora deixo o mundo e vou para o Pai».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos
Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
São Clemente de Alexandria
(150-c. 215), teólogo
«Stromata» 7,7
«Pedi e recebereis para que a vossa
alegria seja completa.»
É
nosso dever venerar e honrar Aquele que acreditamos ser o Verbo,
nosso Salvador e nosso Senhor, e, por Ele, o Pai, não em certos
dias especiais (tal como outros fazem) mas continuamente, durante
toda a nossa vida e de todas as formas. «Sete vezes por dia cantei
o teu louvor» (Sl 118,164), exclama o povo eleito. [...] Por isso,
não é num lugar determinado nem num templo escolhido nem em certas
festas ou em certos dias fixos, mas é durante toda a vida e em toda
a parte que o homem verdadeiramente espiritual honra a Deus, isto
é, agradece e louva por conhecer a verdadeira vida.
A presença do homem do bem,
pelo respeito que inspira, torna sempre melhor quem com ele
convive. Quanto mais aquele que está continuamente na presença de
Deus pelo conhecimento, pela maneira de viver e pela acção de
graças, se irá tornando cada dia melhor em tudo: acções, palavras e
disposições! [...] Vivendo, pois toda a nossa vida como uma festa,
na certeza de que Deus está totalmente presente em toda a parte,
trabalhamos cantando, navegamos ao som de hinos e comportamo-nos à
maneira dos «cidadãos do céu» (Fl 3,20).
A oração é, ouso
dizê-lo, uma conversa íntima com Deus. Mesmo quando
murmuramos suavemente, mesmo quando, sem mexer os lábios, falamos
em silêncio, estamos a gritar interiormente. E Deus volta
constantemente o seu ouvido para esta voz interior. [...] Sim, o
homem verdadeiramente espiritual ora durante toda a sua vida porque
orar é para ele um esforço de união com Deus e rejeita tudo o que é
inútil porque atingiu aquele estado em que já recebeu, de certa
maneira, a perfeição que consiste em agir por amor. [...] Toda a
sua vida é uma liturgia sagrada. ).©
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da Confraria Bolos D. Rodrigo
Os meus filmes
2.º –
O Cemitério de Lagos
3.º –
Lagos e a sua Costa Dourada
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