sábado, 23 de abril de 2016

Cristianismo 153 até 23-04-2016



"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68

Domingo, dia 17 de Abril de 2016

4.º Domingo da Páscoa - Ano C

Naqueles dias, Paulo e Barnabé seguiram de Perga até Antioquia da Pisídia. A um sábado, entraram na sinagoga e sentaram-se.
Terminada a reunião da sinagoga, muitos judeus e prosélitos piedosos seguiram Paulo e Barnabé que nas suas conversas com eles os exortavam a perseverar na graça de Deus.
No sábado seguinte, reuniu-se quase toda a cidade para ouvir a palavra do Senhor.
Ao verem a multidão, os judeus encheram-se de inveja e responderam com blasfémias.
Corajosamente Paulo e Barnabé declararam: «Era a vós que devia ser anunciada primeiro a palavra de Deus. Uma vez, porém que a rejeitais e não vos julgais dignos da vida eterna, voltamo-nos para os gentios,
pois assim nos mandou o Senhor: ‘Fiz de ti a luz das nações para levares a salvação até aos confins da Terra’».
Ao ouvirem estas palavras, os gentios encheram-se de alegria e glorificavam a palavra do Senhor. Todos os que estavam destinados à vida eterna abraçaram a fé
e a palavra do Senhor divulgava-se por toda a região.
Mas os judeus, instigando algumas senhoras piedosas mais distintas e os homens principais da cidade, desencadearam uma perseguição contra Paulo e Barnabé e expulsaram-nos do seu território.
Estes, sacudindo contra eles o pó dos seus pés, seguiram para Icónio.
Entretanto os discípulos estavam cheios de alegria e do Espírito Santo.
Livro de Salmos 100(99),2.3.5.
Aclamai o Senhor, Terra inteira,
servi o Senhor com alegria,
vinde a Ele com cânticos de júbilo.

Sabei que o Senhor é Deus,
Ele nos fez, a Ele pertencemos,
somos o seu povo, as ovelhas do seu rebanho.

O Senhor é bom,
eterna é a sua misericórdia,
a sua fidelidade estende-se de geração em geração.

Livro do Apocalipse 7,9.14b-17.
Eu, João, vi (= viu com os olhos do seu corpo celeste) uma multidão imensa que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas. Estavam de pé, diante do trono e na presença do Cordeiro, vestidos com túnicas brancas e de palmas na mão.
Um dos Anciãos tomou a palavra para me dizer: «Estes são os que vieram da grande tribulação, os que lavaram as túnicas e as branquearam no sangue do Cordeiro.
Por isso estão diante do trono de Deus, servindo-O dia e noite no seu templo. Aquele que está sentado no trono abrigá-los-á na sua tenda.
Nunca mais terão fome nem sede, nem o sol ou o vento ardente cairão sobre eles.
O Cordeiro, que está no meio do trono, será o seu pastor e os conduzirá às fontes da água viva. E Deus enxugará todas as lágrimas dos seus olhos».
Evangelho segundo S. João 10,27-30.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo: «As minhas ovelhas escutam a minha voz. Eu conheço as minhas ovelhas e elas seguem-Me.
Eu dou-lhes a vida eterna e nunca hão-de perecer e ninguém as arrebatará da minha mão.
Meu Pai, que Mas deu, é maior do que todos e ninguém pode arrebatar nada da mão do Pai.
Eu e o Pai somos um só».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São Gregório Magno (c. 540-604), Papa, doutor da Igreja
Homilia 14 sobre o Evangelho
«Dou-lhes a vida eterna»
Aquele que é bom, não por um dom recebido, mas por natureza, diz-nos: «Eu sou o bom Pastor.» E continua, para que imitemos o modelo de bondade que nos deixou: «O bom Pastor dá a vida pelas suas ovelhas» (Jo 10.11). No seu caso, Ele realizou o que tinha ensinado; mostrou o que tinha ordenado. Bom Pastor, deu a vida pelas suas ovelhas, para mudar o seu corpo e sangue em nosso sacramento e saciar com o alimento da sua carne as ovelhas que tinha resgatado. Mostrou-nos o caminho a seguir, desprezando a morte. Eis diante de nós o modelo a que temos de nos conformar: em primeiro lugar, gastar-nos exteriormente com ternura pelas suas ovelhas; em seguida, se for necessário, oferecer-lhes a nossa morte.
Ele acrescenta: «Eu conheço - quer dizer, amo as minhas ovelhas e elas conhecem-Me.» É como se dissesse, agora de uma forma mais clara: «Quem Me ama, siga-Me!» porque quem não ama a verdade é porque ainda a não conhece. Vede, irmãos caríssimos, se sois verdadeiramente as ovelhas do bom Pastor, vede se O conheceis, vede se vos apropriais da luz da verdade. Não falo da apropriação pela fé, mas pelo amor; vede se vos apropriais, não pela vossa fé, mas pelo vosso comportamento. Porque o mesmo evangelista João, que nos transmitiu esta palavra, afirma ainda: «Quem diz que conhece Deus e não guarda os seus mandamentos é mentiroso» (1Jo 2,4). Por isso, Jesus Cristo acrescenta: «Assim como o Pai Me conhece, Eu conheço o Pai e dou a vida pelas minhas ovelhas», o que equivale a dizer claramente: o facto de Eu conhecer o meu Pai e ser conhecido por Ele consiste em que Eu dou a vida pelas minhas ovelhas. Por outras palavras: este amor que me leva a morrer pelas minhas ovelhas mostra até que ponto amo o Pai.

Segunda-feira, dia 18 de Abril de 2016

Segunda-feira da 4.ª semana da Páscoa

Santo do dia : Beata Sabina Petrilli, religiosa, +1923

Livro dos Actos dos Apóstolos 11,1-18.
Naqueles dias, os Apóstolos e os irmãos da Judeia ouviram dizer que os gentios também tinham recebido a palavra de Deus.
E quando Pedro subiu a Jerusalém, os que tinham vindo da circuncisão começaram a discutir com ele,
dizendo: «Tu entraste em casa dos incircuncisos e comeste com eles».
Pedro começou então a expor-lhes tudo por ordem:
«Estava eu a orar na cidade de Jope quando tive em êxtase uma visão: Era um objecto semelhante a uma toalha que descia do Céu, presa pelas quatro pontas e chegou até junto de mim.
Fitando os olhos nela, pus-me a observar e vi quadrúpedes da terra, feras, répteis e aves do céu.
Ouvi então uma voz que me dizia: ‘Levanta-te, Pedro; mata e come’.
Mas eu respondi: ‘De modo nenhum, Senhor, porque na minha boca nunca entrou nada de profano ou impuro’.
Pela segunda vez, falou a voz lá do Céu: ‘Não chames impuro ao que Deus purificou’.
Isto sucedeu por três vezes e depois tudo foi novamente retirado para o Céu.
Nisto apresentaram-se três homens na casa em que estávamos, enviados de Cesareia à minha presença.
O Espírito disse-me então que fosse com eles sem hesitar. Foram também comigo estes seis irmãos aqui presentes e entrámos em casa daquele homem.
Ele contou-nos como tinha visto um Anjo apresentar-se em sua casa e dizer-lhe: ‘Envia mensageiros a Jope e manda chamar Simão que tem o sobrenome de Pedro.
Ele te dirá palavras, pelas quais receberás a salvação assim como toda a tua família’.
Quando comecei a falar, o Espírito Santo desceu sobre eles como sobre nós, ao princípio.
Lembrei-me então das palavras que o Senhor dizia: ‘João baptizou com água, mas vós sereis baptizados no Espírito Santo’.
Se Deus lhes concedeu o mesmo dom que a nós, por terem acreditado no Senhor Jesus Cristo, quem era eu para poder opor-me a Deus?»
Quando ouviram estas palavras, tranquilizaram-se e deram glória a Deus, dizendo: «Portanto Deus concedeu também aos gentios o arrependimento que conduz à vida».
Livro de Salmos 42(41),2-3.43(42),3.4.
Como suspira o veado pelas correntes das águas
assim minha alma suspira por Vós, Senhor.
Minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo:
quando irei contemplar a presença de Deus?

Enviai a vossa luz e verdade,
sejam elas o meu guia e me conduzam
à vossa montanha santa e ao vosso santuário.
E eu irei ao altar de Deus,

a Deus que é a minha alegria.
Ao som da cítara Vos louvarei, Senhor Deus.
Evangelho segundo S. João 10,1-10.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo: «Em verdade, em verdade vos digo: Aquele que não entra no aprisco das ovelhas pela porta, mas entra por outro lado, é ladrão e salteador.
Mas aquele que entra pela porta é o pastor das ovelhas.
O porteiro abre-lhe a porta e as ovelhas conhecem a sua voz. Ele chama cada uma delas pelo seu nome e leva-as para fora.
Depois de ter feito sair todas as que lhe pertencem, caminha à sua frente e as ovelhas seguem-no porque conhecem a sua voz.
Se for um estranho, não o seguem, mas fogem dele porque não conhecem a voz dos estranhos».
Jesus Cristo apresentou-lhes esta comparação, mas eles não compreenderam o que queria dizer.
Jesus Cristo continuou: «Em verdade, em verdade vos digo: Eu sou a porta das ovelhas.
Aqueles que vieram antes de Mim são ladrões e salteadores, mas as ovelhas não os escutaram.
Eu sou a porta. Quem entrar por Mim será salvo: é como a ovelha que entra e sai do aprisco e encontra pastagem.
O ladrão não vem senão para roubar, matar e destruir. Eu vim para que as minhas ovelhas tenham vida e a tenham em abundância».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São Clemente de Alexandria (150-c. 215), teólogo
«O Pedagogo», 9, 83s
«Eu vim para que [...] tenham vida e a tenham em abundância».
Doentes, precisamos do Salvador; perdidos, daquele que nos conduzirá; sedentos, da fonte de água viva; mortos, precisamos da vida; ovelhas, do pastor; crianças, do educador e toda a humanidade precisa de Jesus Cristo. [...]
Podemos compreender a sabedoria suprema do santíssimo pastor e educador que é o Todo-Poderoso e o Verbo do Pai quando Ele Se serve de uma alegoria, dizendo-Se pastor das ovelhas; mas Ele é também o educador dos pequeninos. Com efeito, dirige-Se longamente aos anciãos, por intermédio de Ezequiel, dando-lhes exemplo da sua solicitude: «Cuidarei da que está ferida e tratarei da que está doente; procurarei a que se tinha perdido e a todas apascentarei com justiça» (Ez 34,16). Sim, Senhor, conduz-nos aos prados férteis da tua justiça. Sim, Tu, que és o nosso educador, sê o nosso pastor até à tua montanha santa, até à Igreja que se eleva acima das nuvens que toca nos céus. «Eu, que apascentarei as minhas ovelhas, sou Eu quem as fará descansar» (Ez 34,15). Ele quer salvar a minha carne, revestindo-a com a túnica da incorruptibilidade. [...] «Clamarás e Ele dirá: "Eis-Me aqui!"»(Is 58,9). [...]
Assim é o nosso educador, bom com justiça. «O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir» (Mt 20,28). É por isso que, no Evangelho, nos aparece fatigado (Jo 4,5) porque Se fatiga por nós e promete dar a sua vida em resgate de muitos (Mt 20,28). E afirma que só o bom pastor age desta maneira. Que doador magnífico que dá por nós o que de maior tem: a sua vida! Que benfeitor amigo dos homens que preferiu ser irmão a ser Senhor deles! Que levou a sua bondade a ponto de morrer por nós.

Terça-feira, dia 19 de Abril de 2016

Terça-feira da 4.ª semana da Páscoa

Naqueles dias, os irmãos que se tinham dispersado, devido à perseguição desencadeada pelo caso de Estêvão, caminharam até à Fenícia, Chipre e Antioquia. Mas anunciavam a palavra apenas aos judeus.
Houve, contudo entre eles alguns homens de Chipre e de Cirene que, ao chegarem a Antioquia, começaram a falar também aos gregos, anunciando-lhes o Senhor Jesus Cristo.
A mão do Senhor estava com eles e foi grande o número dos que abraçaram a fé e se converteram ao Senhor.
A notícia chegou aos ouvidos da Igreja de Jerusalém e mandaram Barnabé a Antioquia.
Quando este chegou e viu a acção da graça de Deus, encheu-se de alegria e exortou a todos a que se conservassem fiéis ao Senhor, de coração sincero;
era realmente um homem bom e cheio do Espírito Santo e de fé. Assim uma grande multidão aderiu ao Senhor.
Então Barnabé foi a Tarso procurar Saulo
e, tendo-o encontrado, trouxe-o para Antioquia. Passaram juntos nesta Igreja um ano inteiro e ensinaram muita gente. Foi em Antioquia que, pela primeira vez, se deu aos discípulos o nome de «cristãos».
Livro de Salmos 87(86),1-3.4-5.6-7.
O Senhor ama a cidade
por Ele fundada sobre os montes santos;
ama as portas de Sião
mais do que todas as moradas de Jacob.

Grandes coisas se dizem de ti, ó cidade de Deus.
Contarei o Egipto e a Babilónia
entre os meus adoradores;
a Filisteia, Tiro e a Etiópia, uns e outros ali nasceram.

E dir-se-á em Sião: «Todos lá nasceram,
o próprio Altíssimo a consolidou».
O Senhor escreverá no registo dos povos:
«Este nasceu em Sião».

E irão dançando e cantando:
«Todas as minhas fontes estão em ti».
Evangelho segundo S. João 10,22-30.
Naquele tempo, celebrava-se em Jerusalém a festa da Dedicação do Templo. Era inverno
e Jesus Cristo passeava no templo, sob o Pórtico de Salomão.
Então os judeus rodearam-n’O e disseram: «Até quando nos vais trazer em suspenso? Se és o Messias, diz-nos claramente».
Jesus Cristo respondeu-lhes: «Já vo-lo disse, mas não acreditais. As obras que Eu faço em nome de meu Pai dão testemunho de Mim.
Mas vós não acreditais porque não sois das minhas ovelhas.
As minhas ovelhas escutam a minha voz: Eu conheço as minhas ovelhas e elas seguem-Me.
Eu dou-lhes a vida eterna e nunca hão-de perecer e ninguém as arrebatará da minha mão.
Meu Pai que Mas deu, é maior do que todos e ninguém pode arrebatar nada da mão do Pai.
Eu e o Pai somos um só».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Santo Hilário (c. 315-367), bispo de Poitiers, doutor da Igreja
De trinitate
A Trindade
O Pai é aquilo que é e é nisso que temos de acreditar. Mas a nossa mente tem dificuldade em alcançar o Filho e hesitamos em dizer o que quer que seja. Com efeito, Ele é a geração do que não foi gerado, o único nascido do único, o verdadeiro saído do verdadeiro, o vivo nascido do vivo, o perfeito vindo do perfeito, o poder do poder, a sabedoria da sabedoria, a glória da glória, «a imagem do Deus invisível» ( Col 1,15). [...]
Como havemos de compreender a geração do Filho único que não foi gerado? [...] Não se trata de uma fractura nem de uma divisão [...]: «O Pai está em Mim e Eu estou no Pai» (Jo 10,38). Não é uma adopção, pois o Filho, que é o verdadeiro Filho de Deus, afirma: «Quem Me vê, vê o Pai» (Jo 14, 9). Ele não veio à existência como os outros seres, em obediência a uma ordem, pois [...] tem em Si mesmo a vida, como Aquele que o gerou tem a vida em Si mesmo (Jo 5,26). [...] Ele é perfeito, Ele que provém do Perfeito, pois Aquele que tudo possui tudo Lhe deu. O Pai e o Filho detêm ambos o segredo deste nascimento.

Quarta-feira, dia 20 de Abril de 2016

Quarta-feira da 4.ª semana da Páscoa

Naqueles dias, a palavra de Deus crescia e multiplicava-se.
Depois de Barnabé e Saulo cumprirem a sua missão, voltaram de Jerusalém, trazendo consigo João, que tinha o sobrenome de Marcos.
Na Igreja de Antioquia havia profetas e doutores: Barnabé, Simeão, chamado o Negro, Lúcio de Cirene, Manaen, irmão colaço do tetrarca Herodes e Saulo.
Estando eles a celebrar o culto do Senhor e a jejuar, disse-lhes o Espírito Santo: «Separai Barnabé e Saulo para o trabalho a que os chamei».
Então, depois de terem jejuado e orado, impuseram-lhes as mãos e deixaram-nos partir.
Enviados pelo Espírito Santo, Barnabé e Saulo desceram a Selêucia e de lá navegaram para Chipre.
Tendo chegado a Salamina, começaram a anunciar a palavra de Deus nas sinagogas dos judeus.
Livro de Salmos 67(66),2-3.5.6.8.
Deus Se compadeça de nós e nos dê a sua bênção, resplandeça sobre nós a luz do seu rosto.
Na Terra se conhecerão os vossos caminhos
e entre os povos a vossa salvação.
Alegrem-se e exultem as nações

porque julgais os povos com justiça
e governais as nações sobre a Terra.
Os povos Vos louvem, ó Deus,
todos os povos Vos louvem.

Deus nos dê a sua bênção
e chegue o seu louvor aos confins da Terra.
Evangelho segundo S. João 12,44-50.
Naquele tempo, Jesus Cristo disse em alta voz: «Quem acredita em Mim não é em Mim que acredita, mas n’Aquele que Me enviou
e quem Me vê, vê Aquele que Me enviou.
Eu vim ao mundo como luz, para que todo aquele que acredita em Mim não fique nas trevas.
Se alguém ouvir as minhas palavras e não as guardar, não sou Eu que o julgo porque não vim para julgar o mundo, mas para o salvar.
Quem Me rejeita e não acolhe as minhas palavras tem quem o julgue: a palavra que anunciei o julgará no último dia.
Porque Eu não falei por Mim próprio: o Pai, que Me enviou, é que determinou o que havia de dizer e anunciar.
E Eu sei que o seu mandamento é vida eterna. Portanto as palavras que Eu digo, digo-as como o Pai Mas disse a Mim».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Catecismo da Igreja Católica
§ 238, 240-242
«Quem Me vê, vê Aquele que Me enviou»
A invocação de Deus como Pai é conhecida em muitas religiões. A divindade é muitas vezes considerada pai dos deuses e dos homens. Em Israel, porém Deus é chamado Pai enquanto Criador do mundo. Mais ainda, Deus é Pai em razão da Aliança e do dom da Lei a Israel, que é o seu «filho primogénito» (Ex 4,22). E é também chamado Pai do Rei de Israel. Ele é muito especialmente o Pai dos pobres, do órfão e da viúva que estão sob a sua protecção amorosa.
Jesus Cristo revelou que Deus é Pai num sentido inaudito: não o é somente enquanto Criador, mas é eternamente Pai em relação a seu Filho único que só é eternamente Filho em relação a seu Pai: «Ninguém conhece o Filho senão o Pai e ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar» (Mt 11,27).
É por isso que os apóstolos confessam Jesus Cristo como «o Verbo» que «no início estava junto de Deus» (Jo 1,1) como «a imagem do Deus invisível» (Col 1,15), como «o resplendor da sua glória e a expressão do seu ser» (Heb 1,3).
Na esteira deles, seguindo a Tradição apostólica, a Igreja, no ano de 325, no primeiro concílio ecuménico de Niceia, confessou que o Filho é «consubstancial» ao Pai. O segundo concílio ecuménico, reunido em Constantinopla em 381, conservou esta expressão na sua formulação do Credo de Niceia e confessou «o Filho Único de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos, luz de luz, gerado, não criado, consubstancial ao Pai».

Quinta-feira, dia 21 de Abril de 2016

Quinta-feira da 4.ª semana da Páscoa

Naqueles dias, Paulo e os seus companheiros largaram de Pafos e dirigiram-se a Perga da Panfília. Mas João Marcos separou-se deles para voltar a Jerusalém.
Eles prosseguiram de Perga e chegaram a Antioquia da Pisídia. A um sábado, entraram na sinagoga e sentaram-se.
Depois da leitura da Lei e dos Profetas, os chefes da sinagoga mandaram-lhes dizer: «Irmãos, se tendes alguma exortação a fazer ao povo, falai».
Paulo levantou-se, fez sinal com a mão e disse: «Homens de Israel e vós que temeis a Deus, escutai:
O Deus deste povo de Israel escolheu os nossos pais e fez deles um grande povo quando viviam como estrangeiros na terra do Egipto. Com seu braço poderoso tirou-os de lá
e durante quarenta anos sustentou-os no deserto e,
depois de exterminadas sete nações na terra de Canaã, deu essas terras como herança ao seu povo.
Tudo isto durou cerca de quatrocentos e cinquenta anos. Em seguida, deu-lhes juízes até ao profeta Samuel.
Então o povo pediu um rei e Deus concedeu-lhes Saul, filho de Cis, da tribo de Benjamim, que reinou durante quarenta anos.
Depois, tendo-o rejeitado, suscitou-lhes David como rei, de quem deu este testemunho: ‘Encontrei David, filho de Jessé, homem segundo o meu coração, que fará sempre a minha vontade’.
Da sua descendência, como prometera, Deus fez nascer Jesus, o Salvador de Israel.
João tinha proclamado, antes da sua vinda, um baptismo de penitência a todo o povo de Israel.
Prestes a terminar a sua carreira, João dizia: ‘Eu não sou quem julgais; mas depois de mim, vai chegar Alguém, a quem eu não sou digno de desatar as sandálias dos seus pés’.
Livro de Salmos 89(88),2-3.21-22.25.27.
Cantarei eternamente as misericórdias do Senhor
e para sempre proclamarei a sua fidelidade.
Vós dissestes: «A bondade está estabelecida para sempre»
no céu permanece firme a vossa fidelidade.

Encontrei a David, meu servo,
ungi-o com óleo santo.
Estarei sempre a seu lado
e com a minha força o sustentarei.

A minha fidelidade e minha bondade estarão com ele,
pelo meu nome será firmado o seu poder.
Ele Me invocará: «Vós sois meu pai,
meu Deus, meu Salvador».

Evangelho segundo S. João 13,16-20.
Naquele tempo, quando Jesus Cristo acabou de lavar os pés aos seus discípulos, disse-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: O servo não é maior do que o seu senhor nem o enviado é maior do que aquele que o enviou.
Sabendo isto, sereis felizes se o puserdes em prática.
Não falo de todos vós: Eu conheço aqueles que escolhi; mas tem de se cumprir a Escritura que diz: ‘Quem come do meu pão levantou contra Mim o calcanhar’.
Desde já vo-lo digo, antes que aconteça, para que, quando acontecer, acrediteis que Eu Sou.
Em verdade, em verdade vos digo: Quem recebe aquele que Eu enviar, a Mim recebe e quem Me recebe a Mim, recebe Aquele que Me enviou».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Santa Teresinha do Menino Jesus (1873-1897), carmelita, doutora da Igreja
Manuscrito autobiográfico B, 2vº-3vº
«Quem recebe aquele que Eu enviar, a Mim recebe; e quem Me recebe a Mim, recebe Aquele que Me enviou.»
Ser tua esposa, ó Jesus, ser carmelita, ser, pela minha união contigo, mãe das almas, deveria bastar-me. Mas não é assim. Sem dúvida que estes três privilégios - carmelita, esposa e mãe - são a minha vocação; contudo, sinto em mim outras vocações. [...] Sinto a necessidade, o desejo de realizar para Ti, Jesus, as obras mais heróicas. [...] Apesar da minha pequenez, queria iluminar as almas como os profetas e os doutores; tenho vocação para ser apóstola. Queria percorrer a Terra, pregar o teu nome e implantar no solo infiel a tua cruz gloriosa, mas, ó meu Bem-Amado, uma única missão não me seria suficiente; queria, ao mesmo tempo, anunciar o Evangelho nos cinco cantos do mundo e até nas ilhas mais remotas. Queria ser missionária, não só durante alguns anos, mas desde a criação do mundo até à consumação dos séculos. [...] Ó meu Jesus! A todas as minhas tolices, o que vais responder? Haverá alma mais pequena, mais impotente do que a minha? E contudo, precisamente por causa da minha fraqueza, Tu quiseste, Senhor, encher-me dos meus desejozinhos infantis e queres agora encher-me de outros desejos, maiores do que o universo. [...] Compreendi que o amor continha todas as vocações, que o amor era tudo, que abraçava todos os tempos e lugares; numa palavra, que ele era a vida eterna. [...] A minha vocação, descobri enfim, é o amor.

Sexta-feira, dia 22 de Abril de 2016

Sexta-feira da 4.ª semana da Páscoa

Santo do dia : S. Sotero, papa, mártir, +174, Santa Senhorinha, virgem, +982

Livro dos Actos dos Apóstolos 13,26-33.
Naqueles dias, disse Paulo na sinagoga de Antioquia da Pisídia: «Irmãos, descendentes de Abraão e todos vós que temeis a Deus, a nós foi dirigida esta palavra da salvação.
Na verdade, os habitantes de Jerusalém e os seus chefes não quiseram reconhecer Jesus, mas, condenando-O, cumpriram as palavras dos Profetas que se lêem cada sábado.
Embora não tivessem encontrado nada que merecesse a morte, pediram a Pilatos que O mandasse matar.
Cumprindo tudo o que estava escrito acerca d’Ele, desceram-no da cruz e depuseram-n’O no sepulcro.
Mas Deus ressuscitou-O dos mortos
e Ele apareceu durante muitos dias àqueles que tinham subido com Ele da Galileia a Jerusalém e são agora suas testemunhas diante do povo.
Nós vos anunciamos a boa nova de que a promessa feita a nossos pais,
Deus a cumpriu para nós, seus filhos, ressuscitando Jesus Cristo, como está escrito no salmo segundo: ‘Tu és meu Filho, Eu hoje Te gerei’».
Livro de Salmos 2,6-7.8-9.10-11.
«Fui Eu quem ungiu o meu Rei
sobre Sião, minha montanha sagrada».
Vou proclamar o decreto do Senhor.
Ele disse-me: «Tu és meu filho, Eu hoje te gerei.

Pede-me e te darei as nações por herança
e os confins da Terra para teu domínio.
Hás-de governá-los com ceptro de ferro,
quebrá-los como vasos de barro».

E agora, ó reis, tomai sentido,
atendei, vós que governais a Terra.
Servi o Senhor com Amor,
aclamai-O com reverência.

Evangelho segundo S. João 14,1-6.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Não se perturbe o vosso coração. Se acreditais em Deus, acreditai também em Mim.
Em casa de meu Pai há muitas moradas; se assim não fosse, Eu vos teria dito que vou preparar-vos um lugar?
Quando Eu for preparar-vos um lugar, virei novamente para vos levar comigo, para que, onde Eu estou, estejais vós também.
Para onde Eu vou, conheceis o caminho».
Disse-Lhe Tomé: «Senhor, não sabemos para onde vais: como podemos conhecer o caminho?»
Respondeu-lhe Jesus Cristo: «Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por Mim».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
Sermão 142
«Ninguém vai ao Pai senão por Mim.»
«Eu sou o caminho, a verdade e a vida.» Jesus Cristo parece dizer-nos: «Por onde queres passar? Eu sou o caminho. Onde queres chegar? Eu sou a verdade. Onde queres ficar? Eu sou a vida.» Caminhemos, pois em plena segurança por este caminho e, fora do caminho, tenhamos cuidado com as armadilhas. Porque dentro do caminho o inimigo não ousa atacar - o caminho é Jesus Cristo - mas fora do caminho monta os seus ardis. [...}
O nosso caminho é Jesus Cristo na sua humildade; Jesus Cristo verdade e vida é Jesus Cristo na sua grandeza, na sua divindade. Se seguires o caminho da humildade, chegarás ao Altíssimo; se, na tua fraqueza, não desprezares a humildade, permanecerás cheio de força no Altíssimo. Porque foi que Jesus Cristo tomou o caminho da humildade? Foi por causa da tua fraqueza que era um obstáculo intransponível; foi para te libertar dela que tão grande médico veio a ti. Tu não podias ir até ele; por isso, veio Ele até ti. Veio ensinar-te a humildade que é um caminho de regresso porque era o orgulho que nos impedia de retornar à vida que o mesmo orgulho nos tinha feito perder. [...]      
Assim, tornando-Se nosso caminho, Jesus Cristo grita-nos: «Entrai pela porta estreita!» (Mt 7,13). O homem esforça-se por entrar, mas o inchaço do orgulho impede-o de tal. Aceitemos o remédio da humildade, bebamos esse medicamento amargo, mas salutar. [...] O homem inchado de orgulho pergunta: «Como poderei entrar?» Jesus Cristo responde-lhe: «Eu sou o caminho, entra por Mim. Eu sou a porta (Jo 10,7), porque procuras noutro sítio?» Para que não te percas, Ele fez-Se tudo por ti e diz-te: «Sê humilde, sê manso» (Mt 11,29).      

Sábado, dia 23 de Abril de 2016

Sábado da 4.ª semana da Páscoa

Santo do dia : S. Jorge, mártir, +303, Santo Adalberto de Praga, bispo, mártir, +997

Livro dos Actos dos Apóstolos 13,44-52.
No segundo sábado em que Paulo e Barnabé estiveram em Antioquia da Pisídia, reuniu-se quase toda a cidade para ouvir a palavra de Deus.
Ao verem a multidão, os judeus encheram-se de inveja e responderam com blasfémias.
Corajosamente Paulo e Barnabé declararam: «Era a vós que devia ser anunciada primeiro a palavra de Deus. Uma vez, porém que a rejeitais e não vos julgais dignos da vida eterna, voltamo-nos para os gentios,
pois assim nos mandou o Senhor: ‘Fiz de ti a luz das nações, para levares a salvação até aos confins da Terra’».
Ao ouvirem estas palavras, os gentios encheram-se de alegria e glorificavam a palavra do Senhor. Todos os que estavam destinados à vida eterna abraçaram a fé
e a palavra do Senhor divulgava-se por toda a região.
Mas os judeus, instigando algumas senhoras piedosas mais distintas e os homens principais da cidade, desencadearam uma perseguição contra Paulo e Barnabé e expulsaram-nos do seu território.
Estes, sacudindo contra eles o pó dos seus pés, seguiram para Icónio.
Entretanto os discípulos estavam cheios de alegria e do Espírito Santo.
Livro de Salmos 98(97),1.2-3ab.3cd-4.
Cantai ao Senhor um cântico novo
pelas maravilhas que Ele operou.
A sua mão e o seu santo braço
Lhe deram a vitória.

O Senhor deu a conhecer a salvação,
revelou aos olhos das nações a sua justiça.
Recordou-Se da sua bondade e fidelidade
em favor da casa de Israel.

Os confins da Terra puderam ver
a salvação do nosso Deus.
Aclamai o Senhor, Terra inteira,
exultai de alegria e cantai.

Evangelho segundo S. João 14,7-14.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Se Me conhecêsseis, conheceríeis também o meu Pai. Mas desde agora já O conheceis e já O vistes».
Disse-Lhe Filipe: «Senhor, mostra-nos o Pai e isto nos basta».
Respondeu-lhe Jesus Cristo: «Há tanto tempo estou convosco e não Me conheces, Filipe? Quem Me vê, vê o Pai. Como podes tu dizer: ‘Mostra-nos o Pai’?
Não acreditas que Eu estou no Pai e o Pai está em Mim? As palavras que vos digo, não as digo por Mim próprio, mas é o Pai, permanecendo em Mim, que faz as obras.
Acreditai-Me: Eu estou no Pai e o Pai está em Mim. Acreditai ao menos pelas minhas obras.
Em verdade, em verdade vos digo: Quem acredita em Mim fará também as obras que Eu faço e fará obras ainda maiores porque Eu vou para o Pai.
E tudo quanto pedirdes em meu nome, Eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho.
Se pedirdes alguma coisa em meu nome, Eu a farei».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Orígenes (c. 185-253), presbítero, teólogo
A Oração, 31
«Tudo quanto pedirdes em meu nome, Eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho.»
Parece-me que quem se dispõe a orar deverá recolher-se e procurar preparar-se, para conseguir estar mais atento e concentrado durante a oração. Deve também afastar do seu pensamento a ansiedade e a perturbação e esforçar-se por recordar a grandeza de Deus, de quem se aproxima, considerando que será ímpio apresentar-se na sua presença sem a necessária atenção, sem algum esforço, mas com uma espécie de ligeireza; deve, enfim, rejeitar pensamentos excêntricos.
Ao começar a oração, devemos, digamos assim, apresentar o corpo celeste antes das mãos, erguer a Deus o espírito antes dos olhos, libertar o espírito da terra antes de o elevarmos para o oferecer ao Senhor do universo, enfim, depor quaisquer ressentimentos por ofensas que creiamos ter sofrido, se de facto desejamos que Deus esqueça o mal que cometemos contra Ele, contra os nossos semelhantes ou contra a boa razão.
Dado que podem ser muitas as atitudes do corpo, o gesto de erguer as mãos e os olhos aos céus deve claramente ser preferido a todos os outros para assim exprimirmos no corpo a imagem das disposições do corpo celeste durante a oração [...], mas as circunstâncias podem, por vezes, levar-nos a rezar sentados [...] ou mesmo deitados [...]. Por seu turno, a oração de joelhos torna-se necessária sempre que acusamos os nossos pecados diante de Deus e Lhe suplicamos que deles nos cure e nos absolva. Essa atitude é o símbolo da humilhação e da submissão de que fala Paulo quando escreve: «É por isso que eu dobro os joelhos diante do Pai, do qual recebe o nome toda a paternidade nos céus e na Terra» (Ef 3,14-15). Trata-se da genuflexão espiritual, assim chamada porque todas as criaturas adoram a Deus no nome de Jesus Cristo a Ele se submetem humildemente. O apóstolo Paulo parece fazer uma alusão a isso quando diz: «Para que, ao nome de Jesus, se dobrem todos os joelhos, os dos seres que estão no céu, na terra e debaixo da terra» (Fil 2,10). ).
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