sábado, 18 de julho de 2015

Cristianismo 115 até 18-07-2015


"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68

Domingo, dia 12 de Julho de 2015

15º Domingo do Tempo Comum - Ano B

Naqueles dias, Amasias, sacerdote de Betel, disse a Amós: «Vai-te daqui, vidente. Foge para a terra de Judá. Aí ganharás o pão com as tuas profecias,
mas não continues a profetizar aqui em Betel que é o santuário real, o templo do reino».
Amós respondeu a Amasias: «Eu não era profeta nem filho de profeta. Era pastor de gado e cultivava sicómoros.
Foi o Senhor que me tirou da guarda do rebanho e me disse: ‘Vai profetizar ao meu povo de Israel’».
Livro de Salmos 85(84),9ab-10.11-12.13-14.
Deus fala de paz ao seu povo e aos seus fiéis
e a quantos de coração a Ele se convertem.
A sua salvação está perto dos que O adoram
e a sua glória habitará na nossa terra.

Encontraram-se a misericórdia e a fidelidade,
abraçaram-se a paz e a justiça.
A fidelidade vai germinar da terra,
e a justiça descerá do Céu.

O Senhor dará ainda o que é bom
e a nossa terra produzirá os seus frutos.
A justiça caminhará à sua frente
e a paz seguirá os seus passos.

Carta aos Efésios 1,3-14.
Bendito seja Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, que do alto dos Céus nos abençoou com toda a espécie de bênçãos espirituais em Jesus Cristo.
N’Ele nos escolheu, antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis em caridade, na sua presença.
Ele nos predestinou, conforme a benevolência da sua vontade, a fim de sermos seus filhos adotivos, por Jesus Cristo,
para louvor da sua glória e da graça que derramou sobre nós, por seu amado Filho.
N’Ele, pelo seu sangue, temos a redenção e a remissão dos pecados segundo a riqueza da sua graça
que Ele nos concedeu em abundância e com plena sabedoria e inteligência,
deu-nos a conhecer o mistério da sua vontade, o desígnio de benevolência n’Ele de antemão estabelecido
para se realizar na plenitude dos tempos: instaurar todas as coisas em Jesus Cristo, tudo o que há nos Céus e na Terra.
Em Jesus Cristo fomos constituídos herdeiros por termos sido predestinados segundo os desígnios d’Aquele que tudo realiza conforme a decisão da sua vontade
para sermos um hino de louvor da sua glória, nós que desde o começo esperámos em Jesus Cristo.
Foi n’Ele que vós também, depois de ouvirdes a palavra da verdade, o Evangelho da vossa salvação, abraçastes a fé e fostes marcados pelo Espírito Santo
e o Espírito Santo prometido é o penhor da nossa herança para a redenção do povo que Deus adquiriu para louvor da sua glória.
Evangelho segundo S. Marcos 6,7-13.
Naquele tempo, Jesus Cristo chamou os doze Apóstolos e começou a enviá-los dois a dois. Deu-lhes poder sobre os espíritos impuros
e ordenou-lhes que nada levassem para o caminho a não ser o bastão: nem pão, nem alforge, nem dinheiro;
que fossem calçados com sandálias e não levassem duas túnicas.
Disse-lhes também: «Quando entrardes em alguma casa, ficai nela até partirdes dali
e se não fordes recebidos em alguma localidade, se os habitantes não vos ouvirem, ao sair de lá, sacudi o pó dos vossos pés como testemunho contra eles».
Os Apóstolos partiram e pregaram o arrependimento,
expulsaram muitos demónios, ungiram com óleo muitos doentes e curaram-nos.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São João Paulo II (1920-2005), papa
Mensagem para a 42ª Jornada mundial de oração pelas vocações 17/04/2005 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana, rev)
«Pela primeira vez enviou-os»
Jesus Cristo disse a Pedro: «Duc in altum – Faz-te ao largo» (Lc 5,4) e Pedro e os seus primeiros companheiros confiaram na palavra de Jesus Cristo e lançaram as suas redes. [...] Quem abre o seu coração a Jesus Cristo não só compreende o mistério da sua própria existência, mas também o da sua vocação e amadurece excelentes frutos de graça. [...] Vivendo o Evangelho na sua integralidade, o cristão torna-se cada vez mais capaz de amar à maneira de Jesus Cristo, acolhendo a sua exortação: «Sede perfeitos como o vosso Pai do céu é perfeito» (Mt 5,48). Empenha-se em perseverar na unidade com os irmãos dentro da comunhão da Igreja e põe-se ao serviço da nova evangelização para proclamar e testemunhar a maravilhosa verdade do amor salvífico do Senhor Deus.
Queridos adolescentes e jovens, é a vós que, de modo particular, renovo o convite de Jesus Cristo a «fazer-se ao largo». [...] Confiai-vos a Ele, escutai os seus ensinamentos, fixai o vosso olhar no seu rosto, perseverai na escuta da Sua palavra. Deixai que seja Ele a orientar cada uma das vossas buscas e das vossas aspirações, cada um dos vossos ideais e dos desejos do vosso coração. [...] Penso ao mesmo tempo nas palavras que Maria, sua Mãe, dirigiu aos servos em Canaã da Galileia: «Fazei tudo o que Ele vos disser» (Jo 2,5). Queridos jovens, Jesus Cristo pede-vos que aceiteis «fazer-vos ao largo» e a Virgem Maria anima-vos a não hesitardes em segui-Lo. Suba de cada canto da terra para o Pai celeste, sustentada pela intercessão materna de Nossa Senhora, a ardente prece para obter «operários para a sua seara» (Mt 9,38).

Jesus, Filho de Deus,
em Quem habita toda a plenitude da divindade,
Vós chamais todos os baptizados a «fazerem-se ao largo»,
percorrendo o caminho da santidade.
Despertai no coração dos jovens
o desejo de serem no mundo de hoje
testemunhas da força do vosso amor.
Enchei-os do vosso Espírito de fortaleza e de prudência
para que sejam capazes de descobrir
a verdade plena sobre si
e sobre a sua própria vocação.

Ó nosso Salvador,
enviado pelo Pai
para nos revelar o seu amor misericordioso,
concedei à vossa Igreja
o dom de jovens prontos a fazerem-se ao largo
para serem entre os irmãos uma manifestação
da vossa presença salvífica e renovadora.

Virgem Santa, Mãe do Redentor,
guia seguro no caminho para Deus e para o próximo,
Vós que guardastes as suas palavras no íntimo do coração,
protegei com a vossa intercessão materna
as famílias e as comunidades eclesiais
para que estas saibam ajudar os adolescentes e os jovens
a responder com generosidade ao chamamento do Senhor.
Amen.

Segunda-feira, dia 13 de Julho de 2015

Segunda-feira da 15ª semana do Tempo Comum

Naqueles dias, subiu ao trono do Egipto um novo rei que não tinha conhecido José.
Ele disse ao seu povo: «Vede como o povo de Israel se tornou maior e mais forte do que nós.
Temos de tomar contra ele medidas prudentes para que não aumente ainda mais. De contrário, em caso de guerra, juntar-se-ia aos nossos inimigos, combateria contra nós e acabaria por abandonar o país».
Colocaram então o povo de Israel sob as ordens de capatazes para o sujeitarem a trabalhos forçados e foi assim que ele construiu para o faraó as cidades de armazenagem Piton e Ramsés,
mas quanto mais o oprimiam tanto mais o povo se multiplicava e crescia.
Por isso os egípcios, temendo os filhos de Israel, sujeitaram-nos a duros trabalhos
e fizeram-lhes a vida amarga com tarefas pesadas: preparação de barro e de tijolos, toda a espécie de serviços agrícolas além das restantes tarefas a que os obrigavam duramente.
E o faraó deu esta ordem ao seu povo: «Deitai ao rio todos os filhos que nascerem aos hebreus; mas deixai viver todas as filhas».
Livro de Salmos 124(123),1-3.4-6.7-8.
Se o Senhor não estivesse connosco,
que o diga Israel,
se o Senhor não estivesse connosco,
os homens que se levantaram contra nós
ter-nos-iam devorado vivos
no furor da sua ira.

As águas ter-nos-iam afogado,
a torrente teria passado sobre nós;
sobre nós teriam passado
as águas impetuosas

Bendito seja o Senhor
que não nos abandonou como presa dos seus dentes.
A nossa vida escapou como pássaro
do laço dos caçadores:
quebrou-se a armadilha
e nós ficámos livres.

A nossa proteção está no nome do Senhor
que fez o céu e a terra.

Evangelho segundo S. Mateus 10,34-42.11,1.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus apóstolos: «Não penseis que Eu vim trazer a paz à terra. Não vim trazer a paz, mas a espada.
De facto, vim separar o filho de seu pai, a filha de sua mãe, a nora da sua sogra,
de maneira que os inimigos do homem são os de sua casa.
Quem ama o pai ou a mãe mais do que a Mim, não é digno de Mim e quem ama o filho ou a filha mais do que a Mim, não é digno de Mim.
Quem não toma a sua cruz para Me seguir, não é digno de Mim.
Quem encontrar a sua vida (mortal) há-de perdê-la (a vida espiritual) e quem perder a sua vida (mortal, do corpo natural) por minha causa, há-de encontrá-la (a vida celeste. Apela a que não haja medo de morrer pelos valores cristãos).
Quem vos recebe, a Mim recebe e quem Me recebe, recebe Aquele que Me enviou.
Quem recebe um profeta por ele ser profeta, receberá a recompensa de profeta e quem recebe um justo por ele ser justo, receberá a recompensa de justo.
E se alguém der de beber, nem que seja um copo de água fresca, a um destes pequeninos (sem a importância do poder) por ele ser meu discípulo, em verdade vos digo: não perderá a sua recompensa».
Depois de ter dado estas instruções aos seus doze discípulos, Jesus Cristo partiu dali para ir ensinar e pregar nas cidades daquela gente.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja
Homilias sobre os Actos dos Apóstolos, n° 45; PG 60, 318
«Quem vos recebe, a Mim recebe»

«Quem acolher este menino em Meu nome, é a Mim que acolhe», diz o Senhor (Lc 9,48). Quanto mais pequeno for esse irmão que se acolhe, mais Jesus Cristo estará presente nele porque, quando recebemos uma pessoa importante, é muitas vezes por vã glória que o fazemos; mas aquele que recebe um pequenino, fá-lo com uma intenção pura e por Jesus Cristo. «Eu era peregrino e recolhestes-Me», disse o Senhor e ainda: «Sempre que fizestes isto a um destes Meus irmãos mais pequeninos, a Mim mesmo o fizestes» (Mt 25,35.40), pois que se trata de um crente e de um irmão, por mais pequeno (insignificante) que ele seja, é Jesus Cristo que com ele entra. Abre pois a porta da tua casa, acolhe-O.
«Quem recebe um profeta por ele ser profeta, receberá recompensa de profeta.» Portanto aquele que receber Jesus Cristo receberá a recompensa da hospitalidade de Jesus Cristo. Não ponhas em causa estas palavras, confia nelas. Ele próprio no-lo disse: «Neles, sou Eu que apareço.» E para que não duvides disto, o Senhor decreta um castigo para aqueles que não O receberem e honras para os que O receberem (Mt 25,31ss); ora não o faria se não fosse pessoalmente tocado pela honra ou pelo desprezo. «Acolheste-Me, diz, na tua casa; Eu receber-te-ei no Reino de meu Pai. Libertaste-Me da fome; Eu libertar-te-ei dos teus pecados. Viste-Me preso; Eu far-te-ei ver a tua própria libertação. Viste-Me estrangeiro; Eu farei de ti um cidadão dos céus. Deste-Me pão; Eu dar-te-ei o Reino como herança e tua plena propriedade. Ajudaste-Me em segredo; Eu proclamá-lo-ei publicamente, dizendo que és meu benfeitor e Eu, teu devedor.»

Terça-feira, dia 14 de Julho de 2015

Terça-feira da 15ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : S. Camilo de Lellis, presbítero, fundador, +1614

Livro de Êxodo 2,1-15a.
Naqueles dias, um homem da família de Levi tomou como esposa uma jovem da mesma tribo.
A mulher concebeu e deu à luz um filho e, vendo como era belo, escondeu-o durante três meses.
Como não podia mantê-lo oculto por mais tempo, arranjou uma cesta de papiro, calafetou-a com betume e pez, meteu nela o menino e colocou-a entre os juncos, à beira do rio,
enquanto a irmã dele ficava a certa distância para ver o que iria acontecer-lhe.
Ora a filha do faraó desceu ao rio para se banhar enquanto as suas donzelas passeavam ao longo da margem. Então ela avistou a cesta no meio dos juncos e mandou a uma serva que a fosse buscar.
Abriu-a e viu a criança: era um menino a chorar. Teve pena dele e exclamou: «É um filho de hebreus».
A irmã dele disse à filha do faraó: «Queres que eu vá procurar, entre as mulheres hebreias, uma ama para criar este menino?».
«Vai!» – disse a filha do faraó e a jovem foi chamar a mãe da criança.
Disse-lhe a filha do faraó: «Leva este menino a fim de o criares para mim e eu própria te darei o teu salário». Então a mulher levou a criança e amamentou-a.
Quando o menino cresceu, trouxe-o à filha do faraó que o adotou como filho e lhe deu o nome de Moisés, dizendo: «Salvei-o das águas».
Certo dia, quando Moisés já era homem, foi ter com os seus irmãos e viu como eram duros os trabalhos a que os sujeitavam. Viu também um egípcio agredir um dos hebreus, seus irmãos.
Olhou para todos os lados e, não vendo ninguém, matou o egípcio e escondeu-o na areia.
Ao voltar no dia seguinte, estavam dois hebreus a lutar um contra o outro. Disse então ao agressor: «Porque bates no teu companheiro?»
mas ele respondeu-lhe: «Quem te fez nosso chefe ou nosso juiz? Pretendes matar-me como fizeste ao egípcio?». Moisés assustou-se, pensando consigo: «Certamente o facto é conhecido».
O faraó ouviu falar do caso e procurava dar a morte a Moisés. Então Moisés fugiu para longe e foi refugiar-se na terra de Madiã.
Livro de Salmos 69(68),3.14.30-31.33-34.
Atolei-me na lama do abismo
e não tenho onde apoiar-me.
Cheguei até ao fundo das águas
e as ondas me submergiram.

A Vós, Senhor, elevo a minha súplica
no momento propício, Senhor Deus.
Pela vossa grande bondade, respondei-me,
em prova da vossa salvação.

Eu sou pobre e miserável:
defendei-me, ó Deus, com a vossa proteção.
Louvarei com cânticos o nome de Deus
e em agradecimento O glorificarei.

Vós, humildes, olhai e alegrai-vos,
buscai o Senhor e o vosso coração se reanimará.
O Senhor ouve os pobres
e não despreza os cativos.

Evangelho segundo S. Mateus 11,20-24.
Naquele tempo, começou Jesus Cristo a censurar duramente as cidades em que se tinha realizado a maior parte dos seus milagres por não se terem arrependido (= convertido; continuarem a praticar o mal):
«Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Porque se em Tiro e em Sidónia se tivessem realizado os milagres que em vós se realizaram, há muito teriam feito penitência, vestindo-se de cilício e cobrindo-se de cinza.
Mas Eu vos digo que no dia do Juízo haverá mais tolerância para Tiro e Sidónia do que para vós.
E tu, Cafarnaum, serás exaltada até ao céu? Até ao inferno é que descerás porque se em Sodoma se tivessem realizado os milagres que em ti se realizaram, ela teria permanecido até hoje.
Mas Eu vos digo que no dia do Juízo haverá mais tolerância para a terra de Sodoma do que para ti».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São Gregório Magno (c. 540-604), papa, doutor da Igreja
Exposição sobre os sete salmos da penitência
Jesus censura duramente as cidades que não se tinham arrependido

Brademos com David; ouçamo-lo chorar e vertamos lágrimas com ele. Vejamos como se corrige e alegremo-nos com ele: «Tende piedade de mim, Senhor, segundo a vossa misericórdia» (Sl 50,3).
Coloquemos diante dos olhos da nossa alma um homem gravemente ferido, prestes a exalar o seu último suspiro, que jaz nu sobre o pó do caminho. No seu desejo de ver chegar um médico, geme e pede àquele que compreende o estado em que se encontra que tenha piedade dele. Ora o pecado é um ferimento da alma. Tu, que és esse ferido, compreende que o teu médico se encontra dentro de ti e descobre-lhe as chagas dos teus pecados. Que Ele oiça os gemidos do teu coração, Ele que conhece todos os pensamentos secretos. Que as tuas lágrimas O comovam e, se for preciso procurá-Lo com uma certa insistência, do fundo do teu coração faz subir até Ele suspiros profundos. Que a tua dor chegue até Ele e que também a ti seja dito como a David: «O Senhor apagou o teu pecado.»
«Tende piedade de mim, Senhor, segundo a vossa misericórdia.» É pouca a misericórdia que atraem sobre si aqueles que fazem diminuir as suas faltas porque não conhecem esta grande misericórdia. Quanto a mim, caí pesadamente, pequei com conhecimento de causa, mas Tu, médico todo-poderoso, Tu corriges aqueles que Te desprezam, instruis aqueles que ignoram as suas faltas e perdoas àqueles que Tas confessam.

Quarta-feira, dia 15 de Julho de 2015

Quarta-feira da 15ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : S. Boaventura, bispo, Doutor da Igreja, +1274

Livro de Êxodo 3,1-6.9-12.
Naqueles dias, Moisés apascentava o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote de Madiã. Ao levar o rebanho para além do deserto, chegou ao monte de Deus, Horeb.
Apareceu-lhe então o Anjo do Senhor numa chama ardente, do meio de uma sarça. Moisés olhou para a sarça que estava a arder e viu que a sarça não se consumia.
Então disse Moisés: «Vou aproximar-me para ver tão assombroso espectáculo: por que motivo não se consome a sarça?».
O Senhor viu que ele se aproximava para ver. Então Deus chamou-o do meio da sarça: «Moisés, Moisés!». Ele respondeu: «Aqui estou!».
Continuou o Senhor: «Não te aproximes. Tira as sandálias dos pés porque o lugar que pisas é terra sagrada»
e acrescentou: «Eu sou o Deus de teus pais, Deus de Abraão, Deus de Isaac e Deus de Jacob». Então Moisés cobriu o rosto com receio de olhar para Deus.
Disse-lhe o Senhor: «O clamor dos filhos de Israel chegou até Mim; vi também a violência com que os egípcios os oprimem.
Agora põe-te a caminho que Eu vou enviar-te ao faraó para que tires do Egipto o meu povo, os filhos de Israel».
Moisés disse a Deus: «Quem sou eu para ir à presença do faraó e tirar do Egipto os filhos de Israel?».
Deus respondeu-lhe: «Eu estarei contigo e este é o sinal de que fui Eu que te enviei: Quando tirares o povo do Egipto, adorareis a Deus neste monte».
Livro de Salmos 103(102),1-2.3-4.6-7.
Bendiz, ó minha alma, o Senhor
e todo o meu ser bendiga o seu nome santo.
Bendiz, ó minha alma, o Senhor
e não esqueças nenhum dos seus benefícios.

Ele perdoa todos os teus pecados
e cura as tuas enfermidades.
Salva da morte a tua vida
e coroa-te de graça e misericórdia.

O Senhor faz justiça   
e defende o direito de todos os oprimidos.
Revelou a Moisés os seus caminhos
e aos filhos de Israel os seus prodígios.

Evangelho segundo S. Mateus 11,25-27.
Naquele tempo, Jesus Cristo exclamou: «Eu Te bendigo, ó Pai, Senhor do céu e da Terra porque escondeste estas verdades aos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequeninos Insignificantes).
Sim, Pai, Eu Te bendigo porque assim foi do teu agrado.
Tudo Me foi dado por meu Pai. Ninguém conhece o Filho senão o Pai e ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Santo Hilário (c. 315-367), bispo de Poitiers, doutor da Igreja
A Trindade 2, 6-7
«Ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho O quiser revelar»
O Pai é Aquele de quem vem tudo o que existe. Ele próprio, em Cristo e por Cristo, é a origem de tudo. Além disso, é em Si mesmo o seu ser e não recebe de outro aquilo que é. […] Ele é infinito porque não está num sítio preciso, mas tudo está nele. […] É sempre antes do tempo, o tempo vem dele. Se o teu pensamento corre atrás dele e se crês ter alcançado os limites do seu ser, continuarás ainda assim a encontrá-Lo, pois enquanto avanças incessantemente até Ele, o alvo a que te diriges está sempre mais longe. […] Tal é a verdade do mistério de Deus, tal é a expressão da natureza incompreensível do Pai. […] Para O exprimir, as palavras só podem calar-se; para O sondar, o pensamento fica inerte e para O alcançar, a inteligência sente-se limitada.
E no entanto, este nome, Pai, indica a sua natureza: Ele é só e completamente Pai porque não recebe de nenhum outro, à maneira dos homens, o facto de ser Pai. Ele é o Eterno Não-Gerado. […] É conhecido apenas pelo Filho porque «ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho O quiser revelar». Ambos Se conhecem um ao outro e esse conhecimento mútuo é perfeito. Por conseguinte, como «ninguém conhece o Pai senão o Filho», tenhamos do Pai somente pensamentos conformes ao que dele nos revelou o Filho que é a única «testemunha fiel» (Ap 1,5).
Vale mais pensar no que diz respeito ao Pai do que falar acerca disso porque as palavras são todas impotentes para traduzir as suas perfeições. […] Apenas poderemos reconhecer a sua glória, ter dela uma certa ideia e procurar precisá-la com a nossa imaginação, mas a linguagem do homem é a expressão da sua impotência e as palavras não explicam a realidade tal como ela é. […] Assim ainda que tenhamos reconhecido Deus, temos de renunciar a nomeá-Lo: sejam quais forem as palavras empregues, não conseguem exprimir Deus tal como Ele é nem traduzir a sua grandeza. […] Temos de acreditar nele, de procurar compreendê-Lo e de adorá-Lo; fazendo-o, estaremos a falar dele.

Quinta-feira, dia 16 de Julho de 2015

Quinta-feira da 15ª semana do Tempo Comum

Festa da Igreja : Nossa Senhora do Carmo (festa, no Brasil)
Calendário da Igreja disponível este dia

Livro de Êxodo 3,13-20.
Naqueles dias, Moisés ouviu do meio da sarça a voz do Senhor e disse-Lhe: «Vou procurar os filhos de Israel e dizer-lhes: 'O Deus dos vossos pais enviou-me a vós', mas se me perguntarem qual é o seu nome, que hei-de responder-lhes?»
Deus disse a Moisés: «EU SOU AQUELE QUE SOU.» Ele disse: «Assim dirás aos filhos de Israel: ‘Eu sou’ enviou-me a vós!»
Deus disse ainda a Moisés: «Assim dirás aos filhos de Israel: ‘O Senhor, Deus dos vossos pais, Deus de Abraão, Deus de Isaac e Deus de Jacob, enviou-me a vós: este é o meu nome para sempre, o meu memorial de geração em geração’.
Vai, reúne os anciãos de Israel e diz-lhes: ‘O Senhor, Deus dos vossos pais, Deus de Abraão, de Isaac e de Jacob, apareceu-me e disse: Observei-vos com atenção e vi o que vos tem sido feito no Egipto
e Eu disse para comigo: Far-vos-ei subir da opressão do Egipto para a terra do cananeu, do hitita, do amorreu, do perizeu, do heveu, do jebuseu, para a terra que mana leite e mel’.
Eles escutarão a tua voz e tu irás, tu e os anciãos de Israel, à presença do rei do Egipto e dir-lhe-eis: ‘O Senhor, Deus dos hebreus, saiu ao nosso encontro e agora permite-nos fazer uma peregrinação de três dias pelo deserto para oferecermos sacrifícios ao Senhor, nosso Deus.’
Eu bem sei que o rei do Egipto não vos deixará partir senão obrigado por mão forte.
Estenderei então a minha mão e ferirei o Egipto com todas as maravilhas que farei no meio dele.
Depois disso, deixar-vos-á partir.

Livro de Salmos 105(104),1.5.8-9.24-25.26-27.
Agradecei ao Senhor, aclamai o seu nome,
anunciai entre os povos as suas obras.
Recordai as suas maravilhas,
os seus prodígios e os oráculos da sua boca.

Ele recorda sempre a sua aliança,
a palavra que empenhou para mil gerações,
o pacto que estabeleceu com Abraão,
o juramento que fez a Isaac.
Deus multiplicou o seu povo
e tornou-o mais forte do que os seus inimigos.
Mudou-lhes o coração e eles odiaram o povo de Deus

e trataram com perfídia os seus servos.
Deus enviou então o seu servo Moisés
e Aarão, seu escolhido,
que realizaram maravilhas no meio deles
e milagres no país de Cam.  
Evangelho segundo S. Mateus 11,28-30.
Naquele tempo, Jesus Cristo exclamou: «Vinde a Mim todos os que andais cansados e oprimidos e Eu vos aliviarei.
Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de Mim que sou manso e humilde de coração e encontrareis descanso para as vossas almas porque o meu jugo é suave e a minha carga é leve».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Santo Aelredo de Rievaulx (1110-1167), monge cisterciense
O Espelho da caridade, I, 30-31
«O meu jugo é suave»
Aqueles que se queixam da dureza do jugo do Senhor talvez não tenham rejeitado completamente o pesado jugo da cobiça do mundo ou, se o rejeitaram, a ele de novo se sujeitaram para sua grande vergonha. Para os que os vêem de fora, eles carregam o jugo do Senhor; mas por dentro submetem os seus ombros ao fardo das preocupações do mundo, pondo na conta do peso do jugo do Senhor as penas e as dores que infligem a si mesmos, [...] pois o jugo do Senhor «é suave e o seu peso é leve».
Com efeito, haverá coisa mais suave e mais gloriosa do que ser elevado acima do mundo pelo desprezo que se lhe vota e, estando instalado nos píncaros de uma consciência em paz, ter o mundo inteiro a seus pés? Percebemos então que não há nada a desejar, nada a temer, nada a cobiçar, nada que seja nosso e que nos possa ser tirado, que nenhum mal pode ser-nos causado por outrem. O olhar do coração dirige-se para «a herança incorruptível, isenta de mancha e de degradação, que nos está reservada nos céus» (1Ped 1,4). Com uma espécie de grandeza de alma, pouco ligamos às riquezas do mundo porque elas passam ou aos prazeres da carne porque eles estão manchados ou aos faustos do mundo porque murcham. [...] E, na alegria, retomamos a palavra do profeta: «Todo o homem é como a erva do campo, toda a sua graça é como a erva que floresce; a erva secou, a flor murchou, mas a Palavra do Senhor permanece para sempre» (Is 40,6-8). [...] Na caridade e só na caridade, reside a verdadeira tranquilidade, a verdadeira doçura; é ela o jugo do Senhor.

Sexta-feira, dia 17 de Julho de 2015

Sexta-feira da 15ª semana do Tempo Comum

Naqueles dias, Moisés e Aarão realizaram muitos prodígios diante do faraó, mas o Senhor permitiu que se endurecesse o coração do faraó e ele não deixou partir do seu país os filhos de Israel.
O Senhor disse a Moisés e a Aarão na terra do Egipto:
«Este mês será para vós o princípio dos meses; fareis dele o primeiro mês do ano.
Falai a toda a comunidade de Israel e dizei-lhe: No dia dez deste mês, procure cada qual um cordeiro por família, uma rês por cada casa.
Se a família for pequena demais para comer um cordeiro, junte-se ao vizinho mais próximo, segundo o número de pessoas, tendo em conta o que cada um pode comer.
Tomareis um animal sem defeito, macho e de um ano de idade. Podeis escolher um cordeiro ou um cabrito.
Deveis conservá-lo até ao dia catorze desse mês. Então toda a assembleia da comunidade de Israel o imolará ao cair da tarde.
Recolherão depois o seu sangue que será espalhado nos dois umbrais e na padieira da porta das casas em que o comerem.
E comerão a carne nessa mesma noite; comê-la-ão assada ao fogo com pães ázimos e ervas amargas.
Não a comereis nem crua nem cozida na água, mas assada no fogo, a cabeça com as patas e as entranhas.
Não deixareis dela nada até pela manhã e o que restar dela pela manhã, queimá-lo-eis no fogo.
Quando o comerdes, tereis os rins cingidos, sandálias nos pés e cajado na mão. Comereis a toda a pressa: é a Páscoa do Senhor.
Nessa mesma noite, passarei pela terra do Egipto e hei-de ferir de morte, na terra do Egipto, todos os primogénitos, desde os homens até aos animais. Assim exercerei a minha justiça contra os deuses do Egipto, Eu, o Senhor.
O sangue será para vós um sinal, nas casas em que estiverdes: ao ver o sangue, passarei adiante e não sereis atingidos pelo flagelo exterminador quando Eu ferir a terra do Egipto.
Esse dia será para vós uma data memorável que haveis de celebrar com uma festa em honra do Senhor. Festejá-lo-eis de geração em geração como instituição perpétua».
Livro de Salmos 116(115),12-13.15-16bc.17-18.
Como agradecerei ao Senhor
tudo quanto Ele me deu?
Elevarei o cálice da salvação,
invocando o nome do Senhor.

É preciosa aos olhos do Senhor
a morte dos seus fiéis.
Senhor, sou vosso servo, filho da vossa serva:
quebrastes as minhas cadeias.

Oferecer-Vos-ei um sacrifício de louvor,
invocando, Senhor, o vosso nome.
Cumprirei as minhas promessas ao Senhor
na presença de todo o povo.

Evangelho segundo S. Mateus 12,1-8.
Naquele tempo, Jesus Cristo passou através das searas em dia de sábado e os discípulos, sentindo fome, começaram a apanhar e a comer espigas.
Ao verem isso, os fariseus disseram-lhe: «Aí estão os teus discípulos a fazer o que não é permitido ao sábado!»,
mas Ele respondeu-lhes: «Não lestes o que fez David quando sentiu fome, ele e os que estavam com ele?
Como entrou na casa de Deus e comeu os pães da oferenda que não lhe era permitido comer nem aos que estavam com ele, mas unicamente aos sacerdotes?
E nunca lestes na Lei que, ao sábado, no templo, os sacerdotes violam o sábado e ficam sem culpa?
Ora Eu digo-vos que aqui está quem é maior do que o templo.
E se compreendêsseis o que significa: Prefiro a misericórdia ao sacrifício, não teríeis condenado estes que não têm culpa.
O Filho do Homem até do sábado é Senhor.»
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
Sermão 155, 6
A nova Lei «não está escrita em tábuas de pedra, mas nos corações» (2Cor 3,3)
Considerai, meus irmãos, o grande mistério da harmonia e da diferença entre as duas Leis e os dois povos. O povo antigo não celebrava a Páscoa em plena luz, mas na sombra do que havia de vir (Col 2,17) e cinquenta dias depois da celebração da Páscoa […], Deus deu-lhe a Lei escrita por sua mão no Monte Sinai. […] Deus desceu ao Monte Sinai no meio do fogo, abalando de pavor o povo que se mantinha ao longe e escreveu a Lei com o seu dedo sobre a pedra e não no coração (Ex 31,18). Pelo contrário, quando o Espírito Santo desceu à terra, os discípulos estavam todos juntos no mesmo lugar e, em vez de os assustar do alto da montanha, Ele entrou na casa onde estavam reunidos (Act 2,1s). Houve realmente do alto do céu um barulho parecido com o de um vento violento que se aproxima, mas esse ruído não assustou ninguém.
Ouvistes o ruído, vede também o fogo porque, na montanha, também se evidenciaram estes dois fenómenos: o ruído e fogo. No Monte Sinai, o fogo estava cercado de fumo; aqui, pelo contrário, é de uma claridade brilhante: «E apareceu», diz a Escritura, «como uma espécie de fogo que se dividia em línguas.» Este fogo causou medo? Nem um pouco: «E as línguas pousaram sobre cada um deles.» […] Escutai esta língua que fala e compreendei que é o Espírito que escreve, não sobre a pedra, mas no coração. Portanto «a Lei do Espírito de vida», escrita no coração e não na pedra, esta Lei do Espírito de vida que está em Jesus Cristo, em quem a Páscoa foi celebrada em toda a verdade (1Cor 5, 7), «livrou-vos da Lei do pecado e da morte» (Rom 8,2).

Sábado, dia 18 de Julho de 2015

Sábado da 15ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : Beato Bartolomeu dos Mártires, bispo, +1590

Livro de Êxodo 12,37-42.
Naqueles dias, os filhos de Israel partiram de Ramsés para Sucot: eram cerca de seiscentas mil pessoas que iam a pé, sem contar as crianças.
Também uma turba numerosa partiu com eles, juntamente com ovelhas, bois e gado em grande quantidade.
Eles cozeram a farinha amassada com que tinham saído do Egipto em bolos sem fermento, pois não tinha fermento. Tinham, na verdade, sido expulsos do Egipto e não puderam demorar-se; nem sequer fizeram provisões para eles.
A estada dos filhos de Israel que residiram no Egipto foi de quatrocentos e trinta anos.
No final dos quatrocentos e trinta anos, precisamente naquele dia, saíram todos os exércitos do Senhor da terra do Egipto.
Aquela foi uma noite de vigília para o Senhor, quando Ele os fez sair da terra do Egipto. Esta noite do Senhor será de vigília para todos os filhos de Israel nas suas gerações.
Livro de Salmos 136(135),1.23-24.10-12.13-15.
Agradecei ao Senhor porque Ele é bom:
é eterna a sua bondade.
Não se esqueceu de nós, na nossa humilhação
porque o seu amor é eterno!
E libertou-nos dos nossos opressores:
é eterna a sua bondade.

Feriu os primogénitos dos egípcios
porque o seu amor é eterno!
Tirou Israel do meio deles
porque o seu amor é eterno!

Com a sua mão forte e o seu braço estendido
porque o seu amor é eterno!
Dividiu ao meio o Mar dos Juncos
porque o seu amor é eterno!

Fez passar Israel através dele
porque o seu amor é eterno!
Afundou o Faraó e o seu exército
porque o seu amor é eterno!

Evangelho segundo S. Mateus 12,14-21.
Naquele tempo, os fariseus reuniram conselho contra Jesus Cristo a fim de O fazerem desaparecer.
Quando soube disso, Jesus Cristo afastou-se dali. Muitos seguiram-no e Ele curou-os a todos,
ordenando-lhes que o não dessem a conhecer.
Assim se cumpriu o que fora anunciado pelo profeta Isaías:
Aqui está o meu servo que escolhi, o meu amado, em quem a minha alma se deleita. Derramarei sobre Ele o meu espírito e Ele anunciará a minha vontade aos povos.
Não discutirá nem bradará e ninguém ouvirá nas praças a sua voz.
Não há-de quebrar a cana fendida nem apagar a mecha que fumega até conduzir a minha vontade à vitória.
E no seu nome, hão-de esperar os povos!
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Comentário do dia:
São Gregório de Nazianzo (330-390), bispo, doutor da Igreja
Homilia pascal
«Eis o meu Servo, a quem Eu escolhi, o meu muito amado»

O Verbo de Deus, Aquele que existe desde toda a eternidade, Aquele que é invisível, incompreensível, incorpóreo, o Princípio que procede do Princípio, a Luz que nasce da Luz, a fonte da vida e da imortalidade, Aquele que é a expressão fiel do arquétipo divino, o selo inamovível, a imagem perfeitíssima, a palavra e o pensamento do Pai (Heb 1,3) é o mesmo que vem em ajuda da criatura feita à sua imagem (Gn 1,27) e que, por amor do homem, Se faz homem. Ele assume um corpo para salvar o corpo e une-Se a uma alma racional por amor da minha alma. Para purificar aqueles a quem Se tornou semelhante, fez-Se homem em tudo excepto no pecado. […] Aquele que enriquece os outros faz-Se pobre, aceitando a pobreza da minha condição humana para que eu possa receber as riquezas da sua divindade (2 Cor 8,9). Aquele que possui tudo em plenitude aniquila-Se a Si mesmo, privando-Se durante algum tempo da sua glória para que eu possa participar da sua plenitude.
Porquê tantas riquezas de bondade? Que significa para nós este mistério? Eu recebi a imagem divina, mas não soube conservá-la; agora Ele assume a minha condição humana para restaurar a perfeição daquela imagem e conferir a imortalidade a esta minha condição mortal. Deste modo, estabelece connosco uma segunda aliança, mais admirável do que a primeira. Convinha que o homem fosse santificado mediante a natureza assumida por Deus. Convinha que Ele triunfasse deste modo sobre o tirano que nos subjugava para nos restituir a liberdade e nos reconduzir a Si pela mediação de seu Filho e Jesus Cristo realizou, de facto, para glória de seu Pai, esta obra redentora que era o objectivo de todas as suas acções.
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