sábado, 15 de setembro de 2012

Cristianismo 77


=CRISTIANISMO=

«Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna» Jo 6,68
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Com os votos de uma santa e frutuosa caminhada,
A equipa portuguesa do Evangelho Quotidiano
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Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org

Domingo, dia 09 de Setembro de 2012

23º Domingo do Tempo Comum - Ano B

Dizei aos que têm o coração pusilânime: «Tomai ânimo, não temais!» Eis o vosso Deus que vem para vos justiçar. DEUS vem em pessoa retribuir-vos e salvar-vos.
Então se abrirão os olhos do cego, os ouvidos do surdo ficarão a ouvir,
o coxo saltará como um veado e a língua do mudo dará gritos de alegria porque as águas jorraram no deserto e as torrentes na estepe.
A terra queimada mudar-se-á em lago e as fontes brotarão da terra seca. No covil onde repousavam os chacais, crescerão canas e juncos.

Livro de Salmos 146(145),7.8-9a.9bc-10.
Ó minha alma, louva o Senhor.

Ele salva os oprimidos,
dá pão aos que têm fome;
o Senhor liberta os prisioneiros.

O Senhor dá vista aos cegos,
o Senhor levanta os abatidos;
o Senhor ama o homem justo.
O SENHOR protege os que vivem em terra estranha
e ampara o órfão e a viúva,
mas entrava o caminho aos pecadores.

O Senhor reinará eternamente!
O teu Deus, ó Sião,
reinará por todas as gerações!

Carta de S. Tiago 2,1-5.
Meus irmãos, não tenteis conciliar a fé em Nosso Senhor Jesus Cristo glorioso com a acepção de pessoas.
Suponhamos que entra na vossa assembleia um homem com anéis de ouro e bem trajado e entra também um pobre muito mal vestido
e, dirigindo-vos ao que está magnificamente vestido, lhe dizeis: «Senta-te tu aqui, num bom lugar» e dizeis ao pobre: «Tu, fica aí de pé» ou «Senta-te no chão, abaixo do meu estrado.»
Não é verdade que então fazeis distinções entre vós mesmos e julgais com critérios perversos?
Ouvi, meus amados irmãos: porventura não escolheu Deus os pobres segundo o mundo para serem ricos na fé e herdeiros do reino que prometeu aos que o amam?

Evangelho segundo S. Marcos 7,31-37.
Naquele tempo, Jesus Cristo deixou de novo a região de Tiro, veio por Sídon para o mar da Galileia, atravessando o território da Decápole.
Trouxeram-lhe um surdo tartamudo e rogaram-lhe que impusesse as mãos sobre ele.
Afastando-se com ele da multidão, Jesus Cristo meteu-lhe os dedos nos ouvidos e fez saliva com que lhe tocou a língua.
Erguendo depois os olhos ao céu, suspirou dizendo: «Effathá», que quer dizer «abre-te.»
Logo os ouvidos se lhe abriram, soltou-se a prisão da língua e falava correctamente.
Jesus Cristo mandou-lhes que a ninguém revelassem o sucedido; mas quanto mais lho recomendava mais eles o apregoavam.
No auge do assombro, diziam: «Faz tudo bem feito: faz ouvir os surdos e falar os mudos.»

Jean Tauler (c. 1300-1361), dominicano de Estrasburgo Sermão 49, 1º para o 12º domingo depois da Trindade
«Faz tudo bem feito: faz ouvir os surdos e falar os mudos»
Temos de examinar de perto o que torna um homem surdo. Por ter escutado as insinuações do inimigo, por ter ouvido as suas palavras, o primeiro casal dos nossos antepassados foi o primeiro a ficar surdo. E nós também, a seguir a eles, de modo que já não conseguimos ouvir ou compreender as inspirações amorosas do Verbo Eterno. E, no entanto, sabemos bem que o Verbo Eterno está no fundo do nosso ser, mais inefavelmente perto de nós e em nós do que o nosso próprio ser, na nossa própria natureza, nos nossos pensamentos; nada do que podemos nomear, dizer ou compreender está tão perto de nós e nos está tão intimamente presente como o Verbo Eterno. E o Verbo fala sem cessar no homem. Mas o homem não consegue ouvir devido à grande surdez que o aflige. [...] Do mesmo modo, foi de tal maneira atingido nas suas outras faculdades que também se tornou mudo e já não se conhece a si próprio. Se quisesse falar do seu interior, não conseguiria fazê-lo, pois não sabe qual é a sua situação e não reconhece o seu próprio modo de ser. […]
O que é então esse murmurar incomodativo do inimigo? É toda a desordem cujo reflexo ele te mostra e te persuade a aceitar, servindo-se do amor ou da procura das coisas criadas, deste mundo e de tudo o que lhe está ligado: bens, honrarias até mesmo amigos e pais, até a tua própria natureza, resumindo, tudo o que te traz o gosto dos bens deste mundo decaído. É disso tudo que é composto o seu murmurar. […]
Então vem Nosso Senhor: mete o Seu dedo sagrado no ouvido do homem, aplica-lhe saliva na língua, permitindo-lhe recuperar a palavra.
Segunda-feira, dia 10 de Setembro de 2012

Segunda-feira da 23ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : S. Nicolau Tolentino, presbítero, +1305
1ª Carta aos Coríntios 5,1-8.
Irmãos: Ouve-se dizer por toda a parte que existe entre vós um caso de imoralidade e uma imoralidade como não se encontra nem mesmo entre os pagãos: um de vós vive com a mulher de seu pai.
E continuais cheios de orgulho, em vez de andardes de luto a fim de que seja retirado do meio de vós o autor de tal acção.
Quanto a mim, ausente de corpo, mas presente em espírito, já julguei, como se estivesse presente, aquele que assim procedeu:
em nome do Senhor Jesus Cristo e com o seu poder, por ocasião de uma assembleia onde eu estarei presente em espírito que
tal homem seja entregue a Satanás para mortificação da sua carne a fim de que o seu espírito seja salvo no Dia do Senhor.
Não é digno o vosso motivo de orgulho! Não sabeis que um pouco de fermento faz levedar toda a massa?
Purificai-vos do velho fermento para serdes uma nova massa, já que sois pães ázimos. Pois Jesus Cristo, nossa Páscoa, foi imolado.
Celebremos, pois a festa, não com o fermento velho nem com o fermento da malícia e da corrupção, mas com os ázimos da pureza e da verdade.

Livro de Salmos 5,5-6.7.12.
Senhor, guia-me na vossa justiça.

Vós não sois um Deus que se agrade do mal,
o perverso não tem aceitação junto de Vós,
nem os ímpios suportam o vosso olhar.

Vós detestais todos os malfeitores
e exterminais os que dizem mentiras:
o Senhor abomina os sanguináriops e fraudulentos.
Mas alegrem-se e rejubilem para sempre
os que em Vós confiam.
Vós protegeis e alegrais os que amam o vosso nome.

Evangelho segundo S. Lucas 6,6-11.
Naquele tempo, Jesus Cristo entrou na sinagoga e começou a ensinar. Encontrava-se ali um homem cuja mão direita estava paralisada.
Os doutores da Lei e os fariseus observavam-no a ver se iria curá-lo ao sábado para terem um motivo de acusação contra Ele.
Conhecendo os seus pensamentos, Jesus Cristo disse ao homem da mão paralisada: «Levanta-te e põe-te de pé, aí no meio.» Ele levantou-se e ficou de pé.
Disse-lhes Jesus Cristo: «Vou fazer-vos uma pergunta: O que é preferível ao sábado: fazer bem ou fazer mal, salvar uma vida ou perdê-la?»
Então olhando-os a todos em volta, disse ao homem: «Estende a tua mão.» Ele estendeu-a e a mão ficou sã.
Os outros encheram-se de furor e falavam entre si do que poderiam fazer contra Jesus Cristo (porque tinha feito uma cura ao sábado; onde chega).

Melitão de Sardes (?-c. 195), bispo Homilia Pascal (do Ofício de Leitura da 2.ª-feira da Oitava da Páscoa)
«Tenho a certeza de que não ficarei confundido. O meu defensor está junto de mim. Quem ousará levantar-me um processo?» (Is 50, 7-8)
O Senhor, sendo Filho de Deus, fez-Se homem e, tendo sofrido em vez do enfermo, tendo sido encarcerado em vez do prisioneiro, tendo sido condenado em vez do criminoso e sepultado em vez do que jazia no sepulcro, ressuscitou dos mortos e exclamou com voz poderosa: «”Quem ousará condenar-Me? Aproxime-se de Mim!” (Is 50,8) Eu libertei o condenado, dei a vida ao morto, ressuscitei o que estava sepultado. “Quem ousará atacar-Me?” (Is 50,9) Eu sou Jesus Cristo, Aquele que destruiu a morte, que venceu o inimigo, que calcou aos pés o inferno, que pôs em cadeias o violento (Lc 11,22) e que arrebatou o homem para as alturas dos Céus. Eu sou Jesus Cristo.
Vinde, portanto todas as nações da Terra oprimidas pelo crime e recebei a remissão dos pecados. Eu sou o vosso Perdão, a Páscoa da salvação, o Cordeiro por vós imolado, a Água que vos purifica, a vossa Vida, a vossa Ressurreição, a vossa Luz, a vossa Salvação, o vosso Rei. Eu vos elevarei até às alturas dos Céus; Eu vos ressuscitarei e vos mostrarei o Pai que está nos Céus; Eu vos exaltarei pela Minha mão direita.»
Assim é Aquele que nasceu da Virgem, Aquele que Se fez anunciar pela Lei e pelos Profetas, foi crucificado no madeiro, sepultado na terra, ressuscitado dentre os mortos, ascendeu às alturas dos céus, Se sentou à direita do Pai e detém o poder de julgar e de salvar. Por Ele criou o Pai o que existe desde o princípio até à eternidade.
Assim é Aquele que fez o céu e a Terra e no princípio criou o homem e a mulher (Gn 2,7), É Ele o Alfa e o Omega (Ap 1,8), o princípio e o fim, Deus, a Quem sejam dados a glória e o poder pelos séculos dos séculos, Amen.

Terça-feira, dia 11 de Setembro de 2012

Terça-feira da 23ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : São João Gabriel Perboyre, presbítero, mártir, +1840
1ª Carta aos Coríntios 6,1-11.
Irmãos: Quando algum de vós entra em litígio com outro, como é que se atreve a submetê-lo ao juízo dos injustos e não ao dos santos?
Ou não sabeis que os santos é que hão-de julgar o mundo? E se é por vós que o mundo há-de ser julgado, sereis indignos de julgar questões menores? Não sabeis que havemos de julgar os anjos? Quanto mais, as pequenas coisas da vida!
Quando, pois tendes questões menores porque escolheis como juízes aqueles que a Igreja menospreza?
Digo isto para vossa vergonha. Não haverá, entre vós, ninguém suficientemente sábio para poder julgar entre irmãos?
No entanto, um irmão processa o seu irmão e isto diante dos não-crentes!
Ora a existência de questões entre vós é já um sinal de inferioridade. Porque não preferis antes sofrer uma injustiça? Porque não preferis ser prejudicados?
Mas, pelo contrário, sois vós que cometeis injustiças e causais danos e isto contra os próprios irmãos!
Ou não sabeis que os injustos não herdarão o Reino de Deus? Não vos iludais: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os pedófilos,
nem os ladrões, nem os avarentos, nem os beberrões, nem os caluniadores, nem os salteadores herdarão o Reino de Deus.
E alguns de vós eram assim. Mas vós cuidastes de vos purificar; fostes santificados, fostes justificados em nome do Senhor Jesus Cristo e pelo Espírito do nosso Deus.

Livro de Salmos 149(148),1-2.3-4.5-6a.9b.
O Senhor ama o seu povo.

Cantai ao Senhor um cântico novo;
louvai-o na assembleia dos fiéis!
Alegre-se Israel no seu criador;
regozije-se o povo de Sião no seu Rei!

Louvem o seu nome com danças;
cantem-lhe ao som de harpas e tambores!
O Senhor ama o seu povo
e honra os humildes com a vitória!

Exultem de alegria os fiéis
e cantem jubilosos em seus leitos;
Entoem bem alto os louvores de Deus.
Esta é a glória de todos os seus fiéis.

Evangelho segundo S. Lucas 6,12-19.
Naqueles dias, Jesus Cristo foi para o monte fazer oração e passou a noite a orar a Deus.
Quando nasceu o dia, convocou os discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais deu o nome de Apóstolos:
Simão, a quem chamou Pedro, e André, seu irmão; Tiago, João, Filipe e Bartolomeu;
Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado o Zelote;
Judas, filho de Tiago, e Judas Iscariotes que veio a ser o traidor.
Descendo com eles, deteve-se num sítio plano, juntamente com numerosos discípulos e uma grande multidão de toda a Judeia, de Jerusalém e do litoral de Tiro e de Sídon,
que acorrera para o ouvir e ser curada dos seus males. Os que eram atormentados por espíritos malignos ficavam curados
e toda a multidão procurava tocar-lhe, pois emanava dele uma força que a todos curava.

Beato João Paulo II (1920-2005), papa Retiro pregado no Vaticano, Quaresma de 1976, n°17
«Passou a noite a orar a Deus»
A oração de Jesus Cristo em Getsemani é o encontro da vida humana de Jesus Cristo com a vontade eterna de Deus. [...] O Filho fez-Se homem para que tivesse lugar esse encontro da Sua vontade humana com a do Pai. Fez-Se homem para que esse encontro fosse repleto da verdade sobre a vontade humana e sobre o coração humano, esse coração que quer fazer desaparecer o mal, o sofrimento, o julgamento, a flagelação, a coroa de espinhos, a cruz e a morte. Fez-Se homem para que, neste contexto da verdade sobre a vontade humana e sobre um coração humano, surgisse toda a grandeza do amor que se exprime na dádiva de si e no sacrifício: «Porque Deus amou de tal modo o mundo que lhe deu o Seu Filho único» (Jo 3,16). Quando Jesus Cristo ora, o amor eterno deve confirmar-se através da oferenda do coração humano. E confirma-se de facto: o Filho não recusa ao Seu coração tornar-se o altar, o local da elevação, antes de se tornar o local da cruz. […]
A oração é, por conseguinte, o encontro entre a vontade humana e a vontade de Deus. O seu fruto privilegiado é a obediência do Filho ao Pai: «Seja feita a Tua vontade». Porém, a obediência não significa renúncia à nossa vontade, mas antes uma verdadeira abertura do olhar espiritual e do ouvido espiritual a este Amor que é o próprio Deus. E Deus é este Amor (1Jo 4,16), Ele que amou de tal modo o mundo que lhe deu o Seu Filho único. Eis então o homem, eis Jesus Cristo, o Filho de Deus; após a Sua oração em Getsemani, torna a erguer-Se, fortalecido por essa obediência através da qual Se reuniu a este amor, a esta dádiva do Pai ao mundo e a todos os homens.

Quarta-feira, dia 12 de Setembro de 2012

Quarta-feira da 23ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : Santíssimo Nome de Maria, S. Guido de Anderlecht, peregrino, +1012, Beata Maria Vitória Fornari, viúva, religiosa, fundadora, +1617
1ª Carta aos Coríntios 7,25-31.
Irmãos: A respeito de quem é solteiro, não tenho nenhum preceito do Senhor, mas dou um conselho como homem que, pela misericórdia do Senhor, é digno de confiança.
Julgo, pois que essa condição é boa, por causa das angústias presentes; sim, é bom para o homem continuar assim.
Estás comprometido com uma mulher? Não procures romper o vínculo. Não estás comprometido? Não procures mulher.
Todavia, se te casares, não pecas e se uma virgem se casar, também não peca. Mas estes terão de suportar as tribulações corporais e eu quisera poupar-vos a elas.
Eis o que vos digo, irmãos: o tempo é breve. De agora em diante, os que têm mulher, vivam como se não a tivessem;
e os que choram como se não chorassem; os que se alegram como se não se alegrassem; os que compram como se não possuíssem;
os que usam deste mundo como se não o usufruíssem plenamente porque este mundo de aparências está a terminar.

Livro de Salmos 45(44),11-12.14-15.16-17.
Escuta e inclina-te diante do Senhor.

Filha, escuta, vê e presta atenção;
esquece o teu povo e a casa do teu pai
porque o rei deixou-se prender pela tua beleza;
Ele é agora o teu Senhor: presta-lhe homenagem!

A filha do rei é toda formosura,
os seus vestidos são de brocados de ouro.
Em vestes de muitas cores é apresentada ao rei;
as donzelas, suas amigas, seguem-na em cortejo.

Avançam com alegria e júbilo
e entram felizes no palácio real.
No lugar de teus pais, estarão os teus filhos;
farás deles príncipes sobre toda a Terra.

Evangelho segundo S. Lucas 6,20-26.
Naquele tempo, Jesus Cristo, erguendo os olhos para os discípulos, pôs-se a dizer: «Felizes vós, os pobres, porque vosso é o Reino de Deus.
Felizes vós, os que agora tendes fome porque sereis saciados. Felizes vós, os que agora chorais porque haveis de rir.
Felizes sereis quando os homens vos odiarem, quando vos expulsarem, vos insultarem e rejeitarem o vosso nome como infame por causa do Filho do Homem.
Alegrai-vos e exultai nesse dia, pois a vossa recompensa será grande no Céu. Era precisamente assim que os pais deles tratavam os profetas».
«Mas ai de vós, os ricos, porque recebestes a vossa consolação!
Ai de vós, os que estais agora fartos porque haveis de ter fome! Ai de vós, os que agora rides porque gemereis e chorareis!
Ai de vós, quando todos disserem bem de vós! Era precisamente assim que os pais deles tratavam os falsos profetas».

Santo Ambrósio (c. 340-397), bispo de Milão, doutor da Igreja Sobre o Evangelho de São Lucas, V, 53-55
«Felizes vós, os pobres, [...] Felizes vós, os que agora chorais»
«Felizes vós, os pobres». Nem todos os pobres são felizes, pois a pobreza é uma coisa neutra: pode haver pobres bons e maus. [...] Bem-aventurado o pobre que invoca o Senhor e Ele o atende (Sl 33,7): pobre em erros, pobre em vícios, o pobre no qual o príncipe deste mundo nada encontrou (Jo 14,30), o pobre que imita aquele Pobre que, sendo rico, Se tornou pobre por nós (2Co 8,9). É por isso que Mateus dá a explicação completa: «Felizes os pobres de espírito», pois o pobre de espírito não se ufana, não se engrandece no seu pensamento humano. Esta é então a primeira beatitude.
[«Felizes os mansos» escreve Mateus em seguida.] Tendo-me libertado de todos os pecados [...], estando satisfeito com a minha simplicidade, isento de mal, resta-me moderar o meu carácter. De que me serve não possuir bens materiais, se não for manso e tranquilo? Porque seguir o caminho certo é evidentemente seguir Aquele que diz: «Aprendei de Mim que sou manso e humilde de coração» (Mt 11,29). […]
Dito isto, lembrai-vos de que sois pecadores: chorai os vossos pecados. Chorai os vossos erros. E é razoável que a terceira beatitude seja para aqueles que choram os seus pecados, pois é a Trindade que perdoa os pecados. Purificai-vos, pois com as vossas lágrimas e lavai-vos com o vosso choro. Se chorardes por vós mesmos, ninguém terá de chorar por vós. [...] Todos temos os nossos mortos para chorar; morremos quando pecamos. [...] Que o pecador chore por si mesmo e se arrependa a fim de se tornar justo, pois «o que advoga a sua causa parece ter razão» (Pr 18,17).

Quinta-feira, dia 13 de Setembro de 2012

Quinta-feira da 23ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : S. João Crisóstomo, bispo, Doutor da Igreja, +407
1ª Carta aos Coríntios 8,1b-7.11-13.
Irmãos: A ciência incha, mas a caridade edifica.
Se alguém pensa que sabe alguma coisa, ainda não sabe como deveria saber.
Mas se alguém ama a Deus, esse é conhecido por Deus.
Portanto, quanto ao consumo de carnes imoladas aos ídolos, sabemos que um ídolo não é nada no mundo e que não há outro deus a não ser o Deus único.
Pois, embora haja divindades, quer no céu quer na Terra – e há muitas divindades e muitos senhores –
para nós, contudo, um só é Deus, o Pai, de quem tudo procede e para quem nós somos e um só é o Senhor Jesus Cristo, por meio do qual tudo existe e mediante o qual nós existimos.
Mas nem todos têm esta ciência. Alguns, acostumados até há pouco ao culto dos ídolos, comem a carne como se fosse um verdadeiro sacrifício aos ídolos e a sua consciência, fraca como é, fica manchada.
E assim, pela tua ciência, vai perder-se quem é fraco, um irmão pelo qual Jesus Cristo morreu.
Pecando contra os próprios irmãos e ferindo a consciência deles que é débil, é contra Jesus Cristo que pecais.
Por isso, se um alimento for motivo de queda para o meu irmão, nunca mais voltarei a comer carne para não causar a queda do meu irmão.

Livro de Salmos 139(138),1-3.13-14ab.23-24.
Conduzi-me, Senhor, pelo caminho da eternidade.

Senhor, Tu examinaste-me e conheces-me,
sabes quando me sento e quando me levanto;
À distância conheces os meus pensamentos.
estás atento a todos os meus passos.

Tu modelaste as entranhas do meu ser
e formaste-me no seio de minha mãe.
Agradeço-Te por tão espantosas maravilhas;
admiráveis são as tuas obras.

Examina-me, Senhor, e vê o meu coração;
põe-me à prova para saber os meus pensamentos.
Vê se é errado o meu caminho
e guia-me pelo caminho eterno.

Evangelho segundo S. Lucas 6,27-38.
Naquele tempo, Jesus Cristo falou aos seus discípulos, dizendo: «Digo-vos, porém a vós que me escutais: Amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam,
abençoai os que vos amaldiçoam, rezai pelos que vos caluniam.
A quem te bater numa das faces, oferece-lhe também a outra e a quem te levar a capa, não impeças de levar também a túnica.
Dá a todo aquele que te pede e, a quem se apoderar do que é teu, não lho reclames.
O que quiserdes que os outros vos façam, fazei-lho vós também.
Se amais os que vos amam, que agradecimento mereceis? Os pecadores também amam aqueles que os amam.
Se fazeis bem aos que vos fazem bem, que agradecimento mereceis? Também os pecadores fazem o mesmo.
E se emprestais àqueles de quem esperais receber, que agradecimento mereceis? Também os pecadores emprestam aos pecadores a fim de receberem outro tanto.
Vós, porém amai os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai, sem nada esperar em troca. Então a vossa recompensa será grande e sereis filhos do Altíssimo porque Ele é bom até para os ingratos e os maus.
Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso.»
«Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados.
Dai e ser-vos-á dado: uma boa medida, cheia, recalcada, transbordante será lançada no vosso regaço. A medida que usardes com os outros será usada convosco

Santa Teresinha do Menino Jesus (1873-1897), carmelita, doutora da Igreja Manuscrito autobiográfico C, 15v°-16r°
«Amai os vossos inimigos»
«Ouvistes o que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo. Eu, porém digo-vos: Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem» (Mt 5,43-44). Claro que no Carmelo não se encontram inimigos, mas enfim há simpatias; sentimo-nos mais atraídas por esta irmã, enquanto aquela nos levaria até a fazer um desvio para não deparar com ela. Assim, sem mesmo o saber, ela torna-se objeto de perseguição. Pois bem, Jesus Cristo diz-me que é preciso amar essa irmã, rezar por ela, mesmo que a sua conduta me leve a crer que ela não gosta de mim: «Se amais os que vos amam que agradecimento mereceis? Os pecadores também amam aqueles que os amam.»
E não basta amar, é preciso demonstrá-lo. Ficamos naturalmente felizes por dar um presente a um amigo, gostamos muito de fazer surpresas, mas a caridade não é isso, pois os pecadores também o fazem. Eis que Jesus Cristo continua a ensinar-me: «Dá a todo aquele que te pede e a quem se apoderar do que é teu, não lho reclames». Dar a todas as que pedem é menos doce que oferecer-se a si mesma num movimento amoroso. [...] Se é difícil dar a quem nos pede, ainda o é mais deixar alguém apoderar-se do que é nosso sem o reclamar. Oh minha Mãe, digo que é difícil, mas deveria antes dizer que parece ser difícil, pois o jugo do Senhor é leve e suave (Mt 11,30). Quando o aceitamos, sentimos logo a sua doçura e clamamos como o salmista: «Correrei pelo caminho dos Teus mandamentos porque deste largas ao meu coração» (Sl 118,32). Não há como a caridade para dilatar o meu coração, oh Jesus Cristo. Desde que essa doce chama o consome, corro com alegria no caminho do Vosso mandamento novo (Jo 13,34).

Sexta-feira, dia 14 de Setembro de 2012

Exaltação da Santa Cruz – Festa

Santo do dia : Exaltação da Santa Cruz
Livro de Números 21,4b-9.
Naqueles dias, o povo de Israel partiu do monte Hor pelo caminho do Mar dos Juncos para contornar a terra de Edom, mas cansou-se na caminhada.
O povo falou contra Deus e contra Moisés: «Porque nos fizestes sair do Egipto? Foi para morrer no deserto onde não há pão nem água, estando enjoados com este pão levíssimo?»
Mas o Senhor enviou contra o povo serpentes ardentes que mordiam o povo e, por isso morreu muita gente de Israel.
O povo foi ter com Moisés e disse-lhe: «Pecámos ao protestarmos contra o Senhor e contra ti. Intercede junto do Senhor para que afaste de nós as serpentes.» E Moisés intercedeu pelo povo.
O Senhor disse a Moisés: «Faz para ti uma serpente abrasadora e coloca-a num poste. Sucederá que todo aquele que tiver sido mordido, se olhar para ela, ficará vivo.»
Moisés fez, pois uma serpente de bronze e fixou-a sobre um poste. Quando alguém era mordido por uma serpente e olhava para a serpente de bronze, vivia.

Livro de Salmos 78(77),1-2.34-35.36-37.38.
Não esqueçais as obras do Senhor.

Escuta, meu povo, os meus ensinamentos;
presta atenção às minhas palavras.
Vou abrir a minha boca em parábolas
e revelar os enigmas de outros tempos.

Quando os castigava, eles procuravam-no,
convertiam-se e voltavam-se para Deus.
Recordavam-se então que Deus era o seu protector,
que o Altíssimo era o seu libertador.

Mas logo o enganavam com a boca
e lhe mentiam com a língua.
Os seus corações não eram leais com Ele
nem fiéis à sua aliança.

Mas Deus, que é misericordioso,
perdoava-lhes os pecados
e não os destruía.
Muitas vezes conteve a sua cólera
e não executava toda a sua ira.

Evangelho segundo S. João 3,13-17.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo a Nicodemos: «Ninguém subiu ao Céu a não ser aquele que desceu do Céu, o Filho do Homem.
Assim como Moisés ergueu a serpente no deserto assim também é necessário que o Filho do Homem seja erguido ao alto
a fim de que todo o que nele crê, tenha a vida eterna.
Tanto amou Deus o mundo que lhe entregou o seu Filho Unigénito a fim de que todo o que nele crê não se perca, mas tenha a vida eterna.
De facto, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele.

São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja Homilia sobre a Cruz e o Ladrão, 1; PG 49, 399-401
«Assim também é necessário que o Filho do Homem seja erguido ao alto a fim de que todo o que n'Ele crê, tenha a vida eterna»
Hoje Nosso Senhor Jesus Cristo está na cruz e nós festejamos para que saibamos que a cruz (= sofrimento e,em geral, serve para nos tornarmos melhores, mais humanos e amigos dos outros) é uma festa e uma celebração espiritual. Outrora a cruz significou um castigo, agora tornou-se objecto de honra. Outrora símbolo de condenação, ei-la agora princípio de salvação, pois ela é para nós a causa de numerosos bens: libertou-nos do erro, iluminou-nos nas trevas e reconciliou-nos com Deus; tínhamo-nos tornado para Ele inimigos e estranhos e ela deu-nos a Sua amizade e aproximou-nos d'Ele. A cruz é para nós a destruição da inimizade, o garante da paz, o tesouro de mil bens.
Graças a ela, não erramos já pelos desertos porque conhecemos o verdadeiro caminho. Não ficamos de fora do palácio real porque encontrámos a porta. Não receamos as armas ardentes do diabo porque descobrimos a fonte. Graças a ela, já não somos viúvos porque descobrimos o Esposo. Não temos medo do lobo porque temos o bom pastor. Graças à cruz, não tememos o usurpador porque nos sentamos ao lado do Rei.
Eis porque estamos contentes ao festejar a memória da cruz. O próprio São Paulo nos convida para a festa em honra da cruz: «Celebremos, pois a festa, não com o fermento velho nem com o fermento da malícia e da corrupção mas com os ázimos da pureza e da verdade» (1Co 5,8). E a razão para isso: «Jesus Cristo, nosso cordeiro pascal, foi imolado» (v. 7).
Sábado, dia 15 de Setembro de 2012

Nossa Senhora das Dores – Memória Obrigatória

Santo do dia : Nossa Senhora das Dores
Carta aos Hebreus 5,7-9.
Nos dias da sua vida terrena, Jesus Cristo apresentou orações e súplicas Àquele que o podia salvar da morte com grande clamor e lágrimas e foi atendido por causa da sua piedade.
Apesar de ser Filho de Deus, aprendeu a obediência por aquilo que sofreu
e, tornado perfeito, tornou-se para todos os que lhe obedecem fonte de salvação eterna.

Livro de Salmos 31(30),2-3a.3bc-4.5-6.15-16.20.

Em ti, Senhor, me refugio; que eu nunca seja confundido.
Salva-me pela tua justiça.
Nas tuas mãos entrego o meu espírito;
Senhor, Deus fiel, salva-me.

Inclina para mim os teus ouvidos;
apressa-te a libertar-me.
Sê para mim uma rocha de refúgio,
uma fortaleza que me salve.

Inclina para mim os teus ouvidos;
apressa-te a libertar-me.
Sê para mim uma rocha de refúgio,
uma fortaleza que me salve.

Fazei brilhar sobre mim a vossa face,
salvai-me pela vossa bondade.
Como é grande, Senhor, a vossa bondade,
que tendes reservada para os que Vos adoram.

Livra-me da cilada que me armaram
porque Tu és o meu refúgio.
Tornei-me objecto de escárnio para os meus inimigos,
de desprezo para os meus vizinhos.

Tornei-me objecto de escárnio para os meus inimigos,
de desprezo para os meus vizinhos
e de terror para os meus conhecidos.
Os que me vêem na rua fogem de mim.
Votaram-me ao esquecimento como se tivesse morrido;
sou como um vaso desfeito.

Como é grande, Senhor, a bondade
que reservas para os que te são fiéis!
Tu a concedes, à vista de todos,
àqueles que em ti confiam.

Evangelho segundo S. João 19,25-27.
Naquele tempo, junto à cruz de Jesus Cristo estavam, de pé, sua mãe e a irmã da sua mãe, Maria, a mulher de Cléofas, e Maria de Magdala.
Então Jesus Cristo, ao ver ali ao pé a sua mãe e o discípulo que Ele amava, disse à mãe: «Mulher, eis o teu filho!»
Depois, disse ao discípulo: «Eis a tua mãe!» E, desde aquela hora, o discípulo acolheu-a como sua.

Papa Bento XVI
Encíclica «Spe salvi» § 50 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana rev.)
Mãe da esperança
Santa Maria, [...] o velho Simeão falou-Vos da espada que atravessaria o seu coração (cf. Lc 2,35), do sinal de contradição que vosso Filho haveria de ser neste mundo. Depois, quando a actividade pública de Jesus Cristo se iniciou, tivestes de vos pôr de lado para que pudesse crescer a nova família [...] daqueles que tivessem ouvido e observado a Sua palavra (cf. Lc 11,27s). Apesar de toda a grandeza e alegria do primeiro início da actividade de Jesus Cristo, vós, já na Sinagoga de Nazaré, tivestes de experimentar a verdade da palavra sobre o «sinal de contradição» (cf. Lc 4,28s). Assim vistes o crescente poder da hostilidade e da rejeição que se ia progressivamente afirmando à volta de Jesus Cristo até à hora da cruz quando tivestes de ver o Salvador do mundo, o herdeiro de David, o Filho de Deus morrer como um falido, exposto ao escárnio entre os malfeitores.
Acolhestes então as palavras: «Mulher, eis aí o teu filho» (Jo 19,26). Da cruz, recebestes uma nova missão. A partir da cruz, ficastes Mãe de uma maneira nova: Mãe de todos aqueles que querem acreditar no vosso Filho, Jesus Cristo, e segui-Lo. A espada da dor trespassou o seu coração. Tinha morrido a esperança? Ficou o mundo definitivamente sem luz, a vida sem objectivo? Naquela hora, provavelmente, no vosso íntimo tereis ouvido novamente as palavras com que o anjo tinha respondido ao vosso temor no instante da anunciação: «Não temas, Maria!» (Lc 1,30). Quantas vezes o Senhor, o vosso Filho, dissera a mesma coisa aos seus discípulos [...].
Na hora de Nazaré, o anjo também vos tinha dito: «O seu reinado não terá fim» (Lc 1,33). Teria talvez terminado antes de começar? Não; junto da cruz, [...] vós tornastes-vos mãe dos crentes. Nesta fé, [...] caminhastes para a manhã de Páscoa. A alegria da ressurreição tocou o vosso coração e uniu-vos de um novo modo aos discípulos [...]. O «reino» de Jesus Cristo era diferente daquele que os homens tinham podido imaginar. Este «reino» iniciava-se naquela hora e nunca mais teria fim. Assim vós permaneceis no meio dos discípulos como a sua Mãe, como Mãe da esperança.

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