sábado, 28 de julho de 2012

Cristianismo 70


=CRISTIANISMO=

«Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna» Jo 6,68
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Com os votos de uma santa e frutuosa caminhada,
A equipa portuguesa do Evangelho Quotidiano
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Domingo, dia 22 de Julho de 2012

16º Domingo do Tempo Comum - Ano B

Diz o Senhor: «Ai dos pastores que dispersam e extraviam o rebanho das minhas pastagens!»
Pois assim fala o Senhor, Deus de Israel, aos pastores que apascentam o meu povo: «Dispersastes as minhas ovelhas, afugentaste-las e não vos ocupastes delas. Por isso Eu vou ocupar-me de vós, pedir-vos contas do vosso mau procedimento – oráculo do Senhor.
Reunirei o que restar das minhas ovelhas espalhadas pelas terras em que as exilei e fá-las-ei voltar às suas pastagens, onde crescerão e se multiplicarão.
Dar-lhes-ei pastores que as apascentarão de sorte que não terão medo nem sobressalto e nenhuma delas se perderá –oráculo do Senhor.
Dias virão em que farei brotar de David um rebento justo que será rei, governará com sabedoria e exercerá no país o direito e a justiça – oráculo do Senhor.
Nos seus dias, Judá será salvo e Israel viverá em segurança. Então será este o seu nome: ‘O Senhor – é – nossa – Justiça!’
Livro de Salmos 23(22),1-3a.3b-4.5.6.
O Senhor é meu pastor: nada me faltará.

O Senhor é meu pastor: nada me falta.
Leva-me a descansar em verdes prados,
conduz-me às águas refrescantes
e reconforta a minha alma.

Ele me guia por sendas direitas, por amor do seu nome.
Ainda que tenha de andar por vales tenebrosos,
não temerei nenhum mal porque Vós estais comigo.
o vosso cajado e o vosso báculo
me enchem de confiança.

Para mim preparais a mesa
à vista dos meus adversários;
com óleo me perfumais a cabeça
e o meu cálice transborda.

A bondade e a graça hão-de acompanhar-me
todos os dias da minha vida
e habitarei na casa do Senhor
para todo o sempre.
Carta aos Efésios 2,13-18.
Irmãos: Foi em Cristo Jesus que vós, que outrora estáveis longe de Deus, estais agora perto, graças ao sangue de Jesus Cristo.
Com efeito, Ele é a nossa paz; Ele que, dos dois povos, fez um só e destruiu o muro de separação, a inimizade na sua carne,
anulou a lei que contém os mandamentos em forma de prescrições para, a partir do judeu e do pagão, criar em si próprio um só homem novo, fazendo a paz
e para os reconciliar com Deus, num só Corpo, por meio da cruz, matando assim a inimizade.
E na sua vinda, anunciou a paz, a vós, que estáveis longe e paz àqueles que estavam perto.
Porque é por Ele que uns e outros, num só Espírito, temos acesso ao Pai.
Evangelho segundo S. Marcos 6,30-34.
Naquele tempo, os Apóstolos reuniram-se a Jesus Cristo e contaram-lhe tudo o que tinham feito e ensinado.
Disse-lhes então: «Vinde, retiremo-nos para um lugar desértico e descansai um pouco.» porque eram tantos os que iam e vinham que nem tinham tempo para comer.
Foram, pois, no barco, para um lugar isolado, sem mais ninguém.
Ao vê-los afastar, muitos perceberam para onde iam e de todas as cidades acorreram a pé, àquele lugar e chegaram primeiro que eles.
Ao desembarcar, Jesus Cristo viu uma grande multidão e teve compaixão deles porque eram como ovelhas sem pastor. Começou então a ensinar-lhes muitas coisas.
São Clemente de Alexandria (150-c. 215), teólogo Pedagogo, I, 9; SC 70
«Teve compaixão deles, por eram como ovelhas sem pastor»
Salvar é um acto de bondade. «A misericórdia divina estende-se a todo o ser vivo: repreende, corrige, ensina e reconduz como pastor o seu rebanho. Ele Se compadece daqueles que recebem os Seus ensinamentos e dos que se apressam a cumprir os Seus preceitos» (Sir18,13ss). […]
Os sãos não têm necessidade do médico enquanto estiverem bem; os doentes, pelo contrário, recorrem à sua arte. Da mesma maneira, nesta vida, nós estamos doentes pelos nossos desejos censuráveis, pelas nossas intemperanças [...] e outras paixões: temos necessidade de um Salvador. [...] Nós, os doentes, temos necessidade do Salvador; extraviados, necessitamos de quem nos guie; cegos, de quem nos dê luz; sedentos, da fonte de água viva porque «quem beber da água que Eu lhe der nunca mais terá sede» (Jo 4,14). Mortos, precisamos da vida; rebanho, do pastor; crianças, de um educador: sim, toda a humanidade tem necessidade de Jesus Cristo. […]
«Cuidarei da que está ferida e tratarei da que está doente. Vigiarei sobre a que está gorda e forte. A todas apascentarei com justiça» (Ez 34,16). Tal é a promessa do bom pastor que nos apascenta como a um rebanho, a nós que somos pequeninos. Mestre, dá-nos com abundância o Teu pasto que é a justiça! Sê o nosso pastor e conduz-nos até à Tua montanha santa, até à Igreja que se eleva, que domina as nuvens, que toca os céus. «Eis que Eu mesmo cuidarei das Minhas ovelhas e me interessarei por elas» (cf Ez 34). [...] «Eu não vim para ser servido, mas para servir». É por isso que o Evangelho O mostra cansado, Ele que se afadiga por nós e que promete «dar a Sua vida para resgatar a multidão» (Jo 4,5; Mt 20,28).
2-Segunda-feira, dia 23 de Julho de 2012

Santa Brígida

Santo do dia : Santa Brígida, religiosa, patrona da Europa, +1373 Carta aos Gálatas 2,19-20.
Irmãos: É que eu pela Lei morri para a Lei a fim de viver para Deus. Estou crucificado com Jesus Cristo.
Já não sou eu que vivo, mas é Jesus Cristo que vive em mim. E a vida que agora tenho na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus que me amou e a si mesmo se entregou por mim.
Livro de Salmos 32(31),2-3.4-5.6-7.8-9.10-11.
Em todo o tempo e lugar bendirei o Senhor

Em toda a hora bendirei o Senhor
o Seu louvor estará sempre na minha boca.
A minha alma gloria-se no Senhor;
escutem e alegrem-se os humildes.

Enaltecei comigo o Senhor
e exaltemos juntos o Seu nome.
Procurei o Senhor e Ele atendeu-me,
libertou-me de toda a ansiedade.

Voltai-vos para Ele e ficareis radiantes,
o vosso rosto não se cobrirá de vergonha.
Este pobre clamou e o Senhor o ouviu,
salvou-o de todas as angústias.

O Anjo do Senhor protege os que O adoram
e defende-os de perigos.
Saboreai e vede como o Senhor é bom:
feliz o homem que n'Ele se refugia.

Adorai o Senhor, vós, os seus fiéis
porque nada falta aos que O adoram.
Os poderosos empobrecem e passam fome,
aos que procuram o Senhor
não faltará riqueza alguma.
Evangelho segundo S. João 15,1-8.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Eu sou a videira verdadeira e o meu Pai é o agricultor.
Ele corta todo o ramo que não dá fruto em mim e poda o que dá fruto para que dê mais fruto ainda.
Vós já estais purificados pela palavra que vos tenho anunciado.
Permanecei em mim que Eu permaneço em vós. Tal como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, mas só permanecendo na videira, assim também acontecerá convosco se não permanecerdes em mim.
Eu sou a videira; vós, os ramos. Quem permanece em mim e Eu nele, esse dá muito fruto, pois sem mim, nada podeis fazer.
Se alguém não permanece em mim, é lançado fora como um ramo e seca. Esses são apanhados e lançados ao fogo e ardem.
Se permanecerdes em mim e as minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes e assim vos acontecerá.
Nisto se manifesta a glória do meu Pai: em que deis muito fruto e vos comporteis como meus discípulos.»
Papa Bento XVI Audiência geral de 27/10/2010
Santa Brígida e a Igreja doméstica
O primeiro período na vida desta santa foi caracterizado pelo seu casamento feliz. O marido chamava-se Ulf e governava um importante território do Reino da Suécia. O casamento durou vinte e oito anos até à morte de Ulf. Deste casamento nasceram oito filhos, a segunda dos quais, Catarina, é venerada como santa. Eis um sinal eloquente do empenho educativo de Brígida para com os seus filhos. […]
Brígida, que tinha direcção espiritual com um religioso erudito que a introduziu no estudo das Escrituras, exerceu uma influência muito positiva naquela família que, graças à sua presença, se tornou uma verdadeira «Igreja Doméstica». Juntamente com o marido, adoptou a Regra dos Terciários franciscanos. Praticava generosamente obras de caridade em prol dos pobres e fundou um hospital. Com a esposa, Ulf aprendeu a melhorar o seu carácter e a progredir na vida cristã. No regresso de uma longa peregrinação a Santiago de Compostela [...], o casal decidiu viver na abstinência; mas, pouco tempo depois, na paz de um mosteiro para onde se tinha retirado, Ulf terminou a sua vida terrena.
Este primeiro período da vida de Brígida ajuda-nos a apreciar o que poderíamos definir hoje como uma verdadeira «espiritualidade conjugal»: em conjunto, os dois elementos de um casal cristão podem percorrer um caminho de santidade, apoiados na graça do sacramento do matrimónio. Muitas vezes, como foi o caso da vida de Santa Brígida e de Ulf, é a mulher que, com a sua sensibilidade religiosa, a sua delicadeza e a sua doçura, consegue levar o marido a percorrer um caminho de fé. Penso reconhecidamente em muitas mulheres que também hoje iluminam, dia após dia, as suas famílias com o seu testemunho de vida cristã. Que o Espírito do Senhor possa suscitar, também nos nossos tempos, a santidade dos casais cristãos para mostrar ao mundo a beleza do casamento vivido segundo os valores do Evangelho: o amor, a ternura, a ajuda recíproca, a fecundidade na geração e educação dos filhos, a abertura e a solidariedade para com o mundo, a participação na vida da Igreja.
Terça-feira, dia 24 de Julho de 2012

Terça-feira da 16ª semana do Tempo Comum

Apascenta com o cajado o teu povo, o rebanho da tua herança, os que habitam isolados nas florestas no meio dos prados. Sejam eles apascentados em Basan e Guilead como nos dias antigos.Mostra-nos os teus prodígios, como nos dias em que nos tiraste do Egipto.
Qual é o Deus que, como Tu, apaga a iniquidade e perdoa o pecado do resto da sua herança? Não se obstina na sua cólera porque prefere a bondade.
Uma vez mais, terá compaixão de nós, apagará as nossas iniquidades e lançará os nossos pecados ao fundo do mar.
Mostrarás a tua fidelidade a Jacob e a tua bondade a Abraão como juraste a nossos pais desde os tempos antigos.
Livro de Salmos 85(84),2-4.5-6.7-8.
Mostrai-nos, Senhor, a vossa misericórdia.

Senhor, Tu abençoaste a tua terra;
restauraste a prosperidade de Jacob.
Perdoaste as culpas do teu povo,
esqueceste todas as suas faltas;
acalmaste a tua indignação,
dominaste o furor da tua ira.

Volta-te para nós, ó Deus, nosso salvador,
afasta de nós a tua indignação!
Estarás para sempre indignado contra nós
ou irás prolongar pelos séculos o teu furor?
Não tornarás a dar-nos a vida
para que o teu povo se alegre em ti?
Mostra-nos, Senhor, a tua misericórdia,
concede-nos a tua salvação.
Evangelho segundo S. Mateus 12,46-50.
Naquele tempo, enquanto Jesus Cristo estava a falar à multidão, apareceram sua mãe e seus irmãos que, do lado de fora, procuravam falar-lhe.
Disse-lhe alguém: «A tua mãe e os teus irmãos estão lá fora e querem falar-te.»
Jesus Cristo respondeu ao que lhe falara: «Quem é a minha mãe e quem são os meus irmãos?»
E indicando com a mão os discípulos, acrescentou: «Aí estão minha mãe e meus irmãos;
pois todo aquele que fizer a vontade de meu Pai que está no Céu, esse é que é meu irmão, minha irmã e minha mãe.»
São Rafael Arnaiz Baron (1911-1938), monge trapista espanhol Escritos espirituais 10/4/1938
«Todo aquele que fizer a vontade de Meu Pai que está no Céu, esse é que é Meu irmão, Minha irmã e Minha mãe»
Querer somente o que Deus quer, é lógico para quem está verdadeiramente apaixonado por Ele. Fora dos Seus desejos, nós nada desejamos e se desejássemos, era apenas o que é conforme à Sua vontade; se assim não fosse, a nossa vontade não estaria unida à Sua. Mas, se estivermos verdadeiramente unidos por amor à Sua vontade, não desejaremos nada que Ele não deseje, não amaremos nada que Ele não ame e, abandonados à Sua vontade, ser-nos-á indiferente o que Ele nos envie ou onde nos coloque. Tudo o que Ele quiser de nós ser-nos-á, não apenas indiferente mas, mais do que isso, agradável.
Não sei se me engano em tudo o que digo; submeto-me em tudo Àquele que entende estas coisas; digo somente o que sinto. Na verdade, não desejo mais nada a não ser amá-Lo e tudo o resto entrego nas Suas mãos. Faça-se a Sua vontade! A cada dia me sinto mais feliz no meu completo abandono nas Suas mãos.
Quarta-feira, dia 25 de Julho de 2012

S. Tiago, apóstolo – festa

Santo do dia : S. Tiago Maior, apóstolo, mártir, S. Cristóvão, mártir, séc. III 2ª Carta aos Coríntios 4,7-15.
Irmãos: Nós trazemos, porém este tesouro em vasos de barro (o nosso corpo visível) para que se veja que este extraordinário poder é de Deus e não é nosso.
Em tudo somos atribulados, mas não esmagados; confundidos, mas não desesperados;
perseguidos, mas não abandonados; abatidos, mas não aniquilados.
Trazemos sempre no nosso corpo a morte de Jesus Cristo para que também a vida de Jesus Cristo seja manifesta no nosso corpo.
Estando ainda vivos, estamos continuamente expostos à morte por causa de Jesus Cristo para que a vida de Jesus Cristo seja manifesta também na nossa carne mortal.
Assim em nós opera a morte e em vós a vida.
Animados do mesmo espírito de fé conforme o que está escrito: Acreditei e por isso falei, também nós acreditamos e por isso falamos,
sabendo que aquele que ressuscitou o Senhor Jesus Cristo, também nos há-de ressuscitar com Jesus Cristo e nos fará comparecer diante dele junto de vós.
E tudo isto faço por vós para que a graça, multiplicando-se na comunidade, faça aumentar a acção de graças para a glória de Deus.
Livro de Salmos 126(125),1-2ab.2cd-3.4-5.6.
Os que semeiam com lágrimas recolhem com alegria.

Quando o Senhor mudou o destino de Sião,
parecia-nos viver um sonho.
A nossa boca encheu-se de sorrisos
e a nossa língua de canções.

Dizia-se então entre os pagãos:
«O Senhor fez por eles grandes coisas!»
Sim, o Senhor fez por nós grandes coisas;
por isso, exultamos de alegria.

Fazei regressar, Senhor, os nossos cativos
como as torrentes do deserto.
Aqueles que semeiam com lágrimas,
vão recolher com alegria.

À ida vão a chorar,
carregando e lançando as sementes;
no regresso cantam de alegria,
transportando os feixes de espigas.
Evangelho segundo S. Mateus 20,20-28.
Naquele tempo, aproximou-se então de Jesus Cristo a mãe dos filhos de Zebedeu com os seus filhos e prostrou-se diante dele para lhe fazer um pedido.
«Que queres?» perguntou-lhe Ele. Ela respondeu: «Ordena que estes meus dois filhos (Tiago e João) se sentem um à tua direita e o outro à tua esquerda no teu Reino.»
Jesus Cristo retorquiu: «Não sabeis o que pedis. Podeis beber o cálice que Eu estou para beber?» Eles responderam: «Podemos.»
Jesus Cristo replicou-lhes: «Na verdade, bebereis o meu cálice; mas o sentar-se à minha direita ou à minha esquerda não me pertence a mim concedê-lo: é para quem meu Pai o tem reservado.»
Ouvindo isto, os outros dez ficaram indignados com os dois irmãos.
Jesus Cristo chamou-os e disse-lhes: «Sabeis que os chefes das nações as governam como seus senhores e que os grandes exercem sobre elas o seu poder.
Não seja assim entre vós. Pelo contrário, quem entre vós quiser fazer-se grande, seja o vosso servo e
quem, no meio de vós quiser ser o primeiro, seja vosso servo.
Também o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida para resgatar a multidão.»
São Gregório Magno (c. 540-604), papa, doutor da Igreja Homilias sobre os Evangelhos, nº 35
«Bebereis o Meu cálice»
Uma vez que hoje celebramos a festa dum mártir, irmãos, devemos preocupar-nos com a forma de paciência praticada por ele. Com efeito, se com a ajuda do Senhor nos esforçarmos por manter essa virtude, obteremos sem dúvida a palma do martírio ainda que vivamos na paz da Igreja porque há dois tipos de martírio: o primeiro consiste numa disposição do espírito; o segundo alia a essa disposição os actos da existência. Por isso, podemos ser mártires mesmo sem morrermos executados pelo gládio do carrasco. Morrer às mãos dos perseguidores é o martírio em acto, na sua forma visível; suportar as injúrias amando quem nos odeia é o martírio em espírito, na sua forma oculta.
Que haja dois tipos de martírio, um oculto, o outro público, a própria Verdade o comprova quando pergunta aos filhos de Zebedeu: «Podeis beber o cálice que Eu estou para beber?» E à sua asserção, «Podemos», o Senhor riposta: «Na verdade, bebereis o Meu cálice.» Ora que pode significar para nós este cálice senão os sofrimentos da Sua Paixão, da qual diz noutro sítio: «Meu Pai, se é possível, afaste-se de Mim este cálice» (Mt 26,39)? Os filhos de Zebedeu, Tiago e João, não morreram os dois mártires, mas foi a ambos que o Senhor disse que haviam de beber esse cálice. De facto, se bem que não viesse a morrer mártir, João acabou por sê-lo todavia, já que os sofrimentos que não sentiu no corpo os sentiu na alma. Devemos então concluir do seu exemplo que nós próprios podemos ser mártires sem passar pela espada se conservarmos a paciência da alma.
Quinta-feira, dia 26 de Julho de 2012

S. Joaquim e Santa Ana

Santo do dia : Santos Joaquim e Ana, pais de Nossa Senhora Livro de Eclesiástico 44,1.10-15.
Louvemos os homens ilustres, nossos antepassados, segundo as suas gerações.
Porém aqueles foram homens de misericórdia, cujas obras de piedade não foram esquecidas.
Na sua descendência permanecem os seus bens e a sua herança passa à sua posteridade.
Os seus descendentes mantiveram-se fiéis à Aliança, os seus filhos também, graças a eles.
A sua posteridade permanecerá para sempre e a sua glória não terá fim.
Os seus corpos foram sepultados em paz e o seu nome vive de geração em geração;
Os povos proclamarão a sua sabedoria e a assembleia cantará os seus louvores.
Livro de Salmos 132(131),11.13-14.17-18.
O Senhor fez um juramento a David,
uma promessa a que não faltará:
«Hei-de colocar no teu trono
um descendente da tua família.

O Senhor escolheu Sião,
preferiu-a para sua morada:
«Este será para sempre o meu lugar de repouso,
aqui habitarei porque o escolhi.

Ali farei surgir descendência para David
e farei brilhar a luz do meu ungido.
Cobrirei de vergonha os seus inimigos,
mas sobre ele farei brilhar o seu diadema.»
Evangelho segundo S. Mateus 13,16-17.
Quanto a vós, ditosos os vossos olhos porque vêem e os vossos ouvidos porque ouvem.
Em verdade vos digo: Muitos profetas e justos desejaram ver o que estais a ver e não viram; ouvir o que estais a ouvir e não ouviram.»
Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (Norte de África), doutor da Igreja Discursos sobre os Salmos, Sl 118, nº 20
«Muitos profetas e justos desejaram ver o que estais a ver»
O profeta diz no Salmo: «Minha alma definha na Tua salvação; espero na Tua palavra» (118,81). [...] Que exprime esse anseio senão «a raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus» (1Pe 2,9), cada um em sua época, em todos aqueles que viveram, que vivem e que viverão desde o início da humanidade até o fim do mundo? [...] É por isso que o próprio Senhor disse aos Seus discípulos: «Muitos profetas e justos desejaram ver o que estais a ver». É pois a voz deles que deve ser reconhecida neste Salmo. [...] Esse desejo nunca cessou nos santos e não cessa, mesmo agora, no «Corpo de Jesus Cristo que é a Igreja» (Col 1,18) até que venha «o Desejado de todas as nações» (Ag 2,8 Vulg). […]
Os primeiros tempos da Igreja, antes do parto da Virgem, tiveram por conseguinte santos que desejavam a vinda de Jesus Cristo na carne e o tempo em que estamos, depois da Sua ascensão, tem outros santos que desejam a manifestação de Jesus Cristo para julgar os vivos e os mortos. Nunca, desde o início até o fim dos tempos, este desejo da Igreja perdeu o seu ardor a não ser quando o Senhor viveu na Terra na companhia dos Seus discípulos.
Sexta-feira, dia 27 de Julho de 2012

Sexta-feira da 16ª semana do Tempo Comum

Santo do dia : Santa Natália e companheiros, mártires, +852, Beata Maria Madalena Martinengo, abadessa, +1736, Beato Tito Brandsma, presbítero, mártir, +1942, S. Pantaleão, mártir, séc. III, S. Celestino I, +432 Livro de Jeremias 3,14-17.
Assim fala o Senhor: «Voltai, filhos rebeldes, porque Eu sou vosso Senhor.Tomar-vos-ei um de uma cidade e dois de uma família e hei-de reconduzir-vos a Sião.
Dar-vos-ei pastores, segundo o meu coração, que vos conduzirão com inteligência e sabedoria.
E quando vos multiplicardes e vos tornardes numerosos na Terra, então – oráculo do Senhor – não se falará mais na Arca da Aliança do Senhor; não lhes virá ao pensamento, não se lembrarão nem sentirão necessidade dela e não se fará outra.
Naquele tempo, chamarão a Jerusalém ‘Trono do Senhor’ e hão-de juntar-se a ela, a Jerusalém, em nome do Senhor, todas as nações e não voltarão a ir atrás da maldade dos seus corações perversos.
Livro de Jeremias 31,10.11-12ab.13.
Como o pastor guarda o seu rebanho, assim nos guarda o Senhor.

Povos, escutai a palavra do Senhor!
Levai a notícia às ilhas longínquas e dizei:
'Aquele que dispersou Israel vai reuni-lo
e guardá-lo como o pastor ao seu rebanho.'

Porque o Senhor resgatou Jacob
e libertou-o das mãos de um mais forte.
Regressarão jubilosos às alturas de Sião
e afluirão aos bens do Senhor.

Então a jovem alegrar-se-á, bailando;
jovens e velhos partilharão do seu júbilo.
Converterei o seu pranto em exultação,
hei-de consolá-los e aliviá-los das suas penas.
Evangelho segundo S. Mateus 13,18-23.
Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Escutai, pois a parábola do semeador.
Quando um homem ouve a palavra do Reino e não compreende, chega o maligno e apodera-se do que foi semeado no seu coração. Este é o que recebeu a semente à beira do caminho.
Aquele que recebeu a semente em sítios pedregosos é o que ouve a palavra e a acolhe, de momento, com alegria;
mas não tem raiz em si mesmo, é inconstante: se vier a tribulação ou a perseguição, por causa da palavra, sucumbe logo.
Aquele que recebeu a semente entre espinhos é o que ouve a palavra, mas os cuidados deste mundo e a sedução da riqueza sufocam a palavra que, por isso, não produz fruto.
E aquele que recebeu a semente em boa terra é o que ouve a palavra e a compreende: esse dá fruto e produz ora cem, ora sessenta, ora trinta.»
São (Padre) Pio de Pietrelcina (1887-1968), capuchinho Ep 3, 579; CE 54
Dar fruto, desembaraçado dos cuidados deste mundo
Avança com simplicidade nas vias do Senhor e não te preocupes. Odeia os teus defeitos, sim, mas tranquilamente, sem agitação nem inquietação. Há que ter paciência e tirar proveito deles com santa humildade. Se não houver paciência, em lugar de desaparecerem, as tuas imperfeições apenas crescerão, pois não há nada que aumente tanto os nossos defeitos como a inquietação e a obsessão de nos libertarmos deles.
Cultiva a tua vinha de comum acordo com Jesus Cristo. Cabe-te a ti a tarefa de retirar as pedras e arrancar os espinhos. A Jesus Cristo cabe a de semear, plantar, cultivar e regar. Mas mesmo no teu trabalho, é Ele que actua. Porque sem Jesus Cristo não conseguirias fazer nada.
Sábado, dia 28 de Julho de 2012

Sábado da 16ª semana do Tempo Comum

A palavra do Senhor foi dirigida a Jeremias nestes termos:
«Coloca-te à porta do templo do Senhor e proclama aí este discurso: “Escutai a palavra do Senhor, habitantes de Judá, que entrais por estas portas para adorar o Senhor.
Assim fala o Senhor do universo, o Deus de Israel: Endireitai os vossos caminhos e emendai as vossas obras e Eu habitarei convosco neste lugar.
Não vos fieis em palavras de mentira, dizendo: ‘Templo do Senhor, templo do Senhor! Este é o templo do Senhor’.
Mas, se endireitardes os vossos caminhos e emendardes as vossas obras, se verdadeiramente praticardes a justiça uns com os outros,
se não oprimirdes o estrangeiro, o órfão e a viúva, nem derramardes neste lugar o sangue inocente, se não seguirdes, para vossa desgraça, deuses estrangeiros,
então Eu permanecerei convosco neste lugar, nesta terra que dei desde sempre e para sempre a vossos pais.
Contudo, eis que vos enganais a vós mesmos, confiando em palavras vãs, que de nada vos servirão.
Roubais, matais, cometeis adultérios, jurais falso, ofereceis incenso a Baal e procurais divindades que vos são desconhecidas;
e depois, vindes apresentar-vos diante de mim, neste templo, onde o meu nome é invocado, e exclamais: ‘Estamos salvos!’ Mas seguidamente voltais a cometer todas essas abominações.
Porventura, este templo, onde o meu nome é invocado, é a vossos olhos, um covil de ladrões? Ficai sabendo que Eu vi todas estas coisas – oráculo do Senhor.
Livro de Salmos 84(83),3.4.5-6a.8a.11.
Como é agradável a vossa morada, Senhor do Universo!

A minha alma suspira
pelos átrios do Senhor;
o meu coração e a minha carne
cantam de alegria ao Deus vivo!

Até os pássaros encontram abrigo
e as andorinhas um ninho para os seus filhos,
junto dos teus altares, Senhor do universo,
meu rei e meu Deus.
Felizes os que habitam na tua casa
e te louvam sem cessar.
Felizes os que em ti encontram a sua força
e os que desejam peregrinar até ao monte Sião.

Um dia em teus átrios vale por mil;
antes quero ficar no limiar da casa do meu Deus
do que habitar nas tendas dos maus.
Evangelho segundo S. Mateus 13,24-30.
Naquele tempo, Jesus Cristo propôs à multidão mais esta parábola: «O Reino do Céu é comparável a um homem que semeou boa semente no seu campo.
Ora, enquanto os seus homens dormiam, veio o inimigo, semeou joio no meio do trigo e afastou-se.
Quando a haste cresceu e deu fruto, apareceu também o joio.
Os servos do dono da casa foram ter com ele e disseram-lhe: 'Senhor, não semeaste boa semente no teu campo? Donde vem, pois o joio?’
'Foi algum inimigo meu que fez isto’ respondeu ele. Disseram-lhe os servos: 'Queres que vamos arrancá-lo?’
Ele respondeu: 'Não, para que não suceda que, ao apanhardes o joio, arranqueis o trigo ao mesmo tempo.
Deixai um e outro crescer juntos até à ceifa; e, na altura da ceifa, direi aos ceifeiros: Apanhai primeiro o joio e atai-o em feixes para ser queimado e recolhei o trigo no meu celeiro.’»
(trigo = homens e mulheres bons;
joio = homens e mulheres maus;
celeiro = universo de Deus) Beato John Henry Newman (1801-1890), presbítero, fundador do Oratório em Inglaterra Sermões pregados em várias ocasiões, n°9, 2.6
«Deixai um e outro crescer juntos, até à ceifa»
Há escândalos na Igreja, coisas repreensíveis e vergonhosas; nenhum católico poderá negá-lo. Ela sempre incorreu na censura e na vergonha de ser mãe de filhos indignos; ela tem filhos que são bons e tem muitos mais que são maus. [...] Deus poderia ter instituído uma Igreja pura; mas previu que o joio semeado pelo inimigo permaneceria com o trigo até à ceifa, até ao fim do mundo. Afirmou que a Sua Igreja seria semelhante a uma rede de pescador «que apanha toda a espécie de peixes», que apenas são separados à noite (Mt 13,47ss). Indo mais longe, declarou que os maus e os imperfeitos seriam em maior número que os bons «porque muitos são os chamados, mas poucos os escolhidos» (Mt 22,14) e o Seu apóstolo diz que «aqueles que foram reservados segundo a escolha da graça, foram salvos» (Rm 11,5). Percebe-se assim que, na história e na vida dos católicos, há sempre muito para servir os interesses dos contraditores. […]
Mas não baixamos a cabeça com vergonha, escondendo o rosto entre as mãos: levantamos as mãos e o rosto em direcção ao Redentor. «Assim como os olhos dos servos se fixam na mão dos seus senhores [...] assim também os nossos olhos estão postos no Senhor nosso Deus até que Ele tenha piedade de nós» (Sl 122,2). [...] Apelamos a Ti, justo juiz, pois és Tu que olhas para nós. Não fazemos caso dos homens enquanto Te tivermos [...], enquanto tivermos a Tua presença nas nossas assembleias, o Teu testemunho e a Tua aprovação no nosso coração.

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