sábado, 4 de julho de 2015

Cristianismo 113 até 04-07-2015



"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68

Domingo, dia 28 de Junho de 2015
13º Domingo do Tempo Comum - Ano B
Não foi Deus quem fez a morte nem Ele Se alegra com a perdição dos vivos.
Pela criação deu o ser a todas as coisas e o que nasce no mundo destina-se ao bem. Em nada existe o veneno que mata nem o poder da morte reina sobre a Terra
porque a justiça é imortal.
Deus criou o homem para ser incorruptível e fê-lo à imagem da sua própria natureza.
Foi pela inveja do Diabo que a morte entrou no mundo e experimentam-na aqueles que lhe pertencem. 
Livro de Salmos 30(29),2.4.5-6.11.12a.13b.
Eu Vos glorifico, Senhor, porque me salvastes
e não deixastes que de mim se regozijassem os inimigos.
Tirastes a minha alma da mansão dos mortos,
vivificastes-me para não descer ao túmulo.

Cantai salmos ao Senhor, vós os seus fiéis,
e dai graças ao seu nome santo.
A sua ira dura apenas um momento
e a sua benevolência a vida inteira.

Ao cair da noite vêm as lágrimas
e ao amanhecer volta a alegria.
Ouvi, Senhor, e tende compaixão de mim,
Senhor, sede Vós o meu auxílio.

Vós convertestes em júbilo o meu pranto:
Senhor, meu Deus, eu Vos louvarei eternamente. 
2ª Carta aos Coríntios 8,7.9.13-15.
Irmãos: Já que sobressaís em tudo – na fé, na eloquência, na ciência, em toda a espécie de atenções e na caridade que vos ensinámos – deveis também sobressair nesta obra de generosidade.
Conheceis a generosidade de Nosso Senhor Jesus Cristo: Ele, que era rico, fez-Se pobre por vossa causa, para vos enriquecer pela sua pobreza.
Não se trata de vos sobrecarregar para aliviar os outros, mas sim de procurar a igualdade.
Nas circunstâncias presentes, aliviai com a vossa abundância a sua indigência para que um dia eles aliviem a vossa indigência com a sua abundância e assim haverá igualdade
como está escrito: «A quem tinha colhido muito não sobrou e a quem tinha colhido pouco não faltou». 
Evangelho segundo S. Marcos 5,21-43.
Naquele tempo, depois de Jesus Cristo ter atravessado de barco para a outra margem do lago, reuniu-se uma grande multidão à sua volta e Ele deteve-Se à beira-mar.
Chegou então um dos chefes da sinagoga, chamado Jairo. Ao ver Jesus Cristo, caiu a seus pés
e suplicou-Lhe com insistência: «A minha filha está a morrer. Vem impor-lhe as mãos para que se salve e viva».
Jesus Cristo foi com ele, seguido por grande multidão, que O apertava de todos os lados.
Ora certa mulher que sofria de uma perda de sangue havia doze anos,
que sofrera muito nas mãos de vários médicos e gastara todos os seus bens sem ter obtido qualquer resultado, antes piorava cada vez mais,
tendo ouvido falar de Jesus Cristo, veio por entre a multidão e tocou-Lhe por detrás no manto,
dizendo consigo: «Se eu, ao menos, tocar nas suas vestes, ficarei curada».
No mesmo instante estancou a perda de sangue e sentiu no seu corpo que estava curada da doença.
Jesus Cristo notou logo que saíra uma força de Si mesmo. Voltou-Se para a multidão e perguntou: «Quem tocou nas minhas vestes?».
Os discípulos responderam-Lhe: «Vês a multidão que Te aperta e perguntas: ‘Quem Me tocou?’».
Mas Jesus Cristo olhou em volta para ver quem Lhe tinha tocado.
A mulher, assustada e a tremer, por saber o que lhe tinha acontecido, veio prostrar-se diante de Jesus Cristo e disse-Lhe a verdade.
Jesus Cristo respondeu-lhe: «Minha filha, a tua fé te salvou. Vai em paz e fica curada do teu mal».
Ainda Ele falava quando vieram dizer da casa do chefe da sinagoga: «A tua filha morreu. Porque estás ainda a importunar o Mestre?».
Mas Jesus Cristo, ouvindo estas palavras, disse ao chefe da sinagoga: «Não temas; basta que tenhas fé»
e não deixou que ninguém O acompanhasse, a não ser Pedro, Tiago e João, irmão de Tiago.
Quando chegaram a casa do chefe da sinagoga, Jesus Cristo encontrou grande alvoroço com gente que chorava e gritava.
Ao entrar, perguntou-lhes: «Porquê todo este alarido e tantas lamentações? A menina não morreu; está a dormir».
Mas riram-se d’Ele. Jesus Cristo, depois de os ter mandado sair a todos, levando consigo apenas o pai da menina e os que vinham com Ele, entrou no local onde jazia a menina,
pegou-lhe na mão e disse: «Talita Kum» que significa: «Menina, Eu te ordeno: Levanta-te».
Ela ergueu-se imediatamente e começou a andar, pois já tinha doze anos. Ficaram todos muito maravilhados.
Jesus Cristo recomendou-lhes insistentemente que ninguém soubesse do caso e mandou dar de comer à menina. 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos -www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Cardeal Joseph Ratzinger (Bento XVI, Papa de 2005 a 2013)
Der Gott Jesu Christi 
«Jovem, Eu te ordeno, levanta-te»
«Vós não me entregareis à mansão dos mortos» (Sl 16,10). Esta palavra da Escritura cumpre-se em Jesus Cristo que ressuscita ao terceiro dia, antes de se iniciar a decomposição do corpo. A morte de Jesus Cristo condu-Lo ao túmulo, mas não à corrupção. É a morte da morte […]. Essa vitória sobre o poder da morte, no próprio momento em que ela parece irrevogável, é um ponto capital do testemunho bíblico […]: o poder de Deus que respeita a sua criação, não está dependente da lei da morte.
É certo que a morte é a forma fundamental do mundo, tal como ele é actualmente. Mas a vitória sobre a morte, a sua supressão real e não apenas em pensamento, é hoje, como foi sempre, uma aspiração e uma busca do homem. A ressurreição de Jesus Cristo declara-nos que esta vitória é efectivamente possível, que a morte não fazia parte da estrutura da criação, da matéria, no princípio e de forma irreversível […]. E diz-nos também que é impossível alcançar a vitória sobre as fronteiras da morte por via de métodos clínicos aperfeiçoados. Essa vitória só se dá pelo poder criador da Palavra de Deus e do Amor. Estes são os únicos poderes com força suficiente para alterar a estrutura da matéria de uma forma tão radical que as fronteiras da morte se tornem ultrapassáveis. […]
A fé na ressurreição é uma profissão de fé na existência real de Deus e uma profissão de fé na sua criação, no «sim» incondicional que caracteriza a relação de Deus com a criação e com a matéria […]. É isso que nos autoriza a cantar o aleluia pascal no meio de um mundo sobre o qual paira a sombra ameaçadora da morte.
Segunda-feira, dia 29 de Junho de 2015
São Pedro e São Paulo, apóstolos - Solenidade
Festa da Igreja : Solenidade de São Pedro e S. Paulo (ofício próprio)
Santo do dia : 
S. Pedro, apóstoloS. Paulo, apóstolo

Livro dos Actos dos Apóstolos 12,1-11.
Naqueles dias, o rei Herodes começou a perseguir alguns membros da Igreja.
Mandou matar à espada Tiago, irmão de João,
e, vendo que tal procedimento agradava aos judeus, mandou prender também Pedro. Era nos dias dos Ázimos.
Mandou-o prender e meter na cadeia, entregando-o à guarda de quatro piquetes de quatro soldados cada um, com a intenção de o fazer comparecer perante o povo, depois das festas da Páscoa.
Enquanto Pedro era guardado na prisão, a Igreja orava instantemente a Deus por ele.
Na noite anterior ao dia em que Herodes pensava fazê-lo comparecer, Pedro dormia entre dois soldados, preso a duas correntes, enquanto as sentinelas, à porta, guardavam a prisão.
De repente, apareceu o Anjo do Senhor e uma luz iluminou a cela da cadeia. O Anjo acordou Pedro, tocando-lhe no ombro e disse-lhe: «Levanta-te depressa». E as correntes caíram-lhe das mãos.
Então o Anjo disse-lhe: «Põe o cinto e calça as sandálias». Ele assim fez. Depois acrescentou: «Envolve-te no teu manto e segue-me».
Pedro saiu e foi-o seguindo, sem perceber a realidade do que estava a acontecer por meio do Anjo; julgava que era uma visão.
Depois de atravessarem o primeiro e o segundo posto da guarda, chegaram à porta de ferro que dá para a cidade e a porta abriu-se por si mesma diante deles. Saíram, avançando por uma rua e subitamente o Anjo desapareceu.
Então Pedro, voltando a si, exclamou: «Agora sei realmente que o Senhor enviou o seu Anjo e me libertou das mãos de Herodes e de toda a expectativa do povo judeu». 
Livro de Salmos 34(33),2-3.4-5.6-7.8-9.
A toda a hora bendirei o Senhor, o seu louvor estará sempre na minha boca.
A minha alma gloria-se no Senhor: escutem e alegrem-se os humildes.
Enaltecei comigo o Senhor e exaltemos juntos o seu nome.
Procurei o Senhor e Ele atendeu-me, libertou-me de toda a ansiedade.
Voltai-vos para Ele e ficareis radiantes, o vosso rosto não se cobrirá de vergonha.
Este pobre clamou e o Senhor o ouviu, salvou-o de todas as angústias.
O Anjo do Senhor protege os que O adoram e defende-os dos perigos.
Saboreai e vede como o Senhor é bom: feliz o homem que n’Ele se refugia.

2ª Carta a Timóteo 4,6-8.17-18.
Caríssimo: Eu já estou oferecido em libação e o tempo da minha partida está iminente.
Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé.
E agora já me está preparada a coroa da justiça que o Senhor, justo juiz, me há-de dar naquele dia; e não só a mim, mas a todos aqueles que tiverem esperado com amor a sua vinda.
O Senhor esteve a meu lado e deu-me força para que, por meu intermédio, a mensagem do Evangelho fosse plenamente proclamada e todos os pagãos a ouvissem e eu fui libertado da boca do leão.
O Senhor me livrará de todo o mal e me dará a salvação no seu reino celeste. Glória a Ele pelos séculos dos séculos. Amen. 
Evangelho segundo S. Mateus 16,13-19.
Naquele tempo, Jesus Cristo foi para os lados de Cesareia de Filipe e perguntou aos seus discípulos: «Quem dizem os homens que é o Filho do homem?».
Eles responderam: «Uns dizem que é João Baptista, outros que é Elias, outros que é Jeremias ou algum dos profetas».
Jesus Cristo perguntou: «E vós, quem dizeis que Eu sou?».
Então Simão Pedro tomou a palavra e disse: «Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo».
Jesus Cristo respondeu-lhe: «Feliz de ti, Simão, filho de Jonas, porque não foram a carne e o sangue que to revelaram, mas sim meu Pai que está nos Céus.
Também Eu te digo: Tu és Pedro; sobre esta pedra edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.
Dar-te-ei as chaves do reino dos Céus: tudo o que ligares na Terra será ligado nos Céus e tudo o que desligares na Terra será desligado nos Céus». 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos -www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São Leão Magno (?-c. 461), papa, doutor da Igreja
Serão 82/69 para o aniversário dos apóstolos Pedro e Paulo 
«Quando fores velho, levar-te-ão para onde não quererias ir» (Jo 21,18)
Tu não receias vir a esta cidade de Roma, ó santo apóstolo Pedro![...] Não temes Roma, senhora do mundo, tu que em casa de Caifás tiveste medo diante da criada do sumo-sacerdote. O poder dos imperadores Cláudio e Nero é então menor que o julgamento de Pilatos ou o furor dos chefes dos judeus? É que a força do amor triunfou em ti sobre as razões do temor; não te pareceu que devias recear aqueles que recebeste a missão de amar. Recebeste essa caridade intrépida quando o amor que tinhas professado pelo Senhor foi fortalecido pela sua tripla pergunta (Jo 21,15ss). [...] E para acrescentar a tua confiança, havia ainda os sinais de tantos milagres, o dom de tantos carismas, a experiência de tantas obras maravilhosas! [...] Assim sem duvidar da fecundidade da tarefa nem ignorar o tempo que te faltava viver, trazias o troféu da cruz de Cristo a Roma onde, por divina predestinação, te esperavam a honra da autoridade e a glória do martírio.
A essa mesma cidade chegava São Paulo, apóstolo contigo, instrumento escolhido (Act 9,19) e mestre dos pagãos (1Tim 2,7), para estar contigo nesse tempo em que toda a inocência, toda a liberdade, todo o pudor eram já oprimidos sob o poder de Nero. Foi ele o primeiro que, na sua loucura, decretou uma perseguição geral e atroz contra os cristãos como se a graça de Deus pudesse ser extinta com o massacre dos santos. [...] Mas «preciosa aos olhos do Senhor é a morte dos seus santos» (Sl 115,15). Nenhuma crueldade poderia destruir a religião fundada pelo mistério da cruz de Cristo. A Igreja não foi diminuída, mas acrescentada pelas perseguições; o campo do Senhor reveste-se sem cessar de uma seara mais rica quando os grãos, que ao cair estavam sós, renascem multiplicados (Jo 12,24).
Que descendência não deram, ao desenvolver-se, estas duas plantas divinamente semeadas! Milhares de santos mártires, imitando o triunfo destes dois apóstolos, coroaram esta cidade com um diadema de pedras preciosas que ninguém pode contar.
Terça-feira, dia 30 de Junho de 2015
Terça-feira da 13ª semana do Tempo Comum
Santo do dia : Santos Protomártires da Igreja de Roma, 64-67S. Marçal, bispo, séc. III, S. Pedro e S. Paulo (no Brasil)

Livro de Génesis 19,15-29.
Naqueles dias, os Anjos que se tinham hospedado em casa de Lot insistiram com ele, dizendo: «Levanta-te, toma a tua esposa e as duas filhas que aqui estão para que não pereças no castigo de Sodoma».
E como ele hesitasse, os homens tomaram-no pela mão assim como à esposa e às duas filhas porque o Senhor queria poupá-los.
Quando os levavam para fora da cidade, um deles disse: «Foge, se queres salvar a vida. Não olhes para trás nem te demores em nenhum lugar da planície. Foge para os montes para não pereceres».
Lot respondeu: «Isso não, meu Senhor, eu te peço.
O teu servo encontrou graça a teus olhos e mostraste-me uma grande misericórdia, salvando-me a vida, mas não posso fugir para os montes sem que a desgraça caia sobre mim e eu morra.
Olha, perto daqui há uma pequena cidade onde posso refugiar-me e escapar do perigo. Como a cidade é pequena, ali salvarei a vida».
Ele respondeu: «Está bem. Concedo-te ainda esta graça: não destruirei a cidade de que falas.
Foge depressa para lá porque nada posso fazer enquanto não tiveres lá chegado». – É por isso que se deu àquela cidade o nome de Soar.
Começava o sol a aparecer sobre a terra quando Lot entrou em Soar.
Então o Senhor fez chover sobre Sodoma e Gomorra enxofre e fogo que vinham do alto dos céus.
Destruiu aquelas cidades e toda a planície bem como todos os seus habitantes e a vegetação da terra.
Entretanto a mulher de Lot olhou para trás e transformou-se numa estátua de sal.
Abraão levantou-se muito cedo e foi ao local onde estivera na presença do Senhor.
Olhou para Sodoma e Gomorra e para toda a planície e viu o fumo que subia da terra como fumo de uma fornalha.
Foi assim que, ao destruir as cidades da planície, Deus se recordou de Abraão e fez que Lot escapasse à catástrofe quando destruiu as cidades em que ele habitara. 
Livro de Salmos 26(25),2-3.9-10.11-12.
Observai-me, Senhor, e ponde-me à prova,
purificai-me os rins e o coração.
Tenho sempre diante de mim a vossa bondade
e deixo-me guiar pela vossa verdade.

Não permitais que a minha alma se junte aos pecadores
nem a minha vida aos homens sanguinários.
Suas mãos estão cheias de crimes
e a sua dextra foi subornada.

Eu, porém procedo com rectidão:
salvai-me e tende piedade de mim.
Os meus pés seguem por caminho recto:
nas assembleias bendirei o Senhor.

Evangelho segundo S. Mateus 8,23-27.
Naquele tempo, Jesus Cristo subiu para o barco e os discípulos acompanharam-n’O.
Entretanto, levantou-se no mar tão grande tormenta que as ondas cobriam o barco. Jesus Cristo dormia.
Aproximaram-se os discípulos e acordaram-n’O, dizendo: «Salva-nos, Senhor, que estamos perdidos».
Disse-lhes Jesus Cristo: «Porque temeis, homens de pouca fé?». Então levantou-Se, falou imperiosamente ao vento e ao mar e fez-se grande bonança.
Os homens ficaram admirados e disseram: «Quem é este homem que até o vento e o mar Lhe obedecem?». 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos -www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
São Cirilo de Jerusalém (313-350), bispo de Jerusalém, doutor da Igreja
Catequeses baptismais, nº 10 
«Quem é Este?»
Se alguém quer honrar Deus, que se prostre diante de seu Filho. Sem isso, o Pai não aceita ser adorado. Do alto do céu, o Pai fez ouvir as suas palavras: «Este é o meu filho muito amado, em quem pus as minhas complacências» (Mt 3,17). O Pai encontra a sua alegria no Filho. Se também tu não achares a tua alegria nele, não terás a vida. [...] Depois de ter reconhecido que há um só Deus, reconhece também o Filho único de Deus, crê «num só Senhor Jesus Cristo» (Credo). Dizemos «um só» porque só Ele é Filho, embora tenha muitos nomes. [...]
«Ele é chamado Cristo» (Mt 1,16), que quer dizer ungido, um Cristo que não recebeu a sua unção de mãos humanas, mas que foi ungido desde toda a eternidade pelo Pai para exercer em favor dos homens o sacerdócio supremo. [...] É chamado «Filho do Homem», não porque tenha a sua origem na terra, como nós, mas porque há-de vir sobre as nuvens para julgar os vivos e os mortos (Mt 24,30). É chamado «Senhor», não abusivamente como os senhores humanos, mas porque o senhorio Lhe pertence por natureza desde toda a eternidade. É chamado, muito correctamente, «Jesus», que quer dizer «o Senhor salva» (Mt 1,21), pois Ele salva curando. É chamado «Filho», não porque uma adopção O tenha elevado a esse título, mas porque foi gerado segundo a sua natureza.
Há ainda muitas outras denominações do nosso Salvador. [...] No interesse de cada um, Jesus Cristo mostra-Se sob diversos aspectos. Para os que precisam de alegria, faz-Se «videira» (Jo 15,1), para os que precisam de entrar, é «a porta» (Jo 10,7); e para os que querem apresentar as suas orações, aí está Ele, «Sumo Sacerdote» (Heb 7,26) e «Mediador» (1Tim 2,5). Para os pecadores, fez-Se também «cordeiro» (Act 8,32) para ser imolado por eles. Faz-se «tudo para todos» (1Cor 9,22), permanecendo Ele mesmo aquilo que é por natureza.

Quarta-feira, dia 01 de Julho de 2015

Quarta-feira da 13ª semana do Tempo Comum
Festa da Igreja : Preciosíssimo Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo
Calendário da Igreja disponível este dia 

Livro de Génesis 21,5.8-20.
Abraão tinha cem anos quando lhe nasceu seu filho Isaac.
O menino cresceu e foi desmamado. No dia em que Isaac foi desmamado, Abraão deu uma grande festa.
Sara notou que o filho dado a Abraão pela egípcia Agar brincava com o seu filho Isaac
e disse a Abraão: «Expulsa esta escrava e o seu filho para que o filho da escrava não seja herdeiro com meu filho Isaac».
Isto desagradou muito a Abraão, por causa de Ismael.
Mas Deus disse: «Não te aflijas por causa do menino e da tua escrava. Concede a Sara tudo o que ela te pedir porque de Isaac sairá a descendência que perpetuará o teu nome.
Mas do filho da escrava também farei um grande povo porque é teu descendente».
Abraão levantou-se muito cedo, tomou pão e um odre de água e deu-os a Agar. Em seguida pôs-lhe o menino aos ombros e mandou-a embora. Ela saiu e andou errante no deserto de Bersabé.
Quando a água do odre se acabou, Agar deitou o menino debaixo dum arbusto
e foi sentar-se em frente dele, à distância de um tiro de arco. Dizia consigo: «Não quero ver morrer o menino». Sentou-se a uma certa distância e o menino começou a chorar.
Deus ouviu os gritos do menino e o Anjo de Deus chamou Agar do alto dos Céus, dizendo: «Que tens, Agar? Não temas. Deus ouviu os gritos do menino no lugar onde Ele está.
Ergue-te, levanta o menino e segura-o em teus braços porque Eu farei dele um grande povo».
Deus abriu-lhe os olhos e ela viu um poço de água. Foi encher de água o odre e deu de beber ao menino.
Deus estava com o menino e ele cresceu, habitou no deserto e tornou-se um atirador de arco. 
Livro de Salmos 34(33),7-8.10-11.12-13.
O pobre clamou e o Senhor o ouviu,
salvou-o de todas as angústias.
O Anjo do Senhor protege os que O adoram e defende-os dos perigos.

Adorai o Senhor, vós os seus fiéis, porque nada falta aos que O adoram.
Os poderosos empobrecem e passam fome, aos que procuram o Senhor não faltará riqueza alguma.

Vinde, filhos, escutai-me,
vou ensinar-vos o amor do Senhor.
Qual é o homem que ama a vida,
que deseja longos dias de felicidade?

Evangelho segundo S. Mateus 8,28-34.
Naquele tempo, quando Jesus Cristo chegou à região dos gadarenos, na outra margem do lago, vieram ao seu encontro, saindo dos túmulos, dois endemoninhados. Eram tão furiosos que ninguém se atrevia a passar por aquele caminho.
E disseram aos gritos: «Que tens a ver connosco, Filho de Deus? Vieste aqui para nos atormentar antes do tempo?».
Ora perto dali, andava a pastar uma grande vara de porcos.
Os demónios suplicavam a Jesus Cristo, dizendo: «Se nos expulsas, manda-nos para a vara de porcos».
Jesus Cristo respondeu-lhes: «Então ide». Eles saíram e foram para os porcos. Então os porcos precipitaram-se pelo despenhadeiro abaixo e afogaram-se no lago.
Os guardadores fugiram e foram à cidade contar tudo o que acontecera, incluindo o caso dos endemoninhados.
Toda a cidade saiu ao encontro de Jesus Cristo. Quando O viram, pediram-Lhe que Se retirasse do seu território. 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos -www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Santo Inácio de Loyola (1491-1556), fundador dos jesuítas
Exercícios espirituais: regras para maior discernimento dos espíritos. 
«Resida nos vossos corações a paz de Cristo, para a qual fostes chamados» (Col 3, 15)
É próprio de Deus e dos seus anjos, em suas moções, dar verdadeira alegria e gozo espiritual, tirando toda a tristeza e perturbação que o inimigo suscita. Deste é próprio lutar contra a alegria e consolação espiritual, apresentando razões aparentes, subtilezas e contínuas falácias. Só a Deus Nosso Senhor pertence dar consolação à alma sem causa precedente. É próprio do Criador entrar, sair, produzir moções na alma, trazendo-a toda ao amor de sua Divina Majestade. Digo: sem causa, [isto é,] sem nenhum prévio sentimento ou conhecimento de algum objecto pelo qual venha essa consolação, mediante os seus actos de entendimento e vontade.
É próprio do anjo mau, que se disfarça «em anjo de luz» (2Cor 11, 14), entrar com o que se acomoda à alma devota e sair com o que lhe convém a si, isto é, propor pensamentos bons e santos acomodados a essa alma justa, e depois, pouco a pouco, procurar trazer a alma aos seus enganos encobertos e perversas intenções.
Devemos estar muito atentos ao decurso dos nossos pensamentos. Se o princípio, meio e fim são inteiramente bons, inclinando em tudo ao bem, é sinal do bom anjo. Mas se o decurso dos pensamentos acaba nalguma coisa má ou distractiva ou menos boa do que aquela que a alma antes se propusera fazer ou a enfraquece ou inquieta ou a perturba tirando-lhe a paz, a tranquilidade e quietude que antes tinha, é claro sinal de que procede do mau espírito, inimigo do nosso proveito e salvação eterna [...]. Naqueles que progridem de bem em melhor, o anjo bom toca-lhes a alma doce, leve e suavemente como uma gota de água que penetra numa esponja e o mau [anjo] toca agudamente com ruído e agitação.
Quinta-feira, dia 02 de Julho de 2015
Quinta-feira da 13ª semana do Tempo Comum
Livro de Génesis 22,1-19.
Naqueles dias, Deus quis pôr à prova Abraão e chamou-o: «Abraão!» Ele respondeu: «Aqui estou».
Deus disse: «Toma o teu filho, o teu único filho, a quem tanto amas, Isaac, e vai à terra de Moriá onde o oferecerás em holocausto num dos montes que Eu te indicar».
Abraão levantou-se de manhã cedo, aparelhou o jumento, tomou consigo dois dos seus servos e o seu filho Isaac. Cortou a lenha para o holocausto e pôs-se a caminho do local que Deus lhe indicara.
Ao terceiro dia, Abraão ergueu os olhos e viu de longe o local.
Disse então aos servos: «Ficai aqui com o jumento. Eu e o menino iremos além fazer adoração e voltaremos para junto de vós».
Abraão apanhou a lenha do holocausto e pô-la aos ombros do seu filho Isaac. Depois, tomou nas mãos o fogo e o cutelo e seguiram juntos o caminho.
Isaac disse a Abraão: «Meu pai». Ele respondeu: «Que queres, meu filho?». Isaac prosseguiu: «Temos aqui fogo e lenha; mas onde está o cordeiro para o holocausto?».
Abraão respondeu: «Deus providenciará o cordeiro para o holocausto, meu filho». E continuaram juntos o caminho.
Quando chegaram ao local designado por Deus, Abraão levantou um altar e colocou a lenha sobre ele, atou seu filho Isaac e pô-lo sobre o altar em cima da lenha.
Depois, estendendo a mão, puxou do cutelo para degolar o filho,
mas o Anjo do Senhor gritou-lhe do alto do Céu: «Abraão, Abraão!». «Aqui estou, Senhor», respondeu ele.
O Anjo prosseguiu: «Não levantes a mão contra o menino, não lhe faças nenhum mal. Agora sei que na verdade adoras a Deus, uma vez que não Me recusaste o teu filho, o teu filho único».
Abraão ergueu os olhos e viu atrás de si um carneiro, preso pelos chifres num silvado. Foi buscá-lo e ofereceu-o em holocausto, em vez do filho.
Abraão deu ao local este nome: «O Senhor providenciará» e ainda hoje se diz: «Sobre a colina o Senhor providenciará».
O Anjo do Senhor chamou Abraão, do Céu, pela segunda vez,
e disse-lhe: «Por Mim próprio te juro __ oráculo do Senhor __ já que assim procedeste e não Me recusaste o teu filho, o teu filho único,
abençoar-te-ei e multiplicarei a tua descendência como as estrelas do céu e como a areia que está nas praias do mar e a tua descendência conquistará as portas das cidades inimigas.
Porque obedeceste à minha voz, na tua descendência serão abençoadas todas as nações da Terra».
Abraão foi ter de novo com os seus servos e juntos puseram-se a caminho de Bersabé onde Abraão ficou a morar. 
Livro de Salmos 115(113B),1-2.3-4.5-6.8-9.
Amo o Senhor
porque ouviu a voz da minha súplica.
Ele me atendeu
no dia em que O invoquei.
Apertaram-me os laços da morte,
caíram sobre mim as angústias do além,
vi-me na aflição e na dor.

Então invoquei o Senhor:
«Senhor, salvai a minha alma».
Justo e compassivo é o Senhor,
o nosso Deus é misericordioso.
O Senhor guarda os simples:

estava sem forças e o Senhor salvou-me.
Livrou da morte a minha alma,
das lágrimas os meus olhos,
da queda os meus pés,
Andarei na presença do Senhor
sobre a terra dos vivos.

Evangelho segundo S. Mateus 9,1-8.
Naquele tempo, Jesus Cristo subiu para um barco, atravessou o mar e foi para a cidade de Cafarnaum.
Apresentaram-Lhe então um paralítico que jazia numa enxerga. Ao ver a fé daquela gente, Jesus Cristo disse ao paralítico: «Filho, tem confiança; os teus pecados estão perdoados».
Alguns escribas disseram para consigo: «Este homem está a blasfemar».
Mas Jesus Cristo, conhecendo os seus pensamentos, disse: «Porque pensais mal em vossos corações?
Na verdade, que é mais fácil: dizer: ‘Os teus pecados estão perdoados’ ou dizer: ‘Levanta-te e anda’?
Pois bem. Para saberdes que o Filho do homem tem na terra o poder de perdoar os pecados, ‘Levanta-te __ disse Ele ao paralítico __ toma a tua enxerga e vai para casa’.
O homem levantou-se e foi para casa.
Ao ver isto, a multidão ficou cheia de temor e glorificava a Deus por ter dado tal poder aos homens. 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos -www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja
Homilias sobre o Evangelho de Mateus, nº 29,1 
«Quem pode perdoar pecados senão Deus?» (Mc 2,7)
«Apresentaram-Lhe um paralítico.» São Mateus diz simplesmente que esse paralítico foi levado a Jesus Cristo. Outros evangelistas narram que foi descido por uma abertura no tecto e apresentado ao Salvador sem nada pedir, deixando que fosse Ele a decidir sobre a cura. [...]
O evangelho diz: «Vendo Jesus Cristo a fé deles», isto é, dos que Lhe levaram o paralítico. Reparai que, algumas vezes, Jesus Cristo não faz caso nenhum da fé do doente: talvez ele seja incapaz de a ter por estar inconsciente ou possuído por um espírito mau, mas este paralítico tinha uma grande confiança em Jesus Cristo; de outra forma, como teria permitido que o descessem até Ele? Jesus Cristo responde a essa confiança com um prodígio extraordinário. Com o poder do próprio Deus, perdoa os pecados a esse homem. Mostra assim ser igual ao Pai, verdade que já tinha mostrado quando dissera ao leproso: «Quero, fica purificado!» (Mt 8,3), [...] quando, com uma só palavra, tinha acalmado o mar em fúria (Mt 8,26) ou quando, como Deus, tinha expulsado os demónios que reconheciam nele o seu soberano e o seu juiz (cf Mt 8,32). Ora aqui Ele mostra aos seus adversários, para grande espanto destes, que é igual ao Pai.
E o Salvador mostra também, mais uma vez, que rejeita tudo o que é espectacular ou fonte de glória vã. A multidão pressiona-O de todos os lados, mas Ele não tem pressa em fazer um milagre visível, curando a paralisia exterior desse homem. [...] Começa por fazer um milagre invisível, curando-lhe a alma. Essa cura é infinitamente mais vantajosa para o homem  e, na aparência, menos gloriosa para Jesus Cristo.
Sexta-feira, dia 03 de Julho de 2015
S. Tomé, apóstolo – Festa
Carta aos Efésios 2,19-22.
Irmãos: Já não sois estrangeiros nem imigrantes, mas sois concidadãos dos santos e membros da casa de Deus,  
edificados sobre o alicerce dos Apóstolos e dos Profetas, tendo por pedra angular o próprio Cristo Jesus.
É nele que toda a construção, bem ajustada, cresce para formar um templo santo, no Senhor.
É nele que também vós sois integrados na construção para formardes uma habitação de Deus, pelo Espírito. 
Livro de Salmos 117(116),1.2.
Louvai o Senhor, todas as nações,
aclamai-O todos os povos.
É firme a sua misericórdia para connosco,
a fidelidade do Senhor permanece para sempre.

Evangelho segundo S. João 20,24-29.
Naquele tempo, Tomé, um dos Doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus Cristo.
Disseram-lhe os outros discípulos: «Vimos o Senhor». Mas ele respondeu-lhes: «Se não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, se não meter o dedo no lugar dos cravos e a mão no seu lado, não acreditarei».
Oito dias depois, estavam os discípulos outra vez em casa e Tomé com eles. Veio Jesus Cristo, estando as portas fechadas, apresentou-Se no meio deles e disse: «A paz esteja convosco».
Depois disse a Tomé: «Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos; aproxima a tua mão e mete-a no meu lado e não sejas incrédulo, mas crente».
Tomé respondeu-Lhe: «Meu Senhor e meu Deus!».
Disse-lhe Jesus Cristo: «Porque Me viste acreditaste: felizes os que acreditam sem terem visto». 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos -www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São Cirilo de Alexandria (380-444), bispo, doutor da Igreja
Comentário sobre o Evangelho de São João, 12, 22; PG 74, 729 
«Felizes os que acreditam sem terem visto»
Estas palavras do Senhor são plenamente conformes à misericórdia de Deus e podem ser-nos de grande proveito. Também aqui vemos quanto Ele Se preocupou com a nossa alma porque Ele é bom, porque «quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade» (1Tim 2,4).
Mas isto pode surpreender-nos porque Ele teve de ter paciência para com Tomé tal como para com os outros discípulos que O tomavam por um espírito ou um fantasma. Teve ainda, para convencer o mundo inteiro, de mostrar as marcas dos cravos e a ferida do lado. Enfim, de maneira surpreendente e sem que a necessidade a isso O constrangesse, teve de tomar alimento a fim de não deixar motivo algum para dúvidas aos que tinham necessidade de tais sinais (Lc 24,41) […].
Quem não viu, mas acolhe e tem por verdadeiro o que lhe contam, honra, por uma fé notável, os mistérios da fé que lhe proclamaram. Assim chamamos bem-aventurados a todos os que acreditaram graças à palavra dos apóstolos que foram «testemunhas oculares» das grandes acções de Jesus Cristo «e servos da Palavra» como o diz São Lucas (Lc 1,2) porque temos de os escutar se estamos tomados por um amor apaixonado pela vida eterna e se damos valor a encontrar no céu a nossa morada.
Sábado, dia 04 de Julho de 2015
Sábado da 13ª semana do Tempo Comum
Quando Isaac envelheceu, os olhos enfraqueceram-lhe tanto que já não via. Chamou então seu filho Esaú e disse-lhe: «Meu filho». Ele respondeu-lhe: «Aqui estou».
Isaac continuou: «Como vês, estou velho e não sei o dia da minha morte.
Agora toma as tuas armas, a tua aljava e o teu arco, vai ao campo e apanha-me alguma peça de caça.
Depois prepara-me um prato como eu gosto e traz-mo aqui para eu comer a fim de que eu te abençoe antes de morrer».
Rebeca escutou a conversa de Isaac com seu filho Esaú. Este foi ao campo apanhar a caça que devia trazer.
Entretanto Rebeca tomou as roupas de Esaú, seu filho mais velho, as melhores que tinha em casa, e vestiu-as a Jacob, seu filho mais novo,
cobrindo-lhe os braços e a parte lisa do pescoço com pele de cabrito.
Depois colocou nas mãos de seu filho Jacob o pão e o prato que tinha preparado.
Jacob foi ter com o pai e disse-lhe: «Meu pai». Este respondeu: «Estou aqui. Quem és tu, meu filho?».
Jacob disse ao pai: «Sou Esaú, o teu filho primogénito. Fiz o que me ordenaste. Levanta-te, senta-te e come da minha caça e a seguir dá-me a tua bênção».
Isaac disse ao filho: «Como a encontraste tão depressa, meu filho?». Ele respondeu: «Foi o Senhor, teu Deus, que ma pôs no caminho».
Isaac disse a Jacob: «Então aproxima-te para eu te poder tocar, meu filho, e saber se és ou não meu filho Esaú».
Jacob aproximou-se de Isaac, seu pai, que lhe tocou e disse: «A voz é de Jacob, mas os braços são de Esaú».
Como ele tinha os braços peludos, como os de Esaú, seu irmão, Isaac não o reconheceu e deu-lhe a bênção.
Entretanto voltou a perguntar-lhe: «Tu és realmente meu filho Esaú?». E ele respondeu-lhe: «Sou eu mesmo».
Disse Isaac: «Traz-me então a tua caça para eu comer, meu filho, e te dar a minha bênção». Jacob serviu-lha e ele comeu; trouxe-lhe vinho e ele bebeu.
Então seu pai disse: «Aproxima-te, meu filho, e beija-me».
Ele aproximou-se e beijou o pai. Quando este lhe aspirou o perfume das vestes, deu-lhe a bênção, dizendo: «Sim, o aroma de meu filho é como o aroma de um campo que o Senhor abençoou.
Queira Deus conceder-te o orvalho do céu e a riqueza da terra, trigo e vinho em abundância.
Sirvam-te as nações, prostrem-se os povos a teus pés. Sê o senhor de teus irmãos, prostrem-se diante de ti os filhos de tua mãe. Maldito seja quem te amaldiçoar, bendito seja quem te abençoar». 
Livro de Salmos 135(134),1-2.3-4.5-6.
Louvai o nome do Senhor,
louvai-O, servos do Senhor,
vós que estais no templo do Senhor,
nos átrios da casa do nosso Deus.

Louvai o Senhor porque Ele é bom,
cantai ao seu nome porque é suave.
O Senhor escolheu Jacob,
Israel como sua propriedade.

Eu sei que o Senhor é grande,
o nosso Deus é maior do que todos os deuses.
Tudo quanto o Senhor quer, Ele o faz,
no céu e na terra, no mar e nos abismos.

Evangelho segundo S. Mateus 9,14-17.
Naquele tempo, os discípulos de João Baptista foram ter com Jesus e perguntaram-Lhe: «Por que motivo nós e os fariseus jejuamos e os teus discípulos não jejuam?».
Jesus Cristo respondeu-lhes: «Podem os companheiros do esposo ficar de luto enquanto o esposo estiver com eles? Dias virão em que o esposo lhes será tirado: nesses dias jejuarão.
Ninguém põe remendo de pano novo em vestido velho porque o remendo repuxa o vestido e o rasgão fica maior.
Nem se deita vinho novo em odres velhos; aliás os odres rebentam, derrama-se o vinho e perdem-se os odres, mas deita-se o vinho novo em odres novos e assim ambas as coisas se conservam». 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos -www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São Paciano de Barcelona (?-c. 390), bispo
Homilia sobre o baptismo 
«O Esposo está com eles»
O pecado de Adão foi comunicado a todo o género humano, a todos os seus filhos. [...] Portanto é necessário que também a justiça de Jesus Cristo seja comunicada a todo o género humano; tal como Adão, pelo pecado, fez perder a vida à sua descendência, também Jesus Cristo, pela justiça, dará a vida aos seus filhos (cf Rom 5,19ss) [...].
No fim dos tempos, Jesus Cristo recebeu de Maria uma alma e a nossa carne. A esta carne, veio Ele salvá-la; não a entregou na morada dos mortos (Sl 15,10), mas uniu-a ao seu espírito e fê-la sua. São as núpcias do Senhor, a sua união a uma só carne a fim de que, segundo «o grande mistério», sejam «dois uma só carne»: Jesus Cristo e a Igreja (Ef 5,31). O povo cristão nasceu destas núpcias sobre as quais desceu o Espírito do Senhor. Essas sementes vindas do céu dispersaram-se na substância das nossas almas e aí se misturaram. Desenvolvemo-nos então nas entranhas da nossa Mãe e, crescendo no seu seio, recebemos a vida em Jesus Cristo. É por isso que o apóstolo Paulo diz: «o primeiro homem, Adão, foi feito um ser vivente e o último Adão, um espírito que vivifica» (1Cor 15,45)
É assim que Jesus Cristo gera filhos na Igreja através dos seus sacerdotes, como o diz o mesmo apóstolo: «Fui eu que vos gerei em Cristo Jesus, pelo Evangelho» (1Cor 4,15) e é assim pelo Espírito de Deus: Jesus Cristo faz nascer o homem novo formado no seio de sua Mãe e posto no mundo na pia baptismal pelas mãos do sacerdote com a fé por testemunho. [...] Temos, pois de acreditar que podemos nascer [...] e que é Jesus Cristo quem nos dá a vida. O apóstolo João o diz: «A quantos O receberam, aos que nele crêem, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus» (Jo 1,12).
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O meu clube de  leitura

Os meus filmes

1.º – As Amendoeiras em Flor e o Corridinho Algarvio.wmv           http://www.youtube.com/watch?v=NtaRei5qj9M&feature=youtu.be
2.º – O Cemitério de Lagos
3.º – Lagos e a sua Costa Dourada
4.º – Natal de 2012
5.º – Tempo de Poesia

Os meus blogues

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