sábado, 16 de abril de 2016

Cristianismo 152 até 16-04-2016



"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68

Domingo, dia 10 de Abril de 2016

3º Domingo da Páscoa - Ano C

Naqueles dias, o sumo sacerdote falou aos Apóstolos, dizendo:
«Já vos proibimos formalmente de ensinar em nome de Jesus e vós encheis Jerusalém com a vossa doutrina e quereis fazer recair sobre nós o sangue desse homem».
Pedro e os Apóstolos responderam: «Deve-se obedecer antes a Deus do que aos homens.
O Deus dos nossos pais ressuscitou Jesus, a quem vós destes a morte, suspendendo-O no madeiro.
Deus exaltou-O pelo seu poder como Chefe e Salvador, a fim de conceder a Israel o arrependimento e o perdão dos pecados.
E nós somos testemunhas destes factos, nós e o Espírito Santo que Deus tem concedido àqueles que Lhe obedecem».
Então os judeus mandaram açoitar os Apóstolos, intimando-os a não falarem no nome de Jesus e depois soltaram-nos.
Os Apóstolos saíram da presença do Sinédrio cheios de alegria por terem merecido serem ultrajados por causa do nome de Jesus.
Livro de Salmos 30(29),2.4.5-6.11.12a.13b.
Eu Vos glorifico, Senhor, porque me salvastes
e não deixastes que de mim se regozijassem os inimigos.
Tirastes a minha alma da mansão dos mortos,
vivificastes-me para não descer à cova.
Cantai salmos ao Senhor, vós os seus fiéis,

e louvai o seu nome santo.
A sua ira dura apenas um momento
e a sua benevolência a vida inteira.
Ao cair da noite vêm as lágrimas

e ao amanhecer volta a alegria.
Ouvi, Senhor, e tende compaixão de mim,
Senhor, sede Vós o meu auxílio.
Vós convertestes em júbilo o meu pranto:

Senhor, meu Deus, eu Vos louvarei eternamente.

Livro do Apocalipse 5,11-14.
Eu, João, na visão que tive, ouvi a voz de muitos Anjos, que estavam em volta do trono, dos Seres Vivos e dos Anciãos. Eram miríades de miríades e milhares de milhares
que diziam em alta voz: «Digno é o Cordeiro que foi imolado de receber o poder e a riqueza, a sabedoria e a força, a honra, a glória e o louvor».
E ouvi todas as criaturas que há no céu, na terra, debaixo da terra e no mar e o universo inteiro, exclamarem: «Àquele que está sentado no trono e ao Cordeiro o louvor e a honra, a glória e o poder pelos séculos dos séculos».
Os quatro Seres Vivos (o leão, a águia,  ) diziam: «Ámen!» e os Anciãos prostraram-se em adoração.
Evangelho segundo S. João 21,1-19.
Naquele tempo, Jesus Cristo manifestou-Se outra vez aos seus discípulos, junto do mar de Tiberíades. Manifestou-Se deste modo:
Estavam juntos Simão Pedro e Tomé, chamado Dídimo, Natanael que era de Caná da Galileia, os filhos de Zebedeu e mais dois discípulos de Jesus Cristo.
Disse-lhes Simão Pedro: «Vou pescar». Eles responderam-lhe: «Nós vamos contigo». Saíram de casa e subiram para o barco, mas naquela noite não apanharam nada.
Ao romper da manhã, Jesus Cristo apresentou-Se na margem, mas os discípulos não sabiam que era Ele.
Disse-lhes Jesus Cristo: «Rapazes, tendes alguma coisa de comer?». Eles responderam: «Não».
Disse-lhes Jesus Cristo: «Lançai a rede para a direita do barco e encontrareis». Eles lançaram a rede e já mal a podiam arrastar por causa da abundância de peixes.
O discípulo predilecto de Jesus Cristo disse a Pedro: «É o Senhor». Simão Pedro, quando ouviu dizer que era o Senhor, vestiu a túnica que tinha tirado e lançou-se ao mar.
Os outros discípulos que estavam apenas a uns duzentos côvados da margem, vieram no barco, puxando a rede com os peixes.
Quando saltaram para terra, viram brasas acesas com peixe em cima e pão.
Disse-lhes Jesus Cristo: «Trazei alguns dos peixes que apanhastes agora».
Simão Pedro subiu ao barco e puxou a rede para terra, cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes e, apesar de serem tantos, não se rompeu a rede.
Disse-lhes Jesus Cristo: «Vinde comer». Nenhum dos discípulos se atrevia a perguntar-Lhe: «Quem és Tu?» porque bem sabiam que era o Senhor.
Jesus Cristo aproximou-Se, tomou o pão e deu-lho, fazendo o mesmo com os peixes.
Esta foi a terceira vez que Jesus Cristo Se manifestou aos seus discípulos, depois de ter ressuscitado dos mortos.
Depois de comerem, Jesus Cristo perguntou a Simão Pedro: «Simão, filho de João, tu amas-Me mais do que estes?». Ele respondeu-Lhe: «Sim, Senhor, Tu sabes que Te amo». Disse-lhe Jesus Cristo: «Apascenta os meus cordeiros».
Voltou a perguntar-lhe segunda vez: «Simão, filho de João, tu amas-Me?». Ele respondeu-Lhe: «Sim, Senhor, Tu sabes que Te amo». Disse-lhe Jesus Cristo: «Apascenta as minhas ovelhas».
Perguntou-lhe pela terceira vez: «Simão, filho de João, tu amas-Me?». Pedro entristeceu-se por Jesus Cristo lhe ter perguntado pela terceira vez se O amava e respondeu-Lhe: «Senhor, Tu sabes tudo, bem sabes que Te amo». Disse-lhe Jesus Cristo: «Apascenta as minhas ovelhas. (porquê três vezes? Porque três vezes o negou; porque, quando se afirma algo pela terceira vez, é definitivo, sem dúvidas…)
Em verdade, em verdade te digo: Quando eras mais novo, tu mesmo te cingias e andavas por onde querias; mas quando fores mais velho, estenderás a mão e outro te cingirá e te levará para onde não queres».
Jesus Cristo disse isto para indicar o género de morte com que Pedro havia de dar glória a Deus. Dito isto, acrescentou: «Segue-Me».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São João Paulo II (1920-2005), Papa
Homilia em Paris 30/05/80 (© Libreria Editrice Vaticana)
«Tu amas-Me?»
«Tu amas? [...] Tu amas-Me?» (porquê? Porque o universo de Deus, o universo do Bem é do Amor, dos afectos; por isso é tão importante saber esta resposta) Pedro havia de caminhar para sempre, até ao fim da sua vida, acompanhado por esta tripla pergunta: «Tu amas-Me?» E mediu todas as suas actividades de acordo com a resposta que então deu. Quando foi convocado perante o Sinédrio. Quando foi metido na prisão em Jerusalém, prisão de onde não devia sair e da qual contudo saiu. E [...] em Antioquia e depois ainda mais longe, de Antioquia para Roma. E quando, em Roma, perseverou até ao fim dos seus dias, conheceu a força das palavras segundo as quais um Outro o conduziu para onde ele não queria. E sabia também que, graças à força dessas palavras, a Igreja «era assídua ao ensino dos apóstolos e à união fraterna, à fracção do pão e à oração» e que «o Senhor adicionava diariamente à comunidade os que seriam salvos» (Act 2, 42.48). [...]
Pedro não pode nunca desligar-se desta pergunta: «Tu amas-Me?» Leva-a consigo para onde quer que vá. Leva-a através dos séculos, através das gerações. Para o meio de novos povos e de novas nações. Para o meio de línguas e de raças sempre novas. Leva-a sozinho e, contudo já não está só. Outros a levam com ele. [...] Houve e há muitos homens e mulheres que souberam e que sabem ainda hoje que a sua vida tem valor e sentido exclusivamente na medida em que é uma resposta a esta mesma pergunta: «Tu amas? Tu amas-Me?» Eles deram e dão a sua resposta de maneira total e perfeita – uma resposta heróica – ou então de maneira comum, banal. Em qualquer dos casos, sabem que a sua vida, que a vida humana em geral, tem valor e sentido graças a esta pergunta: «Tu amas-Me?» É somente graças (à resposta) a esta pergunta que vale a pena viver.


Segunda-feira, dia 11 de Abril de 2016

Segunda-feira da 3ª semana da Páscoa

Naqueles dias, Estêvão, cheio de graça e fortaleza, fazia grandes prodígios e milagres entre o povo.
Entretanto alguns membros da sinagoga, chamada dos Libertos, oriundos de Cirene, de Alexandria, da Cilícia e da Ásia, vieram discutir com Estêvão,
mas não eram capazes de resistir à sabedoria e ao Espírito Santo com que ele falava.
Subornaram então uns homens para afirmarem: «Ouvimos Estêvão proferir blasfémias contra Moisés e contra Deus».
Provocaram assim a ira do povo, dos anciãos e dos escribas. Depois surgiram inesperadamente à sua frente, apoderaram-se dele e levaram-no ao Sinédrio,
apresentando falsas testemunhas que disseram: «Este homem não cessa de proferir palavras contra este Lugar Santo e contra a Lei,
pois ouvimo-l’O dizer que Jesus, de Nazaré, destruirá este lugar e mudará os costumes que recebemos de Moisés».
Todos os membros do Sinédrio tinham os olhos fixos nele e viram que o seu rosto parecia o rosto de um Anjo.
Livro de Salmos 119(118),23-24.26-27.29-30.
Ainda que os príncipes conspirem contra mim,
o vosso servo meditará os vossos decretos.
As vossas ordens são as minhas delícias
e os vossos decretos meus conselheiros.

Expus meus caminhos e destes-me ouvidos:
ensinai-me os vossos decretos.
Fazei-me compreender o caminho dos vossos preceitos
para meditar nas vossas maravilhas.

Afastai-me do caminho da mentira
e dai-me a graça da vossa lei.
Escolhi o caminho da verdade
e decidi-me pelos vossos juízos.

Evangelho segundo S. João 6,22-29.
Depois de Jesus Cristo ter saciado os cinco mil homens, os seus discípulos viram-n’O a caminhar sobre as águas. No dia seguinte, a multidão que permanecera no outro lado do mar notou que ali só estivera um barco e que Jesus Cristo não tinha embarcado com os discípulos; estes tinham partido sozinhos.
Entretanto chegaram outros barcos de Tiberíades, perto do lugar onde eles tinham comido o pão, depois de o Senhor ter dado graças.
Quando a multidão viu que nem Jesus Cristo nem os seus discípulos estavam ali, subiram todos para os barcos e foram para Cafarnaum, à procura de Jesus.
Ao encontrá-l’O no outro lado do mar, disseram-Lhe: «Mestre, quando chegaste aqui?».
Jesus Cristo respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: vós procurais-Me, não porque vistes milagres, mas porque comestes dos pães e ficastes saciados.
Trabalhai, não tanto pela comida que se perde, mas pelo alimento que dura até à vida eterna e que o Filho (do homem) vos dará. A Ele é que o Pai, o próprio Deus, marcou com o seu selo».
Disseram-Lhe então: «Que devemos nós fazer para praticar as obras de Deus?».
Respondeu-lhes Jesus Cristo: «A obra de Deus consiste em acreditar n’Aquele que Ele enviou».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Santo Inácio de Antioquia (?-c. 110), bispo, mártir
Carta aos naturais de Filadélfia
«A obra de Deus consiste em acreditar naquele que Ele enviou.»
Vós, filhos da luz verdadeira, fugi das querelas e das más doutrinas. Como ovelhas, segui o vosso pastor. Porque muitas vezes os lobos aparentemente dignos de fé extraviam os que correm na corrida de Deus; mas, se permanecerdes unidos, eles não encontrarão lugar entre vós.
Tende, pois cuidado em participar numa única Eucaristia; não há, com efeito, senão uma só carne de Nosso Senhor, um só cálice para nos unir no seu sangue, um só altar, como não há senão um só bispo rodeado de presbíteros e de diáconos. Assim tudo o que fizerdes, fá-lo-eis segundo Deus. [...] O meu refúgio é o Evangelho que é para mim o próprio Jesus na carne e os apóstolos que incarnam o presbitério da Igreja. Amemos também os profetas porque também eles anunciaram o Evangelho, eles que esperaram em Jesus Cristo; acreditando nele, foram salvos e, permanecendo unidos a Jesus Cristo, santos e dignos de amor e admiração, mereceram receber o testemunho de Jesus Cristo e ter lugar no Evangelho, nossa esperança comum. [...]
Deus não habita onde reina a divisão e a contenda. Mas o Senhor perdoa a todos os que se arrependem, se o arrependimento os levar à união com Jesus Cristo que nos libertará de toda a opressão. Suplico-vos que não ajais com espírito de querela, mas segundo os ensinamentos de Jesus Cristo. Ouvi que alguns de vós diziam: «Só acredito que esteja no Evangelho aquilo que encontro nos arquivos.» [...] Os meus arquivos são Jesus Cristo; os meus arquivos invioláveis são a cruz, a sua morte e a sua ressurreição e a fé que vem dele. É daí que espero, com a ajuda das vossas orações, toda a minha justificação.

Terça-feira, dia 12 de Abril de 2016

Terça-feira da 3.ª semana da Páscoa

Naqueles dias, Estêvão disse ao povo, aos anciãos e aos escribas: «Homens de dura cerviz, incircuncisos de coração e de ouvidos, sempre resistis ao Espírito Santo. Como foram os vossos antepassados assim sois vós também.
A qual dos Profetas não perseguiram os vossos antepassados? Eles também mataram os que predisseram a vinda do Justo, do qual fostes agora traidores e assassinos,
vós que recebestes a Lei pelo ministério dos Anjos e não a tendes cumprido».
Ao ouvirem estas palavras, estremeciam de raiva em seu coração e rangiam os dentes contra Estêvão.
Mas ele, cheio do Espírito Santo, de olhos fitos no Céu, viu a glória de Deus e Jesus Cristo de pé à sua direita e exclamou:
e exclamou: «Vejo o Céu aberto e o Filho do homem de pé à direita de Deus».
Então levantaram um grande clamor e taparam os ouvidos; depois atiraram-se todos contra ele,
empurraram-no para fora da cidade e começaram a apedrejá-lo. As testemunhas colocaram os mantos aos pés de um jovem chamado Saulo.
Enquanto o apedrejavam, Estêvão orava, dizendo: «Senhor Jesus, recebe o meu espírito».
Depois ajoelhou-se e bradou com voz forte: «Senhor, não lhes atribuas este pecado». Dito isto, expirou.
Saulo estava de acordo com a execução de Estêvão.
Livro de Salmos 31(30),3cd-4.6ab.7b.8a.17.21ab.
Sede a rocha do meu refúgio
e a fortaleza da minha salvação
porque Vós sois a minha força e o meu refúgio,
por amor do vosso nome, guiai-me e conduzi-me.

Em vossas mãos entrego o meu espírito,
Senhor, Deus fiel, salvai-me.
Em Vós, Senhor, ponho a minha confiança:
Hei-de exultar e alegrar-me com a vossa misericórdia.

Fazei brilhar sobre mim a vossa presença,
salvai-me pela vossa bondade.
Vós os escondeis sob o refúgio da vossa presença,
longe das intrigas dos homens.

Vós os escondeis na tenda
contra as línguas maldizentes.
Evangelho segundo S. João 6,30-35.
Naquele tempo, disse a multidão a Jesus Cristo: «Que milagres fazes Tu para que nós vejamos e acreditemos em Ti? Que obra realizas?
No deserto os nossos pais comeram o maná, conforme está escrito: ‘Deu-lhes a comer um pão que veio do Céu’».
Jesus Cristo respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: Não foi Moisés que vos deu o pão do Céu; meu Pai é que vos dá o verdadeiro pão do Céu.
O pão de Deus é o que desce do Céu para dar a vida ao mundo».
Disseram-Lhe eles: «Senhor, dá-nos sempre desse pão».
Jesus Cristo respondeu-lhes: «Eu sou o pão da vida: quem vem a Mim nunca mais terá fome, quem acredita em Mim nunca mais terá sede».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São Columbano (563-615), monge, fundador de mosteiros
Instrução espiritual, 12,3
«Senhor, dá-nos sempre desse pão»
O profeta diz: «Vós que tendes sede, ide à fonte» (Is 55,1). Trata-se da fonte dos que têm sede e não dos que estão saciados. Ela convoca os que têm fome e sede, aos quais chama bem-aventurados (Mt 5,6); aqueles cuja sede nunca se esgota e que têm tanto mais sede quanto mais bebem dessa fonte. Devemos, pois desejar, irmãos, a fonte da sabedoria, o Verbo de Deus nas alturas - devemos procurá-la, devemos amá-la. Nessa fonte estão escondidos, como diz o apóstolo Paulo, «todos os tesouros da sabedoria e da ciência» (Col 2,3); ela convida todos os que têm sede a virem saciar-se.
Se tens sede, vai beber à fonte da vida. Se tens fome, come o pão da vida. Felizes aqueles que têm fome desse pão e sede dessa fonte. Bebendo e comendo sem fim, continuam a desejar beber e comer; doce é esse alimento e doce essa bebida. Comemos e bebemos deles, mas continuamos a ter fome e sede; o nosso desejo está satisfeito, mas não cessamos de desejar. Foi por isso que David, o rei-profeta, exclamou: «Provai e vede como o Senhor é bom» (Sl 33,9). Por isso, irmãos, sigamos aquilo a que somos chamados. A Vida, a fonte de água viva, a fonte da vida eterna, a fonte da luz e a nascente de toda a claridade convida-nos a vir e a beber (Jo 7,37). Nela encontraremos a sabedoria e a vida, a luz eterna. Nela beberemos a água viva que brota para a vida eterna (Jo 4,14).

Quarta-feira, dia 13 de Abril de 2016

Quarta-feira da 3.ª semana da Páscoa

Santo do dia : S. Martinho I, Papa, +656, Santo Hermenegildo, rei visigótico, mártir, +585

Livro dos Actos dos Apóstolos 8,1b-8.
Naquele dia, levantou-se uma grande perseguição contra a Igreja de Jerusalém e todos, à excepção dos Apóstolos, se dispersaram pelas terras da Judeia e da Samaria.
Alguns homens piedosos sepultaram Estêvão e fizeram grandes lamentações por ele.
Saulo, por sua vez, devastava a Igreja: ia de casa em casa, arrastava homens e mulheres e metia-os na prisão.
Entretanto os irmãos dispersos andaram de terra em terra, a anunciar a palavra do Evangelho.
Foi assim que Filipe, tendo descido a uma cidade da Samaria, começou a anunciar Jesus Cristo àquela gente.
As multidões aderiam unanimemente às palavras de Filipe porque ouviam falar dos milagres que fazia e também os viam.
De muitos possessos saíam espíritos impuros, soltando enormes gritos e numerosos paralíticos e coxos foram curados.
E houve muita alegria naquela cidade.
Livro de Salmos 66(65),1-3a.4-5.6-7a.
Aclamai o Senhor,Terra inteira,
cantai a glória do seu nome, celebrai os seus louvores,
dizei a Deus: «Maravilhosas são as vossas obras».
«A terra inteira Vos adore e celebre,

entoe hinos ao vosso nome».
Vinde contemplar as obras de Deus,
admirável na sua acção pelos homens.
Mudou o mar em terra firme,
atravessaram o rio a pé enxuto.

Alegremo-nos n’Ele:
domina eternamente com o seu poder.

Evangelho segundo S. João 6,35-40.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo à multidão: «Eu sou o pão da vida: Quem vem a Mim nunca mais terá fome e quem acredita em Mim nunca mais terá sede.
No entanto, como vos disse, ‘embora tivésseis visto, não acreditais’.
Todos aqueles que o Pai Me dá virão a Mim e àqueles que vêm a Mim não os rejeitarei
porque desci do Céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade d’Aquele que Me enviou.
E a vontade d’Aquele que Me enviou é esta: que Eu não perca nenhum dos que Ele Me deu, mas os ressuscite no último dia.
De facto, é esta a vontade de meu Pai: que todo aquele que vê o Filho e acredita n’Ele tenha a vida eterna e Eu o ressuscitarei no último dia».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São Francisco de Assis (1182-1226), fundador da Ordem dos Frades Menores
Carta a toda a ordem
«Eu desci do Céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que Me enviou»
Deus todo-poderoso, eterno, justo e bom, por nós mesmos somos apenas pobreza.
Mas Tu, por causa de Ti próprio, concedes-nos que façamos o que sabemos que Tu queres e que queiramos sempre o que Te agrada.
Assim, interiormente purificados, iluminados e abrasados pelo fogo do Espírito Santo, tornar-nos-emos capazes de seguir os passos do teu Filho, nosso Senhor Jesus Cristo e, apenas pela tua graça, de chegar a Ti, ó Altíssimo que, em Trindade perfeita e em Unidade simplicíssima, Deus todo-poderoso, vives e reinas e recebes toda a glória pelos séculos dos séculos. Ámen.

Quinta-feira, dia 14 de Abril de 2016

Quinta-feira da 3ª semana da Páscoa

Santo do dia: S. Pedro Gonçalves Telmo, confessor, +1246

Livro dos Actos dos Apóstolos 8,26-40.
Naqueles dias, o Anjo do Senhor disse a Filipe: «Levanta-te e dirige-te para o sul, pelo caminho deserto que vai de Jerusalém para Gaza».
Filipe partiu e dirigiu-se para lá. Quando ia a caminho, encontrou-se com um eunuco etíope que era alto funcionário de Candace, rainha da Etiópia, e administrador geral do seu tesouro. Tinha ido a Jerusalém
para adorar a Deus e regressava ao seu país, sentado no seu carro, a ler o livro do profeta Isaías.
O Espírito de Deus disse a Filipe: «Aproxima-te e acompanha esse carro».
Filipe aproximou-se do carro e, ouvindo o etíope a ler o profeta Isaías, perguntou-lhe: «Entendes porventura o que estás a ler?».
Ele respondeu: «Como é que eu posso entender sem ninguém me explicar?» Convidou então Filipe a subir para o carro e a sentar-se junto dele.
A passagem da Escritura que ele ia a ler era a seguinte: «Como cordeiro levado ao matadouro, como ovelha muda ante aqueles que a tosquiam, ele não abriu a boca.
Foi humilhado e não se lhe fez justiça. Quem poderá falar da sua descendência? Porque a sua vida desapareceu da terra».
O eunuco perguntou a Filipe: «Diz-me, por favor: de quem é que o profeta está a falar? De si próprio ou de outro?».
Então Filipe tomou a palavra e, a partir daquela passagem da Escritura, anunciou-lhe Jesus Cristo.
Ao passar por um lugar onde havia água, o eunuco exclamou: «Ali está água. Que me impede de ser baptizado?».
Filipe respondeu: «Se acreditas com todo o coração, isso é possível.» O eunuco respondeu: «Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus.»
Mandou parar o carro, desceram ambos à água e Filipe baptizou-o.
Quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou Filipe e o eunuco deixou de o ver. Mas continuou o seu caminho cheio de alegria.
Filipe encontrou-se em Azoto e foi anunciando a boa nova a todas as cidades por onde passava até que chegou a Cesareia.
Livro de Salmos 66(65),8-9.16-17.20.
Povos da Terra, bendizei o nosso Deus,
fazei ressoar os seus louvores.
Foi Ele quem conservou a nossa vida e não deixou que nossos pés vacilassem.
Todos os que adorais a Deus, vinde e ouvi, vou narrar-vos quanto Ele fez por mim.

Meus lábios O invocaram e minha língua O louvou.
Bendito seja Deus que não rejeitou a minha prece
nem me retirou a sua misericórdia.

Evangelho segundo S. João 6,44-51.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo à multidão: «Ninguém pode vir a Mim se o Pai, que Me enviou, não o trouxer e Eu ressuscitá-lo-ei no último dia.
Está escrito no livro dos Profetas: ‘Serão todos instruídos por Deus’. Todo aquele que ouve o Pai e recebe o seu ensino vem a Mim.
Não porque alguém tenha visto o Pai; só Aquele que vem de junto de Deus viu o Pai.
Em verdade, em verdade vos digo: Quem acredita tem a vida eterna.
Eu sou o pão da vida.
No deserto, os vossos pais comeram o maná e morreram.
Mas este pão é o que desce do Céu para que não morra quem dele comer.
Eu sou o pão vivo que desceu do Céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que Eu hei-de dar é a minha carne que Eu darei pela vida do mundo».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Santa Teresa de Ávila (1515-1582), carmelita descalça, doutora da Igreja
Vida, cap. 12
«Serão todos instruídos por Deus»
Quando Deus suspende e pára o entendimento, dá-lhe o que admirar e com que se ocupar; então, sem raciocinar, recebemos no espaço de um credo mais luz do que poderíamos adquirir em muitos anos com todo o esforço do mundo. Mas querer atar as potências do nosso ser e parar a sua actividade por nós próprios é loucura. [...]
Durante muitos anos, li muitas coisas sem as compreender. Em seguida, passei um tempo considerável sem conseguir encontrar termos para explicar as graças que Deus me concedia, o que foi para mim fonte de muitas penas. Mas, quando tal agrada a Sua Majestade, Ela ensina tudo num instante e de uma forma que me deixa estupefacta. Isto é uma coisa que posso afirmar com toda a verdade. Muitos homens espirituais com quem dialogava procuraram explicar-me os dons que Deus fazia à sua alma, esperando ajudar-me assim a dar-me conta deles. A minha estupidez tornou os seus esforços inteiramente inúteis. Talvez Nosso Senhor o quisesse assim para ter todos os direitos ao meu renascimento. Com efeito, foi sempre Ele o meu mestre. Bendito seja! Mas também, que confusão para mim que tal confissão seja a expressão da verdade! [...]
Foi, pois sem que eu o tenha desejado ou pedido que Deus me iluminou num instante e me pôs em estado de o exprimir. Os meus confessores ficaram surpreendidos e eu mais ainda porque conhecia melhor a minha incapacidade. [...] Sim, volto a dizê-lo agora, é muito importante não elevarmos o nosso espírito antes que Deus o eleve. E quando Ele o faz, compreendemo-lo imediatamente.

Sexta-feira, dia 15 de Abril de 2016

Sexta-feira da 3.ª semana da Páscoa
Livro dos Actos dos Apóstolos 9,1-20.
Naqueles dias, Saulo, respirando ainda ameaças de morte contra os discípulos do Senhor, foi ter com o sumo sacerdote
e pediu-lhe cartas para as sinagogas de Damasco, a fim de trazer algemados para Jerusalém quantos seguissem a nova religião, tanto homens como mulheres.
Na viagem, quando estava já próximo de Damasco, viu-se de repente envolvido numa luz intensa vinda do Céu.
Caiu por terra e ouviu uma voz que lhe dizia: «Saulo, Saulo, porque Me persegues?».
Ele perguntou: «Quem és Tu, Senhor?». O Senhor respondeu: «Eu sou Jesus, a quem tu persegues.
Mas levanta-te, entra na cidade e aí te dirão o que deves fazer».
Os companheiros de viagem de Saulo tinham parado emudecidos; ouviam a voz, mas não viam ninguém.
Saulo levantou-se do chão, mas, embora tivesse os olhos abertos, nada via. Levaram-no pela mão e introduziram-no em Damasco.
Ficou três dias sem vista e sem comer nem beber.
Vivia em Damasco um discípulo chamado Ananias e o Senhor chamou-o numa visão: «Ananias». Ele respondeu: «Eis-me aqui, Senhor».
O Senhor continuou: «Levanta-te e vai à rua chamada Direita procurar, em casa de Judas, um homem de Tarso, chamado Saulo, que está a orar».
Entretanto Saulo teve uma visão, em que um homem chamado Ananias entrava e impunha-lhe as mãos para que recuperasse a vista.
Ananias respondeu: «Senhor, tenho ouvido contar a muitas pessoas todo o mal que esse homem fez aos teus fiéis em Jerusalém
e agora está aqui com plenos poderes dos príncipes dos sacerdotes para prender todos os que invocam o teu nome».
O Senhor disse-lhe: «Vai, porque esse homem é o instrumento escolhido por Mim para levar o meu nome ao conhecimento dos gentios, dos reis e dos filhos de Israel.
Eu mesmo lhe mostrarei quanto ele tem de sofrer pelo meu nome».
Então Ananias partiu, entrou na casa, impôs as mãos a Saulo e disse-lhe: «Saulo, meu irmão, quem me envia é o Senhor —esse Jesus que te apareceu no caminho por onde vinhas — a fim de recuperares a vista e ficares cheio do Espírito Santo».
Imediatamente lhe caíram dos olhos uma espécie de escamas e recuperou a vista. Depois levantou-se, recebeu o baptismo
e, tendo tomado alimento, readquiriu as forças. Saulo passou alguns dias com os discípulos de Damasco
e começou logo a proclamar nas sinagogas que Jesus era o Filho de Deus.

Livro de Salmos 117(116),1.2.
Louvai o Senhor, todas as nações,
aclamai-O, todos os povos.
É firme a sua misericórdia para connosco,
a fidelidade do Senhor permanece para sempre.

Evangelho segundo S. João 6,52-59.
Naquele tempo, os judeus discutiam entre si: «Como pode Jesus dar-nos a sua carne a comer?».
E Jesus Cristo disse-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: Se não comerdes a carne do Filho (do homem) e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós.
Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna e Eu o ressuscitarei no último dia.
A minha carne é verdadeira comida e o meu sangue é verdadeira bebida.
Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em Mim e Eu nele.
Assim como o Pai, que vive, Me enviou e Eu vivo pelo Pai, também aquele que Me come viverá por Mim.
Este é o pão que desceu do Céu; não é como o dos vossos pais que o comeram e morreram: quem comer deste pão viverá eternamente».
Assim falou Jesus Cristo, ao ensinar numa sinagoga, em Cafarnaum.

Comentário do dia:
 
Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein) (1891-1942), carmelita, mártir, copadroeira da Europa
 
A Oração da Igreja
«Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em Mim e Eu nele.»
O caminho que conduz à vida interior e aos coros dos espíritos bem-aventurados cantando o eterno Sanctus é Jesus Cristo. O seu sangue é o véu do Templo através do qual penetramos no Santo dos Santos da vida divina (Heb 9,11s; 10,20). No baptismo e no sacramento da penitência, Ele purifica-nos do pecado, abre-nos os olhos à luz eterna, abre-nos os ouvidos para percebermos a Palavra divina, abre-nos os lábios para entoarmos o cântico de louvor, para rezarmos a oração de reconciliação, de súplica, de acção de graças, orações que não são senão formas diversas da mesma e única adoração. [...]   
Mas é sobretudo o sacramento onde Jesus Cristo está presente em pessoa que faz de nós membros do seu corpo. Participando do sacrifício e da sagrada refeição, alimentando-nos do corpo e do sangue de Jesus, tornamo-nos, nós próprios, o seu corpo e o seu sangue. E só quando somos membros do seu corpo, na medida em que o somos verdadeiramente, é que o seu Espírito pode vivificar-nos e reinar em nós. [...]  Tornamo-nos membros do corpo de Cristo «não somente pelo amor [...], mas também e de forma muito real, sendo um com o seu corpo: isso realiza-se pelo alimento que Ele nos oferece para nos demonstrar o desejo que tem de nós. Foi por isso que Ele mesmo Se humilhou até vir a nós e talhou em nós o seu próprio corpo, a fim de que sejamos um, como o corpo está unido à cabeça» (S. João Crisóstomo). Como membros do seu corpo, animados pelo seu Espírito, oferecemo-nos em sacrifício «por Ele, com Ele e nele» e unimos a nossa voz à eterna acção de graças.

Sábado, dia 16 de Abril de 2016

Sábado da 3.ª semana da Páscoa

Festa da Igreja : Nossa Senhora, Mãe do Divino Pastor
Santo do dia :
S. Bento José Labre, peregrino, +1783, Santa Engrácia de Saragoça, virgem, mártir, +305, Santa Bernadette, vidente de Lourdes, +1879

Livro dos Actos dos Apóstolos 9,31-42.
Naqueles dias, a Igreja gozava de paz, por toda a Judeia, Galileia e Samaria, consolidava-se e caminhava no amor ao Senhor e crescia na consolação do Espírito Santo.
Pedro, que percorria todas essas regiões, desceu também até junto dos fiéis que habitavam em Lida.
Encontrou lá, prostrado numa enxerga havia oito anos, um homem chamado Eneias que era paralítico.
Disse-lhe Pedro: «Eneias, Jesus vai curar-te. Levanta-te e compõe a tua enxerga». E ele pôs-se logo de pé.
Todos os habitantes de Lida e de Saron o viram e se converteram ao Senhor.
Havia em Jope, entre os discípulos, uma senhora crente chamada Tabita, que quer dizer «Gazela». Era rica em boas obras e esmolas que fazia.
Nesses dias caiu doente e morreu. Depois de a terem lavado, depositaram-na na sala superior.
Como Lida era perto de Jope e os discípulos ouviram dizer que Pedro estava lá, enviaram-lhe dois homens com este pedido: «Vem depressa ter connosco».
Pedro partiu imediatamente com eles. Quando chegou, levaram-no à sala superior e apresentaram-se todas as viúvas, chorando e mostrando as túnicas e mantos feitos por Gazela, enquanto estava ainda com elas.
Pedro mandou sair toda a gente, pôs-se de joelhos e orou. Depois voltou-se para a defunta e disse: «Tabita, levanta-te». Ela abriu os olhos e, ao ver Pedro, sentou-se.
Pedro estendeu-lhe a mão e levantou-a e, chamando os fiéis e as viúvas, apresentou-lha viva.
Isto soube-se em toda a cidade de Jope e muitos acreditaram no Senhor.
Livro de Salmos 116(115),12-13.14-15.16-17.
Como agradecerei ao Senhor
tudo quanto Ele me deu?
Elevarei o cálice da salvação,
invocando o nome do Senhor.

Cumprirei as minhas promessas ao Senhor
na presença de todo o povo.
É preciosa aos olhos do Senhor
a morte dos seus fiéis.

Senhor, sou vosso servo, filho da vossa serva:
quebrastes as minhas cadeias.
Oferecer-Vos-ei um sacrifício de louvor,
invocando, Senhor, o vosso nome.


Evangelho segundo S. João 6,60-69.
Naquele tempo, muitos discípulos, ao ouvirem Jesus Cristo, disseram: «Estas palavras são duras. Quem pode escutá-las?».
Jesus Cristo, conhecendo interiormente que os discípulos murmuravam por causa disso, perguntou-lhes: «Isto escandaliza-vos?
E se virdes o Filho (do homem) subir para onde estava anteriormente?
O espírito é que dá vida, a carne não serve de nada. As palavras que Eu vos disse são espírito e vida.
Mas, entre vós, há alguns que não acreditam». Na verdade, Jesus Cristo bem sabia, desde o início, quais eram os que não acreditavam e quem era aquele que O havia de entregar.
E acrescentou: «Por isso é que vos disse: Ninguém pode vir a Mim, se não mo for concedido por meu Pai».
A partir de então, muitos dos discípulos afastaram-se e já não andavam com Ele.
Jesus Cristo disse aos Doze: «Também vós quereis ir embora?».
Respondeu-Lhe Simão Pedro: «Para quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna.
Nós acreditamos e sabemos que Tu és o Santo de Deus».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São Bernardo (1091-1153), monge cisterciense, doutor da Igreja
Sermão 5 de de diversis
«Também vós quereis ir embora?»
Como lemos no Evangelho, quando o Senhor pregava e convidava os discípulos a comerem o seu corpo no mistério eucarístico para participarem na sua Paixão, alguns exclamaram: «Estas palavras são duras» e desde então deixaram de andar com Ele. Tendo perguntado, porém aos discípulos se também eles se queriam ir embora, eles responderam: «Para quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna.»
Pois bem, irmãos, também em nossos dias as palavras de Jesus Cristo são espírito e vida para alguns e esses seguem-No. Mas a outros as mesmas palavras parecem-lhes duras e, por isso procuram noutro lado uma triste consolação. No entanto a Sabedoria continua a levantar a sua voz nas praças, advertindo aqueles que andam pelo caminho largo e espaçoso que conduz à morte (Mt 7,13) para que mudem o rumo dos seus passos. «Durante quarenta anos essa geração desgostou-Me e Eu disse: "É um povo de coração transviado"» (Sl 94,10). Uma só vez falou Deus. Sim, uma só vez porque Ele fala sempre; uma só vez porque a sua fala é contínua e eterna e nunca se interrompe.
Esta voz convida os pecadores a meditarem em seu coração, a corrigirem os pensamentos do seu coração porque é a voz daquele que habita no coração do homem e aí fala. [...] Se hoje ouvirmos a sua voz, não endureçamos os nossos corações (Sl 94,8). São quase as mesmas palavras, as que lemos no Evangelho e no profeta. Efectivamente diz o Senhor no Evangelho: «As minhas ovelhas ouvem a minha voz» (Jo 10,27). [...] «Ele é o nosso Senhor e nós somos o seu povo, as ovelhas por Ele conduzidas. Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: "Não endureçais os vossos corações"» (Sl 94,7-8).
©


http://goo.gl/RSVXh5        portal da Confraria Bolos D. Rodrigo

Os meus filmes

1.º – As Amendoeiras em Flor e o Corridinho Algarvio.wmv           http://www.youtube.com/watch?v=NtaRei5qj9M&feature=youtu.be
2.º – O Cemitério de Lagos
3.º – Lagos e a sua Costa Dourada
4.º – Natal de 2012
5.º – Tempo de Poesia

Os meus blogues

--------------------------------------------
Os meus filmes
1.º – As Amendoeiras em Flor e o Corridinho Algarvio.wmv           http://www.youtube.com/watch?v=NtaRei5qj9M&feature=youtu.be
2.º – O Cemitério de Lagos
3.º – Lagos e a sua Costa Dourada
http://www.algarvehistoriacultura.blogspot.pt              sobre o ALGARVE
http://www.passo-a-rezar.net/       meditações cristãs
http://www.descubriter.com/pt/             Rota Europeia dos Descobrimentos
http://www.psd.pt/ Homepage - “Povo Livre” - Arquivo - PDF
http://www.radiosim.pt/        18,30h – terço todos os dias
(livros, música, postais, … cristãos)
http://www.livestream.com/stantonius         16h20 – terço;  17h00 – missa  (hora de Lisboa)
http://www.santo-antonio.webnode.pt/
 















Sem comentários:

Enviar um comentário