sexta-feira, 6 de julho de 2012

Cristianismo 66


=CRISTIANISMO=


«Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna» Jo 6,68

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Fazemo-vos uma proposta; um amigo por dia. É um mínimo que não ocupa quase tempo nenhum. Abram o nosso site (www.evangelizo.org) e, clicando na bandeira que vos interessa, inscrevam o amigo de que se lembrarem na casa “o seu endereço e-mail”. Confirmem e já está! Ele receberá uma carta nossa a pedir se aceita a inscrição.

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Com os votos de uma santa e frutuosa caminhada,

A equipa portuguesa do Evangelho Quotidiano

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Terça-feira, dia 26 de Junho de 2012


Terça-feira da 12ª semana do Tempo Comum



Naqueles dias, Senaquerib, rei da Assíria, enviou de novo mensageiros a Ezequias para lhe dizer:
«Isto direis a Ezequias, rei de Judá: não te deixes enganar pelo teu Deus, no qual puseste a tua confiança, pensando que Jerusalém não será entregue nas mãos do rei da Assíria.
Ouviste dizer como os reis da Assíria trataram todos os países e os devastaram. Só tu é que irias escapar?
Ezequias recebeu a carta das mãos dos mensageiros, leu-a, depois foi ao templo e abriu-a diante do Senhor.
E orou diante dele, dizendo: «Senhor, Deus de Israel, que estás sentado sobre os querubins, só Tu és o Deus de todos os reinos da Terra. Tu fizeste os céus e a Terra.
Inclina, Senhor, os teus ouvidos e ouve! Abre, Senhor, os teus olhos e vê! Ouve, Senhor, a mensagem que Senaquerib mandou para blasfemar contra o Deus vivo!
É verdade, Senhor, que os reis da Assíria destruíram as nações, devastaram os seus territórios
e atiraram ao fogo os seus deuses, pois eles não eram deuses, eram apenas objectos feitos pelas mãos do homem, objectos de madeira e de pedra. Por isso, foram destruídos.
Mas Tu, Senhor, nosso Deus, salva-nos agora das mãos de Senaquerib a fim de que todos os povos da Terra saibam que Tu, o Senhor, és o único Deus.»
Isaías, filho de Amós, mandou dizer a Ezequias: «Isto diz o Senhor, Deus de Israel: Eu ouvi a oração que me fizeste a respeito de Senaquerib, rei da Assíria.
Eis o oráculo que o Senhor pronunciou contra ele: “A virgem, filha de Sião, despreza-te e escarnece de ti; atrás de ti meneia a cabeça a filha de Jerusalém.
De Jerusalém surgirá um resto e do monte de Sião sobreviventes. Fará tudo isto o zelo do Senhor.
Portanto, eis o que diz o Senhor sobre o rei da Assíria: Ele não entrará nesta cidade, nem atirará flechas contra ela, não a rodeará de escudos, nem a cercará de trincheiras.
Mas voltará pelo caminho por onde veio sem entrar na cidade –oráculo do Senhor!
Pois defenderei esta cidade e salvá-la-ei por amor de mim e de David, meu servo.»
Nessa mesma noite, o anjo do Senhor apareceu no acampamento dos assírios e feriu cento e oitenta e cinco mil homens. No dia seguinte de manhã, só lá havia cadáveres.
Senaquerib, rei da Assíria retirou-se, retomou o caminho de sua terra e ficou em Nínive.
Livro de Salmos 48(47),2-3a.3b-4.10-11.

Grande é o Senhor e digno de louvor,
na cidade do nosso Deus,
no seu monte santo.
Belo em altura, alegria de toda a Terra.-
O monte Sião, nas alturas do Norte,
é a cidade do grande rei.
No meio das suas fortalezas,
Deus mostrou-se um refúgio seguro.-
Meditamos, ó Deus, sobre o teu amor
no interior do teu templo.
Como o teu nome, ó Deus,
assim o teu louvor chega aos confins da Terra.
Evangelho segundo S. Mateus 7,6.12-14.

Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos discípulos: «Não deis as coisas santas aos cães nem lanceis as vossas pérolas aos porcos para não acontecer que as pisem aos pés e, acometendo-vos, vos despedacem
«Portanto, o que quiserdes que vos façam os homens, fazei-o também a eles porque isto é a Lei e os Profetas.»
«Entrai pela porta estreita porque larga é a porta e espaçoso o caminho que conduz à perdição e muitos são os que seguem por ele.
Como é estreita a porta e quão apertado é o caminho que conduz à vida e como são poucos os que o encontram!»

São Bento (480-547), monge, co-padroeiro da Europa Regra, Prólogo

«Entrai pela porta estreita»

Ao procurar no meio da multidão um trabalhador ao qual lance o Seu convite, o Senhor diz: «Quem quer a vida e deseja conhecer dias felizes?» (Sl 33,13) Se, ao ouvires isto, responderes: «Eu!», Deus diz-te: «Se queres ter a vida, a verdadeira vida eterna, protege a tua língua do mal e que os teus lábios não digam palavras enganadoras. Afasta-te do mal e faz o bem, procura a paz e persegue-a» (Sl 33,14-15). [...] Não há para nós, irmãos muito queridos, coisa tão doce como esta voz do Senhor que nos convida. Eis que, na Sua bondade, o Senhor nos indica o caminho da vida. Tendo, pois cingido os nosso rins (Ef 6,14) da e da prática de boas obras sob a direcção do Evangelho, avancemos nos Seus caminhos para merecermos ver Aquele que nos chamou ao Seu Reino (1Tess 2,12). Se queremos habitar nas tendas deste Reino, a menos que nelas entremos pelas boas obras, não chegaremos lá de outra forma. Com o profeta, interroguemos o Senhor e digamos-Lhe: «Senhor, quem habitará na Vossa tenda? Quem repousará na Vossa montanha santa?» (Sl 14,1) Depois desta pergunta, irmãos, escutemos o Senhor a responder-nos, mostrando-nos o caminho. […]

Vamos, portanto estabelecer uma escola de serviço do Senhor onde esperamos não estabelecer nada de rigoroso, nada de esmagador. Mas, se te aparecer alguma coisa um pouco mais severa, exigida por uma razão de justiça com vista à correcção dos vícios e à manutenção da caridade, não abandones imediatamente, tocado pelo medo, o caminho da salvação onde temos de passar pela porta estreita. Para além do mais, graças aos progressos da vida e da fé, de coração dilatado na inefável doçura do amor, corremos na via dos mandamentos de Deus (Sl 118,32). Assim não nos afastando nunca dos Seus ensinamentos e perseverando na Sua doutrina [...] até à morte, participaremos pela paciência nos sofrimentos de Jesus Cristo (1Pe 4,13) para merecermos participar também no Seu Reino.

Quarta-feira, dia 27 de Junho de 2012

Quarta-feira da 12ª semana do Tempo Comum



Naqueles dias, o Sumo Sacerdote Hilquias disse ao escriba Chafan: «Encontrei no templo do Senhor o Livro da Lei.» Hilquias entregou este livro ao escriba Chafan,
o qual, depois de o ler, foi ter com o rei e prestou-lhe contas da missão que lhe fora confiada: «Teus servos juntaram o dinheiro que se encontrava na casa do Senhor e entregaram-no aos encarregados do templo do Senhor.»
E acrescentou: «O Sumo Sacerdote Hilquias entregou-me um livro.» E leu-o na presença do rei.
Ao ouvir as palavras do Livro da Lei do Senhor, o rei rasgou as suas vestes
e ordenou ao sacerdote Hilquias, a Aicam, filho de Chafan, a Acbor, filho de Miqueias, ao escriba Chafan e ao seu oficial Asaías:
«Ide e consultai o Senhor acerca de mim, do povo e de todo o Judá sobre o conteúdo deste livro que acaba de ser descoberto. A cólera do Senhor deve ser grande contra nós porque nossos pais não obedeceram às palavras deste livro nem puseram em prática o que nele se nos prescreve.»
O rei mandou vir à sua presença todos os anciãos de Judá e de Jerusalém
e subiu ao templo do Senhor com todos os homens de Judá e todos os habitantes de Jerusalém, sacerdotes, profetas e todo o povo, pequenos e grandes. Leu então diante de todos, as palavras do Livro da Aliança, descoberto no templo do Senhor.
Pondo-se de pé sobre o estrado, o rei renovou a aliança na presença do Senhor, comprometendo-se a seguir o Senhor, a observar os seus mandamentos, as suas instruções e os seus preceitos, com todo o seu coração e com toda a sua alma e a cumprir todas as palavras da aliança contidas neste livro. Todo o povo concordou com esta aliança.

Livro de Salmos 119(118),33.34.35.36.37.40.

Ensina-me, Senhor, o caminho das tuas leis
e eu hei-de cumpri-las com fidelidade.
Dá-me entendimento para cumprir a tua lei;
hei-de obedecer-lhe de todo o coração.-
Conduz-me pela senda dos teus mandamentos
porque neles estão as minhas delícias.
Inclina o meu coração para as tuas ordens
e não para a cobiça.-
Desvia os meus olhos dos deuses vãos;
faz-me viver nos teus caminhos.
Vê como tenho desejado os teus preceitos;
faz-me viver segundo a tua justiça.
Evangelho segundo S. Mateus 7,15-20.

Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Acautelai-vos dos falsos profetas que se vos apresentam disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos vorazes.
Pelos seus frutos, os conhecereis. Porventura podem colher-se uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos?
Toda a árvore boa dá bons frutos e toda a árvore má dá maus frutos.
A árvore boa não pode dar maus frutos nem a árvore má, dar bons frutos.
Toda a árvore que não dá bons frutos é cortada e lançada ao fogo.
Pelos frutos, pois, os conhecereis.» (Como se conhecem as pessoas boas das pessoas más? Jesus Cristo ensina-nos: pelas obras que praticam. Quem pratica boas obras sem procurar recompensa, é uma pessoa boa. Não se pode tentar converter uma pessoa má porque ela é do mundo do mal e depois os do mal vão exigir que uma pessoa boa seja levada para o mal; mas pode-se e deve-se ajudar as pessoas boas que estão no mal e desorientadas. Elas precisam de ajuda para a conversão.)

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (Norte de África) e doutor da Igreja Explicação do Sermão da Montanha, c. 24, §§ 80-81

«Pelos seus frutos os conhecereis»

Perguntamo-nos quais os frutos para os quais o Senhor quer chamar a nossa atenção para reconhecermos a árvore. Alguns consideram como frutos a roupagem das ovelhas e assim os lobos podem enganá-los. Quero referir-me a jejuns, orações, esmolas e todas as obras que podem ser feitas por hipócritas. Caso contrário, Jesus Cristo não teria dito: «Guardai-vos de fazer as vossas obras diante dos homens para vos tornardes notados por eles» (Mt 6,1). [...] Muitos dão aos pobres por ostentação e não por generosidade; muitos que rezam, ou melhor, que parecem rezar, não procuram Deus, mas sim a estima dos homens; muitos jejuam e exibem austeridade notável para atrair a admiração dos que vêem a sua conduta. Todas essas obras são enganos. [...] O Senhor conclui que esses frutos não são suficientes para julgar a árvore. As mesmas acções feitas com uma intenção recta e verdadeira são a roupagem das autênticas ovelhas. […]

O apóstolo Paulo diz-nos quais os frutos pelos quais reconheceremos a árvore ruim: «É fácil reconhecer as obras da carne: fornicação, impureza, libertinagem, idolatria, feitiçaria, inimizades, contendas, ciúmes, iras, discórdias, sectarismos, rivalidades, embriaguez, orgias e coisas semelhantes» (Gal 5,19-20). O mesmo apóstolo nos diz a seguir quais os frutos para reconhecer uma boa árvore: «Mas os frutos do Espírito são: amor, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e autocontrolo» (v. 22-23).

É preciso saber que a palavra «alegria» é usada aqui no seu sentido literal; os homens maus em sentido literal ignoram a alegria, mas conhecem o prazer. [...] Este é o sentido próprio desta palavra que só os bons conhecem; «não há alegria para os ímpios, diz o Senhor» (Is. 48,22). Acontece o mesmo com a fé verdadeira. As virtudes enumeradas podem ser fingidas por maus e impostores, mas não enganam o olho puro e simples capaz de discernimento.

Quinta-feira, dia 28 de Junho de 2012

Quinta-feira da 12ª semana do Tempo Comum


Santo do dia : Santo Irineu, bispo, mártir, +200 Livro de 2º Reis 24,8-17.

Jeconias tinha dezoito anos quando começou a reinar e reinou três meses em Jerusalém.
Fez o mal aos olhos do Senhor tal como o seu pai.
Foi nesse tempo que os homens de Nabucodonosor, rei da Babilónia, vieram sobre Jerusalém e a sitiaram.
Nabucodonosor chegou à cidade quando as suas tropas a sitiavam.
Joaquin, rei de Judá, saiu ao encontro do rei da Babilónia com sua mãe, com os altos funcionários, com os oficiais e com os eunucos e o rei da Babilónia prendeu-o. Isto aconteceu no oitavo ano do reinado de Nabucodonosor.
E como o Senhor tinha anunciado, Nabucodonosor levou dali todos os tesouros do templo do Senhor e do palácio real e quebrou todos os objectos de ouro que Salomão, rei de Israel, fizera para o santuário do Senhor.
Levou cativa toda a corte de Jerusalém, todos os chefes e todos os notáveis, ao todo dez mil, com todos os ferreiros e artífices; deixou apenas os pobres do país.
Deportou Joaquin de Jerusalém para a Babilónia com a sua mãe, as suas mulheres, os eunucos do rei e os grandes do país.
Todos os homens de valor aptos para a guerra em número de sete mil, os ferreiros e os artífices, em número de mil, o rei da Babilónia levou-os cativos para a Babilónia.
Em lugar de Joaquin, o rei da Babilónia nomeou rei, seu tio Matanias, cujo nome mudou para Sedecias.

Livro de Salmos 79(78),1-2.3-5.8.9.

Ó Deus, os pagãos invadiram a tua herança,
profanaram o teu santo templo
e reduziram Jerusalém a um montão de ruínas.
Deram os cadáveres dos teus servos
em alimento às aves do céu
e os corpos dos teus fiéis, às feras selvagens.-
Derramaram o seu sangue em torno de Jerusalém
e ninguém lhes deu sepultura.
Tornámo-nos motivo de escárnio para os vizinhos,
de irrisão e opróbrio para os que nos rodeiam.
Até quando, Senhor, estarás ainda irritado?
Será a tua indignação como um fogo abrasador?-

Não recordes contra nós
as faltas dos nossos antepassados;
venha depressa ao nosso encontro a tua misericódia.
Socorre-nos, ó Deus, nosso salvador,
para glória do teu nome;
livra-nos e perdoa-nos
pelo amor do teu nome.
Evangelho segundo S. Mateus 7,21-29.

Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Nem todo o que me diz: 'Senhor, Senhor' entrará no Reino do Céu, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está no Céu.
Muitos me dirão naquele dia: 'Senhor, Senhor, não foi em teu nome que profetizámos, em teu nome que expulsámos os demónios e em teu nome que fizemos muitos milagres?’
E então dir-lhes-ei: 'Nunca vos conheci; afastai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.’» (iniquidade = in + equidade, isto é, que não praticais a equidade)
«Todo aquele que escuta estas minhas palavras e as põe em prática é como o homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha.
Caiu a chuva, engrossaram os rios, sopraram os ventos contra aquela casa; mas não caiu porque estava fundada sobre a rocha.
Porém todo aquele que escuta estas minhas palavras e não as põe em prática poderá comparar-se ao insensato que edificou a sua casa sobre a areia.
Caiu a chuva, engrossaram os rios, sopraram os ventos contra aquela casa; ela desmoronou-se e grande foi a sua ruína.»
Quando Jesus Cristo acabou de falar, a multidão ficou vivamente impressionada com os seus ensinamentos
porque Ele ensinava-os como quem possui autoridade e não como os doutores da Lei.

Vida de São Francisco de Assis, conhecida como «Colectânea de Perúgia» (c. 1311), § 102

O homem prudente edificou a sua casa sobre a rocha

Desde o momento da sua conversão que o bem-aventurado Francisco, sábio como era, quis, com a ajuda do Senhor, estabelecer solidamente a sua casa, isto é, a sua Ordem dos Frades Menores sobre rocha sólida, ou seja, sobre a altíssima humildade e a suprema pobreza do Filho de Deus.

Sobre uma profunda humildade porque, desde o princípio, mal os irmãos começaram a crescer em número, recomendou-lhes que permanecessem nos hospícios para tratarem dos leprosos. Então quando os postulantes se apresentavam quer fossem nobres quer plebeus eram avisados de que deviam ficar a cuidar dos leprosos e a viver nas suas enfermarias.

Sobre uma imensa pobreza porque na sua Regra se diz, com efeito, que os irmãos devem habitar nas suas casas «como estrangeiros ou peregrinos, a nada aspirando neste mundo» a não ser à santa pobreza, graças à qual o Senhor os alimentará nesta vida com a virtude e o alimento corporal, o que lhes valerá o céu como herança na outra.

Também para si próprio Francisco escolheu o alicerce duma perfeita humildade e duma completa pobreza e embora tenha sido uma grande figura da Igreja de Deus, por escolha própria quis ser dos últimos, não só na Igreja como também entre os seus irmãos.

Sexta-feira, dia 29 de Junho de 2012

São Pedro e São Paulo, apóstolos - Solenidade


Santo do dia : S. Pedro, apóstolo, S. Paulo, apóstolo Livro dos Actos dos Apóstolos 12,1-11.

Por esse tempo, o rei Herodes maltratou alguns membros da Igreja.
Mandou matar à espada Tiago, irmão de João (Evangelista),
e, vendo que tal procedimento agradara aos judeus, mandou também prender Pedro. Decorriam os dias dos Ázimos.
Depois de o mandar prender, meteu-o na prisão, entregando-o à guarda de quatro piquetes de quatro soldados cada um, na intenção de o fazer comparecer perante o povo a seguir à Páscoa.
Enquanto Pedro estava encerrado na prisão, a Igreja orava a Deus, instantemente, por ele.
Na noite anterior ao dia em que Herodes contava fazê-lo comparecer, Pedro estava a dormir entre dois soldados, bem preso por duas correntes e diante da porta estavam sentinelas de guarda à prisão.
De repente, apareceu o Anjo do Senhor e a masmorra foi inundada de luz. O anjo despertou Pedro, tocando-lhe no lado e disse-lhe: «Ergue-te depressa!» E as correntes caíram-lhe das mãos.
O anjo prosseguiu: «Põe o cinto e calça as sandálias.» Pedro assim fez. Depois disse-lhe: «Cobre-te com a capa e segue-me.»
Pedro saiu e seguiu-o. Não se dava conta da realidade da intervenção do anjo, pois julgava que era uma visão.
Depois de atravessarem o primeiro e o segundo posto da guarda, chegaram à porta de ferro que dá para a cidade, a qual se abriu por si mesma. Saíram, avançando por uma rua e logo o anjo se retirou de junto dele.
Pedro, voltando a si, exclamou: «Agora sei que o Senhor enviou o seu anjo e me arrancou das mãos de Herodes e de tudo o que o povo judeu esperava.»
Livro de Salmos 34(33),2-3.4-5.6-7.8-9.

Em todo o tempo, bendirei o Senhor;
o seu louvor estará sempre nos meus lábios.
Saboreai e vede como o Senhor é bom:
escutem e alegrem-se os humildes.-
Enaltecei comigo o Senhor;
exaltemos juntos o seu nome.
Procurei o Senhor e Ele respondeu-me,
livrou-me de todos os meus temores.-
Aqueles que o contemplam ficam radiantes,
não ficarão de semblante abatido.
Quando um pobre invoca o Senhor,
Ele atende-o e liberta-o das suas angústias.-
O anjo do Senhor protege os que o adoram
e livra-os do perigo.
Saboreai e vede como o Senhor é bom;
feliz o homem que n'Ele confia!-
A ira do Senhor volta-se contra os malfeitores
para apagar da Terra a sua memória.
Os justos clamaram e o Senhor atendeu-os
e livrou-os das suas angústias.
2ª Carta a Timóteo 4,6-8.17-18.

Caríssimo: Quanto a mim, já estou pronto para oferecer-me como sacrifício; avizinha-se o tempo da minha libertação.
Combati o bom combate, terminei a corrida, permaneci fiel.
A partir de agora, já me aguarda a merecida coroa que me entregará naquele dia, o Senhor, justo juiz, e não somente a mim, mas a todos os que anseiam pela sua vinda.
O Senhor, porém esteve comigo e deu-me forças a fim de que, por meu intermédio, o anúncio fosse plenamente proclamado e todos os gentios o escutassem. Assim fui arrebatado da boca do leão.
O Senhor me livrará de todo o mal e me levará a salvo para o seu Reino celeste. A Ele, a glória, pelos séculos dos séculos. Ámen!

Evangelho segundo S. Mateus 16,13-19.

Naquele tempo, ao chegar à região de Cesareia de Filipe, Jesus Cristo fez a seguinte pergunta aos seus discípulos: «Quem dizem os homens que é o Filho do Homem?»
Eles responderam: «Uns dizem que é João Baptista; outros que é Elias e outros que é Jeremias ou algum dos profetas.»
Perguntou-lhes de novo: «E vós, quem dizeis que Eu sou?»
Tomando a palavra, Simão Pedro respondeu: «Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo.»
Jesus Cristo disse-lhe em resposta: «És feliz, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que to revelou, mas o meu Pai que está no Céu.
Também Eu te digo: Tu és Pedro e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja e as portas do Abismo nada poderão contra ela.
Dar-te-ei as chaves do Reino do Céu; tudo o que ligares na Terra ficará ligado no Céu e tudo o que desligares na Terra será desligado no Céu.»

Isaac de l'Étoile (?-c. 1171), monge cisterciense Sermão 49, 1º para a festa dos santos Pedro e Paulo; SC 339

«Fiz-me tudo para todos, para salvar alguns a qualquer custo. Não procurando o meu próprio interesse mas o do maior número, a fim de que eles sejam salvos.» (1Co 9,22; 10,33)

«Os actos dos homens misericordiosos não caem no esquecimento; os bens que deixaram para a sua posteridade permanecerão para sempre» (liturgia latina; Si 44,10-11). Celebramos, bem-amados, o dia do nascimento dos apóstolos Pedro e Paulo e é conveniente [...] que semelhante morte seja chamada nascimento, uma vez que gera a vida. [...] Eis onde chegam os santos: por essa morte que dá a vida, deixam esta vida que conduz à morte para chegarem à vida vivificante que está na mão d'Aquele que «tem a vida em Si mesmo», o Pai, como disse Jesus Cristo (Jo 5,26). […]

Há três tipos de homens misericordiosos. Os primeiros dão os seus bens [...] para complementar, com o que lhes é supérfluo, a penúria dos outros. [...] Os segundos distribuem todos os seus bens e para eles, daí por diante, [...] tudo fica em comum com os outros. [...] Quanto aos terceiros, não somente dão tudo como também «se dão a si mesmos totalmente» (cf. 2Co 12,15) e entregam-se pessoalmente aos perigos da prisão, do exílio e da morte para tirar os outros do perigo em que estão a suas almas. São pródigos de si mesmos porque são ávidos dos outros. Receberão a recompensa desse amor: «Ninguém tem mais amor do que quem dá a vida pelos seus amigos» (Jo 15,13). [...] Tais são esses príncipes gloriosos da Terra e servidores do céu de quem hoje ─ depois de longas privações «da fome, da sede, do frio e da nudez», de muito duras penas e perigos pelos «seus compatriotas, pagãos e falsos irmãos» (cf 2Co 11,26-27) ─ celebramos a morte magnificamente vitoriosa. A tais homens aplica-se bem esta frase: «Os seus feitos não serão esquecidos» porque eles não se esqueceram da misericórdia. [...] Sim, aos misericordiosos «na partilha foram destinados lugares aprazíveis e é preciosa a herança que lhes coube» (cf Sl 15,6).

Sábado, dia 30 de Junho de 2012

Sábado da 12ª semana do Tempo Comum


Santo do dia : Santos Protomártires da Igreja de Roma, 64-67, S. Marçal, bispo, séc. III Livro de Lamentações 2,2.10-14.18-19.

O Senhor arrasou, sem piedade, todas as moradas de Jacob. E em seu furor, arruinou as fortificações da capital de Judá. Lançou por terra e amaldiçoou o reino e os seus príncipes.
Os anciãos da cidade de Sião sentam-se por terra, emudecidos. Lançam cinza sobre as suas cabeças, vestem-se de saco. As virgens de Jerusalém inclinam a cabeça para a terra.
Os meus olhos derretem-se em lágrimas; fremem as minhas entranhas. Por terra derrama-se o meu fígado, por causa da ruína do meu povo, enquanto vão desfalecendo os meninos e as crianças de peito nas ruas da cidade.
Onde haverá pão e vinho? – perguntam eles às mães, enquanto, como feridos de morte, iam desfalecendo nas praças da cidade, exalando o seu último suspiro no regaço materno.
A que coisa te hei-de assemelhar? A que te comparar, ó Jerusalém? A que te igualarei para te consolar, ó jovem capital de Sião? É imensa como o mar a tua ruína; quem poderá curar-te?
Os teus profetas vaticinaram-te apenas coisas falsas e loucas. Não te revelaram as tuas iniquidades a fim de mudar o teu destino. Anunciaram-te apenas oráculos falsos e enganadores.
Clama com o coração ao Senhor, ó muralha da cidade de Sião! Faz correr em torrente as tuas lágrimas noite e dia! Não te dês descanso, não cessem os teus olhos de chorar!
Levanta-te, grita durante a noite, no começo das vigílias; derrama o teu coração como a água perante a face do Senhor. Ergue para Ele as mãos pela vida dos teus filhos que desfalecem de fome por todos os recantos das ruas.

Livro de Salmos 74(73),1-2.3-5a.5b-7.20-21.

Ó Deus, porque nos rejeitas para sempre?
Porque se inflama a tua ira
contra o rebanho do qual és pastor?
Lembra-te do teu povo que adquiriste noutros tempos
como tribo que te pertence
e resgataste do monte Sião onde habitais.-
Dirige os teus passos para estas ruínas sem fim;
o inimigo tudo destruiu no santuário!
Os teus adversários rugiram
no lugar das tuas assembleias,
hastearam nelas como troféus, as suas bandeiras.-
Pareciam lenhadores a brandir o machado
numa floresta espessa.
Destruíram os seus madeiramentos a golpes de malhos e martelos.
Deitaram fogo ao teu santuário,
profanaram e arrasaram a morada
do teu nome.-
Olha para a tua aliança,
pois os recantos do país estão cheios de violência.
Que os humildes não voltem confundidos;
que o pobre e o indigente
possam louvar o teu nome.
Evangelho segundo S. Mateus 8,5-17.

Naquele tempo, ao entrar Jesus Cristo em Cafarnaúm, aproximou-se dele um centurião, suplicando nestes termos:
«Senhor, o meu servo jaz em casa paralítico, sofrendo horrivelmente.»
Disse-lhe Jesus Cristo: «Eu irei curá-lo.»
Respondeu-lhe o centurião: «Senhor, eu não sou digno de que entres debaixo do meu tecto; mas diz uma só palavra e o meu servo será curado.
Porque eu, que não passo de um subordinado, tenho soldados às minhas ordens e digo a um: 'Vai’ e ele vai; a outro: 'Vem’ e ele vem e ao meu servo: 'Faz isto’ e ele faz.»
Jesus Cristo, ao ouvi-lo, admirou-se e disse aos que o seguiam: «Em verdade vos digo: Não encontrei ninguém em Israel com tão grande fé!
Digo-vos que, do Oriente e do Ocidente, muitos virão sentar-se à mesa do banquete com Abraão, Isaac e Jacob, no Reino do Céu,
ao passo que os filhos do Reino serão lançados nas trevas exteriores onde haverá choro e ranger de dentes (e feras famintas).»
Disse então Jesus Cristo ao centurião: «Vai, que tudo se faça conforme a tua fé.» Naquela mesma hora, o servo ficou curado.
Entrando em casa de Pedro, Jesus Cristo viu que a sogra dele jazia no leito com febre.
Tocou-lhe na mão e a febre deixou-a. E ela, levantando-se, pôs-se a servi-lo.
Ao entardecer, apresentaram-lhe muitos possessos e Ele, com a sua palavra, expulsou os espíritos e curou todos os que estavam doentes
para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta Isaías: Ele tomou as nossas enfermidades e carregou as nossas dores.

Catecismo da Igreja Católica
§§ 830-835

«Muitos virão do Oriente e do Ocidente sentar-se à mesa do banquete no Reino do Céu»

A Igreja é católica: a palavra «católica» significa «universal» no sentido de «segundo a totalidade» ou «segundo a integralidade» «A Igreja é católica em duplo sentido: é católica porque nela Jesus Cristo está presente. 'Onde está Cristo Jesus, está a Igreja católica'.» (Santo Inácio de Antioquia); nela subsiste a plenitude do Corpo de Jesus Cristo unido à sua Cabeça (Ef 1,22-23). [...] Neste sentido fundamental, a Igreja era católica no dia de Pentecostes e sê-lo-á sempre até o dia da Parusia.

Ela é católica porque é enviada em missão por Jesus Cristo à universalidade do género humano (Mt 28,19). «Todos os homens são chamados a pertencer ao novo Povo de Deus. Por isso este Povo, permanecendo uno e único, deve estender-se a todo o mundo e por todos os tempos para que se cumpra o desígnio da vontade de Deus que no início formou uma natureza humana e finalmente decretou congregar os Seus filhos que estavam dispersos». (Vaticano II, LG 13). […]

Cada igreja particular é católica. [...] Essas Igrejas particulares «são formadas à imagem da Igreja universal; é nelas e a partir delas que existe a Igreja católica una e única» (LG 23). As Igrejas particulares são plenamente católicas pela comunhão com uma delas: a Igreja de Roma «que preside à caridade» (Santo Inácio de Antioquia). «Pois com esta Igreja, em razão da sua origem mais excelente, deve necessariamente concordar cada Igreja, isto é, os fiéis de toda a parte» (Santo Ireneu). [...] A rica variedade de disciplinas eclesiásticas, de ritos litúrgicos, de patrimónios teológicos e espirituais próprios das Igrejas locais «mostra mais luminosamente a catolicidade da Igreja indivisa devido à sua convergência na unidade» (LG 23).


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Com os votos de uma santa e frutuosa caminhada,

A equipa portuguesa do Evangelho Quotidiano

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Terça-feira, dia 26 de Junho de 2012


Terça-feira da 12ª semana do Tempo Comum



Naqueles dias, Senaquerib, rei da Assíria, enviou de novo mensageiros a Ezequias para lhe dizer:
«Isto direis a Ezequias, rei de Judá: não te deixes enganar pelo teu Deus, no qual puseste a tua confiança, pensando que Jerusalém não será entregue nas mãos do rei da Assíria.
Ouviste dizer como os reis da Assíria trataram todos os países e os devastaram. Só tu é que irias escapar?
Ezequias recebeu a carta das mãos dos mensageiros, leu-a, depois foi ao templo e abriu-a diante do Senhor.
E orou diante dele, dizendo: «Senhor, Deus de Israel, que estás sentado sobre os querubins, só Tu és o Deus de todos os reinos da Terra. Tu fizeste os céus e a Terra.
Inclina, Senhor, os teus ouvidos e ouve! Abre, Senhor, os teus olhos e vê! Ouve, Senhor, a mensagem que Senaquerib mandou para blasfemar contra o Deus vivo!
É verdade, Senhor, que os reis da Assíria destruíram as nações, devastaram os seus territórios
e atiraram ao fogo os seus deuses, pois eles não eram deuses, eram apenas objectos feitos pelas mãos do homem, objectos de madeira e de pedra. Por isso, foram destruídos.
Mas Tu, Senhor, nosso Deus, salva-nos agora das mãos de Senaquerib a fim de que todos os povos da Terra saibam que Tu, o Senhor, és o único Deus.»
Isaías, filho de Amós, mandou dizer a Ezequias: «Isto diz o Senhor, Deus de Israel: Eu ouvi a oração que me fizeste a respeito de Senaquerib, rei da Assíria.
Eis o oráculo que o Senhor pronunciou contra ele: “A virgem, filha de Sião, despreza-te e escarnece de ti; atrás de ti meneia a cabeça a filha de Jerusalém.
De Jerusalém surgirá um resto e do monte de Sião sobreviventes. Fará tudo isto o zelo do Senhor.
Portanto, eis o que diz o Senhor sobre o rei da Assíria: Ele não entrará nesta cidade, nem atirará flechas contra ela, não a rodeará de escudos, nem a cercará de trincheiras.
Mas voltará pelo caminho por onde veio sem entrar na cidade –oráculo do Senhor!
Pois defenderei esta cidade e salvá-la-ei por amor de mim e de David, meu servo.»
Nessa mesma noite, o anjo do Senhor apareceu no acampamento dos assírios e feriu cento e oitenta e cinco mil homens. No dia seguinte de manhã, só lá havia cadáveres.
Senaquerib, rei da Assíria retirou-se, retomou o caminho de sua terra e ficou em Nínive.
Livro de Salmos 48(47),2-3a.3b-4.10-11.

Grande é o Senhor e digno de louvor,
na cidade do nosso Deus,
no seu monte santo.
Belo em altura, alegria de toda a Terra.-
O monte Sião, nas alturas do Norte,
é a cidade do grande rei.
No meio das suas fortalezas,
Deus mostrou-se um refúgio seguro.-
Meditamos, ó Deus, sobre o teu amor
no interior do teu templo.
Como o teu nome, ó Deus,
assim o teu louvor chega aos confins da Terra.
Evangelho segundo S. Mateus 7,6.12-14.

Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos discípulos: «Não deis as coisas santas aos cães nem lanceis as vossas pérolas aos porcos para não acontecer que as pisem aos pés e, acometendo-vos, vos despedacem
«Portanto, o que quiserdes que vos façam os homens, fazei-o também a eles porque isto é a Lei e os Profetas.»
«Entrai pela porta estreita porque larga é a porta e espaçoso o caminho que conduz à perdição e muitos são os que seguem por ele.
Como é estreita a porta e quão apertado é o caminho que conduz à vida e como são poucos os que o encontram!»

São Bento (480-547), monge, co-padroeiro da Europa Regra, Prólogo

«Entrai pela porta estreita»

Ao procurar no meio da multidão um trabalhador ao qual lance o Seu convite, o Senhor diz: «Quem quer a vida e deseja conhecer dias felizes?» (Sl 33,13) Se, ao ouvires isto, responderes: «Eu!», Deus diz-te: «Se queres ter a vida, a verdadeira vida eterna, protege a tua língua do mal e que os teus lábios não digam palavras enganadoras. Afasta-te do mal e faz o bem, procura a paz e persegue-a» (Sl 33,14-15). [...] Não há para nós, irmãos muito queridos, coisa tão doce como esta voz do Senhor que nos convida. Eis que, na Sua bondade, o Senhor nos indica o caminho da vida. Tendo, pois cingido os nosso rins (Ef 6,14) da e da prática de boas obras sob a direcção do Evangelho, avancemos nos Seus caminhos para merecermos ver Aquele que nos chamou ao Seu Reino (1Tess 2,12). Se queremos habitar nas tendas deste Reino, a menos que nelas entremos pelas boas obras, não chegaremos lá de outra forma. Com o profeta, interroguemos o Senhor e digamos-Lhe: «Senhor, quem habitará na Vossa tenda? Quem repousará na Vossa montanha santa?» (Sl 14,1) Depois desta pergunta, irmãos, escutemos o Senhor a responder-nos, mostrando-nos o caminho. […]

Vamos, portanto estabelecer uma escola de serviço do Senhor onde esperamos não estabelecer nada de rigoroso, nada de esmagador. Mas, se te aparecer alguma coisa um pouco mais severa, exigida por uma razão de justiça com vista à correcção dos vícios e à manutenção da caridade, não abandones imediatamente, tocado pelo medo, o caminho da salvação onde temos de passar pela porta estreita. Para além do mais, graças aos progressos da vida e da fé, de coração dilatado na inefável doçura do amor, corremos na via dos mandamentos de Deus (Sl 118,32). Assim não nos afastando nunca dos Seus ensinamentos e perseverando na Sua doutrina [...] até à morte, participaremos pela paciência nos sofrimentos de Jesus Cristo (1Pe 4,13) para merecermos participar também no Seu Reino.

Quarta-feira, dia 27 de Junho de 2012

Quarta-feira da 12ª semana do Tempo Comum



Naqueles dias, o Sumo Sacerdote Hilquias disse ao escriba Chafan: «Encontrei no templo do Senhor o Livro da Lei.» Hilquias entregou este livro ao escriba Chafan,
o qual, depois de o ler, foi ter com o rei e prestou-lhe contas da missão que lhe fora confiada: «Teus servos juntaram o dinheiro que se encontrava na casa do Senhor e entregaram-no aos encarregados do templo do Senhor.»
E acrescentou: «O Sumo Sacerdote Hilquias entregou-me um livro.» E leu-o na presença do rei.
Ao ouvir as palavras do Livro da Lei do Senhor, o rei rasgou as suas vestes
e ordenou ao sacerdote Hilquias, a Aicam, filho de Chafan, a Acbor, filho de Miqueias, ao escriba Chafan e ao seu oficial Asaías:
«Ide e consultai o Senhor acerca de mim, do povo e de todo o Judá sobre o conteúdo deste livro que acaba de ser descoberto. A cólera do Senhor deve ser grande contra nós porque nossos pais não obedeceram às palavras deste livro nem puseram em prática o que nele se nos prescreve.»
O rei mandou vir à sua presença todos os anciãos de Judá e de Jerusalém
e subiu ao templo do Senhor com todos os homens de Judá e todos os habitantes de Jerusalém, sacerdotes, profetas e todo o povo, pequenos e grandes. Leu então diante de todos, as palavras do Livro da Aliança, descoberto no templo do Senhor.
Pondo-se de pé sobre o estrado, o rei renovou a aliança na presença do Senhor, comprometendo-se a seguir o Senhor, a observar os seus mandamentos, as suas instruções e os seus preceitos, com todo o seu coração e com toda a sua alma e a cumprir todas as palavras da aliança contidas neste livro. Todo o povo concordou com esta aliança.

Livro de Salmos 119(118),33.34.35.36.37.40.

Ensina-me, Senhor, o caminho das tuas leis
e eu hei-de cumpri-las com fidelidade.
Dá-me entendimento para cumprir a tua lei;
hei-de obedecer-lhe de todo o coração.-
Conduz-me pela senda dos teus mandamentos
porque neles estão as minhas delícias.
Inclina o meu coração para as tuas ordens
e não para a cobiça.-
Desvia os meus olhos dos deuses vãos;
faz-me viver nos teus caminhos.
Vê como tenho desejado os teus preceitos;
faz-me viver segundo a tua justiça.
Evangelho segundo S. Mateus 7,15-20.

Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Acautelai-vos dos falsos profetas que se vos apresentam disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos vorazes.
Pelos seus frutos, os conhecereis. Porventura podem colher-se uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos?
Toda a árvore boa dá bons frutos e toda a árvore má dá maus frutos.
A árvore boa não pode dar maus frutos nem a árvore má, dar bons frutos.
Toda a árvore que não dá bons frutos é cortada e lançada ao fogo.
Pelos frutos, pois, os conhecereis.» (Como se conhecem as pessoas boas das pessoas más? Jesus Cristo ensina-nos: pelas obras que praticam. Quem pratica boas obras sem procurar recompensa, é uma pessoa boa. Não se pode tentar converter uma pessoa má porque ela é do mundo do mal e depois os do mal vão exigir que uma pessoa boa seja levada para o mal; mas pode-se e deve-se ajudar as pessoas boas que estão no mal e desorientadas. Elas precisam de ajuda para a conversão.)

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (Norte de África) e doutor da Igreja Explicação do Sermão da Montanha, c. 24, §§ 80-81

«Pelos seus frutos os conhecereis»

Perguntamo-nos quais os frutos para os quais o Senhor quer chamar a nossa atenção para reconhecermos a árvore. Alguns consideram como frutos a roupagem das ovelhas e assim os lobos podem enganá-los. Quero referir-me a jejuns, orações, esmolas e todas as obras que podem ser feitas por hipócritas. Caso contrário, Jesus Cristo não teria dito: «Guardai-vos de fazer as vossas obras diante dos homens para vos tornardes notados por eles» (Mt 6,1). [...] Muitos dão aos pobres por ostentação e não por generosidade; muitos que rezam, ou melhor, que parecem rezar, não procuram Deus, mas sim a estima dos homens; muitos jejuam e exibem austeridade notável para atrair a admiração dos que vêem a sua conduta. Todas essas obras são enganos. [...] O Senhor conclui que esses frutos não são suficientes para julgar a árvore. As mesmas acções feitas com uma intenção recta e verdadeira são a roupagem das autênticas ovelhas. […]

O apóstolo Paulo diz-nos quais os frutos pelos quais reconheceremos a árvore ruim: «É fácil reconhecer as obras da carne: fornicação, impureza, libertinagem, idolatria, feitiçaria, inimizades, contendas, ciúmes, iras, discórdias, sectarismos, rivalidades, embriaguez, orgias e coisas semelhantes» (Gal 5,19-20). O mesmo apóstolo nos diz a seguir quais os frutos para reconhecer uma boa árvore: «Mas os frutos do Espírito são: amor, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e autocontrolo» (v. 22-23).

É preciso saber que a palavra «alegria» é usada aqui no seu sentido literal; os homens maus em sentido literal ignoram a alegria, mas conhecem o prazer. [...] Este é o sentido próprio desta palavra que só os bons conhecem; «não há alegria para os ímpios, diz o Senhor» (Is. 48,22). Acontece o mesmo com a fé verdadeira. As virtudes enumeradas podem ser fingidas por maus e impostores, mas não enganam o olho puro e simples capaz de discernimento.

Quinta-feira, dia 28 de Junho de 2012

Quinta-feira da 12ª semana do Tempo Comum


Santo do dia : Santo Irineu, bispo, mártir, +200 Livro de 2º Reis 24,8-17.

Jeconias tinha dezoito anos quando começou a reinar e reinou três meses em Jerusalém.
Fez o mal aos olhos do Senhor tal como o seu pai.
Foi nesse tempo que os homens de Nabucodonosor, rei da Babilónia, vieram sobre Jerusalém e a sitiaram.
Nabucodonosor chegou à cidade quando as suas tropas a sitiavam.
Joaquin, rei de Judá, saiu ao encontro do rei da Babilónia com sua mãe, com os altos funcionários, com os oficiais e com os eunucos e o rei da Babilónia prendeu-o. Isto aconteceu no oitavo ano do reinado de Nabucodonosor.
E como o Senhor tinha anunciado, Nabucodonosor levou dali todos os tesouros do templo do Senhor e do palácio real e quebrou todos os objectos de ouro que Salomão, rei de Israel, fizera para o santuário do Senhor.
Levou cativa toda a corte de Jerusalém, todos os chefes e todos os notáveis, ao todo dez mil, com todos os ferreiros e artífices; deixou apenas os pobres do país.
Deportou Joaquin de Jerusalém para a Babilónia com a sua mãe, as suas mulheres, os eunucos do rei e os grandes do país.
Todos os homens de valor aptos para a guerra em número de sete mil, os ferreiros e os artífices, em número de mil, o rei da Babilónia levou-os cativos para a Babilónia.
Em lugar de Joaquin, o rei da Babilónia nomeou rei, seu tio Matanias, cujo nome mudou para Sedecias.

Livro de Salmos 79(78),1-2.3-5.8.9.

Ó Deus, os pagãos invadiram a tua herança,
profanaram o teu santo templo
e reduziram Jerusalém a um montão de ruínas.
Deram os cadáveres dos teus servos
em alimento às aves do céu
e os corpos dos teus fiéis, às feras selvagens.-
Derramaram o seu sangue em torno de Jerusalém
e ninguém lhes deu sepultura.
Tornámo-nos motivo de escárnio para os vizinhos,
de irrisão e opróbrio para os que nos rodeiam.
Até quando, Senhor, estarás ainda irritado?
Será a tua indignação como um fogo abrasador?-

Não recordes contra nós
as faltas dos nossos antepassados;
venha depressa ao nosso encontro a tua misericódia.
Socorre-nos, ó Deus, nosso salvador,
para glória do teu nome;
livra-nos e perdoa-nos
pelo amor do teu nome.
Evangelho segundo S. Mateus 7,21-29.

Naquele tempo, disse Jesus Cristo aos seus discípulos: «Nem todo o que me diz: 'Senhor, Senhor' entrará no Reino do Céu, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está no Céu.
Muitos me dirão naquele dia: 'Senhor, Senhor, não foi em teu nome que profetizámos, em teu nome que expulsámos os demónios e em teu nome que fizemos muitos milagres?’
E então dir-lhes-ei: 'Nunca vos conheci; afastai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.’» (iniquidade = in + equidade, isto é, que não praticais a equidade)
«Todo aquele que escuta estas minhas palavras e as põe em prática é como o homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha.
Caiu a chuva, engrossaram os rios, sopraram os ventos contra aquela casa; mas não caiu porque estava fundada sobre a rocha.
Porém todo aquele que escuta estas minhas palavras e não as põe em prática poderá comparar-se ao insensato que edificou a sua casa sobre a areia.
Caiu a chuva, engrossaram os rios, sopraram os ventos contra aquela casa; ela desmoronou-se e grande foi a sua ruína.»
Quando Jesus Cristo acabou de falar, a multidão ficou vivamente impressionada com os seus ensinamentos
porque Ele ensinava-os como quem possui autoridade e não como os doutores da Lei.

Vida de São Francisco de Assis, conhecida como «Colectânea de Perúgia» (c. 1311), § 102

O homem prudente edificou a sua casa sobre a rocha

Desde o momento da sua conversão que o bem-aventurado Francisco, sábio como era, quis, com a ajuda do Senhor, estabelecer solidamente a sua casa, isto é, a sua Ordem dos Frades Menores sobre rocha sólida, ou seja, sobre a altíssima humildade e a suprema pobreza do Filho de Deus.

Sobre uma profunda humildade porque, desde o princípio, mal os irmãos começaram a crescer em número, recomendou-lhes que permanecessem nos hospícios para tratarem dos leprosos. Então quando os postulantes se apresentavam quer fossem nobres quer plebeus eram avisados de que deviam ficar a cuidar dos leprosos e a viver nas suas enfermarias.

Sobre uma imensa pobreza porque na sua Regra se diz, com efeito, que os irmãos devem habitar nas suas casas «como estrangeiros ou peregrinos, a nada aspirando neste mundo» a não ser à santa pobreza, graças à qual o Senhor os alimentará nesta vida com a virtude e o alimento corporal, o que lhes valerá o céu como herança na outra.

Também para si próprio Francisco escolheu o alicerce duma perfeita humildade e duma completa pobreza e embora tenha sido uma grande figura da Igreja de Deus, por escolha própria quis ser dos últimos, não só na Igreja como também entre os seus irmãos.

Sexta-feira, dia 29 de Junho de 2012

São Pedro e São Paulo, apóstolos - Solenidade


Santo do dia : S. Pedro, apóstolo, S. Paulo, apóstolo Livro dos Actos dos Apóstolos 12,1-11.

Por esse tempo, o rei Herodes maltratou alguns membros da Igreja.
Mandou matar à espada Tiago, irmão de João (Evangelista),
e, vendo que tal procedimento agradara aos judeus, mandou também prender Pedro. Decorriam os dias dos Ázimos.
Depois de o mandar prender, meteu-o na prisão, entregando-o à guarda de quatro piquetes de quatro soldados cada um, na intenção de o fazer comparecer perante o povo a seguir à Páscoa.
Enquanto Pedro estava encerrado na prisão, a Igreja orava a Deus, instantemente, por ele.
Na noite anterior ao dia em que Herodes contava fazê-lo comparecer, Pedro estava a dormir entre dois soldados, bem preso por duas correntes e diante da porta estavam sentinelas de guarda à prisão.
De repente, apareceu o Anjo do Senhor e a masmorra foi inundada de luz. O anjo despertou Pedro, tocando-lhe no lado e disse-lhe: «Ergue-te depressa!» E as correntes caíram-lhe das mãos.
O anjo prosseguiu: «Põe o cinto e calça as sandálias.» Pedro assim fez. Depois disse-lhe: «Cobre-te com a capa e segue-me.»
Pedro saiu e seguiu-o. Não se dava conta da realidade da intervenção do anjo, pois julgava que era uma visão.
Depois de atravessarem o primeiro e o segundo posto da guarda, chegaram à porta de ferro que dá para a cidade, a qual se abriu por si mesma. Saíram, avançando por uma rua e logo o anjo se retirou de junto dele.
Pedro, voltando a si, exclamou: «Agora sei que o Senhor enviou o seu anjo e me arrancou das mãos de Herodes e de tudo o que o povo judeu esperava.»
Livro de Salmos 34(33),2-3.4-5.6-7.8-9.

Em todo o tempo, bendirei o Senhor;
o seu louvor estará sempre nos meus lábios.
Saboreai e vede como o Senhor é bom:
escutem e alegrem-se os humildes.-
Enaltecei comigo o Senhor;
exaltemos juntos o seu nome.
Procurei o Senhor e Ele respondeu-me,
livrou-me de todos os meus temores.-
Aqueles que o contemplam ficam radiantes,
não ficarão de semblante abatido.
Quando um pobre invoca o Senhor,
Ele atende-o e liberta-o das suas angústias.-
O anjo do Senhor protege os que o adoram
e livra-os do perigo.
Saboreai e vede como o Senhor é bom;
feliz o homem que n'Ele confia!-
A ira do Senhor volta-se contra os malfeitores
para apagar da Terra a sua memória.
Os justos clamaram e o Senhor atendeu-os
e livrou-os das suas angústias.
2ª Carta a Timóteo 4,6-8.17-18.

Caríssimo: Quanto a mim, já estou pronto para oferecer-me como sacrifício; avizinha-se o tempo da minha libertação.
Combati o bom combate, terminei a corrida, permaneci fiel.
A partir de agora, já me aguarda a merecida coroa que me entregará naquele dia, o Senhor, justo juiz, e não somente a mim, mas a todos os que anseiam pela sua vinda.
O Senhor, porém esteve comigo e deu-me forças a fim de que, por meu intermédio, o anúncio fosse plenamente proclamado e todos os gentios o escutassem. Assim fui arrebatado da boca do leão.
O Senhor me livrará de todo o mal e me levará a salvo para o seu Reino celeste. A Ele, a glória, pelos séculos dos séculos. Ámen!

Evangelho segundo S. Mateus 16,13-19.

Naquele tempo, ao chegar à região de Cesareia de Filipe, Jesus Cristo fez a seguinte pergunta aos seus discípulos: «Quem dizem os homens que é o Filho do Homem?»
Eles responderam: «Uns dizem que é João Baptista; outros que é Elias e outros que é Jeremias ou algum dos profetas.»
Perguntou-lhes de novo: «E vós, quem dizeis que Eu sou?»
Tomando a palavra, Simão Pedro respondeu: «Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo.»
Jesus Cristo disse-lhe em resposta: «És feliz, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que to revelou, mas o meu Pai que está no Céu.
Também Eu te digo: Tu és Pedro e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja e as portas do Abismo nada poderão contra ela.
Dar-te-ei as chaves do Reino do Céu; tudo o que ligares na Terra ficará ligado no Céu e tudo o que desligares na Terra será desligado no Céu.»

Isaac de l'Étoile (?-c. 1171), monge cisterciense Sermão 49, 1º para a festa dos santos Pedro e Paulo; SC 339

«Fiz-me tudo para todos, para salvar alguns a qualquer custo. Não procurando o meu próprio interesse mas o do maior número, a fim de que eles sejam salvos.» (1Co 9,22; 10,33)

«Os actos dos homens misericordiosos não caem no esquecimento; os bens que deixaram para a sua posteridade permanecerão para sempre» (liturgia latina; Si 44,10-11). Celebramos, bem-amados, o dia do nascimento dos apóstolos Pedro e Paulo e é conveniente [...] que semelhante morte seja chamada nascimento, uma vez que gera a vida. [...] Eis onde chegam os santos: por essa morte que dá a vida, deixam esta vida que conduz à morte para chegarem à vida vivificante que está na mão d'Aquele que «tem a vida em Si mesmo», o Pai, como disse Jesus Cristo (Jo 5,26). […]

Há três tipos de homens misericordiosos. Os primeiros dão os seus bens [...] para complementar, com o que lhes é supérfluo, a penúria dos outros. [...] Os segundos distribuem todos os seus bens e para eles, daí por diante, [...] tudo fica em comum com os outros. [...] Quanto aos terceiros, não somente dão tudo como também «se dão a si mesmos totalmente» (cf. 2Co 12,15) e entregam-se pessoalmente aos perigos da prisão, do exílio e da morte para tirar os outros do perigo em que estão a suas almas. São pródigos de si mesmos porque são ávidos dos outros. Receberão a recompensa desse amor: «Ninguém tem mais amor do que quem dá a vida pelos seus amigos» (Jo 15,13). [...] Tais são esses príncipes gloriosos da Terra e servidores do céu de quem hoje ─ depois de longas privações «da fome, da sede, do frio e da nudez», de muito duras penas e perigos pelos «seus compatriotas, pagãos e falsos irmãos» (cf 2Co 11,26-27) ─ celebramos a morte magnificamente vitoriosa. A tais homens aplica-se bem esta frase: «Os seus feitos não serão esquecidos» porque eles não se esqueceram da misericórdia. [...] Sim, aos misericordiosos «na partilha foram destinados lugares aprazíveis e é preciosa a herança que lhes coube» (cf Sl 15,6).

Sábado, dia 30 de Junho de 2012

Sábado da 12ª semana do Tempo Comum


Santo do dia : Santos Protomártires da Igreja de Roma, 64-67, S. Marçal, bispo, séc. III Livro de Lamentações 2,2.10-14.18-19.

O Senhor arrasou, sem piedade, todas as moradas de Jacob. E em seu furor, arruinou as fortificações da capital de Judá. Lançou por terra e amaldiçoou o reino e os seus príncipes.
Os anciãos da cidade de Sião sentam-se por terra, emudecidos. Lançam cinza sobre as suas cabeças, vestem-se de saco. As virgens de Jerusalém inclinam a cabeça para a terra.
Os meus olhos derretem-se em lágrimas; fremem as minhas entranhas. Por terra derrama-se o meu fígado, por causa da ruína do meu povo, enquanto vão desfalecendo os meninos e as crianças de peito nas ruas da cidade.
Onde haverá pão e vinho? – perguntam eles às mães, enquanto, como feridos de morte, iam desfalecendo nas praças da cidade, exalando o seu último suspiro no regaço materno.
A que coisa te hei-de assemelhar? A que te comparar, ó Jerusalém? A que te igualarei para te consolar, ó jovem capital de Sião? É imensa como o mar a tua ruína; quem poderá curar-te?
Os teus profetas vaticinaram-te apenas coisas falsas e loucas. Não te revelaram as tuas iniquidades a fim de mudar o teu destino. Anunciaram-te apenas oráculos falsos e enganadores.
Clama com o coração ao Senhor, ó muralha da cidade de Sião! Faz correr em torrente as tuas lágrimas noite e dia! Não te dês descanso, não cessem os teus olhos de chorar!
Levanta-te, grita durante a noite, no começo das vigílias; derrama o teu coração como a água perante a face do Senhor. Ergue para Ele as mãos pela vida dos teus filhos que desfalecem de fome por todos os recantos das ruas.

Livro de Salmos 74(73),1-2.3-5a.5b-7.20-21.

Ó Deus, porque nos rejeitas para sempre?
Porque se inflama a tua ira
contra o rebanho do qual és pastor?
Lembra-te do teu povo que adquiriste noutros tempos
como tribo que te pertence
e resgataste do monte Sião onde habitais.-
Dirige os teus passos para estas ruínas sem fim;
o inimigo tudo destruiu no santuário!
Os teus adversários rugiram
no lugar das tuas assembleias,
hastearam nelas como troféus, as suas bandeiras.-
Pareciam lenhadores a brandir o machado
numa floresta espessa.
Destruíram os seus madeiramentos a golpes de malhos e martelos.
Deitaram fogo ao teu santuário,
profanaram e arrasaram a morada
do teu nome.-
Olha para a tua aliança,
pois os recantos do país estão cheios de violência.
Que os humildes não voltem confundidos;
que o pobre e o indigente
possam louvar o teu nome.
Evangelho segundo S. Mateus 8,5-17.

Naquele tempo, ao entrar Jesus Cristo em Cafarnaúm, aproximou-se dele um centurião, suplicando nestes termos:
«Senhor, o meu servo jaz em casa paralítico, sofrendo horrivelmente.»
Disse-lhe Jesus Cristo: «Eu irei curá-lo.»
Respondeu-lhe o centurião: «Senhor, eu não sou digno de que entres debaixo do meu tecto; mas diz uma só palavra e o meu servo será curado.
Porque eu, que não passo de um subordinado, tenho soldados às minhas ordens e digo a um: 'Vai’ e ele vai; a outro: 'Vem’ e ele vem e ao meu servo: 'Faz isto’ e ele faz.»
Jesus Cristo, ao ouvi-lo, admirou-se e disse aos que o seguiam: «Em verdade vos digo: Não encontrei ninguém em Israel com tão grande fé!
Digo-vos que, do Oriente e do Ocidente, muitos virão sentar-se à mesa do banquete com Abraão, Isaac e Jacob, no Reino do Céu,
ao passo que os filhos do Reino serão lançados nas trevas exteriores onde haverá choro e ranger de dentes (e feras famintas).»
Disse então Jesus Cristo ao centurião: «Vai, que tudo se faça conforme a tua fé.» Naquela mesma hora, o servo ficou curado.
Entrando em casa de Pedro, Jesus Cristo viu que a sogra dele jazia no leito com febre.
Tocou-lhe na mão e a febre deixou-a. E ela, levantando-se, pôs-se a servi-lo.
Ao entardecer, apresentaram-lhe muitos possessos e Ele, com a sua palavra, expulsou os espíritos e curou todos os que estavam doentes
para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta Isaías: Ele tomou as nossas enfermidades e carregou as nossas dores.

Catecismo da Igreja Católica
§§ 830-835

«Muitos virão do Oriente e do Ocidente sentar-se à mesa do banquete no Reino do Céu»

A Igreja é católica: a palavra «católica» significa «universal» no sentido de «segundo a totalidade» ou «segundo a integralidade» «A Igreja é católica em duplo sentido: é católica porque nela Jesus Cristo está presente. 'Onde está Cristo Jesus, está a Igreja católica'.» (Santo Inácio de Antioquia); nela subsiste a plenitude do Corpo de Jesus Cristo unido à sua Cabeça (Ef 1,22-23). [...] Neste sentido fundamental, a Igreja era católica no dia de Pentecostes e sê-lo-á sempre até o dia da Parusia.

Ela é católica porque é enviada em missão por Jesus Cristo à universalidade do género humano (Mt 28,19). «Todos os homens são chamados a pertencer ao novo Povo de Deus. Por isso este Povo, permanecendo uno e único, deve estender-se a todo o mundo e por todos os tempos para que se cumpra o desígnio da vontade de Deus que no início formou uma natureza humana e finalmente decretou congregar os Seus filhos que estavam dispersos». (Vaticano II, LG 13). […]

Cada igreja particular é católica. [...] Essas Igrejas particulares «são formadas à imagem da Igreja universal; é nelas e a partir delas que existe a Igreja católica una e única» (LG 23). As Igrejas particulares são plenamente católicas pela comunhão com uma delas: a Igreja de Roma «que preside à caridade» (Santo Inácio de Antioquia). «Pois com esta Igreja, em razão da sua origem mais excelente, deve necessariamente concordar cada Igreja, isto é, os fiéis de toda a parte» (Santo Ireneu). [...] A rica variedade de disciplinas eclesiásticas, de ritos litúrgicos, de patrimónios teológicos e espirituais próprios das Igrejas locais «mostra mais luminosamente a catolicidade da Igreja indivisa devido à sua convergência na unidade» (LG 23).


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