sábado, 4 de agosto de 2012

Cristianismo 71


=CRISTIANISMO=

«Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna» Jo 6,68
Saúda-vos com amizade a equipa de Evangelho Quotidiano em língua portuguesa.
Podem contactar connosco através da página “contactos” do nosso sítio internet: http://www.evangelizo.org/main.php?language=PT&module=contact. Obrigado.
Queremos agradecer também a quantos, com a sua contribuição, permitem o financiamento e o desenvolvimento do serviço. Como sabem, ele é e será sempre gratuito, mas essas contribuições servem, em parte, para apoiar os mosteiros que nos ajudam na selecção e tradução diária dos comentários bem como para financiar o material informático. É por esta relação entre a vida activa e a contemplativa que o Evangelho Quotidiano pode funcionar.
Se deseja fazer um donativo: http://www.evangelizo.org/main.php?language=PT&module=helpus. Obrigado.
Criado em 2001, EVANGELIZO propõe aos seus leitores um acesso fácil e rápido a todas as leituras da liturgia católica do dia, à vida dos santos e a um comentário feito por uma grande figura da Igreja.
Fazemo-vos uma proposta; um amigo por dia. É um mínimo que não ocupa quase tempo nenhum. Abram o nosso site (www.evangelizo.org) e, clicando na bandeira que vos interessa, inscrevam o amigo de que se lembrarem na casa “o seu endereço e-mail”. Confirmem e já está! Ele receberá uma carta nossa a pedir se aceita a inscrição.
Um por dia! Não é pedir muito, pois não? O Senhor vos agradecerá.
O serviço está agora disponível gratuitamente em vários meios e suportes: por correio electrónico; no computador: http://www.evangelhoquotidiano.org/; em telefone móvel: http://mobile, evangelizo.org; em telefone “Iphone” e “Android”: aplicações “Evangelizo”.
Com os votos de uma santa e frutuosa caminhada,
A equipa portuguesa do Evangelho Quotidiano
---------------------------------------

Domingo, dia 29 de Julho de 2012

17º Domingo do Tempo Comum - Ano B

Naqueles dias, veio um homem de Baal-Salisa que trouxe a Eliseu, o homem de Deus, pão feito com os primeiros frutos da colheita. Eram vinte pães de cevada e trigo novo, no seu saco. Disse Eliseu: «Dá-os a esses homens para que comam.»
O seu servo respondeu: «Como poderei dar de comer a cem pessoas com isto?» Insistiu Eliseu: «Dá-os a esses homens para que comam. Pois isto diz o Senhor: ‘Comerão e ainda sobrará.’»
Ele colocou os pães diante deles. Todos comeram e ainda sobejou como o Senhor tinha dito.
Livro de Salmos 145(144),10-11.15-16.17-18.
Abri, Senhor, as vossas mãos e saciais a nossa fome.

Vos agradeçam, Senhor, todas as criaturas
e bendigam-Vos os vossos fiéis.
Proclamem a glória do vosso reino
e anunciem os vossos feitos gloriosos.

Todos têm os olhos postos em ti,
e, a seu tempo, Tu lhes dás o alimento.
Abres com largueza a tua mão
e sacias os desejos de todos os viventes.

O Senhor é justo em todos os seus caminhos
e misericordioso em todas as suas obras.
O Senhor está perto de todos os que O invocam,
dos que O invocam sinceramente.
Carta aos Efésios 4,1-6.
Irmãos: Eu, o prisioneiro no Senhor, exorto-vos, pois a que procedais de um modo digno do chamamento que recebestes;
com toda a humildade e mansidão, com paciência: suportando-vos uns aos outros no amor,
esforçando-vos por manter a unidade do Espírito, mediante o vínculo da paz. Há um só Corpo e um só Espírito assim como a vossa vocação vos chamou a uma só esperança;
um só Senhor, uma só fé, um só baptismo;
um só Deus e Pai de todos que reina sobre todos, age por todos e permanece em todos.
Evangelho segundo S. João 6,1-15.
Naquele tempo, Jesus Cristo foi para a outra margem do lago da Galileia, ou de Tiberíades.
Seguia-o uma grande multidão porque presenciavam os sinais miraculosos que realizava em favor dos doentes.
Jesus Cristo subiu ao monte e sentou-se ali com os seus discípulos.
Estava a aproximar-se a Páscoa, a festa dos judeus.
Erguendo o olhar e reparando que uma grande multidão viera ter com Ele, Jesus Cristo disse então a Filipe: «Onde havemos de comprar pão para esta gente comer?»
Dizia isto para o pôr à prova, pois Ele bem sabia o que ia fazer. Filipe respondeu-lhe:
«Duzentos denários de pão não chegam para cada um comer um bocadinho.»
Disse-lhe um dos seus discípulos, André, irmão de Simão Pedro:
«Há aqui um rapazito que tem cinco pães de cevada e dois peixes. Mas que é isso para tanta gente?»
Jesus Cristo disse: «Fazei sentar as pessoas.» Ora havia muita erva no local. Os homens sentaram-se, pois em número de uns cinco mil. (não contando as mulheres e crianças)
Então Jesus tomou os pães e, tendo dado graças, distribuiu-os pelos que estavam sentados, tal como os peixes e eles comeram quanto quiseram.
Quando se saciaram, disse aos seus discípulos: «Recolhei os pedaços que sobraram para que nada se perca».
Recolheram-nos então e encheram doze cestos de pedaços dos cinco pães de cevada que sobejaram aos que tinham estado a comer.
Aquela gente, ao ver o sinal milagroso que Jesus Cristo tinha feito, dizia: «Este é realmente o Profeta que devia vir ao mundo!»
Por isso, Jesus Cristo, sabendo que viriam arrebatá-lo para o fazerem rei, retirou-se de novo, sozinho, para o monte.
Santo Efrém (c. 306-373), diácono da Síria, doutor da Igreja Comentário do Evangelho, 12, 1-4; SC 121
A multiplicação dos pães
No deserto, Nosso Senhor multiplicou o pão e em Canaã transformou a água em vinho. Deste modo, habituou a boca dos Seus discípulos ao Seu pão e ao Seu vinho até à altura em que lhes daria o Seu corpo e o Seu sangue. Fez-lhes provar um pão e um vinho transitórios para fazer nascer neles o desejo do Seu corpo e do Seu sangue vivificantes. Deu-lhes estas pequenas coisas generosamente para que eles soubessem que a Sua dádiva suprema seria gratuita. Deu-lhas gratuitamente, embora eles tivessem podido comprar-Lhas para que ficassem a saber que não lhes pediria que pagassem uma coisa inestimável: porque, embora eles pudessem pagar o preço do pão e do vinho, não poderiam pagar o Seu corpo e o Seu sangue.
Não só nos ofereceu gratuitamente as Suas dádivas como ainda nos tratou com afeição porque nos deu estas pequenas coisas gratuitamente para nos atrair, para irmos até Ele e recebermos gratuitamente o enorme bem que é a Eucaristia. Estas pequenas porções de pão e de vinho que ofereceu eram agradáveis à boca, mas a dádiva do Seu corpo e do Seu sangue é útil ao espírito. Ele atraiu-nos através daqueles alimentos agradáveis ao paladar a fim de nos chamar para aquilo que dá vida à nossa alma. […]
A obra do Senhor abarca tudo: num abrir e fechar de olhos, multiplicou um pedaço de pão. O que os homens fazem e transformam em dez meses de trabalho, fazem os Seus dez dedos num instante. [...] De uma pequena quantidade de pão nasceu uma quantidade enorme de pães; foi como na primeira bênção: «crescei e multiplicai-vos, enchei e dominai (administrai porque o proprietário é Deus) a Terra» (Gn 1,28).
Segunda-feira, dia 30 de Julho de 2012

Segunda-feira da 17ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : Beato Bráulio Maria Corres, Frederico Rúbio e 69 companheiros, mártires da Guerra Civil de Espanha, S. Justino de Jacobis, bispo, +1860, S. Pedro Crisólogo, bispo, Doutor da Igreja, +450 Livro de Jeremias 13,1-11.
O Senhor ordenou-me: «Vai comprar uma faixa de linho e cinge com ela a tua cintura, mas não a metas na água.»
E eu comprei a faixa, de acordo com a palavra do Senhor, e com ela me cingi.
Foi-me dirigida, pela segunda vez, a palavra do Senhor:
«Toma a faixa que compraste e que trazes contigo e encaminha-te para as margens do Eufrates e esconde-a ali na fenda de uma rocha.»
Fui e escondi-a junto do Eufrates como o Senhor me havia ordenado.
Passados muitos dias, disse-me o Senhor: «Põe-te a caminho em demanda das margens do Eufrates a fim de buscar a faixa que, conforme as minhas ordens, ali escondeste.»
Dirigi-me então ao rio e, tendo cavado, retirei a faixa do lugar onde a escondera. Vi, porém que a faixa apodrecera e para nada mais servia.
Então o Senhor falou-me nestes termos:
«Isto diz o Senhor: ‘Da mesma forma, farei apodrecer a soberba de Judá e o grande orgulho de Jerusalém.
Este povo perverso que recusa ouvir as minhas ordens, que segue a obstinação do seu coração e vai atrás de deuses estranhos para os servir e adorar, tornar-se-á semelhante a esta faixa que para nada serve.
Assim como uma faixa se liga à cintura de um homem assim Eu uni a mim toda a casa de Israel e a casa de Judá para que fossem o meu povo, a minha honra, a minha glória e a minha ufania. Eles, porém não me escutaram’» –oráculo do Senhor.
Livro de Deuteronómio 32,18-19.20.21.
Abandonaste a Deus que te criou.

Desprezaste o Rochedo que te criou,
esqueceste a Deus que te deu a vida.
O Senhor viu isso e irritou-se,
provocado por seus filhos e filhas.

E disse: 'Vou esconder deles a minha face,
verei qual será o seu futuro
porque eles são uma geração rebelde,
filhos em quem não se pode confiar.

Fazem-Me ciúmes com o que não é Deus,
irritam-Me com seus ídolos vãos.
Eu é que lhes farei ciúmes com um que não é povo,
com uma nação insensata os irritarei.'
Evangelho segundo S. Mateus 13,31-35.
Naquele tempo, Jesus Cristo disse ainda à multidão a seguinte parábola: «O Reino do Céu é semelhante a um grão de mostarda que um homem tomou e semeou no seu campo.
É a mais pequena de todas as sementes; mas, depois de crescer, torna-se a maior planta do horto e transforma-se numa árvore a ponto de virem as aves do céu abrigar-se nos seus ramos.»
Jesus Cristo disse-lhes outra parábola: «O Reino do Céu é semelhante ao fermento que uma mulher toma e mistura em três medidas de farinha até que tudo fique fermentado.»
Tudo isto disse Jesus Cristo em parábolas à multidão e nada lhes dizia sem ser em parábolas.
Deste modo cumpria-se o que fora anunciado pelo profeta: Abrirei a minha boca em parábolas e proclamarei coisas ocultas desde a criação do mundo.
São Josemaría Escrivá de Balaguer (1902-1975), presbítero, fundador Homilia em «Amigos de Deus», §§ 8-9
«Até que tudo fique fermentado»
Tenho vontade de recordar a grandeza de actuar com espírito divino no cumprimento fiel das obrigações habituais de cada dia, com essas lutas que enchem Nosso Senhor de alegria e que só Ele e cada um de nós conhece. Convencei-vos de que normalmente não encontrareis ocasiões para grandes façanhas, entre outros motivos porque não é habitual que surjam essas oportunidades. Pelo contrário, não faltam ocasiões para demonstrarmos o nosso amor a Jesus Cristo através do que é pequeno, do normal. […]
Ao meditar as palavras de Nosso Senhor: «Por amor deles, santifico-Me a Mim mesmo para que eles também sejam santificados na verdade» (Jo 17,19), percebemos claramente o nosso único fim: a santificação, isto é, que temos de ser santos para santificar. Simultaneamente, como tentação subtil, talvez nos assalte o pensamento de que muito poucos estamos decididos a responder a esse convite divino, além de nos vermos como instrumentos de muito fraca categoria. É verdade, somos poucos, em comparação com o resto da humanidade e pessoalmente não valemos nada; mas a afirmação do Mestre ressoa com autoridade: o cristão é luz, sal, fermento do mundo e «um pouco de fermento faz levedar toda a massa» (Mt 5,13-14).

Terça-feira, dia 31 de Julho de 2012

Terça-feira da 17ª semana do Tempo Comum

«Derramem os meus olhos lágrimas noite e dia, sem descanso porque a jovem, filha do meu povo, foi ferida com um golpe terrível e sua chaga não tem cura!»
Se saio aos campos, eis os mortos à espada; se regresso à cidade, eis os dizimados pela fome. Até profetas e sacerdotes vagueiam pelo país sem nada compreenderem.
Acaso rejeitaste inteiramente Judá? Porventura sentes nojo de Sião? Porque nos feriste sem esperança de cura? Esperávamos a paz, mas nada há de bom; esperávamos a hora do alívio, mas só vemos angústia!
Senhor! Conhecemos a nossa culpa e a iniquidade dos nossos pais. Pecámos realmente contra ti.
Mas, por amor do teu nome, não nos abandones nem desonres o trono da tua glória. Lembra-te de nós, não anules a tua aliança connosco.
Será que algum dos ídolos dos pagãos, traz a chuva? Ou é o céu que proporciona as chuvas? Não és Tu, Senhor, o nosso Deus? Nós esperamos em ti, pois és Tu quem faz todas estas coisas.
Livro de Salmos 79(78),8.9.11.13.
Salvai-nos, Senhor, para glória do vosso nome.

Não recordes contra nós
as faltas dos nossos antepassados;
venha depressa ao nosso encontro a tua misericórdia
porque somos tão miseráveis.

Chegue junto de ti
o gemido dos cativos
pela grande força do teu braço,
salva da morte os que estão condenados

Nós, que somos o teu povo e ovelhas do teu rebanho,
glorificar-te-emos para sempre;
de geração em geração
cantaremos a vossa glória.
Evangelho segundo S. Mateus 13,36-43.
Naquele tempo, afastando-se das multidões, Jesus Cristo foi para casa. E os seus discípulos, aproximando-se dele, disseram-lhe: «Explica-nos a parábola do joio no campo.»
Ele, respondendo, disse-lhes: «Aquele que semeia a boa semente é o Filho do Homem;
o campo é o mundo; a boa semente são os filhos do Reino; o joio são os filhos do maligno;
o inimigo que a semeou é o diabo; a ceifa é o fim do mundo (= o fim de cada tempo; mudança de paradigma; mudança de sistema: esclavagista, feudal, renascentista, … ; o fim do mundo existente que já começa a gerar um novo mundo como conhecemos na história. No fim de cada mundo, são feitos os julgamentos e são atribuídas as sentenças de acordo com o que cada um praticou e, de acordo com o resultado, entra ou não no novo mundo. Este processo demora bastantes anos. Por exemplo, quando Jesus Cristo começou a pregar tinha-se iniciado o tempo – Peixes; em 2004, iniciou-se o tempo - Aquário) e os ceifeiros são os anjos.
Assim, pois como o joio é colhido e queimado no fogo assim será no fim do mundo:
o Filho do Homem enviará os seus anjos que hão-de tirar do seu Reino todos os escandalosos e todos quantos praticam a iniquidade
e lançá-los na fornalha ardente; ali haverá choro e ranger de dentes.
Então os justos resplandecerão como o Sol, no Reino de seu Pai. Aquele que tem ouvidos, oiça!» (porque o fim daquele mundo estava mesmo a acontecer)
Santo Hilário (c. 315-367), bispo de Poitiers, doutor da Igreja Da Trindade, XI, 39-40
«Então os justos resplandecerão como o Sol, no Reino de seu Pai»
[Diz S. Paulo que] Jesus Cristo entregará o reino a Seu Pai (1Cor 15,24), não no sentido em que renunciará ao Seu poder, entregando-Lhe o Seu Reino, mas no sentido em que o Reino de Deus seremos nós, assim que tivermos sido conformados à glória do Seu Corpo, constituídos Reino de Deus através da glorificação do Seu Corpo e assim nos entregará ao Pai enquanto Reino, segundo diz o Evangelho: «Vinde, benditos de Meu Pai! Recebei em herança o Reino que vos está preparado desde a criação do mundo» (Mt 25,34).
E «os justos resplandecerão como o Sol, no Reino de seu Pai» porque o Filho colocará nas mãos de Deus aqueles que, sendo o Reino, para ele convidara, aqueles a quem foram prometidas as bem-aventuranças próprias deste mistério com estas palavras: «Felizes os puros de coração porque verão a Deus» (Mt 5,8). [...] Serão estes quem, enviados a Seu pai como Seu Reino, verão a Deus.
O próprio Senhor dissera aos Apóstolos em que consistia este Reino: «O Reino de Deus está no meio de vós» (Lc 17,21). E se alguém inquirir quem é Aquele que entregará o Reino, preste atenção: «Jesus Cristo ressuscitou dos mortos como primícias dos que morreram porque, assim como por um homem veio a morte, também por um homem vem a ressurreição dos mortos» (1Cor 15,20-21). Tudo isto diz respeito ao mistério do Corpo, uma vez que Jesus Cristo é o primeiro Ressuscitado dentre os mortos. [...] Por isso [é que] Deus será «tudo em todos» (1 Cor 15,28), para o progresso da [nossa] humanidade assumida por Jesus Cristo.
Quarta-feira, dia 01 de Agosto de 2012

Quarta-feira da 17ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : Santo Afonso Maria de Ligório, bispo, Doutor da Igreja, +1787 Livro de Jeremias 15,10.16-21.
Ai de mim, ó mãe, porque me deste à luz! Sou um homem de discórdia e de polémica para toda a Terra! Nunca emprestei e ninguém me emprestou; no entanto, todos me maldizem.
Eu devoro as tuas palavras, onde as encontro; a tua palavra é a minha alegria e as delícias do meu coração porque o teu Nome, foi invocado sobre mim, ó Senhor, Deus do universo!
Nunca me sentei entre os escarnecedores para com eles me divertir. Forçado pela tua mão, sentei-me solitário porque me possuía a tua indignação.
Porque se tornou perpétua a minha dor e não cicatriza a minha chaga, rebelde ao tratamento? Ai! Serás para mim como um riacho enganador de água inconstante?
Por esta razão, o Senhor diz-me: «Se te reconciliares comigo, receber-te-ei novamente e poderás estar na minha presença. Se conseguires retirar o precioso do vil, serás como a minha boca. Serão eles então que virão a ti e não tu que irás a eles.
Tornar-te-ei, para este povo, como sólida muralha de bronze. Combaterão contra ti, mas não conseguirão vencer-te porque Eu estarei a teu lado para te proteger e salvar – oráculo do Senhor.
Livrar-te-ei das garras dos maus, resgatar-te-ei do poder dos opressores.»
Livro de Salmos 59(58),2-3.4-5a.10-11.17.18.
Sois o meu refúgio, Senhor, no dia da minha tribulação.

Meu Deus, livra-me dos meus inimigos;
protege-me dos que se levantam contra mim.
Livra-me dos que praticam o mal
e salva-me dos homens sanguinários.

Vê como armam ciladas à minha vida;
ó Senhor, conspiram contra mim os poderosos
sem que eu tenha cometido nenhum crime nem pecado
Sem que eu tenha culpa, correm a atacar-me.

Ó minha força, é para ti que eu me volto,
pois Tu, ó Deus, és a minha fortaleza.
O amor do meu Deus virá ao meu encontro,
Deus me fará ver o castigo dos meus opressores.

Eu, porém cantarei o teu poder,
pela manhã celebrarei a tua bondade
porque foste o meu amparo
e o meu refúgio no dia da tribulação.
Evangelho segundo S. Mateus 13,44-46.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos:«O Reino do Céu é semelhante a um tesouro escondido num campo que um homem encontra. Volta a escondê-lo e, cheio de alegria, vai, vende tudo o que possui e compra o campo.
O Reino do Céu é também semelhante a um negociante que busca boas pérolas. Tendo encontrado uma pérola de grande valor, vende tudo quanto possui e compra a pérola.» (Acredito que se pretende demonstrar o valor do campo e da pérola, isto é, do Reino do Céu que vale mais do que tudo o que se possa ter e que vale a pena escolher o Reino do Céu. Quer tenhamos muitos bens ou não; nada é nosso, tudo é de Deus, que Deus nos dá a graça de possuirmos. Perante o mundo somos proprietários, mas perante Deus somos administradores que nunca devem esquecer que há quem precise para que não se caia na situação deles)
Santo Ireneu de Lyon (c. 130-c. 208), bispo, teólogo, mártir «Contra as heresias», IV, 26
O tesouro escondido no campo das Escrituras
Foi Jesus Cristo que Se tornou presente a todos aqueles a quem Deus, desde o início, comunicou a Sua Palavra, o Seu Verbo. E se alguém ler a Escritura nessa perspectiva, encontrará uma expressão que diz respeito a Jesus Cristo e uma prefiguração do novo chamamento, pois é Ele o tesouro escondido no «campo», isto é, no mundo (Mt 13,38). Tesouro escondido nas Escrituras, pois foi assinalado por símbolos e parábolas que, humanamente falando, não podiam ser compreendidas antes do cumprimento das profecias, isto é, antes da vinda do Senhor. Foi por isso que foi dito ao profeta Daniel: «Guarda isto em segredo e conserva selado este livro até ao tempo final» (12,4). [...] E Jeremias também disse: «Compreendê-los-eis plenamente no futuro» (23,20). […]
Lida pelos Cristãos, a Lei é um tesouro escondido outrora no campo, mas que a cruz de Jesus Cristo revela e explica [...]: ela manifesta a sabedoria de Deus, dá a conhecer os Seus desígnios com vista à salvação do homem, prefigura o Reino de Jesus Cristo, anuncia antecipadamente a Boa Nova da herança da Jerusalém santa, prediz que o homem (e mulher) que ama a Deus progredirá até O ver e escutar a Sua palavra e que será glorificado por essa palavra. […]
Foi dessa maneira que o Senhor explicou as Escrituras aos Seus discípulos depois da ressurreição, provando-lhes, através delas, que «o Messias tinha de sofrer essas coisas para entrar na Sua glória» (cf Lc 24,26). Se, portanto alguém ler desta maneira as Escrituras, será um discípulo perfeito «semelhante a um pai de família que tira coisas novas e velhas do seu tesouro» (Mt 13,52).
Quinta-feira, dia 02 de Agosto de 2012

Quinta-feira da 17ª semana do Tempo Comum

Palavra que o Senhor dirigiu ao profeta Jeremias:
«Vai e desce à casa do oleiro e ali escutarás a minha palavra.»
Fui então à casa do oleiro e encontrei-o a trabalhar ao torno.
Quando o vaso que estava a modelar não lhe saía bem, retomava o barro com as mãos e fazia outro como bem lhe parecia.
Então foi-me dirigida a palavra do Senhor, dizendo:
«Casa de Israel, não poderei fazer de vós o que faz este oleiro? Como o barro nas suas mãos assim sois vós nas minhas, casa de Israel –oráculo do Senhor.
Livro de Salmos 146(145),1-2abc.2d-4.5-6.
Feliz o que tem por auxílio o Deus de Jacob.

Louva, ó minha alma, o Senhor!
Hei-de louvar o Senhor, enquanto viver;
enquanto existir,
hei-de cantar hinos ao meu Deus.

Não ponhais a vossa confiança nos poderosos
nem nos homens, pois eles não podem salvar.
Mal deixam de respirar, regressam ao pó da terra;
nesse mesmo dia acabam os seus projectos.

Feliz de quem tem por auxílio o Deus de Jacob,
de quem põe a sua esperança no Senhor, seu Deus.
Ele criou os céus, a terra e o mar
e tudo o que neles existe.
Evangelho segundo S. Mateus 13,47-53.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo à multidão: «O Reino do Céu é ainda semelhante a uma rede que, lançada ao mar, apanha toda a espécie de peixes.
Logo que ela se enche, os pescadores puxam-na para a praia, sentam-se e escolhem os bons para as canastras e os ruins, deitam-nos fora.
Assim será no fim do mundo: sairão os anjos e separarão os maus do meio dos justos
para os lançarem na fornalha ardente: ali haverá choro e ranger de dentes.» «Compreendestes tudo isto?» «Sim» responderam eles.
Jesus Cristo disse-lhes então: «Por isso, todo o doutor da Lei instruído acerca do Reino do Céu é semelhante a um pai de família que tira coisas novas e velhas do seu tesouro (a Bíblia).»
Depois de terminar estas parábolas, Jesus Cristo partiu dali.
Sexta-feira, dia 03 de Agosto de 2012

Sexta-feira da 17ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : Santa Lídia, + cerca de 60, S. Pedro de Anagni, bispo, +1105 Livro de Jeremias 26,1-9.
No começo do reinado de Joaquim, filho de Josias, rei de Judá, a palavra do Senhor foi dirigida a Jeremias nestes termos:
«Isto diz o Senhor: ‘Põe-te no átrio do templo e fala ali a todos os habitantes de Judá que vêm prostrar-se no templo do Senhor e anuncia-lhes todas as palavras que te mandei anunciar sem omitir nenhuma.
Talvez te ouçam e se convertam cada um do seu mau caminho. Arrepender-me-ei então do castigo que, por causa das suas más obras, tinha determinado dar-lhes.’
Dir-lhes-ás: ‘Isto diz o Senhor: Se não me ouvirdes, se não obedecerdes à lei que vos impus,
ouvindo as palavras dos profetas, meus servos, que continuamente vos enviei e a quem não tendes ouvido,
farei a esta casa o que fiz a Silo e farei desta cidade um objecto de maldição para todos os povos da Terra.’»
Os sacerdotes, os profetas e todo o povo ouviram Jeremias pronunciar estas palavras no templo.
Porém mal Jeremias acabara de repetir o que o Senhor lhe ordenara dizer ao povo, os sacerdotes, os profetas (do rei) e a multidão lançaram-se sobre ele, exclamando: «À morte!
Porque profetizas, em nome do Senhor, este oráculo: ‘Acontecerá a este templo o mesmo que sucedeu a Silo e esta cidade será transformada em deserto, sem habitantes?’» Juntou-se toda a multidão contra Jeremias no templo do Senhor.
Livro de Salmos 69(68),5.8-10.14.
Pela vossa grande misericórdia, atendei-me, Senhor.

São mais do que os cabelos da minha cabeça
aqueles que injustamente me odeiam;
são mais fortes do que os meus ossos
os que me detestam sem motivo.

Por causa de ti, tenho sofrido insultos,
o meu rosto cobriu-se de vergonha.
Devorou-me o zelo pela tua casa
e caíram sobre mim os insultos contra ti.

Mas eu dirijo a ti a minha oração, ó Senhor,
no tempo favorável; ó Deus,
responde-me, pelo teu grande amor,
como prova da nossa salvação.
Evangelho segundo S. Mateus 13,54-58.
Naquele tempo, Jesus Cristo foi à sua terra e começou a ensinar os que estavam na sinagoga de tal modo que todos se enchiam de assombro e diziam: «De onde lhe vem esta sabedoria e o poder de fazer milagres?
Não é Ele o filho do carpinteiro? Não se chama sua mãe Maria e seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas?
Suas irmãs não estão todas entre nós? De onde lhe vem, pois tudo isto?»
E estavam escandalizados por causa dele. Mas Jesus Cristo disse-lhes: «Um profeta só é desprezado na sua pátria e em sua casa.»
E não fez ali muitos milagres, por causa da falta de fé daquela gente.
São Bernardo (1091-1153), monge cisterciense, doutor da Igreja II homília sobre as palavras do Evangelho: «O anjo Gabriel foi enviado», § 16
«Não é Ele o filho do carpinteiro?»
Irmãos, lembrai-vos do patriarca José [...], de quem José, o esposo de Maria, herdou não apenas o nome mas também a castidade, a inocência e as graças. [...] O primeiro recebeu do céu a interpretação dos sonhos (Gn 40;41); o segundo não só teve conhecimento dos segredos do céu como teve a honra de neles participar. O primeiro providenciou o sustento a todo um povo, fornecendo-lhe trigo em abundância (Gn 41,55); o segundo foi estabelecido como guardião do pão vivo que veio para dar pessoalmente a vida ao mundo inteiro (Jo 6,51). Não há dúvida de que José, que foi noivo da mãe do Salvador, foi um homem bom e fiel, ou antes, o «servo bom e fiel» (Mt 25,21) que o Senhor colocou à frente da Sua família para ser a consolação de Sua mãe, o pai nutrício da Sua humanidade, o colaborador fiel no Seu desígnio para o mundo.
E era da casa de David [...], descendente da estirpe real, nobre por nascimento, mas ainda mais nobre de coração. Sim, era verdadeiramente filho de David, não apenas pelo sangue, mas pela sua fé, pela sua santidade, pelo seu fervor no serviço de Deus. Em José, o Senhor encontrou verdadeiramente, como em David, «um homem segundo o Seu coração» (1Sm 13,14) a quem pôde confiar, com toda a segurança, o maior segredo do Seu coração. Ele revelou-lhe «a sabedoria que instrui no segredo» (Sl 50, 8), deu-lhe a conhecer uma maravilha que nenhum dos príncipes desta Terra conheceu; concedeu-lhe enfim ver o que «muitos profetas e reis quiseram ver [...] e não viram», escutar o que muitos queriam «ouvir [...] e não ouviram!» (Lc 10,24). E não apenas vê-Lo e ouvi-Lo, mas também levá-Lo nos braços, conduzi-Lo pela mão, apertá-Lo ao coração, abraçá-Lo, alimentá-Lo e cuidar d'Ele.
Sábado, dia 04 de Agosto de 2012

Sábado da 17ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : S. João Maria Vianney, presbítero, +1859 Livro de Jeremias 26,11-16.24.
Naqueles dias, os sacerdotes e os profetas falaram aos príncipes e à multidão: «Este homem merece a morte porque profetizou contra esta cidade, como todos vós ouvistes.»
Jeremias, porém respondeu aos príncipes e ao povo: «Foi o Senhor que me enviou a profetizar contra este templo e contra esta cidade os oráculos que ouvistes.
Reformai, portanto a vossa vida e as vossas obras, ouvi a palavra do Senhor, vosso Deus, e o Senhor afastará de vós o mal com que vos ameaça.
Quanto a mim, entrego-me nas vossas mãos. Fazei de mim o que quiserdes e o que melhor vos parecer.
Sabei, porém que, se me condenardes à morte, sereis responsáveis pelo sangue inocente assim como esta cidade e os seus habitantes porque, na verdade, foi o Senhor que me enviou para vos transmitir estes oráculos.»
Então os príncipes e a multidão disseram aos sacerdotes e aos profetas: «Este homem não merece a morte! Foi em nome do Senhor, nosso Deus, que nos falou.»
Quanto a Jeremias, ele gozava da protecção de Aicam, filho de Chafan, para que não fosse entregue nas mãos do povo a fim de ser condenado à morte.
Livro de Salmos 69(68),15-16.30-31.33-34.
Pela vossa bondade, ouvi-me, Senhor

Tira-me do lodo para que não me afunde!
Salva-me dos que me odeiam e das águas profundas!
Não me cubram as ondas nem me engula o abismo;
que a boca do poço não se feche sobre mim.

Eu sou pobre e miserável:
defendei-me com a vossa protecção.
Louvarei com cânticos o nome de Deus
e em acção de graças O glorificarei.

Vós, humildes, olhai e alegrai-vos
buscai o Senhor e o vosso coração reanimará.
O Senhor ouve o os pobres
e não despreza os cativos.
Evangelho segundo S. Mateus 14,1-12.
Por aquele tempo, a fama de Jesus Cristo chegou aos ouvidos de Herodes, o tetrarca,
e ele disse aos seus cortesãos: «Esse homem é João Baptista! Ressuscitou dos mortos e, por isso, se manifestam nele tais poderes miraculosos.»
De facto, Herodes tinha prendido João, algemara-o e metera-o na prisão, por causa de Herodíade, esposa de seu irmão Filipe.
Porque João dizia-lhe: «Não te é lícito possuí-la.»
Quisera mesmo dar-lhe a morte, mas teve medo do povo que o considerava um profeta.
Ora quando Herodes festejou o seu aniversário, a filha de Herodíade dançou perante os convidados e agradou a Herodes,
pelo que ele se comprometeu, sob juramento, a dar-lhe o que ela lhe pedisse.
Induzida pela mãe, respondeu: «Dá-me, aqui num prato, a cabeça de João Baptista.»
O rei ficou triste, mas, devido ao juramento e aos convidados, ordenou que lha trouxessem
e mandou decapitar João Baptista na prisão.
Trouxeram, num prato, a cabeça de João e deram-na à jovem que a levou à sua mãe.
Os discípulos de João vieram buscar o corpo e sepultaram-no; depois, foram dar a notícia a Jesus Cristo.
Catecismo da Igreja Católica
§§ 2471-2474
O martírio de João Baptista, testemunha da verdade
Diante de Pilatos, Jesus Cristo proclama que «veio ao mundo para dar testemunho da verdade» (Jo 18,37). O cristão não deve «envergonhar-se de dar testemunho do Senhor» (2 Tm 1, 8). Em situações que exigem a confissão da fé, o cristão deve professá-la sem equívoco, conforme o exemplo de São Paulo diante dos seus juízes. É preciso guardar «uma consciência irrepreensível diante de Deus e dos homens (e mulheres)» (Act 24, 16).
O dever que os cristãos têm de tomar parte na vida da Igreja leva-os a agir como testemunhas do Evangelho e das obrigações que dele dimanam. Este testemunho é a transmissão da fé por palavras e obras. O testemunho é um acto de justiça que estabelece ou que dá a conhecer a verdade: «Todos os fiéis cristãos, onde quer que vivam, têm obrigação de manifestar, pelo exemplo da vida e pelo testemunho da palavra, o homem novo de que se revestiram pelo Baptismo e a virtude do Espírito Santo com que foram robustecidos na Confirmação» (Vaticano II).
O martírio é o supremo testemunho dado em favor da verdade da fé; designa um testemunho que vai até à morte. O mártir dá testemunho de Jesus Cristo morto e ressuscitado, ao qual está unido pela caridade. Dá testemunho da verdade da fé e da doutrina cristã. Suporta a morte com um acto de fortaleza. [...] A Igreja recolheu com o maior cuidado as memórias daqueles que foram até ao fim na confissão da sua fé. São as Actas dos Mártires, as quais constituem arquivos da verdade escritos com letras de sangue [...]: «Eu Te bendigo por me teres julgado digno deste dia e desta hora, digno de ser contado no número dos Teus mártires [...]. Tu cumpriste a Tua promessa, Deus da fidelidade e da verdade. Por esta graça e por tudo, eu Te louvo e Te bendigo; eu Te glorifico pelo eterno e celeste Sumo-Sacerdote Jesus Cristo, Teu Filho muito-amado» (São Policarpo).

O meus clube de leitura

Os meus filmes

1.º – As Amendoeiras em Flor e o Corridinho Algarvio.wmv
2.º – O Cemitério de Lagos
3.º – Lagos e a sua Costa Dourada

Os meus blogues

------------------------------
...........................................................
http://www.psd.pt/ Homepage (rodapé) - “Povo Livre” - salvar (=guardar)
http://www.radiosim.com/
http://www.antena2.rdp.pt/
http://www.paulinas.pt/ (livros, música, postais, … cristãos)
http://www.amigosdoscastelos.org.pt/

Sem comentários:

Enviar um comentário