sábado, 9 de abril de 2016

Cristianismo 151 até 09-04-2016




"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68

Domingo, dia 03 de Abril de 2016

2º Domingo da Páscoa (Divina Misericórdia) - Ano C

Pelas mãos dos Apóstolos, realizavam-se muitos milagres e prodígios entre o povo. Unidos pelos mesmos sentimentos, reuniam-se todos no Pórtico de Salomão
e, dos restantes, ninguém se atrevia a juntar-se a eles, mas o povo não cessava de os enaltecer.
Sempre em maior número, juntavam-se, em massa, homens e mulheres, acreditando no Senhor,
a tal ponto que traziam os doentes para as ruas e colocavam-nos em enxergas e catres, a fim de que, à passagem de Pedro, ao menos a sua sombra cobrisse alguns deles.
A multidão vinha também das cidades próximas de Jerusalém, transportando enfermos e atormentados por espíritos malignos e todos eram curados.
Livro de Salmos 118(117),2-4.22-24.25-27a.
Diga a casa de Israel:
é eterna a sua misericórdia.
Diga a casa de Aarão:
é eterna a sua misericórdia.
Digam os que adoram o Senhor:
é eterna a sua misericórdia.

A pedra que os construtores rejeitaram
tornou-se pedra angular.
Tudo isto veio do Senhor:
é admirável aos nossos olhos.
Este é o dia que o Senhor fez:
exultemos e cantemos de alegria.

Senhor, salvai os vossos servos,
Senhor, dai-nos a vitória.
Bendito o que vem em nome do Senhor,
da casa do Senhor nós Vos bendizemos.
O Senhor é Deus e fez brilhar sobre nós a sua luz.

Livro do Apocalipse 1,9-11a.12-13.17-19.
Eu, João, que sou vosso irmão e companheiro na perseguição, no Reino e na constância cristã, encontrava-me na ilha de Patmos por causa da Palavra de Deus e do testemunho de Jesus.
No dia do Senhor, o Espírito arrebatou-me e ouvi atrás de mim uma voz potente como de trombeta,
que dizia: «O que vais ver, escreve-o num livro e envia-o às sete igrejas: à de Éfeso, de Esmirna, de Pérgamo, de Tiatira, de Sardes, de Filadélfia e de Laodiceia.»
Voltei-me para ver de quem era a voz que me falava. E ao voltar-me, vi sete candelabros de ouro;
no meio dos candelabros, vi alguém com aparência humana; estava vestido de uma túnica comprida até aos pés e cingido com um cinto de ouro em torno do peito;
Ao vê-lo, caí como morto, a seus pés. Mas Ele colocou a mão direita sobre mim, dizendo: «Não tenhas medo! Eu sou o Primeiro e o Último (o Filho);
aquele que vive. Estive morto; mas, como vês, estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da Morte e do Abismo!
Escreve, pois as coisas que vês, as que estão a acontecer e as que vão acontecer depois destas.
Evangelho segundo S. João 20,19-31.
Na tarde daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas as portas da casa onde os discípulos se encontravam, com medo dos judeus, veio Jesus Cristo, apresentou-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco».
Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos ficaram cheios de alegria ao verem o Senhor.
Jesus Cristo disse-lhes de novo: «A paz esteja convosco. Assim como o Pai Me enviou também Eu vos envio a vós».
Dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo:
àqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados e àqueles a quem os retiverdes ser-lhes-ão retidos».
Tomé, um dos Doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus Cristo.
Disseram-lhe os outros discípulos: «Vimos o Senhor». Mas ele respondeu-lhes: «Se não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, se não meter o dedo no lugar dos cravos e a mão no seu lado, não acreditarei».
Oito dias depois, estavam os discípulos outra vez em casa e Tomé com eles. Veio Jesus Cristo, estando as portas fechadas, apresentou-Se no meio deles e disse: «A paz esteja convosco».
Depois disse a Tomé: «Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos; aproxima a tua mão e mete-a no meu lado e não sejas incrédulo, mas crente».
Tomé respondeu-Lhe: «Meu Senhor e meu Deus!».
Disse-lhe Jesus Cristo: «Porque Me viste acreditaste: felizes os que acreditam sem terem visto».
Muitos outros milagres fez Jesus Cristo na presença dos seus discípulos que não estão escritos neste livro.
Estes, porém foram escritos para acreditardes que Jesus é o Messias (= Cristo), o Filho (de Deus) e para que, acreditando, tenhais a vida em seu nome.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Beato Paulo VI (1897-1978), Papa de 1963 a 1978
Exortação apostólica Gaudete in Domino, sobre a alegria cristã
«Os discípulos encheram-se de alegria ao ver o Senhor.»
A alegria pascal não é a simples alegria de uma transfiguração possível; é a alegria da nova presença de Jesus Cristo ressuscitado que dispensa o Espírito Santo aos seus, a fim de permanecer com eles. O Espírito Paráclito é assim dado à Igreja como princípio inesgotável da sua alegria de Esposa de Jesus Cristo glorificado. O Espírito que procede do Pai e do Filho, que é o amor vivo e mútuo do Pai e do Filho, passa a ser comunicado ao povo da Nova Aliança e a todas as almas disponíveis para a sua acção íntima. Ele faz de nós sua morada, é o «Doce Hóspede da alma» (Veni Creator). Com Ele, o coração do homem é habitado pelo Pai e pelo Filho. Nessa habitação, o Espírito Santo suscita uma prece de amor filial que brota do mais fundo da alma e se exprime no louvor, nas acções de graças, na reparação e na súplica. Somos então capazes de saborear a alegria propriamente espiritual que é fruto do Espírito Santo (Gal 5,22).
Semelhante alegria caracteriza, desde logo, todas as virtudes cristãs. As humildes alegrias humanas que estão na nossa vida como sementes de uma realidade mais alta, são transfiguradas. Cá em baixo, a alegria espiritual será sempre acompanhada, numa ou noutra medida, da dolorosa prova da mulher que dá à luz e de um certo abandono aparente, semelhante ao abandono do órfão: choros e lamentações enquanto o mundo ostenta uma satisfação perversa. Mas a tristeza dos discípulos que é segundo Deus e não segundo o mundo, em breve será transformada numa alegria espiritual que ninguém poderá tirar-lhes (Jo 16,20-22).




 Segunda-feira, dia 04 de Abril de 2016

ANUNCIAÇÃO DO SENHOR, solenidade

Naqueles dias, o Senhor mandou ao rei Acaz a seguinte mensagem:
«Pede um sinal ao Senhor teu Deus quer nas profundezas do abismo quer lá em cima nas alturas».
Acaz respondeu: «Não pedirei, não porei o Senhor à prova».
Então Isaías disse: «Escutai, casa de David: Não vos basta que andeis a molestar os homens para quererdes também molestar o Senhor Deus?
Por isso, o próprio Senhor vos dará um sinal: a virgem conceberá e dará à luz um filho e o seu nome será ‘Emanuel’
porque Deus está connosco».
Livro de Salmos 40(39),7-8a.8b-9.10.11.
Não Vos agradaram sacrifícios nem oblações,
mas abristes-me os ouvidos;
não pedistes holocaustos nem expiações,
então clamei: «Aqui estou».

«De mim está escrito no livro da Lei
que faça a vossa vontade.
Assim o quero, ó Senhor Deus,
a vossa lei está no meu coração».

«Proclamei a justiça na grande assembleia,
não fechei os meus lábios, Senhor, bem o sabeis.
Não escondi a justiça no fundo do coração,
proclamei a vossa bondade e fidelidade».

Carta aos Hebreus 10,4-10.
Irmãos: É impossível que o sangue de touros e cabritos perdoe os pecados.
Por isso, ao entrar no mundo, Jesus Cristo disse: «Não quiseste sacrifícios nem oblações, mas formaste-Me um corpo.
Não Te agradaram holocaustos nem imolações pelo pecado.
Então Eu disse: ‘Eis-Me aqui; no livro sagrado está escrito a meu respeito: Eu venho, ó Deus, para fazer a tua vontade’».
Primeiro disse: «Não quiseste sacrifícios nem oblações, não Te agradaram holocaustos nem imolações pelo pecado». E no entanto, eles são oferecidos segundo a Lei.
Depois acrescenta: «Eis-Me aqui: Eu venho para fazer a tua vontade». Assim aboliu o primeiro culto para estabelecer o segundo.
É em virtude dessa vontade que nós fomos santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita de uma vez para sempre.
Evangelho segundo S. Lucas 1,26-38.
Naquele tempo, o Anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia chamada Nazaré,
a uma Virgem desposada com um homem chamado José que era descendente de David. O nome da Virgem era Maria.
Tendo entrado onde ela estava, disse o Anjo: «Ave, cheia de graça, o Senhor está contigo».
Ela ficou perturbada com estas palavras e pensava que saudação seria aquela.
Disse-lhe o Anjo: «Não temas, Maria, porque encontraste graça diante de Deus.
Conceberás e darás à luz um Filho, a quem porás o nome de Jesus.
Ele será grande e chamar-Se-á Filho do Altíssimo. O Senhor Deus Lhe dará o trono de seu pai David;
reinará eternamente sobre a casa de Jacob e o seu reinado não terá fim».
Maria disse ao Anjo: «Como será isto, se eu não conheço homem?».
O Anjo respondeu-lhe: «O Espírito Santo virá sobre ti e a força do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra. Por isso o Santo que vai nascer será chamado Filho de Deus.
E a tua parenta Isabel concebeu também um filho na sua velhice e este é o sexto mês daquela a quem chamavam estéril
porque a Deus nada é impossível».
Maria disse então: «Eis a escrava do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Santa Catarina de Sena (1347-1380), terceira dominicana, doutora da Igreja, copadroeira da Europa
Oração de 25 de Março 1379
«O Omnipotente fez em mim maravilhas» (Lc 1,49)
Maria, templo da Trindade, lar do fogo divino, Mãe de misericórdia [...], tu és o tronco novo (Is 11,1) que produziu a flor que inebria o mundo, o Verbo, o Filho único de Deus. Foi em ti, terra fecunda, que este verbo foi semeado (Mt 13,3s). Tu escondeste o fogo na cinza da nossa humanidade. Vaso de humildade onde arde a luz da verdadeira sabedoria [...], pelo fogo do teu amor, pela chama da tua humildade, atraíste a ti e para nós o Pai eterno. [...]
Graças a esta luz, ó Maria, não foste como as virgens insensatas (Mt 25,1s), mas estavas cheia da virtude da prudência. Foi por isso que quiseste saber como se poderia cumprir o que o anjo te anunciava. Tu sabias que «a Deus nada é impossível» e não tinhas qualquer dúvida sobre isso; então porque disseste: «eu não conheço homem»?
Não era a fé que te faltava; foi a tua humildade profunda que te fez dizê-lo. Não duvidavas do poder de Deus, mas consideravas-te indigna de tão grande prodígio. Se te perturbaste com a palavra do anjo, não foi por medo. À luz do próprio Deus, parece-me que foi mais por admiração. E que admiravas tu, ó Maria, senão a imensidade da bondade de Deus? Olhando para ti própria, julgavas-te indigna daquela graça e ficaste estupefacta. A tua pergunta é a prova da tua humildade. Não estavas cheia de medo, mas unicamente de admiração diante da imensa bondade de Deus, comparada com a tua pequenez, com a tua humilde condição.

Terça-feira, dia 05 de Abril de 2016

Terça-feira da 2ª semana da Páscoa

Santo do dia : S. Vicente Ferrer, presbítero, +1419, Santa Irene, virgem, séc. IV

Livro dos Actos dos Apóstolos 4,32-37.
A multidão dos que haviam abraçado a fé tinha um só coração e uma só alma; ninguém considerava seu o que lhe pertencia, mas tudo entre eles era comum.
Os Apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus Cristo com grande poder e gozavam todos de muita simpatia.
Não havia entre eles qualquer necessitado porque todos os que possuíam terras ou casas vendiam-nas e traziam o produto das vendas
que depunham aos pés dos Apóstolos e distribuía-se então a cada um conforme a sua necessidade.
José, um levita natural de Chipre, a quem os Apóstolos chamaram Barnabé —que quer dizer «Filho da Consolação»
possuía um campo. Vendeu-o e trouxe o dinheiro que depositou aos pés dos Apóstolos.
Livro de Salmos 93(92),1ab.1c-2.5.
O Senhor é rei,
revestiu-Se de majestade,
revestiu-Se e cingiu-Se de poder.

Firmou o universo que não vacilará.
É firme o vosso trono desde sempre,
Vós existis desde toda a eternidade.

Os vossos testemunhos são dignos de toda a fé,
a santidade habita na vossa casa,
por todo o sempre.


Evangelho segundo S. João 3,7b-15.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo a Nicodemos: «Não te admires por Eu te haver dito que todos devem nascer de novo.
O vento sopra onde quer: ouves a sua voz, mas não sabes donde vem nem para onde vai. Assim acontece com todo aquele que nasceu do Espírito».
Nicodemos perguntou: «Como pode ser isso?»
Jesus Cristo respondeu-lhe: «Tu és mestre em Israel e não sabes estas coisas?
Em verdade, em verdade te digo: Nós falamos do que sabemos e damos testemunho do que vimos, mas vós não aceitais o nosso testemunho.
Se vos disse coisas da Terra e não acreditais, como haveis de acreditar, se vos disser coisas do Céu?
Ninguém subiu ao Céu, senão Aquele que desceu do Céu: o Filho (do homem).
Assim como Moisés elevou a serpente no deserto também o Filho do homem será elevado,
para que todo aquele que acredita tenha n’Ele a vida eterna.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Santo Hilário (c. 315-367), bispo de Poitiers, doutor da Igreja
A Trindade, 12, 55s; PL 10, 472
«Não sabes donde vem nem para onde vai.»
Deus todo poderoso, o apóstolo Paulo diz que o teu Espírito Santo «perscruta e conhece as profundezas do teu ser» (1Cor 2,10-11) e intercede por mim, falando-Te em meu lugar com «gemidos inefáveis» (Rom 8, 26). [...] Não há nada exterior a Ti capaz de sondar o teu mistério, nada estranho a Ti que tenha poder para medir a profundidade da tua majestade infinita. Tudo o que penetra em Ti provém de Ti; nada do que é exterior a Ti tem o poder de Te sondar. [...]
Creio firmemente que o teu Espírito Santo vem de Ti pelo teu Filho único; ainda que não compreenda este mistério, tenho dele uma profunda convicção. É que, nas realidades espirituais que são o teu domínio, o meu espírito é limitado como assegura o teu Filho único: «Não te admires por te dizer: "Tens de nascer do alto"; pois o Espírito sopra onde quer; tu ouves a sua voz, mas não sabes nem de onde vem nem para onde vai. Assim acontece a quem nascer da água e do Espírito».
Creio no meu novo nascimento sem o compreender e recorro à fé para aquilo que me escapa. Sei que tenho o poder de renascer, mas não sei como isso acontece. Nada limita o Espírito. Ele fala quando quer, diz o que quer e onde quer. A razão da sua partida e da sua chegada permanece desconhecida para mim, mas tenho a convicção profunda da sua presença.

Quarta-feira, dia 06 de Abril de 2016

Quarta-feira da 2ª semana da Páscoa

Santo do dia : S. Marcelino de Cartago, pai de família, mártir, +411, S. Celestino I, papa, +432

Livro dos Actos dos Apóstolos 5,17-26.
Naqueles dias, o sumo sacerdote e todo o seu grupo, isto é, o partido dos saduceus, enfurecidos contra os Apóstolos,
mandaram-nos prender e meteram-nos na cadeia pública.
Mas durante a noite, o Anjo do Senhor abriu as portas da prisão, levou-os para fora e disse-lhes:
«Ide apresentar-vos no templo, a anunciar ao povo todas estas palavras de vida».
Tendo ouvido isto, eles entraram no templo de madrugada e começaram a ensinar. Entretanto chegou o sumo sacerdote com o seu grupo. Convocaram o Sinédrio e todo o Senado dos israelitas e mandaram buscar os Apóstolos à cadeia.
Os guardas foram lá, mas não os encontraram na prisão e voltaram para avisar:
«Encontrámos a cadeia fechada com toda a segurança e os guardas de sentinela à porta. Abrimo-la, mas não encontrámos ninguém lá dentro».
Ao ouvirem estas palavras, o comandante do templo e os príncipes dos sacerdotes ficaram muito perplexos, perguntando entre si o que se tinha passado com os presos.
Entretanto veio alguém comunicar-lhes: «Os homens que metestes na cadeia estão no templo a ensinar o povo».
Então o comandante do templo foi lá com os guardas e trouxe os Apóstolos, mas sem violência porque tinham receio de serem apedrejados pelo povo.
Livro de Salmos 34(33),2-3.4-5.6-7.8-9.
A toda a hora bendirei o Senhor,
o seu louvor estará sempre na minha boca.
A minha alma gloria-se no Senhor:
escutem e alegrem-se os humildes.

Enaltecei comigo ao Senhor
e exaltemos juntos o seu nome.
Procurei o Senhor e Ele atendeu-me,
libertou-me de toda a ansiedade.

Voltai-vos para Ele e ficareis radiantes,
o vosso rosto não se cobrirá de vergonha.
Este pobre clamou e o Senhor o ouviu,
salvou-o de todas as angústias.

O Anjo do Senhor protege os que O adoram
e defende-os dos perigos.
Saboreai e vede como o Senhor é bom:
feliz o homem que n’Ele se refugia.

Evangelho segundo S. João 3,16-21.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo a Nicodemos: «Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho Unigénito para que todo o homem (e mulher) que acredita n’Ele não pereça, mas tenha a vida eterna.
Porque Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele».
Quem acredita n’Ele não é condenado, mas quem não acredita já está condenado porque não acreditou no nome do Filho Unigénito de Deus.
E a causa da condenação é esta: a luz veio ao mundo e os homens amaram mais as trevas do que a luz porque eram más as suas obras.
Todo aquele que pratica más acções odeia a luz e não se aproxima dela para que as suas obras não sejam denunciadas.
Mas quem pratica a verdade aproxima-se da luz para que as suas obras sejam manifestas, pois são feitas em Deus».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Santo António de Lisboa (c. 1195-1231), franciscano, doutor da Igreja
Sermões para os domingos e festas dos santos
«Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho Unigénito»
O Pai enviou-nos o seu Filho, que é «o melhor dom, o dom perfeito» (Tg 1,17). O melhor dom que nada ultrapassa; o dom perfeito, ao qual nada se pode acrescentar. Jesus Cristo é o melhor dom porque Aquele que o Pai assim nos dá é o seu Filho, soberano, eterno como Ele. Jesus Cristo é o dom perfeito; tal como diz o apóstolo Paulo, «com Ele, Deus deu-nos tudo» (Rom 8,32). [...] Deu-nos Aquele «que é a cabeça da Igreja» (Ef 5,23). Não podia dar-nos mais. Jesus Cristo é o dom perfeito porque, quando no-Lo deu, o Pai levou, através dele, todas as coisas à sua perfeição.
«O Filho do homem», diz S. Mateus, «veio salvar o que estava perdido» (18,11). É por isso que a Igreja exclama: «Cantai ao Senhor um cântico novo» (Sl 97,1) como que para dizer: Fiéis, a quem o Filho (do homem = figura de homem) salvou e renovou, cantai um cântico novo porque deveis «rejeitar tudo o que é antigo, agora que os frutos novos vos são dados» (Lv 26,10). Cantai porque o Pai «fez maravilhas» (Sl 97,1) quando nos enviou o dom perfeito, o seu Filho. «Diante das nações, fez erguer a sua justiça» (Sl 97,2) quando nos deu o dom perfeito, o seu Filho único, que justifica as nações e realiza a perfeição de todas as coisas.

Quinta-feira, dia 07 de Abril de 2016

Quinta-feira da 2ª semana da Páscoa

Naqueles dias, o comandante do templo e os guardas trouxeram os Apóstolos e fizeram-nos comparecer diante do Sinédrio. O sumo sacerdote interpelou-os, dizendo:
«Já vos proibimos formalmente de ensinar em nome de Jesus e vós encheis Jerusalém com a vossa doutrina e quereis fazer recair sobre nós o sangue desse homem».
Pedro e os Apóstolos responderam: «Deve-se obedecer antes a Deus que aos homens.
O Deus dos nossos pais ressuscitou Jesus, a quem vós destes a morte, suspendendo-O no madeiro.
Deus exaltou-O pelo seu poder, como Chefe e Salvador, a fim de conceder a Israel o arrependimento e o perdão dos pecados.
E nós somos testemunhas destes factos, nós e o Espírito Santo que Deus tem concedido àqueles que Lhe obedecem».
Exasperados com esta resposta, decidiram dar-lhes a morte.
Livro de Salmos 34(33),2.9.17-18.19-20.
A toda a hora bendirei o Senhor,
o seu louvor estará sempre na minha boca.
Saboreai e vede como o Senhor é bom:
feliz o homem que n’Ele se refugia.

A face do Senhor volta-se contra os que fazem o mal
para apagar da Terra a sua memória.
Os justos clamaram e o Senhor os ouviu,
livrou-os de todas as suas angústias.

O Senhor está perto dos que têm o coração atribulado
e salva os de ânimo abatido.
Muitas são as tribulações do justo,
mas de todas elas o livra o Senhor.

Evangelho segundo S. João 3,31-36.
«Aquele que vem do alto está acima de todos; quem é da terra, à terra pertence e da terra fala.
Aquele que vem do Céu dá testemunho do que viu e ouviu; mas ninguém recebe o seu testemunho.
Quem recebe o seu testemunho confirma que Deus é verdadeiro.
De facto, Aquele que Deus enviou diz palavras de Deus porque Deus dá o Espírito sem medida.
O Pai ama o Filho e entregou tudo nas suas mãos.
Quem acredita no Filho tem a vida eterna. Quem se recusa a acreditar no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Afraate (?-c. 345), monge e bispo de Nínive, perto de Mossul
Exposições, nº 6
«Dá o Espírito sem medida»
Quando, a partir de uma fogueira, acendes outras fogueiras em vários locais, a primeira nem por isso diminui de intensidade. [...] O mesmo acontece com Deus e o seu Messias que são um só, permanecendo embora na multiplicidade dos homens. O sol também não diminui de intensidade pelo facto de a sua potência se difundir sobre a Terra. E quão maior é a força de Deus, dado que é pela força de Deus que o sol subsiste. [...]
Moisés tinha dificuldade em conduzir sozinho o campo de Israel; então o Senhor disse-lhe: «Reúne junto de ti setenta homens entre os ancião de Israel. [...] Então retirarei parte do espírito que está sobre ti a fim de o pôr sobre eles» (Num 11,16-17). Quando retirou parte do espírito de Moisés e os setenta homens ficaram cheios dele, o de Moisés diminuiu de intensidade? Alguém se apercebeu de que ele tivesse menos espírito? Também o bem-aventurado Paulo diz que Deus partilhou o Espírito do Cristo-Messias e O enviou aos profetas [do Novo Testamento] (1Cor 12,11.28). Mas o Messias nem por isso ficou lesado porque o Pai deu-Lhe o Espírito sem medida.
É neste sentido que o Cristo-Messias habita nos crentes. E em nada é lesado por ser partilhado com a multidão porque foi o Espírito de Cristo que os profetas receberam na medida em que cada um podia tê-Lo em si. E ainda hoje é este mesmo Espírito do Messias que é derramado sobre toda a carne, para que homens e mulheres, jovens e velhos, servos e servas profetizem (Jl 3,1; Act 2,17). O Messias está em nós e está no céu, à direita do Pai. Ele não recebeu o Espírito com limitações; pelo contrário, o Pai amou-O e tudo entregou nas suas mãos, dando-Lhe poder sobre todos os seus tesouros. [...] O próprio Senhor o diz: «Tudo Me foi entregue por Meu Pai» (Mt 11,27). [...] E o apóstolo Paulo conclui: «Quando se diz que tudo Lhe está sujeito, é claro que se exceptua Aquele que Lhe sujeitou todas as coisas. E quando tudo Lhe estiver sujeito então também o próprio Filho Se submeterá Àquele que tudo Lhe submeteu, a fim de que Deus seja tudo em todos» (1Cor 15,27-28).

Sexta-feira, dia 08 de Abril de 2016

Sexta-feira da 2ª semana da Páscoa

Naqueles dias, levantou-se um homem no Sinédrio, um fariseu chamado Gamaliel, doutor da Lei venerado por todo o povo, e mandou sair os Apóstolos por uns momentos.
Depois disse: «Israelitas, tende cuidado com o que ides fazer a estes homens.
Há tempos, apareceu Teudas que dizia ser alguém e seguiram-no cerca de quatrocentos homens. Ele foi liquidado e todos os seus partidários foram destroçados e reduzidos a nada.
Depois dele, nos dias do recenseamento, apareceu Judas, o Galileu, que arrastou o povo atrás de si. Também ele pereceu e todos os seus partidários foram dispersos.
Agora vou dar-vos um conselho: Não vos metais com estes homens: deixai-os. Porque se esta iniciativa ou esta obra, vem dos homens, acabará por si mesma.
Mas se vem de Deus, não podereis destruí-la e correis o risco de lutar contra Deus». Eles aceitaram o seu conselho.
Chamaram de novo os Apóstolos à sua presença e, depois de os terem mandado açoitar, proibiram-nos falar no nome de Jesus e soltaram-nos.
Os Apóstolos saíram da presença do Sinédrio cheios de alegria por terem merecido serem ultrajados por causa do nome de Jesus.
E todos os dias, no templo e nas casas, não cessavam de ensinar e anunciar a boa nova de que Jesus era o Messias (= Jesus Cristo).
Livro de Salmos 27(26),1.4.13-14.
O Senhor é minha luz e salvação:
a quem hei-de temer?
O Senhor é protector da minha vida:
de quem hei-de ter medo?

Uma coisa peço ao Senhor, por ela anseio:
habitar na casa do Senhor todos os dias da minha vida
para gozar da suavidade do Senhor
e visitar o seu santuário.

Espero vir a contemplar a bondade do Senhor
na terra dos vivos.
Confia no Senhor, sê forte.
Tem coragem e confia no Senhor.

Evangelho segundo S. João 6,1-15.
Naquele tempo, Jesus Cristo partiu para o outro lado do mar da Galileia ou de Tiberíades.
Seguia-O numerosa multidão por ver os milagres que Ele realizava nos doentes.
Jesus Cristo subiu a um monte e sentou-Se aí com os seus discípulos.
Estava próxima a Páscoa, a festa dos judeus.
Erguendo os olhos e vendo que uma grande multidão vinha ao seu encontro, Jesus Cristo disse a Filipe: «Onde havemos de comprar pão para lhes dar de comer?».
Dizia isto para o experimentar, pois Ele bem sabia o que ia fazer.
Respondeu-Lhe Filipe: «Duzentos denários de pão não chegam para dar um bocadinho a cada um».
Disse-Lhe um dos discípulos, André, irmão de Simão Pedro:
«Está aqui um rapazito que tem cinco pães de cevada e dois peixes. Mas que é isso para tanta gente?».
Jesus Cristo respondeu: «Mandai-os sentar». Havia muita erva naquele lugar e os homens sentaram-se em número de uns cinco mil (só os homens).
Então Jesus Cristo tomou os pães, deu graças e distribuiu-os aos que estavam sentados, fazendo o mesmo com os peixes e comeram quanto quiseram.
Quando ficaram saciados, Jesus Cristo disse aos discípulos: «Recolhei os bocados que sobraram para que nada se perca».
Recolheram-nos e encheram doze cestos com os bocados dos cinco pães de cevada que sobraram aos que tinham comido.
Quando viram o milagre que Jesus Cristo fizera, aqueles homens começaram a dizer: «Este é, na verdade, o Profeta que estava para vir ao mundo».
Mas Jesus Cristo, sabendo que viriam buscá-l’O para O fazerem rei, retirou-Se novamente sozinho para o monte.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Santo Alberto Magno (c. 1200-1280), dominicano
Livro sobre o sacramento
«Jesus Cristo tomou os pães, deu graças e distribuiu-os aos que estavam sentados.»
Senhor, lavados e purificados no mais profundo de nós mesmos, vivificados pelo teu Espírito Santo, saciados pela tua Eucaristia, faz com que tenhamos parte na graça que receberam os santos apóstolos e os discípulos, eles que receberam o sacramento das tuas mãos. Desenvolve em nós a solicitude e a diligência para Te seguirmos como membros teus (1Cor 12,27), para que sejamos dignos de receber de Ti o sentido e a experiência do teu alimento espiritual. Desenvolve em nós o zelo de Pedro para destruirmos toda a vontade que seja contrária à tua (Jo 18,10), esse zelo que Pedro concebeu durante a Ceia. [...] Desenvolve em nós a paz interior, a resolução e a alegria que foram saboreadas por João, quando se inclinou sobre o teu peito (Jo 13,25); que assim possamos usufruir da tua sabedoria, que tomemos o gosto da tua doçura, da tua bondade. Desenvolve em nós a rectidão da fé, uma esperança firme e uma caridade perfeita.
Pela intercessão de todos os santos apóstolos e dos teus bem-aventurados discípulos, faz com que recebamos da tua mão o sacramento e evitemos perseverantemente a traição de Judas e inspira ao nosso espírito o que o teu Espírito inspirou aos santos que estão já no céu, realizando em si mesmos a perfeição da beatitude. Concede-nos tudo isto, Tu que vives e reinas com o Pai na unidade do mesmo Espírito, desde antes de todo o começo e muito para além dos séculos. Ámen.

Sábado, dia 09 de Abril de 2016

Sábado da 2ª semana da Páscoa

Santo do dia : Santo Acácio de Amida, bispo, séc. V, Beata Celestina Faron, mártir, 1944

Livro dos Actos dos Apóstolos 6,1-7.
Naqueles dias, aumentando o número dos discípulos, os helenistas começaram a murmurar contra os hebreus porque no serviço diário não se fazia caso das suas viúvas.
Então os Doze convocaram a assembleia dos discípulos e disseram: «Não convém que deixemos de pregar a palavra de Deus para servirmos às mesas.
Escolhei entre vós, irmãos, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, para lhes confiarmos esse cargo.
Quanto a nós, vamos dedicar-nos à oração e ao ministério da palavra».
A proposta agradou a toda a assembleia e escolheram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Parmenas e Nicolau, prosélito de Antioquia.
Apresentaram-nos aos Apóstolos e estes oraram e impuseram as mãos sobre eles.
A palavra de Deus ia-se divulgando cada vez mais; o número dos discípulos aumentava consideravelmente em Jerusalém e também obedecia à fé grande número de sacerdotes.

Livro de Salmos 33(32),1-2.4-5.18-19.
Justos, aclamai o Senhor,
os corações rectos devem louvá-l’O.
Louvai o Senhor com a cítara,
cantai-Lhe salmos ao som da harpa.

A palavra do Senhor é recta,
da fidelidade nascem as suas obras.
Ele ama a justiça e a rectidão:
a Terra está cheia da bondade do Senhor.

Os olhos do Senhor estão voltados para os que O adoram,
para os que esperam na sua bondade
para os libertar da morte
e os alimentar no tempo da fome.

Evangelho segundo S. João 6,16-21.
Ao cair da tarde, os discípulos de Jesus Cristo desceram até junto do mar,
subiram para um barco e seguiram para a outra margem, em direcção a Cafarnaum. Já fazia escuro e Jesus Cristo ainda não tinha ido ter com eles.
Como o vento soprava forte, o mar ia-se encrespando.
Tendo eles remado duas e meia a três milhas, viram Jesus Cristo aproximar-Se do barco, caminhando sobre o mar e tiveram medo.
Mas Jesus Cristo disse-lhes: «Sou Eu. Não temais».
Quiseram então recebê-l’O no barco mas logo o barco chegou à terra para onde se dirigiam.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São Clemente de Alexandria (150-c. 215), teólogo
O Pedagogo, III, 12, 101
«Logo o barco chegou à terra para onde se dirigiam.»
Oremos ao Verbo, a Palavra de Deus: sê propício aos teus filhos, Mestre, Pai, Guia de Israel, Filho e Pai, um e dois em simultâneo, Senhor! Permite-nos, uma vez que obedecemos aos teus mandamentos, que alcancemos a plena semelhança da imagem (Gn 1,26), que compreendamos segundo as nossas forças o Deus da bondade, o juiz benévolo. Oferece-nos Tu próprio que vivamos na tua paz, que sejamos transportados para a tua cidade, que atravessemos sem soçobrar as tempestades do pecado, que sejamos levados por sobre águas calmas pelo Espírito Santo, a Sabedoria inexprimível. Possibilita-nos cantar de noite e de dia, até ao último dia, louvores e acções de graças ao Deus Único, Pai e Filho, Filho e Pai, Filho, Pedagogo (1Cor 4,15) e Mestre, e também ao Espírito Santo.
Tudo pertence ao Único Deus, Àquele que é tudo, por quem tudo é um, por quem existe a eternidade, de que todos somos membros (1Cor 12,27). A Ele pertencem a glória e os séculos; tudo pertence ao Bom, tudo ao Belo, tudo ao Sábio, tudo ao Justo! A Ele a glória, agora e pelos séculos, Ámen!
©


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