Segunda-feira,
dia 25 de Abril de 2016
S. Marcos Evangelista,
festa
Revesti-vos de humildade, uns para com os outros, porque «Deus
resiste aos soberbos e dá a graça aos humildes».
Humilhai-vos sob a poderosa mão de Deus, para que Ele vos exalte no tempo
oportuno.
Confiai-Lhe todas as vossas preocupações porque Ele vela por vós.
Sede sóbrios e vigiai. O vosso inimigo, o diabo(= egoísmo), anda à vossa
volta como leão que ruge, procurando a quem devorar.
Resisti-lhe, firmes na fé, sabendo que os vossos irmãos espalhados pelo mundo
suportam os mesmos sofrimentos.
O Deus de toda a graça, que vos chamou para a sua eterna glória em Jesus Cristo,
depois de terdes sofrido um pouco, vos restabelecerá, vos aperfeiçoará, vos
fortificará e vos tornará inabaláveis.
A Ele o poder e a glória pelos séculos dos séculos. Ámen.
Foi por meio de Silvano, a quem considero irmão de confiança, que vos escrevi
estas breves palavras, para vos exortar e assegurar que é esta a verdadeira
graça de Deus. Permanecei firmes nela.
Saúda-vos a comunidade estabelecida em Babilónia, eleita como vós, e também
Marcos, meu filho.
Saudai-vos uns aos outros com o ósculo da caridade. Paz a todos os que estais
em Jesus Cristo.
Livro de Salmos
89(88),2-3.6-7.16-17.
Cantarei eternamente as misericórdias do Senhor
e para sempre proclamarei a sua fidelidade.
Vós dissestes: «A bondade está estabelecida para sempre»,
no céu permanece firme a vossa fidelidade.
Senhor, os céus proclamam as vossas maravilhas
e a assembleia dos santos a vossa fidelidade.
Quem sobre as nuvens se pode comparar ao Senhor?
Quem entre os filhos de Deus será igual ao Senhor?
Feliz do povo que sabe aclamar-Vos
e caminha, Senhor, à luz do vosso rosto.
Todos os dias aclama o vosso nome
e se gloria com a vossa justiça.
Evangelho segundo S. Marcos 16,15-20.
Naquele tempo, Jesus Cristo apareceu aos Onze e disse-lhes: «Ide
por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura.
Quem acreditar e for baptizado será salvo; mas quem não acreditar será
condenado.
Eis os milagres que acompanharão os que acreditarem: expulsarão os demónios
em meu nome; falarão novas línguas;
se pegarem em serpentes ou beberem veneno, não sofrerão nenhum mal e quando
impuserem as mãos sobre os doentes, eles ficarão curados».
E assim o Senhor Jesus Cristo, depois de ter falado com eles, foi elevado ao
Céu e sentou-Se à direita de Deus.
Eles partiram a pregar por toda a parte e o Senhor cooperava com eles,
confirmando a sua palavra com os milagres que a acompanhavam.
Da
Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Santo Ireneu de Lyon (c. 130-c.
208), bispo, teólogo, mártir
Contra as heresias, III, 1
«Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura»
O Senhor de
todas as coisas deu aos seus apóstolos o poder de proclamarem o Evangelho. E
é através deles que conhecemos a verdade, isto é, os ensinamentos do Filho (de
Deus). Foi a eles que o Senhor disse: «Quem vos ouve é a Mim que ouve e quem
vos rejeita é a Mim que rejeita; mas quem Me rejeita, rejeita Aquele que Me
enviou» (Lc 10,16). Porque nós só conhecemos o plano da nossa salvação
através daqueles que nos fizeram chegar o Evangelho, não por outros.
Este Evangelho foi primeiro pregado pelos apóstolos. Depois, por vontade de
Deus, eles transmitiram-no-lo nas Escrituras, para que se tornasse «coluna e
sustentáculo» da nossa fé (1Tim 3,15). Não podemos dizer que o pregaram antes
de terem dele um conhecimento perfeito, como alguns se atrevem a afirmar,
esses que se arvoram em correctores dos apóstolos. Com efeito, depois de
Nosso Senhor ter ressuscitado de entre os mortos e de terem sido «revestidos
com a força do Alto» (Lc 24,49) pela vinda do Espírito Santo, os apóstolos
ficaram cheios de certezas acerca de tudo, possuindo, pois um conhecimento
perfeito. Foram então «até aos confins do mundo» (Sl 18,5; Rom 10,18)
proclamar a Boa Nova dos bens que nos vêm de Deus e anunciar aos homens a paz
do Céu. E todos eles possuíam igualmente o Evangelho de Deus.
Terça-feira,
dia 26 de Abril de 2016
Terça-feira da 5ª
semana da Páscoa
Naqueles dias, chegaram uns judeus de Antioquia e de Icónio que
aliciaram a multidão, apedrejaram Paulo e arrastaram-no para fora da
cidade, dando-o por morto.
Mas, tendo-se reunido os discípulos à sua volta, ele ergueu-se e entrou na
cidade. No dia seguinte, partiu com Barnabé para Derbe.
Depois de terem anunciado a boa nova a esta cidade e de terem feito
numerosos discípulos, Paulo e Barnabé voltaram a Listra, a Icónio e a
Antioquia.
Iam fortalecendo as almas dos discípulos e exortavam-nos a permanecerem
firmes na fé «porque __ diziam eles __ temos de sofrer muitas tribulações
para entrarmos no reino de Deus».
Estabeleceram anciãos em cada Igreja, depois de terem feito orações
acompanhadas de jejum, e encomendaram-nos ao Senhor, em quem tinham
acreditado.
Atravessaram então a Pisídia e chegaram à Panfília;
depois, anunciaram a palavra em Perga e desceram até Atalia.
De lá embarcaram para Antioquia, de onde tinham partido, confiados na graça
de Deus, para a obra que acabavam de realizar.
À chegada, convocaram a Igreja, contaram tudo o que Deus fizera com eles e
como abrira aos gentios a porta da fé.
Demoraram-se ali bastante tempo com os discípulos.
Livro de Salmos
145(144),10-11.12-13ab.21.
Vos agradeçam, Senhor, todas as criaturas
e bendigam-Vos os vossos fiéis.
Proclamem a glória do vosso reino
e anunciem os vossos feitos gloriosos.
Dêem a conhecer aos homens o vosso poder,
a glória e o esplendor do vosso reino.
O vosso reino é um reino eterno,
o vosso domínio estende-se por todas as gerações.
Cante a minha boca os louvores do Senhor
e todo o ser vivo bendiga eternamente o seu nome santo.
Evangelho segundo S.
João 14,27-31a.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz.
Não vo-la dou como a dá o mundo. Não se perturbe nem intimide o vosso
coração.
Ouvistes que Eu vos disse: Vou partir, mas voltarei para junto de vós. Se
Me amásseis, ficaríeis contentes por Eu ir para o Pai porque o Pai é maior
do que Eu.
Disse-vo-lo agora, antes de acontecer, para que, quando acontecer,
acrediteis».
Já não falarei muito convosco porque vai chegar o príncipe deste mundo. Ele
nada pode contra Mim,
mas é para que o mundo saiba que amo o Pai e faço como o Pai Me ordenou».
Da
Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
São Columbano (563-615), monge,
fundador de mosteiros
Instrução 11
«Dou-vos a minha paz»
Moisés
escreveu na Lei: «Deus fez o homem à sua imagem e à sua semelhança» (Gn
1,26). [...] Cabe-nos, pois reflectir, para o Nosso Deus e nosso Pai, a
imagem da sua santidade. {...] Não sejamos pintores de uma imagem
diferente [...] e, para que não inscrevamos em nós a imagem do orgulho,
deixemos que o próprio Jesus Cristo pinte em nós a sua imagem. Ele
pintou-a quando disse: «Dou-vos a paz. Deixo-vos a minha paz.»
Mas de que nos serve saber que essa paz é boa, se não cuidamos dela?
Aquilo que é bom habitualmente é frágil e os bens preciosos reclamam
cuidados maiores e uma atenção mais vigilante. Muito frágil é a paz que
se pode perder por uma palavra apressada ou uma pequena mágoa infligida a
um irmão. Ora nada agrada mais aos homens do que falar a despropósito e
ocupar-se do que não lhes diz respeito, proferir discursos vãos e
criticar os ausentes. Daí que aqueles que não podem dizer: «O Senhor
deu-me a língua de um discípulo para que eu saiba reconfortar pela
palavra aquele que está abatido» (Is 50,4) devem calar-se ou, se dizem
alguma palavra, que seja uma palavra de paz. [...] «A plenitude da lei é o amor» (Rom 13,8). Que se digne
inspirá-lo em nós o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, autor da paz e do
amor.
Quarta-feira,
dia 27 de Abril de 2016
Quarta-feira da 5.ª
semana da Páscoa
Naqueles dias, alguns homens que desceram da Judeia ensinavam
aos irmãos de Antioquia: «Se não receberdes a circuncisão, segundo a Lei
de Moisés, não podereis salvar-vos».
Isto provocou muita agitação e uma discussão intensa que Paulo e Barnabé
tiveram com eles. Então decidiram que Paulo e Barnabé e mais alguns
discípulos subissem a Jerusalém, para tratarem dessa questão com os
Apóstolos e os anciãos.
Despedidos afavelmente pela Igreja, atravessaram a Fenícia e a Samaria,
onde narravam a conversão dos gentios, causando grande contentamento a
todos os irmãos.
Ao chegarem a Jerusalém, foram recebidos pela Igreja, pelos Apóstolos e
pelos anciãos e contaram tudo o que Deus tinha feito por seu intermédio.
Ergueram-se alguns homens do partido dos fariseus que tinham abraçado a
fé, para dizerem que era preciso circuncidar os gentios e impor-lhes a
observância da Lei de Moisés.
Então os Apóstolos e os anciãos reuniram-se para examinar o assunto.
Livro de Salmos
122(121),1-2.3-4a.4b-5.
Alegrei-me quando me disseram:
«Vamos para a casa do Senhor».
Detiveram-se os nossos passos
às tuas portas, Jerusalém.
Jerusalém, cidade bem edificada,
que forma tão belo conjunto!
Para lá sobem as tribos,
as tribos do Senhor.
Segundo o costume de Israel,
para celebrar o nome do Senhor;
ali estão os tribunais da justiça,
os tribunais da casa de David.
Evangelho segundo S. João 15,1-8.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Eu
sou a verdadeira vide e meu Pai é o agricultor.
Ele corta todo o ramo que está em Mim e não dá fruto e limpa todo aquele
que dá fruto, para que dê ainda mais fruto.
Vós já estais limpos, por causa da palavra que vos anunciei.
Permanecei em Mim e Eu permanecerei em vós. Como o ramo não pode dar
fruto por si mesmo, se não permanecer na videira, assim também vós, se
não permanecerdes em Mim.
Eu sou a videira, vós sois os ramos. Se alguém permanece em Mim e Eu
nele, esse dá muito fruto porque sem Mim nada podeis fazer.
Se alguém não permanece em Mim, será lançado fora, como o ramo e secará.
Esses ramos, apanham-nos, lançam-nos ao fogo e eles ardem.
Se permanecerdes em Mim e as minhas palavras permanecerem em vós,
pedireis o que quiserdes e ser-vos-á concedido.
A glória de meu Pai é que deis muito fruto. Então vos tornareis meus
discípulos».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Santa Teresa Benedita da Cruz
(Edith Stein) (1891-1942), carmelita, mártir, co-padroeira da Europa
A mulher e o seu destino, colectânea de seis conferências
«Eu sou a videira; vós sois os ramos»
No que
diz respeito à Igreja, a concepção mais acessível ao espírito humano é
a de uma comunidade de crentes. Quem crê em Jesus Cristo e no seu
Evangelho e espera o cumprimento das suas promessas, quem se encontra
ligado a Ele por um sentimento de amor e obedece aos seus mandamentos
deve estar unido a todos quantos partilham o mesmo espírito por uma
profunda comunhão espiritual e uma ligação de amor. Aqueles que
seguiram o Senhor durante a sua passagem pela Terra foram os primeiros
sarmentos da comunidade cristã; foram eles que a difundiram e que
transmitiram em herança, na sucessão dos tempos, até aos nossos dias,
as riquezas da fé de onde retiravam a respectiva coesão.
Mas até uma comunidade humana natural pode ser já muito mais do que uma
simples associação de indivíduos distintos; pode ser uma estreita
harmonia que vai a ponto de se tornar uma unidade orgânica; o mesmo se
aplica, ainda com maior verdade, à comunidade sobrenatural que é a
Igreja. A união do corpo celeste com Jesus Cristo é diferente da
comunhão entre duas pessoas terrenas; esta união, iniciada no baptismo
e constantemente reforçada pelos outros sacramentos, é uma integração e
um arremesso de seiva, como nos diz o símbolo da videira e dos ramos.
Este acto de união com Jesus Cristo pressupõe uma aproximação membro a
membro entre todos os cristãos. Assim a Igreja toma a figura do Corpo
Místico de Jesus Cristo. Esse corpo é um corpo vivo e o espírito que o
anima é o Espírito de Jesus Cristo que, partindo da cabeça, se comunica
a todos os membros (Ef 5,23.30) e a Igreja é templo do Espírito Santo
(Ef 2,21-22).
Quinta-feira,
dia 28 de Abril de 2016
Quinta-feira da
5.ª semana da Páscoa
Santo do dia : S.
Luís Maria Grignion de Montfort, presbítero, +1716, S.
Pedro Chanel, presbítero, mártir, padroeiro da Oceânia, +1841, Santa
Joana Beretta Molla, mãe de família, +1962
Livro dos Actos dos Apóstolos 15,7-21.
Naqueles dias,
depois de longa discussão, Pedro levantou-se e disse aos Apóstolos e aos
anciãos: «Irmãos, vós sabeis que, desde os primeiros dias, Deus me
escolheu do meio de vós, para que os gentios ouvissem da minha boca a
palavra do Evangelho e abraçassem a fé.
Deus, que conhece os corações, deu testemunho a favor deles, ao
conceder-lhes o Espírito Santo como a nós;
não fez qualquer distinção entre nós e eles porque purificou os seus
corações pela fé.
Porque tentais agora a Deus, impondo aos ombros dos discípulos um jugo
que nem os nossos pais nem nós mesmos fomos capazes de suportar?
Aliás é pela graça do Senhor Jesus Cristo que nós acreditamos que
seremos salvos, do mesmo modo que eles».
Então toda a assembleia ficou em silêncio e começou a ouvir Barnabé e
Paulo
descrever os milagres e prodígios que Deus realizara por seu intermédio
entre os gentios.
Quando eles acabaram de falar, Tiago tomou a palavra e disse: «Irmãos,
escutai-me.
Simão contou como Deus, ao princípio, Se dignou intervir para formar de
entre os gentios um povo consagrado ao seu nome.
Isto concorda com as palavras dos Profetas, como está escrito:
‘Depois disto, virei para reconstruir a tenda de David que estava
caída; reconstruirei as suas ruínas e erguê-las-ei de novo,
para que o resto dos homens procurem o Senhor, com todas as nações
consagradas ao meu nome. Assim fala o Senhor,
que desde sempre dá a conhecer estas coisas’.
Por isso, sou de opinião de que não se devem importunar os gentios
convertidos a Deus.
Digam-lhes apenas que se abstenham de tudo o que foi contaminado
pela idolatria, das relações imorais, das carnes
sufocadas e do sangue.
Desde os tempos antigos, Moisés tem em cada cidade os seus pregadores e
é lido todos os sábados nas sinagogas».
Livro de Salmos
96(95),1-2a.2b-3.10.
Cantai ao Senhor um
cântico novo,
cantai ao Senhor, Terra inteira,
cantai ao Senhor, bendizei o seu nome,
Anunciai dia a dia a sua salvação,
publicai entre as nações a sua glória,
em todos os povos as suas maravilhas.
Dizei entre as nações: «O Senhor é Rei»,
Sustenta o mundo e ele não vacila,
governa os povos com equidade.
Evangelho segundo S. João 15,9-11.
Naquele tempo,
disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Assim como o Pai Me
amou, também Eu vos amei. Permanecei no meu amor.
Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor assim como
Eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e permaneço no seu amor.
Disse-vos estas coisas, para que a minha alegria esteja em vós e a
vossa alegria seja completa.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Santo Anselmo (1033-1109),
monge, bispo, doutor da Igreja
Prosologion, 26
«Disse-vos estas coisas, para que a minha alegria esteja
em vós e a vossa alegria seja completa.»
Eu Te
peço, Deus, faz que Te conheça e Te ame, para que a minha alegria
esteja em Ti. E se isso não for plenamente possível nesta vida, faz ao
menos que eu progrida todos os dias até atingir a plenitude. Que nesta
vida o teu conhecimento cresça em mim e que ele esteja completo no
último dia; que o teu amor cresça em mim e que ele seja perfeito na
vida futura, para que a minha alegria, já grande em esperança cá na Terra,
seja então completa na realidade.
Deus, através de teu Filho mandaste-nos, ou melhor, aconselhaste-nos a
pedir e prometeste-nos que seríamos atendidos, para que a nossa alegria
seja perfeita (Jo 16,24). Faço-Te, Senhor, a oração que nos sugeres
pela boca daquele que é o nosso «Conselheiro Admirável» (Is 9,5). Que
eu possa receber o que prometeste pela boca daquele que é a Verdade,
para que a minha alegria seja perfeita. Deus verdadeiro, faço-Te esta
oração; atende-me para que a minha alegria seja perfeita.
Que doravante seja esta a meditação do meu espírito e a palavra dos
meus lábios. Seja este o amor do meu coração e o discurso da minha
boca, seja a fome da minha alma, a sede da minha carne e o desejo de
todo o meu ser até ao dia em que entre na alegria do Senhor (Mt 25,21),
Deus único em três Pessoas, bendito pelos séculos. Ámen.
Sexta-feira, dia 29 de Abril de 2016
Sexta-feira da
5.ª semana da Páscoa
Sta. Catarina
de Sena, virgem e doutora da Igreja (festa) - copadroeira da Europa
Naqueles dias, os
Apóstolos e os anciãos, de acordo com toda a Igreja de Jerusalém,
resolveram escolher alguns irmãos para os mandarem a Antioquia com
Barnabé e Paulo: eram Judas, chamado Barsabás, e Silas, homens de
autoridade entre os irmãos.
Mandaram por eles esta carta: «Os Apóstolos e os anciãos, irmãos
vossos, saúdam os irmãos de origem pagã residentes em Antioquia, na
Síria e na Cilícia.
Tendo sabido que, sem nossa autorização, alguns dos nossos vos foram
inquietar, perturbando-vos com as suas palavras,
resolvemos, de comum acordo, escolher delegados para vo-los
enviarmos, juntamente com os nossos queridos Barnabé e Paulo,
homens que expuseram a sua vida pelo nome de Nosso Senhor Jesus
Cristo.
Por isso vos mandamos Judas e Silas que vos transmitirão de viva voz
as nossas decisões.
O Espírito Santo e nós decidimos não vos impor mais nenhuma
obrigação, além destas que são indispensáveis:
abster-vos da carne
imolada aos ídolos, do sangue, das carnes sufocadas
e das relações imorais (= anais). Procedereis bem, evitando
tudo isso. Adeus».
Feitas as despedidas, os delegados desceram a Antioquia, onde
reuniram a assembleia e entregaram a carta.
Quando a leram, todos ficaram contentes com aquelas palavras de
estímulo.
Livro de
Salmos 57(56),8-9.10-12.
Firme está meu
coração, ó Deus;
meu coração está firme:
quero cantar e salmodiar.
Desperta, minha alma; despertai, lira e cítara:
quero acordar a aurora.
Louvar-Vos-ei, Senhor, entre os povos,
cantar-Vos-ei entre as nações
porque aos céus se eleva a vossa bondade
e até às nuvens a vossa fidelidade.
Evangelho segundo S. João 15,12-17.
Naquele tempo,
disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «É este o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros
como Eu vos amei.
Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos amigos.
Vós sois meus amigos, se fizerdes o que Eu vos mando.
Já não vos chamo servos porque o servo não sabe o que faz o seu
senhor; mas chamo-vos amigos
porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi a meu Pai.
Não fostes vós que Me escolhestes; fui Eu que vos escolhi e destinei
para que vades e deis fruto e o vosso fruto permaneça. E assim tudo
quanto pedirdes ao Pai em meu nome, Ele vo-lo concederá.
O que vos peço é que vos ameis uns aos outros».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos
- www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
São João Paulo II
(1920-2005), papa
Carta apostólica para o 6.º centenário da morte de Santa Catarina de
Sena
Santa Catarina de Sena: uma vida mística e uma vida de
acção
Quando,
em 1347, Catarina vê a luz do dia, vive-se uma situação muito difícil
em Itália e na Europa: anunciava-se a peste negra que haveria
de semear a devastação; a sociedade estava perturbada pela Guerra
dos Cem Anos e pelas invasões de mercenários; os Papas
tinham tido de trocar Roma por Avinhão e o cisma do Ocidente
prolongar-se-ia até 1417. Filha de um tintureiro, Catarina toma
rapidamente consciência das necessidades do mundo que a rodeia.
Atraída pela forma de vida apostólica das Dominicanas, pede para ser
agregada à ordem terceira (as chamadas «mantellate») que não eram
propriamente religiosas nem viviam em comunidade, mas usavam o hábito
branco e o manto preto dos frades pregadores. [...]
Catarina estava rodeada de uma multidão heterogénea de discípulos de
todo o tipo e com múltiplas origens que se sentiam atraídos pela
pureza da sua fé e pela liberdade da sua aceitação da palavra de
Deus, desprovida de matizes e cedências. [...] Atingiu o auge do seu
progresso interior nas núpcias espirituais [...], pelo que seria de
esperar que a sua vida passasse a decorrer na solidão da contemplação.
Mas Deus tinha-a atraído a Si para que ela estivesse unida a Ele na
obra no seu Reino. [...] Era desígnio de Jesus Cristo uni-la
estreitamente a Si pelo amor ao próximo, isto é, quer pela doçura dos
laços da alma, quer pelos trabalhos exteriores, naquilo a que se
chama uma mística social. [...]
Depois de se ter dedicado à conversão dos pecadores individuais,
passou à reconciliação de pessoas e famílias atingidas por conflitos
e depois, à pacificação de cidades e de Estados. [...] O impulso
interior do Mestre divino abriu-lhe, por assim dizer, uma nova
humanidade. Foi assim que esta humilde filha de um artesão, iletrada,
praticamente sem estudos nem cultura, teve a inteligência das
necessidades do seu tempo, a ponto de ultrapassar os limites da sua
cidade e de alcançar, com a sua actividade, uma dimensão mundial.
Sábado, dia 30 de Abril de 2016
Sábado da 5.ª
semana da Páscoa
Naqueles dias,
Paulo chegou a Derbe e depois a Listra. Havia lá um discípulo
chamado Timóteo, filho de uma judia crente e de pai grego.
Os irmãos de Listra e de Icónio davam dele bom testemunho.
Querendo Paulo levá-lo consigo, mandou-o circuncidar, por causa dos
judeus que havia na região, pois todos sabiam que seu pai era
grego.
Nas cidades por onde passavam, transmitiam as decisões dos
Apóstolos e anciãos de Jerusalém, recomendando que se cumprissem.
Desse modo as Igrejas eram confirmadas na fé e cresciam em número,
de dia para dia.
Como o Espírito Santo os tinha impedido de anunciarem a palavra de
Deus na Ásia, atravessaram a Frígia e o território da Galácia.
Quando chegaram à fronteira da Mísia, tentaram dirigir-se à
Bítínia, mas o Espírito de Jesus não lho permitiu.
Atravessaram então a Mísia e desceram a Tróade.
Durante a noite, Paulo teve uma visão: Um macedónio estava de pé
diante dele e fazia-lhe este pedido: «Passa à Macedónia e vem
ajudar-nos».
Logo que ele teve esta visão, procurámos partir para a Macedónia,
convencidos de que Deus nos chamava para anunciar ali o Evangelho.
Livro de
Salmos 100(99),1-2.3.5.
Aclamai o
Senhor, Terra inteira,
servi o Senhor com alegria,
vinde a Ele com cânticos de júbilo.
Sabei que o Senhor é Deus,
Ele nos fez, a Ele pertencemos,
somos o seu povo, as ovelhas do seu rebanho.
O Senhor é bom,
eterna é a sua misericórdia,
a sua fidelidade estende-se de geração em geração.
Evangelho segundo S. João 15,18-21.
Naquele tempo,
disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Se o mundo vos odeia,
sabei que primeiro Me odiou a Mim.
Se fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu. Mas porque não
sois do mundo, pois a minha escolha vos separou do mundo, é por
isso que o mundo vos odeia. (= os do mal odeiam os do Bem porque
sim; pretendem usá-los como escravos porque só conhecem
domínio/escravidão e, mesmo assim, destruindo-os. Está inscrito no
seu coração: destroem tudo, incluindo os outros do mal)
Lembrai-vos das palavras que Eu vos disse: ‘O servo não é mais do
que o seu senhor’.
Se Me perseguiram a Mim, também vos perseguirão a vós. Se guardaram
a minha palavra, também guardarão a vossa.
Mas tudo isto vos farão por causa do meu nome porque não conhecem
Aquele que Me enviou».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos
Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
São João Paulo II
(1920-2005), Papa
Homilia durante a celebração ecuménica das testemunhas da fé do
século XX, 07/05/00 (© Libreria Editrice Vaticana)
«Se o mundo vos odeia, sabei que
primeiro Me odiou a Mim.»
«Quem
tem apego à sua vida (física), perdê-la-á; quem despreza a sua vida
neste mundo, conservá-la-á (= corpo celeste) para a vida eterna»
(Jo 12, 25). Acabámos de escutar estas palavras de Jesus Cristo.
Trata-se de uma verdade que, não raro, o mundo contemporâneo
rejeita e despreza, fazendo do amor a si mesmo o supremo critério
da existência. Todavia as Testemunhas da Fé que nesta tarde nos
falam com o seu exemplo, não consideraram o seu interesse pessoal,
o seu bem-estar ou a sua sobrevivência como valores superiores ao
da fidelidade ao Evangelho. Apesar da sua debilidade, opuseram uma
estrénua resistência ao mal. Na sua fragilidade, resplandeceu a
força da fé e da graça do Senhor.
A herança preciosa que estas testemunhas corajosas nos transmitiram
constitui um património comum de todas as Igrejas e de cada
comunidade eclesial. Trata-se de uma herança que fala com uma voz
mais alta do que os factores de divisão. O ecumenismo dos mártires
e das Testemunhas da Fé é o mais convincente, pois indica aos
cristãos do século XXI a via para a unidade. É a herança da Cruz
vivida à luz da Páscoa: herança que enriquece e sustenta os
cristãos que iniciam o novo milénio.
Que a memória destes nossos irmãos e irmãs sobreviva no século e no
milénio que se iniciam. Aliás cresça! Seja transmitida de geração
em geração para que dela germine uma profunda renovação cristã!
Seja conservada como um tesouro de valor excelso para os cristãos
do novo milénio e constitua o fermento para a obtenção da plena
comunhão entre todos os discípulos de Jesus Cristo!
É com ânimo repleto de íntima comoção que exprimo estes votos. Rezo
ao Senhor para que a plêiade de testemunhas que nos circunda ajude
todos nós, crentes, a expressar com igual denodo o nosso amor a Jesus
Cristo, Àquele que está sempre vivo na sua Igreja: assim como
ontem, também hoje, amanhã e para sempre! ).©
http://goo.gl/RSVXh5 portal
da Confraria Bolos D. Rodrigo
Os meus filmes
2.º –
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