sábado, 21 de maio de 2016

Cristianismo 157 até 21-05-2016



"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68

Domingo, dia 15 de Maio de 2016

SOLENIDADE DE PENTECOSTES - Ano C

Quando chegou o dia de Pentecostes, os Apóstolos estavam todos reunidos no mesmo lugar.
Subitamente fez-se ouvir, vindo do Céu, um rumor semelhante a forte rajada de vento que encheu toda a casa onde se encontravam.
Viram então aparecer uma espécie de línguas de fogo que se iam dividindo e poisou uma sobre cada um deles.
Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que se exprimissem.
Residiam em Jerusalém judeus piedosos, procedentes de todas as nações que há debaixo do céu.
Ao ouvir aquele ruído, a multidão reuniu-se e ficou muito admirada, pois cada qual os ouvia falar na sua própria língua (isto é, cada qual falava na sua própria língua, mas todos compreendiam o que os outros falavam como se estivessem falando na língua do ouvinte porque o Espírito de Deus estava sobre eles e um dos seus atributos é a comunicação.)
Atónitos e maravilhados, diziam: «Não são todos galileus os que estão a falar?
Então como é que os ouve cada um de nós falar na sua própria língua?
Partos, medos, elamitas, habitantes da Mesopotâmia, da Judeia e da Capadócia, do Ponto e da Ásia,
da Frígia e da Panfília, do Egipto e das regiões da Líbia, vizinha de Cirene, colonos de Roma,
tanto judeus como prosélitos, cretenses e árabes, ouvimo-los proclamar nas nossas línguas as maravilhas de Deus».
Livro de Salmos 104(103),1ab.24ac.29bc-30.31.34.
Bendiz, ó minha alma, o Senhor.
Senhor Deus, como sois grande!
Como são grandes, Senhor, as vossas obras!
A terra está cheia das vossas criaturas.

Se lhes tirais o alento, morrem
e voltam ao pó donde vieram.
Se mandais o vosso espírito, retomam a vida
e renovais a face da Terra.

Glória a Deus para sempre!
Rejubile o Senhor nas suas obras.
Grato Lhe seja o meu canto
e eu terei alegria no Senhor.

Carta aos Romanos 8,8-17.
Irmãos: Os que vivem segundo a carne não podem agradar a Deus.
Vós não estais sob o domínio da carne, mas do Espírito, se é verdade que o Espírito de Deus habita em vós. Mas se alguém não tem o Espírito de Jesus Cristo, não Lhe pertence.
Se Jesus Cristo está em vós, embora o vosso corpo seja mortal por causa do pecado, o espírito permanece vivo por causa da justiça.
E se o Espírito d’Aquele que ressuscitou Jesus de entre os mortos habita em vós, Ele que ressuscitou Cristo Jesus de entre os mortos, também dará vida aos vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que habita em vós.
Assim, irmãos, já não somos devedores à carne para vivermos segundo a carne.
Se viverdes segundo a carne, morrereis; mas se, pelo espírito, fizerdes morrer as obras da carne, vivereis.
Porque todos os que são conduzidos pelo Espírito de Deus são filhos de Deus.
Vós não recebestes um espírito de escravidão para recair no temor (do mundo das trevas, do mal, do egoísmo, do Espírito Universal,…), mas o Espírito de adopção filial, pelo qual exclamamos: «Abá, Pai».
O próprio Espírito Santo dá testemunho, em união com o nosso espírito, de que somos filhos de Deus.
Se somos filhos, também somos herdeiros, herdeiros de Deus e herdeiros com Jesus Cristo; Se sofrermos com Ele também com Ele seremos glorificados.
Evangelho segundo S. João 14,15-16.23b-26.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Se Me amardes, guardareis os meus mandamentos.
E Eu pedirei ao Pai, que vos dará outro Paráclito, para estar sempre convosco.
Quem Me ama, guardará a minha palavra e meu Pai o amará; Nós viremos a Ele e faremos nele a nossa morada.
Quem Me não ama, não guarda a minha palavra. Ora a palavra que ouvis não é minha, mas do Pai que Me enviou.
Disse-vos estas coisas, estando ainda convosco.
Mas o Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos recordará tudo o que Eu vos disse.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
Sermão 155
Pentecostes, o coroamento da Páscoa
O povo judeu celebrava a Páscoa, como sabeis, com a imolação de um cordeiro que depois comia com pães ázimos. Esta imolação do cordeiro prefigurava a imolação de Jesus Cristo e os pães ázimos, a vida nova purificada do velho fermento. [...] E cinquenta dias depois da Páscoa, este mesmo povo festejava o momento em que Deus lhe dera, sobre o Monte Sinai, a Lei escrita com sua mão, com seu dedo. À figura da Páscoa sucede a Páscoa em plenitude (1Cor 5,7): Jesus Cristo foi imolado e fez-nos passar da morte à vida. A palavra Páscoa significa «passagem» e é isso que o evangelista exprime ao dizer: «Chegada a hora em que Jesus havia de passar deste mundo para o Pai...» (Jo 13,1) [...]
Cinquenta dias depois, o Espírito Santo, «o dedo de Deus» (Lc 11,20), desce sobre os discípulos. Mas vede que diferença de circunstâncias em relação ao Sinai. Lá, o povo mantinha-se ao longe, dominado pelo temor e não pelo amor. [...] Pelo contrário, quando o Espírito Santo desceu, os discípulos estavam todos reunidos num mesmo lugar e o Espírito, longe de os atemorizar do alto da montanha, entra na casa onde eles estavam reunidos.
«Viram», diz a Escritura, «umas línguas, à maneira de fogo, que se iam dividindo». Tratar-se-ia de um fogo que semeava o temor? De maneira nenhuma! Essas línguas de fogo poisaram sobre cada um deles e eles começaram a falar diversas línguas, conforme o Espírito lhes inspirava que se exprimissem. Escutai as línguas que eles falam e compreendei que é o Espírito quem escreve, não sobre a pedra, mas nos corações (2Cor 3,3). Assim, pois a lei do Espírito de vida, escrita no coração e não sobre a pedra, a lei do Espírito de vida, digo, está em Jesus Cristo em quem a Páscoa foi celebrada na plenitude da verdade.


Segunda-feira, dia 16 de Maio de 2016

Segunda-feira da 7.ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : S. João Nepomuceno, mártir, +1383, S. Simão Stock, religioso, +1265

Carta de S. Tiago 3,13-18.
Caríssimos: Quem é sábio e inteligente mostre com o seu bom procedimento os frutos da sua sabedoria vivida com modéstia.
Mas se guardais no coração inveja mal-entendida e espírito de discórdia, não vos orgulheis nem mintais contra a verdade.
Esta sabedoria não desce do alto: é terrena, animal e diabólica.
Porque, onde há inveja e rivalidade, também há desordem e toda a espécie de más acções.
Mas a sabedoria que vem do alto é pura, pacífica, compreensiva e generosa, cheia de misericórdia e de boas obras, imparcial e sem hipocrisia.
O fruto da justiça semeia-se na paz para aqueles que praticam a paz.
Livro de Salmos 19(18),8.9.10.15.
A lei do Senhor é perfeita,
ela reconforta a alma.
As ordens do Senhor são firmes
e dão sabedoria aos simples

Os preceitos do Senhor são rectos
e alegram o coração.
Os mandamentos do Senhor são claros
e iluminam os olhos.

O amor do Senhor é puro
e permanece eternamente.
Os juízos do Senhor são verdadeiros,
todos eles são rectos.

Aceitai as palavras da minha boca
e os pensamentos do meu coração
estejam na vossa presença:
Vós, Senhor, sois o meu amparo e redentor.

Evangelho segundo S. Marcos 9,14-29.
Naquele tempo, Jesus Cristo desceu do monte, com Pedro, Tiago e João. Ao chegarem junto dos outros discípulos, viram uma grande multidão à sua volta e os escribas a discutir com eles.
Logo que viu Jesus Cristo, a multidão ficou surpreendida e correu a saudá-l’O.
Jesus Cristo perguntou-lhes: «Que estais a discutir?».
Alguém Lhe respondeu do meio da multidão: «Mestre, eu trouxe-Te o meu filho que tem um espírito mudo.
Quando o espírito se apodera dele, lança-o por terra e ele começa a espumar, range os dentes e fica rígido. Pedi aos teus discípulos que o expulsassem, mas eles não conseguiram».
Tomando a palavra, Jesus Cristo disse-lhes: «Oh geração incrédula! Até quando estarei convosco? Até quando terei de vos suportar? Trazei-mo aqui».
Levaram-no para junto d’Ele. Quando viu Jesus Cristo, o espírito sacudiu fortemente o menino que caiu por terra e começou a rebolar-se espumando.
Jesus Cristo perguntou ao pai: «Há quanto tempo lhe sucede isto?». O homem respondeu-lhe: «Desde pequeno.
E muitas vezes o tem lançado ao fogo e à água para o matar. Mas se podes fazer alguma coisa, tem compaixão de nós e socorre-nos».
Jesus Cristo disse: «Se posso?... Tudo é possível a quem acredita».
Logo o pai do menino exclamou: «Eu creio, mas ajuda a minha pouca fé».
Ao ver que a multidão corria para junto d’Ele, Jesus Cristo falou severamente ao espírito impuro: «Espírito mudo e surdo, Eu te ordeno: sai deste menino e nunca mais entres nele».
O espírito, soltando um grito, agitou-o violentamente e saiu. O menino ficou como morto, de modo que muitas pessoas afirmavam que tinha morrido.
Mas Jesus Cristo tomou-o pela mão e levantou-o e ele pôs-se de pé.
Quando Jesus Cristo entrou em casa, os discípulos perguntaram-Lhe em particular: «Porque não pudemos nós expulsá-lo?».
Jesus Cristo respondeu-lhes: «Este género de espíritos não se pode fazer sair, a não ser pela oração».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São Cirilo de Jerusalém (313-350), bispo de Jerusalém, doutor da Igreja
Catequeses em Jerusalém, n.º 5, 12-13; PG 33, 520-524 (trad. Breviário, rev.)
A transmissão do Credo: «Eu creio, mas ajuda a minha pouca fé.»
Na instrução e profissão da tua fé, abraça e conserva sempre só aquela que a Igreja agora te entrega e que está fundamentada em toda a Escritura. Nem todos podem ler a Escritura, uns porque não sabem e outros porque estão demasiadamente ocupados. Por isso, a fim de que ninguém pereça por causa da ignorância, resumimos todo o dogma da fé nos poucos versículos do Credo. [...]
Conserva em tua memória estas palavras tão simples que ouves agora e a seu tempo buscarás na Escritura o fundamento de cada um dos artigos. Esse símbolo da fé não foi composto segundo o parecer dos homens; as verdades que ele contém foram seleccionadas entre os pontos mais importantes de toda a Escritura e resumem toda a doutrina da fé. E assim como a semente de mostarda, apesar de ser um grão tão pequeno, contém em gérmen muitos ramos (Mt 13,32) também o símbolo da fé condensa em breves palavras o núcleo de toda a Revelação, contida tanto no Antigo como no Novo Testamento.
Portanto, irmãos, conservai cuidadosamente a tradição que agora recebeis e gravai-a profundamente em vossos corações (2Cor 3,3). [...] Diz o Apóstolo: «Ordeno-vos na presença de Deus que dá a vida a todas as coisas e de Jesus Cristo que deu testemunho diante de Pôncio Pilatos, que guardeis sem mancha até à aparição de Nosso Senhor Jesus Cristo» (1Tim 6,13s) a fé que recebestes.

Terça-feira, dia 17 de Maio de 2016

Terça-feira da 7.ª semana do Tempo Comum

De onde vêm as guerras? De onde procedem os conflitos entre vós? Não é precisamente das paixões que lutam em vossos membros?
Cobiçais e nada conseguis: então assassinais. Sois invejosos e não podeis obter nada: então entrais em conflitos e guerras. Nada tendes porque nada pedis. (só Deus e o seu universo, do Bem, dão coisas boas. Quem pede o mal para os outros, só é atendido pelos do mal, das trevas,… que depois o vão dominar; e ele(a) passa a receber só mal porque foi isso que pediu e, portanto foi o universo que escolheu e para onde entrou)
Pedis e não recebeis porque pedis mal, pois o que pedis é para satisfazer as vossas paixões.
Oh criaturas infiéis! Não sabeis que a amizade pelo mundo é inimizade para com Deus? Quem quer ser amigo do mundo torna-se inimigo de Deus.
Ou pensais que é em vão que a Escritura diz: «Deus reclama para Si o Espírito que fez habitar em nós»?
Mas Ele concede uma graça maior e por isso a Escritura diz também: «Deus resiste aos soberbos e dá a sua graça aos humildes».
Portanto submetei-vos a Deus; resisti ao diabo e ele fugirá de vós.
Aproximai-vos de Deus e Ele Se aproximará de vós. Lavai as vossas mãos, pecadores; purificai os vossos corações, almas indecisas.
Reconhecei a vossa miséria, cobri-vos de luto e chorai. Converta-se em pranto o vosso riso e em tristeza a vossa alegria.
Humilhai-vos diante do Senhor e Ele vos exaltará.
Livro de Salmos 55(54),7-8.9-10a.10b-11a.23.
Eu exclamo: Tivesse eu asas como a pomba
para voar e encontrar repouso.
Então fugiria para longe,
buscaria refúgio no deserto.

Apressar-me-ia a encontrar abrigo
contra o vendaval e a tempestade.
Confundi-os, Senhor,
dividi as suas línguas.

Porque só vejo na cidade
discórdia e violência;
Dia e noite, rondam à volta das muralhas
e dentro delas reina o crime e a intriga.

Confia ao Senhor os teus cuidados
e Ele te ajudará
porque não permitirá que o justo
vacile para sempre.

Evangelho segundo S. Marcos 9,30-37.
Naquele tempo, Jesus Cristo e os seus discípulos caminhavam através da Galileia. Jesus Cristo não queria que ninguém o soubesse
porque ensinava os discípulos, dizendo-lhes: «O Filho (do homem) vai ser entregue às mãos dos homens que vão matá-l’O; mas Ele, três dias depois de morto, ressuscitará».
Os discípulos não compreendiam aquelas palavras e tinham medo de O interrogar.
Quando chegaram a Cafarnaum e já estavam em casa, Jesus Cristo perguntou-lhes: «Que discutíeis no caminho?».
Eles ficaram calados porque tinham discutido uns com os outros sobre qual deles era o maior.
Então Jesus Cristo sentou-Se, chamou os Doze e disse-lhes: «Quem quiser ser o primeiro será o último de todos e o servidor de todos» (a base da democracia. O líder não procura o benefício próprio, mas o daqueles que lidera porque os ama. Os das trevas agem de maneira oposta).
E tomando uma criança, colocou-a no meio deles, abraçou-a e disse-lhes:
«Quem receber uma destas crianças em meu nome é a Mim que recebe e quem Me receber não Me recebe a Mim, mas Àquele que Me enviou».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Afraate (?-c. 345), monge e bispo de Nínive, perto de Mossul
As Exposições, n.º 6
Seguir o último de todos e o servo de todos
Meu amigo, tomemos a aparência daquele que nos deu a vida. Ele, que era rico, empobreceu-Se a Si mesmo. Ele, que estava colocado no alto, desceu da sua grandeza. Ele, que habitava nas alturas, não tinha onde reclinar a cabeça. Ele, que há-de vir sobre as nuvens, montou um jumento para entrar em Jerusalém. Ele, que o Filho de Deus, tomou a aparência de servidor.
Ele, que é o repouso para todos os trabalhos, fatigou-Se com os incómodos do caminho. Ele, que é a fonte que estanca a sede, teve sede e pediu água para beber. Ele, que é a saciedade que satisfaz a nossa fome, teve fome quando jejuou no deserto e foi tentado. Ele, que vela e nunca dorme, deitou-Se e adormeceu num barco no meio do mar. Ele, que é servido na tenda de seu Pai, deixou-Se servir pelas mãos dos homens. Ele, que é o médico de todos os doentes, viu as suas mãos perfuradas pelos cravos. A Ele, cuja boca anunciava coisas boas, deram a beber fel. Ele, que não tinha feito mal a ninguém, foi açoitado e suportou ultrajes. Ele que tinha feito viver os mortos, entregou-Se a Si mesmo à morte na cruz.
Sendo nosso vivificador, Ele próprio experimentou todos estes abaixamentos; abaixemo-nos nós também, meus amigos.

Quarta-feira, dia 18 de Maio de 2016

Quarta-feira da 7.ª semana do Tempo Comum

Caríssimos: Agora, escutai-me, vós que dizeis: «Hoje ou amanhã iremos a tal cidade, onde passaremos um ano, fazendo negócio e tirando lucro».
Mas vós não sabeis o que traz o dia de amanhã. Que vem a ser afinal a vossa vida? Sois como a neblina que aparece um momento e se esvai em seguida.
Deveríeis antes dizer: «Se o Senhor quiser, estaremos vivos e faremos isto ou aquilo».
Mas ao contrário, envaideceis-vos com a vossa arrogância. Toda a presunção desse género é má.
Assim quem sabe fazer o bem e não o faz comete pecado (por omissão).
Livro de Salmos 49(48),2-3.6-7.8-10.11.
Povos todos, escutai,
habitantes do mundo inteiro, prestai ouvidos,
humildes e poderosos,
ricos e pobres, todos juntos.

Porque hei-de inquietar-me nos dias maus
quando me cerca a iniquidade dos perseguidores,
dos que confiam na sua opulência
e se vangloriam na sua grande riqueza?

O homem não pode pagar o seu resgate,
não pode pagar a Deus a sua redenção.
É muito caro o resgate da sua vida
e ele nunca pagará o suficiente

para prolongar indefinidamente a sua vida
e não experimentar a corrupção da morte.
Vê que morrem os sábios
como perecem o ignorante e o insensato

e deixam a outros a sua riqueza.
Evangelho segundo S. Marcos 9,38-40.
Naquele tempo, João disse a Jesus Cristo: «Mestre, nós vimos um homem a expulsar os demónios em teu nome e procurámos impedir-lho porque ele não anda connosco».
Jesus Cristo respondeu: «Não o proibais porque ninguém pode fazer um milagre em meu nome e depois dizer mal de Mim.
Quem não é contra nós é por nós».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Venerável Pio XII (1876-1958), papa
Encíclica «Mystici Corporis Christi», n.º 94
«Procurámos impedir-lho porque ele não anda connosco.»
Imitemos a vastidão do amor do próprio Jesus Cristo, modelo supremo de amor pela Igreja. É certo que esposa de Jesus Cristo é só a Igreja; contudo, o amor do divino Esposo é tão vasto que a ninguém exclui e, na sua esposa, abraça todo o género humano; pois o Salvador derramou o seu sangue na cruz para reconciliar com Deus todos os homens de todas as nações e estirpes e para os reunir num só corpo. Por conseguinte, o verdadeiro amor à Igreja exige, não só que sejamos todos o mesmo corpo, membros uns dos outros, cheios de mútua solicitude (cf Rom 12,5; 1Cor 12,25), membros que se alegrem com os que se alegram e sofram com os que sofrem (cf 1Cor 12,26), mas que também nos outros homens, ainda não incorporados connosco na Igreja, reconheçamos irmãos de Jesus Cristo segundo a carne, chamados como nós à mesma salvação eterna.
É verdade que hoje não faltam – e é um grande mal – os que vão exaltando a rivalidade, o ódio e o rancor como coisas que elevam e nobilitam a dignidade e o valor do homem. Nós, porém que magoados vemos os funestos frutos de tal doutrina, sigamos o nosso Rei pacífico que nos ensinou a amar os que não são da mesma nação ou da mesma estirpe que nós (cf Lc 10,33-37) e até os nossos inimigos (cf Lc 6,27-35; Mt 5,44-48). Nós, compenetrados dos suavíssimos sentimentos do Apóstolo das gentes, com ele cantemos o comprimento, a largura, a sublimidade e a profundeza da caridade de Jesus Cristo (cf Ef 3,18) que nem a diversidade de nacionalidades ou de costumes pode quebrar nem a vastidão imensa do oceano diminuir nem as guerras, justas ou injustas, arrefecer.

Quinta-feira, dia 19 de Maio de 2016

Quinta-feira da 7.ª semana do Tempo Comum

Agora, vós, ó ricos, chorai e lamentai-vos por causa das desgraças que vão cair sobre vós.
As vossas riquezas estão apodrecidas e as vossas vestes estão comidas pela traça.
O vosso ouro e a vossa prata enferrujaram-se e a sua ferrugem vai dar testemunho contra vós e devorar a vossa carne como fogo. Acumulastes tesouros no fim dos tempos.
Privastes do salário os trabalhadores que ceifaram as vossas terras. O seu salário clama e os brados dos ceifeiros chegaram aos ouvidos do Senhor do Universo.
Levastes na Terra uma vida regalada e libertina, cevastes os vossos corações para o dia da matança.
Condenastes e matastes o justo e ele não vos resiste.
Livro de Salmos 49(48),14-15ab.15cd-16.17-18.19-20.
Este é o destino dos que em si confiam,
o fim daqueles que se comprazem em suas palavras.
Como rebanho caminham para o abismo
e a morte é o seu pastor.

Descerão directamente ao sepulcro
e a sua imagem em breve se corromperá.
Deus, porém me salvará
porque me livrará das garras do abismo.

Não te irrites se alguém enriquece
e aumenta a riqueza da sua casa.
Quando morrer, nada levará consigo,
a sua fortuna não o acompanhará.

Ainda que em vida se felicitasse:
«Louvar-te-ão porque trataste bem de ti»,
não deixará de ir para a companhia de seus pais
que jamais verão a luz.

Evangelho segundo S. Marcos 9,41-50.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Quem vos der a beber um copo de água por serdes de Jesus Cristo, em verdade vos digo que não perderá a sua recompensa.»
Se alguém escandalizar algum destes pequeninos que crêem em Mim, melhor seria para ele que lhe atassem ao pescoço uma dessas mós movidas por um jumento e o lançassem ao mar.
Se a tua mão é para ti ocasião de pecado, corta-a porque é melhor entrar mutilado na vida do que ter as duas mãos e ir para a Geena, para esse fogo que não se apaga.
onde o verme não morre e o fogo não se apaga.
E se o teu pé é para ti ocasião de pecado, corta-o porque é melhor entrar coxo na vida do que ter os dois pés e ser lançado na Geena
onde o verme não morre e o fogo não se apaga.
E se um dos teus olhos é para ti ocasião de pecado, deita-o fora porque é melhor entrar no reino de Deus só com um dos olhos do que ter os dois olhos e ser lançado na Geena,
onde o verme não morre e o fogo nunca se apaga».
Na verdade, todos serão salgados com fogo.
O sal é coisa boa; mas se ele perder o sabor, com que haveis de temperá-lo? Tende sal em vós mesmos e vivei em paz uns com os outros». (ninguém tem o direito de se mutilar ou de mutilar alguém porque cada um de nós é templo de Deus; somos vasos onde habita a aura, a alma, a pessoa/ ser celeste,… que precisam de nós completos. Depois nós não temos o direito nem o dever de julgar ninguém excepto os que fazem disso a sua profissão que é muito meritória, porque somos facilmente ludibriados mesmo pelos seres celestes das trevas e levados ao erro para cometermos injustiças e após sermos condenados por elas. Se praticamos o mal é porque escolhemos o mal e nesse universo fomos cair pelas nossas escolhas. Então a solução é inverter a marcha e praticar o Bem)
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja
Sermão sobre o diabo tentador
Caminhos para entrar na vida eterna
Quereis que vos indique os caminhos da conversão? São numerosos, variados e diferentes, mas todos conduzem ao céu. O primeiro caminho da conversão é a condenação das nossas faltas. «Aviva a tua memória, entremos em juízo; fala para te justificares!» (Is 43,26). É por isso que o profeta observava: «Eu disse: "Confessarei os meus erros ao Senhor" e Vós perdoastes a culpa do meu pecado» (Sl 31,5). Condena, pois, tu próprio, as faltas que cometeste e tal será suficiente para que o Senhor te atenda. Com efeito, aquele que condena as suas faltas tem a vantagem de recear tornar a cair nelas. [...] (e foi capaz de reconhecer o que fez de mal)
Há um segundo caminho, não inferior ao referido, que é o de não guardar rancor aos nossos inimigos e dominar a cólera para perdoar as ofensas dos nossos companheiros (da sua parte perdoando e entregando tudo aos decisores de Deus; eles conhecem todas a verdade e agirão em conformidade porque é essa a sua função) porque assim obteremos o perdão das que nós cometemos contra o Mestre; é a segunda maneira de obter a purificação das nossas faltas, «porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também o vosso Pai celeste vos perdoará a vós» (Mt 6,14).
Queres conhecer o terceiro caminho da conversão? É a oração fervorosa e perseverante que fizeres do fundo do coração. [...] O quarto caminho é a esmola que tem uma força considerável e indizível. [...] Em seguida, a modéstia e a humildade não são meios inferiores para destruir os pecados pela raiz; temos como prova disso o publicano que não podia proclamar boas acções, mas as substituiu pela oferta da sua humildade, entregando assim o pesado fardo das suas faltas (Lc 18,9s).
Acabamos de indicar cinco caminhos de conversão. [...] Não fiques pois inactivo, mas em cada dia utiliza todos estes caminhos. São caminhos fáceis e não podes apresentar a tua miséria como desculpa para os não percorreres.

Sexta-feira, dia 20 de Maio de 2016

Sexta-feira da 7.ª semana do Tempo Comum

Irmãos: Não vos queixeis uns dos outros, a fim de não serdes julgados. Eis que o Juiz está à porta.
Irmãos, tomai como exemplos de sofrimento e de paciência os profetas que falaram em nome do Senhor.
Nós proclamamos felizes aqueles que foram perseverantes. Ouvistes falar da perseverança de Job e sabeis qual o fim que o Senhor lhe concedeu porque o Senhor é compassivo e misericordioso.
Sobretudo, irmãos, não jureis nem pelo céu nem pela Terra nem por qualquer outra coisa. Seja «sim» o vosso sim e «não» o vosso não para não vos expordes ao julgamento.
Livro de Salmos 103(102),1-2.3-4.8-9.11-12.
Bendiz, ó minha alma, o Senhor
e todo o meu ser bendiga o seu nome santo.
Bendiz, ó minha alma, o Senhor
e não esqueças nenhum dos seus benefícios.

Ele perdoa todos os teus pecados
e cura as tuas enfermidades.
Salva da morte a tua vida
e coroa-te de graça e misericórdia.

O Senhor é clemente e compassivo,
paciente e cheio de bondade.
Não está sempre a repreender
nem guarda ressentimento.

Como a distância da Terra aos céus
assim é grande a sua misericórdia para os que O adoram.
Como o Oriente dista do Ocidente
assim Ele afasta de nós os nossos pecados.

Evangelho segundo S. Marcos 10,1-12.
Naquele tempo, Jesus Cristo pôs-Se a caminho e foi para o território da Judeia, além do Jordão. Voltou a reunir-se uma grande multidão junto de Jesus Cristo e Ele, segundo o seu costume, começou de novo a ensiná-la.
Aproximaram-se então de Jesus Cristo uns fariseus que, para O porem à prova, Lhe perguntaram: «Pode um homem repudiar a sua esposa?».
Jesus Cristo disse-lhes: «Que vos ordenou Moisés?».
Eles responderam: «Moisés permitiu que se passasse um certificado de divórcio para se repudiar a esposa».
Jesus Cristo disse-lhes: «Foi por causa da dureza do vosso coração (= falta de amor, de afectos) que ele vos deixou essa lei.
Mas, no princípio da criação, ‘Deus fê-los homem e mulher.
Por isso, o homem deixará pai e mãe para se unir à sua esposa
e os dois serão uma só carne’. Deste modo, já não são dois, mas uma só carne.
Portanto não separe o homem os que Deus uniu».
Em casa, os discípulos interrogaram-n’O de novo sobre este assunto.
Jesus Cristo disse-lhes então: «Quem repudiar a sua esposa e casar com outra, comete adultério contra a primeira.
E se a mulher repudiar o seu marido e casar com outro, comete adultério».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Concílio Vaticano II
Constituição Dogmática sobre a Igreja no mundo actual «Gaudium et Spes», § 48
«Maridos, amai as vossas esposas como Jesus Cristo amou a Igreja: entregando-Se por ela» (Ef 5,25)
O homem e a mulher, que pela aliança conjugal «já não são dois, mas uma só carne» (Mt. 19, 6), prestam-se recíproca ajuda e serviço com a íntima união das suas pessoas e actividades, tomam consciência da própria unidade e cada vez mais a realizam. Esta união íntima, já que é o dom recíproco de duas pessoas, exige, do mesmo modo que o bem dos filhos, a inteira fidelidade dos cônjuges e a indissolubilidade da sua união (Deus os fez homem e mulher, seres sexuados e os juntou e também lhes deu a capacidade da abstinência).
Jesus Cristo Senhor abençoou copiosamente este amor de múltiplos aspectos, nascido da fonte divina do amor e constituído à imagem da sua própria união com a Igreja (Ef 5,32). E assim como outrora Deus veio ao encontro do seu povo com uma aliança de amor e fidelidade assim agora o Salvador dos homens e Esposo da Igreja vem ao encontro dos esposos cristãos com o sacramento do matrimónio. E permanece com eles, para que, assim como Ele amou a Igreja e Se entregou por ela (Ef 5,25), de igual modo os cônjuges, dando-se um ao outro, se amem com perpétua fidelidade.
O autêntico amor conjugal é assumido no amor divino e dirigido e enriquecido pela força redentora de Jesus Cristo e pela acção salvadora da Igreja, para que, desse modo, os esposos caminhem eficazmente para Deus e sejam ajudados e fortalecidos na sua missão sublime de pai e mãe. Por este motivo, os esposos cristãos são fortalecidos e como que consagrados em ordem aos deveres do seu estado por meio de um sacramento especial; cumprindo, graças à força deste, a própria missão conjugal e familiar, penetrados do espírito de Jesus Cristo que impregna toda a sua vida de fé, esperança e caridade, avançam sempre mais na própria perfeição e mútua santificação e assim cooperam juntos para a glorificação de Deus.

Sábado, dia 21 de Maio de 2016

Sábado da 7.ª semana do Tempo Comum

Caríssimos: Sofre alguém no meio de vós? Reze. Sente-se alguém alegre? Cante.
Está doente alguém entre vós? Mande chamar os presbíteros da Igreja para que orem por ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor.
A oração feita com fé salvará o enfermo e o Senhor o restabelecerá e se tiver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados.
Confessai uns aos outros os vossos pecados e orai uns pelos outros para que sejais curados. A oração persistente do justo tem muito poder.
Elias era um homem semelhante a nós: orou com insistência para que não chovesse e não choveu sobre a Terra durante três anos e três meses.
Depois voltou a rezar e o céu deu chuva e a terra produziu o seu fruto.
Meus irmãos, se algum de vós se afastar da verdade e outro o converter,
sabei que aquele que reconduz um pecador do erro à verdade salvará a sua alma da morte e obterá o perdão de muitos pecados.
Livro de Salmos 141(140),1-2.3.8.
Senhor, a Vós clamo, socorrei-me sem demora,
escutai a minha voz quando Vos invoco.
Suba até Vós a minha oração como incenso,
elevem-se as minhas mãos como oblação da tarde.

Guardai, Senhor, a minha boca,
defendei a porta dos meus lábios.
Para Vós, Senhor, se voltam os meus olhos:
em Vós me refugio, não me desampareis.

Evangelho segundo S. Marcos 10,13-16.
Naquele tempo, apresentaram a Jesus Cristo umas crianças para que Ele lhes tocasse, mas os discípulos afastavam-nas.
Jesus Cristo, ao ver isto, indignou-Se e disse-lhes: «Deixai vir a Mim as criancinhas, não as estorveis: dos que são como elas é o reino de Deus.
Em verdade vos digo: Quem não acolher o reino de Deus como uma criança, não entrará nele». (porque para entrar no universo de Deus, do Bem é preciso confiar em Deus e nos Seus colaboradores; é preciso amar; é preciso aceitá-los como guias e protectores)
E abraçando-as, começou a abençoá-las, impondo as mãos sobre elas.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Isaac o Sírio (século VII), monge perto de Mossul
Discursos ascéticos, 1.ª série, § 19
«Quem não acolher o reino de Deus como uma criança, não entrará nele.»
Tu, que és o mais pequeno dos homens, queres encontrar a vida? Preserva em ti a fé e a humildade e encontrarás nelas a compaixão, a ajuda, as palavras que Deus te dirá no coração, mas também Aquele que te guarda e que permanece secreta e visivelmente junto de ti. Queres descobrir aquilo que te dará a vida? Percorre a via da simplicidade. Não pretendas conhecer coisa alguma diante de Deus. A fé é uma consequência da simplicidade; mas a presunção, que afasta a alma de Deus, é uma consequência da subtileza do conhecimento e dos meandros do pensamento.
Quando te apresentares diante de Deus pela oração, sê pequenino na tua mente, como uma formiga, [...] como uma criança que balbucia. [...] Aproxima-te de Deus com um coração de criança. Apresenta-te diante dele para receberes aquela solicitude com que os pais velam sobre os filhos pequenos, pois «o Senhor guarda os pequeninos». Quem se faz como uma criança pequena pode aproximar-se de uma serpente que esta não lhe fará mal. [...] Na sua inocência, o corpo daquele que é como uma criança foi coberto por uma veste invisível pela Providência oculta que guarda os seus membros frágeis para que nada possa atingi-lo.
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